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Relatório de estágio curricular supervisionado em Medicina Veterinária

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL – UNIJUI

DEPARTAMENTO DE ESTUDOS AGRÁRIOS CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA

André Luiz Bruinsma

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM MEDICINA VETERINÁRIA

Ijuí, RS 2019

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André Luiz Bruinsma

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM MEDICINA VETERINÁRIA

Relatório de estágio curricular supervisionado na área de clínica médica e cirúrgica de grandes animais apresentado ao Curso de Medicina Veterinária da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ, RS), como requisito parcial para obtenção do grau de Médico Veterinário.

Orientador: Prof. Med. Vet. Doutor Felipe Libardoni

Ijuí, RS 2019

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André Luiz Bruinsma

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM MEDICINA VETERINÁRIA

Relatório de estágio curricular supervisionado na área de clínica médica e cirúrgica de grandes animais apresentado ao Curso de Medicina Veterinária da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ, RS), como requisito parcial para obtenção do grau de Médico Veterinário.

Aprovado em 01 de Julho de 2019:

________________________________________ Denize da Rosa Fraga, Dra. (UNIJUÍ)

(Banca)

_______________________________________ Felipe Libardoni, Dr. (UNIJUÍ)

(Orientador)

Ijuí, RS 2019

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Dedico este trabalho a toda minha família, que com muito carinho е apoio deixaram de lado, por diversas vezes, o seu conforto e lazer afim de que еu pudesse chegar até esta etapa da minha vida e também aоs amigos е colegas, pelo incentivo е apoio constante.

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AGRADECIMENTOS

A concretização deste trabalho teve auxílio, compreensão e dedicação de várias pessoas, nas quais foram importantes para conclusão deste estudo, onde de maneira especial, agradeço:

- a Deus que me deu de presente a vida e iluminou о meu caminho durante esta longa caminhada, pois sem ele seria mais difícil;

- aos meus pais Milton e Neide por me ensinarem tudo de melhor que poderiam, por direcionar a mim todo o amor que um filho sempre quis e sonhou em receber, e assim dar a base para que eu chegasse até aqui e encarasse este desafio de peito aberto e com todo o suporte para que nos momentos de dúvida e cansaço, eu retomasse a garra, a vontade de lutar. Peço desculpas pelos momentos de mau humor em que estive distante como filho.

- à minha irmã Vanessa, agradeço pelo carinho, incentivo, por sempre me apoiar, e me ajudar quando precisava;

- à minha namorada Patrícia, agradeço por toda ajuda, pelo carinho, paciência, incentivo e pela ajuda ao longo do estágio e na conclusão do trabalho.

- ao meu supervisor de estágio, Diogo Vriesman pela oportunidade e ensinamentos passados ao longo do estágio;

- ao meu orientador professor Felipe Libardoni pela paciência, disponibilidade е incentivo o que tornaram possível а conclusão desta monografia.

- aos diversos amigos e colegas que sempre estiveram ao meu lado me ajudando e apoiando em todos os momentos da minha vida de graduação, em especial aos amigos que conquistei durante a graduação: Hugo Formentini, Vinicios Piovesan, Fabricio da Rosa e Samuel Rockenbach. Obrigado pelo companheirismo, amizade e pelos mates nas horas de estudo;

- in memoria Matheus Schreiner, que concluiu sua caminhada junto a nós muito cedo, porem agradeço os momentos de distração, amizade e muito companheirismo enquanto estava ao seu lado, a sua perda me fortaleceu ao máximo para concluir este sonho de tornar-se Médico Veterinário, no qual era sonho de ambos.

E por fim, agradeço a todos que de alguma forma, me apoiaram e me incentivaram para que eu pudesse concluir o curso, e me tornar Médico Veterinário. Meu muito obrigado!!!

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“Se o dinheiro for a sua esperança de independência, você jamais terá. A única segurança verdadeira consiste numa reserva de sabedoria, de experiência e de competência”

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RESUMO

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM MEDICINA VETERINÁRIA

AUTOR: André Luiz Bruinsma ORIENTADOR: Dr. Felipe Libardoni

O Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária foi realizado na área de Clínica, Cirurgia, Manejo e Reprodução de Grandes Animais, tendo ênfase na Bovinocultura de Leite. O estágio foi realizado na Fazenda Melkstad no município de Carambeí no interior do Estado do Paraná, no período de 07 de Janeiro a 31 de Janeiro de 2019, totalizando 150 horas de atividades. A supervisão interna ficou a cargo do Médico Veterinário Diogo Vriesman e sob a orientação do professor Doutor em Medicina Veterinária Felipe Libardoni. O estágio teve como objetivo principal a aplicação prática do conhecimento teórico adquirido, além de uma troca de conhecimento profissional e pessoal, do acompanhamento da evolução dos casos clínicos atendidos, do conhecimento da rotina, e das condutas clínicas mais utilizadas. O estágio proporcionou um bom aprendizado prático, contribuindo assim com a formação profissional do acadêmico, estabelecendo um crescimento pessoal e profissional nesta área da Medicina Veterinária. Durante o presente estágio foram acompanhadas diversas atividades de atendimentos clínicos, cirúrgicos, controles reprodutivos com diagnósticos e situação do trato reprodutivo das fêmeas bovinas, além de atendimentos relacionados a medicina veterinária preventiva, neste relatório serão descritos dois casos clínicos, um de origem metabólica, e um de origem infecciosa que foram acompanhados durante o estágio.

