Teoria das Relações
Humanas: humanizando a
empresa
Profα. Gabriela Fonseca Parreira
Apresentação baseada no livro:
Chiavenato, I. Introdução à Teoria Geral da
Administração. 4. ed. São Paulo: Makron, 1993.
Maximiano, A. C. A. Introdução à administração
-5.ed.rev.e ampl.- São Paulo : Atlas, 2000
A apresentação pode ser utilizada como guia. No entanto, a bibliografia indicada no primeiro dia de aula deve ser estudada.
Administração científica e Teoria clássica
Mecanicista Organização
Ênfase na estrutura e nas
tarefas
Autoridade centralizada Especialização
Confiança nas regras e
regulamentos
Teoria das Relações Humanas
Humanista
Surgimento da TRH:
Teoria das Relações Humanas ou escola
humanística da administração;
Surgiu nos EUA;
Conseqüência das conclusões de Hawthorne
desenvolvida por Elton Mayo e seus
colaboradores;
Foi um movimento de reação e oposição à Teoria
Críticas à abordagem clássica:
Tecnologia e método de trabalho constituem as preocupações básicas do
administrador;
Durante as primeiras décadas do século XX, seus princípios nem sempre
foram pacificamente aceitos;
País democrático como os EUA, os trabalhadores e sindicatos passaram a
visualizar e interpretar a administração científica como um meio sofisticado de exploração dos empregados a favor dos interesses patronais.
A TRH surgiu da necessidade de corrigir a tendência à desumanização do
Origem da TRH:
Necessidade de humanizar e democratizar a
administração;
Desenvolvimento das ciências humanas;
Pesquisa realizada na Western Electric
Company, por pesquisadores da Universidade de Harvard, com o apoio do Conselho Nacional de Pesquisas do EUA, conhecida como “experiência de Hawthorne”.
Wester Electric Company
Preocupada com o bem estar dos seus
funcionários;
Clima sadio;
Nenhuma greve ou manifestação;
“Experiência de Howthorne”
Realizada entre 1927 e 1932;
Objetivo da empresa: identificar a influência
dos fatores físicos/ambientais sobre a produtividade dos trabalhadores;
Logo se estendeu ao estudo da fadiga, acidente
de trabalho, rotatividade de pessoal;
Fase 1:
Objetivo: identificar de que forma fatores ambientais influenciavam a
produtividade do trabalhador.
Primeiro fator: iluminação: fazendo várias mudanças na intensidade da
iluminação no ambiente de trabalho.
A cada modificação, os trabalhadores respondiam com o aumento
significativo de produtividade.
Aumento da intensidade – aumento da produtividade; Redução da intensidade – aumento da produtividade.
Questão da ergonomia
Ergonomia física
Ergonomia cognitiva
Adaptar o trabalho ao homem!
Interessada nos fatores físicos: iluminação, ruído, antropometria, etc.
Interessada dos fatores psicológicos, subjetivos.
Fase 2:
Objetivo: estudar de que forma os fatores psicológicos influenciavam a
produtividade dos operários.
Metodologia:
Foi escolhido um setor de montagem de relés de telefone que funcionava em um salão no
qual trabalhava 100 operárias.
Montou-se uma sala de experiência, nas mesmas condições do salão, mas onde
trabalhariam apenas 6 moças que seriam submetidas a uma série de mudanças sob a observação de pesquisadores.
Fase 2:
Antes de cada mudança, as moças seriam
informadas das alterações que seriam feitas.
Resultados apresentados e discutidos com
as moças.
Passos:
1) Duração: 2 semanas
Produção seria medida ainda na sala de controle.
Indicador: 2.400 peças/semana
Servir de base para comparação quando as alterações fossem realizadas.
Passos:
2) Duração: 5 semanas
Isolamento do grupo experimental na sala de
provas, com as mesmas condições anteriores de trabalho.
Aconteceram reclamações do grupo
experimental, visto que apesar de fazerem parte de um novo grupo, recebiam salário calculado com base na produção do grupo de controle ao qual pertenciam.
Passos:
3) Tempo: 8 semanas
Modificou-se o sistema de pagamento. No grupo de controle havia o pagamento por tarefas em grupo.
Sala de controle: Não refletia no salário
individual.
Sala experimental: Reflexo no salário.
Passos
4)
Intervalo de 5 minutos de descanso no
período da manhã e no período da tarde.
Passos:
5) Intervalos de descanso foram aumentados para dez minutos pela manhã e à tarde.
Produtividade aumentou.
6) Introduziu três intervalos de 5 minutos pela manhã e à tarde.
