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O dilema da exaustão docente no século 21

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Academic year: 2021

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LETÍCIA TAMIRES VOGEL

O DILEMA DA EXAUSTÃO DOCENTE NO SÉCULO 21 Santa Rosa- RS 2020

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LETÍCIA TAMIRES VOGEL

O dilema da exaustão docente no século 21

Trabalho de conclusão de Curso apresentado à Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUI - Departamento de Humanidades e Educação no curso de Pedagogia como requisito parcial a obtenção do grau de Licenciada em Pedagogia.

Orientadora: Professora Dra Hedi Maria Luft

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FOLHA DE APROVAÇÃO

O DILEMA DA EXAUSTÃO DOCENTE NO SÉCULO 21

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado a Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – Unijuí – no Curso de Pedagogia como requisito a obtenção do grau de Licenciada em Pedagogia.

Banca Examinadora:

... Profa. Dra. Hedi Maria Luft – UNIJUÍ (Orientadora).

... Profa.– UNIJUÍ (Cláudia Maria Seger)

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DEDICATÓRIA

Dedico esse trabalho a minha família, especialmente meus pais que sempre me apoiaram, me incentivando para que eu conseguisse realizar o sonho de concluir a Graduação.

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AGRADECIMENTO

Agradeço primeiramente a Deus, por sempre me guiar e me dar forças.

Agradeço a minha família e amigos que sempre me apoiaram em todas as minhas escolhas e decisões, me incentivando e sendo compreensivos, por vezes, quanto a minha ausência.

Agradeço meu namorado Douglas, por sempre me ajudar, me dar sugestões e apoio, sendo compreensivo.

A minha orientadora Hedi Maria Luft, que sempre me atendeu quando solicitada.

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RESUMO

Este estudo trata sobre a exaustão dos professores dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. Aborda as questões sobre o docente, a exaustão em relação ao ensino-aprendizagem e, sobre como ser um bom professor. Para a produção dos dados, foi realizada uma pesquisa com todos os professores que atuam nos Anos Iniciais, em escolas do município de Boa Vista do Buricá-RS. Foi questionado acerca da exaustão docente (física e mental), da porcentagem que o professor se sente exausto e das características de um bom professor. Nesse sentido, a importância da escola e da família apoiar o docente para que ele consiga ensinar de forma que não se sinta exausto e nem prejudique o aprendizado do aluno. O objetivo é identificar as causas da exaustão do trabalho profissional docente para analisar as interferências no processo ensino-aprendizagem dos alunos. A exaustão é causada por diversos fatores que vão atordoando o docente no passar de sua carreira profissional. Os resultados mostram que todos os docentes se sentem exaustos seja fisicamente ou mentalmente. Portanto, é possível concluir que a exaustão docente é cada vez mais intensa, no contexto educacional.

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RESUMO EM LÍNGUA ESTRANGEIRA

This study deals with teacher exhaustion in the Early Years of Elementary Education. It addresses questions about the teacher, exhaustion in relation to teaching-learning and how to be a good teacher. For data analysis, a survey was conducted with all teachers in schools in the municipality of Boa Vista do Buricá-RS about teacher exhaustion (physical and mental), the percentage that he feels exhausted and the characteristics of a good teacher. In this sense, the importance of the school and the family to support the teacher so that he can teach in a way that he does not feel exhausted and does not impair the student's learning. The objective is to identify the causes of exhaustion of the professional teaching work to analyze the interferences in the teaching-learning process. Exhaustion is caused by several factors that will stun the teacher over the course of his professional career. The results show that all teachers feel exhausted either physically or mentally. Therefore, it is possible to conclude that teacher exhaustion is increasingly intense in the educational context.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ... 9

1. A EXAUSTÃO DOS PROFESSORES DOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL ... 11

1.1 O QUE É SER UM BOM PROFESSOR?... ... 13

1.2 A DOCÊNCIA NOS ANOS INICIAIS E A EXAUSTÃO... 14

2. A INTERFERÊNCIA DA EXAUSTÃO NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM ... 17

2.1 PROFESSOR ESFORÇADO VERSUS ALUNO PREJUDICADO ... 19

2.2 FATORES QUE APRIMORAM O APROVEITAMENTO DAS AULAS ... 22

3.TRABALHO DOCENTE E A OPÇÃO PROFISSIONAL ... .24

3.1 O QUE DIZEM OS PROFESSORES SOBRE EXAUSTÃO ... 25

3.2 CAUSAS DA EXAUSTÃO DOCENTE... 29

CONCLUSÃO ... 32

REFERÊNCIAS ... 34

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INTRODUÇÃO

A exaustão vai se intensificando com o passar dos anos se não for abordada e/ou tratada. O docente é um dos profissionais que, geralmente, mais sofre com esse mal que pode ter diversas razões e causas. No processo de exaustão entra, o estresse, cansaço e a diminuição do processo profissional, já que o docente sofre cotidianamente uma valorização/desvalorização. Estresse é quando o docente fica nervoso, se preocupa muito e se sente irritado com o que acontece no seu ambiente de trabalho, sua prática pedagógica.

Na docência está muito presente a questão afetiva e o envolvimento emocional, sendo sobrecarregado de trabalho e não conseguindo tornar seu trabalho significativo, o docente quer dar o seu melhor, se esforçando ao máximo para isso, mas acaba fracassando e sentindo uma grande incapacidade de seguir em frente.

Frente à realidade existente no ambiente escolar, busca-se respostas do porque os professores dos Anos Iniciais estarem tão exaustos e se esse esgotamento prejudica o aluno quanto ao ensino-aprendizagem. Quando um professor está esgotado ele, quase sempre, se isola, sofre com emoções negativas.

Dessa forma, saber quais são as causas da exaustão do trabalho profissional docente e analisar as interferências no processo de ensino aprendizagem é o objetivo deste estudo. A produção de dados é feita através de questionário que elenca o grau e os motivos que mais causam exaustão, mapeando, por conseguinte, as interferências da mesma no trabalho profissional do docente.

A pesquisa trata da docência nos Anos Iniciais, causas da exaustão e interferências no processo de ensino-aprendizagem. Também será realizada uma investigação através de uma amostra numa pesquisa de campo com os docentes dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental das escolas da rede do município de Boa Vista do Buricá - RS. Compõe o grupo de escolas do município: Escola Municipal de Ensino Fundamental Caminhos do Saber, Escola Estadual de Educação Básica Barão do Rio Branco e Escola Estadual de Ensino Fundamental Tenente Antônio João. Há neste universo um total de

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16 professores que atuam no espaço delimitado por esta pesquisa. Posteriormente, será feita análise de informações e dados coletados.

