• Nenhum resultado encontrado

Publicações do PESC Análise Recursiva de Modelos Lineares de Regressão e Séries Temporais: O Método Bayesiano de Previsão

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Publicações do PESC Análise Recursiva de Modelos Lineares de Regressão e Séries Temporais: O Método Bayesiano de Previsão"

Copied!
138
0
0

Texto

(1)

ANALISE RECURSIVA DE MODELOS L I N E A R E S DE REGRESSÃO

E SÉRIES TEMPORAIS: O METODO BAYESIANO DE PREVISÃO

L u i z E d u a r d o P a z i t o Mendes

T E S E SUBMETIDA AO CORPO DOCENTE DA COORDENAÇÃO DOS PROGRAMAS

DE POS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO

R I O DE J A N E I R O COMO PARTE DOS R E Q U I S I T O S N E C E S S h R I O S PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE MESTRE EM

CIENCIAS

( M . Sc. )

A p r o v a d a por:

-

P r e s i d e n t e J

BASÍLIO

-

DE BRAGANÇA P E R E I R A

J O ~ ~ ~ / L U I Z MAURITY SABOIA

SANCHO EDUARDO. B

.

BERENQUER

R I O DE J A N E I R O , R J - B R A S I L DEZEMBRO DE 1 9 7 8

(2)

AGRADECIMENTOS

Ao P r o f e s s o r B a s i l i o de Bragança P e r e i r a , mais que o r i e n t a d o r , um amigo.

Ao P r o f e s s o r Reinaldo de Souza, p e l o i n c e n t i v o , su

-

g e s t õ e s e colaboração.

Ao colega Roberto P e r e i r a D'Araujo, p e l a s suges- t õ e s e c r í t i c a s .

A ~ y l é a de Figueiredo e Raquel Mellman, p e l a d a t i -

(3)

RESUMO O t r a b a l h o t r a t a d a a n á l i s e r e c u r s i v a d e modelos li

-

n e a r e s d e r e g r e s s ã o e s é r i e s t e m p o r a i s . A abordagem r e c u r s i v a g u a r d a i n t i m a r e l a ç ã o com a r e p r e s e n t a ç ã o Markoviana d e p r o c e s s o s . E s t e f a t o p e r m i t e e s t a b e - l e c e r uma a n a l o g i a e n t r e o s c o n c e i t o s d e p a r â m e t r o e d e e s t a d o , j u s t i f i c a n d o a u t i l i z a ç ã o de um a l g o r i t m o d e e s t i m a ç ã o d e v a r i á - v e i s d e e s t a d o s : o f i l t r o d e Kalman. Ê n f a s e p a r t i c u l a r é dada à a p r e s e n t a ç ã o do método Bayesiano d e p r e v i s ã o d e H a r r i s o n e S t e v e n s , c u j a s p r i n c i p a i s c a - r a c t e r i s t i c a s s ã o a r á p i d a a d a p t a b i l i d a d e a mudanças b r u s c a s no comportamento d a série, a a p l i c a b i l i d a d e com número pequeno d e o b s e r v a ç õ e s e a p o s s i b i l i d a d e d e comunicação d i r e t a s i s t e m a - a n a

-

l i s t a em t o d o s o s i n s t a n t e s . E s t e método é a p l i c a d o a uma s é r i e d e demanda mensal de e n e r g i a e l é t r i c a .

(4)

ABSTRACT T h i s work d e a l s w i t h t h e r e c u r s i v e a n a l y s i s o £ r e g r e s s i o n and t i m e s e r i e s l i n e a r models. The r e c u r s i v e approach i s c l o s e l y r e l a t e d t o t h e Markovian r e p r e s e n t a t i o n o f p r o c e s s e s . Such f a c t l e a d s t o a n a n a l o g y between t h e c o n c e p t s of p a r a m e t e r and s t a t e , j u s t i f y i n g t h e u s e o f a s t a t e v a r i a b l e e s t i m a t i o n a l g o r i t h m : t h e Kalman F i l t e r . S p e c i a l emphasis i s g i v e n t o t h e p r e s e n t a t i o n o f t h e B a y e s i a n f o r e c a s t i n g method d e v e l o p e d by H a r r i s o n and S t e v e n s which h a s a s main f e a t u r e s t h e q u i c k a d a p t a t i o n t o sudden c h a n g e s i n t h e s e r i e s b e h a v i o r , t h e c a p a b i l i t y o f working o u t even w i t h a s m a l l number o f o b s e r v a t i o n s and t h e p o s s i b i l i t y o f c l o s e cornmunication f o r e c a s t e r - s y s t e m a t any moment. T h i s method i s a p p l i e d t o a monthly e l e c t r i c a l e n e r g y consumption s e r i e s .

(5)

CAP~TULO I1

.

REVISÃO DA LITERATURA

CAP?TULO I11 . A N ~ ~ I S E . RECURSIVA DE MODELOS LINEARES DE REGRES SAO POR MÍNIMOS QUADRADOS

.

...

111.1 Abordagem Clássica 13

...

.

111.2 Abordagem Recursiva: Parhetros Constantes 17

.

...

111.2.1 Algoritmo Deterministico 17

.

...

111.2.2 Algoritmo ~stocástico 20

....

.

111.2.3 caracteristicas do Algoritmo ~stocástico 22

.

...

111.2.3.1 Vantagens 23

.

.

...

111.2.3.2 Interpretaçoes 23

.

111.2.3.3 ~nicialização

...

25

...

.

111.3 Abordagem Recursiva: ~ a r b e t r o s variáveis 26

...

.

111.3.1 Algoritmo de Ponderação Exponencial 26

.

...

111.3.2 Algoritmo Linear ~inâmico 28

111.3.3

.

Casos Particulares do Modelo Linear Dinâmico

.

33

111.3.1.1

.

O Passeio ~leatõrio Multidimensional

..

33 111.3.2.2

.

O Modelo de Gauss-Markov de Primeira Or

-

...

dem 34

.

...

111.3.2.3 consideração 35

....

.

111.3.4 ~eneralizações do Modelo Linear ~ i n k i c o 35

...

.

111.3.4.1 Modelo ARIMA dos Parâmetros 35 111.3.4.2

-

~ariâncias N ~ O Constantes

...

37 111.3.5 . Um Teste para a ~nvariância dos ~ a r h e t r o s

..

39

(6)

IV.l

.

O Conceito de Estado em Sistemas Deterministicos

....

46

...

IV.2

.

O Conceito de Estado

em

Sistemas ~stocásticos 48

.

...

IV.3 O Problema de ~stimação de Estados 49

IV.4

.

Filtro de Kalman Discreto: solução Bayesiana

...

50

IV.4.1

.

Caso Geral: ~ s t i m a ~ ã o ~stocástica de ~Últiplos

...

~stágios 51

...

IV.4.2

-

Caso Particular: o filtro de Kalman 55

CAP~TULO V

-

ANALISE

RECURSIVA DE MODELOS LINEARES DE sÉ- RIES TEMPORAIS

V.l

.

Modelos Espaço de Estados: O ~ é t o d o Bayesiano de Previ .

...

são a Curto Prazo 63

V.1.2

.

Modelagem do Processo: O Modelo Linear Dinâmico

..

66

...

V.1.3

.

~stimação dos ~ a r k e t r o s : o filtro de Kalman 68

...

V.1.4

.

previsão 71

V.1.5

.

~uperposição

...

75 V.1.6

.

Representação de Modelos Convencionais em Espaço

de Estados

...

76

.

...

V.1.6.1 Regressão Linear 77

.

...

V.1.6.2 Modelo de Crescimento Linear Sazonal 78

.

V.1.6.3 Modelo de unções periódicas

...

80

.

...

V.1.6.4 Modelo ARIMA: o filtro de Kalman Extendido 83

...

.

V.1.7 Modelos de ~Últiplos Processos 87

V.1.7.1

.

Modelo h i c o Representativo do Processo

...

87

...

V.1.7.2

.

Modelo ~Últiplo Representativo do Processo 89

.

...

(7)

...

V.2 . Modelos Convencionais: O ~ é t o d o VI-MVA 96

V.2.1 . ~ipóteses do Sistema

...

97

V.2.2 . ~elações entre as variáveis

...

98

V.2.3

.

~ s t i m a ~ ã o dos Parhetros

...

100

V.2.4 . O Algoritmo de variáveis Instrumentais (VI)

...

102

V.2.5 . O Algoritmo de ~ á x i m a Verossimilhança Aproximada

...

(MVA) 104 CAPÍTULO VI

.

APLICAÇÃO DO

METODO

BAYESIANO VI.l . ~ntrodução: Características da Série

...

107

...

VI.2 . Modelo Utilizado 108 VI.3 . Informação de Entrada: Critério de Escolha dos para- metros de Entrada

...

110

VI.3.1 . Especificação da ~istribuição Inicial dos ~ a r â - metros

...

112

VI.3.2 . Especificação dos Modelos de Estado

...

113

VI.4 . Lógica do Programa de ~últiplos Estados

...

116

VI.5

.

1nterven~Ões do Analista

...

118

VI.6 . Desempenho do Modelo

...

119

VI.7

.

Considerações Finais

...

