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Zero, 2009, ano 27, n.2, jun.

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(1)

FLORIANÓPOLIS,

JUNHO DE 2009

-

CURSO DE JORNALISMO ANO

XXVII, NÚMERO

2

MEC

destina

R$10

milhões

para

a

UFSC

Verba

é

aplicada

em

ampliações

na

infraestrutura para atender

à

expansão

de vagas

prevista

no

Reuni

As melhorias só começaram este guns cursos, A

solução

emergen-

ano,651

novasvagas foram aber- unidades de

Araranguá,

Curitiba- número de alunos de 22.475 para

ano, Em

Florianópolis,

há falta de cial foi

remanejar

docentes e ne- tas em

Florianópolis

e mais 480 nose Joinville, Uma das metasda 31,116até 2012,

salas de aulae

professores

em al-

gociar

permutas

de espaços, Este alunos devemter aulas nas novas UFSC para o Reuni

é

aumentar o

página

8e 9

C&T

Uso

de

materiais

reciclados

traz

vantagens

à

construção

Além

deatenderatodosos

requisitos regulamentados pela

Associação

Brasileira de Normas

Técnicas,

o uso de

garrafas

PET diminuio custo das obrase

é

uma

alternativa

viável

para a

redução

de

impactos

ambientais, Em Santa

Catarina,

projetos

de iniciativa individualeda CELESCtestamo uso do material.

página

11

Cultura

Pesquisadores divergem

sobre

a

vinda.

de

Saint

Exupéry

à

Ilha

Setentaanos

depois

da passagem do autor de O

Pequeno Príncipe pela

América do

Sul,

historiadores e descendentes de

amigos

do escritorem

Florianópolis

discutemapassagem do aviador francês

pela capital,

Deum

lado,

João Carlos Mosimann defende que o autor nuncateve

tempo

de estabelecer amizadescom os

pescadores

do

Campeche,

Do

outro,

a me­

mória

de Seu

Deca,

umdos

amigos

de

Exupery,

narrada porseufilho,

(2)

2

IOpinião

Florianópolis,

junho

de2009

ZERO �O TEMPO

�",,99/' •

m

telefone

Na

,.la, s!'.

"om

'I

,

_ hJO<.! !)õo .... 'j !��, \"

O

UNIVERSITÁRIO

e

a

atividade

física

_Nesse semestreforamoferecidas782

va­

gas paraas

disciplinas

de

Educação

Fí�ica

Curricular

(EFC). Quase

mil alunosnao

conseguiram

vaganohorárioemodali­

dade queescolheram

-A

natação

foi

aque .

mas'16 F .

,mais

ofereceu

tur-.

. OI

tambema .

gentesem quemais

deixou

190

estudantes

vaga,271

alunos.

Destes tentar '

iniciação

am asturmas de

_

Segundo

a

monografia

de

Leonardo

1

(2008

1)

amaioriados alunos

Bertuo .,

.A·

h

-das EFC

(41,5%)são

dasClenclas

uma

nasesociais

aplicadas

�i;�r:�t��:ç�:

�om

asaúdeéo

prín-matricularem

qnas

�a

�sl�studantes

a se

segundoa ISClp

masde EFC

monografia

'

_

Uma

pesquisa

realizada

pelo

laboratório

debiomecânicado Centro de

Desportos,

comatletas de

vôlei,

basquete

ehandball

daUFSC,concluiu queotornozeloéa

articulação

maislesionada

-Parapraticar

emacad .

tícaas

atividades

.

�mlas

deginás­

disciplina

por

�als

disputadas

como

desembol�a

no

qmU�

�o

meses,

o

estudante

mimo'

R$

360para

nataçã

R$'

R$

400notênisd o, 240para yogae e

campo

CARTAS

Comentários,

críticase

sugestões

podem

ser en­

viadas para zero@cce.ufsc.br

Venho até

aqui

parabenizar

vocês

pelas

reporta­

gensdeótima

qualidade

quçmuito sãolidas

pelo

pessoal

aqui

da

Geografia

daUDESC. Nãodeixem de distribuirpor

aqui, pois

elas são muitobem vindaseúteispara nós.

Larissa

Côrrea,

estudante

Gosteida matéria das sacolas

biodegradáveis,

me

fez lembraracidade deXanxerê.

Ela

éaúnica ci­

dade do Brasil ondeosmercadosnãodão sacolas.

Foi

aprovado pela

Câmara de Vereadores

e opovoaprovou.Tambémexistemempresas

de

tecnologia

de

biogestores

-atravésdeesterco

de

frango

esuíno- daria

umamateria

legal,

bas­

tavocêsconferirem.

João

Olsin, empresário

EDITORIAL

Saúde

sem

discriminação

acesso no

sus

deve

ser

ampliado,

não

passar por

racionamento.

Adecisão doMinistério da Saúde de in­

cluir a

cirurgia

de

mudança

de sexo como

procedimento

custeado

pelo

Sistema

Único

de Saúde

(SUS)

representa um avanço no

respeito

àdiversidade.A

mudança

se baseia

no

artigo 196

da

Constituição

Federal que consideraasaúde umdireito de todos ede­ verdo Estado. Essainclusãovem onze anos

depois

da

resolução

1.482 de

1997doConselho Federal de

O direito

ao

Medicina,

que

regulamenta

a

cirurgia

por considerar

que os

pacientes

sofrem de "desvio

psicológico

perrna­

nentedeidentidade sexual".

Ainda em 2008, o

depu­

tado federal

Miguel

Martini

tentou barrar a

mudança

com argumentos de que o

SUS não consegue atender as mulheres em

período

pré-natal

e prestartratamento para

pessoas com

câncer,

entre outros casos em

que apessoa nãotem

condições

deviverou

sobreviver.O

deputado

considera ainda queo

valor de

R$

1,5milé muitoalto.

Mas nãosetratade

julgar

a

pior

dassitu­

açõesnem

elencar lista de

prioridades.

Todo direito

conquistado

paramelhoria de

quali­

dadede vida é

importante

enãodeveservisto

comomedida excludente esimcomomotivo para

ampliação

dos direitosaoscidadãos.Em

tempo: otratamento

oncológico integral

foi

CHARGE

incluídonoSistema.

O

acompanhamento psicológico previsto

é outro progresso da

legislação.

