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Hipertensão arterial: tecnologia educativa online acessível à cegos e videntes

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Academic year: 2021

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(1)UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ FACULDADE DE FARMÁCIA, ODONTOLOGIA E ENFERMAGEM DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM CURSO DE ENFERMAGEM MONOGRAFIA. THAYSA GRASIELY SOUSA DE OLIVEIRA. HIPERTENSÃO ARTERIAL: TECNOLOGIA EDUCATIVA ONLINE ACESSÍVEL À CEGOS E VIDENTES. FORTALEZA 2019.

(2) 2. THAYSA GRASIELY SOUSA DE OLIVEIRA. HIPERTENSÃO ARTERIAL: TECNOLOGIA EDUCATIVA ONLINE ACESSÍVEL À CEGOS E VIDENTES. Monografia apresentada ao Curso de Enfermagem do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Ceará, como requisito parcial para obtenção do Título de Bacharel em Enfermagem. Orientadora: Prof.ª Dra. Cristiana Brasil de Almeida Rebouças. Co orientadora: Prof.a Dra. Lorita Marlena Freitag Pagliuca.. Fortaleza 2019.

(3) 3.

(4) 4. THAYSA GRASIELY SOUSA DE OLIVEIRA. HIPERTENSÃO ARTERIAL: TECNOLOGIA EDUCATIVA ONLINE ACESSÍVEL A CEGOS E VIDENTES. Monografia apresentada ao Curso de Graduação em Enfermagem do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Ceará, como parte dos requisitos para obtenção do título de Bacharel em Enfermagem. Aprovada em: ____/____/____.. BANCA EXAMINADORA. _______________________________________________ Prof.ª Dra. Cristiana Brasil de Almeida Rebouças (Orientadora) Universidade Federal do Ceará (UFC). _______________________________________________ Enfª Ms. Valéria Jane Jácome Fernandes Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB). _______________________________________________ Enfª Ms. Morgama Mara Nogueira Lima Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB).

(5) 5. Deus, fonte de inspiração e força. A minha avó Grasiela (in memorian), por ser exemplo de coragem, dedicação e amor..

(6) 6. AGRADECIMENTOS. A Deus, por me permitir sonhar e buscar alcançar o que eu desejo. A Jesus, por me ensinar e conduzir a minha vida. Ao Divino Espirito Santo, por soprar em mim a força e a determinação. A Nossa Senhora de Fátima e Santa Terezinha do Menino Jesus, por intercederem por mim. Aos meus avós, que sempre me dedicaram amor e cuidado, em especial, minha Avó Grasiela (in memorian), por ter me ensinado tão bem sobre força, coragem e determinação. Aos meus pais, que me apoiaram, incentivaram e possibilitaram todas as minhas realizações, em especial, a minha mãe, que faz dos meus sonhos prioridades, que me oferece amor e cuidados, muito maiores do que eu possa agradecer. A minha Tia Edna, pelo seu cuidado, zelo e presença na minha vida, o seu amor torna possível as realizações da minha vida. Ao meu irmão, por me dar força, apoio e calma todas as vezes que precisei. Aos meus familiares, que são fundamentais na minha vida, pelo amor e incentivo em todas as horas, por acreditarem em mim e me apoiarem. As minhas amigas e amigos, por terem cuidado de mim, e me contagiado com confiança e alegria, e pelas palavras de conforto nos momentos difíceis, em especial Ryvana, Rosângela, Beatriz e Otávio, essa caminhada foi mais doce e prazerosa por causa de vocês. À Professora Lorita Marlena Freitag Pagliuca, pelas orientações, apoio e estímulo na elaboração deste trabalho. Exponho aqui minha admiração, pois és uma inspiração para mim. À Professora Cristiana Brasil de Almeida Rebouças por aceitar ser orientadora deste trabalho, e por sua gentileza e sensibilidade sempre presente. À amiga Doutora Luciana Vieira, por toda a colaboração na minha formação acadêmica e neste trabalho. A todos os integrantes do Projeto Pessoa com Deficiência: investigação do cuidado de enfermagem, que proporcionaram tanta aprendizagem, em especial à Thais Guerra. Aos membros participantes da banca examinadora, pelo tempo e dedicação, pelas valiosas colaborações e sugestões. Aos colegas da turma, que dividiram os momentos dessa jornada, em especial a Raissa e Juliana, que me acompanharam e partilharam comigo essa jornada. A todos que direta ou indiretamente fizeram parte desta história!.

(7) 7. “Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana”. (Carl Jung).

(8) 8. RESUMO. Hipertensão Arterial é a doença cardiovascular que mais acomete a população brasileira, e por isso, configura-se como grave problema de saúde pública. Pessoas com deficiência visual possuem maiores dificuldades de acesso a informações e estão mais vulneráveis aos fatores de risco dessa patologia. Desse modo, evidencia-se a necessidade de disponibilizar tecnologia assistiva, que seja acessível aos cegos. Objetivou-se avaliar acessibilidade de manual educativo online sobre hipertensão arterial para aprendizagem de cegos e videntes. Trata-se de pesquisa metodológica, de avaliação de tecnologia. Coleta de dados ocorreu de janeiro de 2017 a março de 2018, no domicílio dos participantes videntes e em instituições educacionais para cegos em Fortaleza, Ceará. Participaram 117 pessoas, destes, 72 videntes e 45 cegos na avaliação do manual sobre hipertensão por meio do QUATA. O QUATA avalia os seguintes atributos: Objetivos, Acesso, Clareza, Estrutura e Apresentação, Relevância e Eficácia e, Interatividade. Observou-se que todos os itens obtiveram concordância positiva, superior a 80%. Os itens que alcançaram maior porcentagem de respostas, indicando adequabilidade foram: estímulo da aprendizagem; busca de informações sem dificuldades; conteúdo necessário para compreensão; organizado; desperta o interesse; interação e fácil navegação. Conclui-se que o “Manual sobre hipertensão arterial: conheça como prevenir”, é uma ferramenta de educação em saúde, que está acessível a cegos e videntes, e contribui para a promoção da saúde sobre Hipertensão Arterial.. Palavras-chave: Hipertensão Arterial. Pessoas com deficiência visual. Enfermagem. Inclusão educacional. Promoção da saúde..

(9) 9. ABSTRACT. Hypertension is a cardiovascular disease of higher prevalence in Brazilian population, considered to be a severe problem in public health. Being able to see is considered a facilitation factor to integrate in everyday activities. Blind people have greater difficulties of accessing information and are more vulnerable to risk factors related to hypertension, if so, highlights the need to provide accessible educational technology to the blind. The aim of this study was to assess accessibility of an online manual on arterial hypertension for the learning of the blind and seeing people. It consists of an evaluation study with methodological research. Data collect took place from January 2017 to March 2018, on educational facilities for the blind and in the homes of seeing people in Fortaleza, Ceará. Participated in the study 117 people, in which 72 are seeing people and 45 are blind, in the assessment of accessibility with the Assistive Technology Assessment Questionnaire, it was observed that all items of the attributes such as Objectives, Access, Clarity, Structure and Presentation, Relevance and Efficiency, and Interactivity were found adequate with the minimum agreement of 80% by the majority of the participants. Items with the highest percentage of positive responses were related with the learning experience; search for information without difficulties; content needed for understanding; organized; arouses interest; interaction and easy navigation. The manual is concluded to be a valid and trustworthy tool in health education, is accessible to blind people, contributing to health promotion about arterial hypertension.. Keywords: Hypertension. People with visual impairment. Nursing. Educational inclusion. Health promotion..