A produção não aumentou e houve queixa das mulheres quanto à quebra do ritmo de trabalho.
Passos:
7) Voltou-se a dois intervalos de 10 minutos, em cada período, servindo-se um lanche leve.
Produção aumentou.
8)Foram mantidas as mesmas condições do período anterior, e o grupo experimental passou a trabalhar ate 16:30min e não até às 17 horas.
Passos:
9) O grupo experimental passou a trabalhar até 16 horas.
A produção permaneceu estacionária.
10) O grupo experimental voltou a trabalhar até às 17 horas.
Passos:
11) Estabeleceu-se a semana de 5 dias, com sábado livre.
A produção do grupo experimental continuou a subir.
12) Neste período voltou-se às mesas condições do 3 período, tirando-se todos os benefícios dados, com o assentimento das moças.
A produção atingiu um índice jamais alcançado: 3000 unidades semanais por moça.
Conclusões sobre as
observações da segunda fase:
As moças gostavam do estilo brando de
supervisão: permitia trabalhar com liberdade e menor ansiedade.
Havia um ambiente amistoso e sem pressões, no
qual a conversa era permitida, o que aumentava a satisfação no trabalho.
Não havia temor ao supervisor, pois esse
funcionava como orientador.
Houve um desenvolvimento social do grupo
experimental. As moças faziam amizades entre si e tornaram-se uma equipe.
Conclusões sobre as
observações da segunda fase:
O grupo desenvolveu objetivos comuns, como o
de aumentar o ritmo de produção, embora fosse solicitado a trabalhar normalmente.
O grupo desenvolveu liderança e objetivos
RESUMINDO AS ÚLTIMAS
AULAS...
1ª FASE:
Objetivo: como os fatores físicos/ambientais
afetam a produtividade?
Qual a metodologia utilizada?
RESUMINDO AS ÚLTIMAS
AULAS...
2ª fase:
Objetivo: Como os fatores psicológicos
influenciavam a produtividade dos operários?
Qual a metodologia utilizada?
RESUMINDO AS ÚLTIMAS
AULAS...
Atividade Resultado
1. Definir a capacidade produtiva em condições normais de trabalho.
2.400 unidades semanais por força.
2. Grupo experimental foi isolado na sala de provas.
3. Modificação das condições de pagamentos. Produção aumentou.
4. Intervalo de 5 minutos– manhã e tarde Produção aumentou. 5. Aumento dos intervalos de descanso para 10 minutos. Produção aumentou.
6. Três intervalos de 5 minutos – manhã e tarde. Produção não aumentou – reclamação. 7. Voltou-se a dois intervalos de 10 minutos– lanche leve. Produção aumentou.
8. Grupo experimental passou a trabalhar até as 16h30min.
Aumento acentuado de produção.
9. Grupo experimental passou a trabalhar até as 16h00min.
Produção estacionária.
10. Grupo experimental voltou a trabalhar até 17 horas. Produção aumentou bastante.
11. Estabeleceu-se a semana de 5 dias. Produção aumentou.
Fase 3:
Os pesquisadores afastaram do objetivo inicial de verificar as
condições físicas de trabalho e passaram a se fixar no estudo das relações humanas no trabalho.
No grupo de controle as moças consideravam humilhante a
supervisão vigilante e constrangedora.
Apesar de sua política, a empresa pouco ou nada sabia acerca
dos fatores determinantes das atitudes das operárias em relação à supervisão, aos equipamentos de trabalho e à própria organização.
Fase 3:
Objetivo do Interviewing Program:
Conhecer as atitudes e sentimentos dos
empregados;
Ouvir a opinião dos empregados quanto ao
trabalho e quanto ao tratamento que recebiam;
Ouvir sugestões a respeito do treinamento dos
Fase 3:
Metodologia:
Criada a Divisão de Pesquisas Industriais;
Pesquisas Industriais Direção
Fase 3:
Foram entrevistados cerca de 21.126
colaboradores;
Mais de 50% dos colaboradores;
Técnica de entrevista:
Diretiva:
Analisar experiência que o entrevistado tenha vivido ou assistido;
Nenhum guia;
Lista de tópicos.
Não diretiva:
Série de perguntas guias;
Fase 3:
“Organização informal dos operários a fim de se protegerem contra o que
percebiam como ameaças da administração:
Padrões de produção que os operários julgam ser a produção normal que deveriam ter e que não eram ultrapassados por nenhum deles;
Práticas não-formalizadas de punição social que o grupo aplica aos
operários que excedem os padrões e são considerados sabotadores;
Expressões que fazem transparecer a insatisfação quanto aos resultados do sistema de pagamentos de incentivos por produção;
Liderança informal de alguns operários que mantêm o grupo unido e asseguram o respeito pelas regras de conduta;
Contentamentos e descontentamentos em relação às atitudes dos
superiores a respeito do comportamento dos operários”.