O

paciente

fica dois anos em

observação

paraque

haja

um

diagnóstico

final.Osquatrocritériosmí­ nimos paraa

avaliação

sãodesconfortocom o sexoanatômico

natural; desejo

expressode

eliminar os

genitais;

perder

as característi­ cas

primárias

esecundárias

do

próprio

sexo e

ganhar

as

dooposto.Amedida também

exige

preparação

dos

profis­

sionais de saúde para aten­

der às pessoas,

respeitando

sua

condição.

Um treina­

mentoque

explique

queessa

comunidade devesertratada

pelo

nomequeadotamenão

pelo

documento de

registro.

Acobertura

pelo

SUSda

cirurgia

detrans­

genitalização

não

significa

um

privilégio

e nem uma

oneração

aos cofres

públicos.

Como os outros

usuários,

enfrentarão os

mesmos

problemas. Tempo

de espera - de

até 10anos no casode

cirurgia

para

redução

do

estômago

-, filas e

qualidade

dos

equi­

pamentosnão serão solucionados porconta

dessa

aprovação.

Como em outras

áreas,

o

Brasil é reconhecido por ter

legislações

que

sãoummodeloa ser

seguido.

A

Constituição

Federal é um

exemplo disso,

mas a

prática

aindaestá muito

longe

dateoria.

o

"

Anecessidadeou

desejo

porumcelular

pode

serresolvidaem menosde20 minutos.

Quer

ummodelomaissofisticado?Um

!phone?

É

iraocentroeencontrarumaimensavarieda­

de,

inclusive dos falsificados.Essessãoalvo de várias

ações

do Ministério Público Federalem

combateà

pirataria,

comomostrareportagem

desta

edição.

Comaatual facilidade para receberou re­

alizar chamadas

logo apósa

comprade um

aparelho

celular,

é difícil

imaginar

que os

moradores de

Florianópolis

levavammaisde

umano para

conseguir

habilitaruma linha

de telefonia móvel.

Há 13anos,oZERO

publicou

umamatéria

sobreos

primeiros

anosdo

aparelho

nacidade.

Haviaumalista deesperademaisde200mil pessoas para

conseguir

umalinha de telefonia

móvel.Emmaiode

96, fotógrafo

André

Sielski,

número

44.533,

esperava

conseguir

aindana­

quele

anoterumcelularparafacilitarodia-a­

dia desua

profissão.

Na

época,

a existência de

pesquisas

que

indicavamqueo usode celulares favoreciao

desenvolvimento do cancêr

eracitada.

Sobre

o

chargista

Fernando Souza, 30 anos, é chargista, ilustrador e quadrinista desde 98,

quando

cursou História na UFSC. Também é autor do livro de tirinhas "Quem é Toniolo?". Para entrarem contato com o autor, escreva para

kcostellaeeyahoo.com.br.

Rara

os

chargistas

Se você é daquelesque quandolê umanotícia logo a imagina numa charge, desenhe parao

ZERO e envie para zero@cce.ufsc.br. Sua

charge pode ser publicada nesse espaço e

fazerpartedas

próximas

ediçõesdojornal.

Errata

AsiglaANJ correspondeà

Associação

Nacional

dos

Jornais

enãoJornalistas,comofoipublicado

napg. 7 da

edição

de Abril.

REDAÇÃO

Alexandre Lunelli, Aline Fernandes,Bruna de Paula, CamilaAugusto, Carlos Santos, Daniel Lu­

dwich,DéboraOliveira, Déborah Salves, Diego

K�rber,

Gustavo Bonfiglioli, JulianaPassos, LíviaFreitag, Luis

Henrique Knihs, Risa Stoider,Thaís Goes

EDIÇAO

Capae Opinião Juliana Passos Entrevista Alexandre

LunelliPolítica Bruna de Paula Economia RodolfoEspínola

Educação

Pedro SantosEspecialRisa Stoider C&TTalita Fernandes e CamilaAugusto Cultura Carlos Santos Saúde Débora OliveiraEsporte Diego Ker­

berContracapae Imagem

�aiana

MellerFOTOGRAFIAAlexandreLunelli, Daiana Meller,Débora Oliveira

DiegoKerber

COLAB'ORAÇAO

Renata Brandão

EDITORAÇÃO

AlexandreLunelli, CamilaAugusto,Camila

Chiodi, Carlos Santos, Diego Kerber, Felipe Franke, Gabriela Cabral, Gregório Lameira, Gustavo Bonfiglioli, Joana Caldas, Juliana Passos, Lígia Lunardi, Luís Henrique Knihs, Pedro Santos, Rafaella Volkmann, Risa

Stoider, Rogério MoreiraJúnior, Roldolfo Espinola, Talita Fernandes INFOGRAFIA Felipe.Franke, GregóriO Lameira, Rafaella Volkmann e Rogério Momira Júnior

PROFESSOR-COORDENADOR

Tattiana Teixeira DRT/BA1766

COORDENAÇÃO

GRÁFICA

Sandro Lauri GalarçaDRT/RS 8357MONITORIA Amanda

Busato, Annelize Conti e Cristiane Barrionuevo

IMPRESSÃO

DiárioCatarinense

CJRCULAÇÃO

Nacional

TIRAGEM5.000 exemplares

�����

� �

MelhorPeçaGráficaI, II, III,IV,VeXISet Universitário 1 PUC-RS(1 9SS,S9, 90, 91,92e98)

MelhorJornal-LaboratórionoIPrêmio Foca Sindicato dos Jornalistas de SC 2000

3° melhorJornal-Laboratório do Brasil EXPOCOM 1994

ZÊBO

JORNAL

LABORATÓRIO

ZERO

AnoXXVII- N° 2- Junho de 2009

Universidaoe FederaldeSanta Catarina

-UFSC Fechamento: 8dejunho

Curso de Jornalismo- CCE- UFSC

-Trindade Florianópolis -CEP88040-900 Tel. (48)3721-6599/3721-9490 Site:www.zeroufsc.br E-mail:zero@cce.ufsc.br

ZERO

(3)

-Edição:

Afexandre

l.uneIIl

Entrevista

I

3

Florianópolis,

junho

de 2009

Fotos: Alexandre Lunelli

�-�

,

"E

uma

violação

à

democracia''

o

novo

Código

Ambiental

de

SC,

em

vigor

desde

abril,

fere

a

Constituição

Federal

ao

prever

uma

legislação

mais

branda do

que

as

regulamentações já

existentes.