121

(8)

O objetivo principal deste trabalho é a apresentação e a aplicação, a uma série de demanda mensal de energia elétrica,

do método Bayesiano de previsão a curto prazo de séries temporais

desenvolvido por Harrison e Stevens. Entretanto, a modelagem

Markoviana por ele utilizada propicia um tipo de estimação essen-

cialmente recursiva que, a cada instante, atualiza a estimativa

dos parâmetros combinando a estimativa anterior com a informação

daquele instante. Em outras palavras, a estimativa anterior carre

-

ga consigo toda a informação acerca do passado suficiente para pre -

ver seu efeito no futuro. Isto estabelece uma analogia marcante

com o conceito de estado, permitindo encará-lo como um método de

estimação das variáveis de estado de um sistema linear dinâmico es

-

tocástico e justificando o uso, para a estimação, de uma relação

de recorrência comum em Teoria de Controles: o filtro de Kalman.

O enfoque do trabalho passa a ser, então, a análise recursiva de

modelos lineares de regressão(por mínimos quadrados) e séries tem-

porais, procurando lhe dar consistência teórica e estabelecer sua

evolução cronológica e apontando, quando se julgar procedente, tó-

picos da Teoria de Controles a ela relacionados. Neste particular

é dada especial atenção do conceito de estado, à derivação do fil -

tro de Kalman e a representação de séries temporais em modelos de

(9)

s e n d o o método Bayesiano d e p r e v i s ã o a c u r t o p r a z o d e s é r i e s t e n - p o r a i s , a p e n a s s i t u a d o num c o n t e x t o m a i s amplo. E s t e t i p o de i n t e r e s s e se j u s t i f i c a na medida e m q u e a p r e v i s ã o é um s u b s í d i o r e l e v a n t e à tomada de d e c i s õ e s . Como d e c i s õ e s c r i t e r i o s a s g e r a l m e n t e proporcionam economias c o n s i d e r á - v e i s , a a n á l i s e d e séries t e m p o r a i s o b j e t i v a n d o métodos e f i c i e n

-

t e s d e p r e v i s ã o s e r e v e s t e d e g r a n d e i m p o r t â n c i a . A f o r m u l a ç ã o r e c u r s i v a a n t e r i o r m e n t e c i t a d a p e r m i t e uma abordagem B a y e s i a n a a o problema. A c a d a i n s t a n t e , pode-se p r o v e r i n f o r m a ç õ e s , a t r a v é s d e d i s t r i b u i ç õ e s a p r i o r i , d e d u a s ma - n e i r a s d i f e r e n t e s : i n t e r n a m e n t e , e s t a b e l e c e n d o l e i s de v a r i a ç ã o e p r o p r i e d a d e s e s t a t í s t i c a s p a r a o s p a r â m e t r o s e e x t e r n a m e n t e , r e f l e t i n d o a o c o r r ê n c i a d e f a t o s que i n f l u e n c i a m o comportamento f u t u r o d a s é r i e . E e s t e t a l v e z s e j a o p o n t o p r i n c i p a l : a i n c l u - s ã o f o r m a l do a n a l i s t a , com s u a e x p e r i ê n c i a e s e n s i b i l i d a d e , como p a r t e i n t e g r a n t e do sistema de p r e v i s ã o .

A m a i o r i a dos métodos b a s e i a a p r e v i s ã o numa a n á l i s e

r e t r o s p e c t i v a dos d a d o s , não l e v a n d o e m c o n t a o f a t o p r e s e n t e e s u a s conses;ências f u t u r a s . E x i s t e uma t e n d ê n c i a a p r e v i s õ e s de- masiadamente c a l c a d a s no p a s s a d o e e s t e , em d e t e r m i n a d o i n s t a n t e , pode d e i x a r de s e r s i g n i f i c a t i v o . E x e m p l i f i c a n d o , uma s é r i e de v e n d a s de um p r o d u t o pode s o f r e r s e n s í v e l m o d i f i c a ç ã o quando um c o m p e t i d o r e n t r a no mercado, quando se e f e t u a uma propaganda ma- c i ç a ou quando se a l t e r a m o s h á b i t o s do consumidor. O s e f e i t o s p r o v e n i e n t e s , d i f í c e i s de e x p r e s s a r q u a n t i t a t i v a m e n t e , n e c e s s i t a m d e d i s t r i b u i ç õ e s de p r o b a b i l i d a d e p a r a d e s c r e v e r s u a i n c e r t e z a .

(10)

Um modelo que o p e r a somente com a s é r i e h i s t ó r i c a , transformando mecanicamente dados de e n t r a d a em informações de s a í d a , não pode p r e v e r acontecimentos d e s t a n a t u r e z a e c o r r e o r i s c o de, a p a r t i r de determinado i n s t a n t e , s e t o r n a r inadequado. Surge, e n t ã o , a

-

n e c e s s i d a d e de métodos mais f l e x í v e i s que permitam i n c o r p o r a r a s é r i e h i s t ó r i c a informações t r a n s m i t i d a s p e l o a n a l i s t a e/ou pos- suam uma e s t r u t u r a a d a p t a t i v a que p o s s i b i l i t e uma percepção r á p i - da de mudanças e x t e r n a s , expressando-as convenientemente em t e r - mos q u a n t i t a t i v o s .

E s t a s i d é i a s , basicamente, motivaram a H a r r i s o n e Stevens o desenvolvimento do método Bayesiano de p r e v i s ã o , c u j a s c a r a c t e r í s t i c a s s e prestam a e s t e t i p o de s i t u a ç õ e s .

Em l i n h a s g e r a i s , a esquematização do t r a b a l h o e a s e g u i n t e : o c a p í t u l o I s i t u a o problema e d e f i n e o s o b j e t i v o s . O

c a p i t u l o I1 f a z uma r e v i s ã o da l i t e r a t u r a r e l a c i o n a d a a o a s s u n t o

procurando e s t a b e l e c e r uma s e q k n c i a c r o n o l ó g i c a . O c a p í t u l o I11

aborda a e s t i m a ç ã o por mínimos quadrados de &elos lineares de r e

-

gressão, mostrando rapidamente o s r e s u l t a d o s c l á s s i c o s p a r a p o s t e -

r i o r m e n t e s e d e t e r nos a l g o r i t m o s r e c u r s i v o s , nos c a s o s de parâ- metros c o n s t a n t e s e v a r i á v e i s . O c a p i t u l o I V i n t r o d u z o s t ó p i c o s da T e o r i a de C o n t r o l e s que t ê m r e l a ç ã o com a p a r t e e s t a t í s t i c a do t r a b a l h o , basicamente, o c o n c e i t o de e s t a d o de um s i s t e m a e a d e r i v a ç ã o Bayesiana do f i l t r o de Kalman. O c a p í t u l o V s e ocupa da a n á l i s e r e c u r s i v a de s é r i e s t e m p o r a i s , a p r e s e n t a n d o o s fun- damentos t e ó r i c o s e a s c a r a c t e r í s t i c a s do método Bayesiano de p r e

-

v i s ã o a c u r t o prazo

,

a r e p r e s e n t a ç ã o de v á r i o s modelos u s u a i s de

(11)

séries temporais em modelos de espaço de estados e um método re-

cursivo de estimação dos parâmetros de um modelo dinâmico de fun

-

ção de transferência baseado em modificações por variáveis instru

-

mentais e máxima verossimilhança aproximada das equações recursi-

vas de mínimos quadrados. O capítulo VI mostra a aplicação do mé -

todo Bayesiano à série de demanda mensal de energia elétrica das Centrais ~létricas do ~spírito Santo S.A. (ESCELSA). O capítulo

VI1 contém conclusões e sugestões para possíveis desenvolvimentos

(12)

A p r i m e i r a a p l i c a ç ã o , na a n á l i s e de o b s e r v a ç õ e s , do

p r i n c í p i o de e s t i m a ç ã o por mínimos quadrados do modelo de r e g r e s - s ã o l i n e a r d a t a do i n i c i o do s é c u l o X I X e deve-se a GAUSS em 1801 e LEGENDRE em 1806. A p a r t i r d a i , o método s e desenvolve n a t u r a l m e n t e , e v o l u i n d o de um mero p r o c e s s o mecânico de a j u s t e p a r a um c o n t e x t o e s t o c á s t i c o , no q u a l a s observações e o s e s t i m a d o r e s s ã o conside- r a d o s v a r i á v e i s a l e a t ó r i a s com p r o p r i e d a d e s e c a r a c t e r í s t i c a s co- n h e c i d a s . I s t o proporciona maior c o n s i s t ê n c i a t e ó r i c a , p o s s i b i l i

-

t a n d o a obtenção de uma s é r i e de r e s u l t a d o s i m p o r t a n t e s . Em 1950, PLACKETT 114) a c r e s c e n t a a l g o r e a l m e n t e no- vo à t e o r i a , a p r e s e n t a n d o modificações no método a p l i c á v e i s a duas s i t u a ç õ e s : ( i )

-

quando a m a t r i z r e l a c i o n a n d o o v a l o r e s p e r a d o d a s observa - ções com o s parâmetros desconhecidos não for de rank p l e n o . Nela, f o r m a l i z a r e s u l t a d o s o b t i d o s por YATES e HALE em 1939 que, supondo a e x i s t ê n c i a de uma r e l a ç ã o f i x a e n t r e o s parâmetros desconhecidos, determinam, por s u b s t i t u i - ç ã o , s u a m a t r i z de c o v a r i â n c i a ;

( i i )

-

quando s e d e s e j a a t u a l i z a r a s e s t i m a t i v a s dos parâmetros, da sua m a t r i z de c o v a r i â n c i a e da soma dos quadrados dos

(13)

r e s í d u o s , devido a presença de novas observações. Nela, desenvolve uma e l e g a n t e formulação m a t r i c i a l recursiva que, em presença das novas observações, a t u a l i z a a s e s t i m a t i v a s com um e s f o r ç o computacional menor que o método c l á s s i c o

(no q u a l é n e c e s s á r i a a i n v e r s ã o de uma m a t r i z ) .

