• Nenhum resultado encontrado

Impactos ambientais da irrigação das lavouras de arroz no entorno do rio Botucaraí: município de Cerro Branco/RS

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Impactos ambientais da irrigação das lavouras de arroz no entorno do rio Botucaraí: município de Cerro Branco/RS"

Copied!
28
0
0

Texto

(1)

LICENCIATURA EM GEOGRAFIA

Aluno: Augusto Luciano Priebe

IMPACTOS AMBIENTAIS DA IRRIGAÇÃO DAS LAVOURAS DE ARROZ NO ENTORNO DO RIO BOTUCARAÍ – MUNICÍPIO DE CERRO BRANCO/RS

Trabalho apresentado ao curso Geografia da Universidade Regional do Noroeste do Rio Grande do Sul – Unijuí, como requisito parcial para a obtenção do título de Licenciado em Geografia.

(2)

IMPACTOS AMBIENTAIS DA IRRIGAÇÃO DAS LAVOURAS DE ARROZ NO ENTORNO DO RIO BOTUCARAÍ – MUNICÍPIO DE CERRO BRANCO/RS

Augusto Luciano Priebe¹ Mário Amarildo Attuati²

RESUMO:

O uso das águas do Rio Botucaraí para a irrigação das lavouras de arroz se tornou um motivo de preocupação dos agricultores que necessitam da água para desenvolver a cultura, e também da comunidade cerro-branquense em geral devido à escassez de água e o impacto ambiental causado aos recursos hídricos.

Com a finalidade de apurar os problemas causados ao rio, este trabalho utilizou como metodologia a revisão bibliográfica, entrevistas com os agricultores e também um levantamento fotográfico para registrar os problemas encontrados.

Com base nessas informações foi desenvolvido um trabalho de recuperação das áreas situadas às margens do Rio Botucaraí onde a vegetação encontra-se em condições precárias e até inexistente. Também foi trabalhada a conscientização dos agricultores com relação ao uso da água de maneira racional, sem desperdícios, para que a mesma possa continuar sendo utilizada para manter a atividade agrícola e consequentemente o sustento das famílias.

____________________________________________________________

¹Acadêmico em Geografia pela Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - UNIJUÍ ²Professor Orientador, Geógrafo, Mestre em Geografia pela Universidade Federal de Santa Catarina. UFSC.

(3)

INTRODUÇÃO

A lavoura de arroz (Oryza sativa) é um dos principais exemplos de como o ser humano pode dominar espaços e interagir de forma sistemática com a natureza. Ao utilizar as várzeas de seus rios para o cultivo de cereais, principalmente o arroz, que serve de base à alimentação, os primeiros grupos organizados de pessoas, há mais de seis mil anos, fixaram-se em áreas determinadas de terra, fundando cidades e civilizações.

A Revolução Agrícola fez surgir as primeiras instâncias de poder, a luta pela justiça, as primeiras leis e os primeiros estados. A necessidade de tornar científica a lavoura, para aumentar a produtividade e alimentar a crescente população mundial, fez o homem utilizar-se das ciências, da escrita e da matemática. O homem queria entender a lua, o sol, os dias e a chuva, dominar o uso das águas e com o tempo, passou a desenvolver novas técnicas para agilizar o plantio e aumentar a produtividade.

A cultura do arroz irrigado possui grande importância social e econômica para o Estado do Rio Grande do Sul e é realizada sobre áreas que abrigam diversos ecossistemas. As lavouras de arroz tornam-se parte integrante desses ecossistemas e necessitam ser adequadamente avaliadas e manejadas, para não causarem alterações que interfiram na sustentabilidade ao longo do tempo. O ambiente da lavoura é parte do ambiente da propriedade e áreas adjacentes.

O sistema de cultivo adotado no município de Cerro Branco atualmente é o pré-germinado, que utiliza uma grande quantidade de água, sendo um dos insumos principais para o cultivo do arroz. A sua necessidade e importância estão relacionadas com o seu uso para o preparo do solo, ao suprimento da necessidade de água da planta de arroz, à facilidade de controle das plantas daninhas, de doenças, de alguns insetos-praga e melhoria da disponibilidade de nutrientes.

A formação de lavouras próximas às margens dos rios tem originado impacto ambiental pela eliminação da vegetação ciliar, erosão e assoreamento do leito, mudanças na paisagem da região do entorno do Rio Botucaraí. Além dos efeitos diretos a utilização de áreas próxima aos rios (área de preservação permanente – APP) facilita o escoamento dos defensivos utilizados na cultura, chegando rapidamente aos cursos de água.

Este trabalho tem como finalidade verificar a importância da cultura do arroz, social e econômica em nível de município e Estado, os impactos ambientais causados pelas lavouras irrigadas da cultura do arroz ao Rio Botucaraí, no município de Cerro Branco/RS, avaliando o

(4)

contexto da região, a disponibilidade de água, os equipamentos usados para a irrigação, o preparo e a colheita, a área irrigada e as formas de manejo.

De acordo com os objetivos acima, o estudo foi realizado no município de Cerro Branco/RS, onde se localiza o Rio Botucaraí, que é a divisa natural entre os municípios de Cerro Branco e Candelária.