Rejeitado

pelo

Ministério

do Meio

Ambiente,

o

código

foi

denunciado

na

ONU

no

mês

passado

durante sessão do comitê do

Pacto

Internacional

de Direitos

Humanos,

Sociais

e

Culturais.

Samantha

Buglione,

autora

da

denúncia,

conversou com o

ZERO sobre

as

questões legais

e

os

interesses

que

permeiam

a

discussão

o

pequeno

agricultor

está

sendo

feito

de marionete.

É

um

código

politiqueiro

1J

ZERO

- O

Código

estásendo tratadocomo uma

questão

ideológica?

É

urna

questão

deinteresses. A

ideologia

é fundamental porquetemavercom

ideias,

com

propostas.

Nocasodo

Código,

eletemaverdireta­

mentecom

interesses,

oquenãoquer dizer que tenha

algo

por

trás,

urnaidéiadegoverno,

de

política

pública.

Sinceramente,

não

consigo

ver no

Código

urna

p0-lítica

pública.

Nãoternurna

proposta

de

políti­

ca

pública

pro campo, elerepresenta

interesses. Sefosse

ideológico,

talvez

atéfosse born.

É

mais

fácillidar

corn

ideias,

masé

complicado

lidarcom

ínteresses,Interesseéonão dito.A gentenãosabe

quais

arranjos

leva­

ram ao

Código

de santa Catarina

Os

agricultores

nãosabem.Agente

sabeacena,mas agentenãosabe

quem ministraamarionete. Issoé

perverso.lsso

cor­

róiademocracia.Sefosseurn

código

de

ideias,

seria

born.E não é.

aspectos

positivos?

Acho quetern.Nenhuma

legislação

consegueser

completamente

ruim. Tem

algumas mudanças posi­

tivas,corno o

perdão

de

dívidas,

o

aproveitamento,

a

transferência derecursos,quesãoextremamentelou­

váveis. Muito da críticaem.

relação

ao

Código

é bem

pontual,

simples.

Sãoospontosinconstitucionais.Não

éporurna

questão

de

preservação

ambiental,

é por urna

questão

de

preservação

da democracía,Eu não

posso aprovarurna leique

seja

inconstitucional.Sefor assim,eureinventO todoo

sistema,

osistemanãoserve

pranada.Porqueeutenhoumsistema

democrático?

Eutenho que

respeitar

as.regras

do

jogo.

Corno al­

guém

vai

jogar

futebolse nomeiodo

jogo

todo mundo mudaasregrasa

qualquer tempo?

Isso é

impossível.

E

oBrasil fazissootempointeiro.

Então,

o

problema

do

Código

éesse.Nãoé sóurn

problema

demeioambien­

te,éum

problema

denão

respeitar

asregrasdo

jogo.

O

Código

éurna

violação

ademocracia

A

atuação

do governofederalestá sendo boa? Elesestãofazendo.a

obrigação.

Não

podem

clizer

quesãoafavor deum

Código

inconstitucional. Senão

viravaacasadamãe

joana,

nãoé?

Qual

o

poder

do Ministério Público

(MP)

frente

aoCódigo?

O MP

entroucorn a

representação

naprocura­

doria paraum

pedido

de inconstitucionalidade.O MP

érepresentantedointeresseda

sociedade,

dointeresse

público,

ele é quemtem

poder

de

ação

mesmo.

É

urnadiscussão imbecilessado

Código,

é

ímpres­

síonante

aenergia

que

se.gasta.

f.". gente

pódia

estar

discutindo alternativas

tecQõlógicas

paraocampo, por

exemplo.

Eé inconstitucional! Olhaoabsurdo! Temurna

hierarquia.

Oestado

pode legislar

sobre

omeioambienteemduas círcunstârídas;paraprote­

germaise

quando

alei federalnãofalanada.Se não

houvesse

Jei federal sobre

isso,

agenteiaterqueficar bern

qUietinho,

mastern.Agentetem. que

respeitar

as

regras,pra todo mundo

poder

jogar.

Esseé o

princípio

da

igualdade,

do

igual

reconhecimento de interesses. Entidades civis

podem participar

das

-'I

açoes.

Tem

alguns

critérios paraentrar

comas

ações

de inconstitucionalida­

de.Tendoesses

critérios,

não

precisa

ser oMP para entrar com a

ação.

Aspessoas

podem

entrar,

podem

se

envolver.Semcontar

aquele

envolvi­

mentoque é

o'

melhor de

todos,

que é

reciclar

lixo,

saberse ocaminhão do lixo passa, cobrar da

prefeitura

queocaminhãopasse,

comprar

produtos

sem usode mão-de-obra escrava,

ecologicamente

corretos.Essa

ação

é absurdamente

poderosa

Seagentesedercontade queiraosuper­

mercado é fazer

política

oufazer

revolução,

ligente

mudaas coisas

rapidinho.

Irao

supermercado

éfazer

revoluÇão.

Fazer

revolução

dá trabalho.Fazer

política

dá trabalho.

É

maisfácileume

alienar,

émaisconfor­

tável.

É cômodo,

só que talveza

gente

nãotenha

pla­

netaparaaguentarnossa

espécie

nos

próximos

anos.

Então, ouresolvemoster

trabalho,

individualmente,

ounãovamos

poder

nemtertrabalho.

Aqueminteressao

Código?

Tudo éurnaforma

estratégica

demontareconflito.

Como Sêomeioambiente fossecontraos

agricultOres.

O pequeno

agricultor,

princípalmente,

está sendo feito demarionete.

É

urn

código

politiqueiro.

É

urnaestra­

tégia

política

de

reeleição,

porqueos

agricultores

não

sabemondeestãosemetendo.OBrasilzera o

Imposto

sobre Produtos

Industrializados(IPI)

paraa

produção

decarros,masnãozeraparaa

produção orgânica.

O

Código

é

pclitiqueiro

porquesevendecorno se

fosse a.

grande solução

paraos

agricultores,

desviaa

atenção

do fato de quenão existeurna

política efetiva,

umapo]itica tributária,

[uma

política]

de

investimen­

tos

em.tecnologia.