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Resumo das atividades acompanhadas durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na Área de Clínica, Manejo, Reprodução e Cirurgia de Grandes Animais realizado na Fazenda Melkstad, Carambeí - PR, no período de 07 de Janeiro 31 de Janeiro de 2019...11 Tabela 2 - Atendimentos clínicos em bovinos acompanhados durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na Área de Clínica, Manejo, Reprodução e Cirurgia de Grandes Animais realizado na Fazenda Melkstad, Carambeí - PR, no período de 07 de Janeiro 31 de Janeiro de 2019...11 Tabela 3 - Atendimentos cirúrgicos em bovinos acompanhados durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na Área de Clínica, Manejo, Reprodução e Cirurgia de Grandes Animais realizado na Fazenda Melkstad, Carambeí - PR, no período de 07 de Janeiro 31 de Janeiro de 2019...12 Tabela 4 - Atividades relacionadas à reprodução em fêmeas bovinas acompanhados durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na Área de Clínica, Manejo, Reprodução e Cirurgia de Grandes Animais realizado na Fazenda Melkstad, Carambeí - PR, no período de 07 de

Janeiro 31 de Janeiro de

2019...12 Tabela 5 - Atendimentos de manejo sanitário e Medicina Veterinária Preventiva em bovinos acompanhados durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na Área de Clínica, Manejo, Reprodução e Cirurgia de Grandes Animais realizado na Fazenda Melkstad, Carambeí - PR, no período de 07 de Janeiro 31 de Janeiro de 2019...12

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO GERAL... 10

2 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS ... 11

3 RELATO DE CASO ... 13

3.1 Cetose, deslocamento de abomaso e metrite em uma Fêmea Bovina da raça Holandesa ... 13 3.1.1 INTRODUÇÃO ... 13 3.1.2 METODOLOGIA ... 15 3.1.3 RESULTADOS E DISCUSSÃO ... 17 3.1.4 CONCLUSÃO ... 20 3.1.5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 20 4 RELATO DE CASO ... 22

4.1 Metrite Puerperal em uma Fêmea Bovina da raça Holandesa ... 22

4.1.1 INTRODUÇÃO ... 22 4.1.2 METODOLOGIA ... 23 4.1.3 RESULTADOS E DISCUSSÃO ... 24 4.1.4 CONCLUSÃO ... 27 4.1.5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 27 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 29 6 REFÊRENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 30

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1 INTRODUÇÃO GERAL

O estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária foi realizado no período de 07 de Janeiro a 31 de Janeiro de 2019, totalizando 150 horas de atividades. O local da realização do estágio foi na Fazenda Melkstad, na cidade de Carambeí, Paraná, na área de Clínica, Manejo, Reprodução e Cirurgia de Grandes Animais, tendo a bovinocultura de leite como atividade em destaque. A supervisão interna ficou a cargo do Médico Veterinário Diogo Vriesman e sob a orientação do professor Doutor em Medicina Veterinária Felipe Libardoni.

Os atendimentos clínicos realizados pelo Médico Veterinário Diogo Vriesman, sócio proprietário da Fazenda Melkstad, sendo praticamente todos eles na área de bovinos de leite, devido a isso, optou-se, em realizar o Estágio Curricular nessa instituição, e também por possuir um grande número de vacas na fazenda, consequentemente assim houve grande demanda de atendimentos clínicos e cirúrgicos na área escolhida.

A fazenda Melkstad tem 1500 vacas na ordenha, contando com 62 funcionáros, onde atuam em 3 turnos, fazendo 3 ordenhas, onde esta ordenha é realizada por sistema de carrossel, com 50 pontos, duranso em torno de 4 horas cada ordenha.

O estágio teve como objetivo principal a interação entre o conhecimento teórico adquirido ao longo do curso e a aplicação prática, além de uma troca de experiência profissional e pessoal, do acompanhamento da evolução dos casos clínicos atendidos, conhecimento da rotina, interação com os produtores e também de condutas clínicas mais utilizadas.

De modo que o presente trabalho demonstra dois casos clínicos acompanhados durante a realização do estágio, na qual o mesmo irá abordar a etiologia, patogenia, diagnóstico e tratamento de duas doenças, uma de origem metabólica, e outra de origem infecciosa, sendo um caso referente a Cetose em uma fêmea bovina e outro sobre Metrite Puerperal também em uma fêmea bovina, sendo que ambos serão relatados conforme literatura.

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2 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

As principais atividades desenvolvidas durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica, Manejo, Reprodução e Cirurgia de Grandes Animais serão apresentadas na Tabela 1. As descrições de cada atividade realizada estão especificadas nas Tabelas de 2 a 5.

Tabela 1 – Resumo das atividades acompanhadas durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na Área de Clínica, Manejo, Reprodução e Cirurgia de Grandes Animais realizado na Fazenda Melkstad, Carambeí - PR, no período de 07 de Janeiro 31 de Janeiro de 2019.

Resumo das Atividades Total %

Atividades relacionadas à reprodução 30 6,5

Atendimentos sanitários 255 55,3

Atendimentos clínicos 164 35,6

Atendimentos cirúrgicos 12 2,6

Total 421 100,0

Tabela 2 – Atendimentos e procedimentos clínicos em bovinos acompanhados durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na Área de Clínica, Manejo, Reprodução e Cirurgia de Grandes Animais realizado na Fazenda Melkstad, Carambeí - PR, no período de 07 de Janeiro 31 de Janeiro de 2019.

