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Academic year: 2021

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Elidiane Cristina Silva

Francisco José da Costa

Meire Cristiane Ramos

Acadêmicos de Enfermagem das Faculdades Integradas Teresa D’ Ávila

EXPECTATIVA DE VIDA: APÓS LESÃO

MEDULAR: COMO RECOMEÇAR, LIDAR

COM LIMITAÇÕES E INCERTEZAS

Ana Beatriz Pinto da Silva Morita

Enfermeira e Estomaterapeuta pela Universidade de Taubaté.

Mestre no Cuidar em Enfermagem pela Universidade de Guarulhos. TiSobest. Professora e Coordenadora do Curso de Enfermagem da Faculdades Integradas Teresa D’ Ávila (FATEA).

Glaucio Jorge de Souza

Enfermeiro, Especialista em Cuidados Críticos/ Cardiologia pela Universidade do Vale do Paraíba – São Jose dos Campos. Gerente de Enfermagem da Unidade Mista de Roseira.

(2)

RESUMO

Este trabalho surgiu com o intuito de conhecer a realidade vivenciada por pessoas que sofreram uma lesão medular e que após, passaram a ser dependentes de outra pessoa. Tem como objetivo avaliar a percepção em relação à adaptação em seu cotidiano, identificar as dificuldades enfrentadas, orientações recebidas pelos profissionais da área de saúde, analisar as soluções para resoluções dos problemas e dificuldades. Estudo exploratório, descritivo, semi dirigido, de campo e de natureza qualitativa. Para tal foi dada voz ativa a oito indivíduos que sofreram lesão medular. Após, foi realizada similaridade temática, baseada na análise, conteúdo de Bardin; foram descritas seis categorias, cada qual apontando momentos, resolutividade para problemas, dificuldades enfrentadas e relatos emocionais específicos que serão descritos a seguir: percepção e aceitação, orientação, dificuldades, apoio, recursos, necessidades para melhoria do atendimento. Concluímos que a falta de orientação dos envolvidos profissionalmente para com os pacientes discutidos no presente estudo é o principal fator apontado para qualidade na satisfação do serviço na óptica dos pacientes. Observamos que, é possível que a insegurança apresentada pelos pacientes talvez advenha da falta de orientação. Este trabalho nos fez perceber a importância do profissional de enfermagem para a família e o paciente com TRM.

PALAVRAS CHAVES:

Lesão medular, tetraplegia, assistência de enfermagem

ABSTRACT

This work arose in order to know the reality experienced by people who have suffered a spinal cord injury and after that started to be dependent on another person. Aims to assess the perception of adaptation in their daily lives, identify the difficulties, guidance received by health professionals to analyze the solutions to the problems and difficulties resolutions. Exploratory, descriptive, semi driven, field and qualitative nature. To do so was given a voice to eight individuals who have suffered spinal cord injury after thematic similarity was performed based on content analysis of Bardin, were described six categories, each pointing times for solving problems, emotional difficulties and specific reports that will be described following: perception and acceptance, guidance, hardships, support, resources, needs to improve services. We conclude that the lack of professional guidance to those involved with the patients discussed in this study is the main factor for quality in service satisfaction from the perspective of patients. We note that it is possible that the uncertainty presented by patients perhaps arises from the lack of guidance. This work made us realize the importance of professional nursing for family and patient with TRM.

KEY WORDS:

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INTRODUÇÃO

Uma situação de acidente no seio familiar acomete de surpresa tanto à pessoa vitimada como à família, e quando esse evento se apresenta de forma incapacitante, compromete ainda mais a família no cuidado deste familiar acidentado (1).

Geralmente a lesão ocorre devido aos acidentes automobilísticos, queda de altura, por mergulho em água rasa e ferimentos por armas de fogo, essas são as principais causas de traumatismo raquimedular (TRM). A lesão acomete principalmente o sexo masculino, na proporção de 4:1, entre a faixa etária de 15 a 40 anos (2).

Uma sequela irreversível, certamente, traz à vida de uma pessoa com lesão vertebral, profundas modificações que atingem a si próprio, à sua família e sociedade onde vive. O paciente com TRM carrega consigo toda uma problemática de reintegração pessoal, familiar e social somada às alterações pertinentes ao aspecto físico ou orgânico (3).