O trabalho divide-se em três capítulos, sendo que o primeiro aborda a questão da exaustão dos Anos Iniciais e o que é ser um bom professor. O segundo aborda a interferência da exaustão no processo de ensino-aprendizagem. Também será debatido a questão do esforço do docente, assim como a maneira de tornar uma aula proveitosa. O terceiro apresenta o desenvolvimento e análise dos dados da pesquisa de campo, realizada através de um questionário com professores dos Anos Iniciais a fim de identificar quão exaustos eles estão e comoisso os afeta no quesito, ser professor. Portanto, essas questões orientam o desenvolvimento desse estudo para ampliar e aprofundar a compreensão do tema.

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1- A EXAUSTÃO DOS PROFESSORES DOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

Vivemos um momento em que as transformações são muito rápidas, precisamos retirar o essencial das informações, em uma sociedade composta por classes sociais, que constantemente sofre com a crise econômica, mas acima de tudo vivemos em um país que possui acesso a educação para todos.

A escola deve ser um espaço ético, esperançoso, que desenvolve o pensamento, um espaço lúdico, que prepara o indivíduo para a cidadania, que respeita as diferenças, a singularidade, que escuta a crianças. Um local que tem um vínculo como comunidade escolar, com docentes e funcionários, com os alunos e com os pais ou responsáveis.

Aos seis anos, a criança é matriculada no Ensino Fundamental, pois possui condições de compreender e sistematizar determinados conhecimentos. Já no 1° ano do Ensino Fundamental a criança está numa transição, pois está vindo da Educação Infantil dando assim continuidade ao processo de aprendizagem. A Base Nacional Comum Curricular destaca que

ao longo do Ensino Fundamental – Anos Iniciais, a progressão do conhecimento ocorre pela consolidação das aprendizagens anteriores e pela ampliação das práticas de linguagem e da experiência estética e intercultural das crianças, considerando tanto seus interesses e expectativas quanto o que ainda precisam aprender. Ampliam-se a autonomia intelectual, a compreensão de normas e os interesses pela vida social, o que lhes possibilita lidar com sistemas mais amplos, que dizem respeito às relações dos sujeitos entre si, com a natureza, com a história, com a cultura, com as tecnologias e com o ambiente (BRASIL,2017, p. 55).

Por isso, ser professor exige muito, pois além da prática que desenvolve na sala de aula, precisa planejar atividades que envolvam movimentos, tempos e espaços diferentes, usar da ludicidade, comprovar o que o científico diz, não inventar nada.

Além disso, é preciso perceber as mudanças que ocorrem no cotidiano, os riscos e as angústias que todos têm em frente à sociedade, já que na atualidade algumas crianças veem a escola como o único lugar que lhes oferece conhecimento e desenvolvimento.

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A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional na Lei nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996 destaca a função dos professores, ressaltando o seguinte:

Art. 13. Os docentes incumbir-se-ão de:

I - participar da elaboração da proposta pedagógica do

estabelecimento de ensino;

II - elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta

pedagógica do estabelecimento de ensino;

III - zelar pela aprendizagem dos alunos;

IV - estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor

rendimento;

V - ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos, além de

participar integralmente dos períodos dedicados ao planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento profissional;

VI - colaborar com as atividades de articulação da escola com as

famílias e a comunidade.

O professor é responsável pela aprendizagem do aluno, por avaliar ele, por se avaliar. Ele precisa ter um tempo para planejar, criar objetivos para ser trabalhados diariamente e também estabelecer uma relação com a família e a comunidade em geral.

E tudo isso faz com que muitos professores se sintam exaustos por não serem valorizados, receberem um salário injusto que não condiz com a sua função, receber descontos salariais, ter que cumprir uma carga horária maior que a nomeação, dentre outras coisas que o deixam com o sentimento de desamparo.

O trabalho pode dar prazer como também levar a pessoa ao sofrimento, por isso que é tão importante sempre ouvir o que o docente tem a dizer além de reconhecer o que de bom ele está fazendo.

As condições de trabalho devem ser de apoio e orientação (coordenação) e a sala de aula e os demais ambientes devem atender as necessidades tanto do professor quanto do aluno. O professor precisa se sentir seguro para se relacionar com os alunos (muitos se sentem ameaçados quando reprovam ou chamam atenção de alguns alunos), ao entrar e sair da organização escolar e fora dela (MONTEIRO; BRUN, 2017, p.14).

Além disso, quando um docente é elogiado, tem um reconhecimento merecido, recebe sugestões e ideias ao invés de críticas ele sente algo único e que o faz querer ser melhor, dia após dia, pois é com isso que ele consegue perceber que a maneira com que ele está administrando suas aulas e seu planejamento está sendo satisfatório.

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Araújo (2003, p.19), destaca que o que leva o docente a exaustão muitas vezes são “características como trabalho repetitivo, insatisfação no desempenho das atividades, ambiente intranquilo e estressante, dificuldades na relação com os próprios colegas, desgaste nas relações professor-aluno, falta de autonomia no planejamento das atividades, ritmo acelerado de trabalho e pressão da chefia.” Sentir-se exausto, cansado, esgotado, tentar dar sempre o melhor, se doar o máximo na profissão, muitas vezes é uma realidade pela qual o docente passa e precisa um olhar atento de todos. Por isso, além de toda responsabilidade que eles têm com as crianças, também se preocupam, tentam protegê-los, assumindo por vezes o papel de pai e mãe.

Sendo assim, não é fácil entender o porquê e o que o leva a sentir isso. Se reprimir, se isolar e procurar esconder o problema para que poucas pessoas ao seu redor notem é um grande erro, procurar ajuda esse sim é um passo para aliviar a exaustão.

1.1 O que é ser um bom professor?

A sociedade atual sempre tenta encontrar formas de definir as coisas de modo que sejam satisfatórias ou não, mas, como definir se um professor é bom ou não é?!

Sobretudo temos que analisar a perspectiva de cada ser no seu individualismo, pois os comportamentos durante o decorrer da formação e da educação são muito variados. A relação do aluno e do professor, às vezes, pode não ser a mais amistosa, mas como responsável em educar ele deve cumprir o seu papel principal nesta função, e o aluno tem o dever de absorver as informações para se tornar alguém capaz de tomar seu próprio rumo.

A eficácia do aprendizado vem da maneira como o as aulas são lecionadas e da maneira como o aluno absorve o conteúdo. Os professores utilizam diversos métodos para que o aluno tenha o máximo de aproveitamento dentro do ambiente escolar. Os métodos que mais funcionam sempre são os que envolvem a prática, pois facilita o cérebro em gravar as informações que são passadas.

Um bom professor é aquele que transmite o conteúdo, interage com os alunos, planeja as aulas, sabe formar e transformar, acredita que é possível mudar a realidade das crianças, é ponderado, luta pelos

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alunos, conhece o assunto que ensina, desenvolve estratégias estimulantes, incentiva os alunos (TANCREDI; RESENDE, 2015, p. 34).

