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Vista do Produção técnico-científica dos docentes da fatea (1998-2007): análise via currículo lattes

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produção técnico-científica dos

docentes da fatea (1998-2007):

análise via currículo lattes

Maria aparecida Gomes fiuza

Walter Moreira

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Maria aparecida Goms fiuza

Walter Moreira

Bacharel em Biblioteconomia pelas Faculdades Integra-das Teresa DÁvila. Bibliotecária da BASF, unidade Guara-tinguetá.

Bacharel em Biblioteconomia pelas Faculdades Integra-das Teresa D’Ávila. Mestre em Biblioteconomia e Ciência

da Informação pela PUCCamp. Doutor em Ciência da Informação pela USP. Professor (Faculdades Integradas Teresa D’Ávila / Escola Superior de Cruzeiro).

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resuMo

palavras-chave

A pesquisa teve como objetivo identificar a produção técnico-científica dos docentes das Faculdades Integradas Teresa D’Ávila (Fatea), no pe-ríodo de 1998 a 2007. Para tanto, considerou-se o tipo de produção gerada e sua relação com a titulação do docente e o curso. Para a coleta de dados foi utilizado o banco de dados da Plataforma Lattes do CNPq com a utilização de diferentes estratégias de buscas e uma lista de do-centes fornecida pela secretaria da própria instituição. Verificou-se que a maior parte dos docentes, 63% são mestres, 16% são doutores e 19% especialistas.

Produção científica; Faculdades Integradas Teresa D’Ávila; Comunicação científica.

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abstract

KeyWords

1 introdução

A ciência, hoje, influencia decisivamente no desenvolvimento das nações e no bem-estar geral da humanidade. Muitas das soluções para os constan-tes problemas, das mais diversas ordens, que surgem e os conseqüenconstan-tes novos caminhos têm sido oferecidos por pesquisadores. Na verdade, a ciência depende exatamente desses problemas para acontecer, são precisamente estes problemas que dão origem e alimentam a pesquisa científica e a sua sustentabilidade depende do grau de confiabilidade que os pesquisadores imprimem aos seus resultados. Mueller (2000) considera a confiabilidade como uma das características mais importan-tes da ciência, pois é a característica que, dentre outras, distingue-a do conhecimento popular, não científico.

The research aimed to identify the Faculdades Integradas Teresa D’Ávila teacher’s technical and scientific production in the period of 1998 to 2007. To do this, it was considered the type of output generated and its relationship with the teacher’s course and academic degree. To collect data it was used the database of Curriculum Lattes, from CNPq, through the use of different search strategies and a list of teachers provided by the the institution itself. It was found that most teachers, 63% are masters in science, 16% are doctors and 19% are specialists.

Scientific production; Faculdades Integradas Teresa D’Ávila; Scientific Communication.

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A confiabilidade nos resultados, depende de sua validação, por isso faz-se necessário que os resultados de pesquisa sejam divulgados e submetidos ao crivo da comunidade científica, de modo geral. Meadows (1999, p. 82) reforça esta idéia afirmando que para os pesquisadores, e para todas as pessoas criativas, é necessário ser avaliado de tempos em tempos, para se ter a confirmação de que vale a pena aquilo que se está fazendo, para ser reconhecido através da avaliação proporcionada pela comunidade.

Vários são os canais, formais ou informais, utilizados pelos pesquisadores, tanto para divulgar seus resultados como para obter mais informações a respeito de um determinado assunto já estudado por outro pesquisador. De modo geral, quando um autor publica algo, possui algumas finali-dades específicas: a) obter prioridade para sua descoberta; b) conseguir reconhecimento na comunidade científica; c) melhorar seu estatuto intelectual; d) estar entre as citações bibliográficas publicadas; e) obter ascensão profissional e, ainda, f) facilitar novos contatos com cientistas que desenvolvem pesquisas semelhantes à sua, promovendo, assim, a correspondência entre os pares (MOURA, 1997, p. 10). Essa divulgação (ou difusão, conforme seja direcionado aos pares ou ao grande público) gera uma maior valorização da pesquisa, pois, o processo de produção do conhecimento só passa a ter sentido completo quando o conhecimento produzido é socializado.