A lesão medular, seja em forma de tetraplegia ou paraplegia, como consequência do traumatismo raquimedular, são uns dos maiores problemas de saúde pública, por conta das complicações advindas das dificuldades dos familiares em cuidar dessas pessoas em domicílio, exigindo desta forma, novas hospitalizações (1).

A lesão medular determina assim o súbito aparecimento de uma nova condição pessoal, que obriga a pessoa à mudança e a adaptações nos diversos papéis e atividades que desenvolvia até então. A pessoa se vê, portanto, perante a um inúmero leque de obstáculos com que nunca havia lidado, precisando então de suporte para que seu mundo não desmorone e assim possa começar a lidar com as adversidades impostas, neste momento particular da vida da pessoa, com o objetivo de manter a sua disposição para gerir e enfrentar os novos desafios que se impõem (4).

Um estudo realizado com oito homens com tetraplegia constatou, em seus relatos, quão negligentes se mostram as equipes de enfermagem no que concerne ao preparo dos clientes, seus familiares ou pessoas significativas, para o inevitável cotidiano do cuidado em casa. A equipe de saúde não se presta ao trabalho de orientar aqueles que irão assumir cuidados extramuros institucionais, demonstrando uma clara falta de compromisso social e domínio de conhecimento especifico, no âmbito de enfermagem, em reabilitação, realidade que precisa mudar. A assistência domiciliar a pessoas cuja capacidade funcional esteja comprometida requer orientação, informação e assessoria de profissionais, considerando-se que a tarefa de cuidar de um adulto dependente é desgastante e implica riscos de o atendente também se tornar doente dependente (5).

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A família necessitará de atendimento e orientação, tanto quanto a pessoa que será reabilitada, visando a ser mais do que um elemento de apoio e ajuda nesse processo, mas também constituir um núcleo de afetividade e inclusão (6).

É difícil para família compreender as atitudes autodestrutivas da pessoa com lesão medular, que sofre e, ao mesmo tempo, se nega ao tratamento e aos cuidados,deixando aflitos os familiares que se preocupam,sentindo-se no dever de cuidar e seguir as determinações do tratamento de saúde (1).

É nesta fase que a ajuda dos enfermeiros se torna fundamental, na procura de conhecimento acerca do regime terapêutico e de comportamentos de adesão ao mesmo, através do controle de riscos e sintomas e ainda conseguindo a sua participação nos cuidados de saúde. Também o nosso apoio na tomada de decisão poderá facilitar o encontro de novos caminhos que para ele sejam significativos e compatíveis com sua nova situação. De fato a manutenção da esperança em indivíduos que convivem com este tipo de lesão, permite que vivam de uma forma mais intensa face às adversidades impostas (4).

Será, pois crucial que os enfermeiros desenvolvam competências para estimularem a esperança, ajudando estas pessoas a olharem para além da situação imediata, evitando mascarar a verdade.O enfermeiro pode destacar-se nesta função de estimular o destacar-sentimento de esperança e o dedestacar-sejo de viver, pois mantém um contato próximo, em que encontra a oportunidade de oferecer suporte emocional, bem como informações sobre doença e tratamento (4).

Refletir sobre suas implicações e evidências para os exercícios da função social do enfermeiro, seu papel e compromisso como cidadão consciente e educador para a saúde da sociedade, tornou-se premente para a restauração da imagem profissional e credibilidade social para futuras gerações (5).

Nesse sentido, ao trabalhar com pessoas fragilizadas pela paraplegia e pelo sofrimento, é exigido do enfermeiro exercitar a sua própria pessoa, quer compartilhando sentimento, quer utilizando um enfoque intelectual direcionado aos problemas, o que requer que ele domine os fatos, os princípios e conceitos daquilo que ele pensa. Existe, ainda, a acessibilidade da experiência na parceria que se caracteriza pela capacidade de permitir que coexistam problemas ou sentimentos opostos, sem buscar solução imediata para eles. O papel da enfermeira consiste em estruturar a parceria de tal modo que o paciente possa experimentar essa acessibilidade.