(10) 10. LISTA DE TABELA Tabela 1 – Percentual de concordância dos participantes em relação aos atributos que compõem o QUATA (n=117). Fortaleza (CE), Brasil, 2018 ..................................................21.

(11) 11. LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS. DCV. Doença Cardiovascular. EaD. Educação a Distância. HAS. Hipertensão Arterial Sistêmica. IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. IVC. Índice de Validade de Conteúdo. LDB. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. MAPA. Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial. MRPA. Monitorização Residencial da Pressão Arterial. OMS. Organização Mundial da Saúde. PA. Pressão Arterial. PAD. Pressão Arterial Diastólica. PAS. Pressão Arterial Sistólica. PcD. Pessoa com Deficiência. QUATA Questionário de Avaliação de Tecnologia Assistiva TA. Tecnologia Assistiva.

(12) 12. SUMÁRIO. 1. INTRODUÇÃO..................................................................................... 11. 2. OBJETIVO............................................................................................ 16. 2.1. Geral....................................................................................................... 16. 3.. MÉTODO............................................................................................... 17. 3.1. Cenário do estudo.................................................................................. 17. 3.2. Delineamento do estudo......................................................................... 17. 3.2.1. Público-alvo e amostra, critérios de inclusão e exclusão......................... 17. 3.2.2. Instrumento de coleta.............................................................................. 18. 3.3. Coleta de dados....................................................................................... 19. 3.4. Organização e análise dos dados........................................................... 20. 3.5. Aspectos éticos e legais........................................................................... 20. 4. RESULTADOS........................................................................................ 21. 5. DISCUSSÃO........................................................................................... 23. 6. CONCLUSÃO......................................................................................... 26. REFERÊNCIAS..................................................................................... 27. ANEXOS ............................................................................................... 32.

(13) 11. 1. INTRODUÇÃO. No Brasil, a Hipertensão Arterial Sistêmica é a doença cardiovascular (DCV) que mais acomete a população, configurando-se como um grave problema de saúde pública (FIGUEIREDO e CASTRO, 2015). Essa patologia, pode ser assintomática durante muito tempo (BRASIL, 2006). Com frequência associa-se a alterações, tanto funcionais quanto estruturais de órgãos-alvo, como, coração, encéfalo, rins e vasos sanguíneos, causando alterações metabólicas, e aumentando o risco de eventos cardiovasculares que podem ser fatais (DIAS, SOUZA e MISHIMA, 2016; SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 2016). Quando os mecanismos de controle da PA passam a não manter seus níveis pressóricos adequados, e o organismo mantém níveis elevados e sustentados desenvolve-se a chamada Hipertensão Arterial Sistêmica (DIAS; SOUZA; MISHIMA, 2016). O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), estima a população brasileira em 208.494.000 habitantes, destes, 32,5%, cerca de 36 milhões de indivíduos adultos, sofrem de HAS. Entre a população idosa, o percentual ultrapassa a margem dos 60%, contribuindo direta ou indiretamente para 50% das mortes por DCV (ABEGUNDE et al, 2007; SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 2016). Um fator alarmante, segundo o Ministério da Saúde (2016), apenas 10% fazem o controle adequado. Isso ocorre, em sua maioria, devido a característica assintomática da fase inicial da doença, levando a uma baixa taxa de controle devido a negligência com o diagnóstico, e com os cuidados necessários (SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 2016). De acordo com a 7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial (SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 2016) a HAS é uma condição clínica multifatorial, que tem como característica a elevação sustentada dos níveis de pressão arterial, com a PA sistólica ≥ 140 e a PA diastólica 90 mmHg. Pressão arterial (PA) é a força que o sangue aplica nas paredes internas das artérias, ao ser projetado do coração para todo o corpo. É classificada como sistólica e diastólica. Sistólica é a pressão máxima que o sangue exerce nas paredes dos vasos no momento da contração do coração, sístole, ou seja, é a pressão do sangue ao ser expulso do coração para as artérias. PA diastólica é a menor pressão no momento do relaxamento do coração, diástole, sendo assim, é a pressão que ocorre durante o momento em que o coração está sendo preenchido por sangue (SOUZA,2012). A PA é controlada por vários sistemas corporais, sendo os principais mecanismos os neurais, hormonais, renais e de trocas de líquidos (RIELLA, 2003 e BARROS et al. 2007, SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 2016)..

(14) 12. A HAS diferencia-se em primária e secundária. A primária não tem causa específica identificada, já a secundária é consequência de uma doença de base, que causa alterações dos níveis pressóricos. Destaca-se nesse cenário, as nefropatias, o diabetes mellitus, apneia obstrutiva do sono, tumores que acometem as glândulas suprarrenais e estenose de artérias renais (GUYTON, 2017; SOUZA, 2012). Para realizar o diagnóstico clínico da HAS é preciso realizar aferições da PA, no consultório de atendimento em saúde e/ou em ambiente domiciliar. Em consultórios, a aferição pode ser realizada por médicos e profissionais da saúde, capacitados para essa atividade. Em ambiente domiciliar, a aferição obedece a protocolo do Ministério da Saúde, denominado Monitorização Residencial da Pressão Arterial (MRPA) ou da MAPA de 24 horas, (SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 2016; BRASIL, 2013; PARATI et al., 2010; O’BRIEN et al., 2013). O MRPA, baseia-se na obtenção de pelo menos três aferições no período da manhã, com no mínimo um minuto entre elas, antes do desjejum e da tomada da medicação, e mais três à noite, sendo elas, antes do jantar, por cinco dias consecutivos; outro método de averiguação é realizar duas aferições em cada período (matutino e noturno) durante sete dias. São tidos como fora do padrão de normalidade os valores de PA ≥ 135/85 mmHg (PARATI et al., 2010; FEITOSA e GOMES, 2005; SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 2011). O MAPA de 24 horas, é um exame que possibilita o registro indireto e contínuo da PA durante 24 horas ou mais, assim, o paciente mantem a realização de suas atividades cotidianas, e também o período de sono, são considerados fora do padrão de normalidade médias de PA de 24 horas ≥ 130/80 mmHg, vigília ≥ 135/85 mmHg e sono ≥ 120/70 mmHg (O’BRIEN et al., 2013; SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 2011). A HAS tem graus de classificações diferentes, que são estabelecidas, de acordo com o valor verificado nas aferições. A partir de dezoito anos de idade, com medições realizadas em ambiente domiciliar ou em consultório, são considerados níveis pressóricos normais, com PAS ≤ 120 mmHg e PAD ≤ 80 mmHg, pré – hipertensão se PAS entre 121 - 139 mmHg e PAD entre 81 – 89 mmHg. Hipertensão estágio 1, se PAS entre 140 - 159 mmHg e PAD entre 90 – 99 mmHg, hipertensão estágio 2 se PAS entre 160 - 179 mmHg e PAD entre 100 – 109 mmHg, hipertensão estágio 3 com PAS ≥180 mmHg e PAD ≥ 110 mmHg. Existe também a Hipertensão sistólica isolada, quando a PAS ≥ 140 mm Hg e PAD < 90 mm Hg, devendo também ser classificada em estágios 1, 2 e 3 (SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 2016). A Organização Mundial da Saúde (OMS), no ano de 1958, caracterizou a HAS como uma condição clínica frequentemente associada a alterações metabólicas e hormonais,.