Inicialmente fez-se a revisão bibliográfica sobre o tema, e depois foi realizada uma entrevista, com o preenchimento de um questionário, com alguns agricultores da região que utilizam as água do Rio Botucaraí para que eles relatassem as mudanças que eles perceberam. No total, 19 agricultores colaboraram para o levantamento das informações, além dos técnicos da Emater (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural), do IRGA (Instituto Rio Grandense do Arroz), do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Cerro Branco e Secretaria Municipal da Agricultura e Meio Ambiente.

Após a coleta dos questionários, foi feita a tabulação dos mesmos para quantificar o aumento da área cultivada, da produtividade e das formas de sistemas de plantio.

1. REFERENCIAL TEÓRICO

De acordo com a doutrina da Geografia Agrária, a agricultura é compreendida como sendo a exploração planejada do solo, possibilitando a obtenção de produtos animais e vegetais e com este entendimento o conceito de agricultura toma proporções e sentidos maiores do que habitualmente ocorre na agronomia. Já o geógrafo não vê a agricultura somente como um conjunto de estabelecimentos, mas sim como um fenômeno fundamental de uma determinada paisagem, de um país e até mesmo de toda a Terra. (GASS, 2010, pág. 11)

Neste sentido, ao inserirmos a Geografia neste contexto, usamos a expressão de Waibel (1979, pág. 30) que diz:

“ Para a geografia, ao contrário, a agricultura é um importante fenômeno da superfície da terra e é sua atribuição tentar descrever a sua diferenciação espacial, procurando ao mesmo tempo esclarecer as forças atuantes. Para isto ela parte preferencialmente da fito e da zoogeografia, uma vez que a geografia agrária não é mais do que a geografia das plantas úteis e dos animais domésticos.”

(5)

Quando tratamos da cultura do arroz, também devemos considerar alguns fatores naturais envolvidos como o clima, a água, o solo e a vegetação, por isso que a cultura se adaptou e se desenvolveu com maior intensidade na Região Sul.

Para os Estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, assim como para o município de Cerro Branco, a cultura do arroz tem grande importância econômica e social, porque envolve uma parte da população rural no desenvolvimento da cultura (preparo da terra, plantio e colheita) e abastece o mercado local, regional e interestadual, sendo um dos principais alimentos utilizados nas refeições dos brasileiros.

“(...) Nenhuma outra atividade econômica alimenta tantas pessoas, sustenta tantas famílias, é tão crucial para o desenvolvimento de tantas nações e apresenta mais impacto sobre o nosso meio ambiente. A produção de arroz alimenta quase a metade do planeta todos os dias, fornece a maior parte da renda principal para milhões de habitações rurais pobres e cobre 11% da terra arável do planeta.” (Ronald Cantrell, 2002).

O aumento da população mundial e o risco de faltar alimentos as pessoas, leva ao desenvolvimento de novas tecnologias para aumentar a produção. A questão é como aumentar a produção sem causar mais danos ao meio ambiente.

Uma possibilidade seria incentivar a agricultura familiar, pois dados recentes mostram que a agricultura familiar é responsável pela produção de 70% dos alimentos. E ela ocupa apenas 30% da área usada para a agricultura e pecuária. (IBGE).

Na abertura da Rio + 20, Cássio Franco coordenador do Programa Agricultura e Meio Ambiente do WWF-Brasil, destacou que o grande desafio do momento é garantir a produção de alimentos para atender a demanda da população mundial sem destruir o meio ambiente. Ele lembrou que hoje a população mundial é de 7 bilhões, sendo que deste total 70% estão na cidade. E as estimativas são de que esse número chegue a 9 bilhões até 2050. “Como alimentar 9 bilhões de pessoas e manter o planeta vivo”? Questionou. Segundo ele, o caminho é melhorar e melhorar os sistemas produtivos, incentivar boas práticas e consumo responsável.

No atual momento em virtude de várias pressões, é possível identificar alguns indícios que apontam para a busca de um desenvolvimento agrícola sustentado por meio da introdução de novas práticas culturais. Entre estas técnicas pode-se inserir os sistemas inovadores de cultivo de arroz irrigado.

(6)

A idéia de um desenvolvimento sustentável faz com que surja uma nova visão em relação ao conceito de gestão ambiental, direcionando o enfoque no sentido de maior responsabilidade na manutenção da estabilidade e da diversidade dos recursos naturais utilizados.

Inseridos nesse novo cenário, os orizicultores do Estado estão atentos a essas mudanças. Nesse sentido, Mello (1997) destaca:

“(...) nossa realidade atual acena para que nosso produto seja competitivo em termos de mercado global e, para tal, precisamos ser eficientes no processo produtivo. Hoje temos de produzir com custos compatíveis com o mercado e ter renda – ser eficiente; na década de 70 precisávamos produzir o máximo possível a qualquer custo – ter eficácia. Esta declinação de nossa bússola implica em várias quebras de paradigmas, pois, além de ter que ser sustentável e eficiente, o produtor primário tem que ser ambientalmente correto”. (Mello, 1997).

Sobre o impacto ambiental causado pela lavoura de arroz irrigado, Lutzemberger (apud Planeta, 2000) destaca que “nos anos 60 e 70 a população de aves de banhado estava praticamente dizimada no Estado. Hoje a situação é diferente. Houve uma redução no uso de venenos e a fauna avícola palustre está praticamente recuperada. Embora haja a necessidade de reduzir o uso de herbicidas, adequando o manejo a uma condição mais ecológica”.