Procedimento/ atendimentos clinicos Total %

Indigestão 34 20,7

Mastite 4 2,4

Metrite 14 8,5

Suspeita de tristeza parasitaria bovina 32 19,5

Pneumonia 32 19,5

Transfusão sanguínea 3 1,8

Aborto 1 0,6

Auxilio de parto distócico 16 9,5

Cetose 10 6,0

Retenção de placenta 12 7,3

Gangrena gasosa 1 0,6

Hipocalcemia 2 1,2

Dilatação de abomaso 1 0,6

Hidratação com drench 2 1,2

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Tabela 3 – Atendimentos cirúrgicos em bovinos acompanhados durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na Área de Clínica, Manejo, Reprodução e Cirurgia de Grandes Animais realizado na Fazenda Melkstad, Carambeí - PR, no período de 07 de Janeiro 31 de Janeiro de 2019.

Procedimento Total %

Deslocamento de abomaso (esquerda) 11 91,7

Dilatação de abomaso (direita) 1 8,3

Total 12 100,0

Tabela 4 – Atividades relacionadas à reprodução em fêmeas bovinas acompanhados durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na Área de Clínica, Manejo, Reprodução e Cirurgia de Grandes Animais realizado na Fazenda Melkstad, Carambeí - PR, no período de 07 de Janeiro 31 de Janeiro de 2019.

Procedimento Total %

Inicio de protocolo vacas Transferência de embrião 10 33,3

Acompanhamento de Transferência de embrião 10 33,3

Superovulação vacas Transferência de embrião 10 33,3

Total 30 100,0

Tabela 5 – Atendimentos de manejo sanitário e Medicina Veterinária Preventiva em bovinos acompanhados durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na Área de Clínica, Manejo, Reprodução e Cirurgia de Grandes Animais realizado na Fazenda Melkstad, Carambeí - PR, no período de 07 de Janeiro 31 de Janeiro de 2019.

Procedimento Total %

Aplicação de vacina Inforce 3(IBR, PI3 e BRSV) em

novilhas 80 31,4

Aplicação de vacinas em vacas secas (IBR, BVD,

Leptospirose, Clostridiose e Mastite). 90 35,3

Coleta de cartilagem da orelha de vacas secas (teste BVD) 85 33,3

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3 RELATO DE CASO

3.1 Cetose decorrente de deslocamento de abomaso e metrite em uma Fêmea Bovina da raça Holandesa

André Luiz Bruinsma, Felipe Libardoni, Diogo Vriesman

3.1.1 INTRODUÇÃO

A cetose, o deslocamento de abomaso e as metrites estão entre as principais doenças do período de transição em vacas leiteiras. Esse período é definido três semanas antes e após o parto, sendo caracterizado por significativas mudanças fisiológicas e imunológicas devido ao final do parto e início da lactação. Este é um período crítico para os animais no qual ocorre alta incidência de doenças metabólicas e infecciosas (VICENTE et al., 2014).

A busca pela maximização da produtividade individual de bovinos leiteiros em propriedades com sistemas de produção tem se deparado com o desafio de alimentar esses animais de extrema capacidade produtiva, principalmente nos primeiros meses de lactação, que é quando os mesmos ficam mais suscetíveis a distúrbios metabólicos e suas implicações. Entre essas doenças metabólicas está a cetose, que acomete os ruminantes em consequência do desequilíbrio energético desse período (SMITH, 2006).

Segundo Correa et al. (2010) a incidência da cetose subclínica é bem mais elevada do que a cetose clínica, podendo afetar, no caso de bovinos, 10 a 30% do efetivo.

Nesse contexto, a cetose é uma doença relacionada à produção e ligada à pecuária moderna, onde os rebanhos foram selecionados para alta produção de leite, resultando em rápido e abrupto aumento na secreção láctea no início da lactação. É nesse período que ocorre um balanço energético negativo (BEN), pois a produção de leite excede a capacidade do animal em ingerir volume suficiente de alimento para atender suas demandas para mantença e produção de leite (RADOSTISTS et al., 2000).

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Segundo Schild (2006) quando há falta de glicose no organismo pela diminuição do aporte de carboidratos oriundos da dieta, outras vias de produção de energia são acionadas, e a concentração de oxaloacetato tende a ser baixa, já que está sendo utilizado para a produção de glicose. Os corpos cetônicos produzidos no fígado se acumulam no sangue desencadeando a cetose, uma vez que há falta de oxaloacetato para sua metabolização. O fígado, portanto, é a principal fonte de corpos cetônicos produzidos durante a cetose. Todos os tecidos de uma vaca normal podem se adaptar à utilização de corpos cetônicos como fonte energética alternativa, exceto o fígado.

O mesmo autor comenta que a oxidação eficiente da acetil-CoA depende do suprimento adequado de oxalacetato. O oxalacetato é gerado através de percursores gliconeogênicos, principalmente o propionato (produzido no rúmen) e ainda através de produtos do metabolismo anaeróbico da glicose (o lactato e o piruvato). Quando os níveis de oxalacetato são baixos não há oxidação da acetil-CoA e o fígado deixa de ter capacidade de incorporar adequadamente.

Na tentativa de aumentar a gliconeogênese e controlar o BEN, mobilizam-se mais triglicerídeos dos estoques de gordura corporal. Esta leva à ativação da lipólise (triglicerídeos sendo hidrolisados), a lise dos triglicerídeos resulta em produção de AGNE e glicerol na circulação sanguínea. No fígado, os triglicerídeos são novamente sintetizados a partir de AGNE, onde são armazenados ou libertados na forma de lipoproteínas de muito baixa densidade (VLDL). A lipoproteína deve ser sintetizada no fígado para formar VLDL, a partir dos triglicerídeos. Em relação às demais espécies, os ruminantes apresentam baixa taxa de secreção de VLDL. O excesso de AGNE tenta entrar no ciclo de Krebs por meio da acetil-CoA a qual, na ausência de quantidade suficiente de oxalacetato, é parcialmente oxidada a acetoacetil-CoA, permitindo a formação de corpos cetônicos (JACQUES, 2011).

