CURSO
DE
JORNALISMO
DA
UFSC
-FLORIANÓPOLIS,
SETEMBRO
DE 2012
-ANO
XXXI,
NÚMERO
1
PÁGINA3
ZERO
ENTREVISTA
Frederico Vasconcelos
Repórter investigativo
há
45 anos, ele
dá
dicas para
osjornalistas
iniciantes
eanalisa
o
julgamento
do mensalão
noSTF
PÁGINAS
'/5
JORNA
Jovens
Empreendedores
Investindo
emsetores
ainda
não
explorados
do
mercado de
tecnologia,
eles
apostam
em
negócios
de retorno
rápida
r
�A
Â,:)
12/13
CONEXÕES
Supersalários
na
UFSC
Reitoria admite que 15
professores
ganham
salário acima de
R$
26,7
mil,
masnão revela
lista dos
nomesinvestigados
"
EDITORIAL
DIRETO
DAREDAÇÃO
Trinta
anos
de história
e
incentivo
à
formação
de
novos
jornalistas
m setembro de1982,
háexatos30 anos,começava.
ahistóriadeumdosmais
longevos
jornais
laboratóriosdo
país:
oZero. Nesseperíodo,
muita coisamudou noJornalismo, especialmente
com aincorporação
dastecnologias digitais
e asmoderníssimastécnicasde
produção
e
impressão.
Dasprimeiras redações,
com
máquina
dedatilografia
(as
velhas OlivettiLinea
98),
aosmodernoscomputadores,
ojornal
passou dacomposição
emlinotipos,
fotolitos àstécnicase
tecnologias
atuais,usandorecursosde
editoração
eletrônica.Nesse
período,
fatosimportantes
da história dopaís
passarampelas
páginas
doZero:do fim da ditadura
militar,
o movimento DiretasJá
(1984),
aqueda
doMurode Berlimea
primeira
eleição
presidencial
desdeo
golpe
de1964 (1989),
oimpeach
ment de Collor
(1992),
oataque àsTorresGêmeas
(2001)
e ainvasãoaoIraque (2003).
Ojornal
cobriuesseperíodo
históricoraro:desde 1989,apopulação elege
opresidente
daRepública
há24anos,semgolpes
nemquarteladas
ouaventurasditatoriais.A reportagem de capa desta edi
ção,
materialexclusivo,
se inserenessa
tradição: produzir
notícias,
pensando
em contribuir para o conhecimento e esclarecimento dos leitores. Vocêvaiconhecerumpouco
mais o que pensam eprometem os
seiscandidatos à
prefeitura
de Florianópolis.
AreportagemdoZero ouviuos candidatos sobre os temas mais
OPINIÃO
ONDE
O LEITOR TEM VOZrelevantes para quemvivena
Capital.
Coerente com seu
compromisso
público,
continuamosinvestigando
o casodossuperprofessores
daUFSC-docentes que têm
remuneração
supe rioraotetodo funcionalismopúblico
da União(R$
26,7
mil - o saláriodeum ministro do
Supremo
Tribunal
Federal).
Oassuntofoiobjeto
dareunião do Conselho Universitário
(CUn),
realizada no final dejulho.
Naquela
ocasião,foi oficialmenteinformadoque 10
professores
tinhamrecebido acimada
lei, flagrados
emauditoria internada reitoria. Nossa
reportagemapurou queessenúmero
já
evoluiupara15professores.
Vamos continuaracompanhando
o caso naspróximas
edições.
Epor falarnessa
história,
queremos
registrar
tambémqueoseditoresdo
jornal
noúltimosemestre(profes
sores
Rogério
ChristofolettieSamuelLima)
respondem
a"Despacho
Interno", assinado
pelo
chefe degabinete
da
Reitoria,
Carlos Antônio OliveiraVieira. Na
prática
éumpedido
deinformações
queprecede
umpossível
processo
administrativo,
suscitadopelos professores
citadosnasreportagens anteriores. Setalprocessoocor
rer, será a
primeira
vez na história dojornal
laboratório. No entanto, oZeroestava certoem suasdenúncias
Vocêsaido
@zeroufsc,
maselenão saide você. Virae mexe mepegopensando
"isso dápauta proZero!"Monique
Nunes-Florianópolis
Parabenizandoa
equipe
pelos
excelentesdois ultimos números que abordaramaquestão
dasfundações
naUFSe.
MauriAntonioda Silva
-Florianópolis
eistoestá
provado pelo
relato domes moprof.
Vieira, nareuniãodoCUn,em
julho.
Aresponsabilidade
da ges tão Roselane Neckele LúciaHelenaPachecoéapuraroassuntoatéo
fim,
divulgando
asinformações
àcomunidadeuniversitária.
O
Jornalismo
é uma atividadecomplexa
eexaustiva. Nãoéfácilrecolhernas ruas
(ou
nosgabinetes)
osfragmentos
darealidade,
voltar paraa
redação
e remontá-los de formaaofereceraoleitorumpanorama dos
acontecimentos. Fazer
jornalismo
dequalidade
-aquele
que se preocupacomdocumentose
testemunhos,
contextos e confrontos - consome
muitotempoe
energia.
Há 30anos, oZero escolheu essecaminho,
e aspressões
para abandoná-lo não sãopoucas nem pequenas. Insistir nele faz deste
jornallaboratório
uma experiência
queorgulha
a suaequipe
eaqueles
que poraqui
passaram. Não só:permanecerempé
eandando prafrente é também
reforçar
umavocação
para serviraoleitorenãodeixá -lo à deriva.Trêsdécadasse
foram,
mudaramasrotinas
produtivas,
mas oJornalis
modequalidade
- nossainsistência - continuacomogênero
deprimeira
necessidade à democracia e aointeresse
público.