(15) 13. independentemente da idade dos indivíduos, com níveis acima de 160 mmHg de PA sistólica e 95 mmHg de PA diastólica. O Journal of the American College of Cardiology definiu as novas categorias de pressão arterial como níveis normais menores que 120/80 mmHg, elevada com sistólica entre 120-129 mmHg e PA diastólica inferior a 80 mmHg, hipertensão fase 1 com sistólica entre 130-139 mmHg ou diastólica entre 80-89 mmHg, hipertensão fase 2 com sistólica de pelo menos 140 mmHg ou diastólica de pelo menos 90 mmHg, e caracterizou a crise hipertensiva, com nível sistólico superior a 180 mmHg e/ou diastólica acima de 120 mmHg (WHELTON et al. 2017). A prevenção e o controle da HAS são de extrema importância, assim, destaca-se a utilização de novas estratégias e abordagens que identifiquem os indivíduos em situação de risco, e possa intervir, oferecendo benefícios tanto para a prevenção, para o indivíduo com hipertensão como para a sociedade (EGAN,2013; RADOVANOVIC, 2014). Dentre os fatores de risco, os principais são a idade, pois, existe uma associação direta entre o envelhecimento e a prevalência de HAS, sexo e etnia, sendo maior entre as mulheres e pessoas de raça negra, excesso de peso e obesidade, consumo de sal, tabagismo, etilismo, sedentarismo, fatores socioeconômicos, acometendo majoritariamente os com menor nível de escolaridade e o histórico familiar de doenças cardiovasculares (SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 2016; NAKASHIMA et al, 2015). A publicação das VI Diretriz Brasileira de Hipertensão aponta que a prevalência global de hipertensão entre homens e mulheres é semelhante, embora seja mais elevada nos homens até os 50 anos, e a partir dessa idade, torna-se mais prevalente entre o sexo feminino (SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 2016). Essa mudança referente a mulher, estaria relacionada com alterações hormonais provenientes do climatério e da menopausa, tornando a mulher fragilizada no contexto cardiovascular (SILVA, OLIVEIRA, PIERIN, 2016). Os fatores de risco se dividem em dois grupos, os modificáveis e os que não modificáveis. Os fatores que são possíveis de modificar incluem a alimentação inadequada, obesidade, sedentarismo, etilismo e tabagismo, já os que não são possíveis de serem modificados pelos indivíduos, envolvem fatores genéticos, socioeconômicos, gênero, idade e raça (NOBRE et al., 2013; SBC, 2016). Devido alteração da função visual, as pessoas com cegueira possuem maiores dificuldades de acesso a informações, e essas restrições podem comprometer o convívio com outros indivíduos, com o ambiente e com as práticas voltadas ao autocuidado. E por ter uma menor quantidade de informações, devido às restrições ao acesso, estão mais vulneráveis aos fatores de risco, por desconhecê-los ou não saberem as práticas mais adequadas em saúde..

(16) 14. As deficiências são divididas em visual, auditiva, física e mental (OMS, 2012). Deficiência visual é a perda da visão, que pode ter sido causada por um processo de adoecimento ou outros fatores e deve ser agrupado em categorias, de acordo com sua condição, visto que, existem diferentes graus de visão residual (SILVEIRA et al, 2019). A perda completa da visão, onde, o indivíduo não tem nenhuma percepção da luz ou de luminosidade, com acuidade visual inferior a 20/400 ou campo visual abaixo de 10 graus é definida como cegueira. A redução da capacidade de enxergar, seja de curta distância ou longa, com campo de visão inferior a 20 graus no olho que enxerga melhor, e acuidade visual inferior a 20/60, é intitulada baixa visão ou visão subnormal (LAPLANE; BATISTA, 2008; WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2002). Estima-se que existam cerca de 285 milhões de pessoas no mundo, com deficiência visual, destas, 39 milhões são cegos e 246 possuem baixa visão (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2014). No Brasil, cerca de 23,9% (aproximadamente 45,6 milhões de pessoas) se auto declararam como deficientes, destes, 3,5% referem deficiência visual, sendo mulheres 21,4%, e homens 16,0% (IBGE, 2010). A visão, é considerada um facilitador na integração de atividades, que podem ser motoras, mentais ou de perspectivas e, na impossibilidade de enxergar, pode acarretar limitações (MASINI, 1993). No entanto, a deficiência visual não torna o indivíduo incapaz de aprender, a capacidade de desenvolvimento é preservada, se lhe forem oferecidos os meios adequados às suas necessidades, desse modo, é necessário desenvolver estratégias que contribuam para o desenvolvimento das capacidades individuais, adequadas as suas necessidades (SILVEIRA et al, 2019; NUNES, 2010; SERON et al., 2012; SOUZA et al., 2012). A Política Nacional de Saúde da Pessoa com Deficiência dentro de suas diretrizes, destaca o aperfeiçoamento do profissional de saúde para atender de modo adequado as PcD, através do aprimoramento de métodos de comunicação das informações de saúde por meio da elaboração de materiais educacionais que sejam acessíveis aos usuários, de modo a através dos processos educativos, sensibilizar os indivíduos à escolha de hábitos saudáveis (BRASIL, 2010). Diante disso, a utilização de tecnologias assistivas (TA), adaptadas às necessidades das pessoas cegas, são relevantes nos processos de capacitação em saúde, uma vez que permite o acesso a conteúdo educativos, com autonomia e independência, qualificados como estratégias de educação em saúde (CARVALHO, 2018). As TA’s, são recursos que proporcionam a ampliação de habilidades funcionais, promovendo independência e inclusão social, podendo ser através da comunicação, da mobilidade, do controle do ambiente, habilidades de aprendizado, trabalho e integração com a.

(17) 15. família, amigos e sociedade vidente (SARTORETTO; BERSCH, 2014). A criação de materiais educativos hospedados no meio digital, está inserido na modalidade de Educação a Distância (EaD) (FREITAS et al., 2012). E se tratando do público cego, os recursos precisam ser acessíveis, podendo ser utilizado por cegos e videntes (CARVALHO, 2018). As tecnologias dividem-se em categorias: Auxílio para vida diária, Comunicação Aumentativa e Alternativa, Recursos de acessibilidade ao computador, Sistemas de controle de ambiente, Projetos arquitetônicos para acessibilidade, Órteses e próteses, Adequação Postural, Auxílios de mobilidade para surdos ou com déficit auditivo, Adaptações em Veículos, Recursos para o esporte e lazer (BERSCH 2008). Nesse aspecto, a inserção de tecnologias que promovam educação em saúde consolida-se como uma possibilidade para as melhorias da educação, da promoção da saúde, do empoderamento do conhecimento pelos indivíduos, conduzindo-os para a aquisição de habilidades nos cuidados à saúde (BARROS et al., 2012). A atuação do enfermeiro como educador em saúde, é essencial, singular e necessária, pois, participa desde os programas de detecção precoce até o desenvolvimento de estratégias para garantir adesão ao tratamento, e favorecer a prevenção da HAS (COSTA, 2014). No presente estudo, será realizado um recorte de tese, intitulada “Manual educativo online acessível sobre Hipertensão Arterial: Avaliação da Aprendizagem de Cegos e Videntes”, onde a autora participou como colaboradora na coleta de dados, enquanto bolsista de iniciação científica inserida no grupo de pesquisa “Pessoa com Deficiência: Investigação do Cuidado de Enfermagem”, da Universidade Federal do Ceará. Foi utilizado o formato manual para disponibilização dos elementos educativos sobre a prevenção da hipertensão arterial. Desse modo, apresenta-se a seguinte questão norteadora: A tecnologia educativa do tipo manual com enfoque na prevenção da HAS, é capaz. de ser acessível e contribuir sobre a temática em questão? A relevância deste estudo evidencia-se pela necessidade de disponibilizar tecnologia educativa na temática de hipertensão, com conteúdo atualizado, que seja acessível aos cegos, na busca por promover o conhecimento, favorecer a aprendizagem e possibilitar a escolha de hábitos saudáveis para promoção da saúde, contribuindo para o empoderamento nos cuidados a saúde das pessoas com deficiência visual e videntes..