Mais comum que a cetose clínica, com grande importância econômica está a cetose subclínica que caracteriza-se por elevadas concentrações de corpos cetônicos no sangue sem doença clínica (RADOSTITS et al., 2002).

Devido ao BEN, há mobilização de tecido adiposo no início da lactação. Logo enfermidade se caracteriza pelo aumento nos níveis de corpos cetônicos oriundos

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dessa metabolização no sangue, urina, leite e outros fluídos corporais em consequência ao aumento de AGNE e hipoglicemia. Esta desordem metabólica geralmente ocorre entre a primeira e a oitava semana de lactação (SOUZA, 2003).

De acordo com Correa et al.,(2010), em animais com BEN a cetose clínica apresenta perda de apetite, diminuindo inicialmente o consumo de concentrados e logo após a silagem (volumoso). Associado a isso, geralmente é perceptível odor cetonico muito forte no ar expirado pelos animais, perda de condição corporal, fezes escuras, atonia ruminal, queda na produção de leite e decúbito em casos graves.

A taxa de mortalidade é baixa, mas como a cetose leva a perda acentuada na produção de leite e no peso corpóreo, isto resulta num grande prejuízo econômico para o produtor de leite (SMITH, 2006).

Por serem umas das principais enfermidades do período de transição, e devido a sua alta prevalência, este trabalho tem como objetivo relatar um caso de cetose, deslocamento de abomaso e metrite associadas no pós parto em uma vaca da raça holandesa, atendida durante a realização do estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária.

3.1.2 METODOLOGIA

Durante a realização do Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária, foi realizado exame clínico em uma fêmea bovina com 5 anos de idade, multípara, 3ª cria, da raça holandesa de pelagem característica da raça nas cores preta e branca, pesando aproximadamente 800 kg, e apresentando escore de condição corporal (ECC) 4 no dia do parto (numa escala de 1 a 5, onde 1 é muito magra e 5 é obesa).

Na anamnese, foi visualizado no sistema DelPro (sistema da DeLaval, com colar) o histórico da vaca, onde haviam passados 7 dias do seu parto, que houve auxílio ao parto com tração do feto com fórceps por falta de contração uterina para

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realização do parto, onde teve nascimento de uma fêmea, em seguida feito todo o protocolo para a bezerra e para a vaca (colostragem e drench).

Ainda, foi relatada retenção de placenta, e 7 dias pós parto foi solicitado exame clínico nesta vaca, pois estava reduzindo consumo de alimentos a cada dia, e no 7º dia reduziu drasticamente o consumo de alimentos e produziu apenas 2 litros de leite na ordenha da manhã.

No exame clinico realizado pelo médico veterinário, foi diagnosticado metrite, pela apresentação de secreção purulenta saindo do útero durante palpação retal, temperatura retal de 40,5ºC, deslocamento de abomaso por auscultação de som timpânico no flanco esquerdo. Ainda, com aparelho medidor de corpos cetonicos no sangue, contatou-se 5,0 mg de corpos cetonicos no sangue, onde o limite para não ser considerado cetose é de 0,8. logo, também foi confirmada cetose pós parto

Ainda no exame clínico, através de auscultação com estetoscópio verificou se que a vaca apresentava 70 batimentos por minuto (bpm), e frequência respiratória de 27 movimentos por minuto (mpm). Diminuição da motilidade ruminal, apresentando 1 movimento por minuto e temperatura retal de 39,8 ºC.

O tratamento administrado pelo médico veterinário foi de omentopexia para o deslocamento de abomaso, associado a antibiótico Gentamox®, gentamicina, onde cada ml contem 40 mg, e amoxicilina, onde cada ml contem 150 mg, por via intramuscular, anti-inflamatório Desflan® (2,2 mg/kg) flunixin meglumine, 2 mL de cloprostenol sódico,(Sincrocio®), onde a dosagem para todos os usos em bovinos é de 2 mL por via intramuscular para o tratamento da omentopexia e da metrite pós parto.

Para o tratamento de cetose foram administrados 2 litros de dextrose anidra (Glicose 50% Prado®) por dia na via endovenosa durante três dias, e 300 mL de propileno glicol por dia na via oral, também durante três dias. Ao fim do tratamento a vaca voltou a rotina normal, aumentando o consumo de alimentos e consequentemente a produção de leite. No passar dos 3 dias foi feito exame para nova verificação de corpos cetonicos na corrente sanguínea, que então já estava estabilizada, com resultado de 0,7.

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3.1.3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Deve se ter uma atenção muito grande na fase de transição de uma vaca leiteira, fazendo secagem do animal no período certo, pré parto, dieta adequado, ambiente e manejo, pois o índice de doenças pós parto é muito alto, e todas elas estão relacionadas ao período de transição, basta algum erro nas questões citadas acima, e o animal pode ter alguma doença como: Hipocalcemia, parto distócico, retenção de placenta, metrite, cetose e deslocamento de abomaso (LAGO, 2001).