Boaleitura!ZERO
Físicoejornalista,édoutorepós-doutoremComunicação.LecionounaUniversidade de SãoPaulo,ondeseaposentouhá cincoanos.Éprofessorvisitante daUFSC.
OMBUDSMAN
BERNARDO KUCINSKI
Papel
do
jornal
laboratório
o outrorafamoso curso dejornalismo
daUniversidade deSão
Paulo,
emqueumavagachegava
a serdisputada
por80candidatos,
tínhamosumadisciplina
laboratorial chamadaAgência
Universitáriade Notícias.Nela,
osalunos,
aindanoprimeiro
ano, enviavamparauma rede dejornais
reportagenssobrefeitos
científicos,
emgeral
daprópria
Universidade.Certa vez, descobrimos que
alguns
alunos inventavam entrevistascomcientistasa
partir
depublicações
das diversasunidades dessagrande
universidade.
Aprendiam
acascatearjá
noprimeiro
ano.Por queestoucontandoessahistória?
Porque
elaapontaparaomaiorperigo
deumprojeto
laboratorial: o de iniciarofuturojornalista
nãonasexcelências do ofício e no
"espírito
dojornalismo",
esimnas malandragens
quecaracterizampartedesuaprática
nestanossasociedadeaindarançosadeautoritarismoe
provincianismo.
A"cascata",
amatériajornalística inventada,
éumavelhacriação
dojornalismo
brasileiro,
sórecentemente
surgida
emveículos doportedeumNewYorkTimes. Ojornal
laboratório-sem
prejuízo
daexperimentação
edealgum
vanguardismo
- devepriorizar
aexcelênciajornalística.
Incuti-lacomintensidade
tal,
queaoentrarorecémformadonomercado detrabalho,
elapermaneçatraçoessencial deseuethos
jornalístico,
aopontodeseinstalarentreesse
jornalista
e omercado,
umconflitoprodutivo:
omercadoprecisará
delepelo
seubrilhoecompetência; ele,
porsuavez, influirápositivamente
naqualidade
dopróprio
mercado.Porisso,soucontra
projetos
dejornais
laboratoriaisque achamnormalo alunoerrar ou
produzir canhestramente,
para"aprender
errando".Muitosdesses
jornais já
sugeremaprecariedade
em nomes como "Ras cunho"ou"Pré-pauta".
Onosso"Zero",
nessesentido,
adotouo nomeerrado,
porqueseuprojeto
claramentevisaaexcelênciajornalística,
prin
cipalmente
ainformação
bemapurada,
checadaere-checada,
arelevânciatemática e a
rejeição
aosensacionalismo.Maso
espírito
dojornalismo
nãoé apenasisso.É
tambémotextoqueemociona,oestilo
sensível,
afotoquetransmite,ahistóriaquecativa,otitulo
sugestivo
e adiagramação
criativa. O Zeropode
dar váriossaltos,
porexemplo,
de temáticasregionais
para temáticasnacionais,da reportagemlocalàreportagemcontinental. Pode também ficarna suadefini
ção
atual depúblico
edeuniversodepreocupações.
Masoque nãodeveétermatérias escritascomo sefossem tímidas
lições
decasa,todasmuitoiguais
eno mesmoestilode relatório.É preciso
garraeindividualidadenaescrita;títuloscriativosna
edição,
efotos quenão apenasquebrem
ocinzada
página,
masfaçam
valeropotencial
do foto-jornalismo.
Nesseprojeto
laboratorial,
cada futurojornalista
desenvolveráestilopróprio,
que seráparteintegral
desuapersonalidade pública jornalística.
Setembro de 2012
-CONEXOES
LINKS
PARAA VIDA SOCIALReitoria
investiga
denúncia feita
pelo
Zero
Número
de
professores
com
supersalários
sobe para
quinze,
mas
nomes
não são
divulgados
�
Amatéria
decapada última
edição
doZero,"SuI
perprofessores",
sobre docentes que acumulambolsas de
fundações
deapoio,
foiumdospontosdepautadareunião do Conselho Universitário
(CUn),
no dia24 dejulho.
Areitoriadivulgou
oresultadodeumlevantamento feito
após
asdenúnciaseapontoudez
professores
comsaláriosacimadotetodofun cionalismopúblico (R$ 26,7
mil)
empelo
menos ummês,
masnãorevelou os nomes.Doismesesdepois
da reunião, ochefe degabinete
dereitoria, CarlosVieira,informouque
onúmero "não passou de 15".E acres
centou:
"Alguns
saláriosultrapassaram
o teto constitucional em
aproximada
mente
R$
15 mil". Isso resultaria emmaisde
R$
40 mil recebidos porummêsdetrabalho.
Vierainformouque
algumas
fundações
haviamentregueapenasalista dasbolsas de
projetos
queusavamrecursosda UFSC. Um novo
pedido exigiu
listas de todos os valo respagos,incluindo Recibos dePagamento
de Autônomo(RPA),
edeprojetos
que recebem verba externa,como deórgãos
municipais,
estaduaiseempresas. Ochefe degabi
netedaReitoria
explica
que foicom essasinformações
que osoutrosprofessores
foram identificados.O
período
que estásendoinvestigado
é de oito meses, de novembro de 2011 ajunho
de2012. Osprofessores
quereceberam saláriosacimadotetoem um oumaismesesfo ramnotificados.DeacordocomViera,
alguns
fizeramdepó
sitosdevolvendoodinheiroeoutrosenviaram
justificativas.
Aoserquestionado
sobreumprazo paraapublicação
dosCarlos Vieiranão
garante
prazo dedivulgação
dos nomesdados,
ele dizque"Ficariafelizseconseguíssemos divulgar
t!