(18) 16. 2. OBJETIVO. 2.1 Geral Avaliar acessibilidade de manual educativo online sobre hipertensão arterial sistêmica para cegos e videntes..

(19) 17. 3 MÉTODO. 3.1 Cenário do estudo Este estudo, é um recorte da tese, intitulada “Manual sobre hipertensão arterial: conheça como prevenir”, construído por Carvalho (2018), para cegos e videntes. Seguiu as etapas de referencial metodológico, proposto por Falkemback (2005), que auxilia a construção de tecnologias digitais. O conteúdo do Manual foi construído, tendo como base a adaptação de um curso online sobre hipertensão (CARVALHO, 2015). O Manual possui seis módulos didáticos, que são: O que é hipertensão arterial; Estágios da hipertensão arterial; Como se adquire a hipertensão arterial; Medição da pressão arterial; Consequências da hipertensão arterial no organismo e, Como prevenir a hipertensão arterial, que têm os subtópicos Manter a alimentação saudável; Realizar atividade física; Controlar o peso e, Evitar o consumo de bebidas alcoólicas e fumo. Foram construído também os instrumentos pré e pós-teste, com afirmativas de níveis de conhecimento de baixo, médio e alta complexidade, elaboradas a partir do conteúdo dos módulos da TA, a opção de resposta eram verdadeiro ou falso, seguindo critério de acessibilidade, que indica que, para cegos os materiais devem conter perguntas e respostas curtas (BRASIL, 2011). Cada instrumento foi estruturado com 15 afirmativas, tendo cinco perguntas para cada nível de complexidade. Todas as etapas do estudo, foram submetidas a validação com especialistas.. 3.2 Delineamento do estudo. Estudo de avaliação, caracterizada por pesquisa metodológica, através da aplicação do Questionário de Avaliação de Tecnologia Assistiva (QUATA – ANEXO B). Estudos metodológicos são definidos como investigações dos métodos de obter, organizar e analisar dados. Estando inseridos o desenvolvimento, validação e avaliação de instrumentos e técnicas de pesquisa (Polit; Beck, 2011). 3.2.1. Público-alvo e amostra, critérios de inclusão e exclusão. O público-alvo para aplicação do Manual foram pessoas cegas e videntes, de ambos os sexos. Para a estimativa da amostra utilizou-se a fórmula com os respectivos parâmetros: probabilidade de acerto antes P1(20%), probabilidade de acerto depois P2 (40%), nível de.

(20) 18. significância de 0,01 (α = 0,01) e o poder do teste de 80% (β = 0,2) (esses valores de α, β implicaram em f(α, β) = 11,7) (POCOCK, 1993). Após os cálculos estatísticos, foi definido o tamanho de 117 participantes, sendo 72 videntes e 45 cegos, por seguir o critério de participação de pelo menos 30% de pessoas cegas no estudo (CARVALHO, 2016). n= P1(100 - P1) + P2(100 - P2) x f (α,β) (P1 - P2)2. Os critérios de inclusão estabeleceram que os participantes deveriam ser maiores de 18 anos, saber manusear computador, tendo domínio básico de informática e, exclusivamente para os cegos, saber utilizar o Dosvox e Non Visual Desktop Access (NVDA), que são sintetizadores de voz e leitores de tela. Quanto aos critérios de exclusão, não puderam participar do estudo, pessoas que possuíam outra deficiência concomitante, devido o manual ter sido desenvolvido com acessibilidade à cegos. A seleção dos participantes ocorreu através da técnica de amostragem por conveniência, do tipo Cadeia de Referência, que surgem do processo onde indivíduos recrutam ou indicam outras pessoas, que são conhecidos por ele (POLIT; BECK, 2011; MORRIS, 2004). Para obter a amostra, foi realizado convites nas redes sociais (para os videntes) e divulgação nas instituições educacionais para cegos convidando-os a participarem da pesquisa.. 3.2.2. Instrumento de coleta. O Manual teve sua acessibilidade avaliada através do QUATA, que é um instrumento que avalia a qualidade do material quanto aos objetivos, acesso, clareza, estrutura e apresentação, relevância e eficácia, interatividade. No atributo objetivos foram avaliados quatro itens: relaciona o conteúdo abordado no seu dia a dia; esclarece as dúvidas sobre o conteúdo; estimula aprendizagem sobre conteúdo; estimula aprendizagem de novos conceitos ou fatos. No atributo acesso foram avaliados dois itens: permite buscar informações sem dificuldades; disponibiliza os recursos adequados e necessários para sua utilização. No atributo clareza foram avaliados três itens: apresenta informações necessárias para melhor compreensão do conteúdo; o conteúdo da informação está adequado às suas necessidades, apresenta as informações de modo simples. No atributo estrutura e apresentação foram avaliados dois itens: apresenta o conteúdo de forma organizada; possui estratégia de.

(21) 19. apresentação atrativa. No atributo relevância e eficácia avaliou-se os itens: permite-lhe refletir sobre o conteúdo apresentado; desperta interesse para utilizá-la; estimula mudança de comportamento; e reproduz o conteúdo abordado em diferentes contextos. No atributo interatividade, os participantes avaliaram a cartilha por meio de três itens: oferece interação, envolvimento ativo no processo educativo; possibilita navegar sem dificuldades pelos links apresentados; fornece autonomia ao usuário em relação à sua operação. Os atributos são pontuados, de acordo com a Escala de Likert: 0 - Inadequado: tecnologia não atende a definição do item; 1 - Parcialmente adequado: tecnologia atende parcialmente a definição do item e 2 - Adequado: tecnologia atende a definição do item. No final do instrumento é possível realizar comentários e/ou críticas ao material, em um espaço destinado a isso (GUIMARÃES; CARVALHO; PAGLIUCA, 2015).. 3.3 Coleta de dados. O estudo ocorreu no período de janeiro de 2017 a março de 2018. Aplicação da tecnologia realizada de modo presencial com os participantes. Com os videntes, foi realizado encontro na casa dos mesmos. A aplicação com os participantes cegos, ocorreu na biblioteca de duas instituições educacionais públicas, voltados para o ensino de pessoas com deficiência visual. Para a coleta de dados, foram utilizados três computadores, que possuíam os programas Dosvox e NVDA, de modo que, cada participante escolhia o leitor de tela que tivesse mais familiaridade de manuseio, todos localizados em Fortaleza – Ceará. A aplicação do manual e avaliação da acessibilidade através do QUATA, durou cerca de 15 minutos para cada participante. Cada item do questionário era lido para o participante cego pela pesquisadora ou colaboradora e solicitado ao mesmo que atribuísse nota conforme sua avaliação. Já os participantes videntes, realizavam a leitura do instrumento de modo individual. No início ocorria o preenchimento do instrumento, com a caraterização dos participantes do estudo. A aplicação do instrumento de avaliação ocorria ao final da utilização do Manual e preenchimento do pós-teste..