Ogovernoestá investindoemurna

legislação

que é inconstitucionalequenãovairesolver

nenhum problema.

.

.

Até agora, quem está vencendoodebate?

Semdúvida

nenhuma,

quemtem_

poder.

E

quemtemmais

poder

não sãoos

"ecochatos",

os am­

bientalistas,

essaturma; quemtemmais

poder

é quem ternmaísdinheiro.Euposso levarumadenúnciana

ONU,

masnão tenho

poder

internamente.

É

"briga

de leão

gr�de"

e osambientalistas aindasãomeio

"gati­

nhos".

Ô

problema

é que não deveriaseruma

briga.

É

assustador

perceber

queumalei

inconstitucional,

com

baseeminteresses

privados,

foi

aprovada

Um

agricultor familiar,

neste

sentido,

sai

perdendo?

Ele

pode

sair

perdendo

porquenão vaiterurna ou­

traalternativa de

produção.

Seelepensaem

produzir

comourn

agricultor

em

grande

escala,

nãoconsegue. A

questão

é quenãotemincentivoi

agricultura

fami­ liar.OBrasilinvestesóno

latifúndio,

quasenãotem

crédito

específico

parao

agricultor

familiar.

Aquele

agricultor

cujos

bisavós

produziam

de forma

orgâni­

canãosabemaisfazerisso.Sabe

plantar

sóem urna

.

forma de

grande

escala.

SeoSTF

julgar

alei

inconstitucional,

pode

ser

aplicada

alguma

punição

aoestado?

Não,porque

também

sãoasregrasdo

jogo.

Alei

passou

pelas

regrasde

SC,

se os carasfizeramisso Samantha

Buglione,

doutoraemCiências demaneira

equivocada,

eles só

podem

ser respon- Humanas

pela UFSC,

é

professora

sabillzados

pessoalmente depois.

Eles

podem

fazer doMestradoemGestãodePolíticas

urna

ação

deímprobídade

adminístratíva contraa Públicas daUniversidade do Vale do

Itajaí

Assembléia

Legislativa

porque eles sabiam quealei

(Univali). É

aindacoordenadoranacional

é inconstitucional.

Quem

será

responsabilizado

é a doComitêLatinoAmericano edo Caribe

Procuradoria do

Estadoque

fezurnparecersemavi- paraDefesadosDireitos da Mulher

sarquealei é inconstitucional.Até terurna

atestação

(Cladem)

edaONG

Antígona

de

inconstitucionalidade,

aleinãoé inconstitucional

efica valendo.

SC tem suas

peculiaridades

- o modelo de

produção

agricola

majoritário aqui

ainda é a

agriculturafanilliar,

por

exemplo

- o

que gera demandas

específicas.

Até que

ponte

pode

ir para defenderseus interessescombase nestas

demandas?

O

Código

vaitiosentidodo

agronegõcío

enãoda

agricultura

familiar.Oquevai

ajudar

a

agricultura

familiar?

Tecnologia específica,

linhasde créditoes­

pecífico.

OqueoBrasilnãoestá

conseguindo

fazer

émostrarpara o

agricultor

que preservar dámais

dinheiro do que botar árvore abaixo.Por issoqueeu

estouchamandoos

agricultores

demarionetessim,

elesnãosabem ondeestãosemetendo.Estãoachando

queisso vairesolvero,

problema.

O

(ato

deseterdebatido issonaONU

pode

gerar

consequências

noestado?

Sou extremamentecética.Sinceramente,acho que

ogoverno doestadoestá "se lixando" paraofato de haverurnadenúncianaONUsobreo

Código,

porque

elesnãofariamurn

código

inconstitucionalseeles

não tivessemcostasquentesosuficiente para bancar.

Elesnão sãofracosna

articulação

dosseus

próprios

interesses. Não estãoalihátantotempoàtoa.A mi­

nha esperança é queofatodeaONU estarcontra

faça

cornque»restanteda

população

pensesobreisso.

Alexandre LunellieCamilaAugusto

(4)

4

Política

Florianópolis,

junho

de2009

Grupo

reivindica

defensoria

Movimento

pela

Defensoria

Pública

contesta

constitucionalidade

da

legislação

estadual

Santa Catarinaéoúnico estado do

país

quenão

possui

defensoria

pública,

como

prevê

a

Constituição

Federal de 1988.Goiásfoioúltimo estadoa

implan­

tá-la,

erealiwuconcurso esseano,mas

tinhaadefensoria

prevista

emlei.Na

última

quinta-feira,

18, foi realizado o

2° Encontro Institucional para

criação

dadefensoria

pública

noEstado.Naoca­

sião,foi lidauma"Cartaa

Florianópo­

lis"

pedindo urgência

na

implantação

da

defensoria,

assinada

pelas associações

de defensores

públicos,

movimentos sociaise aSeeretaríade Refonna do

Judiciário.

Au­

diências

públicas

paradiscutira

criação

deste

órgão

estãoocorrendodesdemarço. Aúltima foi realizadaem

Florianópolis,

nodia 19demaio,

quando

foi

lançada

umacartilha doMovimento

pela

Criação

daDefensoria Pública.

Adefesaeassistência depessoas que

tenham renda familiar inferioratrêssa­

láriosmínimos é

feita,

no

estado, pela

de­ fensoria

dativa,

queéadministrada

pela

Ordem dos

Advogados

do Brasil

(OAB).

A

principal diferença

entre adefensoria

dativae a

pública

éo

tipo

de assistência

prestada.

Aocontráriodo que determina

a

Constituição Federal,

adeSanta Cata­ rina não

prevê

assistência

jurídica

e,sim,

judiciária.

Assistência

jurídica

é a que

presta.

serviços

de consultae

orientação.

aassistência

judiciária

éfeita

quando

o

advogado

atuadiretamentenoprocesso

do

cliente,

com

ações

efetivasna

justiça.

(Vl!ia

mais

diferenças

no

box)

Enquanto

oProcurador Geral doEs­

tadoafirmanão

cogitar

a

criação

da de­

fensoria

pública,

por consideraromodelo

dativomais

eficiente,

oMovimento

pela

Criação

daDefensoria Pública busca 40 milassinaturas para enviarum

Projeto

deLeideIniciativa

Popular

à Assembléia.