Sendo assim, questiona-se: como a equipe de enfermagem está desenvolvendo seu papel frente aos pacientes com lesão medular? E como são realizadas as orientações para estes pacientes e seus familiares, no intuito de solucionar ou amenizar os problemas por eles enfrentados?

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O objetivo deste trabalho é: avaliar a percepção de pacientes com sequelas de trauma raquimedular em relação à adaptação em seu cotidiano; Identificar as dificuldades enfrentadas; Avaliar as orientações de enfermagem recebidas pelos familiares durante a internação e alta; Analisar as soluções utilizadas na resolução dos problemas e dificuldades.

MÉTODO

Estudo exploratório, descritivo, semi dirigido, de campo e de natureza qualitativa. A pesquisa qualitativa tem sido muito valorizada, uma vez que trabalha com o universo de significados, representações, crenças, valores, atitudes, aprofundando um lado não perceptível das relações sociais e permitindo a compreensão da realidade humana vivida socialmente (7).

Foi realizado em um município do Vale do Paraíba Paulista no período de novembro 2010 a janeiro de 2011. A coleta de dados foi realizada nos domicílios após um breve contato e com a permissão dos mesmos.

A população estudada foi de pessoas que apresentam lesão medular cervical adquirida de forma traumática; com capacidade de comunicação verbal; e com interesse em participar da pesquisa, mediante a assinatura do termo de consentimento livre esclarecido (TCLE);

Após autorização formal da Instituição de ensino, foi encaminhado o projeto ao Comitê de Ética das Faculdades Integradas Teresa D Ávila e aprovado sob o Parecer Nº 73/2010 (ANEXO 1), sendo em seguida agendada a data para a coleta dos dados. Os participantes foram informados quanto aos objetivos do estudo e concordaram em participar da pesquisa, assinando o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Anexo 2). Nos casos de impossibilidade na assinatura do TCLE, foi realizada por seu cuidador ou responsável.

Foi garantido a todos o seu anonimato; a garantia de não haver quaisquer sansões ou prejuízos pela não participação ou pela desistência, a qualquer momento; o direito de resposta às dúvidas; a inexistência de qualquer ônus financeiro ao participante.

Foi realizada uma entrevista semi-estruturada com 10 perguntas abertas e um formulário com 15 perguntas para conhecer os participantes. Utilizado um gravador e após, realizada a transcrição dos depoimentos na íntegra.

A entrevista foi realizada de acordo com a disponibilidade dos sujeitos e após assinatura do consentimento livre e esclarecido, nos domicílios, procurando ambiente que garanta privacidade, conforto e liberdade. Foi

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utilizado um questionário semi estruturado e a entrevista semi dirigida e um gravador para assegurar a fidedignidade da reprodução dos discursos que serão transcritos na integra.

Os dados obtidos foram analisados segundo a técnica de análise temática de conteúdo, como propõe Bardin. Análise de conteúdo, segundo este autor, é um conjunto de técnicas de análise de comunicação, a fim de obter, através de procedimentos sistemáticos e objetivos de descrição do conteúdo das mensagens, indicadores que permitam a inferência de conhecimentos relativos às condições de produção/recepção destas mensagens (8).

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Após a coleta de dados por meio de entrevista gravada, as falas foram transcritas na íntegra e foi realizada leitura exaustiva do material coletado.

A busca de resolutividade para as dificultosas situações para realização de cuidados com o paciente com TRM que nasce no período de hospitalização cria raízes durante a alta e perdura nos cuidados em casa. O cuidador/família se torna limitado (a), pois atravessa uma jornada empírica até que receba as devidas orientações teorizadas de um profissional da enfermagem, assim se tornando mais seguro (a) e ativo (a) para realização de procedimentos e cuidados, sejam eles básicos ou mais complexos. Diante das entrevistas realizadas, foi possível identificar as dificuldades e problemáticas enfrentadas pelos pacientes com TRM e por seus respectivos cuidadores para realização dos cuidados pós-trauma.

