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Academic year: 2021

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TÍTULO: ENTRE OS LIMITES E AS POSSIBILIDADES DE UMA PERSPECTIVA PEDAGÓGICA COM A CRIANÇA TRANSGÊNERO.

TÍTULO:

CATEGORIA: EM ANDAMENTO CATEGORIA:

ÁREA: CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS ÁREA:

SUBÁREA: PEDAGOGIA SUBÁREA:

INSTITUIÇÃO: FACULDADE ZUMBI DOS PALMARES INSTITUIÇÃO:

AUTOR(ES): JENNIFFER AUGUSTO DA SILVA CORNÉLIO AUTOR(ES):

ORIENTADOR(ES): MARIA FERNANDA DE BARROS ORIENTADOR(ES):

COLABORADOR(ES): WILLIANI DE CARVALHO COLABORADOR(ES):

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CATEGORIA EM ANDAMENTO

Entre os Limites e as possibilidades de uma perspectiva pedagógica

com a criança Transgênero.

Jenniffer Augusto da Silva Cornélio. 1. RESUMO

Este trabalho busca discutir as possibilidades de inserção da criança transgênero na escola e tem como objetivo fazer uma análise sobre as relações de gênero na infância e como a escola lida com a criança transgênero. Visto que há uma escassez de estudos sobre as crianças transgênero, suas pluralidades e as mediações na educação, as discussões a respeito desse assunto são fundamentais para entender o indivíduo que está em processo de (re) construção de sua identidade, suas relações biossociais, socioculturais e de que forma é compreendido. Utilizarei a metodologia de revisão bibliográfica para o desenvolvimento da pesquisa, tendo como principal fundamentação teórica Michel Foucault, Guacira Louro, Jaqueline Gomes Jesus, entre outros. Introduz as questões relativas a gênero, identidade de gênero e sexualidade, com o intuito de ressignificar o contexto cultural e sócio políticos que foram idealizados para formar a conceituação do “ser criança” e de que forma a escola contribui nesta construção.

Palavras-chave: gênero, criança transgênero, escola, identidade.

1. INTRODUÇÃO

As relações de gênero são percebidas de diferentes formas, seja por meio do comportamento, de preferências ou, ainda, de aparências consideradas típicas e adequadas para cada um. O indivíduo desenvolve sua personalidade por intermédio de relações culturais, sociais e psicológicas. Os processos dessas relações influenciam da infância a vida adulta, principalmente na construção da sexualidade e gênero.

Este trabalho tem como objetivo fazer uma análise sobre as relações de gênero na infância e como a escola lida com a criança transgênero. Tendo em vista que há poucos estudos relativos à população transgênero, suas pluralidades e as mediações na educação, as discussões a respeito desse assunto são fundamentais para entender o indivíduo que está em processo de construção de sua identidade.

A sexualidade e o gênero representam uma parte da subjetividade do sujeito sendo essa desenvolvida a partir do processo histórico e cultural em que este é inserido. A escola tem papel fundamental nessa construção histórica, social, cultural e subjetiva, visto que é importante para o indivíduo ter uma base que amplie suas relações e o respeite e entenda suas individualidades e ações.

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construído e, portanto, dependente da sociedade em que isso ocorre. Devemos então buscar conhecer o assunto através de estudos para assim podermos encaminhar as mudanças necessárias. Entender a importância da construção da sexualidade e a sua força política e social, no que diz respeito à formação de indivíduos é refletir o quanto as repressões da sociedade, limitação e percepções, influenciam nos valores e construção de cada sujeito.

1. OBJETIVOS 1.1 Objetivos Gerais

Analisar sobre as relações de gênero na infância, verificar como a escola lida com a criança Transgênero e seu desenvolvimento biossocial e psicossocial.

1.2 Objetivos específicos

 Compreender as relações de gênero na escola;

 Entender como a criança transgênero é percebida na escola;

Verificar como o (a) docente e a escola lidam com a identidade de gênero no ambiente escolar.

2. METODOLOGIA

A metodologia que será empregada no desenvolvimento do artigo contará, com pesquisa de revisão bibliográfica na área da educação e as relações de gênero, bem como, será feito uma pesquisa descritiva de campo, com abordagem quantitativa.

3. DESENVOLVIMENTO

Michel Foucault, em sua obra “História da sexualidade I: A vontade de saber”, reflete as relações de poder, por meio dos contextos históricos, sociais, econômicos, psíquicos e culturais no tange a formação da sexualidade na sociedade, suas repressões e manifestações contraditórias. O autor constrói uma perspectiva de que a sexualidade dos indivíduos é constituída com base em uma sociedade repressora e castradora que limita os desejos e prazeres dos indivíduos.

Entender a importância assumida pela sexualidade e a sua força política e social, no que diz respeito à formação de indivíduos é refletir o quanto as repressões da sociedade, limitação e percepções, influenciam nos valores e construções de cada sujeito. Este livro sustenta o principio de que o individuo não tem o direito de manifestar livremente sua sexualidade e isso reflete diretamente na formação de sua identidade.