Em estudo realizado por Machado e Meireles (2005, p. 170) verificou-se que no Brasil, o maior número de pesquisadores é formado por profes-sores e alunos da pós-graduação, responsáveis pela geração da maior parte da produção científica nacional. A pesquisa científica relaciona-se fortemente com os cursos de pós-graduação, principalmente, mas também com os cursos de graduação, seja produzindo pesquisa ou formando pesquisadores.

Entende-se, pelo menos em teoria, que a pesquisa e a produção científica são responsáveis por compor, juntamente com o ensino e a extensão, a própria essência das universidades, ou do agrupamento, da integração de faculdades, como no caso das Faculdades Integradas Teresa D’Ávila (Fatea).

Sendo assim, o presente trabalho objetiva analisar a produção técnico-científica dos docentes da Fatea nos últimos dez anos (1998-2007) por

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meio do banco de dados da Plataforma de Currículos Lattes (PL), organiza-da e administraorganiza-da pelo Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento (CNPq). Objetiva ainda delinear o perfil do docente/pesquisador da Fatea quanto a sua titulação, a distribuição de sua produção por departamento e identificar os veículos mais utilizados para a difusão desta produção. Espera-se que este estudo possa contribuir para o conhecimento e divulgação das formas de comunicação científica utilizadas por esses pesquisadores. Espera-se igualmente que os resultados possam servir à Fatea para o enriquecimento das políticas de fomento de pesquisa.

2 a coMunicação científica

As práticas de armazenamento e de transferência da informação foram sofrendo, com o passar do tempo, alterações substanciais. Os veículos e recursos hoje utilizados pelos conferencistas, por exemplo, facilitam grandemente o entendimento do assunto abordado. Recursos como o vídeo ou a teleconferência aproximam públicos de formas impensáveis há algumas décadas. Não se pode afirmar com certeza, sem uma visão positivista do problema, quando se começou a realizar pesquisas cientí-ficas e, conseqüentemente, quando houve comunicação científica pela primeira vez. Na verdade isso nem mesmo tem tanta importância, mas é muito comum situar o seu nascimento com a filosofia antiga, com os gregos e suas preocupações com a ordem do cosmos, embora ali não se praticasse ciência como conhecemos hoje.

Com o aparecimento da imprensa na Europa do século XV, a disponi-bilidade de textos impressos aumentou rapidamente. Estima-se que a produção média de livros por ano no mundo aumentou de 420, no perí-odo 1436-1536, para 5.750 durante os cem anos seguintes (1536-1636). Tal mudança num prazo relativamente curto causou grande impacto na difusão e na divulgação do conhecimento produzido (BURKE, 2003). A multiplicação e a conseqüente popularização dos livros representa-ram passos importantes para a difusão das pesquisas científicas. Na metade do século XVII surgiram as primeiras revistas científicas. O motivo principal dessa inovação foi o que moveu também todas as outras: a necessidade de encontrar um meio de comunicação mais eficiente para

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atender a uma clientela crescente interessada em novas realizações. Essa inovação significou o início do processo de formalização do modelo de comunicação científica praticado ainda hoje. A partir deste ponto, foi possível traçar uma linha que poderia distinguir a comunicação formal da informal.

A comunicação informal, esclarece Meadows (1999, p. 7), é, em geral, efêmera e colocada à disposição de um público limitado. Neste modelo a maior parte da informação é oral e é, portanto, informal, do mesmo modo que a maioria das cartas pessoais. Uma comunicação formal, ao contrário, encontra-se disponível por longos períodos de tempo para um público amplo. Os periódicos e os livros são publicados (isto é, tornados públicos) e em seguida armazenados por longos períodos em bibliotecas, de modo que são exemplos tradicionais de informações formais (Quadro 1).