Após a realização da similaridade temática, baseada na análise-conteúdo de Bardin foram descritas seis categorias, cada qual apontando momentos, resolutividade para problemas, dificuldades enfrentadas e relatos emocionais específicos que serão descritos a seguir: percepção e aceitação, orientação, dificuldades, apoio, recursos, necessidades para melhoria do atendimento.

Os fragmentos selecionados das falas dos profissionais foram aqueles mais significativos para a discussão de cada categoria.

PERCEPÇÃO E ACEITAÇÃO

Mesmo com dificuldades e problemáticas instaladas, o paciente busca sempre um entendimento que melhor explique sua condição, contudo sendo necessária inicialmente uma melhor percepção, ou seja, busca de esclarecimentos para melhor entendimento de sua condição física.

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Ao analisarmos essa categoria da pesquisa, os entrevistados mostraram ter um problema de saúde sem esperança de cura e recuperação. Observarmos que entendiam os fatores relacionados à manifestação da doença. Por outro lado podemos observar, através das falas dos participantes do estudo, uma negação; alguns depoimentos dão relevo a estas afirmativas:

Entrevistado1: ‘’Não aceitei muito não, principalmente a cadeira de rodas, não tinha o porquê de eu ficar sentado, eu não mexia nada. Eu não gostava de sair na rua, eu tinha raiva das outras pessoas ficarem olhando pra mim, eu penso que todo tempo estão reparando em mim’’.

Entrevistado 2: ‘’Não tinha esperança de voltar a andar, pois os médicos já tinham falado que seria difícil isso acontecer’’.

Entrevistado 3: ‘’Eu já sabia que tinha perdido os movimentos das pernas. Eu achava que ia andar ainda..., tive uma esperança, uma pequena esperança’’.

Entrevistado 4: ‘’Dá uma baqueada, recaídas, tem hora que a gente aceita, mas tem hora que não...’’.

Entrevistado 7: ‘’Ah, não foi fácil, mas emocionalmente foi mais difícil um pouco no começo, porque saber que não posso fazer nada, sem movimento nenhum, deixar de fazer as coisas de que eu gostava é bem difícil, no começo foi assim, depois melhorou’’.

Alguns autores corroboram com os resultados desta pesquisa, afirmando que tanto o doente quanto a família, ao tomarem conhecimento da cronicidade de uma determinada doença, podem passar por cinco estágios emocionais, descritos por: Negação, Raiva, Barganha, Depressão e Aceitação (9).

Os estudos com base etnometodológica ajudam a entender como a doença se agrega ao dia a dia das pessoas, transformando-as significativamente. A doença age como fator de ruptura de um fluxo cotidiano, fazendo com que a pessoa enferma e seus familiares necessitem de nova reorganização das suas atividades diárias (10).

Diversos estudos demonstram que a percepção de como somos vistos e avaliados pelos outros se constitui em um fator fundamental do auto conceito e do comportamento (11).

O efeito social da percepção da deficiência pelos outros desempenha papel relevante na imagem corporal do indivíduo, acentuando-se nos casos de deficiência mais perceptiva. Um dos principais aspectos psicológicos a se considerar no processo de reabilitação é o da aceitação da incapacidade pelo indivíduo, pois muitas vezes ele está fixado à imagem do que era antes da doença e não consegue ajustar-se a seu novo estado físico (12).

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ORIENTAÇÃO

Muitos enfermos, mal informados sobre suas limitações físicas, vivem na ilusão de um dia tornarem a ser o que eram anteriormente, não enfrentando a realidade de sua enfermidade (13).

A avaliação dos participantes sobre a interação deve ser entendida no contexto de uma convivência prolongada entre os envolvidos, tais como profissionais, pacientes/clientes e os cuidadores familiares ou não. Na fala dos entrevistados, na grande maioria das vezes, encontramos em termos gerais, avaliações negativas sobre os aspectos relacionados às informações fornecidas pelos profissionais de enfermagem que podem ser evidenciadas nas falas descritas a seguir:

Entrevistado 2: ‘’Nada, a única coisa que falaram foi sobre a fisioterapia, o médico que falou’’.

Entrevistado 4: ‘’Não me lembro de ter recebido orientação nenhuma...’’. Entrevistado 6: ‘’Não, não, não cheguei a receber nenhuma orientação, não...’’.