(22) 20. 3.4 Organização e análise dos dados. Os dados do QUATA foram organizados em planilha no Excel, e analisados através do programa IBM SPSS Statistics versão 20.0. Para avaliar acessibilidade com o instrumento QUATA foi realizado o cálculo por meio do Índice de Validade de Conteúdo (IVC). A validação do manual foi considerada mediante concordância mínima de 0,80 (80%) nos itens avaliativos. Adotou-se nível de significância de 5% para os cálculos estatísticos (ALEXANDRE; COLUCI, 2011). Foi realizado análise por meio do Índice de Validade de Conteúdo (IVC), que é a medida da porcentagem entre os participantes que concordaram em reação aos atributos e itens que estão no QUATA. O cálculo do IVC é realizado pela soma dos itens que obtiverem maior pontuação conforme escala de Likert empregada (nesse estudo a maior pontuação é 2 – Adequado) dividido pelo número total de respostas. Posteriormente ao cálculo do IVC, observou-se que, todos os itens avaliados tiveram concordância mínima de 80%, sendo 2 (Adequado) a pontuação mais utilizada. Os achados foram organizados em tabela e discutidos com base na literatura sobre a temática.. 3.5 Aspectos éticos e legais da pesquisa. Projeto submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa da UFC (CEP/CONEP), recebeu parecer favorável, recebendo o Certificado de Apresentação para Apreciação Ética (CAAE) nº 1.709.462 (ANEXO C). A pesquisa seguiu os preceitos éticos e legais conforme Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde (BRASIL, 2012), que regulamenta as normas e diretrizes de pesquisas que envolvem seres humanos. O Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (ANEXO A) foi assinado pelo público-alvo do estudo, dando a seguridade de sigilo e direito de retirar participação em qualquer fase do estudo. Os participantes foram identificados pela letra P (Ex: P1, P2, P3, etc) de modo a garantir o anonimato..

(23) 21. 4. RESULTADOS No estudo participaram 117 pessoas, sendo 63,2% mulheres, configurando assim a. porcentagem mais participativa na pesquisa em questão. Entre os participantes, 61,5% eram videntes e 38,5% cegos. Em relação a faixa etária, 43,6% possuía idade entre 18 e 39 anos, 41% estava na faixa etária entre 40 e 59 anos e apenas 15,4% estava acima dos 60 anos. A maioria das pessoas que participaram do estudo não tinham diagnóstico de HAS (81,2%). Quanto a escolaridade, a maioria tinham o ensino médio completo (47,2%). No quesito estado civil, 57,3% não possuíam companheiro. Em relação a ocupação, 53,8% eram empregados, 29,1% eram estudantes e 17,1% aposentados. A renda financeira da maioria, era de até dois salários mínimos (61,5%). Na tabela 1 é exposto o percentual de concordância dos participantes da pesquisa quanto aos atributos que compõem o QUATA. Tabela 1 – Percentual de concordância dos participantes em relação aos atributos que compõem o QUATA (n=117). Fortaleza (CE), Brasil, 2018. ATRIBUTOS AVALIADOS. 1. 2. 3. 4.. Objetivos Relaciona o conteúdo abordado no seu dia a dia Esclarece as dúvidas sobre o conteúdo abordado Estimula a aprendizagem sobre o conteúdo abordado Estimula a aprendizagem de novos conceitos ou fatos Acesso Permite-lhes buscar informações sem dificuldades Disponibiliza os recursos adequados e necessários para sua utilização Clareza Apresenta informações necessárias para melhor compreensão do conteúdo O conteúdo da informação está adequado às suas necessidades Apresenta as informações de modo simples Estrutura e Apresentação Apresenta o conteúdo de forma organizada Possui estratégia de apresentação atrativa Relevância e Eficácia Permite-lhe refletir sobre o conteúdo apresentado Desperta o interesse para utilizá-la Estimula mudança de comportamento em você Reproduz o conteúdo abordado em diferentes contextos Interatividade Oferece interação, envolvimento ativo no processo educativo Possibilita navegar sem dificuldades pelos links apresentados Fornece autonomia ao usuário em relação à sua operação. CONCORDÂNCIA IVC n (%) 0* 1** 2*** 0 0 0 0. 6 (5,12) 5 (4,27) 2 (1,70) 5 (4,27). 111 (94,88) 112 (95,73) 115 (98,30) 112 (95,73). 1 (0,85) 1 (0,85). 1 (0,85) 4 (3,42). 115 (98,30) 112 (95,73). 0 0 0. 2 (1,70) 4 (3,42) 4 (3,42). 115 (98,30) 113 (96,58) 113 (96,58). 0 2 (1,70). 1 (0,85) 7 (6,00). 116 (99,15) 108 (92,30). 0 0 1 (0,85) 0. 4 (3,42) 3 (2,57) 9 (7,70) 8 (6,84). 113 (96,58) 114 (97,43) 107 (91,45) 109 (93,16). 3 (2,57) 4 (3,42) 3 (2,57). 2 (1,70) 1 (0,85) 5 (4,27). 112 (95,73) 112 (95,73) 109 (93,16).

(24) 22. * Inadequado: tecnologia não atende a definição do item / 1** Parcialmente adequado: tecnologia atende parcialmente a definição do item / 2** Adequado: tecnologia atende a definição do item.. Fonte: produzido pela autora.. Após os cálculos do IVC, foi observado concordância superior a 80% em todos os atributos avaliados. Os itens que apresentaram maior porcentagem apontando como adequado foram os de estímulo da aprendizagem sobre o conteúdo abordado, possibilidade de buscar informações sem dificuldades, apresentar informações necessárias para a melhor compreensão do conteúdo, apresentar o conteúdo de forma organizada, despertar o interesse para utilizá-la, oferecer interação e envolvimento ativo no processo educativo e, possibilidade de navegar sem dificuldades pelos links apresentados..

(25) 23. 5 DISCUSSÃO O “Manual sobre hipertensão arterial: conheça como prevenir” (CARVALHO, 2018), é uma tecnologia assistiva, direcionada a cegos e videntes, que foi ofertado aos usuários através da internet e sua estrutura didática construída com seis módulos de conteúdo, organizados com metodologia atrativa e interativa. A Educação a Distância (EaD), possibilita uma nova modalidade de aquisição de conhecimento (FERREIRA et al. 2017), sendo considerada democrática, por permitir acesso livre a informações variadas, de modo autônomo, a um número elevado de pessoas, com características sociais e financeiras diversas, a pessoas com ou sem deficiência, nos horários que o usuário considerar mais adequado. A facilidade do acesso as informações em meio virtual, traz uma grande aceitação por parte dos usuários, que reconhecem a importância da internet na busca de novas informações, e este meio virtual é responsável por influenciar uma grande parcela da população que o utiliza. Desse modo, destaca-se que os modelos de educação em saúde, para se adequar aos meios mais utilizados para aquisição de conhecimento atualmente, necessitam se adequar ao modo da atual geração, acompanhando suas mudanças e desenvolvendo meios de atingir o público alvo, e realizar promoção da saúde através de tecnologias educativas, que são acessíveis, permite a compreensão do processo saúde-doença, e possibilita a criação de meios para controle da saúde (CARVALHO, 2018; GAMA, TAVARES, 2015). A escassez de materiais educativos acessíveis é um fator que contribui para o evidente déficit de conhecimento da população cega, logo, desenvolver TA, se caracteriza como um processo valioso, de forma que, ao disponibilizar tal ferramenta de forma acessível, se torna possível contribuir na manutenção de cuidados com a saúde da população e é um meio para estimular a obtenção de novos conhecimentos. Experiências anteriores em estudos similares, entre eles estão: a utilização do preservativo feminino (CAVALCANTE. et al., 2015),. saúde. sexual e métodos. anticoncepcionais (OLIVERA et al., 2013) e curso online sobre saúde mamária (CARVALHO, 2016), se mostraram como estratégias relevantes para divulgar orientações em saúde e com o enfoque em grupos vulneráveis. Cabe ao enfermeiro elaborar tecnologias capazes de estimular a inserção das pessoas cegas em atividades em prol da sua saúde, de forma a construir aprendizagem, empoderá-las e estimular mudança de comportamento (CARVALHO et. al 2017)..