A

campanha

aumentoucom oirúcio das audiências

públicas,

mas o movimento,

que existedesde

2006,

nãoinformaonú­ merode pessoas que aderiramaoabaixo­

assinado.

"Esperamos

tertodasas

assina-Atendimento

Jurídico

eatendimen-. tojudiciário

Prisão

Intimação pessoal

Pagamento

turaseencaminharo

projeto

de lei atéo

final desteano",afirmaMaria

Aparecida

Caovilla,

membro dacomissão

organiza­

dora doMovimentoe

professora

docurso

deDireitoda

Unochapecó.

Adefensoria dativa foi instituída

pela

Lei

Complementar

155,

de1997, proposta

pelo

então

deputado estadualjoão

Henri­ que

Blasi,

hoje desembargador

do estado.

"Optou-se pela

defensoria dativa porser ummodeloque

atinge

todasas comarcas e

municípios

do

estado, algo

quedificil­

menteseria

(ou será)

alcançado

apenas

com a

atuação

de defensores

públicos",

justifica

o

desembargador.

Blasi também

argumentáqueoestadonão teriarecur­ sosparaarcar com adefensoria

pública.

A lei que instituiu adefensoria

da-Presta'00d()Ís atendimentos.

odelegadotematé24horas para encami­

nharaojuizeà Defensoria Públicaoautoda

prisãoemflagrante.

oprazo. é.odobmdo normal pararecorrer

auma<iÇão

.•

São enviadas àdefensoriaeencaminhadas

aodefensor

responsável

aumaação.

Éomais baixodas carreiras

juridicas.

Varia deR$ 1,7milaR$16mildependendodo estadoedotempodeserviço.Os dados são do IIDiagnósticoda DefesariaPública,do MlnisténoQaJustiça,de2006.

tiva, mais o

artigo

104 da

Constituição

Estadual,

quenão

prevê

concursopara

servidores,

nem

prestação

de assistência

juridica,

sãoomotivoda

Ação

Diretadê Inconstitucionalidade movida

pela

Ass0-ciação

Nacional dos Defensores Públicos daUnião,em2007. Emfevereiro deste

ano, o Procurador Geral da

República,

Antoniode

Souza,

deuo

primeiro

parecer

sobreaADIn 3892.Ele concordaqueo

modeloé

inconstitucional,

masécontra

o

julgamento,

porconsiderarqueo casoé deâmbitoestadualenão

poderia

tersido propostopor defensores daUnião. Para

ele,

oestado

ignora

aLei

complementar

80/94,

que

prevê

queoscargos da defen­

soria

pública

sejam

ocupados

poradvo­

gados aprovados

porconcurso

público

e

Presta somenteoatendimento

Judiciário.

Emçaso

denecessidadedeatendimento

jundico,

apessoa

será encaminhadapara

escritó�os

moQelosdaS

façwdades

dedír�o.

Odelegadodeveteralista dosadvogados dativoseinformar àfamíliaopróximoa ser

procurado.

Plazo normal

Nãorecebe,apenas é-publicadonoDiário Oficial doEstado

Opagamentodohonorário é de 25%em

relaçãoaoatendimento normalestipulado pelatabela da OAB. Oadvogadodativo só recebeseentrarcomumaaçãoe o casofor finalízadona

justiça.

comdois anosde

experiência.

Também

avalia que Santa Catarina"se absteve do dever de prestar assistência

juridica

aosnecessítados''Souza nãoéfavorável

à

extinção

do

modelo,

e,sim,que elecon­

tinueemfuncionamentoatéa

implanta­

ção

dadefensoria

pública.

Paraa

ação

ser

julgada,

precisa

serincluídanapautado

Supremo

Tribunal

Federal,

oque nãotem

prazoparaacontecer.

Aausência dadefensoria

pública

tam­

bém foi citadanorelatório daComissão

Parlamentar de

Inquérito

sobreoSistema

Carcerário.Odocumentomencionatam­

bémonúmero insuficiente de defensores

públicos

emoutrosestadoserecomenda a

realização

deconcursos

públicos.

JulianaPassos

Governo

repassa

R$

2

milhões

por

mês

para

OAB

DesdequeoFundo para Defensoria

Dativa

(Lei

Complementar

391/07)

foi criado

pelo

governo do estado deSanta

Catarina,em2007,foi feitoumacordo para repassar

aproximadamente

R$

2 milhões pormês à OAB. A

procuradoria

nãosabe

precisar

onúmero de paga­

mentos

realizados,

mascalcula queem

2007 foram

repassados

R$

24 milhões

e em2008,

R$

19milhões,Esses núme­

ros são

referentes, respectívamente,

a

77 mile a60 mil casosfinalizados.

A

criação

do

fundo,

segundo

aprocu­

radoria, agilizou

osrepasses queantes

nãotinham dataparaocorrer.

Oestado

possui

umadívidacom a

Ordem calculada

pela própria

OABem

R$

58

milhões,

eapontaogovernoPau­

lo

Afonso,

queadministrouoestado de

1990a1993,como o

principal

respon­

sável porter

interrompido

osrepasses.

OTribunal de Contas cobrao

registro

dessadívidanoRelatório de

Prestação

deContasdo Estadoe

pediu

queuma

auditoria fosserealizadaparaverificar

ovalor da dívida.A

procuradoria

infor­

maqueaauditoria serárealizadano

segundo

semestredesteano.

O

presidente

da

OAB,

Paulo

Borba,

discorda que adefensoria dativa

seja

inconstitucional. "A

constituição

pede

para que o atendimento

seja rápido

e

gratuito,

eisso nós

cumprimos

com um alto nível de eficiência".

Quando

questionado

sobre a

criação

de um

convênio entre OAB e defensoria

pú­

blica

-regime

misto- ele

argumentá:

"Para

quê

destinar dinheiro para de­

fensoria

pública

seexisteUm

serviço

de

ótima

qualidade?

Esse dinheiro

pode

serdestinado paraoutras

áreas,

como

saúdee

educação".

O

regime

misto é o que

propõem,

inicialmente,

oscoordenadores doMo­ vimento Pela

Criação

da Defensoria

Pública,

queadefensoriadativaestá

presentenas110comarcasdo estado.O

convênioentreasdefensoriasiriaocor­ reratéonúmero de defensores

públicos

contratadosser suficiente para atender ademanda da

população.