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O livro “Orientações sobre Identidade de Gênero: Conceitos e Termos” da autora Jaqueline Gomes de Jesus apresenta e elucida de forma técnica (e didática), os conceitos de identidade, gênero (e suas pluralidades) numa ótica social, psicológica e cultural. A autora traz as concepções de gênero, orientação sexual e sexo biológico, não através de um viés institu ído de forma preconceituosa ao longo da história, mas partindo de uma perspectiva que amplie e possibilite uma compreensão reflexiva em torno desta temática.

Esta obra fortalece a importância da discussão sobre a participação e percepção da escola nas relações de gênero, identidade e como inserir os alunos em uma prática pedagógica que perpasse todas as pluralidades que os alunos trazem em seu histórico subjetivo, social e cultural.

O livro “Longe da Árvore: Pais, filhos e a busca da identidade”, de Andrew Solomon, em seu capítulo 11, que tem como título “Transgênero”, apresenta uma perspectiva sobre a família, como a mesma compreende, convivem e enfrentam as diversas dificuldades de ter uma criança que foge do gênero normativo social. O autor expõe o contexto histórico, cientifico (médico), psicológico e social sobre as crianças trans e as expectativas que as famílias criam antes do nascimento, os estereótipos construídos na sociedade/cultura e no seio familiar-afetivo na formação da identidade de gênero.

Solomon evidencia as diferença entre sexualidade e gênero, pois são variáveis independentes, embora relacionadas. É fundamental entender o processo de identidade/gênero, na formação da subjetividade, ou seja, a maneira como o indivíduo se percebe e constrói seu “EU”. O autor levanta a questão que as crianças trans, podem apresentar desacordo de gênero entre 3 ou 4 anos de idade ou até antes. É relevante que haja um amparo a essas crianças, para que no futuro não venham a ter transtornos ou patologias psíquicas e, assim, possam se desenvolver de forma saudável. O livro alimenta a premissa da pesquisa se voltar para práticas pedagógicas que amparem as crianças transgênero.

O livro “O corpo educado: Pedagogia da sexualidade”, organizado por Guacira Lopes Louro é constituído por seis artigos científicos e busca sustentar através de vários autores (Jeffrey Weeks, Deborah Britzman, Richard Parke, Bell Hooks, Judith Butler e Guacira Lopes Louro) as limitações e a resistência em se falar de gênero e sexualidade nas escolas em função das inúmeras manifestações do corpo, mente e valores (culturais e sociais), dominação, gênero e paradigmas da sociedade atual.

A obra constrói uma discussão política, histórica e cultural, na perspectiva de sexualidade, identidade e gênero, pertinente para os espaços escolares (e os atores que nela atuam). De forma a pensar em ações que assegurem os alunos e suas relações por intermédio de uma pedagogia que

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trabalhe todos os aspectos. O livro será útil para fundamentar a pesquisa, que busca verificar o trabalho pedagógico com crianças transgênero.

4. RESULTADOS PRELIMINARES

As relações de gênero são percebidas de diferentes formas, seja por meio de, um comportamento, de preferências e/ou, ainda, de aparências consideradas típicas e adequadas para cada um. O indivíduo desenvolve sua personalidade, no decorrer de, suas relações culturais, sociais e psicológicas. Os processos dessas relações influenciam da infância a vida adulta, principalmente na construção da sexualidade e gênero.

A sexualidade e o gênero representam uma parte da subjetividade do sujeito sendo essa desenvolvida a partir do processo histórico e cultural em que este é inserido. A escola tem papel fundamental nesta construção histórico, social, cultural e subjetiva, visto que, é importante para o individuo ter uma base que amplie suas relações e o respeite, e entenda suas individualidades e ações.

Considerando que as questões de gênero determinam comportamentos e é algo socialmente construído e, portanto, dependente da sociedade em que isso ocorre. Devemos então buscar conhecer o assunto através de estudos para assim podermos encaminhar as mudanças necessárias.

Este tema contribuirá para entender a diversidade de gênero, as subjetividades e as diferentes manifestações, mediado pelo respeito ao direito individual de escolha da própria identidade, daquilo que cada um é e/ou do que deseja ser.

5. FONTES CONSULTADAS

FOUCAULT, Michel. História as sexualidade I: A vontade de saber. Rio de Janeiro: Graal, 1999. JESUS, Jaqueline Gomes de. Orientações sobre Identidade de Gênero: Conceitos e termos - Guia técnico sobre pessoas transexuais, travestis e demais transgêneros, para formadores de opinião. 2. ed. Brasília, 2012.

LOURO, G. L. (Org.). O corpo educado: pedagogias da sexualidade. Tradução de Tomaz Tadeu da Silva. Belo Horizonte: Autêntica, 1999.

SOLOMON, Andrew. Longe da árvore: Pais, filhos e a busca da identidade. São Paulo: Companhia das Letras, 2013.

Referências

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