(26) 24. Frota et al (2017) aponta que estudos indicam que geralmente, os estudantes afirmam aprender mais com tecnologias educativas, compreendendo melhor o conteúdo, atingindo as metas de aprendizagem e captando informações relevantes, desse modo, é muito importante que a ferramenta educativa seja capaz de estimular a aprendizagem, de forma que o usuário possa se engajar com o material. No atributo Objetivos, o item Estimula a aprendizagem sobre o conteúdo abordado apresentando 98,30% de concordância entre os participantes, apontando característica atrativa do material educativo sobre hipertensão. Segundo Huda et al (2019) estudos indicam que no ensino online, é necessário ser inovador e atrativo, estimulando o comprometimento para cumprir as metas estabelecidas no processo de aprendizagem, sendo crucial expor os recursos de forma a facilitar a aprendizagem, ou seja, ser acessível. No atributo Acesso, o item Permite-lhe buscar informações sem dificuldades atingiu avaliação positiva de 98,30% dos participantes, indicando que o manual foi organizado de forma a facilitar o acesso e a navegação eficiente de todos os participantes. O uso de tecnologias didáticas para as pessoas com deficiência visual, tem como objetivo aperfeiçoar o sistema educacional, e fortalecer a inclusão desse público (DOMINGOS; ALMEIDA; BARRETO, 2014). Materiais educativos, para que se caracterizem como acessíveis à população cega, devem ser respeitadas as normas disponíveis na LDB e na Lei de Acessibilidade nº 10.098/2000, artigo 2º. Assim como, devem ser construídos utilizando as recomendações de padrões web com as tags sugeridas pela Web Accessibility Iniciative – WAI e o Modelo de Acessibilidade Brasileiro (eMAG), de forma a sanar qualquer dificuldade de acesso (SARMENTO, et al. 2017). É necessário então, que sejam acrescidos recursos específicos para que se tornem apropriadas, como por exemplo, a áudio-descrição de imagens. Materiais com enfoque educacional, voltada as pessoas cegas, devem conter modos de comunicação verbal e não verbal, fazendo-se necessário a descrição dos objetos e/ou imagens, de modo a estimular a visualização mental (CEZARIO; ABREU; PAGLIUCA, 2014). O atributo Clareza e o atributo Estrutura e Apresentação se destacaram por alto índice de concordância, e tais resultados foram alcançados devido organização do conteúdo, de maneira que facilitasse a compreensão do usuário, distribuindo seletivamente elementos visuais e textuais, sequenciados e atualizados. Cabe ao enfermeiro, compreender a importância da elaboração cuidadosa do manual educativo, identificando seu público alvo afim de transmitir o conteúdo abordado de maneira direta e intuitiva..

(27) 25. Para estimular e manter o interesse do usuário, deve ser considerado a linguagem abordada, o layout de construção do material e suas ilustrações, pois, cabe a esses fatores a garantia da legibilidade e compreensão de um texto (VIEIRA et al, 2019). O desenvolvimento da linguística deve ser organizado de acordo com o público alvo, para que as pessoas de todas as escolaridades possam se beneficiar do material e tipos de linguagem (VIEIRA et al., 2019). Assim como, tecnologias que utilizem diversos elementos de forma combinada, como elementos textuais, imagens, áudio e outras mídias tornam o conteúdo educacional mais atrativo, proporcionando maior atenção do usuário pelo tempo necessário que leve a desenvolver o conhecimento sobre o conteúdo retratado. De acordo com Ferreira et al (2017) tecnologias disponibilizadas online, as ferramentas interativas como áudio e imagens estimulam a participação e a atenção dos usuários, de forma a garantir uma interação positiva com a tecnologia. No atributo Interatividade, os itens Oferece interação, envolvimento ativo no processo educativo e, Possibilita navegar sem dificuldades pelos links apresentados tiveram 95,73% de concordância, sendo possível inferir que o manual se caracterizou positivamente no processo de aprendizagem, garantindo atratividade por meio da interação e envolvendo o usuário em sua própria educação. Segundo Santos (2019) apesar da inovação das tecnologias digitais e a construção de sites com propostas interessantes para a pessoa com deficiência, é necessário investir em tecnologias eficientes e adequadas para a utilização, visto que, muitas que se dizem acessíveis, apresentam baixo nível de acessibilidade e sua utilização apresenta erros. O uso da internet tem sido apresentado em diversos estudos como uma ferramenta efetiva na estimulação e proteção da função cognitiva, evidenciando os benefícios do uso do computador. Além disso, o uso da internet reduz as limitações socioeconômicas e aumenta a socialização com outras pessoas e com a sociedade moderna, influenciando em mecanismos de raciocínio e memória, auxiliando na aprendizagem (KRUG et al., 2019). Portanto, a educação em saúde deve acompanhar a dinamicidade do mundo virtual, sendo disponibilizado conhecimento cientifico acessível para a compreensão do processo saúde-doença. O resultado desse estudo provou ser possível o desenvolvimento de tecnologia educativa em saúde, acessível ao público cego..

(28) 26. 6 CONCLUSÃO. Considerando o objetivo principal de avaliar acessibilidade do manual para cegos e videntes, foi possível constatar que os atributos analisados apontaram grandes índices de adequabilidade, de modo estatisticamente significativo. A principal limitação do estudo foi atingir a quantidade necessária de participantes, pois a maioria afirmava interesse em acessar o manual, porém, apresentaram resistência em responder ao QUATA. Sugere-se, para estudos futuros, que a enfermagem, que tem como foco profissional o cuidado de seus pacientes, continue a realizar o desenvolvimento de tecnologias, com materiais educativos em saúde, que sejam acessíveis as pessoas com deficiência. Conclui-se que, o “Manual sobre hipertensão arterial: conheça como prevenir”, é uma ferramenta de educação em saúde, acessível a cegos, que contribui para a promoção da saúde e aquisição de conhecimento, de maneira válida e confiável..