1.1.O município de Cerro Branco

Segundo o Arquivo Histórico da Prefeitura Municipal, inicialmente Cerro Branco pertencia a Cachoeira do Sul e teve sua origem com a chegada dos primeiros imigrantes alemães (1872). Com a colonização começou a surgir os primeiros ranchos construídos as margens do sinuoso Rio Botucaraí, que nasce na parte alta da serra e banha uma extensa área do município.

Em 1891 tornou-se Distrito e em 1937, Vila. A partir daí constatou-se um crescente desenvolvimento da região e por várias vezes surgiram manifestações em prol da emancipação entre os anos de 1975 a 1988 e por isso em 1987 quando a Vila apresentava uma estrutura básica para a emancipação político-administrativa, formou-se a comissão pró-emancipação de Cerro Branco com o respaldo do povo, que culminou com a realização do plebiscito em 10/04/1988, sendo aprovada a emancipação que foi promulgada com a Lei Estadual nº 8.628, de 12 de maio de 1988, criando assim o nosso município.

(7)

O município de Cerro Branco se localiza na Depressão Central do Estado do Rio Grande do Sul, na Mesorregião Centro Oriental Rio-Grandense e na Microrregião de Cachoeira do Sul.

Figura nº 1: Fonte: http://www.baixarmapas.com.br

Cerro Branco possui uma área de 158,765 km² e passou a constituir seus limites ou fronteiras com os municípios de Agudo e Lagoa Bonita do Sul ao Norte, Novo Cabrais ao Sul, Candelária a Leste e Paraíso do Sul a Oeste, situado na latitude 29º39’57.42” S e longitude 52º56’03.73”O, a 78 metros de altitude.

Em 2010, segundo o IBGE, o município tinha uma população de 4.454 habitantes, sendo 3.180 na zona rural e 1.274 na zona urbana. É um município quase que essencialmente agrícola e tem nas culturas de arroz e fumo a sua maior fonte de arrecadação, constituída com pequenas propriedades rurais que variam de 5 a 30 hectares, onde são plantadas também outras culturas para a manutenção familiar (mandioca, batata-doce, amendoim, feijão) e cria-se alguns animais para a produção de carne (aves, suínos, bovinos, ovinos e caprinos) além da produção de derivados do leite como queijos, nata, entre outros que complementam a alimentação da população.

(8)

A existência de um morro, aqui chamado de cerro, deu origem ao nome do município. O território onde se localiza o município é a escarpa do planalto, em sua maioria, zona ondulada e plana em menor proporção.

1.2. A importância do arroz

O arroz é um dos alimentos mais importantes para a nutrição humana, com melhor balanceamento nutricional, fornecendo 20% da energia e 15% da proteína per capita necessária ao homem, sendo a base alimentar de mais de três bilhões de pessoas e por ser uma cultura extremamente versátil, que se adapta a diferentes condições de solo e clima (EMBRAPA, 2010). Em termos mundiais, o arroz ocupa o segundo lugar em importância na alimentação humana sendo superado apenas pelo trigo (PEREIRA et al. 1990). É o segundo cereal mais cultivado no mundo, ocupando área aproximada de 158 milhões de hectares com produção de cerca de 662 milhões de toneladas do grão em casca.

De acordo com a Sociedade Sul-Brasileira de Arroz Irrigado (Sosbai), 2012, o consumo médio mundial do arroz é de 60 kg/pessoa/ano. No Brasil, o consumo é de 45

Cerro Branco

(9)

kg/pessoa/ano. Atualmente o arroz é a cultura com maior potencial de aumento de produção, devido ao desenvolvimento de novas variedades, e responde pelo suprimento de 20% das calorias consumidas na alimentação de pessoas no mundo.

O Brasil, com uma produção anual entre 11 e 13 milhões de toneladas de arroz nas últimas safras, participa com cerca de 82% da produção do Mercosul, seguido pelo Uruguai, Argentina e, por último o Paraguai, que já representa 2% do total produzido pelo bloco (Sosbai, 2012, pág. 9).

1.2 Caracterização da lavoura de arroz em Cerro Branco e no RS.

A área cultivada com arroz no município de Cerro Branco aumentou na safra 2007/2008, estabilizando-se em torno de 930 hectares atualmente (IRGA, 2012). Enquanto que no Estado do Rio Grande do Sul, a safra aumentou em 2004/2005 e estabilizou-se em torno de 1.066.000 de hectares. No Brasil, está ocorrendo uma redução da área que está em torno de 2.800.000 hectares (Sosbai, 2012).

Com relação à produtividade, no município de Cerro Branco, a produtividade média é de 7.200 kg/ha, enquanto que o Estado possui uma produtividade média de 7.000 kg/há (IRGA, 2012).

O Rio Grande do Sul se destaca como o maior produtor nacional, sendo responsável por mais de 61% do total produzido no Brasil e por isso é considerado como estabilizador para o mercado brasileiro e garante o suprimento desse cereal à população brasileira (Sosbai, 2012).

No Rio Grande do Sul, o arroz é produzido em 133 municípios localizados na metade sul do Estado, onde cerca de 232 mil pessoas vivem direta ou indiretamente da exploração dessa cultura (Sosbai, 2012). Aqui em Cerro Branco, cerca de 50 famílias vivem da exploração da cultura do arroz, e por ser uma região de pequena propriedade familiar com média de 18 hectares a cultura é a principal fonte de renda (IRGA, 2012).