CANAIS FORMAIS CANAIS INFORMAIS Público potencialmente grande Público restrito

Informação armazenada

e recuperável Informação não armazenada e não recuperável Informação relativamente

antiga Informação recente Direção do fluxo selecionada

pelo usuário Direção do fluxo selecionada pelo produtor Redundância moderada Redundância, às vezes, significativa

Avaliação prévia Sem avaliação prévia Feedback irrisório para o autor Feedback significativo para o autor

Quadro 1 - Distinção básica entre canais formais e informais de comunicação (TARGINO, 2000, p. 19)

Os canais informais possuem a vantagem de possibilitar a atualização com mais rapidez, e conseqüentemente, menor custo. Uma carta, um e-mail, ou um telefonema atingem quase de imediato seu alvo, o que não

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acontece com a edição dos resultados de pesquisas veiculadas através de livros ou revistas, canais formais, que tem como função, persuadir e convencer a comunidade científica e a sociedade que os resultados divulgados são conhecimentos válidos e consolidados. Estas barreiras, entretanto, estão se dissolvendo, como já dissemos em outro trabalho (MOREIRA, 2005) com a hibridez característica da internet, a qual dissol-ve as barreiras físicas entre canais formais e informais de comunicação científica.

3 produção científica

A expressão produção científica é muito utilizada no meio acadêmico, porém não é simples defini-la com precisão. Para Witter (1997, p. 7), a produção científica engloba processos e produtos distintos, bem como, pessoas, associações, agências financiadoras e seus múltiplos consumido-res. Podemos, então, discutir produção científica observando diferentes variáveis ou critérios.

O objetivo central da dissertação de Ohira (1998) foi analisar a produção técnico-científica dos docentes do Centro de Ciências da Educação – FAED, da Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC, em Florianópolis. Compreendeu o período de 1992 a 1996 e abrangeu algumas variáveis como: produção científica segundo a titulação e o tempo parcial ou tem-po integral; produção tem-por departamento e ano de publicação; categorias de documentos; periódicos e eventos utilizados para a divulgação dos resultados; tipologia de autoria e estabelecimento de autores de maior produtividade. Nos seus resultados observa-se que o maior grupo de produtores está inserido na classe dos doutores e que estes embora altamente produtivos, trabalham em tempo parcial. Dentre os eventos científicos utilizados pelos docentes para a comunicação dos trabalhos, o estudo revelou que 57,15% do total da produção foram apresenta-dos em eventos da própria UDESC. Outra conclusão significante é que existem poucos autores produzindo muito (8 autores produziram 166 documentos) e muitos produzindo pouco (20 docentes não produziram nada e 36 docentes, publicaram 91 documentos).

O estudo citado (OHIRA, 1998) foi tomado aqui como amostra de diversos outros estudos do gênero, facilmente identificáveis em periódicos

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cientí-ficos de todas as áreas. Esta preocupação com a produção científica dos docentes é de extrema importância, pois, relata não só os resultados das pesquisas elaboradas, mas também a formação destes pesquisadores. As pesquisas sobre produção científica podem considerar também o apelo motivacional. O que motiva o pesquisador? Meadows (1999, p. 80) relata o resultado de uma pesquisa entre os doutorandos norte-americanos sobre motivação (Quadro 2).

Motivo Porcentagem de respostas Continuar o desenvolvimento intelectual 96,9%

Dar uma contribuição importante para o

con-hecimento da área 83,1%

Devido ao interesse intrínseco da área 81,6% Preparar-se para uma carreira acadêmica 81,6% Aumentar seu poder aquisitivo 74,9% Servir melhor à humanidade 74,1% Quadro 2 - Motivos para ingressar num curso de pós-graduação

(MEADOWS, 1999, p. 80)

A curiosidade intelectual foi sem dúvida o fator dominante. Isto de-monstra a motivação do estudante pela pesquisa, que vai refletir na vida profissional, pois, a variedade de empregos disponíveis para os pesquisadores em determinada área influi no leque de suas motivações. Por outro lado, parece que o motivo mais nobre e mais altruísta para a o desenvolvimento da ciência, o bem estar do homem, parece ter sido, comparativamente, relegado.

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4 ensino superior e produção de pesquisa

O que se compreende por produção científica hoje, abrange desde a concepção da idéia até a materialização do conhecimento gerado, incluindo-se aqui, naturalmente, sua divulgação e sua disseminação. No ato da publicação o produtor científico é reconhecido e reconhece-se nela, por isso é indispensável a publicação, entendida também como uma das fases do ciclo de produção.