Apesar da p o t e n c i a l i d a d e , da e l e g â n c i a e da s i m p l i f i

-

cação, a a n á l i s e r e c u r s i v a de mínimos quadrados não causa no meio e s t a t í s t i c o a devida r e p e r c u s s ã o . Na r e a l i d a d e é a t r a v é s de KALMAN

1

8

1,

um engenheiro de C o n t r o l e s , que a i d é i a s e p o p u l a r i z a a par - t i r de um t r a b a l h o publicado em 1 9 6 0 . Considerando o s parâmetros como a s v a r i á v e i s de e s t a d o de um s i s t e m a dinâmico d e s c r i t o s por

um c o n j u n t o de equações l i n e a r e s e s t o c á s t i c a s , a h i p ó t e s e de i n v a

-

r i â n c i a , i m p l í c i t a no t r a b a l h o de P l a c k e t t , pode s e r g e n e r a l i z a d a : e l e s s ã o s u p o s t o s v a r i á v e i s com uma componente d e t e r m i n í s t i c a (ca- r a c t e r i z a n d o o p r o c e s s o e v o l u t i v o normal do s i s t e m a ) e uma compo- n e n t e e s t o c á s t i c a ( r e p r e s e n t a n d o a a l e a t o r i e d a d e i n e r e n t e a todo s i s t e m a f í s i c o ) Para d e r i v a r e s t a formulação g e r a l , Kalman u t i l i

-

za o c o n c e i t o de p r o j e ç õ e s o r t o g o n a i s . Deve-se r e s s a l t a r que o t r a b a l h o s e d e s t i n a basicamente à t e o r i a de f i l t r a g e m , não sendo aventada e x p l i c i t a m e n t e p e l o a u t o r sua r e l a ç ã o com a i d é i a de míni -

mos quadrados r e c u r s i v o s da ~ s t a t í s t i c a . Apesar d i s t o , a s equa- ções de P l a c k e t t constituem c a s o p a r t i c u l a r das de Kalman sem que possivelmente e s t e tenha conhecimento do t r a b a l h o daquele. A s d i - v e r s a s formas do a l g o r i t m o de f i l t r a g e m de Kalman ( d i s c r e t a , con- t í n u a e d i s c r e t a - c o n t í n u a ) desempenham um importante p a p e l na Teo- r i a de C o n t r o l e s sendo a p l i c a d a s , i n c l u s i v e , nas estimações da t r a

-

j e t ó r i a e da ó r b i t a da missão Apolo.

(14)

Em 1 9 6 4 , H0 e LEE 17

1

propõem uma s o l u ç ã o Bayesiana p a r a d e r i v a r a s equações do f i l t r o de Kalman num t r a b a l h o que v i - s a formular uma c l a s s e g e r a l de problemas de estimação e s t o c á s - t i c a sob o ponto de v i s t a da T e o r i a de ~ e c i s ã o Bayesiana. E s t a s o -

l u ç ã o , mais d e t a l h a d a , a p a r e c e no mesmo ano num l i v r o de LEE 110

1

que dá um t r a t a m e n t o aprofundado aos problemas de estimação, i d e n -

t i f i c a ç ã o e c o n t r o l e Ótimos de s i s t e m a s e s t o c á s t i c o s

.

Nele, O c r i t é r i o de a j u s t e r e c u r s i v o por mínimos quadrados é deduzido ex- p l i c i t a m e n t e , sendo p e l a p r i m e i r a apontada a l i g a ç ã o e n t r e e s t i m a

-

ção de parâmetro e de e s t a d o .

Em 1 9 6 9 , YOUNG

1

1 7

1

mostra como s ã o o b t i d a s a s equa

-

ções de estimação r e c u r s i v a por mínimos quadrados do modelo de r e

-

g r e s s ã o l i n e a r e como e l a s podem s e r modificadas p a r a p e r m i t i r a percepção de p o s s í v e i s v a r i a ç õ e s dos parâmetros. A s e g u i r , d i s c u

-

t e sua a p l i c a ç ã o na estimação e i d e n t i f i c a ç ã o de processos dinâmi

-

tos a p a r t i r dos dados normais de operação.

Em 1 9 71, HARRISON e STEVENS

1

4

1

aplicam o s p r i n c í - p i o s Bayesianos à p r e v i s ã o a c u r t o prazo de s é r i e s temporais. Pe- l a p r i m e i r a vez, um método modela e x p l i c i t a m e n t e a o c o r r ê n c i a de s i t u a ç õ e s ''anormais "como mudanças de n í v e l e de i n c l i n a ç ã o ou t r a n - s i ê n c i a s , c a l c u l a n d o a s p r o b a b i l i d a d e s a p o s t e r i o r i d e s t e s even- t o s a cada i n s t a n t e e fornecendo, com i s t o , d i s t r i b u i ç õ e s do n í - v e l e da i n c l i n a ç ã o , r e l e v a n t e s à tomada de d e c i s õ e s baseada nas

Em 1972, MACGREGOR 1121 d i s c u t e a abordagem de v a r i á

-

v e i s de e s t a d o p a r a modelar s i s t e m a s dinâmicos l i n e a r e s d i s c r e t o s

(15)

e s t o c á s t i c o s e a r e l a c i o n a que u t i l i z a modelos funções de t r a n s

-

f e r ê n c i a e modelos ARIMA. Mostra que a forma padrão do modelo de v a r i á v e i s de e s t a d o usando d o i s v e t o r e s normais independentes po- de sempre s e r e s c r i t a numa forma mais s i m p l i f i c a d a , empregando um único v e t o r normal, dando v á r i a s d e s t a s r e p r e s e n t a ç õ e s p a r a o mo- d e l o ARIMA g e r a l .

Em 1 9 7 4 , YOUNG

1

18

1

f o r m a l i z a a a n á l i s e r e c u r s i v a de mínimos quadrados e s t a b e l e c e n d o s e u p r o c e s s o e v o l u t i v o e s u a s p r i n c i p a i s c a r a c t e r í s t i c a s e indicando sua u t i l i d a d e no d e l i n e a - mento de métodos r e c u r s i v o s de a n á l i s e de s é r i e s temporais p a r a modelos de s i s t e m a s dinâmicos e s t o c á s t i c o s . Comenta que a maio-

r i a da l i t e r a t u r a aborda modelos convencionais t i p o "caixa-preta1'

,

preocupados basicamente com a s r e l a ç õ e s e n t r e a s e n t r a d a s e as s a i

-

d a s , c o n t r a s t a n d o com a e s c a s s e z de p u b l i c a ç õ e s a r e s p e i t o de mo d e l o s t i p o "espaço de e s t a d o s " , mais v o l t a d o s à d e s c r i ç ã o i n t e r n a do processo. E s t e s modelos s ã o i m p o r t a n t e s por f a c i l i t a r e m o uso de informações a p r i o r i s o b r e o s i s t e m a e por p o s s i b i l i t a r e m que s e e v i t e a e s p e c i f i c a ç ã o de formas canônicas s a t i s f a t ó r i a s p a r a a s equações de modelos m u l t i v a r i a d o s .

Em 1 9 7 4 , AKAIKE

I

1 I d i s c u t e a r e l a ç ã o da r e p r e s e n t a

-

ção Markoviana de um processo e s t o c á s t i c o e s t a c i o n á r i o com a r e - p r e s e n t a ç ã o ARMA ( a u t o - r e g r e s s i v o médias móveis)

,

com um c r i t é r i o de máxima v e r o s s i m i l h a n ç a p a r a o a j u s t e da r e p r e s e n t a ç ã o Marko- v i a n a . I n t r o d u z um procedimento p r á t i c o p a r a e n c o n t r a r uma forma i n i c i a l d e s t a r e p r e s e n t a ç ã o , demonstrando com exemplos numéricos sua v a l i d a d e .

(16)

Em 1 9 7 4 , BLIGHT

1

2

I

. d i s c u t e algumas a p l i c a ç õ e s das abordagens Bayesiana e de Wiener

-

Kolmogorov na c o n s t r u ç ã o de e- quações r e c u r s i v a s p a r a a estimação de parâmetros e s t o c á s t i c o s . A -

ponta s o l u ç õ e s p a r a o s c a s o s de p r e v i s ã o , f i l t r a g e m e amortecimen

-

t o quando o parâmetro segue um processo Markoviano e é observado com e r r o . U t i l i z a a s o l u ç ã o Bayesiana p a r a g e r a r um f a t o r i z a ç ã o canônica da função geradora da a u t o c o v a r i â n c i a da s é r i e observa

-

d a , g e n e r a l i z a n d o e s t a s t é c n i c a s p a r a o u t r o s modelos.