“Com a organização informal, os operários se mantêm unidos através de laços de lealdade. Quando o operário objetiva também ser leal à empresa, essa lealdade traz conflito, tensão, inquietação e descontentamento.” (Chiavenatto)
Fase 4:
Objetivo: estudar melhor a organização informal dos operários;
Foram estudados 20 montadores de terminais telefônicos,
separados em uma sala especial, trabalhando em condições idênticas às dos demais montadores do departamento.
Havia um observador na sala e um entrevistador do lado de fora
entrevistava o grupo.
O sistema de pagamento era baseado na produção do grupo,
havendo um salário-hora e um salário mínimo horário para o caso de interrupções na produção.
Fase 4:
Os salários só podiam ser maiores se a produção total
aumentasse.
Observações no interior da sala:
Logo que os operários montavam o que julgavam ser a sua produção normal, reduziam seu ritmo de trabalho;
Os operários passaram a apresentar certa uniformidade de sentimentos e
solidariedade grupal;
O grupo desenvolveu métodos para assegurar suas atitudes, considerando delator o membro que prejudicasse algum companheiro e pressionando os mais rápidos para estabilizarem sua produção por meio de punições.
A experiência de Hawthorne foi suspensa em 1932 por motivos
financeiros.
Conclusões da experiência de
Hawthorne:
1. O nível de produção é resultante da integração social: “Se o
empregado apresentar excelentes condições físicas e fisiológicas para o trabalho e não estiver socialmente integrado, sua eficiência sofrerá a influência de seu desajuste social.”
2. Comportamento social dos empregados: “Os trabalhadores não
agem ou reagem isoladamente como indivíduos, mas como membro de grupos. A qualquer desvios de normas grupais, o trabalhador sofre punições.”
3. Recompensas e sanções sociais: “Os operários que
produziram acima ou abaixo da norma socialmente determinada perderam o respeito e a cosnideração dos colegas.”
Fase 4:
Teoria clássica e
administração científica
Homo economicus
Homem é motivado e
incentivado por estímulos salariais – e elaboravam os planos de incentivos salariais para elevar a eficiência e baixar os custos operacionais.
Teoria das Relações Humanas
Homem social
Pessoas são motivadas pela necessidade de “reconhecimento”, de “aprovação social” e participação nas
atividades dos grupos sociais nos quais
Fase 4:
Grupos informais: a empresa passou a ser vista como uma
organização social composta de grupos sociais informais, cuja estrutura nem sempre coincide com a organização formal da empresa.
Relações humanas: cada pessoa possui uma personalidade
própria e diferenciada que influi no comportamento e nas atitudes das outras com quem mantém contatos e é, por outro lado, igualmente influenciada pelas outras.
Importância do conteúdo do cargo: os operários trocavam de
posição para variar e evitar monotonia, contrariando a política da empresa.
Ênfase nos aspectos emocionais: os elementos emocionais não
planejados e irracionais do comportamento humano merecem atenção especial da TRH.
Teoria das Relações Humanas
Conclusões
Funções da organização industrial:Organização industrial Social: dar satisfação a seus participantes Econômica: produzir bens e serviços Equilíbrio interno Equilíbrio externo
Comparação entre TC e TRH:
Teoria Clássica Teoria das Relações Humanas
Organização como máquina Organização como grupo de pessoas
Tarefas ou tecnologia Pessoas
Sistemas de engenharia Sistemas de psicologia Autoridade centralizada Delegação de autoridade Especialização Ênfase nas relações
Confiança nas regras e regulamentos
Confiança nas pessoas
Teoria das Relações Humanas
Apreciação Crítica
Toda pesquisa tem suas limitações!
Abordagem descritiva;
Limitado ao campo de experimentação;
Abordagem
parcial
do
problema
Decorrências da Teoria das
Relações Humanas
Liderança;
Motivação;
Empowerment
Parte da idéia de dar as pessoas o poder, a liberdade e a
informação que lhes permitem tomar decisões e participar ativamente da organização;
Equipes autodirigidas e culturas participativas e abertas;
Difundir e compartilhar o poder com todos os seus membros,
abrindo mão do controle centralizado.
Rapidez Capacidade de decisão
Empowerment
Bases principais do empowerment:
Poder Motivação