Existem diversos canais e diversas formas de publicação disponíveis ao pesquisador: um artigo de periódico, um livro ou um capítulo de livro, uma comunicação em congresso, uma dissertação ou tese, entre outros.

Segundo Meis e Leta apud Machado e Meirelles (2005) “a pesquisa científica dentro da universidade desempenha papel importante não só na produção de novos conhecimentos, mas também na capacitação de tornar accessíveis aos seus estudantes os avanços contínuos do saber”. O agravante, no caso da realidade brasileira, é que o pesquisador, com as exceções de sempre que apenas confirmam a regra, quase sempre se vê envolvido também em atividades de docência e atividades administrati-vas. Ohira (1998) ainda elenca algumas outras atividades inerentes às já citadas, tais como, os compromissos formais, reuniões, relatórios, funções gerenciais. A pesquisa deixa de ser, neste quadro, o centro das atenções para compor, muitas vezes mais uma tarefa no seu quadro de ativida-des, ou seja, nem sempre é possível dedicar-se integralmente a ela. Este estado de coisas tem servido como indicativo de cuidado redobrado nas análises quantitativas apressadas, que ignoram o contexto.

Barreto apud Ohira (1998) afirma que as pesquisas desenvolvidas em algumas universidades resultam do esforço e da preferência individual ou de grupos, aliados a outros fatores que contribuem para a realização ou não de pesquisas, destacando-se o baixo valor dado para a atividade ensino-pesquisa e as dificuldades para a divulgação dos resultados de pesquisa. A não divulgação dos resultados da pesquisa é absolutamente contraproducente pois impede que o ciclo da pesquisa se complete, isto é, impede o uso dos resultados como matéria-prima para novas produ-ções.

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5 Material e Método

5.1 Fatea

A Fatea, instituição salesiana, localizada em Lorena, Estado de São Paulo, oferece atualmente os seguintes cursos de graduação: Administração; Bi-blioteconomia; Biologia; Computação; Decoração; Desenho Industrial; Educação Artística; Enfermagem; Fonoaudiologia; Jornalismo, Letras; Pe-dagogia; Publicidade de Propaganda; Rádio e TV e Relações Públicas. Seu corpo docente é formado por aproximadamente 160 professores e é comum o trânsito dos mesmos por vários cursos, já que esta é uma característica da instituição. Todos os cursos foram autorizados e poste-riormente reconhecidos pelos respectivos decretos e/ou portarias, exceto o curso de Computação, cuja autorização e início ocorreu em 2007 e ainda está, portanto, em fase de reconhecimento.

5.2 Material

O estudo realizou-se por meio de pesquisa quantitativa descritiva, usando como fonte os currículos disponíveis no site da Plataforma Lattes (PL). Este tipo de pesquisa prevê a mensuração de variáveis preestabelecidas, mediante a análise da freqüência de incidências e de correlações esta-tísticas. Foram analisadas as produções técnico-científicas apenas dos docentes da Fatea que possuíam no momento da coleta de dados os seus currículos cadastrados no banco de dados da PL. Esse número, em 2007, representava 127 professores, 80% do total, um número, portanto, bastante significativo como amostragem.

O CNPq é uma agência do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) destinada ao fomento da pesquisa científica e tecnológica e à formação de recursos humanos para a pesquisa no país. Sua história está dire-tamente ligada ao desenvolvimento científico e tecnológico do Brasil contemporâneo.

Em agosto de 1999, o CNPq lançou e padronizou o Currículo Lattes, um formulário de currículo a ser utilizado no âmbito do Ministério da Ciên-cia e Tecnologia. Nesta época, mesmo não tendo um formato padrão, a base já contava com aproximadamente trinta mil currrículos; hoje conta com mais de um milhão de currículos, segundo informações da própria

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PL, em 10 set. 2007.