SII:VI(,OI'l'IlllCO FI'lli:R.'\I
UNIVERSIlMOEFEOERAL DE SANTA CATARINA
ÓRGÃOSDELIBERATIVOSCENTRAIS
'"
XL\ N. 13 DAsrssxoEXTRAORDIN;\R1A DO CONSELlIO ( NIVERSITARJO Ata da Sessão Extraordinária do Conselho Universitário. realizada 110 dia 24 de julho de 2n 12. às 9 horas. na sala ··Prnr. A
\TtOI1'
Roberto de Oliveira".•
266 :'07 268
�'-1UII'"\" 1111..'p"uu"HUI<'HJ",..lt>.J4H''-..\)','.".-11'"�.", _. ,.�.,.� v ." '
t"··__···,·,
referentesaprojetos. EI11discussão.\.', j�'�'!llIIC\�.;'�<>,' arlo', ,'�
.
V'C,HlI..�l' ""IHi. porpartedestaAdministração. prcucupaçâoCOI11 atransparcncrac<ill".
scndn:!ssil11.p,,'dc:xla .conllfl'<Jma.1o ,or (i�al'lL',.", d.".! OCh.:kdc
Gabinete qt1t.: h,\[(_t::"' ,1<;:; �.::,.Jks .ntorH;; s ,:�h >
,'�a i{> cque todasdasrcsponderamproruamcnteaorequeridoctambém. que
<.l�Slê ",L]
t',,1' ;If'': <ccrctanali:.(j:L�_.to0-.:: pULla'và'w:r ();;aÜtfhJo
-�,->Jc-, rr,)te::;�(cs.
,\pesquisaapontouquetiel.profcssores ultrapassaramolimiteem<llgol11,111';'.nopenedode
novembro de dois milc onzeitmaio de dois milcdoze. OsprofessoresemtalsituuçãuliHU111 notificados,110sentidodeouapresentaremdefesa0\1. �111 casodeconfirmadaairrcgularidade.
devolver o recurso recebido. Naquilo quediz respeito ao controle. () Chefe de Gabinete
comentou que há duas ações imediatas: a formação de uma equipe dc' trabalho con.
277 reprcscruantesda Advocacia Geral da União. da Controladnria Geral daUnião.daslunduçõcs
278 dt> .\poio c dii Instituição I.Z o desenvolvimento deum sojtware. pela Supcrinteudcnciu de
...
21_.9==(i,O\I:�:nança
EktrônícacT.:cnologiadnlnlorruaçâot;('otnunicw;no. .--\
Vkl:-��I���i.d�.l.l�
195 296 297 298 299 300 301 302 303formamaisdiscreta.nosentido deprimar pelodireitode todos.() C.:ol'dhf.',';. .,; ',1';,"l
I';,;",;,"\O\<'S" J'l.vce!(1 ou.. o documento entregue por ele não desconhece as
providênciastomadas, masquea fulanização
OCQ_rreuesendo assim épreciso
prote�er
oprofessor institucionalmentee, por isso.anecessidade desedaruma respostaobjetiva3
questão.Comentouainda.queCo"..\ li,.t3 doslHJl1W';co-:ril'.(c,.:"r�' �m ,lU. ',.;()'"".'"
. :
existeqtH..:<c;,L_',pubhcidadc.,1 .,_'!:.�, .'\Pr('sidl:n��:lhretomouiJ,F.:.ib".r'ra.dti::t:ndpqu':'
oJ0l11ulO Zero é um produto acadêmico e laboratorial equeos lI"'m;· "iio '';1'.\0 ,1"",Jr ;<!';.
Adr:)iníslnhríÍt.\ (\;nfral e que ial rub1idd&�,Je �.Ú sera f�l1�l ,tp.o�
iutormuçocs OConselheiro FábioLuizLopesda Silvafalousobreopapeldojornale.soh
Setembro de 2012
umalista
completa
dessesnomes atédezembro",
masnãogaranteumadata.Areitoria criou umacomissão respon
sávelpor
adequar
asfundações
e aUFSC à LeideTranspa
rênciaeanunciou estásendo criadoumsistemadecadastro das bolsas pagasaservidores.Oconselheiro Carlos Alberto
Marques,
representantedoCentrode Ciências da
Educação
no CUn, foi quempediu
ainclusão do assunto como ponto depauta na reunião.Marques
solicitou que fossecumprida,
omais
rápido
possível,
aResolução
13 doCUn,
de setembro do anopassado,
que
regulamenta
ocontrole e apubli
cidade mensaisda
relação
de bolsas eprojetos
administradospelas fundações.
"Divulgar
ospagamentos
de bolsas dátransparência
àinstituição
e tambémsegurança:ao
professor,
quenãopreci
satemerseracusado de que recebemais que o teto; e ao
jornal,
ao fazerumadenúncia."
Areitoriamantémo
sigilo
sobreos nomesdos docentes eminvestigação
desituação
irregular
enãodivulgou
a relação
de bolsas depesquisa
pagasaprofessores,
que foramencaminhadas
pelas fundações.
"Nós não citamos nomes emmomentoalgum,
para preservar.Estamosdandoampla
possibilidade
dessas pessoassejustificarem",
explica
ochefede
gabinete.
Aadministração
nãopretende
divulgar
alistados
professores
até queainvestigação
termine.�emunerações
rltrapassarn
teto
:::onstitucional
e
oodem
chegar
a
R$
40 mil
Para
atender aexigêncià
daCon-troladoria
Geral da União deimple
mentar mecartismos de controle que
identifiquem
osdocentes queprestam
atividades por meio das
fundações
de
apoio,
a Reitoria soltcítou que umsistema de controletossecriado
pela
Superintendência
deGovernança
Eletrônicae
Tecnologia
daInformação
e
.Comunicação (Setic).
Conforme arecomendação
da CGUregistrada
norelatório
de
gestão
de2011,
devemestardiscriminadoso
período,
asativi dades e os valores das bolsas exter nas.O sistema criado
pelo
Setic reúnepagamentos
feitos por diferentesfundações
a um mesmo funcionário.Caso o valor inserido
faça
com que aremuneração
totalultrapasse
o tetodo
funcionalismo,
ocadastro da novabolsa será
impedido.