Os professores ao ensinar as crianças, construindo tarefas criativas de enfrentamento dos desafios da sociedade, ensinando também valores, mas nunca usufruindo o lugar dos pais ou responsáveis.

Observei que os bons professores que possuem uma prática social mais ativa (participação em movimento docente, profissional, religioso, sindical, partido político, etc.) tem maior facilidade de fazer uma análise das questões da educação dentro do atual contexto social brasileiro (CUNHA, 2011, p. 144).

Todo professor ao ter uma vida socialmente ativa, ao saber se manifestar como protagonista da sua carreira, tendo um ponto de vista próprio e saber distinguir o profissional do pessoal, ser ético e crítico e mostrando ser forte mesmo em momentos ruins.

O verdadeiro professor, é aquele que tem conhecimento e consciência de cidadão, tem também coragem para manifestar-se diante das atrocidades, não se sente intimidado com pressões e inações, porque tem opinião própria, é crítico e criativo, mesmo nos piores momentos de sua carreira (SCHIRMER, 2004, p.11).

Mas como definir um professor?! Um professor pode se definir de diversas maneiras, mas, tudo depende de um ponto de vista comum. As características de um professor vão além de lecionar decentemente uma aula, mas sim de comandar uma turma, impor respeito e de fato educá-los. Não descartando o fato que deve dar o exemplo também fora de uma sala de aula, apresentando caráter, honestidade e humildade para com as pessoas da sociedade.

1.2 A docência nos Anos Iniciais e a exaustão

Educar vai além da educação que se recebe em casa, na escola a criança interage, dialoga e questiona um determinado tema, tornando-se um sujeito crítico. Claro, ela pode usar de argumentos que já ouviu falar. No ambiente escolar a criança constrói autonomia, amplia seus horizontes e passa a conhecer diferentes realidades que nem imaginava que existisse.

A função de ensinar […] é antes caracterizada […] pela figura da dupla transitividade e pelo lugar de mediação. Ensinar configura-se assim, nesta leitura, essencialmente como a especialidade de fazer

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aprender alguma coisa (a que chamamos currículo, seja de que natureza for aquilo que se quer ver aprendido) a alguém (o acto de ensinar só se actualiza nesta segunda transitividade corporizada no destinatário da acção, sob pena de ser inexistente ou gratuita a alegada acção de ensinar) (ROLDÃO, 2007, p. 95).

A docência requer responsabilidade vinda do professor que é o profissional que a exerce. Além disso, é ele quem ensina, aprende ao ensinar, demonstra uma prática pedagógica que condiz com o que se pede nos documentos oficiais e possui uma maneira para lecionar que gera um grande aprendizado.

A docência para a Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental pode ser exercida por professores habilitados no Ensino Médio - modalidade Curso Normal e na Pedagogia, sendo que esse professor ao planejar suas aulas precisa incluir todas as áreas de conhecimento (Linguagens, Matemática, Ciências Humanas e Ciências da Natureza).

Sendo assim, todo planejamento exige tempo, seja na leitura, pesquisa, em qualquer estudo, é preciso gastar tempo preparando as coisas. O professor pode ser criativo, incentivador, precisa estar de bem consigo mesmo, precisa ter tempo para planejar, para lecionar, para a vida pessoal, mas muitas vezes “um professor que trabalha o tempo todo em sala de aula não tem como inovar, pois ele fica alienado, seu trabalho é rotineiro e ainda sofre um desgaste físico e emocional muito grande, podendo afetar sua saúde (AMES, ROTTA, 2008, p.40)”, isso tudo o faz sentir exausto.

A exigência por bons resultados, a pressão exercida pela escola, pais e pelos próprios alunos, a autonomia e o pensamento de que a aula não está saindo como planejado fazem com que o docente se sinta ainda mais exausto. Como também sabemos, a realidade de cada docente é diferente, sendo que “A sobrecarga de trabalho ou a necessidade de trabalhar em mais de uma instituição fazem com que muitas vezes as aulas não sejam preparadas com suficiente dedicação. Quem ensina a pensar está sem tempo para pensar” (AMES, ROTTA, 2008, p. 38).

O porquê da exaustão pode ser excesso de alunos em uma turma, de atividades extraclasses, muitas horas em pé, tendo que alterar muito o tom de voz, dentre outras. Assim, para que o professor não se sinta exausto, ele precisa descansar no tempo livre, ter reconhecimento merecido no ambiente

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escolar, ter tempo para planejar, ter espaços disponíveis para realizar as atividades e acima de tudo ter o comprometimento por parte dos alunos e a confiança dos pais e escola para com sua prática pedagógica.

Pois sabemos, que a escola cada vez mais exige a qualificação do docente, mas esquece de oferecer tempo para que ele faça isso, pois além de ministrar aulas o professor precisa planejar, avaliar, corrigir avaliações, participar de reuniões, dentre outras mais. Para driblar tudo isso, é de suma importância manter um equilíbrio entre o pessoal e o profissional, utilizando a criatividade para que as aulas sejam diferentes, envolvam o lúdico, brincadeiras e exploração de espaços, para que se possa respirar um ar de liberdade e descontrair um pouco, e além de tudo esquecer do tempo e não ter medo de mudar.

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2- A INTERFERÊNCIA DA EXAUSTÃO NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM

Quando pensamos em aprendizagem estamos pensando em um desenvolvimento pessoal que se adquire através da convivência, de experiências, ou seja, através da interação com pessoas e o meio em que se vive. Já o processo de ensino-aprendizagem ocorre entre um professor e um aluno, através do ensinar e aprender, claro que não é somente o aluno que aprende, mas o docente também deve aprender junto com ele. Huberman (1995) aponta sete fases da trajetória do professor, sendo elas:

Quadro 1 - Fases da trajetória do professor segundo Huberman

Fonte: Imagem: SCHIRMER, 2004, p. 7.

A entrada na carreira docente de 1 a 3 anos de exercício docente, é quando os professores precisam estabelecer um equilíbrio entre os dois sentimentos, a insegurança e o entusiasmo. Na estabilização dos 4 aos 6 anos, o docente precisa se comprometer e atender aos objetivos da educação. Na fase da diversificação dos 7 aos 25 anos ele já começa inovar pedagogicamente tanto no trabalho, como nas avaliações. Na 4ª fase, dos 15 a 25 anos, que é o pôr-se em questão afetiva, é necessário fazer uma avaliação quanto ao trabalho docente. Dos 25 a 35 anos temos a serenidade e o distanciamento que faz com que o docente se distancie afetivamente do aluno e desenvolva estratégias de ação sem ter medo de que a avaliação do seu método de trabalho seja negativa. Nesse mesmo tempo esta a 6ª fase do conservantismo e lamentações na qual o docente vê o sistema de ensino como algo negativo e por seguinte não procura inovações para o seu sistema de trabalho. E na última fase do desinvestimento que é dos 35 a 40 anos de

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exercício da docência, o docente se torna neutro em relação as questões profissionais.