De acordo com Radostis et al., (2002) a cetose é uma doença de bovinos leiteiros e prevalece na maioria dos países que adotam sistemas de produção intensivos. Pode acorrer principalmente em animais que estão confinados e raramente vacas que estão parindo em pastagens. Sendo assim o caso relatado está de acordo com a literatura citada, pois se trata de uma vaca no sistema de confinamento free stall.

Segundo Aroeira (1998) em vacas leiteiras de alta produção, a cetose é uma doença comum, sendo as multíparas mais afetadas que as primíparas. O autor ainda comenta que a enfermidade ocorre entre os dias 8 e 60 do pós parto, período que o animal enfrenta um balanço energético negativo. Como citado no relato a vaca era multípara, e a doença foi diagnosticada com sete dias pós parto, podendo confirmar as literaturas acima relatadas.

Alguns autores como González e Campos (2003) citam que existem vários fatores que podem levar a uma maior predisposição de um rebanho ou de um animal a desenvolver essa patologia, uma delas é a obesidade, o excesso de gordura corporal leva os bovinos a acumular depósitos intra abdominais, o que vai limitar fisicamente a capacidade de ingestão de comida após o parto, no momento em que a grande produção de leite cria necessidade de glicose e aminoácidos. Sendo assim, vacas gordas tem uma redução de 25% da ingestão de matéria seca em relação a vacas com uma condição corporal normal. O que justifica ter levado a vaca a tantas enfermidades infecciosas e principalmente metabólica, sendo que seu escore corporal era alto para ter uma produção saudável.

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Verifica-se quando outras doenças provocam diminuição na ingestão de alimentos. Em geral, a redução em tal ingestão resulta deslocamento de abomaso, metrite, mastite o outras doenças comuns do pós parto. A cetose secundária a metrite e deslocamento de abomaso representam 30 a 40% dos casos atendidos (RADOSTIS, 2002). Tendo assim como diagnóstico cetose secundaria, exatamente como a literatura cita, essa vaca iniciou o quadro clinico de cetose por consequência da diminuição da ingestão de alimentos, pois estava com outras enfermidades, que seriam metrite e deslocamento de abomaso.

O diagnóstico laboratorial da cetose é baseado na determinação de corpos cetónicos no sangue, na urina ou no leite. Na cetose, o beta-hidroxibutirato (BHB), principal corpo cetônico, apresenta níveis mais elevados no sangue, embora, o limite como valor diagnóstico (“cut-off point”), ainda seja controverso devido aos diferentes valores que a literatura informa. Valores inferiores a 1.0 mmol/L são aceitos como normais. (GONZALEZ e CAMPOS, 2003). Já no exame feito pelo médico veterinário o nível de corpos cetonicos no sangue era superior ao citado, chegando em 5.0 mmol/L, confirmando caso de cetose clínica.

Para Fleming (2008), a terapia de cetose secundaria requer o tratamento da doença primaria.Depois de tratados os casos que levaram a esta enfermidade clínica, a terapia a ser administrada deve ser 500 mls de uma solução de glicose 50% (dextrose), por via intravenosa, que vai resultar no aumento da secreção de insulina e diminuição de glucagon, reduzindo a concentração plasmática dos ácidos graxos não esterificados, o que resulta em melhora na maioria das vacas, este tratamento deve ser mantido por vários dias, para não haver recidiva (RADOSTIS et al,. 2002).

O propileno-glicol, quando ingerido, pode ser transformado em propionato ou ser diretamente absorvido e utilizado como substrato para gliconeogênese, que resulta em aumento da glicose e insulina sanguíneas e queda na concentração de AGNE e BHBA, caso haver ingestão maior que 250 g por dia, pode causar rejeição de alimentos (LOMANDER et al., 2012; FONSECA, 2015). A administração do propileno glicol vem mostrando bons resultados para o tratamento de cetose na fazenda, e como sugere a literatura, o médico veterinário administrou via oral 300 g por dia, sendo o total dividido pelo turno da manhã e tarde.

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Como base na prevenção Smith (2006) cita como mecanismo primário da cetose subclínica e clinica o balanço energético negativo durante as primeiras oito semanas de lactação, e esta prevenção pode ser efetuada em três etapas; a alimentação e o manejo de vacas durante o final da lactação e no período seco deve favorecer boa condição corpórea a parição, a ingestão de ração no início da lactação deve ser estimulada gradativamente.

O deslocamento de abomaso é uma síndrome multifatorial relacionada ao manejo alimentar o qual afeta vacas leiteiras de alta produção, principalmente nas primeiras semanas pós-parto (CÂMARA et al. 2010). Em casos de deslocamento do órgão para a esquerda, o diagnostico pode ser feito através da auscultação e percussão do flanco esquerdo, localizando o som metálico do “ping”. (RICHMOND, 1964). A correção cirúrgica é o método mais eficiente para o tratamento do deslocamento do abomaso em vacas leiteiras, segundo (Cardoso et al. 2011).

A metrite consiste na inflamação do útero que geralmente acomete apenas o miométrio e tem como fatores predisponentes a distocia, retenção de placenta, atonia uterina pós parto e doenças infecto-contagiosas. Essas metrites são divididas em puerperais, que ocorrem na primeira semana pós-parto e metrites pós-puerperais que ocorrem no período de 45 dias pós-parto. Os principais agentes envolvidos na doença são: Streptococcus spp., Eschirichia coli, Corynebacterium spp., Staphylococcus spp., Pseudomonas aeruginosa e Klebisiela pneuminiae (Pimentel, 2007).