A$.informações
exigidas
para cadastrar-umdepósito
sãooCPF doservidor,dataevalor da bolsa. Oformulárionão
exige
nenhum.
comprovante
dopagi3roento,
seja
em:�:�a�!��:I
.••
ou••
oc07proYante.
físi-�ind�
emfas7.
�7)����'
él,
pli3ta
p()d�l'�.r�B�����;��I�
UF�Ci
CGI.)�,
p�las
fl..ll"l(j.�.rçõ�.
IzabelaGiovanni Bello giovanni.neto@gmail.com PatríciaKrieger patriicia@gmail.com
--Raquêl,.dêI'Secretaria
dePlanejameri"
to
eFinanças,
explica
que "osistema
atua
cornYuma
lógica
preventiva,
nosentido de não
posslbllítar
pagamentos que
coloquem
os servidores emsituação
deilegalidade".
Questionado
sobrepossíveis'
brechas, Roberto
Hoffmann,
diretor doDepartamento
de Sistemas da Informação
daSetic,
diz que existe a possibilidade dea
fundação
não inserirovalor correto da bolsa. "Eles
podem
simplesmente
nãolançar
os dados",adverte Hoffmann.
O cadastro de bolsas externas vai
permitir
que a CGU tenha acesso ainformações
maisorganízadas
sobreos
pagamentos
dasfundações.
Noentanto, sãofiscalizados apenas pro
jetos
que envolvem recursos federais
-os que são
pagos
poroutrosórgãos
públiCOS otfernpresas
'ficamde. for;,}_
Apenas
uma pequenaparte
das informações
éanalisada
acadachecagem
.
do
Órgão,
�ue
nãotemperíodo regular
paraserfeita.
Tito
StOlf,encarregado
na
C�U
��I�
auditoria daUFSC,
.diz
que
c()fl'l()§is�e.ma
"einforma9ão\l�i
estarm'
'vE!l,
oqUE!vaifaçjli
a
ci'll�
>.•••.., .••••..••••.•..••••..••.••••..•
�i�rhip
..
i.flC;r
muda.afQrmadetrabalho.�.
ZERO
ZERO
ENTREVISTA
FREDERICO VASCONCELOS
/
Etica
e
cautela
para
investigar
o
Judiciário
Jornalista
fala
sobre
seus
métodos
de
reportagem
e
desafios
na
cobertura do terceiro
poder
ó peçoparaqueparem demechamar de
senhor,
tácerto?". Frederico
Vasconcelos,
ouFred,
comoprefere
serchamado,
estevena11a
Semanado
Jornalismo
UFSC,
emsetembro.Com66 anos deidadee45de
profissão,
orepórter
especial
daFolhadeSãoPauloéconhecidoporsuas
investigações
noPoderJudiciário.
Antesdesuapalestra,
eleconversoucomaequipe
doZero. Empauta,suasinvestigações
jornalísticas,
osdesafiosatuaisdaprofissão,
aLeideAcesso àInformação,
ojulgamento
domensalãoe aimportância
dojornalismo
paraamanutenção
da democracia.
Natural de
Olinda,
mesmodepois
detantos anos morando nacapital
paulista,
opernambucano
nãoperdeu
osotaque.Formadoemjornalismo
pela
Universidade Católica dePernambuco,
começousuacarreiraemRecife comorepórter
dasucursalNorte;Nordeste
daantiga
revistaManchete.Foirepórter,
editore secretário deredação
daGazetaMercantil.É
autordos livrosFraude,
querevelaosbastidores dasimportações
superfaturadas
deequipamentos
de IsraelnogovernoOrestesQuércia,
emSãoPaulo,
Anatomiada
Reportagem:
comoinvestigar
empresas,governosetribunais,
ejuízes
noBancodosRéus,
sobreinvestigações
jornalísticas
que realizounaJustiça
Federalpaulista
duranteseisanos.Quando
vocêsefirmou como repórter investigativo,
comopassoua ser a
relação
com asfontesquenão
queriam
que determinadainformação
fossepublicada?
É
muito interessante essarelação
com asfontespelo
seguinte:
você éomaestrodascoisas. Essa
relação
temqueser muito
clara,
muito honesta.Você não
pode
permitir
que isso setransformenumadívida de
gratidão:
"Eutepassoessa
1nformação
e amanhã,
se euprecisar,
vocênega".
Tenhoa
seguinte
cautela: nãofaço
nadasem o conhecimento do
jornal.
Nãodou umpasso. Não
publico
nada. Otrabalho de
jornalista
éumtrabalhode
equipe,
eisso tem que ficar claroparaafonte também.Assimvocêdes
personaliza.
Afontepode
serdetodoo
tipo,
pode
ser umafonteboa,
umafonte
comprometida...
as boas não sãocomprometidas.
Vocêestásujeito
areceber dossiê queé"casca de bana
na",
etemque checar.Às
vezes,vocêvê queumapeça
pode
darumabelamatéria,
maspode
ser apenas partede uma
investigação
maior. E temaquela
clássicapergunta:"Qual
é ointeresse quevocê temnisso?"Todos
esses cuidados
exigem
tempo. Vocênão tem
condições
de fazer isso no.
jornalismo
diário.
Comovocêvêomercado para
jor
nalismo
investigativo?
Paravocêfazerumaboareportagem,
levatempo. Não tenho maissacode
ficarquatroanos emcimadamesma
fonte,
porexemplo.
É
um acúmulo muito
grande
e acada matéria énecessário contextualizar. Eu ficava
até
constrangido imaginando
que oeditor pensava: "Lá vem o Fredcom
aquela
mesma história". Sóeusabia queaquele
passoeraimportante.