Em 1 9 7 6 , HARRISON e STEVENS

1

5 1 e

1

6

1

apresentam o s i s t e m a Bayesiano de p r e v i s ã o a c u r t o prazo de s é r i e s temporais em d o i s a r t i g o s : um t e ó r i c o , e n f a t i z a n d o como p r i n c i p a l a s p e c t o a i n c l u s ã o formal do a n a l i s t a no s i s t e m a de p r e v i s ã o e i n t r o d u z i n

-

do, a t r a v é s dos modelos de m ú l t i p l o s p r o c e s s o s , a noção de i n c e r - t e z a quanto ao v e r d a d e i r o modelo em c u r s o num determinado i n s t a n

-

t e , numa g e n e r a l i z a ç ã o dos c o n c e i t o s a p r e s e n t a d o s no t r a b a l h o de 1 9 7 1 ; o u t r o , contendo a a p l i c a ç ã o do método a q u a t r o s é r i e s tem- p o r a i s .

Em 1 9 7 7 , LEONARD e HARRISON

/

11

1

desenvolvem novas t é c n i c a s p a r a o método de H a r r i s o n e S t e v e n s . supõem d i s t r i b u i - ções a p r i o r i c o n t í n u a s p a r a a s v a r i â n c i a s desconhecidas do mode- l o e descrevem uma maneira de a t u a l i z a r a s v a r i â n c i a s e o s p a r 2 -

metros do p r o c e s s o . Computam, a t r a v é s de i n t e g r a ç ã o m i d i m e n s i o -

na11 d i s t r i b u i ç õ e s das f u t u r a s observações, comparando com o s r e s u l t a d o s o b t i d o s p e l a a p l i c a ç ã o de um modelo ARIMA Box e Jenkins. propõemuma g e n e r a l i z a ç ã o da abordagem Bayesiana p a r a s i t u a ç õ e s em

(17)

Em 1 9 78, LEDOLTER

1

9

1

d i s c u t e a e s t i m a ç ã o r e c u r s i v a de parâmetros e m modelos de r e g r e s s ã o l i n e a r (parâmetros constan- t e s e v a r i á v e i s ) e modelos ARIMA. Nos modelos ARIMA mostra q u e , no c a s o de h a v e r termos de médias móveis, o modelo p r e c i s a s e r li- n e a r i z a d o e a a t u a l i z a ç ã o dcuestimativik f e i t a ? e l o f i l t r o de Kal- man Extendido.

Em 1 9 78, SOUZA e HARRISON 1 1 6 1 g e n e r a l i z a m o t r a b a - l h o de 1976 de H a r r i s o n e Stevens a p r e s e n t a n d o uma abordagem

2

p r e

-

v i s ã o baseada em p r i n c í p i o s Bayesianos e T e o r i a da ~ n f o r m a ç ã o . A

formulação do modelo u t i l i z a a função de e n t r o p i a de Shannon e o p r i n c í p i o de máxima e n t r o p i a de J a y n e s , p o s s i b i l i t a n d o o r e l a x a - mento d a s h i p ó t e s e s de normalidade e l i n e a r i d a d e n e c e s s á r i a s a t o -

dos o s métodos de p r e v i s ã o e tornando o modelo l i n e a r dinâmico de 1976 um c a s o p a r t i c u l a r d e s t a formulação.

Todas e s t a s p u b l i c a ç õ e s contêm t ó p i c o s d i r e t a m e n t e r e l a c i o n a d o s a e s t e t r a b a l h o . O u t r a s p u b l i c a ç õ e s s o b r e modelos de

-

s é r i e s temporais c i t a d a s a s e g u i r s e relacionam a modelagem de s i s t e m a s l i n e a r e s dinâmicos e s t o c ~ s t i c o s , campo desenvolvido quase independentemente por e s t a t í s t i c o s , com i n t e r e s s e p r i n c i p a l na mo- delagem de séries t e m p o r a i s , e e n g e n h e i r o s de c o n t r o l e s , com i n t e - r e s s e p r i n c i p a l no c o n t r o l e dos p r o c e s s o s c a r a c t e r i z a d o s p e l o s mo- d e l o s dinâmicos e s t o c á s t i c o s . Torna-se i n t e r e s s a n t e a p r e s e n t á - l o s por s e r e l a c i o n a r e m i n d i r e t a m e n t e a temas abordados n e s t e trabalho.

Na á r e a da ~ s t a t i s t i c a , o i n t e r e s s e em modelos de

-

ries temporais d e s t a e s p é c i e começa com YULE (19271 e SLUTSKY

(18)

l h a n t e s a o s verdadeiramente o c o r r i d o s em algumas s é r i e s tempo- r a i s podem r e s u l t a r de modelos contendo somente componentes a l e a - t ó r i a s . YULE i n t r o d u z a noção de s é r i e s a u t o - r e g r e s s i v a s , enquan -

t o SLUTSKY c o n s i d e r a um c a s o e s p e c i a l do p r o c e s s o de médias mó- v e i s . O s desenvolvimentos s u b s e q i e n t e s de modelos e s t a c i o n á r i o s a u t o - r e g r e s s i v o s e de médias móveis devem-se grandemente a t r a b a - l h o s de WALKER (1931

,

WOLD (1938)

,

KOLMOGOROV (1939)

,

que p r o -

põe uma s o l u ç ã o p a r a o problema de f i l t r a g e m e p r e v i s ã o e BAR-

( 1 9 4 6 ) e (1955)

.

A h i p ó t e s e de e s t a c i o n a r i d a d e é r e l a x a d a por

YAGLON (1955 ) que i n t r o d u z a i d é i a de c o n s i d e r a r e s t a c i o n á r i a s algumas d i f e r e n c i a ç õ e s do p r o c e s s o . N u m famoso t r a b a l h o , BOX e

-

JENKINS 12

1

em 1970 mostram que e s t a s d i f e r e n c i a ç õ e s permitem a s é r i e o r i g i n a l s e r homogeneamente não e s t a c i o n á r i a quando c e r t a s condições de i n v e r s i b i l i d a d e e e s t a c i o n a r i d a d e s ã o s a t i s f e i t a s pe

-

l a s p a r t e s a u t o - r e g r e s s i v a e de médias móveis do modelo. A par- t i r d a í propõem uma c l a s s e b a s t a n t e g e r a l de modelos denominados modelos i n t e g r a d o s a u t o - r e g r e s s i v o s médias móveis (ARIMA) que também p e r m i t e a i n c o r p o r a ç ã o de e f e i t o s s a z o n a i s .

Na á r e a de C o n t r o l e s , o ponto de p a r t i d a deve-se a

WIENER (1949 ) que, em c o n t r a s t e com a s equações p a r a m é t r i c a s de d i f e r e n ç a s p r e f e r i d a s p e l o s e s t a t í s t i c o s , usa r e p r e s e n t a ç õ e s não p a r a m é t r i c a s p a r a c a r a c t e r i z a r o s d i s t ú r b i o s e s t o c ã s t i c o s e s t a c i o

-

n á r i o s ( a u t o c o r r e l a ç ã o , c o r r e l a ç ã o cruzada e função densidade e s - p e c t r a l ) . E l e mostra que a e s p e c i f i c a ç ã o de um f i l t r o l i n e a r pa- r a a p r e v i s ã o de mínimo e r r o q u a d r ã t i c o de um s i n a l e s t o c á s t i c o ou a s e p a r a ç ã o e n t r e o s i n a l e o r u í d o levam a uma equação i n t e - g r a l denominada equação de Wiener

-

Hopf. P a r a r e s o l v ê - l a , pro-

(19)

põe um método de f a t o r i z a ç ã o e s p e c t r a l v á l i d a no caso de uma sé-

r i e temporal com e s p e c t r o r a c i o n a l . De t o d a s a s e x t e n s õ e s que s e seguem a s mais i m p o r t a n t e s devem-se a ZADEH e R A G A Z I N N I (1950) e a BODE e SHANNON (1950) que apresentam um método de s o l u ç ã o s i m -

p l i f i c a d o baseado na i d é i a de c o n s i d e r a r uma série temporal e s t a -

c i o n á r i a com um e s p e c t r o r a c i o n a l , como a s a í d a de um f i l t r o li-

n e a r com um r u í d o b r a n c o de e n t r a d a .

~ t é

que em 1960 KALMAN, con

-

forme mencionado a n t e r i o r m e n t e , dá uma abordagem g e r a l n e s t a á r e a p a r a o problema de f i l t r a g e m l i n e a r e p r e v i s ã o . E l e v o l t a - s e pa- r a uma r e p r e s e n t a ç ã o p a r a m é t r i c a de modelos dinâmicos e s t o c á s t i - cos em termos de equações d i f e r e n c i a i s de v e t o r e s de e s t a d o s , con

-

t o r n a n d o o problema da f a t o r i z a ç ã o e s p e c t r a l de Wiener e f o r n e c e n -

do r e s u l t a d o s g e r a i s p a r a o s problemas de f i l t r a g e m e p r e v i s ã o de p r o c e s s o s Markovianos m u l t i v a r i a d o s n ã o - e s t a c i o n á r i o s .

De um modo g e r a l , e s t a s s ã o a s p u b l i c a ç õ e s mais i m - p o r t a n t e s d i r e t a e i n d i r e t a m e n t e r e l a c i o n a d a s a o t r a b a l h o .