1.3 A importância econômica e social do arroz para o município e para o Estado

De acordo com o IRGA (Instituto Rio Grandense do Arroz) e a Sociedade Sul Brasileira de Arroz Irrigado (Sosbai), no Rio Grande do Sul estima-se que o arroz apresente atualmente um valor bruto de produção de cinco bilhões de reais, o que representa mais do que 3% de ICMS e 2,74 do PIB. Quanto ao aspecto social, a importância do arroz é representada pela possibilidade de ser cultivado tanto em pequenas como médias e grandes

(10)

áreas. Esta flexibilidade da cultura permite que a agricultura familiar - que é a situação do município de Cerro Branco - e a empresarial se desenvolvam e utilizem o arroz como alternativa de geração de renda e de empregos.

Atuam na lavoura de arroz em torno de 37,2 mil trabalhadores, sendo 27% temporários. Na média do Rio Grande do Sul, cada trabalhador atende cerca de 27,8 hectares de arroz cultivado. Na metade sul do Rio Grande do Sul, o arroz irrigado é a principal atividade econômica, chegando a representar mais de 50% do valor bruto da produção para diversos municípios.

Talvez a maior importância social da cultura do cultivo do arroz no sul do Brasil esteja na sua contribuição no barateamento da cesta básica.

No Rio Grande do Sul, podemos identifica seis regiões produtoras de arroz:

Região 1 – Fronteira Oeste, com 301.645 hectares cultivados com uma produtividade média de 8.018 kg/ha;

Região 2 – Campanha, com 139.863 hectares cultivados com uma produtividade média de 7.424 kg/ha;

Região 3 – Depressão Central, com 149.781 hectares cultivados com uma produtividade média de 7.222 kg/ha;

Região 4 – Planície Costeira Interna, com 137.041 hectares cultivados com uma produtividade média de 7.020 kg/ha;

Região 5 – Planície Costera Externa, com 133.473 hectares cultivados com uma produtividade média de 7.082 kg/ha;

Região 6 – Zona Sul, com 169.628 hectares cultivados com uma produtividade média de 7.233 kg/ha.

De acordo com os dados do IRGA, safra 2011/2012 a área plantado no RS era de 1.031.431 hectares com uma produtividade média de 7.439 kg/ha. Abaixo podemos visualizar os municípios produtores de arroz.

(11)

1.4 Sistemas de cultivo e manejo da cultura

Os sistemas de cultivo utilizados na cultura do arroz aqui no município de Cerro Branco são o convencional, o cultivo mínimo com semeadura direta e o pré-germinado. Independente do sistema de cultivo adotado é importante a realização de adequado manejo pós-colheita da área. No estado do Rio Grande do Sul, na safra 2009/2010, predominou o cultivo mínimo com semeadura direta (63,7%), seguido dos sistemas convencional (25,6%) e pré-germinado (10,7%), segundo levantamento do Instituto Rio Grandense do Arroz (IRGA, 2010).

(12)

Sistemas de Plantio Características

SISTEMA CONVENCIONAL

Faz-se o preparo da área utilizando-se equipamentos de acordo com o tipo de solo, profundidade desejada de preparo e condição de cobertura do solo. Pode-se realizar operações mais profundas, como preparo inicial do solo e, posteriormente, o preparo secundário, este envolve operações mais superficiais, visando ao adequado preparo e aplainamento superficial do solo, eliminação de plantas daninhas no início de seu desenvolvimento, criando assim, um ambiente favorável à emergência e ao desenvolvimento inicial das plantas de arroz.

SISTEMA CULTIVO MÍNIMO COM SEMEADURA DIRETA

A implantação do arroz é realizada pela semeadura direta em solo previamente preparado, de forma a haver tempo suficiente para a formação de uma cobertura vegetal, que é controlada normalmente pelo uso de herbicida de ação total. Nesse sistema há menor mobilização do solo do que no convencional durante a operação de semeadura que é realizada diretamente sobre a cobertura vegetal previamente dessecada com herbicida, com mobilização de solo apenas na linha de semeadura ocorrendo com isso uma menor incidência de plantas daninhas.

SISTEMA PRÉ-GERMINADO

Caracteriza-se pela implantação da cultura com sementes pré-germinadas, distribuídas a lanço, em solo previamente inundado com lâmina de água de aproximadamente 5 cm.

Com relação ao município de Cerro Branco, 70% da área plantada é através do sistema pré-germinado. Esse sistema reduz a proliferação de plantas daninhas, porém necessita que a lavoura esteja relativamente nivelada. O sistema de cultivo mínimo com semeadura direta corresponde aos outros 30% das lavouras do município.

Com relação ao ciclo e o potencial produtivo, as cultivares de ciclo médio, de um modo geral se adaptaram melhor a região e a forma do cultivo pelos agricultores locais, com melhor produtividade do que as muito precoces ou muito tardias. As cultivares de ciclo precoce são as que têm menor potencial produtivo, mas são importante para a economia de uso de água, maior flexibilidade na época de semeadura e escalonamento da colheita.