Quanto a pesquisa realizada pode-se compreender que indiferente da idade e do tempo de atuação as docentes já sente-se exaustas tanto fisicamente como mentalmente. Mesmo assim, durante toda a carreira elas procurar dar seu melhor, respeitar as crianças, se envolver o máximo, conhecer a realidade do aluno, inovar e se comprometer mesmo que por vezes não seja fácil.

Porém, ao longo do ciclo o docente também pode sofrer com a inveja e o desrespeito profissional, vindo da maioria dos casos da própria escola e dos colegas de trabalho, visto que o profissional se destaca e consegue ensinar de uma maneira diferente cativando os alunos. E são esses fatores que muitas vezes levam o profissional a ter doenças crônicas como estresse, exaustão e até depressão. Mas isso não deve afetar o professor a ponto de ele ficar doente mentalmente, antes disso ele precisa enfrentar as coisas de cabeça erguida, lutando e mostrando ser um profissional digno, que tem amor pela profissão e que promove a formação e o desenvolvimento do ser humano.

Já o aluno “não é mais simples receptáculo de conhecimento, ele é parte fundamental do meio escolar onde está inserido, e por tanto deve interagir com professores, coordenadores e com seus colegas de sala” (GRACIANO, 2013, p.6). Quando em sala de aula, os docentes estão frente a frente com o aluno, por isso é preciso respeitar cada qual, produzir aulas que gerem um conhecimento e uma mudança no aluno.

Porém, é possível perceber que cada aluno tem sua singularidade, uns aprendem com mais facilidade e outros não. “Dá-se aprendizagem pelo desenvolvimento das competências de relacionar, comparar, inferir; pela estruturação mais compreensiva, coerente e aberta às complexidades das articulações entre dados, fatos, percepções e conceitos” (MARQUES, 2006, p.122).

É nessa hora que deve ocorrer o respeito e o entendimento por parte dos docentes sobre o que está acontecendo com aquela criança e o porquê ela não estar aprendendo. Também é uma hora de fazermos uma pausa para olharmos qual a maneira que estamos dando as aulas e se estamos bem de saúde ou exaustos.

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Não existe uma “receita” ou um “ manual de auto ajuda” para evitar ou amenizar as tensões a que os professores estão expostos. Os alunos, por exemplo, farão “ transferências” sobre seus professores de afetos, amorosos e agressivos, que originalmente seriam destinados aos pais. Se a família falha ou não oferece uma sustentação consistente, para as necessidades do desenvolvimento e da maturação do adolescente, a raiva dele irá, eventualmente, recair sobre o professor. Ele será também objeto de identificação por parte dos alunos que estarão constantemente observando como ele age, fala e se comporta (OUTEIRAL, 2004, p.27 ).

Dessa forma, é no professor que o aluno encontra refúgio, muitos o consideram um amigo para quem podem contar segredos, outros descarregam nele suas raivas ou angústias. Assim, ensinar, ser amigo e ser um docente qualificado muitas vezes não conseguem ser administrados por um mesmo ser, por isso “a maioria dos docentes experimentam o sentimento de culpa pelo resultado de seu trabalho, pois este tende a absorver toda responsabilidade para si, dando-os a sensação de fracasso e de tarefa não cumprida (processo ensino-aprendizagem)” (CARNEIRO, 2010, p. 67).

Por isso, é de suma importância que o docente planeje as suas aulas, tenha tempo para cuidar de sua saúde, no tempo livre pratique exercícios e tente curtir ao máximo o lazer. Já na sala de aula ele deve exercer seu papel, proporcionando aulas lúdicas, pode também explorar os espaços da instituição escolar, trabalhar temas problematizadores, que envolvam todas as crianças, conhecendo a singularidade de cada, e acima de tudo dando seu melhor e com o pensamento de tarefa bem cumprida, pois aulas boas com conteúdos bem explorados e ideias de alunos analisadas são aulas produtivas que com certeza levam a uma aprendizagem satisfatória.

2.1 Professor esforçado versus aluno prejudicado

Quando se inicia a função de docente o que se quer é dar o melhor. São planejadas aulas extraordinárias, com atividades lúdicas, promovidos diálogos e interações, o conteúdo é passado com disposição. O esforço que se dá é o máximo, se trabalha mais horas do que deveria, tenta-se dar o melhor e atender bem os alunos. Através dessas aulas, ocorre o compartilhamento de conhecimento e informação, assim como a aprendizagem tanto do docente como do aluno.

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Porém, em alguns casos, quanto mais esforçado se é, quanto mais objetivos se quer alcançar para ser reconhecido como um ótimo docente, acaba acontecendo por vezes um esgotamento físico e mental, isso quando os alunos com todo o esforço do docente não foram capazes de aprender algo satisfatório, já que a maior preocupação é se as habilidades e competências dos planos de estudo da instituição estão sendo abordados e não se o aluno realmente está aprendendo.

Ser professor significa exercer o domínio de seu específico campo e processo de trabalho, passo a passo e a qualquer momento, o que significa trabalhar com o rigor científico dos conhecimentos que faz seus e com os meios materiais e instrumentais de que se apropria na capacidade de elaborá-los ou de reconstruí-los segundo as exigências de sua proposta pedagógica (MARQUES, 2006, p. 120).

Cada criança tem seu próprio ritmo para aprender, mas quando o problema é no professor? Na medida em que, o aluno vai apresentando dificuldades e se sentindo prejudicado com o avançar das aulas, o docente em sua prática pedagógica deve ser um observador e conhecer a realidade da criança com quem está trabalhando.

Quanto aos professores, eles não possuem um conceito claro e conciso do que vem a ser dificuldades de aprendizagem. Elegem aspectos comportamentais do sujeito aprendiz (bagunceiro, conversador, não presta atenção, não para quieto, brinca demais), para se posicionarem com relação às dificuldades, e apontam a família como sendo a maior responsável pelo problema, omitindo a sua participação no processo de ensino e de aprendizagem. Percebemos que alguns professores não estão preocupados com situações particulares, mas, sim, com regras gerais, o que, de certa forma, acaba esvaziando o significado das situações, em especial o relacionamento afetivo entre professor e aluno (MENEZES; TREVISOL, 2009, p. 17).

Dessa forma, para que a aprendizagem da criança se torne satisfatória é necessário que o professor reconheça a importância da afetividade na sala de aula, que ela conheça a realidade dos alunos, para assim desenvolver um relacionamento que favoreça ambos os lados, do ensino e da aprendizagem, para que ninguém seja prejudicado.

A sala de aula é uma construção operatória a que concorrem alunos que não se conheciam e professores que não se escolheram, mas que se irão progressivamente constituindo em turma de alunos ao mesmo passo que a equipe de professores. Unidade nas diversidades que não se suprimem, mas se acentuam para se

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recomporem como multipolaridade de possibilidades da ação conjugada e das identidades grupais (MARQUES, 2006, p.116).