Vários são os objetivos que levaram à criação do currículo lattes, dentre os quais podemos apontar a possibilidade da avaliação curricular do pes-quisador; possibilidade de seleção de consultores e especialistas e geração de estatísticas sobre a distribuição da pesquisa científica no Brasil. A PL é uma base de dados pública e de acesso aberto, tanto no que se refere à inserção de informações curriculares pelo pesquisador quanto à recuperação das informações por qualquer usuário. Possui uma versão em língua espanhola e está integrada à rede ScienTI, criada pelo CNPq e a Organização Pan-americana de Saúde. A rede visa a promover a padronização e a troca de informações, conhecimentos e experiências entre os participantes na atividade de apoio a gestão da área científica e tecnológica em seus respectivos países. Além disso, integra-se também com bases de dados de outras instituições, tais como a Scientific Elec-tronic Library Online (SciELO), a Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), a base de patentes do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) e os bancos de dissertações e teses das universidades possibilitando o acesso, a partir do currículo, a um vasto acervo de informações científicas relacionadas ao pesquisador.

A PL, uma base nacional que conta com o aval de uma instituição respeitável como o CNPq, registra a produção científica pregressa e atual dos pesquisadores, isso justifica a escolha do material utilizado na pesquisa.

5.3 Procedimento

Para coleta dos dados foram utilizadas estratégias de busca combinando as variações possíveis relacionadas ao termo “fatea” e posteriormente, como mecanismo de checagem, os resultados foram confrontados com o quadro geral dos professores fornecido pela Secretaria da Fatea. Para a recuperação das informações foi utilizada somente a base de da-dos da PL. Na janela preferências optou-se por ativar toda-dos os campos para que fosse possível obter o maior número de dados e, além disso, o campo de escolha para o prazo da última atualização do currículo foi

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preenchido com a intenção de recuperar os currículos atualizados nos últimos 120 meses, período de cobertura da análise.

6 resultados e discussão

Todos os currículos identificados por meio das estratégias de busca, pos-suíam em algum lugar de seu texto o termo “fatea”, porém, nem todos os currículos foram recuperados no momento em que foi realizada a busca por meio da palavra-chave “fatea”, o que revela alguma inconsistência na ferramenta. No Quadro 3, estão as combinações elaboradas para a recuperação dos currículos.

Tipo de busca Estratégia encontradosCurrículos Docentes que não são da Fatea

simples fatea 35 10

simples faculdades integradas teresa d’ávila 9 5 simples faculdades integradas ter-eza d’ávila 4 3 avançada todas as palavras: fatea lorena 12 2 avançada boleana: fatea and lorena 11 2

Quadro 3 - Estratégias de busca utilizadas no levantamento

Para que não se corresse o risco de perder algum currículo, procurou-se também pelo nome completo do docente diretamente na base da PL, seguindo a listagem cedida pela secretaria da instituição em estudo. Esta pesquisa está compreendida entre o período de 1998 a 2007, portanto, os currículos analisados são dos docentes que neste período

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atuaram na Fatea e possuíam produção científica registrada. Os docentes que foram contratados após a data mínina estipulada para a cobertura da pesquisa (1998), tiveram sua produção contabilizada a partir do ano de sua contratação na Fatea. A maioria dos professores (n=92) foi contrata-da nos últimos sete anos, o que coincide com o crescimento do número de cursos registrado neste período. Dezenove docentes não informaram nos respectivos currículos a data de seu vínculo com a Instituição. Dos 127 currículos analisados, 113 (88,98%) docentes atualizaram suas informações na base de dados do CNPq no último ano (2007). Esta pos-tura é muito importante, pois o currículo registra a sua vida acadêmica e também pontua sua qualificação profissional, sendo este dado rele-vante para as avaliações necessárias, quer seja por parte da Instituição ou do Ministério da Educação. Ainda que se possa considerar pequeno o número de currículos desatualizados, não se pode minimizar a impor-tância desse fato, pois prejudica a visão do conjunto e podem interferir significativamente nos resultados.

6.1 Transferência do conhecimento gerado

O currículo lattes é formado por diversos campos. As informações do currículo estão estruturadas de forma hierárquica e divididas em seis submenus. Neste estudo, para a contabilização da produção dos do-centes foram utilizadas as categorias: produção bibliográfica (resumos publicados em anais de congressos, trabalhos completos publicados em anais de congressos, apresentações de trabalho, textos em jornais de notícias/revistas, artigos completos publicados em periódicos, artigos aceitos para publicação, capítulos de livros publicados, livros publicados/ organizados ou edições e demais tipos de produção bibliográfica), pro-dução técnica (softwares sem registro de patente, produtos tecnológicos, processos ou técnicas, trabalhos técnicos e demais tipos de produção técnica), participação como orientador de trabalhos concluídos e em andamentos (iniciação, graduação, especialização, mestrado, doutorado e outra natureza), demais trabalhos e a participação e/ou organização de eventos.