A época de semeadura é um dos principais fatores que definem a produtividade de grãos do arroz irrigado, é uma decisão importante e depende de vários fatores, especialmente, da região do cultivo, das condições meteorológicas, do tipo de solo, do grau de incidência de plantas daninhas e da cultivar utilizada.

(13)

O período indicado para a semeadura no Rio Grande do Sul, é a partir do início do mês de setembro até meados de dezembro. Nas semeaduras realizadas no início do período recomendado, deve-se utilizar cultivares de ciclo médio, devido ao seu maior potencial produtivo.

A qualidade das sementes do arroz é um dos principais fatores que influenciam a população inicial das plantas. O uso de sementes de alta qualidade, para garantir a população de plantas desejadas, aumenta a eficiência de uso de fertilizantes e corretivos e reduz os prejuízos causados pela competição com plantas daninhas. A utilização de sementes de qualidade é pré-requisito fundamental para a obtenção de lavouras com alta produtividade de grãos e sustentabilidade.

1.5 Irrigação – quantidade e qualidade

Conforme a Sociedade Sul Brasileira do Arroz Irrigado (Sosbai), a quantidade de água exigida para o cultivo de arroz é o somatório da água necessária para saturar o solo, formar uma lâmina, compensar a evapotranspiração e repor as perdas por percolação vertical, as perdas laterais e dos canais de irrigação. Esta quantidade depende principalmente, das condições climáticas, do manejo da cultura, das características físicas do solo, das dimensões e revestimento dos canais, da duração do ciclo da cultivar, da localização da fonte e da profundidade do lençol freático.

No sistema de plantio com sementes pré-germinadas, além da água necessária durante o ciclo da cultura, deve-se somar as necessidades para o preparo do solo, que normalmente é feito sob condições de inundação.

A evapotranspiração e a percolação são responsáveis pela maior percentagem da demanda hídrica. A evapotranspiração compreende a água transpirada pela planta mais a água evaporada da lâmina devido à diferença de pressão de vapor entre a superfície e a atmosfera.

Segundo a Sosbai, para suprir a necessidade de água durante o ciclo para os sistemas de plantio convencional e o cultivo mínimo, recomenda-se a utilização de vazões contínuas de 1,5 a 2,0 litros/segundo/hectare num período médio de irrigação de 80 a 100 dias.

No sistema de plantio com sementes pré-germinadas, o período de irrigação é proporcionalmente maior, iniciando-se já no preparo do solo. Apesar disto, normalmente ocorre um menor volume de água utilizado durante o ciclo da cultura. Para o preparo do solo,

(14)

aplica-se uma lâmina d água de 4 a 5 centímetros sobre a superfície, mais a lâmina necessária para saturar o solo. São necessários de 1.000 a 2.000 m³/ha para esta fase. (Sosbai, 2012).

Com relação à qualidade da água é definida por uma ou mais características física, químicas ou biológicas. Embora ainda não se disponham de parâmetros definitivos para a maioria dos agroquímicos usados para a lavoura de arroz, recomenda-se evitar a retirada da água da lavoura com resíduos de agrotóxicos e sólidos totais em suspensão. O Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) define alguns parâmetros sobre a qualidade da água de diversas classes, através da resolução nº. 357 de 17 de março de 2005. Além disso, também devem ser atendidas as regulamentações dos órgãos estaduais que tratam do assunto. Nesse caso, a Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luiz Roessler – RS (FEPAM) possui legislação específica sobre a qualidade e o uso da água para a irrigação de lavouras. (Sosbai, 2012).

Outros fatores como a salinidade da água e a temperatura também influenciam no desenvolvimento das plantas, principalmente na fase inicial até a formação da panícula (inflorescência que forma o cacho).

1.6 – Início da Irrigação

A Sosbai juntamente com o IRGA definem o início da irrigação de acordo com cada sistema implantado. No sistema de semeadura em solo seco, a irrigação da lavoura por submersão do solo inicia-se alguns dias após a emergência. A época de início da irrigação está relacionada com outras práticas de manejo como, por exemplo, método de controle de plantas daninhas, herbicida utilizado, aplicação de nitrogênio em cobertura e ciclo da cultivar. (Sosbai, 2012).

Cultivares de ciclo muito precoce e precoce, por serem mais sensíveis a estresses, requerem que a irrigação inicie mais cedo, nos estágios de três a quatro folhas, enquanto para cultivares de ciclo médio e tardio, o início da submersão do solo pode ser postergado para os estágios de quatro a cinco folhas.

A irrigação logo após a primeira adubação nitrogenada em cobertura proporciona maior aproveitamento do nitrogênio aplicado. Desta forma, a aplicação de herbicida em pós-emergência, a adubação nitrogenada e o estabelecimento da lâmina de água estão relacionadas no tempo e, por isso, deve-se planejar estas operações em conjunto, entre todos os envolvidos no processo de produção.