O aluno também, em alguns casos, pode estar sendo prejudicado pelo professor, já que “os processos de desgaste físico e mental dos professores representam consequências negativas não somente para o professor, mas também para o aluno e para o sistema de ensino” (ARAÚJO et al, 2003, p.20 ). A criança é capaz de perceber que o docente está sem vontade para dar as aulas, anda sempre triste, cansado, propõe todos os anos o mesmo tipo de atividades e muitas vezes não inova, mas é possível ver que por parte os alunos também são os culpados já que durante as aulas ficam brincando, fazendo bagunça e não prestando atenção no que o professor está falando.

O professor é o profissional que possui papel de destaque frente aos alunos, às famílias e à comunidade, tornando-se, muitas vezes, referência de hábitos, comportamentos e práticas de saúde para a população. Portanto, o resgate do reconhecimento social dessa categoria profissional insere-se, efetivamente, no processo de resgaste de perspectivas humanas para as nossas sociedades. As poucas iniciativas que têm sido implementadas atestam que alternativas podem ser viabilizadas e sustentadas nessa direção (ARAÚJO, 2003, p. 21).

É possível notar que ainda neste século há escolas e docentes que defendem a ideia de que o professor é o centro, o espelho, o dono do conhecimento e o centro do ensino. Sendo ele um transmissor e não um mediador de aprendizagens e conhecimentos, planejando aulas maravilhosas, mas apenas transmitindo o conhecimento, é ai que o aluno começa a se sentir perdido.

O papel dos alunos, nesse modelo, é de ouvinte e de repetidor de conhecimentos. Seu envolvimento na aprendizagem é pobre e cansativo. Torna-se pouco motivador para um aluno permanecer sentado por horas apenas ouvindo e, em seguida, fazer uma série de exercícios repetitivos. (MENEZES; TREVISOL, 2009, p. 7)

Sendo assim, é possível afirmar a importância da relação aluno e professor para que ocorra o aprendizado e para que o professor não se sinta exausto por se esforçar e não obter resultados, assim como ambos precisam criar uma relação de confiança, para que o resultado do aprendizado aconteça e todo o esforço do professor seja válido.

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2.2 Fatores que aprimoram o aproveitamento das aulas

Os maiores e principais fatores que contribuem para um aproveitamento satisfatório da aprendizagem são econômicos, sociais, afetivos e psicológicos. As dificuldades de uma criança geram o reflexo no ambiente escolar. Muitas ainda passam fome, não tem locomoção para chegar à escola, são vítimas de violência e não tem apoio dos pais ou responsáveis, tudo isso impede um bom rendimento escolar.

A criança que tem o zelo dos pais, com uma alimentação saudável, um transporte seguro sempre tende a aprender mais, pois não precisa se preocupar em pensar no que irá ter no almoço no dia de amanhã.

Quando uma criança vem para a escola, ela deixa seu contexto familiar com pessoas que conhece, para interagir com indivíduos que vêm de famílias distintas e que possuem uma concepção formada sobre um determinado assunto. Ao adentrar no Ensino Fundamental a criança passa grande parte do seu tempo em uma sala de aula rodeada de colegas, classes, cadeiras e na frente uma professora que é a mediadora do conhecimento.

Quando é falada a palavra aula, passa na cabeça da maioria das pessoas: um desafio de planejar, um tédio, horas que não passam, bagunça, alunos conversando aleatoriamente ao invés de prestar atenção nas aulas, dentre outras coisas. O sociólogo italiano Domênico de Masi (2007, p. 58) afirma que a qualidade “exige uma boa relação com o tempo para evocar o passado e antecipar o futuro. Enfim, para conseguir que os produtos de nosso trabalho e experiência de nossa vida sejam de “qualidade” é necessário ter a coragem de nos renovar continuamente”.

Por isso, aulas com copiar e copiar, fotocópias e decorar o conteúdo de nada são prazerosas, pois a criança reproduz o que aprendeu. As aulas no século XXI podem ser muito divertidas, além de promover o aprendizado satisfatório. Tudo começa com o tempo que o professor possui para planejar e nas atividades que ele planeja, já que o mesmo deve procurar sempre estar se atualizando, assim como propor atividades lúdicas que partam da curiosidade do aluno, do que ele quer saber.

Motivar significa despertar o interesse, a curiosidade; incitar; estimular. E os alunos precisam de motivação para interagir mais

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ativamente nas atividades. Aulas fora da sala de aula têm um papel fundamental quando se fala em motivação, uma vez que a mudança de espaço estimula o cérebro a prestar mais atenção ao novo ambiente; e estimulado, as demandas da aula são melhor compreendidas (ROSA, 2012, p. 35).

Sabemos o quão a tecnologia está avançando a cada dia e também as inúmeras possibilidades lúdicas que um docente pode apresentar para seus alunos durante suas aulas, o que falta, é um bom planejamento. Por isso, o uso das tecnologias na sala de aula proporciona muitos aprendizados, uma interação entre alunos e professores além do docente a ampliar o seu papel frente à mediação e também a questão de explorar algo novo sem ter medo de errar.

O prazer da descoberta por meio da aprendizagem é mais motivador e a tarefa mais agradável, prazerosa e eficaz. Os alunos passam a pensadores e pessoas capazes de resolverem problemas. Para exemplificar, podemos citar como a tecnologia lhes oferece um ambiente conceitual no qual eles podem coletar informações, organizá-las, visualizá-las, ligar e descobrir relações entre fatos e eventos. Podem ainda usar tecnologia para comunicar suas idéias a outros, para discutir e criticar suas perspectivas, persuadir e ensinar outras pessoas e para acrescentar níveis maiores de compreensão a seu conhecimento em expansão (DINIZ, 2001, p. 19).

Outro fator importante é a questão de ter uma relação emocional com as crianças, promover construir uma interação, uma amizade, conhecer de onde vem, conversar com cada um e entender cada qual.

As reações emocionais exercem uma influência essencial e absoluta em todas as formas do nosso comportamento e em todos os momentos do processo educativo. Se quisermos que os alunos recordem melhor ou exercitem mais seu pensamento, devemos fazer com que essas atividades sejam emocionalmente estimuladas. A experiência a pesquisa tem demonstrado que um fato impregnado de emoção é recordado de forma mais sólida, firme e prolongada que um feito diferente (VYGOTSKY, 2003, p. 121 apud ROSA, 2012, p. 16).