Observa-se na Figura 1 a distribuição dessas produções e o seu cresci-mento anual. O módulo demais trabalhos apresenta o menor índice,

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isto se deve, provavelmente, por duas razões distintas, primeiro porque ao classificar sua produção, o pesquisador naturalmente opta por uma das categorias já existentes, as quais funcionam, neste caso, de forma indutiva; segundo porque a própria PL não deixa claro o que pode ser compreendido neste campo.

0 50 100 150 200 250 300 350 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 quantidade P roduç ão bibliográf ic a P roduç ão t éc nic a Orient aç ões

Demais t rabalhos

P art ic ipaç ão / Organizaç ão de event os

Figura 1 - Distribuição anual da produção técnico-científica por categorias

O detalhamento das categorias de documentos relacionados à produção bibliográfica e produção técnica é apresentado no Quadro 4.

Destacam-se os resumos publicados nos anais de congresso, com 30% do total da produção descrita no quadro, e os trabalhos completos publicados nos anais de congresso e similares, representando 17,83%. Dessa forma, 47,83% das comunicações foram apresentadas em eventos científicos. Esses eventos propiciam o intercâmbio entre pesquisadores e, conseqüentemente, impulsionam a comunicação científica. Em seguida aparecem os artigos em periódicos com 11,94%, sendo que 22 artigos, 1,66% foram aceitos para publicação no ano de 2007, os quais não foram, pelos critérios estabelecidos, inseridos entre os dados analisados.

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Categoria de documentos 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Total Resumos Anais 2 2 16 12 26 31 44 73 113 78 397 Trabalhos completos publicados em Anais 11 4 8 10 18 16 42 32 62 33 236 Artigos em periódicos 3 5 5 3 20 15 23 30 28 26 158 Demais tipos trabalhos téc-nicos 1 0 2 1 3 11 15 22 37 52 144 Apresentação Trabalho 0 2 1 0 4 7 9 21 55 30 129 Textos de jornais 0 0 1 1 8 2 2 18 26 4 62 Trabalhos técnicos 0 0 0 0 14 2 4 18 9 14 61 Processos ou técnicas 0 0 0 0 0 14 4 6 11 11 46 Demais tipos trabalhos bibli-ográficos 1 0 0 0 0 1 6 11 8 3 30 Capítulos de livros 0 0 0 0 3 7 5 0 6 2 23 Artigos aceitos para publi-cação 0 0 0 0 0 0 0 0 8 14 22 Livros publica- dos/organiza-dos 0 0 3 0 2 0 0 1 2 1 9 Software sem registro de patentes 0 0 0 0 0 1 1 2 0 1 5 Produtos tecnológicos 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1

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6.2 Titulação do corpo docente

A titulação do corpo docente, longe de ser apenas cumprimento de formalidades legais, representa, sem dúvida, um dos meios mais im-portantes para que as instituições de ensino superior possam alcan-çar seus objetivos. Evidentemente o título não faz, necessariamente, o bom mestre, mas pode atestar sua experiência. A titulação adequada, entretanto, deve ser acompanhada de condições para desenvolvimento de atividades de ampliem o espaço limitado da sala de aula; a pesquisa pode ser apontada aqui como a mais significativa dessas ampliações. O ideal de indissociabilidade entre ensino e pesquisa, legalmente adotado com a reforma universitária de 1968, trouxe implicações para a política docente no que diz respeito à necessidade de titulação de professores mediante cursos de pós-graduação stricto sensu e de sua contratação num regime de trabalho que garantisse tempo para o desenvolvimento de pesquisa (BICUDO, TAMIRI e SAMPAIO, 2002, p.12). Guardadas as proporções, este nível de exigência começa a alcançar também os cursos de graduação.