Ou tradificuldademaioré que vocênãopode
iralém daprópria
capacidade
einteresse que o veículotemem
publicar,
porquevaisefrustrar. Nocongresso daAsso
ciação
BrasileiradeJorna
lismo
Investigativo
(Abraji),
jornalistas
doNordesteedoNorteme
perguntaram
sedeveriamfazerum
blog
para publicar as matérias. Eu
digo:
"não
faça
isso,porque vocêvai se
expôr
sozinho". Sevocênão tiveruma
publi
cação
quebanque
esseteutrabalho,
nãotemjeito.
"Não
faço
nada
sem o
conheci
menta
do
jornal.
Não
dou
um
passo"
Considerando o
salário,
as horasde
trabalho,
apressão
dos denunciados das
reportagens,
o conhecimento
necessário,
o excessodepautas, você recomendaria que
um"foca"
seguisse
ocaminhodojornalismo investigativo?
Olha,
vai ser cada vez maisdifícil,
mas acho que é uma área de espe
cialização
quesemprevaiterespaço. O espaço naspublicações
é menor,otempo trabalhacontráquemquer
fazer esse
tipo
de levantamento. Osjornalistas
estãoseajudando
muito,mas,
principalmente,
estão se especializandomuito, e acho que
daqui
para
frente,
nãotenhadúvida,
oquevai
distinguir
éofaroe amira. Ofaro para você localizarondeé que estáainformação relevante,
e a mira pra ''Vocênãopode
ir alémdaprópria capacidade
e interesse que oveículo temempublicar"
ZERO
Setembro de 2012
vocênãogastar tempoem umacoisa
que não vai ter
resultado,
nãotraba lharcontravocêmesmo.Temqueterfocoe ser
rápido. Rápido
eprofundo.
Ampliar
muito arede de fontes confiáveisemanterofaro
apurado.
vocêtem queter umamistura de
agilida
de e umacerta cautela. Cautelaparanão saircommuita
ambição,
porqueoestragoqueéfeito
pode desqualificar
todoumtrabalhoanterior.
Como você avalia a
qualidade
da cobertura do PoderJudiciário?
É
maisfácilvocêlevantarinformações
no
Executivo,
porque elessãoobriga
dos adar.No
Legislativo,
maisainda,
porque todo mundo falao que quer.
Essas áreas sempre tiveram cober
tura por
dentro,
oJudiciário
só está tendo agora.Melhorou muito aqualidadee o grau de
especialização
dosjornalistas,
antes eles só ficavam emcimada denúncia. Mérito da
impren
sa? Muito pouco, porqueo
Judiciário
se abriu de dentro parafora,
com oConselho Nacional de
Justiça
einspe
ções
nosestados.OMinistérioPúblico ainda é umacaixa-preta
também...oqueo
repórter
que querinvestigaressaárea
precisa
hoje
emdia? Só no Brasil tem quatro instâncias.Paracobriro
judiciário
vocêtemqueconhecer como essas coisas cami
nhamesaberselocalizar.O
importan
teévocêirbuscarnoprocesso.Se nãoconseguir
sozinho,
mas existir umaboaassessoria,ela
pode
teajudar.
Trabalhando no
Judiciário, aprendemos
com osadvogados
que existem muitasversões para o mesmo fato. Com
os
juízes,
a sermaistolerantes. Estão
acostumados a ver a
decisão deles ser re
formada,
acostumados com a ideia de
que a sua
convicção
pode
nãoser adecisão da
justiça.
Essacapacidade
ojorna
lista
geralmente
não temenão aceita. Suas reportagens usam bastantecomprovação
documental,
o que lheresguarda
derepresálias.
Mesmoassim,
vocêjá
foiprocessado
...Ah, já!
E a genteaprende
muitoquando toma um
proces-so. Não tenha dúvidas de que
qual
quer pessoa queéprocessada
ficacomaquela pendência
ali. Será que elesvãolevarmeus bens todos?Mas não é só isso.
É
que vocêsentenapele
oqueéumapessoa
querendo
comprovar queagiu
corretamente.Quando
é umaação
deindenização
movida porummagistrado,
a mão dojuiz
costumaser
pesada
...Então,
já houve,
sim,unsseis processos, todos de
indenização.
Alguns
contra mim,alguns
contra ojornal.
Osquetiveramcondenação
emprimeira
instância o tribunal reformou
depois.
''Acho queo mensalão éumlaboratório da sociedade toda.
É
umdesafio muitogrande
paraaimprensa"
Hoje,
a internet trouxealgumas
facilidades para a
investigação,
"Tem queterumamisturade
agilidade
e umacerta cautela"Setembro de 2012
)Ii1II 3i!):
com os
portais
detransparência,
que
quando
bem manuseados podem facilitar
investigações jorna
lísticas.Comovocê faziasemtodoesse
aparato?
Antes,para fazeressascoisastodasti
nha queser emcimade Diário Oficial.
Hoje,
com ou sem essa Lei deAcesso[à
Informação],
a informáticaajuda
muito. O
grande
risco que euvejo
nainformática é você passar a ser um
burocrata do teclado. Acharque aque las
informações
quevocêobtém tendoacesso aos documentos é suficiente...
não é. Tem que fazeras duas coisas:
usar ainformáticae ao mesmotempo oolhono
olho,
gastarasola dosapato.Nãotemnada que substituaessaparte.
Seanteseu
podia
ter20fontes deconfiança, hoje
possoter300.Seapessoaconfia em
mim,
consultopor e-mailemdezminutos. A internetabriunos
dois sentidos: a
possibilidade
de vocêbuscar documentos queantes estavam
fechadose onúmero de fontes. Além da busca por
documentos,
em quemaisaLeideAcesso à In
formação pode
beneficiar?Ainternet é umcanalquetemmuita coisapraser
explorada.