Assim, uma aula com qualidade e que gere aprendizagem para ambos, só depende da mediação e maneira como o professor explora os momentos de docência, de como ele se comunica e interage com os alunos, de atividades lúdicas, dentre outros. Sempre lembrando que é necessário que os conteúdos atendam a Base Nacional Comum Curricular e além de tudo que o professor não tente ser o destaque na escola, mas que ele seja um espelho para os colegas e um construtor de aprendizagem, além de explorar o máximo os ambientes escolares e interagir com os pais e responsáveis.

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3 - TRABALHO DOCENTE E A OPÇÃO PROFISSIONAL

No momento em que se está cursando o Ensino Médio, já é preciso pensar em que escolha profissional vai fazer, se vai continuar estudando ou se vai apenas trabalhar. Com isso, geralmente, a opção pessoal do jovem vem com muitas dúvidas assim como afirma Aguiar (2006, p. 18-19):

frequentemente, ouvimos respostas como: porque gosto, porque é legal, porque me realizo, porque gosto de ajudar os outros. No entanto, desejamos que ele vá além dessa impressão imediata, dessa justificativa, muitas vezes sem maior reflexão ou fundamento. Esperamos que ele entre num processo de múltiplas indagações, questionando-se por que gosta, por que quer ajudar o outro e por que acredita que seguindo esta ou aquela profissão satisfaz tal necessidade.

Cada pessoa quer estudar e trabalhar com algo que lhe faça bem, que a deixe realizada, com que ela se identifica e com o que imagina que lhe dará um futuro. Talvez, será necessário primeiro trabalhar em algo diferente, para juntar dinheiro para conseguir pagar os estudos ou até conseguir realmente o ramo que realmente interessa, mas isso depende de cada um, da condição financeira, das oportunidades que surgem, de ganhar uma bolsa de estudos, dentre outros fatores.

Sabe-se, que ao sair do Ensino Fundamental se pode ingressar no Curso Normal para ser professor, ou quando formado no Ensino Médio você opta pelo Aproveitamento de Estudos ou pela faculdade de Pedagogia que lhe abre muito mais portas, mas principalmente as duas habilitam para trabalhar com os Anos Iniciais, ou seja, trabalhar na docência.

Com o diploma de professor, é possível começar a exercer o trabalho docente que consiste na formação do cidadão, através do qual se utiliza estratégias para que eles adquiram aprendizado pela mediação entre ambos os sujeitos.

A docência é uma profissão complexa e, tal como as demais profissões, é aprendida. Os processos de aprender a ensinar, de aprender a ser professor e de se desenvolver profissionalmente são lentos. Iniciam-se antes do espaço formativo dos cursos de licenciatura e prolongam-se por toda a vida, alimentados e transformados por diferentes experiências profissionais e de vida. O fato de uma pessoa se tornar professor demanda tempo e disposição, se prolongando por toda a vida. Portanto, o processo educativo que ocorre nas escolas legitima a profissão docente desenvolvendo saberes e trazendo ao professor um olhar individualizado, além de

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oportunizar o trabalho coletivo através da troca de experiências entre professores iniciantes e os que possuem mais tempo de profissão (MIZUKAMI, 2013, p. 23).

Sendo assim, o trabalho docente requer muito estudo, estar em constante atualização, ensinar conteúdos, planejar, elaborar planos de aula, conviver com as diferenças, reavaliar como está acontecendo o processo de ensino e aprendizagem, dentre outras inúmeras funções que ele exige.

Pode-se afirmar que a jornada de um docente não é fácil e que dependendo do lugar onde ele trabalha ou em quantas instituições ele leciona, ele se sentirá exausto. Basso (1998, p.5) vai dizer que “a finalidade do trabalho docente consiste em garantir aos alunos acesso ao que não é reiterativo na vida social”. Por isso, trabalho docente é ensinar o novo, o cientifico, o que se sabe, para aqueles que possuem apenas um conhecimento prévio cultural do dia a dia, nunca se esquecendo de aprender também com os alunos. Sendo assim, um mediador do conhecimento e da aprendizagem.

3.1 O que dizem os professores sobre exaustão

Exaustão pode ser tanto física como mental, desencadeando diferentes

sentimentos em cada docente, assim como aparecendo em tempos diversos, dependendo da realidade de cada um.

Foram entrevistadas 16 professoras dos Anos Iniciais do município de Boa Vista do Buricá-RS, atuantes nas Escolas: Escola Municipal de Ensino Fundamental Caminhos do Saber, Escola Estadual de Educação Básica Barão do Rio Branco e Escola Estadual de Ensino Fundamental Tenente Antonio João. A pesquisa realizada contava com as seguintes questões: Você se sente exausto fisicamente com que frequência? Você se sente exausto emocionalmente com que frequência? Se fôssemos quantificar, quanto por cento você se sente exausto? Você se considera um bom professor? Para você, quais são as características de um bom professor? Além de questionamentos básicos como a formação, ano que atua, nome, idade e as horas que trabalha semanalmente.

Em relação a exaustão física, ela envolve muitas questões como ficar muito tempo em pé dando explicações, falta de descanso, chamar a atenção dos alunos, ter que se deslocar até as classes para auxilia-los, assim como ter

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que lecionar a disciplina de Educação Física, com isso através da pesquisa pode se perceber que apenas um professor se sente cansado diariamente, dois semanalmente e treze às vezes.

Quadro 2 – Frequência da exaustão física

Fonte: Elaborado pela autora (2020), a partir dos dados dos

questionários respondidos pelos professores.

Neste quadro podemos verificar que a grande maioria não esta num grupo de total exaustão, porém todos sentem cansaço emocional em alguma fase da docência. Sentem um vazio, cansaço, não sabem como lidar com as emoções diárias sentidas na escola e em casa, dentre outras coisas. Para Cordes e Dougherty (1993) e Zohar (1997) apud TAMAYO; TRÓCCOLI (2002, p. 38)

a exaustão emocional é, primordialmente, uma resposta às demandas dos estressores que os empregados devem enfrentar, tais como a sobrecarga de trabalho, os contatos interpessoais, o papel conflituoso e os altos níveis de expectativas do indivíduo com relação a si próprio e a sua organização.

Ao analisar os dados da pesquisa em relação à exaustão emocional demonstram que no quesito diariamente nenhuma delas se sente exausta, já semanalmente são três e treze às vezes.

Quadro 3– Frequência da exaustão emocional

1 2 13 0 2 4 6 8 10 12 14

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Fonte: Elaborado pela autora (2020), a partir dos dados dos

questionários respondidos pelos professores.

A porcentagem de exaustão chama a atenção, já que em alguns casos é possível perceber que as professoras trabalham até 50h semanais, mas em relação a idade mesmo as mais novas já se sentem exaustas. Aqui constatamos que seis professoras sentem-se exaustas de 0 a 20 %, quatro de 21 a 40 %, quatro de 41 a 60% e dois de 61 a 80%.

Quadro 4– Porcentagem da exaustão

Fonte: Elaborado pela autora (2020), a partir dos dados dos

questionários respondidos pelos professores.