Com base nas doenças relatadas em apenas uma vaca, é de suma importância atenção redobrada em uma fazenda leiteira, o período de transição, podendo evitar a incidência de doenças metabólicas e doenças infecciosas, que podem ser controladas em um bom manejo de ambiente, e um bom manejo de dietas no período de secagem, pré parto, e primeiras semanas pós parto. O período seco da vaca deve ser de pouca proteína e pouca energia, baseado em alimentos fibrosos, já o pré parto deve ser feito três semanas antes do parto, com dietas aniônicas, para prevenção de doenças metabólicas, como a hipocalcemia, que pode decorrer de outras doenças, como cetose, metrite e deslocamento de abomaso. Na atualidade propriedades leiteiras vem apostando neste correto manejo de ambiente bom (conforto, sombra, agua a vontade), e dietas pré parto, tendo ótimos resultados, com baixo custo na cura de doenças e otimização da produção de leite com vacas saudáveis.

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3.1.4 CONCLUSÃO

Através da associação dos sinais clínicos apresentados pelo animal, anamnese e dos fatores como idade, alta produtividade, manejo nutricional, e eficácia do tratamento instituído, chega-se a confirmação do quadro de cetose clinica secundaria. As perdas econômicas causadas pela cetose em relação ao custo de tratamento, com diagnóstico precoce e terapia imediata feito da maneira correta são importantes para a melhora clínica do anima, evitando maiores prejuízos ao produtor. Assim como foi feito no caso relatado onde o animal teve uma melhora satisfatória e sem recidivas, isto devido ao uso correto de fármacos dentro de um tempo viável.

Palavras-chaves: transição, metabólica, glicose, hipoglicemia. Key words: transition, metabolic, glucose, hypoglycemia.

3.1.5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AROREIRA, L. J. M. Cetose e infiltração gordurosa no fígado em vacas leiteiras. Juiz de Fora: Embrapa-CNPGL, 1998. 23 p.

Correa et al.,(2010) Transtornos do metabolismo dos lipídios. Em: Transtornos Metabólicos nos animais domésticos. Pelotas: PREC – UFPel, cap, IV, p. 159-161.

CARDOSO. De Cardoso. F. Deslocamento de Abomaso em Bovinos Leiteiros. UFRGS.2004. https://www.ufrgs.br/lacvet/restrito/pdf/deslocamento_abomaso.pdf. Acesso: 02/06/19.

FONSECA, A.P.S. Cetose: diagnóstico e tratamento: revisão bibliográfica. 2015. Dissertação (Mestrado em veterinária). Universidade do Porto.

GONZÁLEZ, F. H. D.; CAMPOS, R. Indicadores metabólico-nutricionais do leite. In: GONZÁLEZ, F. H. D.; CAMPOS, R. Anais do I simpósio de Patologia Clínica Veterinária da Região Sul do Brasil. Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2003, p. 31-47.

LAGO, E.P. et al. Efeito da condição corporal ao parto sobre alguns parâmetros do metabolismo energético, produção de leite e incidência de doenças no pós

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4 RELATO DE CASO

4.1 Metrite Puerperal em uma Fêmea Bovina da raça Holandesa André Luiz Bruinsma, Felipe Libardoni, Diogo Vriesman

4.1.1 INTRODUÇÃO

Vacas leiteiras tem como característica reprodutiva grande capacidade de restabelecer atividade cíclica no início do pós-parto (THATCHER et al., 2005). No entanto, a retomada da ciclicidade em vacas leiteiras de alta produção pode sofrer grande impacto negativo devido ao desgaste nutricional que ocorre neste período. Este impacto pode estar relacionado ao fato da lactação tornar se uma prioridade em detrimento das funções reprodutivas (SANTOS, 2005).

Nesse período, as infecções uterinas (metrites) causam importantes perdas econômicas para o sistema de exploração da bovinocultura (CAMPOS et al., 2011), provocando uma considerável redução na rentabilidade dos rebanhos (RADOSTITS et al., 2002). Essa patologia consiste na inflamação do útero que geralmente acomete apenas o miométrio e tem como fatores predisponentes a distocia, retenção de placenta, atonia uterina pós parto e doenças infecto-contagiosas. Essas metrites são divididas em puerperais, que ocorrem na primeira semana parto e metrites pós-puerperais que ocorrem no período de 45 dias pós-parto. Os principais agentes envolvidos na doença são: Streptococcus spp., Eschirichia coli, Corynebacterium spp., Staphylococcus spp., Pseudomonas aeruginosa e Klebisiela pneuminiae (Pimentel, 2007).

Esta enfermidade Caracteriza-se, clinicamente, por toxemia grave, febre, copioso corrimento uterino de odor pútrido, com ou sem retenção das membranas fetais (REHBUN et al., 2000).

Por tudo isso, e devido à alta prevalência em rebanhos leiteiros, uma vez que é em torno de 20% nas vacas que estão em lactação na fazendas este trabalho tem como objetivo relatar um caso de Metrite, em uma fêmea bovina da raça Holandesa, que foi acompanhado durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária, na cidade de Carambeí/PR.

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4.1.2 METODOLOGIA

Durante o período do Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária, foi realizado atendimento clínico na fazenda Melkstad, em uma fêmea bovina da raça Holandesa, 3 anos de idade, multípara e com aproximadamente 650 kg, apresentando escore de condição corporal (ECC) 3 (onde numa escala de 1 a 5, 1 é muito magra e 5 é obesa).

Na anamnese, foi visualizado no programa de controle leiteiro que este animal diminuiu produção de leite e número de ruminações diárias. Esta vaca estava com 5 dias pós parto, teve parto auxiliado por tração humana que cursou com retenção de placenta. Ao procurar no lote na qual o animal se encontrava, a vaca estava em decúbito esternal, e foi visualizado corrimento purulento da vulva.