Entrevistado 7: ‘’Não aconselharam nada, só o médico mesmo que mandou fazer fisioterapia...’’.

A comunicação terapêutica é a habilidade de um profissional em ajudar as pessoas a enfrentarem seus problemas, a relacionarem-se com os demais, ajustarem o que não pode ser mudado e enfrentarem os bloqueios à auto-realização. Essa intervenção permite uma interação entre o profissional de enfermagem e paciente, e proporciona a oportunidade de se conseguir um relacionamento humano que atinja os objetivos da assistência. Dessa forma, a comunicação é de suma importância na prática de enfermagem, pois permite ao profissional estabelecer um relacionamento de trabalho com os pacientes, ajudando-os a suprir suas necessidades em relação à saúde (14).

Estudos consideram importante o fornecimento de informações ao paciente e seus familiares, pois, questões como a ansiedade e o medo intenso da morte despertada pela doença grave, podem levá-los a se esquecerem de muitas das informações que lhes foram dadas. Frequentemente, a equipe de enfermagem deve repetir a mesma informação e responder a questões idênticas repetidamente (15).

Os questionamentos e o saneamento das dúvidas são relevantes e precisam ser levados em consideração, dentro do contexto de atendimento, que quer ser humanizado, ainda mais quando se encontra instabilidade e risco de morte (16).

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DIFICULDADES ENFRENTADAS

Quando um membro da família adoece, percebe-se que toda a estrutura familiar fica abalada, pois muitas vezes, tanto o próprio paciente quanto seu familiar possuem recursos e conhecimentos limitados acerca do que está acontecendo e, por vezes acarreta uma lentificação no tratamento e em sua recuperação.

Os pacientes acometidos por TRM passam por inúmeras dificuldades ao longo de sua internação, e, na maioria das vezes após a alta surgem inúmeras outras. Expõem-se a cuidados inespecíficos e de forma empírica, sua reabilitação se protela e aumenta a chance de novas internações.

Nessa categoria, observamos que os entrevistados expressam seus sentimentos quanto às dificuldades enfrentadas sendo, a locomoção uma das mais destacadas, para dar continuidade em seu tratamento como mostram as falas a seguir:

Entrevistado 2: “É, para ir no médico era bem complicado viu, agora que

compramos um carro, facilitou um pouco mais”.

Entrevistado 4: “É a parte do banho, a maior dificuldade...Ter que

depender das pessoas pra tudo, isso é muito ruim”.

Entrevistado 5: “Me levar pro banho...e sair comigo pra rua...”.

Entrevistado 7: “Locomoção...Locomoção é a pior de todas. São duas coisas,

locomoção e não pode fazer nada sozinho...”.

O processo de elaboração e transformação a partir da experiência da Lesão Medular, o sentido que o indivíduo atribui a esta experiência e as reações que ele manifestará dependem de fatores internos e externos, como o nível sócio-econômico, a disponibilidade ou não de recursos e a cultura na qual se está inserido. Sujeitos que tem um nível sócio-econômico baixo não tem muitos recursos disponíveis (como por exemplo, transporte) e os que estão inseridos em uma cultura voltada para a produção, costumam tornar-se mais propensos às dificuldades de perceberem-se como cidadãos incapazes e improdutivos (17).

Encarando um mundo de (novos) problemas é o contexto em que o lesado medular se vê inserido, cujos contornos vão sendo desenhados, principalmente, pela impossibilidade de andar e pelas suas condições físicas, que acarretam limitações em suas atividades, nas mais diversas dimensões de sua vida. As disfunções morfofisiológicas que se expressam, além de sua incapacidade de andar, provocam dificuldades em lidar com seu corpo. Essas manifestações implicam em uma aprendizagem de novas habilidades e adequação de suas atividades diárias à sua nova condição de vida e saúde (18).

(10)

Concomitantemente, outras questões originárias, no conjunto de interações do seu contexto, são vivenciadas pelo lesado medular, as quais ele define como problemas no ambiente familiar e como problemas financeiros. A partir da identificação dessa situação, o lesado medular empreende o movimento de estabelecer estratégias para o enfrentamento e solução desses problemas (18).