(20)

ANALISE

RECURSIVA DE MODELOS LINEARES DE

BEGRESSÃO POR M ~ N I M O S QUADRADOS

O principio de estimação por mínimos quadrados dos parâmetros do modelo de r e g r e s s ã o l i n e a r é uma t é c n i c a b a s t a n t e u t i l i z a d a em a p l i c a ç õ e s p r á t i c a s e em desenvolvimento de pesqui- s a s c i e n t í f i c a s . Suas v a s t a s a p l i c a b i l i d a d e e a c e i t a ç ã o devem- s e , basicamente, ao f a t o de a l i a r s i m p l i c i d a d e matemática a r e - s u l t a d o s p r e c i s o s e c o e r e n t e s , além de p o s s u i r um f o r t e a p e l o i n - t u i t i v o .

Neste c a p i t u l o , após breve exposição do r e s u l t a d o c l á s s i c o , s ã o apresentados os a l g o r i t m o s r e c u r s i v o s , p a r a os ca- s o s de parâmetros c o n s t a n t e s e v a r i á v e i s . Como ao longo do tempo raramente s e conhece o modelo e s t o c á s t i c o g e r a l , s ã o f e i t a s algu- mas s i m p l i f i c a ç õ e s que levam aos modelos de Gauss-Markov de P r i

-

meira Ordem e de P a s s e i o ~ l e a t ó r i o . Para e s t e a p r e s e n t a - s e um t e s t e p a r a v e r i f i c a r a veracidade ou não da h i p ó t e s e de parâme

-

t r o s v a r i á v e i s .

111.1

-

Abordagem c l á s s i c a

S e j a o problema de r e g r e s s ã o l i n e a r no q u a l uma va- r i á v e l y s e r e l a c i o n a l i n e a r m e n t e , por h i p ó t e s e , com N v a r i á v e i s

-

independentes x . ( j = 1,N) c u j o s v a l o r e s s ã o conhecidos. Efetuan-

(21)

do-se t observações da v a r i á v e l dependente y , denotadas por

-

y i ( i = 1 , t ) . cada uma vem "contaminada1' p e l a p r e s e n ç a de um r u í - d o a l e a t ó r i o vi d e c o r r e n t e d e e r r o s de medida ou de e r r o s e s t o - c á s t i c o s d e v i d o s , p o s s i v e l m e n t e , à i n f l u ê n c i a de v a r i á v e i s o m i t i

-

-

das no modelo.

sendo x i j ( j = 1 , N ) o c o n j u n t o de v a l o r e s a s s o c i a - dos à observação yi, pode-se e s c r e v e r o s e g u i n t e s i s t e m a de equa -

ções l i n e a r e s r e l a c i o n a n d o a s v a r i á v e i s :

onde

ol,

O Z

,

.

. . .

.

,

O N s ã o parâmetros c o n s t a n t e s e desconhecidos c u j o s v a l o r e s s e d e s e j a de alguma forma e s t i m a r e o s r u i d o s v i

'

t ê m

c a r a c t e r í s t i c a s e s p e c i f i c a d a s no i t e m

111.2.2.

Uma maneira mais f u n c i o n a l de r e p r e s e n t a r o s i s t e m a é a t r a v é s da formulação m a t r i c i a l : onde : Y

-

v e t o r de observações (t x 1) X

-

m a t r i z d e v a r i á v e i s i n d e p e n d e n t e s ( t x N ) O

-

v e t o r de parâmetros (N x 1) v

-

v e t o r de r u í d o s ( t x 1) sendo Y e X c o n h e c i d o s , O e v desconhecidos.

A s s i m colocado o problema s e resume em e s t i m a r o ve- t o r O tendo como informação a m a t r i z X e o v e t o r Y. O método mais conhecido p a r a i s t o é o dos mínimos quadrados que c o n s i s t e em d e t e r m i n a r o v a l o r

5

que minimiza a soma dos quadrados dos r e -

(22)

-

s i d u o s ei ( i = 1

,

t )

.

com o s r e s í d u o s sendo d e f i n i d o s p e l a s e g u i n

-

t e r e l a ç ã o : onde e

-

v e t o r de r e s í d u o s (t x 1) A s s i m , o r u í d o v i n d i c a o e r r o v e r d a d e i r o na r e l a ç ã o e n t r e X e Y (quando s ã o r e l a c i o n a d o s a t r a v é s do v a l o r desconhe

-

c i d o 0 ) e o r e s í d u o e , o e r r o estimado (quando s ã o r e l a c i o n a - dos a t r a v é s de

O )

: Definindo:

o problema de estimação pode s e r enunciado da s e g u i n t e maneira: determinar o v a l o r

O

que minimiza a função de c r i t é r i o J s a t i s f a

-

zendo a r e l a ç ã o ( 3 . 3 ) , i s t o é:

I

(23)

Desenvolvendo ( 3 . 4 ) :

, I I

Observando que O X Y é e s c a l a r e p o r t a n t o i g u a l a

I ,

s e u t r a n s p o s t o Y X O , vem:

Como J uma função unimodal no espaço dos parâme- t r o s , a condição n e c e s s á r i a e s u f i c i e n t e p a r a s u a minimização é que o v a l o r

O

s a t i s f a ç a a s condições:

Tem-se :

(24)

A

Como X ' X é p o s i t i v a d e f i n i d a , o v a l o r de ( 3 . 5 ) é ponto de mínimo da função J.

Observe-se que a h i p ó t e s e de independência e n t r e a s v a r i á v e i s x . (j =

m)

g a r a n t e a e x i s t ê n c i a de ( X ' X ) - I em ( 3 . 5 ) 3 1 1 1 . 2

-

Abordagem Recursiva: ~ a r â m e t r o s C o n s t a n t e s 1 1 1 . 2 . 1

-

Algoritmo ~ e t e r m i n í s t i c o I n t r o d u z i n d o em ( 3 . 5 ) o í n d i c e t p a r a i n d i c a r que a e s t i m a t i v a f o i r e a l i z a d a levando-se em c o n t a t a m o s t r a s , chega-se a : onde : -1 Pt = ( X ' X ) bt = ( X ' Y )

Definindo-se xi como a i-ésima l i n h a da m a t r i z X (xi =

[ X ~ ~ , . . , X ~ ] ) e yi como o i-ésimo elemento do v e t o r Y , a s seguin

-

t e s r e l a ç õ e s decorrem da d e f i n i ç ã o de m u l t i p l i c a ç ã o m a t r i c i a l :

t

X'X = C x!y

i i

(25)
(26)

P o r o u t r o l a d o , d e ( 3 . 8 ) t i r a - s e que: AS equações (3.13) e ( 3 . 1 4 ) fornecem v a l o r e s de Pt e bt e m função d e Pt-l e bt-l e s t i m a d o s e da informação o b t i - d a na t-ésirna a m o s t r a { x t , y t }

.

I s t o s u g e r e a t e n t a t i v a de u- A ma fórmula r e c u r s i v a p a r a d e t e r m i n a ç ã o de O que u t i l i z e a e s t i t

-

A

m a t i v a Ot-l f e i t a a p ó s (t-1) a m o s t r a s e um 'termo c o r r e t i v o ba- s e a d o na i n f o r m a ç ã o c o n t i d a na t - é s i m a a m o s t r a , r e p r e s e n t a d a p o r xt e y t . P a r a t a l b a s t a s u b s t i t u i r ( 3 . 1 3 ) e (3.14) e m ( 3 . 6 ) . ob

-

t e n d o - s e :

Mas d e ( 3 . 1 1 ) t i r a - s e que:

(27)

20 P o r t a n t o a s equações ( 3 . 1 3 ) e ( 3 . l 6 ) :

o

= t O t - 1 - P t ( x x o t t t-1

-

xtyt) fornecem a p a r t i r de v a l o r e s i n i c i a i s a r b i t r á r i o s e Po uma s o O - l u ç ã o r e c u r s i v a p a r a a equação ( 3 . 6 ) : 1 1 1 . 2 . 2

-

Algoritmo E s t o c á s t i c o O a l g o r i t m o r e c u r s i v o a p r e s e n t a d o é um método pura- mente d e t e r m i n í s t i c o de estimação, não levando em conta a s hipó-

t e s e s a r e s p e i t o da n a t u r e z a e s t o c á s t i c a dos r u í d o s e não fornecen

-

do nenhuma informação e s t a t í s t i c a a c e r c a d a s e s t i m a t i v a s . A con- s i d e r a ç ã o das h i p ó t e s e s e s t a t í s t i c a s c l á s s i c a s da r e g r e s s ã o li- n e a r proporciona uma melhora no s e u desempenho, na medida em que p e r m i t e e s t a b e l e c e r p r o p r i e d a d e s r e l a t i v a s à " q u a l i d a d e " das e s t i -

mativas (como por exemp10,não t e n d e n c i o s i d a d e , c o n s i s t ê n c i a , e t c ) .

A s s i m , tem-se:

~ i p ó t e s e s

1

-

E [V] = O . OS r u í d o s t ê m média n u l a

2 2

2

-

E [vv'] = o I+.Os r u í d o s t ê m v a r i â n c i a c o n s t a n t e o e s ã o s e - r i a l m e n t e não cor relacionado^

3

-

O s r u í d o s v e cada v a r i á v e l independente Xi ( i = l , t ) são inde- pendentes e n t r e s i .