A exaustão está ligada ao esforço demasiado de alcançar um bom resultado, de atender bem o público, de fazer com que ele tenha aprendido algo. Por isso, no quesito de se considerar um bom professor, obteve-se as seguintes respostas: 0 3 13 0 2 4 6 8 10 12 14

Diariamente Semanalmente Às vezes

6 4 4 2 0 0 1 2 3 4 5 6 7 0 a 20% 21% a 40% 41% a 60% 61% a 80% 81% a 100%

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Quadro 5 – Bom professor

Fonte: Elaborado pela autora (2020), a partir dos dados dos

questionários respondidos pelos professores.

E por último, ao descrever as características de um bom professor é possível destacar a resposta do P51: “Primeiramente penso que para ser um bom professor é essencial amar o que faz. Depois procurar conhecer seus alunos, ter senso de justiça, ter um olhar diferente dependendo das situações com alunos, ser afetivo, coerente. Saber conviver em grupo e trabalhar isso em seus alunos também. Ser amigo e compreensivo, entre outras coisas”.

Já o P112 disse que é: “Ter conhecimento tanto do conteúdo como também da parte da psicologia para melhor entender pais e alunos. Ter muita paciência e sabedoria. Ser um eterno sonhador, sempre acreditando que podemos fazer a diferença para nossos alunos. Lembrando sempre que muitas vezes a forma como tratamos os alunos é muito mais importante do que o conteúdo. Porque eu realmente acredito que os nossos alunos vão esquecer os conteúdos rapidamente, mas nunca irão esquecer a forma como foram tratados”.

A P123 relatou que: “Primeiro, gostar muito do que faz. Trabalhar em Educação não pode ser uma falta de opção profissional. Tem que ser o desejo pessoal, tem que ter amor pela profissão. Muitas vezes não é fácil, precisa ter muita criatividade e dedicação quase que em tempo integral. É necessário muito estudo. Se atualizar, acompanhar as mudanças na Educação (agora, por

1 P5: Professor número 5 2 P11: Professor número 11 3 P12: Professor número 12 10 0 1 5 0 2 4 6 8 10 12

Sim Não Nem sempre Quase

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exemplo, a questão da BNCC). O professor precisa conhecer a realidade de seus alunos e de sua escola, levar em consideração as dificuldades que muitas crianças passam, bem como o ritmo de desenvolvimento individual e em cima disso realizar seu planejamento. E também considero importante não descontar na escola ou nos alunos o seu cansaço, as crianças não tem culpa direta disso, pois muitas vezes é o próprio professor que não está bem e com isso, vê os problemas como maiores do que realmente são”.

E por fim, a P154 disse que é: “Manter-se sempre em aprendizado, buscar novas informações, saber ouvir o aluno, levar a realidade dos alunos em consideração principalmente no processo avaliativo. Estar sempre disposto a auxiliar o aluno, e estar aberto a novas aprendizagens e desafios da sala de aula”. Dessa maneira, é possível destacar que para ser um bom professor é preciso respeitar os colegas de trabalho e os alunos, procurar sempre ouvir, ser afetivo, conhecer a realidade de todos os sujeitos, ser dinâmico, aprendiz, atualizado e compreensivo. E acima de tudo ter amor a profissão de docente, pois “Só o que sei é que, no fim das contas, ser professor é um lance de amor. Às vezes é sofrido. Às vezes é maçante. Como todo amor. Mas é uma dessas paixões avassaladoras que vicia, e que quem sente, já não consegue ver sentido em viver sem” (MANUS, 2014).

Por isso, por mais que seja difícil ser docente nos dias atuais é de suma importância se doar o máximo para que os alunos aprendam, mas sempre priorizar o bem estar docente, para que ninguém saia prejudicado.

3.2 Causas da exaustão docente

A exaustão docente tanto física como mental é causada por diversos fatores como sobrecarga, má convivência com colegas, estresse, baixos salários, dificuldade para lidar com as novas tecnologias, falta de apoio da direção e dos pais, etc.

O cansaço e desgaste emocional e físico por parte dos professores, ao aproximar-se do fim do semestre letivo vai gradativamente aumentando seu nível de esgotamento, que muitas vezes pode ser sentido pelos alunos, uma vez que este desgaste reflete de forma

4

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significativa na aplicação dos conteúdos e aprendizagem dos alunos (GONÇALVEZ et al, 2008, p. 4604).

Uma questão relevante é a questão da Educação inclusiva que não é apenas a inclusão de pessoas com deficiência, mas de todas as classes sociais, cores, como também as condições físicas e psicológicas, sendo todas as instituições de ensino devem oferecer atendimento especializado, fazendo com que o professor precise conviver com a singularidade de cada indivíduo e planejar aulas diferentes. Por isso, a escola precisa garantir ao professor:

a hora-atividade, regulamentada pela Lei Federal nº 11.738/2008, sendo um momento em que o professor não tem contato com os alunos, desempenhando atividades de planejamento, formação continuada etc., é um elemento que pode auxiliar os professores nas sobrecargas laborais e consequentemente ter melhores condições de trabalho (DWORAK; CAMARGO, 2017, p. 115).

Porém, as instituições possuem pouco ou quase nenhum recurso para adquirir materiais e na questão profissional possuem poucos professores qualificados para atuar com esse público. Com isso, grande parte das escolas e dos professores determina que um aluno incluso deve frequentar lugares como as escolas de educação especial, alegando que esse aluno se torna um atraso para os demais colegas, sendo que é necessário que o professor faça sempre um plano de aula separado para aquele sujeito. Hargreaves (1998) argumenta que um problema observado “é o decréscimo de apoio e assistência especializada aos professores para que possam lidar com os “novos alunos” (inclusivos, com problemas sociais e comportamentais), que tem ingressado nas escolas, contemporaneamente”. Essa questão acaba deixando o professor exausto.

A falta de apoio pedagógico e as más condições de trabalho podem contribuir para inibir iniciativas de professores mais envolvidos com seu trabalho, que passam a se sentirem insatisfeitos e desestimulados para com o trabalho. Neste caso, geralmente, o professor passa a ver a escola e suas atividades como um fardo pesado e sem gratificação pessoal. Como resultado tem-se a queda de desempenho, frustração, alteração de humor, além de consequências físicas e mentais (MELEIRO apud. BASTOS, 2002, p. 101-102).