APOIO

O adoecer crônico é uma situação que requer do doente e da família uma grande aprendizagem para seu enfrentamento.

A reabilitação caracterizada pela assistência especializada de profissionais é assegurada pelo apoio da família e amigos.

A família e amigos, mesmo emocionalmente abalados, e na maioria das vezes desgastados com as condições e barreiras enfrentadas, ainda são capazes de buscar soluções e ajuda para melhor entenderem as limitações e se fundamentarem para melhor apoiar e cuidar do seu paciente/familiar. Fica destacado a seguir nas falas dos entrevistados o papel importante que os familiares exercem:

Entrevistado 2: “São os meus parentes que ajudaram…e alguns amigos,

aqui em casa foi tudo, minha mãe e meus irmãos que dividiram tudo”.

Entrevistado 3: “Minha mãe que me ajudava, durante o banho, me ajudava

a passar para cadeira, o resto eu conseguia fazer”.

Entrevistado 4: “Tem hora que é difícil viu, como eu falei, só minha mãe

mesmo que me ajuda…”

Entrevistado 5: “Minha mãe teve que deixar de trabalhar para cuidar de

mim…então minha mãe, meu pai, e meus irmãos que ajudam”.

Entrevistado 7: “Eu conheci uma professora que ajudou a terminar de

fechar a ferida, porque eu iria fazer uma cirurgia no local da escara e essa professora fez com que não precisasse…depois que vim pra casa de novo, as tarefas ficaram divididas entre minha mãe, meu irmão e minha avó; cada um faz um pouco”.

Nesta perspectiva, o apoio assume-se como um processo promotor de assistência e ajuda, através de fatores de suporte que facilitam e asseguram a sobrevivência dos seres humanos (19).

Os resultados deste estudo vão de encontro com as ideias de alguns autores, que em seu estudo objetivaram avaliar a relação do cuidador, evidenciaram a predominância da presença das mães nas ações do cuidar.

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Pelo fato de que os pais devem continuar trabalhando para a manutenção da casa, os autores afirmam que os pais não têm a mesma percepção de cuidar, em relação às mães, podendo até se ausentar mesmo em situações que exigem um cuidado mais atencioso. Observaram ainda que o pai mesmo quando presente, parece ter um pouco mais de dificuldade em lidar com a situação (20).

De acordo com a revisão de literaturas, observamos que vários autores destacam a mãe como o membro familiar que assume a maior parte das responsabilidades do tratamento de doentes crônicos, estando susceptíveis a sentimentos de medo e pavor. A fim de enfrentar a situação buscam suporte que auxiliem nas dificuldades impostas pela doença, como o respaldo dos profissionais de enfermagem. Contudo, estes ainda precisam evoluir na qualidade do cuidado aos pacientes e às famílias de pessoas cronicamente enfermas (21).

Outros autores corroboram com as ideias de que os cuidadores em geral são familiares próximos, que vivem na mesma casa ou não e às vezes amigos que se responsabilizam, frente à instituição de assistência, por seguir o tratamento e prestar cuidados permanentes, ao doente dependente, em casa (22).

Portanto a família tornou-se a fonte de cuidado e suscitou o enfrentamento das sequelas do trauma, a religião facilitou a compreensão das respostas emocionais, minimizando as incertezas e dificuldades vivenciadas no trauma, e os amigos foram responsáveis por fortalecer em sentimentos e pensamentos (23).

RECURSOS

Partindo das dificuldades e desconhecimento de meios para apoio e atenção para os cuidados a serem prestados para uma melhor reabilitação e bons resultados diante dos olhos da família, a mesma se propõe a buscar ajuda e recursos para enfrentar as barreiras sociais, porém se torna limitada devido à falta de orientação da equipe de saúde, relacionada aos recursos existentes para o tratamento e a reabilitação de pessoas acometidas por TRM. Alguns depoimentos dão relevo à falta de orientação sobre os recursos para melhor amparar os pacientes com TRM:

Entrevistado 5: “Não, ninguém nos orientou sobre os recursos existentes”. Entrevistado 6: “A gente não recebeu nenhuma orientação não, para tá fazendo o pedido junto à prefeitura, isso aí é uma coisa que a gente deixou de lado e fizemos a compra desses materiais tirando da renda mensal pra tá comprando..., uma (enfermeira) da Santa Casa, mas porque eu ia até lá para trocar a sonda, aqui na minha casa não apareceu ninguém na época”.