(28)

P r o p r i e d a d e s A 1

-

E .-

r

O

1

= O t - O e s t i m a d o r O t de (3.16 ) é não t e n d e n c i o s o Prova: De ( 3 . 2 ) e ( 3 . 5 ) vem ( c o n s i d e r a n d o o í n d i c e t ) : A 1 -1

'

1 1

o,

= ( X X)

x

Y =

( x l x ) - l x l

(XO,

+

v) = ( X

x ) - l x

xot

+

( x l x )

- l x 1 v = Tomando o v a l o r esperado: P e l a h i p ó t e s e (1) :

*

A 2 2

-

Pt

$

Cov(Ot) = o Pt. A m a t r i z de c o v a r i á n c i a do e r r o da e s t i - mativa i g u a l a o produto da v a r i â n c i a dos r u í d o s o 2 p e l a m a t r i z

p t de ( 3 . 1 3 ) .

Prova:

(29)

Mas Pt é s i m é t r i c a e p o r t a n t o Pt = P;. Logo: p e l a h i p ó t e s e ( 2 ) : De ( 3 . 7 ) vem: De p o s s e d e s t e s r e s u l t a d o s , pode-se s u b s t i t u i r P p o r t.

*

2 P ~ / O n a s equações (3.13) e ( 3 . 1 6 )

,

obtendo o a l g o r i t m o : É i n t e r e s s a n t e r e s s a l t a r que (3.17) e (3.18) cor- respondem às equações o b t i d a s por P l a c k e t t .

111.2.3

-

c a r a c t e r í s t i c a s do Algoritmo ~ s t o c á s t i c o 1 1 1 . 2 . 3 . 1

-

Vantagens

-

e m r e l a ç ã o a o a l g o r i t m o d e t e r m i n í s t i c o , o f a t o de i n c o r p o r a r , - a

*

t r a v é s da m a t r i z de c o v a r i â n c i a do e r r o da e s t i m a t i v a P uma i n - t

(30)

formação e s t a t í s t i c a que i n d i c a o grau de c o n f i a b i l i d a d e dessa es- t i m a t i v a . Portanto para cada amostra { xi, yi} i = )

,

fornece

C

uma e s t i m a t i v a O , dos parâmetros e uma medida de sua p r e c i s ã o , além

1

de informar acerca de sua convergência.

-

em r e l a ç ã o à solução c l ã s s i c a , o f a t o de não n e c e s s i t a r inver-

*

são de matrizes por s e r e s c a l a r o termo

.

Esta van

-

tagem é considerável principalmente para sistemas de processamento em tempo r e a l ( " o n - l i n e n ) onde os dados são recebidos continuamen- t e e a s e s t i m a t i v a s precisam s e r a t u a l i z a d a s rapidamente em função das novas informações. A solução c l á s s i c a requer, a cada nova ob-

servação, a inversão de uma matriz N x N .

-

algoritmo de i n f e r ê n c i a Bayesiana

*

Considerando P como a matriz de covariância do e r r o t

*

da e s t i m a t i v a , a recursão é i n i c i a d a escolhendo-se um valor

Po

A

-

c o n s i s t e n t e com o n í v e l de crença no v a l o r

$.

Deste modo O0 com

*

matriz de covariância a p r i o r i P associada r e p r e s e n t a uma estima

O

-

t i v a a p r i o r i que, após o conhecimento da primeira amostra{ xl,yl}

*

dá origem à e s t i m a t i v a a p o s t e r i o r i O com matriz de covariância a

1

*

p o s t e r i o r i P, associada, que por sua vez r e p r e s e n t a uma e s t i m a t i v a

-

I

a p r i o r i para a segunda maneira: com a chegada r i o r i torna-se a p r i o r i zando perfeitamente um

e s t i m a t i v a . O processo prossegue d e s t a de novas informações, a e s t i m a t i v a a poste

-

II

para a e s t i m a t i v a subsequente, c a r a c t e r i - processo de i n f e r ê n c i a Bayesiana.

(31)

-

a l g o r i t m o de aproximação e s t o c á s t i c a m u l t i d i m e n s i o n a l B a s t a n o t a r que por ( 3 . 3 ) e ( 3 . 4 ) e p e l a d e f i n i ç ã o de m u l t i p l i c a ç ã o m a t r i c i a l d e c o r r e : & O g r a d i e n t e de J em r e l a ç ã o a O f i c a : t

aJ

t t (3.20) V. ( J ) =

-

= ( E

xixi)

Ó t

-

E x!y = O t

a ot

i=l i=l i i

A comparação da Última p a r c e l a de (3.20) com a de

*

2 A

( 3 . 1 8 ) , s u g e r e que s e c o n s i d e r e o termo pt/o ( X ' X

o,-,-

x; y t ) c 2

t t

mo uma medida i n s t a n t â n e a do g r a d i e n t e da função de c r i t é r i o J no

*

2

t-ésimo " i n s t a n t e a m o s t r a l "

,

modulado p e l a m a t r i z Pt/o

.

Encaran

-

do d e s t a forma (3.18) r e p r e s e n t a um método d i s c r e t o m u l t i d i m e n s i o

-

.

n a 1 do g r a d i e n t e e o a l g o r i t m o (3.16) e ( 3 . 1 7 ) , um a l g o r i t m o de a- proximação (ou de g r a d i e n t e ) e s t o c á s t i c a m u l t i d i m e n s i o n a l com o ga

*

nho e s c a l a r s u b s t i t u í d o p e l a m a t r i z de ganho pt/02*

Considerando a c o n s i s t ê n c i a da e s t i m a t i v a , à medida que a e s t i m a ç ã o prossegue a c o n f i a n ç a na e s t i m a t i v a aumenta e o g r a d i e n t e observado p a s s a a d e c o r r e r , provavelmente, da i m p r e c i s ã o i n t r o d u z i d a p e l o r u í d o . Como o peso a s s o c i a d o a o termo c o r r e t i v o

*

d i m i n u i , a m a t r i z P / o 2 a t u a no s e n t i d o de s u a v i z a r @ i f i l t r a r e s t a

(32)

A i n t e r p r e t a ç ã o como um a l g o r i t m o de aproximação e s - t o c á s t i c a é i m p o r t a n t e por d o i s motivos:

( i ) p e r m i t e uma v i s u a l i z a ç ã o " f í s i c a " do s e u funcionamento.

( i i ) p r o p o r c i o n a um elemento de u n i f i c a ç ã o e n t r e v á r i o s métodos de i n f e r ê n c i a e s t a t í s t i c a s u p e r f i c i a l m e n t e d i f e r e n t e s como e s t i m a ç ã o do modelo de r e g r e s s ã o l i n e a r por mínimos quadra- dos, e s t i m a ç ã o de v a r i á v e i s de e s t a d o e t e o r i a de f i l t r a g e m , como s e r á v i s t o no c a p í t u l o I V . P a r a i n i c i a l i z a r o a l g o r i t m o e s t o c á s t i c o , há duas ma - n e i r a s p o s s í v e i s : * A

-

a r b i t r a r um v a l o r

e,

( p o r exemplo Ooigual ao v e t o r n u l o ( N x 1 ) ) e

*

f a z e r Po uma m a t r i z d i a g o n a l com v a l o r e s bem g r a n d e ~ ~ i n d i c a n d o pou -

c a c r e d i b i l i d a d e na e s t i m a t i v a i n i c i a l e nenhum conhecimento da c o v a r i â n c i a e n t r e a s componentes d e s t a e s t i m a t i v a . Pode-se mos- t r a r que, d e s t a forma, o s r e s u l t a d o s f o r n e c i d o s p e l o a l g o r i t m o t e n

-

dem a o s da s o l u ç ã o c l á s s i c a o b t i d o s r e s o l v e n d o r e p e t i d a m e n t e a e- quação ( 3 . 5 ) , p a r a t > N ( o s r e s u l t a d o s s ã o a s s i n t o t i c a m e n t e e q u i - v a l e n t e s ) . Na r e a l i d a d e a convergência é b a s t a n t e r á p i d a , desde

*

que o s elementos da d i a g o n a l de Po sejam s u f i c i e n t e m e n t e g r a n d e s .

*

A

-

p a r a um M > N , c a l c u l a r P M ( e c ~ n s e ~ u e n t e m e n t e P ) e O M M Por

*

4 ( 3 . 6 ) , ( 3 . 7 ) e ( 3 . 8 ) . A. s e g u i r , p a r a t > M , o b t e r Pt e O t pe 10 a l g o r i t m o e s t o c ã s t i c o .

(33)

111.3

-

Abordagem Recursiva: ~ a r â m e t r o s v a r i á v e i s

A e s t i m a ç ã o p o r mínimos quadrados do modelo de r e - g r e s s ã o l i n e a r a n t e r i o r m e n t e e f e t u a d a c o n s i d e r a i m p l í c i t a , t a n t o a c l á s s i c a q u a n t o a r e c u r s i v a , a h i p ó t e s e que o s parâmetros permane

-

cem c o n s t a n t e s a o longo de todo o p r o c e s s o . N ~ O s e l e v a e m c o n t a

que uma p a r c e l a de s e u v a l o r p o s s a d e c o r r e r de f a t o r e s puramente a l e a t ó r i o s ou que e l e s possam e v o l u i r no tempo segundo uma r e g r a d e t e r m i n í s t i c a independente dos v a l o r e s assumidos p e l a s v a r i á v e i s {xi,yi} OU queixm determinado i n s t a n t e possam s o f r e r uma v a r i a ç ã o

esperada(. Quando i s t o o c o r r e a a p l i c a ç ã o pura e s i m p l e s dos con

-

c e i t o s a n t e r i o r m e n t e e x p o s t o s t o r n a - s e p e r i g o s a na medida em que pode c o n d u z i r a e r r o s s e n s í v e i s de e s t i m a ç ã o .