Masvocêtemque trabalhar com essa ferramenta a seu favor. Antes eu tinha que tra
balhar lendo Diário Oficial. Umavez
tive queler 700 súmulasem umcaso
específico,
paramostrarqueumConselho absolvia todo
mundo,
todos osempresários
ebanqueiros.
Para isso,peguei
700 súmulas de processo. Naquela época,
a Bolsa de Yalores nãodizia quemera oconselheiro dasem
presas. Uma vez,
fiquei
ummês paradescobrir quemera o
conselheiro,
pradepois
poder
dizerqual
era a cadeia deinteresses. Issoque fizem ummês,
pode
ser feitohoje
em 10 minutos.Qual avaliação
vocêfaz de todo oprocesso do
julgamento
domensaIão até
agora? Quais
lições
ojulga
mento
pode
deixar à sociedade? Acho queomensalão éumlaboratórioda sociedade toda.
É
umdesafiomuitogrande
paraaimprensa
eelaseprepa roupra cobrirbem,
cobrirpordentro.Talvez tenha sidoo
primeiro
processoZERO
aberto,
assim, com essaamplitude,
masbasta acendero"holofote" daTVque
permitiu
aimprensa
conhecercomoéquefuncionaoesquema do
Ju
diciário. Ondeéquecomeçaadenún
cia? Praonde elavai?
Quais
aspeças?
Quais
sãoosrecursos?Acho que háumgrande
mérito doJoaquim
Barbosa[relator
doprocesso]
porterquebrado
o
sigilo
desse processo, docontrário,
não estariatendooresultado que está
tendo
hoje.
Fiz umaentrevistasema napassada
com ojuiz
que cuidou domensalão em Minas Gerais, na fase
inicial,
eele disse:"Se estivesse na
primeira
ínstân-"Tem
que
usar
cia, não teria ido
a
julgamento."
O outro lado que
eu
vejo,
nocapí
tulo da represen
tação,
que temuma
espécie
dereverência desne
cessária,
né? Oadvogado primeiro
elogia
oadvogado
queantecedeu,
quefoi omestre dele... que nãotemnada
a ver com o processo. E tem
aquela
reverência: "Yossa
Excelência",
etc.Navéspera
estavamdizendo queiamdarum
espetáculo
dedefesa,
enãofuncionou...Acho queesse
julgamento
também
pode
levar a umareflexão sobreisso.
Qual
é autilidade que tem essaespécie
debeija-mão?
Etambémos votos
longos, quilométricos
...Tudoissoocidadãocomumpassouaver,passoua
entender.Eele
percebe
isso,nãopreci
sa ser
especialista
emdireito paraver.Justiça
e os ministros se comportamde forma diferente. Em
alguns
votosparecia
queeles estavamdandoumaaula,
citandoautoresqueseriamdispensáveis.
Era apenas para dar umvoto,nãoera o relatornem orevisor,
mas por
quê?
Porque
funciona umpoucoessacoisada vaidade.
Ao
longo
de suatrajetória
comorepórter investigativo, qual
avaliação
você faz desta modalidadede
jornalismo
para a consolidação
da democracia na sociedadecon-a
informática
e
o
olho
no
olho,
temporânea?
É
importan
te porquehoje
não se aceitam mais as deci sõesfechadas,
asquestões
si-gilosas...
Nesseprocesso de abertura o
jornalismo
investigativo
é muitoimportante,
eu não tenho a menor
dúvida,
masé apenas uma peça dentro de uma
coisa mais
ampla
que é a liberdade
-a
democrática,
a deimprensa
...É
umavançooqueacontecehoje
deaprópria
sociedade cobraros seusdireitos. Em
relação
àimprensa,
euachoquenão é sóo
jornalismo
investigati
vo.Yejo
com a mesmaimportância
oseditores,
oseditoriais...eusemprevejo
tudocomo umtrabalho de
equipe.
E temo avançoque setemnas mídiassociaise nainternet. Sãotodos
meca-gastar
a
sola
do
sapato"
Você
diz,
em umpostno seublog,
que o
julgamento
do mensalãovem
"expondo
osadvogados
daelite".
Oqueeu
quis
colocarcom os"advoga
dos da elite" é quesãoosmelhores ad
vogados,
osmaispreparados,
queestãofazendoadefesa dos réus do mensalão.
E,
rigorosamente,
astesessustentadasaté agora nãu foram suficientespara
impedir
quejá
houvesse umgrande
número de
condenações.
Uma constatação
que fiz sobre osadvogados
équeexistetodauma
representação.
Avaidade é uma coisa muito
natural,
nismosquetemosparaa
consolidação
da democracia. Ainda hámuito espa
ço para
caminhar,
mas acho quejá
avançou
bastante,
levandoemcontaopoucotempoqueagentetemdesdeo
regime
autoritáriomilitar.Gabriele Duarte duartes.gabriele@gmail.com Giovanni Bello giovanni.neto@gmail.com Mirene Sá fmirene1 Q@hotmail.com PatríciaKrieger patriicia@gmail.com
en
nv:.�""
�.-;
LINKS
PARA A VIDA SOCIALSanta
Catarina mais
longe
dos
argentinos
Medidas
econômicas
do
governo
Kirchner
podem
reduzir
o
número
de
turistas
na
temporada
anoitede 13 de
setembro,
milhares de pessoassaíram àsruasdeBuenos Airesbatendopanelas
paraprotestarcontraogoverno da
presidente
Cris tina Kirchner. O descontentamento estárelacionado às medidasprotecionistas
que Kirchnervemaplicando
nesteanopara frearacriseno
país.
Desdeofinal demaioosargentí
nosquedesejam
viajar
paraoexteriorecomprar moedas
estrangeiras precisam
enfrentaralgumas
barreiras(ver box). Agora,
além dos formuláriosepedidos
deautorização
àAdministração
Federal de ReceitasPúblicas(AFIP),
aqueles
que compraremcomcartão de crédito fora dopaís
terãoque pagarumataxade 15% sobreovalor total daoperação.