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Entrevistado 7: “Depois de três anos fui internado na AACD para fazer reabilitação...só que me falaram do incontinente urinário...que iria me ajudar, sobre a sonda de alivio que eu não sabia, sobre a bóia de ar para ajudar nas escaras, roupas mais finas e não ficar usando jeans...mas nada sobre ser gratuito e/ou cedido pelo governo”.

As famílias sofrem muito de várias formas com a enfermidade de seus entes e, frequentemente mostram-se ansiosas e temerosas, sentem-se desamparadas em suas capacidades de intervir e ajudar o paciente. Como o paciente, elas entregam, em parte o controle da situação para a equipe de enfermagem, que às vezes deixa de realizar a assistência adequada ao paciente e familiares, não realizando um plano de alta que atenda às necessidades do paciente e familiares e ainda acaba não fornecendo as informações necessárias relacionadas aos recursos existentes (24).

Os profissionais devem assistir o paciente/ cliente, e essa assistência pode e deve auxiliar a família, a enfrentar a crise da doença por meio de educação e informações. Durante todo o tratamento, mesmo quando não ocorre a cura, mostrar ao familiar/cuidador que pode haver mudanças importantes no quadro clínico de seu ente querido. Devem prepará-los para intercorrências vindouras, mostrando os caminhos que deverão ser percorridos, para uma melhor reabilitação de paciente acometido por alguma cronicidade (15).

NECESSIDADES PARA MELHORIA DO ATENDIMENTO

Para garantia de um atendimento humanizado podemos afirmar que são necessários inúmeros fatores para que ele seja realizado; o conhecimento teórico é um deles, sendo a base da prática segura e confiável, para realização de um atendimento humanizado e com qualidade.

Para os entrevistados, a efetivação de uma assistência mais humanizada depende, principalmente, de estabelecer um diálogo simples, claro e objetivo, entre a equipe e pacientes. Família e paciente sentem a necessidade de esclarecimentos e orientação quanto aos futuros cuidados em casa, principalmente quando estão fora do âmbito hospitalar e há o surgimento de dúvidas quanto à prestação de cuidados no paciente com TRM. Assim estão descritas abaixo, as falas que ratificam a importância dessa categoria:

Entrevistado 1: “Tive sorte, pois minha vizinha era (enfermeira), caso contrário minha mãe iria ter muita dificuldade, pois não recebi visitas do pessoal do postinho”.

Entrevistado 3: “Então, acho que foi mais a prevenção dos machucados. Eu gostaria de ter sido orientado quanto a esse tipo de feridas, pois cheguei

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a ter onze feridas ao mesmo tempo”.

Entrevistado 6: “Seria bom ter uma pessoa entendida do assunto, uma (enfermeira), presente, principalmente para cuidar das escaras”.

Entrevistado 7: “Deveria ter orientado...desde o começo ter falado dessa sonda de alívio que eles podiam ter ajudado/falado, porque eu fiquei muito tempo com essa sonda vesical de demora, peguei uma baita de uma infecção, eles podiam ter me ajudado no inicio com isso, no caso de me virar, não me ensinaram não, mas a gente viu como fazia e aprendemos, como a escara; não ensinaram nada quando eu estava vindo pra casa”.

As falas dos participantes mostram a necessidade de repensar o cuidado, alguns autores recomendam que o cuidado deve ter um sentido multidimensional, não apenas “assistir” no sentido confinado ao ato de olhar, de ver, mas tornando-o uma atividade provida de sentimentos, responsabilidade, sensibilidade, ou seja, o cuidado pressupõe uma relação à pessoa e não à individualidade (28).