O secretário

-de

Formação

Político-sindical

do Sindi­

catodos Servidores do

Judiciário,

Volnei

Rosalen,

rebatea

questão

docustocom a

comparação

realizadaem2004

pelo

Comitê

pela

Criação

da Defensoriaem

SãoPaulo.Na

época,

ogastoporaten­

dimento do convêniocom aOABera

R$

238,

de acordocom o

Comitê,

enquan­

to o da defensoria

pública

do Rio de

Janeiro

custava

R$

51.

"É preciso

ava­

liarse obaratonão estásaindocaro",

contestaRosalen.No

total,

o convênio

com aOABcustava

R$

154,5 milhões,

por

650

mil atendimentos enquanto

a defensoria

pública

gastava

R$

112

milhões,

referentes a 2,2 milhões de atendimentos. (J.P.)

MPF

move

ação

contra

oligopólio

da

RBS

no

estado

Oprocesso movido

pelo

Ministério Público FederalcontraaRBSfoi

ajui­

zadoeesperaa

contestação

dos réus.O

grupo é acusado de

praticar

oligopólio

e teve seus

procedimentos questiona­

dosem

ação

movidaem dezembro do

ano

passado,

na

qual

oMPFrequera

diminuição

do número de emissoras da empresa em Santa Catarina para

o

previsto

emlei - no

máximo

duas

por estado - e reivindica a

anulação

da compra do

jornalA

Notícia

(fiN),

de

Joinville,

realizadaem2006.Também

é

pedido

para quea

Justiça

definaum

percentual

de 30% de

programação

lo­ calnoestadoe15%emcada

região.

A

ação

foi proposta contra nove

empresas do grupo, a

União,

o Con­ selho Administrativo de Defesa Eco­

nômica

(Cade),

o

empresário

Moacir

Thomazi

-antigo

proprietário

do

AN

-e Nelson

Sirotski, empresário

dogrupo RBS. OCade é réuporper­

mitir queogrupo comprasseo

AN,

e aUniãopor concedera

aquisição

de váriasconcessõesemnomede pessoas

damesmafanu1ia.

Atualmente,

em SC, o grupo de­

tém o controle de seis emissorasde

televisão,

doDiário Catarinense, do

HoradeSanta

Catarina,

do

jornal

de SantaCatarinaedoAN,além de três

emissorasde rádio.ARBS,queatual­

mente comemora 30 anos, nega em

suadefesaque

seja

umgrupo.Aem­

presa afirma queo

Grupo

RBS"nada

maisédo queum

pool

[associação

de empresas quenão

conseguiriam

pres­

tardetenninado

serviço sozinhas]

de empresas

independentes

sobre uma

identidadecomum". A RBS

alega

que

a

programação,

semelhanteemtodas asemissorasdogrupo,éestabelecida

pelo

contratode

afiliação

à RedeGlo­

bo.

Quanto

àcompra doAN,aempresa

afirmaquea

transação

foi submetida aoCadeeque"a

avaliação

empreen­

dida foi

especialmente

rigorosa".

Apesar

de a lei identificar a ne­

cessidade de

programação

local nas

emissoras de

TV,

o

percentual

desta

programação

nãoé

regulamentado.

O

procurador

Celso

Tres,

umdosautores

da

ação,

argumenta: "Estabelecemos 30% de

programação

localcom base

no

princípio

da

razoabilidade, previsto

na

Constituição".

"Como cada veículo

responde

in­

dividualmente,

isso

pode

levar bastante

tempo",

afirmaTres. Em entrevistaao

ZERO,

emnovembro de2008,oprocu­

rador afirmouqueesperavauma sen­

tença

em

primeira

instância em um ano.O

especialista

emdireito adminis­

trativoe

professor

docursodeDireito

daUFSC,

Sérgio

Cademartori entende quea

ação

deve levar "no mínimo qua­

troanosatéo

julgamento

final". AlexandreLunelli

(5)

Política

5

Florianópolis, junho

de2009

Pisos

viram armadilhas para

cegos

As

sinalizações

táteis,

que

deveriam

ajudar

na

mobilidade

pelas

ruas

da

capital,

são

instaladas

sem

critério

A

colocação

de

pisos especiais

para

cegosepessoas combaixavisão nas

calçadas

de

Florianópolis

desobedece

a

legislação

elimitaamobilidade dos .

portadores

dedeficiência

visual.Apli­

cados de maneira incorreta ou com

modelos fora dos

padrões

de

qualida­

de,

os

pisos

contrariam as regrasda

Associação

Brasileira deNormasTéc­ nicas

(ABNT).

,

Segundo

aABNT,

os

pisos

alerta,

que

possuemrelevosem

círculo,

devemser

utilizados

principalmente

paraindicar

obstáculos,

como telefones

públicos,

por

exemplo.

No meioda

calçada,

ou­

tro

tipo

de

sinalização

devesercoloca­

da,

a

direcional,

queindicaporondese

deve caminhar

(ver

infográfico)

.

Na

cidade,

amaioriadas

calçadas

possui

os

pisos

alerta

aplicados

aolon­

godo meio-fio.O

problema

começou

quando,

em 1997,oInstitutode Pla­

nejamento

Urbano de

Florianópolis

(Ipuf)

feza

padronização

daruaEste­

ves

Júnior

utilizandoessemodelo.Na

época,

não existia

legislação

específi­

ca, queé de

2004,

e a

Associação

Ca­ tarinense para a

Integração

do

Cego

(Acic)

semanifestoucontrao

projeto.

"A

colocação

dos

pisos

foi feita àre­

velia,

sem a nossa

consulta",

reclama

AdilsonVentura,

presidente

daAcic. A

Associação

preferia

que

pisos

di­

recionais fossem colocados no meio

da

calçada,

assimcomo estádefinido

pelas

normas daABNT. De acordo o

Manual de Acessibilidade atualizado

AlexandreLunelli

Em frenteao

Ipuf,

o

piso

colocado de modo err.ado ficanomeio-fioevaiem

direção

ao

poste

do

Ipuf,

essaéamelhorforma de

apli­

cação,

quea áreacentraléamais seguraelivre de obstáculos. "Nósnun­ cafomoscontrao usodos

pisos

dire­

cionais.