Dois t i p o s de a l g o r i t m o s u t i l i z a d o s p a r a s u p e r a r e s - t e problema s ã o e x p o s t o s a s e g u i r : o de ponderação e x p o n e n c i a l e o l i n e a r dinâmico.

1 1 1 . 3 . 1

-

A l g o r i tmo de ponderação Exponencial

Uma maneira de d e t e t a r v a r i a ç õ e s de parâmetros é en- c u r t a r a memória do p r o c e s s o de e s t i m a ç ã o fazendo com que o e f e i t o das observações mais remotas s e reduza a n t e a p r e s e n ç a d a s mais r e c e n t e s . I s t o pode s e r f e i t o ponderando-se o s dados por uma fun- ção e x p o n e n c i a l , o que na r e a l i d a d e r e p r e s e n t a o encurtamento do p r o c e s s o de e s t i m a ç ã o a t r a v é s de um f i l t r o passa-baixo ( I'low- - p a s s U ) d i s c r e t o com função de ponderação e x p o n e n c i a l . A função de c r i t é r i o a s e r minimizada toma e n t ã o a forma:

(34)

L- I

J = I: (x.

A

-

yi) (1-a) a i=l i i

Para esta função de critério (3.13) e (3.14) ficam:

representando uma operação de filtragem "passa-baixo" discreta de

I 1

primeira ordem nos elementos xtxt e xtyt com o "comprimento" da me

-

mória especificado pelo fator escalar a (O<a<<l)

.

A partir de (3.21) e (3.22)

,

repetindo o procedimen-

*

2

to do item 111.2.1, chega-se a (substituindo Pt por Pt/o

1 :

*

1

*

a

*

l 2 a

*

*

(3.23) p = -

-

Pt-l t x Y 1 x ~ P ~ - ~

Pt-l x ( o + -

1-a (i-a) 1-a XtPt-l t

O efeito físico do fator a é impedir que os elemen

-

*

tos da matriz de covariância Pt se tornem muito pequenos permitin-

do, com isto, que as novas observações continuem a influenciar as

estimativas. Assim, qualquer modificação no gradiente causada

por

variação dos parhetros pode ser detetada e utilizada para atuali-

(35)

O a l g o r i t m o d e p o n d e r a ç ã o e x p o n e n c i a l p o s s u i d u a s p r i n c i p a i s d e s v a n t a g e n s :

-

o s e f e i t o s do r u í d o s ã o d e t e t a d o s s i m u l t a n e a m e n t e com a s v a r i a -

ções

de p a r â m e t r o s p o r v e n t u r a e x i s t e n t e s , m o d i f i c a n d o também o g r a d i e n t e e consequentemente, a e s t i m a t i v a . A s s i m a e s t i m a ç ã o

s ó

6

s a t i s f a t ó r i a s e a ordem d e g r a n d e z a d a v a r i a ç ã o dos p a r â - m e t r o s f o r b a s t a n t e s u p e r i o r a da f l u t u a ç ã o a l e a t ó r i a d e v i d a a o r u i d o .

-

não p e r m i t e s e l e t i v i d a d e a p r i o r i dos p a r â m e t r o s , i s t o

é,

t o d o s o s p a r â m e t r o s s ã o t r a t a d o s i g u a l m e n t e . A s s i m c a s o s e s a i b a a p r i o r i que somente a l g u n s p a r â m e t r o s devam v a r i a r , não e x i s t e uma m a n e i r a de i n c o r p o r a r e s t a i n f o r m a ç ã o a o a l g o r i t m o . Na p r á t i c a , Young 1171 a f i r m a que m e l h o r e s r e s u l t a - d o s s ã o o b t i d o s t r a b a l h a n d o - s e com a v a r i á v e l e s c a l a r

at

,

f u n ç ã o e s t r i t a m e n t e d e c r e s c e n t e do tamanho da a m o s t r a , assim d e f i n i d a : Note-se que l i m at= a t + m 111.3.2

-

A l g o r i t m o L i n e a r ~ i n â m i c o A s l i m i t a ç õ e s do a l g o r i t m o d e ponderação e x p o n e n c i a l sugerem o d e s e n v o l v i m e n t o d e um a l g o r i t m o m a i s f l e x í v e l no q u a l a s v a r i a ç õ e s dos p a r â m e t r o s não s e j a m d e t e t a d a s s i m u l t a n e a m e n t e com

(36)

o e f e i t o do r u i d o e a s informações a p r i o r i s o b r e o s p a r h e t r o s possam s e r i n c o r p o r a d a s s e l e t i v a m e n t e . Por uma q u e s t ã o de coerên- c i a , deve s e b a s e a r nos a l g o r i t m o s r e c u r s i v o s a n t e r i o r m e n t e desen- v o l v i d o s uma vez que a r e c u r s ã o p e r m i t e a a t u a l i z a ç ã o i m e d i a t a da e s t i m a t i v a dos parâmetros à medida que novas observações vão sendo r e c e b i d a s .

A i n t e r p r e t a ç ã o e s t a t í s t i c a das equações de mínimos quadrados s u g e r e um e l e g a n t e método de modelagem das v a r i a ç õ e s dos parâmetros em que o s problemas s u p r a c i t a d o s desaparecem. supõe-se que e l e s evoluem e n t r e e s t á g i o s subseq:entes segundo uma r e g r a de-

t e r m i n i s t i c a dinâmica i n e r e n t e a o p r o c e s s o s u p e r p o s t a a uma p e r t u r

-

bação de c a r á t e r a l e a t ó r i o . E s t a h i p ó t e s e pode s e r modelada p e l o s e g u i n t e modelo l i n e a r dinâmico: o ~ , Y ~ , x ~ , vt

-

d e f i n i d o s a n t e r i o r m e n t e Gt-l,t

-

m a t r i z de t r a n s i ç ã o ( N x N ) conhecida L 1 . t - m a t r i z de e n t r a d a (N x M ) conhecida Wt- 1

-

v e t o r de p e r t u r b a ç ã o dos parâmetros (M x 1) A s s e g u i n t e s h i p ó t e s e s s ã o f e i t a s a c e r c a do v e t o r

wt-y

é um v e t o r de v a r i á v e i s a l e a t ó r i a s com média n u l a , m a t r i z de c o v a r i â n c i a W e s e r i a l m e n t e i n d e p e n d e n t e s . E l e p o s s i b i l i t a a va- r i a ç ã o e s t o c á s t i c a dos p a r â m e t r o s .

(37)

O conhecimento da forma de v a r i a ç ã o dos parâmetros e n t r e e s t á g i o s subseqLentes ( r e p r e s e n t a d a p e l a s m a t r i z e s G e

r

e p e l a s p r o p r i e d a d e s e s t a t í s t i c a s do v e t o r w e m ( 3 . 2 5 ) ) p r o p o r c i o n a uma informação a d i c i o n a l a p r i o r i que pode ser usada na estimação d e O t . A i d é i a é u t i l i z á - l o p a r a v a r i a r de maneira semelhante s u a e s t i m a t i v a , a n t e s da obtenção d a nova amostra. Desta forma, no t-ésimo " i n s t a n t e " de e s t i m a ç ã o pode-se r e a l i z a r a t u a l i z a ç õ e s

n

*

a p r i o r i ( p r e v i s õ e s ) a p a r t i r d a s e s t i m a t i v a s O t m l e Pt-l o b t i d a s

LI

no (t-1) -&imo " i n s t a n t e " . Representando por OtItwl e s t a estima-

LI

' t i v a a p r i o r i de O t baseada na e s t i m a t i v a O t

-

e na l e i de v a r i a -

*

ção ( 3 . 2 5 ) e por Pt/t-l a m a t r i z de c o v a r i â n c i a a s s o c i a d a , tem-se ( d e a g o r a em d i a n t e o s í n d i c e s s ã o o m i t i d o s das m a t r i z e s Gt-l,t e L l , t por s i m p l i f i c a ç ã o ) :

I s t o porque de (3.25) e (3.27) vem:

(38)

Logo :

Como por (3.25) wt

-

e O t - 1 s ã o i n d e p e n d e n t e s , a s 2a. e 3a. p a r c e l a s s e anulam. Logo:

(3.27) e (3.28) combinadas aos r e s u l t a d o s o b t i d o s pa

-

r a o c a s o de parâmetros c o n s t a n t e s , permitem a formulação de um a l g o r i t m o p a r a a e s t i m a ç ã o do parâmetro v a r i á v e l O t composto de

duas p a r t e s :

(39)

Nesta p a r t e

6

f e i t a a p r e v i s ã o p a r a o t-ésimo " i n s - t a n t e " de estimação baseado no conhecimento das e s t i m a t i v a s Ot-l e

*

Pt-l e da l e i de v a r i a ç ã o dos parâmetros.