Alguns autores afirmam que a complexidade das relações humanas comporta uma série de planejamentos e estratégias que buscam identificar e incorporar demandas antevistas de rotina (dos pacientes cuidados). Visando à construção de um plano terapêutico, toda e qualquer intervenção necessita ser articulada na esfera do cuidado ao outro, com o reconhecimento e o aprofundamento da comunicação entre os sujeitos envolvidos no processo de cuidar, ou seja, nas relações profissional-profissional, profissional - paciente e profissional – família (29).

A gestão do trabalho em saúde visa evitar a desumanização e os riscos associados à falta de compromisso e motivação dos profissionais; mediar conflitos de interesse e contribuir para qualidade do atendimento (25).

A comunicação com pacientes e familiares é essencial para uma assistência de qualidade. Considera-se necessário que o profissional de enfermagem esteja capacitado para reconhecer a interação enfermeiro-paciente-família, com sensibilidade e empatia, contribuindo para uma assistência humanizada (30).

As falhas na comunicação definiram-se no presente estudo como principal fator apontado para qualidade insatisfatória do serviço pela visão do familiar. Embora não se possa comparar o grau de satisfação entre trabalhos distintos publicados, devido a diferenças no método, considerou-se que na casuística apresentada o reconhecimento dos mais frequentes fatores de descontentamento ou crítica podem apontar caminhos para melhorias na qualidade do atendimento prestado (26).

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durante a nossa vida profissional e acadêmica, especificamente na área de reabilitação do adulto com lesão medular, foi possível identificar a necessidade crescente da assistência de enfermagem à família (27).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

As falta de orientação dos profissionais envolvidos para com os pacientes discutidos no presente estudo é o principal fator apontado para qualidade na satisfação do serviço na óptica dos pacientes.

Observamos que, seria possível que a insegurança apresentada pelos pacientes talvez advenha da falta de orientação.

Este trabalho nos fez perceber a importância do profissional de enfermagem para a família e o paciente com TRM.

Após a realização desse trabalho foi possível refletir o quanto são relevantes as problemáticas vivenciadas pela família e paciente após a alta, em busca de recursos e materiais e humanos para melhor conforto e soluções, visando a uma melhor reabilitação.

Essa lacuna à orientação, a ser preenchida pelos profissionais, nos mostrou o quão a família e o paciente com TRM valorizam a presença do profissional de enfermagem, seja essa presença física ou por teorização e clarificação para realização dos cuidados a serem prestados.

Diante das falas descritas, salientamos a necessidade da realização de novos estudos, objetivando a elaboração de protocolos para treinamento dos profissionais envolvidos com a assistência aos pacientes, enfatizando o plano de cuidado como ideia central a ser realizada após a alta hospitalar.

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REFERÊNCIAS

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QUESTIONÁRIO:

• Como percebeu a situação após o acidente?

• Recebeu alguma orientação de enfermagem durante a hospitalização e alta? Quais?

• Quais os problemas e dificuldades enfrentadas por você e sua família após o acidente?

• Como vocês solucionaram estes problemas e dificuldades? • Como organizou seu cotidiano?

• Foi orientado quando aos recursos disponibilizados pelo governo ao incontinente urinário?

• Durante o processo de adaptação quem da área da saúde esteve presente? • De que forma?

• Como gostaria de ter sido ajudado pela enfermagem neste processo? • Qual foi a maior dificuldade perante a situação?

FORMULÁRIO DE DADOS DOS PARTICIPANTES

Nome (iniciais): _______________________________________________________ End.:_________________________________ Bairro;__________________ Tel.: ____________________ Município: ____________ CEP:_________ Idade: ____________ Data Nasc.: ___/____/____ Raça:_____________ CPF:________________ RG:__________________

Estado Civil___________.

Com quem mora atualmente? ___________________________________________ E antes do acidente?___________________________________________________ Tem filhos? Quantos?____________________

Há quanto tempo ocorreu o acidente?_____________________________________ Quem o ajuda atualmente?_____________________________________________ Possui algum recurso financeiro?__________.Qual?_________________________

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Responsável pela submissão Ana Beatriz Pinto da Silva Morita anabeatrizmorita@gmail.com

Recebido em 30/11/2012 Aprovado em 14/12/2012

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Referências

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