As colocações dos autores acima demonstram preocupação quanto à qualificação dos professores. Este tema também foi levantado na presen-te pesquisa, cujos resultados indicam que 3,94% dos professores estão realizando cursos de pós-graduação lato sensu; 11,81% são mestrandos e 15,75% são doutorandos.

Observou-se que o número de doutores é ainda reduzido na instituição, apenas 16%. O número de mestres apresenta um índice alto com rela-ção aos doutores, 63%, representando mais da metade dos professores analisados. Os especialistas totalizam 19%. Um número pequeno, 2% dos professores analisados, possui somente a graduação e não está na lista dos docentes que estão realizando algum outro curso de pós-graduação.

Para uma melhor compreensão, os dados estão agrupados no Qua-dro 5. Os docentes estão distribuídos de acordo com sua titulação, considerando-se a titulação máxima. Dessa forma, um professor que já possui doutorado e cursa uma pós-graduação lato sensu, por exemplo, foi contabilizado apenas uma vez, entre os doutores.

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Titulação Concluído Em andamento Projeção

Graduação 2 --- 2

Especialização 17 2 19

Mestrado 58 14 72

Doutorado 15 19 34

Quadro 5 - Docentes e suas titulações (referência: 2007)

Estes dados permitem observar que nos próximos cinco anos, no máxi-mo, a Fatea terá dobrado o seu número de doutores. De acordo com os dados do Censo de 1998, a rede privada nacional, que não dispunha de pessoal titulado em seus quadros, apresentou, entre 1994 e 1998, um aumento do número de mestres e doutores da ordem de 66,9%, passan-do a contar com 34,3% passan-dos passan-docentes com o título mínimo de mestres e 9,3% com o de doutor. A comparação com estes dados permite afirmar que a Fatea possui um corpo docente bem qualificado, tendo quase o dobro de mestres e doutores.

6.3 Produção científica do corpo docente

O nível de qualificação dos docentes pode ser avaliado pelos títulos que obtiveram, sendo que esta titulação pode afetar os índices de produti-vidade. O Quadro 6, apresenta a relação entre a titulação e a produção técnico-científica dos docentes no período em análise.

Titulação 1998-1999 2000-2001 2002-2003 2004-2005 2006-2007 Total Doutor 22 63 166 210 402 863 Mestre 9 55 147 288 444 943 Especialista 20 14 19 19 51 123 Graduado -- -- -- -- -- --Total 51 132 332 517 897 1929

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Há um aumento significativo da produção técnico-científica na Fatea, porém deve-se levar em consideração que o incremento se deve tam-bém pelo aumento do número de professores contratados nos últimos anos referentes ao período da análise, já que são consideradas suas produções

totais no período. O estudo mostrou que os doutores, ainda que em me-nor número (25,86%) são mais produtivos que os docentes com o título de mestre (63,04%). Este não é um caso isolado, os trabalhos de Castro (1992), Lima (1993) e Ohira (1998) são apontados aqui como exemplos de outros estudos que chegaram aos mesmos resultados.

A Figura 2 evidencia a evolução da produção técnico-científica dos pro-fessores ao longo dos anos. Houve um crescimento acentuado a partir de 2003. O aparente decréscimo verificado no ano de 2007 justifica-se pela data limite para coleta dos dados para esta pesquisa: justifica-setembro deste ano.

Figura 2 - Evolução da produção técnico científica da Fatea (1998-2007)

6.4 Produção científica dos cursos

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docentes dos cursos oferecidos pela Fatea, distribuída por habilitação, indicada entre parênteses (Quadro 7). Nestes dados não estão inseridos os cursos de Economia Doméstica (não possuía turma em andamento) e Decoração (não existiam professores cadastrados neste curso).

