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Mercado de Carbono
Aula 4 – Projetos de Carbono no Escopo de Resíduos e Efluentes
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Trabalho
Dia 23 de Junho (Semana que vem)
– Entrega dos trabalhos e
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O que veremos hoje
O que são resíduos para o Mercado de Carbono
Como ocorrem as emissões de Gases de Efeito Estufa no
Escopo de Resíduos
Quais são as oportunidades de projetos de crédito de carbono
no Escopo de Resíduos e Efluentes
Exercício – Estudo de Caso de Projeto em Tratamento de
Efluente
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Resíduos
Definição (NBR 10.004)
Resíduos em estado sólido e
semi-sólidos
que
resultam
da
atividade
humana,
bem
como
determinados
líquidos cujas particularidades tornem
inviável o seu lançamento na rede
pública de esgoto ou corpos d
’
água.
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Quais são os resíduos considerados no
Mercado de Carbono
Municipais ou resíduos sólidos urbanos (RSU)
resíduos recolhidos pelos municípios ou por outras autoridades locais
incluem os resíduos domésticos, de jardinagem pública e resíduos comerciais e institucionais
Lodo
Resíduos provenientes de plantas de tratamento de efluentes urbanos ou industriais
Industriais
Dependendo do tipo de indústria, quantidades significativas de resíduos sólidos podem ser geradas
Exemplos: resíduos de madeira em serrarias; bagaço de cana-de-açúcar do setor sucroalcooleiro
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Quais são os efluentes considerados no
Mercado de Carbono
Domésticos e comerciais
Esgoto proveniente de residências e edificações comerciais e institucionais
Industriais
Efluentes industriais com conteúdo orgânico
Exemplos: frigoríficos; usinas de etanol de cana-de-açúcar; curtume.
Animais
A criação intensiva de certas espécies pode gerar quantidades significativas de efluente (dejeto) com alto teor de carga orgânica Exemplos: criação de suínos; criação de gado leiteiro confinado
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Emissão de GEE
Resíduos orgânicos contêm matéria orgânica, de origem vegetal e
animal, que é composta principalmente por:
carbono (C),
hidrogênio (H); e oxigênio (O).
Decomposição:
permanência de elementos inorgânicos e a emissão do
carbono orgânico degradável, hidrogênio e oxigênio para
atmosfera, combinados na forma de gases ou água
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Emissões de GEE
Decomposição Aeróbia (presença de
oxigênio)
Oxidação da MO resulta em emissões de CO2 e água
MO + O2 + N2 = CO2 + H2O + N2 + Calor
CO2 é de origem biogênica (vegetais ou
animais) e será novamente sequestrado pelos organismos que realizam fotossíntese
(atmosfera recente)
Não são consideradas como emissões
líquidas de GEE e não contribuem para o aquecimento global
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Emissões de GEE
Decomposição Anaeróbia (ausência de oxigênio)
Resulta em emissões de CH4
MO bactérias acidogênicas = CH4 + H2O + H2 + ácidos e açucares
Promove emissões líquidas significativas de Metano
Principal GEE a ser considerado
é
o metano
(CH
4),formado a partir da degradaçã
o
anaeró
bia de
materiais orgânicos
degradá
veis
Potencial
energé
tico, quando usados como fonte de
energia, pode promover a
reduçã
o de
emissõ
es de CO
2que ocorreriam com a queima de
combustí
veis
fó
sseis
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Decomposição de Resíduos Sólidos
A composição é um dos principais fatores que influenciam nas emissões
tipos diferentes de resíduos possuem quantidades diferentes de carbono orgânico degradável
Restos de alimentos
Resíduos de jardinagem domésticos e de áreas públicas Papel e papelão
Madeira Têxteis
Fraldas descartáveis
Para se estimar as emissões de metano é necessário que se conheça a composição dos resíduos sólidos
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Decomposição de Resíduos Sólidos
Disposição Final
Aterro Controlado Lixão
Compostagem
Grandes superfícies em contato com o ar, que promove a degradação aeróbica da matéria
orgânica, resultando em mais emissões de CO2 e menores emissões de CH4
Aterro Sanitário – compactação e cobertura
reduz ao máximo o contato dos resíduos com o oxigênio do ar, resultando em grandes emissões de CH4
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Oportunidades na Disposição de Resíduos
Captura e queima de CH
4de aterros
sanitá
rio,
com ou sem aproveitamento
energé
tico
Metodologias:
ACM0001 “Metodologia de linha de base e
monitoramento consolidada para atividades de projeto com gás de aterro”
AMS III.G “Recuperação de metano em aterro sanitário”
Implantaçã
o de um sistema de
tubulaçã
o para coleta
do
biogá
s rico em CH
4de aterros, que
será
conduzindo para ser:
1) queimado num sistema de combustão (flare); 2) usado para geração de energia; ou
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Oportunidades na Disposição de Resíduos