Na realização do exame clínico verificou se a temperatura retal, a qual estava em 40,9 ºC, considerado febre. A vaca foi encaminhada para m canzil onde o médico veterinário realizou palpação retal, na qual pode perceber aumento de volume do útero e presença de liquido dentro do mesmo. Foi então realizada massagem retal e a mesma confirmou a suspeita de metrite pelo escoamento de conteúdo purulento na vulva da vaca.

O tratamento instituído pelo médico veterinário foi 500 mL de soro vitamínico (Bioxan®) por via endovenosa, 15 mL de meloxican por dia (Maxican 2%®) por via intramuscular na dose de 0,5 mg de meloxicam por kg de peso corporal, durante dois dias, 65 mL de gentamicina, onde cada ml contem 40 mg, e amoxicilina, onde cada ml contem 150 mg, por dia (Gentamox®) por via intramuscular, durante três dias, 2 mL de cloprostenol sódico,(Sincrocio®), onde a dosagem para todos os usos em bovinos é de 2 mL por via intramuscular.

Após o tratamento a vaca foi encaminhada ao lote de vacas tratadas com antibiótico, e foi acompanhada durante cinco dias, até o final do prazo de carência do antibiótico. Ao acompanhaento a vaca apresentou melhora já ao segundo dia de tratamento e consequentemente ao passar dos dias aumentou ingestão de alimentos e produção de leite. Ao passar dos cinco dias o animal foi conduzido ao seu lote de origem podendo agregar ao rebanho pois havia respondido muito bem ao tratamento clínico.

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4.1.3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

A metrite puerperal aguda é o mais grave dos processos inflamatórios do útero. Esta infecção puerperal grave aparece muitas vezes nos casos de retenção de placenta ou partos distócicos, e a infecção pode ser devida a contaminação das bactérias Streptococcus sp. ou Staphylococcus sp. (NASCIMENTO e SANTOS, 2017). O que condiz com o caso relatado, onde este processo inflamatório do útero teve relação com o parto distócico auxiliado e consequentemente a retenção de placenta, tendo assim possibilidade de contaminação e a proliferação de bactérias.

Já Fernandes (2006), comenta que há mais bactérias que podem estar envolvidas em infecção uterina, tais como Escherichia coli, Cornybacterium spp, Pseudomonas aeruginosa, e Klebsiella pneumoniae, ambas de origem ambiental, podendo estar nas fezes ou solo.

Martins et al. (2010) avaliou a incidência de metrite puerperal em vacas da raça holandesa que apresentaram retenção de placenta até 12 horas após o parto, sendo que destas, 81,1% apresentaram metrite puerperal aguda, e as vacas que não apresentaram retenção de placenta, apenas 16,7% foram diagnosticadas. Exatamente como o autor cita, a vaca teve retenção de placenta, o que provavelmente foi a causa da decorrência da metrite puerperal. O mesmo autor ainda comenta que avaliou os casos de metrite puerperal em primíparas, em que a incidência foi de 25% e 46,6% em pluríparas, tal como citado no relato, pois a vaca era pluripara.

Ainda, No histórico do animal verificou se que teve parto distocico e foi auxiliado, podendo confirmar assim as causas da enfermidade do animal, pois em relação ao tipo de parto, se é normal ou auxiliado, MARTINS et al. 2010 verificou uma incidência de 57,1% dos animais com partos auxiliados apresentaram metrite puerperal aguda.

Durante avaliação do exame clinico verificou se temperatura retal e foi realizada palpação retal, pois Drost et al. (2008) cita que a metrite pós-parto em vacas caracteriza se pela presença de lóquios no lúmen, que está presente em corrimento vaginal, e se torna óbvio na palpação retal.

Segundo o observado por Drost et al. (2008) a metrite pode ser caracterizada por sinais clínicos como febre, em virtude da grande proliferação de bactérias no útero,

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podendo causar endotoxemia, depressão e anorexia. Os corrimentos associados a metrite pós parto podem variar de muco branco e quantidades de liquido vermelho a preto-avermelhado, aquoso e de mal cheiro, e em alguns casos a enfermidade pode se agravar e causar peritonite.

Além disso, as metrites em vacas podem ser classificadas em puerperais, onde a infecção seria geralmente na primeira semana pós parto, e pós puerperais, que seria dos 45 dias pós parto. No puerpério o tratamento mais correto seria sistêmico, caso contrário o processo inflamatório não tratado acarretaria a redução do potencial reprodutivo da fêmea (FERNANDES, 2006). No caso aqui relatado, a conduta do médico veterinário foi correta, sendo a metrite dentro da primeira semana pós parto, e o tratamento administrado foi sistêmico.

Para o tratamento de metrite, os antibióticos podem ser administrados por via sistêmica e intrauterina. A gentamicina trata-se de um aminoglicosídeo com boa ação tanto sistêmica como tópica. Já as tetraciclinas são os antibióticos com pior ação intrauterina, sendo assim recomendadas por via sistêmica com longa ação (FERNANDES, 2006). Como relatado no caso o tratamento de antibiótico prescrito foi a base do princípio ativo gentamicina, tendo mostrado boa recuperação da vaca citada.