Oagentedetu rismoargentino
Pedro Biasolicontaqueatéele sofrecom asmedidas. "Comataxade 15%osargentinos
estãoconsiderandoveranear nopró
prio
país.
Todasessasmedidas fazemcomqueaspessoas tendamaficar por
aqui".
Porém,
paraopresidente
daSanta CatarinaTurismo
S/A
(Santur),
ValdirWalendowsky,
asmedidasnãodevem interferirtantonoturismo
)..%,
do litoral catarinense. Ele dizque o
argentino
éhistoricamente
poupador
emdólaresequemtema
moeda,
vaiviajar.
Alémdisso,
ocustodevidana
Argentina
estámaiscaroquenoBrasileSanta Catarinatemavantagemda
proximidade
geográfica,
oquepermite
aoturista vircom seupróprio
carro."Atéagora,dojeito
queascoisasse encontram e de acordo com os
operadores
argentinos,
Santa Catarina não sofregrande
impacto",
avalia.Walendowsky
tambémdestaca que as medidas
podem
trazer turistas commaior
poder
aquisitivo,
o que é favorávelpara aeconomiado estado.Masalerta:"quem
temdinheiro quer exclusividade".
Bom para TalmirDuarteda
Silva, proprie
táriodeuma
pousada
noCampeche,
queatende às classes médiae alta. Ele contaqueseus
clientes "buscamum
lugar
diferenciadoe com menosturismo massivo". AssimcomoWalendowsky,
Silva acreditaqueaqueles
quejá
tinham dólaresantesdas medidas devemcontinuar viajando, contudo,
achaque Santa Catarinasofreráo
impacto
dacrisedopaís
vizinho. "Temosquever comotudoseacomodaráe
quais
asviasalternativas,
tantopelos
argentinos
como porparte do
empresariado brasileiro,
talvez até naaceitação
depesoscomomoeda detransação".
Essa
adaptação já
acontecenasimobiliáriasdoNorteda Ilha.Denise
Kappel, proprietária
deuma empresa na
praia
dosIngleses,
constata que aindanãosente aqueda
naprocura,masqueos
argentinos
pedem
poroutrasformas depagamento."Nosanosanterioreseles pagavam
50%na reserva e50%noatoenãoeranecessá
rio ocartãodecrédito.
Agora
elespedem
para reduzir o preço dareserva,parcelar
em maisvezes epagarnocartão".
O Convention & Visitors Bureau de Floria
nópolis
deve promover no início de outubroum
workshop
paraavaliarcom seusassociados opossível
impacto
dessas medidas. Adiretoraexecutivado bureau
Juliana
Castanho acredita queo
perfil
do turistaargentino
na cidadeestámudandonosúltimos anos.
"Antigamente
osturistasvinhamcom o carro com asportasamarradas,
agora vêm com carros de luxo."Por causa dessa
mudança
deperfil,
Castanhoreconhece que
Florianópolis
precisa
trabalharI
•
A
presidente
daArgentina,
Cristina Kirchner,
publicou
no Boletim Oficial do dia 28demaiomedidasdecontrole à compra de moeda
estrangeira.
A iniciativa é maisumarío pacote
protecionista
queogovernovemfazendo paratentartiraro
país
da crise.Agora,
sequiser
comprar moedaestrangeira
para
viajar
aoexterior, oargentino
precisará
realizarumaConsulta de
Operações
Cambiárias,
que é feita por meio do site da AFIP.Digitando
aclave fiscal-umasenha que dados
dados
pessoais
decadaacompanhante
e aquantia
solicitadaem pesos. Seo meio detransporteutilizadoforavião, ônibusou bar
co,o
passageiro
deve ainda informarqual
aempresa que realizaráo
serviço
eosdadosda
agência
turísticaque vendeu apassagem.Casoa
viagem faça
partede umpacote
turístico,
oplano
depagamento
deveserdetalhado,
coma inclusão daquantidade
de
parcelas
pagaseemqual
moeda.Após
opreenchimento,
oformuláríopassa porumacnecaaemde dados
ZERO
os
problemas
estruturais,como oaeroporto, oscentros de
informações
turísticase a falta de voos.Oestudo de Demanda'Iurístícada Santur, realizadonoverãode2012,mostraqueogasto
médio dosturistas
estrangeiros
emFlorianópo
lis
ultrapassa
odosnacionaisematéR$
20 pordia. Em
fevereiro,
areceitagerada
poraqueles
que vieramde fora dopaís
foi quaseR$
20mil maisalta doqueadosturistasbrasileiros,
mes mocomestesemmaior número.Alémdisso,
osestrangeiros
tendemapermanecermaistemponoshoteis.Naúltima
temporada,
do total detu ristasde fora dopaís,
78%eramargentinos.
O
presidente
do Sindicato deHoteis,
Bares,Restaurantes eSimilares de
Florianópolis
(SH
BRS),
TarcísioSchmitt,
avalia que aindanãohácomo mensurar as
consequências,
masque com certeza todos os setores serão afetados.Segundo
Schmitt,
"para
osturistasdeclasseA,que demandam
principalmente Florianópolis,
oimpacto
será menor,porém,
paraosde classeBeC,que demandam Camboriúeoutrosdestinos
mais
baratos,
virãoem menornúmero".Outra
queridinha
dos
.hermanos
Não é apenas
Florianópolis
que recebe muitos turistasargentinos.