(29) 27. REFERÊNCIAS ABEGUNDE et al. The burden and costs of chronic diseases in low-income and middleincome countries. The Lancet, v. 370, n. 9603, p.1929-1938, dez. 2007. Elsevier BV. http://dx.doi.org/10.1016/s0140-6736(07)61696-1. ALEXANDRE, N.M.C.; COLUCI, M.Z.O. Validade de conteúdo nos processos de construção e adaptação de instrumentos de medidas.Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro, v. 16, n. 7, p. 3061-68, jul. 2011. BARROS et al. Nefrologia rotinas, diagnóstico e tratamentos, 3 ed., Porto Alegre, Artmed., p.242 - 265, 2007. BARROS, Edaiane Joana Lima et al. Gerontotecnologia educativa voltada ao idoso estomizado à luz da complexidade. Revista Gaúcha de Enfermagem, [s.l.], v. 33, n. 2, p.95101, jun. 2012. FapUNIFESP (SciELO). http://dx.doi.org/10.1590/s198314472012000200014 BERSCH, Rita. Introdução à tecnologia assistiva. Porto Alegre: CEDI, p. 21, 2008. BRASIL, Ministério da Saúde. Portaria nº 1.823, de 23 de agosto de 2012. Institui a política nacional de saúde do trabalhador e da trabalhadora. Brasília, DF, 2012. Disponível em: <http://conselho.saude.gov.br/web_4cnst/docs/Portaria_ 1823_12_institui_politica.pdf>. BRASIL. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Resolução nº 466, de 12 de dezembro de 2012. Dispõe sobre diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos. Brasília: Ministério da Saúde, 2012. BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher: Princípios e Diretrizes. Ministério da Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2011. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Caderno de Atenção Básica, n. 15. Brasília: Ministério da Saúde, 2006. CARVALHO, A. T. Curso online acessível sobre saúde mamária para mulheres cegas e videntes: validação e avaliação. 2016. 108 f. Tese (Doutorado em Enfermagem) - Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2016. CARVALHO, Deciane Pintanela de et al. Cargas de Trabalho e a Saúde do Trabalhador de Enfermagem: Revisão Integrativa. Cogitare Enfermagem, [s.l.], v. 22, n. 1, p.1-11, 27 jan. 2017. Universidade Federal do Parana. http://dx.doi.org/10.5380/ce.v22i1.46569. CARVALHO, L. V. Construção e avaliação de curso online para pessoas cegas sobre prevenção da hipertensão arterial. 2015. 104 f. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2015..

(30) 28. CAVALCANTE, L. D. W.; OLIVEIRA, G. O. B.; ALMEIDA, P. C.; REBOUÇAS, C. B. A.; PAGLIUCA, L. M. F. Tecnologia assistiva para mulheres com deficiência visual acerca do preservativo feminino: estudo de validação. Rev Esc Enferm USP, v. 49, n. 1, p. 14-21, 2015. CEZARIO, K. G.; ABREU, M. S. N.; PAGLIUCA, L. M. F. Alimentação complementar do lactente: adaptação e avaliação de tecnologia de apoio para pais cegos portugueses. Rev Enferm Referência.,v. 4, n. 3, p. 37-44, 2014. COSTA, Carla Nóbrega Borges. Proposta de aplicação do diagnóstico interdisciplinar no transoperatório. Liph Science, Minas Gerais, v. 1, n. 1, p.28-40, set. 2014. Disponível em: <http://www.liphscience.com/submissoes/ dlJZ0fKCaYjJYdfQ.pdf>. DIAS, Ernandes Gonçalves; SOUZA, Erleiane Lucinária Santos; MISHIMA, Silvana Martins. Contribuições da Enfermagem na adesão ao tratamento da hipertensão arterial: uma revisão integrativa da literatura brasileira. Revista de Epidemiologia e Controle de Infecção, Santa Cruz do Sul, v. 6, n. 3, p.40-46, 5 set. 2016. APESC - Associacao Pro-Ensino em Santa Cruz do Sul. http://dx.doi.org/10.17058/reci.v6i3.7470. EGAN, Brent M..Prediction of incident hypertension. Health implications of data mining in the ‘Big Data’ era. Journal Of Hypertension, v. 31, n. 11, p.2123-2124, nov. 2013. Ovid Technologies (Wolters Kluwer Health). http://dx.doi.org/10.1097/hjh.0b013 e32836 5b932. FALKEMBACH, G. A. M. Concepção e desenvolvimento de material educativo digital: novas tecnologias na educação. Renote, v. 3, n.1, 2005. FEITOSA, A.D; GOMES, M.A. [How many days, which period of the day and how many measurements per day are recommended in home blood pressure monitoring?]. Arq Bras Cardiol. v. 85, n. 3, p. 210 – 211 24, 2005. FERREIRA, R. G. S. et al. Tecnologias em Ead e sua utilização no contexto de ensino de enfermagem. Revista Saúde E Desenvolvimento, v.11, n.9, 2017. FIGUEIREDO, Juliana de Oliveira; CASTRO, Emma Elisa Carneiro. Ajustamento criativo e estresse na hipertensão arterial sistêmica. Rev. abordagem gestalt., v. 21, n. 1, p. 37-46, jun. 2015. Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci _arttext&pid=S180968672015000100005&lng=pt&nrm=iso>. FREITAS, L. V. et al. Exame físico no pré-natal: construção e validação de hipermídia educativa para a Enfermagem. Acta Paul. Enferm., São Paulo, v. 25, n. 4, p.581-588, 2012. FROTA, Natasha Marques et al. Evaluation of Teaching Strategies on Peripheral Venipuncture Used with University Students. Health Science Journal, [s.l.], v. 11, n. 2, p.17, 2017. Scitechnol Biosoft Pvt. Ltd.. http://dx.doi.org/10.21767/1791-809x.1000497. GAMA, L. N.; TAVARES, C. M. M. Educação e mídias: implicações contemporâneas no cotidiano acadêmico. Texto Contexto Enferm., Florianópolis, v. 24, n. 2, p. 593-599, 2015..

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(33) 31. SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, Sociedade Brasileira de Hipertensão, Sociedade Brasileira de Nefrologia. V Diretrizes Brasileiras de Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial (MAPA) e III Diretrizes Brasileiras de Monitorização Residencial de Pressão Arterial (MRPA). Arq Bras Cardiol. v. 97, n. 3, supl.3, p. 1 – 24, 2011. SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA. MALACHIAS, M. V. B.; et al. 7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial. Arq Bras Cardiol., v. 107, n. 3, Supl.3, p.1-83, 2016. http://dx.doi.org/10.5935/abc.20160152. SOUZA, Alessandra de Oliveira. Hipertensão Arterial Sistêmica no Brasil: Avaliação dos Estudos de Base Populacional. 2012. 48 f. TCC (Especialização em Atenção Básica em Saúde da Família) – Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2012. SOUZA, E. L.V.; MOURA, G. N.; NASCIMENTO, J. C.; LIMA, M. A.; PAGLIUCA, L. M. F.; CAETANO, J. A. Diagnósticos de enfermagem embasados na teoria do autocuidado em pessoas com deficiência visual. Rev Rene., v. 13, n. 3, p. 542-551, 2012. VIEIRA, Ana Shirley Maranhão et al. Validation of an educational booklet for people with chronic pain: EducaDor. Brazilian Journal Of Pain, [s.l.], v. 2, n. 1, p.39-43, 2019. GN1 Genesis Network. http://dx.doi.org/10.5935/2595-0118.20190008. WHELTON, Paul K. et al. 2017 American College of Cardiology / American Heart Association / American Academy of Physician Assistants / Association of Black Cardiologists / American College of Preventive Medicine/ American Geriatrics Society / American Pharmacists Association / American Society of Hypertension / ASPC/ National Medical Association / Preventive Cardiovascular Nurses Association Guideline for the Prevention, Detection, Evaluation, and Management of High Blood Pressure in Adults. Journal Of The American College Of Cardiology, v. 71, n. 19, p.127-248. Elsevier BV. http://dx.doi.org/10.1016/j.jacc.2017.11.006. WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). (2002). International Classification of Functioning, Disability and Health - ICF. Disponível em: http://www.inr.pt/uploads/docs/cif/CIF_port_%202004.pdf. ______. (2011). World report on disability 2011. In: Disabilities and rehabilitation. Disponível em: http://www.who.int/disabilities/world_report/2011/ report.pdf. Acesso em: out 12 , 2017. ______. [página na Internet]. Visual impairment and blindness. 2014 ago Available from: http://www.who.int/ mediacentre/factsheets/fs282/en/ ______. Web Content Accessibility Guidelines (WCAG) 2.0. W3C, 2008. Disponível em: http://www.w3.org/TR/WCAG/..