(15)

No sistema de cultivo do arroz pré-germinado, o início da submersão do solo ocorre mais cedo, 20 a 30 dias antes da semeadura, por ocasião do preparo do solo. Mais recentemente, no RS, por questões associadas à qualidade ambiental e técnica, foram introduzidas alterações no manejo da água para o sistema, de forma que o preparo do solo passou a ser feito em solo seco. Neste caso, o alagamento do solo é feito por ocasião do renivelamento da área, utilizando-se a água como referência para a operação. Após, procede-se à procede-semeadura do arroz pré-germinado sobre a lâmina de água permanente (procede-sem drenagem). Assim, a semeadura do arroz é feita sobre uma lâmina de água (5 a 7cm), a qual é mantida, por meio de reposições periódicas ao longo do ciclo da cultura. Essa técnica não altera a produtividade ou a ocorrência de acamamento de plantas, proporcionando, ainda, controle mais efetivo de plantas daninhas, menor uso da água e melhoria na qualidade ambiental, por reduzir a perda de solo e de agroquímicos aplicados à lavoura.

Os cuidados com a água utilizada para a irrigação são fundamentais para a sustentabilidade do processo produtivo da lavoura de arroz irrigado por inundação. A localização geográfica das lavouras de arroz próximas a rios e outras fontes de água exige a adoção de práticas de manejo que evitem ao máximo a saída da água das lavouras. Os agroquímicos utilizados na lavoura podem ter na água de irrigação o meio mais rápido de atingir mananciais hídricos e afetar organismos não-alvo, proporcionando contaminação ambiental e impactos negativos. Além de agrotóxicos, a água de drenagem da lavoura pode conter fertilizantes e solo, como é o caso de manejo inadequado do sistema pré-germinado.

2. IMPACTOS ASSOCIADOS AO PLANTIO DO ARROZ

2.1 A água de irrigação e o ambiente

Conforme entrevistas com os agricultores que cultivam o arroz irrigado onde os mesmos responderam a várias perguntas no sentido de identificar as transformações ocorridas em suas propriedade desde os anos de 1980 até 2012. Inicialmente comecei perguntando sobre os sistemas de plantio que utilizavam na década de 80 e o que estão usando atualmente, e 100% deles me responderam que o sistema adotado no início dos anos 80 era o convencional e atualmente em 2012, 68,42% adotam o sistema pré-germinado, 21,05 % o cultivo mínimo com plantio direto e 10,53% o plantio convencional.

Os agricultores confirmaram o aumento na área plantada, entre os entrevistados 100% confirmaram o aumento no decorrer do período de 1980 a 2012. Isso realmente confere com

(16)

as informações do município que na década de 80 era cultivado em torno de 800 hectares e atualmente são cultivados 930 hectares, o que corresponde um aumento na área de 14%.

Quanto à produtividade, também houve um aumento bem significativo, pois na década de 80 as lavouras eram preparadas para o plantio convencional, com pouco investimento em adubação e correção de solo, onde a média por hectare não passava de 80 sacas ou 4.000 kg e atualmente esses números chegam a 144 sacas ou 7.200 kg/ha, o que equivale a um aumento de 80% na produtividade.

Todos esses dados, estão diretamente vinculados a exploração das águas do Rio Botucaraí e com o aumento das áreas cultivadas e as novas técnicas dos sistemas de plantio, destacando o sistema pré-germinado.

Ao ouvir os relatos dos agricultores quando perguntei a eles quais as transformações que ocorrem nesse período de 32 anos é que percebi o quanto essas mudanças acabaram atingindo o Rio Botucaraí.

No início dos anos 80, as terras para o plantio do arroz ainda eram preparadas com tração animal ou com alguns poucos tratores que poucos agricultores já haviam adquirido. O desenvolvimento de tarefas como o de arar a terra, plantar e limpar usando a capinadeira puxada a cavalo, fechar as taipas para reter a água usada na irrigação era tudo feito pela família. Também foi relatado que usavam a uréia (adubação nitrogenada) para corrigir a fertilidade e que o uso de agrotóxicos era mínimo, pois a limpeza das lavouras era feita no início com capinas para remover as plantas daninhas e quando as lavouras já estavam irrigadas se fazia a limpeza para eliminar o arroz vermelho caminhando entre as carreiras com uma foice retirando os cachos indesejados. Esse trabalho era realizado em praticamente todas as lavouras, tanto que o município de Cerro Branco era conhecido como a “Capital do Arroz Semente”.

O Rio Botucaraí mantinha-se abundante mesmo no período em que as lavouras necessitavam de sua água para produzir, as técnicas de irrigação não eram tão aprimoradas, os agricultores mantinham lâminas de água superiores a 25 cm, como eles relatam “com água na altura da meia canela”.

Os impactos ambientais relacionados com o uso em excesso da água pareciam não existir. As águas circulavam pelas lavouras sem receber grandes cargas de herbicidas e adubos, as lavouras recebiam inúmeras espécies de peixes que viviam nelas como se fosse uma extensão do rio, pelo fato da água entrar nas lavouras naturalmente, não sendo necessário utilizar motores para puxá-las.

(17)

No decorrer dos anos, as matas foram sendo destruídas, o rio foi usado como fonte de material para a construção do acesso asfáltico de 12 km que liga Novo Cabrais a Cerro Branco, e essa extração de cascalho para ser transformado em brita acabou por transformar o leito do rio em uma vala. O cascalho foi retirado em excesso, e atualmente o rio está muito largo e profundo e com uma vazão quase que instantânea, pois quando ocorrem as chuvas, elas rapidamente escoam e o Rio Botucaraí fica quase sem águas novamente.

Atualmente, não existe mais a fartura de água como foi relatado pelos moradores mais antigos, hoje o Rio Botucaraí quase não tem águas para irrigar as lavouras, se não ocorrer precipitações de chuvas regularmente, as lavouras acabam por serem afetadas com a falta da água.