Deacordo com um estudo da Santur,
em2004 elesrepresentavam57% dos
turistas
estrangeiros
que passaram por Balneário Camboriú. No últimoverão,este mesmo estudo
registrou
apresença de 77% de
argentinos
entreosvisitantesnacidade.Ocrescimento
de20pontos
percentuais
emseteanosdemonstraointeressecadavezmaior
pela
cidade.O agente de turismo
argentino,
Javier Romanello,
trabalhou comturistas
compatriotas
em BalneárioCamboriú durante cinco anos. Para
ele,
além daspraias,
acidadepossui
outrosatrativos,como asfestase ca sasnoturnas. Romanello
explica
que"os meses de
janeiro
e fevereiro têmum
público
maisjovem
porcausadoagito
da cidade".Diante das medidas do governo
argentino,
Romanelloacredita queapartir
de agora o turismo em SantaCatarina tende a diminuir.
"Amigos
meusquevêm todosos anosnãosa
bem se
conseguirão
vir napróxima
temporada.
O pesoestádesvalorizadoe astaxasdocartãode créditosãoal tas,epor issoos
argentinos
têmprocuradooutrasalternativasnoturismo
interno, como
Bariloche,
Córdoba eRosário."
Sâmia Fiates
samiapf@gmail.com
Setembro de 2012
EXÕES
LINKS
PARA A VIDA SOCIALGuia
das
eleições:
quem
merece o seu
voto?
Conheça
as
principais
propostas
dos candidatos
à
prefeitura
de
Florianópolis
em
quatro
áreas
Ozero
Deitosentrevistoufalaram sobreoscandidatos àtransporte,
saúde, educação
prefeitura
deFlorianópolis
emeioambiente.paraajudar
Naabertura deste cadernooleitoradecidiremespecial,
quemvotar.vocêpode
Angela Albino,
conferirumaCesar Souzapequena)r.,
biografia
ElsonPereira,de cada candidatoGeanLoureiro,e aposição
Gilmardeles sobreSalgado
eassuntos)anaína
polêmicos
que envolvemaCapital:
solução
paraamobilidadeurbana,
Pontado Coraleduplicação
daruaDeputado
Antônio EduVieira. Naspáginas
8, 9e10,vocêpode
lerasentrevistascompletas.
Solução
paraamobilidadeurbana:Defendeacriação
deviasexclusivaspara ônibusemelhoriadesse
tipo
detransporte
- commaisrapidez
econforto.Pontado Coral: "Desse tamanho- 700
leitos,
equivalente
emtamanhoaoCentroSul- enaquele
lugar
eu soucontra.Porque
vaiacabarcomotrânsito.Vaipararacidade daponte
atéaViaExpressa
Sul".Duplicação
daruaDep.
AntônioEdu Vieira:Suapropostaéduplicar
demaneirahu manizadaecom
diálogo
para não acabarcomobairro. Nãopode
serviarápida,
temqueser umaviaqueadmita 60
km/h,
nomáximo,
equenão. dividaoPantanalemdois.Candidato:Cesar
Souza)r.
(PSD)
-55
Vice:
João
Amin(PP)
Coligação:
"Porumacidademaishumana"PSD, Pp, DEM, PSDB, PSC, PSDC,
PSB.Formação/biogfafla:
Césarnasceu emFlorianópolis.
FormadoemDireito,
trabalhouemTVnoprograma do
pai,
CesarSouza,e narádioGuararema. Foieleitodeputado
estadualem2006ereeleitoem2010.Noiníciode2011,
assumiuaSecretariade Estado de
'furismo,
CulturaeEsportes. É
candidatoaprefeito pela
segunda
vez.Solução
pa.,.am911ilidade
urbana:Prometecriarl.Jl#a.central
decontrole detrânsito,
com recursosdo.PAC2 daMobilidadeUrbana. Pretendêmonitoraros480ônibus por GPS
ecriarocontrole
inteligente
dospontos
dealagamento
edesgastes
depavimentação.
Pontado Coral: "Souafavor denovos
investimentos,
desdequeemcontrapartida
setenham medidas
compensatórias
deinteressecoletivo. Acreditoque
aPontado Coral deveteráreas
públicas".
Duplicação
daruaDep.
Antônio Edu Vieira:Sugere
odiálogo
para assegurarapossí
bilidade decessãoda
área,
semprejuízo
à comunidadenemà UFSC.Candidato: Gean
Marques
Loureiro(PMDB)
-15
. Vice:RodolfoPinto
daLuz
(PMDB)
Coligação:
"Florianópolis
Ainda Melhor"PMDB, PHS, PDT,
PPS,PV,
PTB,
PMN.Formação/biografia:
Gean édeputado
federallicenciado.Nasceuem9 deoutubro de
1972,
emFlorianópolis.
É
formadoemDireitopela
UFSC,
emAdministração
pela Univali;
émestreemEngenharia
deProdução pela
UFSC.Foi vereador porcincovezes.Em2011,assumiuvagacomodeputado
federalemBrasília.Aindachefioucinco secretariasdurantea
gestão
DárioBerger.
Solução
paraamobilidadeurbana:Suaproposta
éo"sistemarapidinho":
aconstrução
do eixo Norte-Suledo anel viárioemtornodoCentro,
comcorredores exclusivosparaônibus
triarticulados,
que teriamcapacidade
para300pessoas..
PontadoCoral: "Souafavorque
seja
umparquepublico.
É
umalutademaisdetrinta anosdasociedadecivil paraconstruiroParque
das TrêsPontas. Euacredito
queacidadetem'que crescer,masdeoutrasmaneiras".
.
Duplicação
d •AntônioEdu Vieira:É
frio, d¢Ve haver
Candidato:
)anaína
Deitos(PPL)
-54
Vice: Luiz
Gonzaga
Vieira(PPL)
Coligação:PPL
Formação/biografia:
Janama
é naturalde PortoAlegre (RS).
FUndadora doPartido PátriaLivre,
aadvogada
começousuamilitânciapolítica
nomovimentoestudantil
secundarista,
depois
nomoviIÍ:tento
demulheres.É
tesoureira
da-Federação
Catarinense deMulheresediretoradaConfederação
das
Mulheres
do Brasil.Janaína
.tauma