Curso (Habilitação) Docentes

anali-sados no Curso Produtividade

Média anual

Enfermagem 16 1097 109,7

Administração

(Gestão de Sistemas de Informação) 18 922 92,2 Administração (Recursos Humanos) 17 706 70,6

Administração

(Gestão Empresarial e Estratégica) 13 428 42,8 Comunicação Social (Rádio e TV) 18 407 40,7

Letras (Espanhol) 17 388 38,8

Administração (Finanças) 15 387 38,7 Desenho Industrial

(Projeto de Produto) 8 362 36,2

Letras (Inglês) 18 343 34,3

Comunicação Social (Jornalismo) 17 315 31,5

Biblioteconomia 9 277 27,7 Pedagogia 18 273 27,3 Comunicação Social (Relação Públicas) 15 272 27,2 Desenho Industrial (Programação Visual) 7 213 21,3 Biologia 15 202 20,2 Letras (Português) 12 197 19,7 Computação 6 161 16,1 Fonoaudiologia 9 156 15,6 Educação Artística 10 151 15,1 Comunicação Social (Publicidade e Propaganda) 5 49 4,9 Quadro 7 - Produção técnico-científica total dos docentes distribuída por

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Em alguns casos a produção de um mesmo professor foi contabilizada para mais de um curso, pois alguns professores lecionam diversas disci-plinas em diferentes áreas. A produção de um docente que leciona em

Curso (Habilitação) analisados no Docentes

Curso Produtividade

Média anual por docente

Enfermagem 16 1097 6,86

Administração (Gestão de

Siste-mas de Informação) 18 922 5,12 Desenho Industrial (Projeto de Produto) 8 362 4,53 Administração (Recursos Humanos) 17 706 4,15 Administração

(Gestão Empresarial e

Estraté-gica) 13 428 3,29 Biblioteconomia 9 277 3,08 Desenho Industrial (Programação Visual) 7 213 3,04 Computação 6 161 2,68 Administração (Finanças) 15 387 2,58 Letras (Espanhol) 17 388 2,28 Comunicação Social (Rádio e TV) 18 407 2,26 Letras (Inglês) 18 343 1,91 Comunicação Social (Jornalismo) 17 315 1,85 Comunicação Social (Relação Públicas) 15 272 1,81 Fonoaudiologia 9 156 1,73 Letras (Português) 12 197 1,64 Pedagogia 18 273 1,52 Educação Artística 10 151 1,51 Biologia 15 202 1,35

Comunicação Social

(Publici-dade e Propaganda) 5 49 0,98

Quadro 8 - Produção técnico-científica relativa dos docentes distribuída por curso (1998-2007)

(22)

Pedagogia, por exemplo, também pode ter sido somada no curso de Letras. Adotou-se este procedimento para evitar julgamentos sobre a natureza e aplicação dos trabalhos, já que raras vezes isso é menciona-do e não se tinha como objetivo o estabelecimento de qualquer tipo de

ranking. Aliás, a pesquisa, conforme descrito, é quantitativa e é preciso,

nestes casos, sempre cuidados maiores para que não se incorra na análise parcial dos dados. O mesmo quadro informado anteriormente (Quadro 7), por exemplo, analisado pela ótica da relação entre o número de docentes e a referida produção, tem sua ordem alterada (Quadro 8).

7 considerações finais

Foi possível observar que o currículo Lattes, ainda que apresente diversas deficiências, como as que aponta Mascarenhas e Silva (2007), é um exce-lente instrumento para a extração de alguns indicadores. Por esta razão recomenda-se à Fatea que reforce constantemente junto aos docentes a importância da atualização dos respectivos currículos, promovendo, inclusive oficinas para capacitação.

Os dados levantados em estudos desta natureza são fundamentais para a identificação da produção científica institucional, e servem igualmente aos projetos e documentos institucionais e de divulgação científica. O estudo apresentado aqui é ainda inicial e necessita de desdobramentos para que se possam gerar todos os indicadores necessários ao estabe-lecimento de políticas de pesquisa e iniciação científica. Pretende-se investigar em estudos posteriores as áreas mais produtivas do conhe-cimento, mapear as orientações por área do conheconhe-cimento, evidenciar os principais tipos de eventos em que os trabalhos são apresentados, analisar os canais e fontes mais utilizados pelos pesquisadores, verificar a relação entre tempo de dedicação do professor à instituição e pesquisa e outros. Desta forma, pode-se controlar o efeito de variáveis adversas; estimular a produção científica e ter elementos para definição de polí-ticas científicas.

(23)

referências

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Referências

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