P a r t e 11: c o r r e ç ã o

Westa p a r t e o conhecimento da t-ésima amostra permi -

t e , à l u z da nova informação, a c o r r e ç ã o d a s e s t i m a t i v a s a p r i o r i

n

*

A

*

%/t-1 e Pt/t-l p a r a O t e P t . E s t a s , por sua vez, s e r v i r ã o de b a s e p a r a e s t i m a t i v a s a p r i o r i p a r a o i n s t a n t e ( t

+

1) e assim s u

-

cessivamente.

E s t e s r e s u l t a d o s podem ser o b t i d o s a t r a v é s de uma a- bordagem Bayesiana:

*

çe O % -~,J(o ,I? j e n t ã o ( o í n d i c e s u p e r i o r i n d i c a que e s t ã o sendo con

o O 0 -

s i d e r a d o s t o d a s v a l o r do í n d i c e

(40)

E s t a s d i s t r i b u i ç õ e s ( a p r i o r i e a p o s t e r i o r i ) s ã o ob- t i d a s p e l o f i l t r o de Kalman, a ser v i s t o d e t a l h a d a m e n t e no c a p í - t u l o I V .

*

Como n o c a s o de p a r â m e t r o s c o n s t a n t e s , O0 e Po ~ r e c i ' sam s e r e s c o l h i d o s p a r a s e d a r i n i c i o à r e c u r s ã o . Da mesma f o r -

*

m a , O0 pode s e r o v e t o r n u l o e P uma m a t r i z d i a g o n a l com elemen- O t o s bem g r a n d e s r e f l e t i n d o a i g n o r â n c i a a r e s p e i t o do v a l o r r e a l OO. Se t f o r r e l a t i v a m e n t e g r a n d e , pode-se u t i l i z a r a i n f o r m a ç ã o

*

d o s dados p a r a a e s c o l h a de Po. 111.3.3

-

Casos P a r t i c u l a r e s do Modelo L i n e a r ~ i n â m i c o O a l g o r i t m o l i n e a r dinâmico é b a s t a n t e g e r a l , podendo ser a p l i c a d o p a r a a t u a l i z a r a e s t i m a t i v a d e q u a l q u e r modelo ARIMA

dos p a r h e t r o s , como será v i s t o no i t e m 111.3.4. Na p r á t i c a o mo

-

de10 r e a l r a r a m e n t e é c o n h e c i d o , o b r i g a n d o a h i p ó t e s e s s i m p l i f i c a - d o r a s . Dois d e s t e s modelos p a r t i c u l a r e s s ã o i m p o r t a n t e s . 1 1 1 . 3 . 3 . 1

-

O P a s s e i o ~ l e a t ó r i o M u l t i d i m e n s i o n a l É d e f i n i d o p e l a s e g u i n t e l e i de v a r i a ç ã o dos p a r h e

-

t r o s

.

I s t o e q u i v a l e a : t

(41)

P o r t a n t o O t é a soma de O com t v a r i á v e i s a l e a t ó r i - O a s i n d e p e n d e n t e s de média n u l a

,

f a z e n d o com q u e o s p a r h e t r o s sofram f l u t u a ç õ e s a l e a t ó r i a s e m t o r n o do n í v e l O com v a r i â n c i a s O d e f i n i d d s p e l o s e l e m e n t o s d i a g o n a i s da m a t r i z W. O a l g o r i t m o d e p r e v i s ã o n e c e s s i t a somente da m a t r i z W p a r a f u n c i o n a r : Com i s t o , o s e l e m e n t o s d i a g o n a i s devem r e f l e t i r a t a - x a de v a r i a ç ã o e s p e r a d a d o s p a r â m e t r o s . Caso se s a i b a que a l g u n s dos p a r â m e t r o s devam permanecer c o n s t a n t e s , b a s t a a n u l a r o s e l e - mentos c o r r e s p o n d e n t e s da d i a g o n a l de W.

O a l g o r i t m o a p r e s e n t a bom desempenho p a r a a e s t i m a ç ã o de p a r â m e t r o s c u j a v a r i a ç ã o é l e n t a .

111.3.3.2

-

O Modelo de Gauss-Markov d e P r i m e i r a Ordem

É d e f i n i d o p e l a s e g u i n t e l e i de v a r i a ç ã o d o s parâme- t r o s

(42)

-

onde G é uma m a t r i z d i a g o n a l em que o s e l e m e n t o s g . ( i = l , N ) s ã o

1

t a i s que I g i l < l . E l e s funcionam como um c o e f i c i e n t e de c o r r e l a

-

ç ã o e n t r e o s i-ésirnos e l e m e n t o s dos v e t o r e s Ot e Ot-l

,

f a z e n d o com que o a l g o r i t m o a p r e s e n t e bom desempenho quando a v a r i a ç ã o dos p a r â m e t r o s é l e n t a e c o r r e l a c i o n a d a no tempo. O a l g o r i t m o de p r e v i s ã o f i c a : 111.3.3.3

-

c o n s i d e r a ç ã o C E s t e s c a s o s p a r t i c u l a r e s s ã o mais u t i l i z a d o s na p r a t i c a porque a forma g e r a l ( 3 . 2 5 ) r e q u e r m u i t a i n f o r m a ç ã o a p r i o

-

r i ; e n t r e t a n t o e l a pode s e r a p l i c a d a e m a l g u n s sistemas f í s i c o s d i n & n i c o s bem d e f i n i d a s e dos q u a i s s e conhece o funcionamento.

Neste c a s o a d e t e r m i n a ç ã o d a m a t r i z G f i c a f a c i l i t a d a como no c a

-

s o

,

p o r exemplo, d a e s t i m a ç ã o dos c o e f i c i e n t e s de c o n t r o l e e es

-

t a b i l i d a d e de um m í s s i l . Logicamente, e s t e s exemplos fogem a o e s c o p o do t r a b a l h o , não s e n d o p o r t a n t o a b o r d a d o s . P a r a t a l v e r

1171.

111.3.4

-

~ e n e r a l i z a ç õ e s do Modelo L i n e a r ~ i n â m i c ~

(43)

(3.25) e s p e c i f i c a um p r o c e s s o a u t o r e g r e s s i v o como mo

-

de10 p a r a o s parâmetros. E n t r e t a n t o , a i n t r o d u ç ã o de parâmetros a d i c i o n a i s a u x i l i a r e s ( pode-se cmsiderá-10s v a r i á v e i s de e s t a d o ) permite que s e coloque n e s t a forma q u a l q u e r p r o c e s s o ARIMA p a r a modelo dos p a r h e t r o s . A s s i m s e j a o p r o c e s s o ARIMA:

onde : l , . . . , p , Y l , . . . Y -+ m a t r i z e s (NxN) conhecidas q i B + operador r e t a r d o ( " b a c k s h i f t " )

,

i s t o é, B O t = Ot-i Sejam: @ . = O p a r a j > p 1 Y . = O p a r a j >q 3 I (k-1) N a m a t r i z i d e n t i d a d e de dimensão (k-l)N

*

O v e t o r e s d e parãnetros auxiiiares ( ~ x l ) para 2 < j < k

j , t

- -

(44)

37

O p r o c e s s o ( 3 . 3 5 ) pode s e r e s c r i t o na forma:

( 3 . 2 6 ) p o r s u a vez toma a forma:

111.3.4.2

-

~ a r i â n c i a s N& C o n s t a n t e s O modelo de r e g r e s s ã o l i n e a r ( 3 . 2 5 ) e (3.26) supõe v a r i â n c i a s c o n s t a n t e s do r u í d o e d a s p e r t u r b a ç õ e s d o s p a r h e - t r o s . c o n s i d e r á - l a s f u n ç ã o do " i n s t a n t e " d e e s t i m a ç ã o , g e n e r a - l i z a o modelo t o r n a n d o - o m u i t o m a i s r e p r e s e n t a t i v o d a r e a l i d a d e L

A s s i m , f a z e n d o v a r ( v ) = ot e Wt=O chega-se a um modelo e s t á t i

-

t

Referências

Documentos relacionados

forficata recém-colhidas foram tratadas com escarificação mecânica, imersão em ácido sulfúrico concentrado durante 5 e 10 minutos, sementes armazenadas na geladeira (3 ± 1

Promovido pelo Sindifisco Nacio- nal em parceria com o Mosap (Mo- vimento Nacional de Aposentados e Pensionistas), o Encontro ocorreu no dia 20 de março, data em que também

Para analisar as Componentes de Gestão foram utilizadas questões referentes à forma como o visitante considera as condições da ilha no momento da realização do

I, Seltan Segued, emperor of Ethiopia, believe and profess that Saint Peter, prince of the Apostles was nominated head of the Christian Church by Christ our Lord, who bestowed

Neste estudo foram estipulados os seguintes objec- tivos: (a) identifi car as dimensões do desenvolvimento vocacional (convicção vocacional, cooperação vocacio- nal,

Os dados referentes aos sentimentos dos acadêmicos de enfermagem durante a realização do banho de leito, a preparação destes para a realização, a atribuição

Se você vai para o mundo da fantasia e não está consciente de que está lá, você está se alienando da realidade (fugindo da realidade), você não está no aqui e

29 Table 3 – Ability of the Berg Balance Scale (BBS), Balance Evaluation Systems Test (BESTest), Mini-BESTest and Brief-BESTest 586. to identify fall