O assoreamento do Rio Botucaraí também é visível, assim como o desmatamento das margens ciliares, a abundância de peixes já não existe mais, até pelo fato do rio praticamente secar nos meses de dezembro a março, mantendo apenas alguns poços. Abaixo podemos observar a questão do assoreamento e da destruição das matas.

(18)

Figura nº 5 – Fotografia onde podemos observar a ausência de mata ciliar e ao mesmo tempo o assoreamento do leito do rio em 01/05/2010. (Fonte: Arquivo pessoal de Augusto Priebe)

Talvez por conta dessa situação que os agricultores produtores de arroz abandonaram o sistema de plantio convencional para adotar o sistema de pré-germinado, adaptando-se as novas técnicas e a nova realidade existente no município, onde estão aprendendo a produzir usando um volume de água menor e assim tentando reduzir o impacto causado ao Rio Botucaraí, sabemos que as lavouras de arroz irrigado não foram o maior vilão da história, porém colaboram para que a situação chegasse a esse ponto crítico.

Por isso, o preparo da terra inicia-se logo após a colheita, aproveitando a água ainda existente dentro das lavouras para preparar a terra e mantendo-se as taipas fechadas para reter as águas das chuvas e assim é necessário bem menos água. Hoje, trabalha-se com uma lâmina de água com 5 cm, o que é uma redução significativa, quando falamos em volume de água usado.

(19)

Abaixo podemos observar uma área de lavoura preparada no sistema convencional,

quando a terra é trabalhada no seco e o plantio também é feito na terra seca.

(20)

Figura nº 7 – Preparo de uma área do sistema pré-germinado em 19/10/2013. (Fonte: Arquivo pessoal de Augusto Priebe

Podemos visualizar na imagem acima o modo de preparo do solo para o plantio pré-germinado, onde o serviço é desenvolvido inteiramente na água, os quadros devem estar com uma lâmina de água com aproximadamente 10 cm.

Após o preparo da terra realiza-se a semeadura do arroz em água limpa, conforme observamos abaixo.

Figura nº 8 – Fotografia onde o arroz já foi semeado em 19/10/2013 (Fonte: Arquivo pessoal de Augusto Priebe).

Com relação ao impacto causado pela lavoura de arroz, realmente devemos concordar com Lutzemberg, em entrevista a Revista Planeta Arroz, 2000, quando ele diz que nos anos 60 e 70 havia uma redução considerável com relação às aves de banhado que se encontravam quase que dizimadas no Estado. A redução de agrotóxicos nas lavouras associados com algumas técnicas no manejo nos mostram um ponto positivo, que é poder observar como aumentou o numero de aves nas lavouras.

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os agricultores do município de Cerro Branco já estão se conscientizando que precisam ajudar na recuperação do Rio Botucaraí, porém o rio é divisor de municípios, e o mesmo não está acontecendo no município de Candelária.

Mas já estamos fazendo a nossa parte para melhorar, já começamos a utilizar de maneira racional as águas para que a atividade agrícola não seja a fonte de possível contaminação do ambiente.

(21)

Já contamos com uma série de Portaria e Normas publicadas nos últimos anos com vistas, em especial à proteção de fontes e cursos de água em razão da lavoura de arroz estar intimamente ligada a áreas onde esse recurso natural é abundante e precisa ser cuidado.

A recuperação das margens para recompor a mata ciliar, evitando novos desmoronamentos das margens e consequentemente acúmulo de materiais no leito do rio, e a manutenção da vegetação existente, pois ela ajuda a evitar a perda de solos e de nutrientes e a contaminação dos mananciais hídricos.

. O aumento na produtividade, sem a necessidade de ampliar as lavouras, apenas usando técnicas adequadas e mais eficientes, como o controle da lâmina de água em 5 cm e para isto basta fazer a adequação do solo, a utilização de sementes de boa qualidade e a utilização de marrecos de pequim para limpar as áreas com maior incidência de arroz vermelho.

O uso adequado de defensivos pode ajudar a preservar a cadeia alimentar e tem forte influência na sustentabilidade da atividade, na saúde do trabalhador e na segurança alimentar.

Após avaliar os questionários que foram preenchidos pelos agricultores e ponderar com eles os problemas ocorridos com o Rio Botucaraí, eu e os agricultores entrevistados, começamos a identificar os principais agentes causadores e também a partir de quando ele começou a ter o seu volume de água reduzido.

Até o ano de 1990, não eram visíveis os problemas ocorridos no rio, pois somente a agricultura utilizava as suas águas, o principal problema começou com a extração do cascalho para a construção da VRS 804, estrada que liga os municípios de Cerro Branco e Novo Cabrais.

A retirada em excesso fez com que as águas escoassem mais rapidamente, desaparecendo os poços do leito do rio, e hoje é possível realizar a travessia em qualquer ponto do rio molhando apenas até os tornozelos.

Os agricultores também identificaram que alguns problemas eram eles os culpados, como a retirada das matas ciliares o que ocasiona a erosão nas margens. Muitos também relataram que passaram a utilizar menos defensivos agrícolas, pois começaram a adotar práticas mais ecologicamente corretas, como a colocação de estacas nas lavouras para que o gavião caramujeiro pudesse pousar para se alimenta das lesmas e assim ajudando no controle e combate as mesmas.