Optamos

pelo

alerta

próximo

aomeio-fio porque as ruasdo centro

são muito estreitase secolocássemosos

direcionais

pelo

meio,aspessoascon­

tinuariamesbarrandocom os ombros nosobstáculosqueficam concentrados FelipeFranke

o

errado

e o

certo

na

hora de utilizar

os

pisos

táteis

Fora

(fa.$

normas�

PDM F()M!!!!

Os círculosgrandesedispostosde maneira linear vão

contraas normasporquepodempassaraideia errada

Obstáculossuspensos_ de60em a1,20m

do chãodevemser

contornados

Quandoopisoé colocadonomeio dacalçada,

ocegoselocomovemaislivremente

Ospisosdevem indicar

quandohá faixa depedestres

Os círculosdevem estarenfileirarasem

diagonaleter entre3e5emde altura

Ospisosdevem

Indicarquando

mudançadedireção

curvasbruscas

Assinalizaçõesdevemserinstaladasnosentido do

deslocamentoetercorcotrastante

Fonte:IputeABNT -e-c

nabeirada

calçada", justifica

Marco

Antônio

Aveia,

técnicodo

Ipuf.

Marta

Dischinger,

professora

do

Departamento.

de

Arquitetura

e Ur­

banismoda UFSCdeu consultoriaao

Ipuf

na

época

do

projeto

e acredita

que omaiorerrofoiafalta de divul­

gação

damaneiracorretadeusar as

sinalizações.

"Aspessoas viramascal­

çadas

da Esteves

Júnior

ecomeçaram a

copiar,

semsaberpara que servem os

pisos",

explica.

Desde 2004 existem regras nacio­

nais,

masapenasem2009,

após

acria­

ção

dalei

municipal

7801,aSecretaria

Municipal

de Desenvolvimento Urbano

(SMDU, antiga

Susp)

começoua

apli­

cá-las.Como atéentão o

proprietário

não tinha a

obrigação

de

seguir

as normasdaABNT, muitas

calçadas

da cidadenãopossuem nenhum

tipo

de

sinalização.

Eduardo

Schutz, professor

daFun­

dação

Catarinensede

Educação

Espe­

cial,

não utiliza os

pisos

táteiscomo

referência para ensinar seus alunos

a andar.

pelas

ruas de

Florianópolis.

'Do modo corno foram

colocados,

elesnãotemfuncionalidade. Além do mais,não sãotodasasruasque pos­ suem

sinalização",

reclama. Marcelo

Lofi,

quetembaixavisão,nãoutiliza

os

pisos

parase

guiar

pela

cidade."É

difícilencontrar

pisos

direcionaisnas

calçadas",

lamenta.

Responsável

por fiscalizaras cal­

çadas

da

cidade,

a SMDU adotou as

regras da ABNT em fevereiro deste

ano.

"Seguíamos

apenaso

Código

de

Obras,

que nãodeterminava nadaso­

breisso", esclarece Sebastião Macha­

do,

fiscal daSMDU.

O

Ipuf

nãotem

previsão

de

quando

vai serfeitaa

divulgação

dematerial

sobreas

adequações.

Há cercadeum

ano,o

Ipuf produziu

ummanualque

explica

as normasdaABNTe o usodos

pisos táteis,

masa

distribuição

estásen­

do

feita,

atéomomento, apenaspara

projetistas

que fazem a

requisição

ao

Instituto.

Informações

sobre as novas normas

podem

serobtidasno

próprio

Ipuf

ou naSMDU.

Modelo errado

Omodelo de

piso

alertaqueéuti­

lizadoem várias

calçadas

da cidade também está fora das normas da

ABNT.

Neles,

oscírculosestão

dispos­

tosem linha retae

podem

ser con-'

fundidoscom o

piso direcional,

cor­

rendoorisco de que ocegoesbarre

emobstáculos.

Outro

problema

équeassinaliza­

ções

direcionais devem

possuir

cores

contrastantes,comovermelhoe ama­

relo. Em muitas

calçadas

da

cidade,

apesar de estarem

posicionados

de

maneiracorreta, estão sendo coloca­ dos na mesmacorda

calçada,

oque

impede

pessoas com baixa visão de identificá-los.

CamilaAugusto

Lei

obriga proprietário

a

adequar

calçadas

para

obter

o

habite-se

Os

pisos

táteis devem ser coloca­

dosnas

calçadas

de

Florianópolis-se­

guindo

as

determinações

danovalei

municipal

7801,

aprovada

em 30 de dezembro doano

passado.

Agora,

para um

projeto

obter o

habite-se,

documento que atestaque

oimóvelfoi construído

segundo

ale­

gislação local,

os

pisos

táteistêmque

seguir

as normas daABNT

(Associa­

ção

Brasileira de Normas

Técnicas).

Emimóveis residenciaisque tiveram

o

projeto

aprovado

antesde feverei­

ronão é

obrigatória

a

adaptação

das

calçadas.

"Existeoquechamamosde

direito

adquirido,

queprotegeopro­

prietário

contra futuras

mudanças

da

legislação", explica

Mário

César,

fiscal do setordehabite-se da SMDU

(Secretaria

Municipal

de Desenvolvi­

mento

Urbano).

Prédios de

circulação pública

que

não estiveremde acordocom as nor­ masdevem fazeras

mudanças.

Rodol­

fo

Siegfried

Matte, chefe do

Departa-mentode

Arquitetura

eUrbanismo da

SMDU,

explica

que, àmedidaque as

calçadas

tiverem queser

reformadas,

aSecretariaviti

exigir

a

aplicação

do novo

regulamento.

Proprietários

de

imóveis.

cons­

truídos,

masquenãotenham

calçada,

também devem

seguir

a nova

legisla­

ção.

SeoSMDUconstatara

írregula­

ridadee as normas nãoforamcum­

pridas,

em um

primeiro

momento, o

responsável

recebeumamulta de

R$

25. Semesmoassim

persistir

na

ilega­

lidade,

a

penalidade

éde

6,96

UFIR, oque

equivale hoje

a umvalorapro­

ximado de

R$

7,40

pormetro ao

dia,

considerandoa

largura

comofixa.