Porém, cabe ressaltar que há controvérsias quanto à indicação de gentamicina, um aminoglicosídeo de largo espectro que causa depressão da função neuromuscular, e para a avaliação dos seus efeitos no útero foi realizado estudo utilizando amostras de miométrio de vacas não prenhes, na fase folicular, concluindo assim que o sulfato de gentamicina apresentou efeitos inibitórios nas contrações espontâneas do miométrio (MAIA, 2006). No caso clínico foi utilizada antibiótico sistêmico a base de gentamicina, o que assume uma relação de contraste com a literatura citada.

Ainda, a amoxicilina e gentamicina são dois conhecidos antibióticos que isolados, têm particulares e interessantes propriedades terapêuticas, e que, unidos, possuem um amplo espectro antibacteriano que inclui germes Gram positivos (principalmente Streptococcus, Staphylococcus e Corynebacterium) e Gram negativos (principalmente E. coli, Pasteurella, Salmonella e Pseudomonas) que em provas in vitro demonstram ser sinérgicos frente aos mesmos. Metrites produzidas por E. coli e

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Corynebacterium pyogenes mostram ter bons resultados com administração correta do produto GENTAMOX®.

Além do tratamento com antibióticos, recomenda-se o uso de antiinflamatórios não esteróides e, se necessário, a utilização de uma terapia de suporte mais agressiva, inclusive fluido terapia intravenosa ou oral. Já a drenagem do conteúdo uterino fétido não é recomendada, pois o útero está friável e pode ser facilmente perfurado, e a manipulação do útero pode provocar bacteremia e outras complicações (SANTOS, 2006). Como recomendado pela literatura, foi utilizado anti-inflamatório não esteroidal, como princípio ativo meloxican, ou na forma comercial Maxican®, assim evitando endotoxemia e realizando analgesia para o animal. Da mesma forma comentada pelo autor o uso de fluido terapia, e o citado no tratamento foi o Bioxan®, soro vitamínico e energético.

Outra terapia utilizada nesse caso foi a aplicação de um análogo da prostaglandina, o cloprostenol sódico (Sincrocio®). Hendricks et al. (2006) relatou que o uso da PGF (prostaglandina) é benéfico mesmo sem a presença de corpo lúteo, e LeBlanc (2008) relata que os receptores do mesmo estão no miométrio, podendo dar evidencia ao poder da substância sobre a contração do útero. Hendricks et al. (2006) ainda relatou que pode haver aumento efetivo na motilidade uterina e evacuação da contaminação bacteriana através da aplicação do exógeno da PGF, porém na presença de corpo lúteo no ovário. Mesmo assim, com aplicação da prostaglandina exógena sem presença de corpo lúteo, ainda pode aumentar função imune, motilidade uterina, auxiliando na melhora das infecções uterinas (LEWIS, 1997).

De acordo com Drost et al. (2008) o prognóstico em vacas para recuperação de metrite geralmente é bom se a condição não evoluir para metrite séptica ou piometra, caso haja esta evolução pode resultar em redução permanente da função reprodutiva, ou até morte do paciente.

Algumas medidas preventivas consistem em controlar a ocorrência de abortos, gestações gemelares, distocias, cesarianas e retenção de placenta, por meio da adoção de critérios ao selecionar os reprodutores e/ou sêmen a serem utilizados nos programas reprodutivos. O fornecimento de dietas adequadas durante o período seco e no início da lactação também contribui para minimizar o risco de ocorrência de doenças nesse período (CARVALHO et al.; 2010). Cuidados com a sanidade do

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rebanho, higiene do ambiente durante o periparto, conforto dos animais e diminuição da necessidade de assistência ao parto também são métodos de controle recomendados (Martins et al., 2010)

4.1.4 CONCLUSÃO

Diante do histórico através da anamnese, sinais clínicos e resposta ao tratamento chegou-se a conclusão que o animal apresentava um quadro de metrite puerperal, o prognóstico do animal foi favorável devido ao atendimento ter sido realizado dentro de um tempo curto e pelo animal não estar debilitado, Após alguns dias, a fêmea bovina apresentou melhora clínica e a terapêutica empregada foi eficaz.

Palavras chave: útero, infecção, bovinos, pós parto. Key words: uterus, infection, bovine, postpartum.

4.1.5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária foi de suma importância para minha formação acadêmica, uma vez que proporcionou novos conhecimentos, além de permitir unir o conhecimento teórico que adquiri durante a graduação com a prática vivenciada pelo médico veterinário a campo, que é desafiado dia a dia a promover a melhora da qualidade de vida dos animais, exigindo uma conduta ética frente à tomada de decisões dos casos clínicos expostos abordando o conhecimento e o raciocínio lógico.

A conduta profissional, muitas vezes, deve se adaptar à realidade dos produtores, onde muitas vezes isso dependerá da criatividade e do bom senso do profissional, sendo que essas características são melhor observadas vivenciando o dia a dia de um médico veterinário qualificado, pois existem inúmeros desafios que são propostos no cotidiano da profissão, onde, além de diferentes enfermidades, existem, ainda, problemas com manejo dos animais, deficiências nutricionais, e manejo sanitário, o que torna indispensável a assistência de um técnico qualificado que consiga diagnosticar o problema de forma rápida e saná-lo, colocando em prática seus conhecimentos de forma eficiente com custo baixo para o produtor.

Ao término do estágio, além de levar uma experiência para o futuro, aprimorando meu conhecimento, levo também a amizade de muitos profissionais que contribuíram diretamente e indiretamente para ampliar a visão de um médico veterinário, ainda levo o legado de que jamais saberemos tudo, porém a dedicação, o estudo e a busca por novos conhecimentos juntamente com a humildade, poderemos aprender e nos adaptar a diversas situações.

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