A realidade apurada não foi muito boa, porém temos possibilidades de melhorar os impactos sofridos ao Rio Botucaraí, em algumas propriedades já está sendo reabilitada a vegetação nativa das margens e já é possível ver o efeito positivo deste gesto onde não percebemos mais os desmoronamentos e a erosão do local.

(22)

É vital que em todas as propriedades sejam protegidas as nascentes ou vertentes de água que formam pequenos córregos, pois são elas que ao se integrar ao rio vão aumentar o seu volume hídrico e assim possibilitar que a atividade da cultura do arroz irrigado seja viável.

A lavoura de arroz, se conduzida corretamente, pode se tornar um exemplo no uso dos recursos naturais existentes e contribuir para a sustentabilidade das áreas cultivadas. As tecnologias mais limpas envolvem ações e atitudes na lavoura e na propriedade com o objetivo de produzir alimentos com o máximo de eficiência no uso de insumos, dos recursos naturais e energia com menor impacto ambiental, de acordo com a legislação vigente.

A aplicação correta de defensivos agrícolas, armazenamento e destino dos resíduos gerados na propriedade, destinação de embalagens de defensivos agrícolas, uso adequado de equipamentos de proteção individual (EPI) e a obtenção do selo ambiental da lavoura de arroz, são alguns pontos trabalhados e que irão ajudar nessa etapa de conscientização dos agricultores.

Um fato é certo: O rio Botucaraí é a principal fonte de água para as lavouras irrigadas do município de Cerro Branco. Sendo assim vamos ajudar na sua recuperação.

(23)

4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ATKINSON, Célia Clarice; AZAMBUJA, Leonardo Dirceu de. Espaço e Paisagem. Ijuí: Ed. Unijuí, 2009, 36 p. – (Coleção educação à distância. Série livro-texto).

ATKINSON, Célia Clarice, AZAMBUJA, Leonardo Dirceu de. Teoria e Método

Geográfico. Ijuí: Ed. Unijuí,2010, Unidade 3, p. 41 a 51 – (Coleção educação à distância.

Série livro-texto).

AZAMBUJA, Leonardo Dirceu de. Geografia, natureza e sociedade. Ijuí: Ed. Unijuí, 2009, 61 p. - (Coleção educação à distância. Série livro-texto).

AZAMBUJA, Leonardo Dirceu de. Pensamento Geográfico. Ijuí: Ed. Unijuí, 2008, Unidade 4, p. 43 a 49 – (Coleção educação à distância. Série livro-texto).

GASS, Sidnei Luís Bohn. Organização do Espaço Agrário. Ijuí: Ed. Unijuí, 2010, 94 p. - (Coleção educação à distância. Série livro-texto).

IRGA, Arroz Irrigado, novos caminhos para a produção de arroz irrigado no Brasil, Santa Maria, 2005.

IRGA, Revista Lavoura Arrozeira, Safra 2010/2011 novos horizontes para o arroz, volume 58 nº. 454, Setembro 2010.

Jornal do Povo, Revista Planeta Arroz, O grão universal, Edição Especial, Cachoeira do Sul, 2000.

MONTARDO, Dóris. Fundamentos de Hidrogeoecologia. Ijuí: Ed. Unijuí, 2009, 100 p. – (Coleção educação à distância. Série livro-texto).

Sosbai, Arroz Irrigado: Recomendações Técnicas da Pesquisa para o Sul do Brasil. Santa Maria: Ed. Pallotti, 2005, 159 p.

Sosbai, Arroz Irrigado: Recomendações Técnicas da Pesquisa para o Sul do Brasil. Santa Maria: Ed. Pallotti, 2012, 176 p.

http://www.wwf.org.br/?31668/ acesso em 19/10/2013

http://www.agricultura.gov.br acesso em 19/10/2013

http://www.irga.rs.gov.br acesso em 19/10/2013

http://sema.rs.gov.br acesso em 19/10/2013

(24)
(25)
(26)
(27)
(28)

Referências

Documentos relacionados

Este questionário tem o objetivo de conhecer sua opinião sobre o processo de codificação no preenchimento do RP1. Nossa intenção é conhecer a sua visão sobre as dificuldades e

O plug-in desenvolvido, acrescenta algumas funcionalidades à gestão de tarefas e compromissos do Outlook, com os seguintes objetivos: facilitar a gestão pessoal

ed è una delle cause della permanente ostilità contro il potere da parte dell’opinione pubblica. 2) Oggi non basta più il semplice decentramento amministrativo.

informação de interesse coletivo em sentido lato, que comporta toda a multiplicidade de informações produzidas pela Administração Pública e pelos que atuam em nome do

Através da revisão de literatura e a análise crítica do autor, este trabalho apresenta uma proposta de “estrutura conceitual” para a integração dos “fatores humanos” ao

Para Butler (2002) os corpos que ocupam o lugar da abjeção, ao mesmo tempo em que não são reconhecidos como plenamente legítimos, estão lá justamente para

The main ingredient are orthogonal polynomials which satisfy an Appell condition with respect to the q-difference op- erator D q as well as a Lax type theorem for the point spectrum

insights into the effects of small obstacles on riverine habitat and fish community structure of two Iberian streams with different levels of impact from the