Emissões de CH4 evitadas através da queima ou estabilização de biomassa residual
Metodologia:
AMS III.E “Produção de metano, decorrente da decomposição da biomassa, evitada por meio de combustão controlada, gaseificação ou tratamento
mecânico/térmico”
Considera uma atividade de projeto que evita as emissões de CH4 que ocorreriam se a biomassa residual fosse disposta em condições
anaeróbias (pilhas ou aterro sanitário)
A biomassa deve ser queimada, gaseificada ou sofrer um tratamento mecanico/térmico que a estabilize
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Tratamentos alternativos para evitar a formação de metano de resíduos orgânicos
Metodologias:
AM0025 “Emissões evitadas de resíduos orgânicos por meio de processos de tratamento de resíduos alternativo”
AMS III.F “Emissões evitadas de metano por meio do tratamento biológico controlado da biomassa”
Consiste em evitar as emissões de CH4 que ocorreriam se os resíduos fossem dispostos em condições
anaeróbias em aterro sanitário;
Devem ser tratados aerobicamente (compostagem), anaerobicamente em digestores com captura e queima de biogás ou ser incinerados para geração de energia
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Queima de biomassa residual com aproveitamento
energético, reduzindo emissões que ocorreriam pela queima
de combustíveis fósseis
Metodologias:
ACM 0006“Metodologia consolidada para a geração de eletricidade a partir de resíduos de biomassa”
ACM0036 “Substituição de combustíveis fósseis por resíduos de biomassa em caldeiras para a geração de calor”
Redução de emissões de CO2 pela geração de energia renovável (elétrica ou cogeração e térmica)
Dependendo do destino da biomassa no cenário de linha de base, pode resultar em emissões evitadas de CH4
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Tratamento de Efluente
Quanto maior a carga orgânica, maior a quantidade de
carbono no efluente
Indicadores de MO
Oxigênio Dissolvido
DBO – Demanda Bioquímica de Oxigênio DQO - Demanda Química de Oxigênio
Há regulamentação que obriga atingir parâmetros para
lançamento de efluentes (CONAMA 357), mas não há
legislação sobre a emissão de GEE no tratamento.
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Captura e queima de CH4 a partir do tratamento de efluente
Metodologias:
ACM0010 “Metodologia consolidada para as reduções de emissões de GEE
provenientes dos sistemas de tratamento de dejetos animais”
AMC0014 “Mitigação das emissões de GEE a partir do tratamento de
efluentes industriais”
AMS III.H “Recuperação de metano no tratamento de águas residuárias”
Contemplam a captura do biogás resultante do tratamento anaeróbio dos
efluentes com carga orgânica em digestores, para ser:
1) queimado num sistema de combustão (flare);
2) usado para geração de energia; ou
3) purificado paradistribuição como gás natural.
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Tratamentos aeróbios para evitar a formação de
metano de tratamentos anaeróbios
Metodologias:
AMS-III.I - Produção de metano, no tratamento de águas residuárias, evitada por meio da substituição de sistemas anaeróbios por sistemas aeróbios
Envolve tecnologias e medidas que evitem a produção de
metano pela matéria orgânica biogênica presente nas
águas residuárias sendo tratadas em sistemas
anaeróbios
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Descrição da Metodologia do
Exercício
Linha de Base
Matéria orgânica degradável presente nas águas residuárias é tratada em sistemas anaeróbios, emitindo metano para a atmosfera
As emissões da linha de base decorrentes do(s) sistema(s) de
tratamento anaeróbio de águas residuárias são estimadas do seguinte modo:
BE
y=
Σ
Q
, ,x DQO
y,mx B
0x MCF
tratamentox GWP
CH4B
0= Capacidade de produção de metano para a água residual
MCF
tratamento= Fator de correção de metano para o tratamento de
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Fator de Correção de Metano
Tabela I I I .H.1. Valores6
Tipo de tratamento das águas residuárias e forma ou sistema de disposição
padrão do I PCC para o Fator de Correção do M etano (M CF)
Valores do M CF
Disposição das águas residuárias no mar, rios ou lagos 0,1
Tratamento aeróbico, bem manejado 0
Tratamento aeróbico, manejado de forma precária ou com sobrecarga
0,3
Digestor anaeróbico para o lodo sem recuperação de metano 0,8
Reator anaeróbico sem recuperação de metano 0,8
Lagoa anaeróbica rasa (profundidade inferior a 2 metros) 0,2
Lagoa anaeróbica profunda (profundidade superior a 2 metros) 0,8
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Emissões da Atividade de Projeto
As emissões da atividade do projeto consistem em:
(i) Emissões de CO2 relacionadas com a energia e o
combustível fóssil usados pelas instalações da atividade do projeto (PEpower,y)
(ii) Emissões de metano durante o tratamento das águas residuárias nos sistemas de tratamento biológico aeróbico de águas residuárias (PEww,treatment,y)