(34) 32. ANEXO A – TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO PARA PARTICIPANTES DA APLICAÇÃO DA TECNOLOGIA ASSISTIVA. UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ FACULDADE DE FARMÁCIA, ODONTOLOGIA E ENFERMAGEM PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM PESQUISADOR RESPONSÁVEL: LUCIANA VIEIRA DE CARVALHO ORIENTADORA: LORITA MARLENA FREITAG PAGLIUCA. Sou Luciana Vieira de Carvalho, enfermeira e discente do Curso de Doutorado em Enfermagem da Universidade Federal do Ceará. Estou convidando-o a participar como avaliador desta pesquisa cujo título é: Manual educativo online acessível sobre hipertensão arterial: avaliação da aprendizagem de cegos e videntes. O objetivo deste estudo é desenvolver e avaliar esta tecnologia educacional quanto à acessibilidade às pessoas cegas e videntes. O manual será hospedado em servidor do pesquisador e deverá ser avaliado por pessoas cegas e videntes quanto ao impacto em relação ao aprendizado sobre hipertensão arterial. Participarão desta etapa cegos e videntes, maiores de 18 anos, com habilidade para utilizar o computador. Caso queira participar, você deverá preencher este Termo de Consentimento Livre e Esclarecido com as informações necessárias e este deverá ser devolvido para que você seja incluído como participante. Em seguida, deverá acessar o manual educativo, navegar pelo seu conteúdo e responder os questionários propostos (instrumento pré-teste, pós-teste e questionário de avaliação de tecnologia assistiva – QUATA). Você poderá será acompanhado e observado pela pesquisadora durante a navegação no manual online. Esclareço desde já que sua participação não é obrigatória e que todas as suas informações serão mantidas em sigilo impedindo qualquer forma de identificação por outros, com o intuito de preservar seu anonimato, sua segurança. Além disto, reforço que as informações utilizadas neste estudo têm como único objetivo colaborar com esta tese de doutorado, além de divulgação dos resultados em relatórios e revistas científicas. É assegurada a desistência da participação em qualquer etapa do processo de avaliação sem nenhum dano ou prejuízo, sendo retirado o consentimento e seus dados da referida pesquisa. A pesquisa oferece riscos mínimos de possível cansaço. Nenhum dos procedimentos usados oferece riscos à dignidade dos participantes. A pesquisa tem como benefícios contribuir no aprimoramento de tecnologias educacionais direcionadas as pessoas.

(35) 33. cegas e videntes, de forma que o conhecimento que será construído a partir desta pesquisa possa incentivar outros profissionais a desenvolverem materiais educativos acessíveis ao público cego, como meio de ampliar o conhecimento desta população a diferentes temáticas sobre a saúde, contribuindo para fortalecimento do autocuidado. O pesquisador se compromete a divulgar os resultados obtidos nesta pesquisa. Em caso de dúvidas procure-me no e-mail: lucianavcarvalho@hotmail.com. Atenção: se você tiver alguma consideração ou dúvida, sobre a sua participação na pesquisa, entre em contato com o Comitê de Ética em Pesquisa da UFC/PROPESQ. Rua Coronel Nunes de Melo, 1000 - Rodolfo Teófilo, fone: 3366-8344/46. (Horário: 08:00 -12:00 horas de segunda a sexta-feira). O CEP/UFC/PROPESQ é a instância da Universidade Federal do Ceará responsável pela avaliação e acompanhamento dos aspectos éticos de todas as pesquisas envolvendo seres humanos. Sua participação é muito valiosa. Espero poder contar com suas contribuições. Agradeço desde já. Atenciosamente, __________________________________________ Luciana Vieira de Carvalho (Pesquisadora). CONSENTIMENTO PÓS-ESCLARECIMENTO: Eu,__________________________________________, RG_____________________, tendo compreendido perfeitamente tudo o que me foi informado sobre a minha participação no mencionado estudo e estando consciente dos meus direitos, das minhas responsabilidades, dos riscos e dos benefícios que a minha participação implica, concordo em dele participar e para isso dou o meu consentimento sem que para tal tenha sido forçado ou obrigado. Declaro que este termo foi devidamente orientado e esclarecido sobre a pesquisa Manual educativo online acessível sobre hipertensão arterial: avaliação da aprendizagem de cegos e videntes, compreendi seus objetivos, concordo em participar da pesquisa. Fortaleza, _____de __________________de 2017. ______________________________________________ Assinatura do participante da pesquisa ______________________________________________ Nome e assinatura do (s) responsável (eis) pelo estudo ______________________________________________ Nome do profissional que aplicou o TCLE.

(36) 34. ANEXO B – QUESTIONÁRIO DE AVALIAÇÃO DE TECNOLOGIA ASSISTIVA. Prezado Senhor (a), Este instrumento tem por objetivo registrar a sua avaliação em relação à Tecnologia Assistiva (TA). Você deverá avaliar a Tecnologia Assistiva (TA). Para cada área, você deverá atribuir nota de 0 a 2, como desejar, de acordo com a legenda abaixo: (0) Inadequado: a tecnologia assistiva não atende a definição do item. (1) Parcialmente adequado: a tecnologia atende parcialmente a definição do item (2) Adequado: a tecnologia atende a definição do item. Atributos. Item. Objetivos. Acesso. Clareza. 1. Relaciona o conteúdo abordado no seu dia a dia. 2. Esclarece as dúvidas sobre o conteúdo abordado. 3. Estimula a aprendizagem sobre o conteúdo abordado. 4. Estimula a aprendizagem de novos conceitos ou fatos. 5. Permite-lhe buscar informações sem dificuldades. 6. Disponibiliza os recursos adequados e necessários para sua utilização. 7. Apresenta informações necessárias para melhor compreensão do. 0. 1. 2. conteúdo. Estrutura. e. apresentação Relevância eficácia. Interatividade. e. 8. O conteúdo da informação está adequado às suas necessidades. 9. Apresenta as informações de modo simples. 10. Apresenta o conteúdo de forma organizada. 11. Possui estratégia de apresentação atrativa. 12. Permite-lhe refletir sobre o conteúdo apresentado. 13. Desperta o seu interesse para utilizá-la. 14. Estimula mudança de comportamento em você. 15. Reproduz o conteúdo abordado em diferentes contextos. 16. Oferece interação, envolvimento ativo no processo educativo. 17. Possibilita navegar sem dificuldades pelos links apresentados. 18. Fornece autonomia ao usuário em relação à sua operação. Caso seja do seu interesse, você poderá comentar, criticar ou sugerir os aspectos que considerou como positivos ou negativos na TA..

(37) 35. ANEXO C – PARECER DO COMITÊ DE ÉTICA.

(38) 36.

(39)

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