Também, a falta de envolvimento dos pais na escola é motivo que deixa os professores preocupados. Gato et. al (2011, p. 6) afirma que “o elo entre pais e escola sempre será importante para o desenvolvimento da criança. A

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escola deve abrir caminhos para que o pai se sinta confiante para contribuir com a educação do filho”. A jornada de trabalho dos docentes geralmente acontece tanto na escola como em casa, por isso Teixeira (1998) apud Bastos (2009, p. 77) afirma que

quando os professores se ocupam com a preparação e a avaliação de atividades pedagógicas e realizam tarefas como: planejamentos de aula, correção e elaboração de testes, provas e exercícios, montagem de material didático, preenchimento de horários, planejamento da semana. Um verdadeiro elenco de atividades em que a mais frequente é a correção de avaliações escolares. Em relação aos finais de semana, em geral dias de folga, nem sempre o são para os professores, pois em virtude do total de dias letivos anuais, as escolas passaram a utilizar alguns sábados, para trabalho. Quando o docente atua em mais de uma escola e os sábados letivos não coincidirem nos respectivos calendários escolares, consequentemente terá diversos finais de semana dedicados ao trabalho.

Sendo assim, nos dias atuais não é fácil ser docente, é necessário amar a profissão e acordar todo o dia disposto a mudanças, a conhecer algo novo, a ser diferentes, pois certamente há mais fatores que te deixam exaustos do que realizados.

Ser professor há algumas décadas, era privilégio de filhos de famílias abastadas, com distinção social, econômica e cultural. Entretanto, na atualidade o perfil dos professores não é mais o mesmo, pois são provenientes de diferentes estratos sociais e na maioria das vezes, os seus salários não garantem um padrão de vida que possibilite alto poder de consumo cultural. Parece que o professor não tem uma relação muito clara entre esforço, satisfação e retorno financeiro. Se em tempos passados o professor gozava de privilégios e status social, hoje ele vivencia situações de desvalorização, desrespeito e falta de reconhecimento de seu ofício de mestre, por parte de diversos segmentos da sociedade (BASTOS, 2009, p. 110).

Por isso, mesmo não sendo mais uma profissão tão valorizada e convivendo com a falta de reconhecimento, os docentes devem mostrar para a sociedade qual realmente é seu papel dentro de uma instituição, demonstrar sua capacidade de ensinar e formar seres humanos, para assim ser reconhecido e valorizado principalmente pela comunidade escolar.

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CONCLUSÃO

Conclui-se, que a exaustão não acontece de uma hora para outra, mas ela vai se intensificando com o passar dos anos e que esta realidade está cada vez mais presente. Isso porque o que torna o docente exausto é a sobrecarga, o envolvimento afetivo, tentar sempre dar seu melhor, a relação com colegas, com a própria gestão da escola, pelo enfrentamento dos alunos, por não atingir os objetivos propostos, por não ter apoio da família ou por motivos pessoais advindo de sua casa, dentre outros.

O ensino-aprendizagem ocorre entre o professor e o aluno, para que ele ocorra de forma satisfatória é de suma importância ter amor a profissão, promover o desenvolvimento humano, respeitar a singularidade de cada qual, observar e avaliar se o aluno esta aprendendo e também se auto avaliar para ver se a maneira com que se ensina esta passando algum conhecimento ao aluno. Assim como, planejar aulas lúdicas, explorar bem os conteúdos, ser observador, conhecer a realidade dos alunos, ter uma relação boa e ser um bom mediador.

A exaustão docente, muitas vezes, acontece, pois o local onde ele atua não lhe oportuniza tempo para planejar, nem formações, nem material adequado, turmas com excesso de alunos, condições salariais precárias, provocando no professor desmotivação e má desempenho, sendo que isso interfere na atuação em sala de aula e prejudica a aprendizagem dos alunos. A escola quer qualificação, mas não dá tempo, o que torna mais difícil obter bons resultados e inovar a prática pedagógica.

Ensinar, ser amigo e um docente qualificado tornam os professores exaustos, assim como também sempre a mesma rotina, a falta de inovação, trabalhar em mais instituições, por vezes trabalhando 50 horas semanais.

Foi possível concluir também através da pesquisa que todas as professoras se sentem exaustas física ou emocionalmente em alguma parte da docência, às vezes com mais frequência dependendo de como esta o andamento da aula.

Constata-se também que todas as entrevistadas, que são do sexo feminino, de alguma forma se consideram boas professoras, destacando que é necessário amar a profissão, ter paciência, dedicar-se, conhecer os alunos, ser

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criativo, inovador, perceber o ritmo com que os alunos aprendem para planejar aulas proveitosas. Assim como, foi possível perceber que ao fim de um trimestre aumenta a exaustão, por isso é tão importante o envolvimento dos pais e da instituição escolar, já que nos dias atuais não esta fácil ser docente.

É importante valorizar o docente, ouvi-lo, reconhecer o seu trabalho, fazer com que ele se sinta seguro. Além disso, o professor precisa descansar e relaxar, realizar o que goste de fazer, sair com os amigos, curtir com a família, ser um docente transformador que seja reconhecido e tenha apoio da escola, da família e dos próprios alunos e seus familiares, para assim ocorrer um processo profissional de comprometimento coletivo.

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TANCREDI, Regina Maria Simões Puccinelli; RESENDE, Adriana Torquato.

Ser professor: visões de alunos e professores dos Anos Iniciais do Ensino

(37)

ANEXOS ANEXO 1

UNIJUI – Universidade do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul

ENTREVISTA COM PROFESSORES DOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

A presente entrevista faz parte da pesquisa O dilema da exaustão

docente no século XXI, desenvolvida por mim, Letícia Tamires Vogel, no

Curso de Pedagogia da UNIJUI – Campus Santa Rosa.

A entrevista é composta de duas partes:

Parte I - Dados do entrevistado; e Parte II – Exaustão docente

Parte I - Dados do entrevistado

Área de atuação:_________________________________________________ Curso de formação: _________________________________

Nome: __________________________________________ Idade: ________ Ano em que atua: _______________ Horas: ( ) 20h semanais

( ) 40 horas semanais. Parte II - EXAUSTÃO DOCENTE:

1- Você se sente exausto fisicamente com que frequência: ( )diariamente ( ) semanalmente ( ) às vezes

2- Você se sente exausto emocionalmente com que frequência: ( )diariamente ( ) semanalmente ( ) às vezes ( ) nunca

3- Se fôssemos quantificar, quanto por cento você se sente exausto:

( ) 0 a 20% ( ) 21% a 40% ( ) 41% a 60% ( )61% a 80% ( ) 81% a 100%

4 - Você se considera um bom professor:

(38)

5 - Para você, quais são as características de um bom professor?

_______________________________________________________________ _______________________________________________________________

Referências

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4) Entre as vogais dorsais, há mais erros que se caracterizam pela escrita de &lt;u&gt; quando previsto &lt;o&gt; (22,5% passou para 18,2%) – casos de transcrição fonética – do

Vale destacar, ainda, que, apesar de a ação de Saturnino de Brito em Passo Fundo ser mencionada pela historiografia especializada, não se dispõem de estudos aprofundados na

Assim, os resultados iluminam os contributos da investigação, enquanto ferramenta de formação de professores, para a promoção do seu desenvolvimento pessoal e

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