Ainda de acordo com a lei 7801,

no caso de

calçadas

estreitas,

com

largura

menor do que 2 metros, a

adaptação

àsregrasnãoé

obrigatória,

"desde

que

haja justificativa

baseada

emestudo técnicoequeo acesso

seja

viabilizado deoutra

forma, garantida

amelhortécnica

possível".

(C.A.)

(6)

61

Economia

Florianópolis,

junho

de2009

Grupos

promovem

compras

coletivas

Cooperação

é feita

para

desenvolver

uma

rede

econômica

mais

sustentável

e

consumir

produtos orgânicos

Abusca por alimentos

orgânicos,

ecologicamente

corretos,

produzidos

de acordo com os

princípios

dasus­

tentabilidade,

faz com que pessoas se unampara

adquirir produtos

sem

agrotóxicos.

Os gruposinformais se­

lecionampequenos

produtores,

asso­

ciações

e

cooperativas

efazem o que

chamam decompra coletiva. Em

Florianópolis,

os

responsáveis

porumainiciativadessetipoéocasal

KrisnaeMahesh - nomes

espirituais

pelo qual

sãoconhecidos

-queestu­

danaUniversidadeFederal deSanta Catarina

(UFSC)

e

organiza

umsis­

temadecompras

junto

a

produtores

rurais.

Grupos

como oscoordenados

por eles

podem

serencontradosem

cidadescomo Cascavel

(PR),

Campi­

nas

(SP)

e Porto

Alegre

(RS)

e inte­ gramumaatividadeconhecidacomo

economiasolidária.

As listas de compras não são as mesmaspara todosos grupos. Entre os

produtos

mais comuns estão fari­

nha,

cereais,

grãos, açúcar

mascavo e

queijos.

Todos

orgânicos.

Pastade dente e sabonete

ecológico

- feitos

comsubstâncias que não

agridem

o

meioambiente- também estãoentre

ositens que

podem

ser

adquiridos

em

Santa Catarina.

"Compro

pelaquali­

dade dos

produtos, pelos

preços mais baixosqueosdo mercadoeporfavo­ recer ofortalecimento de uniaecono­

mia que

foge

da

tradicional",

justifica

Gopi

Kanta. Elaé umadasconsumi­

doras

pioneiras

aintegrarogrupoca­

tarinense que conta,em

média,

com

25 pessoas.

O

objetivo

comum éconsumirpro­

dutos

orgânicos, agroecológicos,

apoiar

ospequenos

produtores,

pensarnomeio

Divulgação

piorar

osoutros, semlevarvantagense semdestruiromeioambiente.

São considerados

empreendimentos

deeconomiasolidáriauma

associação

de

produtores

orgânicos

ou

agroecológicos,

uma

cooperatíva

de

costureiras,

catadores

de lixoou

barqueiros,

umafeira de bair­

ro,umgrupode comprasoutrocas.Basta quefuncionemcomadecisão de

todos,

cooperação,

sem

hierarquia

nem

patrões

e

sejam

solidáriosna

comercialização

e

consumo,alémdeter

autogestão.

Diante do

leque

de

empreendimentos

eatividades

desenvolvidos,

compreender

oconceito da

prática

nãoé umatare­

fa fácil.

"Hoje

há uma dificuldade em

entenderoque éaeconomiasolidária.

Tem muitos gruposquea

praticam

enão

sabemque

aquele

modo de

organização,

comércioe consumotrata-sedeumaini­ ciativadesse

tipo",

afirma Erika

Sagae,

representantedoFórum Catarinensede

EconomiaSolidária

(FCES).

Thaís Goes

Falta

regulamentação

para modelos de

economia

solidária

em

Santa

Catarina

Oestadonão

possui

umaleiou se­

cretaria

própria

para promoverapo­

lítica

pública

dos

empreendimentos.

Minas Gerais, por

exemplo,

instituiu

umalei quedefinediretrizesda Polí­

ticaEstadual deFomento à Economia

Popular

Solidáriaem2004.

A

Superintendência Regional

do Trabalho e do

Emprego (SRTE/SC)

se envolve com o tema desde

2003,

quando

foicriadaaSecretariaNacional

de Economia Solidária (Senaes). Po­

rém,

somenteemfevereiro de2009foi

criadaumaSessãodeEconomiaSoli­ dária. "Nosso

papel

é de

supervisionar

as

entidades,

articularcomogoverno efazeromapeamentoecadastramen­

to dos

empreendimentos,

repassando

paraaSenaesosdadosque

compõem

Mahesh

direita) organiza

asdivisões das compras coletivas mensalmentena

UFSC,

em

Florianópolis.

Os

produtos

adquiridoS pelo

grupo sãode seis fornecedorescatarinenses

ambientee nasustentabilidade. Além de

buscaruma

mudança

noatual

padrão

de consumo da sociedade. "As pessoas que

participam

são as que optampor

comprar nãoomais

fácil,

mas,sim, o

correto, osaudável e

sustentável",

afir­ mam os

organizadores

da compranaca­

pital,

KrisnaeMahesh. O

primeiro

passo

éselecionaros

produtos

em umalistae

fazeropagamento

prévio. Depois

de feito o

pedido,

marca-se a

partilha

ecadaum

buscaseusitens. Em

Florianópolis

eCas­

cavel,

acompraé mensal. Em

Campinas,

semanalePorto

Alegre,

quinzenal.

As comprascoletivas se inserem no

contextode economiasolidária.

Segun­

do aSecretaria Nacional de Economia

Solidária

(Senaes),

criadaem2003evin­

culadaaoMinistériodo TrabalhoeEm­

prego

(MTE),

a

prática

édefinidacomo o

conjunto

de atividades econômicas

-produção,

consumo,

finanças

ecrédito

-organizadas

erealiiadas

solidariamen-te por trabalhadores de forma coletiva.

Além

disso,

deveter

autogestão,

sem

ex-o Atlas e o Sistema Nacional de In­

formação

em Economia Solidária

(Sies)", explica

Liliana

Copetti,

coor­

denadora daSessãona

SRTE/SC.

De acordo com o último

Atlas,

divulgado

em 2007, Santa Catarina

possui

690 empreendimentos

registra­

dos deeconomiasolidária

-3,15%

do total nacional.

Chapecó

éacidadeque

registra

omaior número: são45.

Odoutorem

sociologia

econômi­

ca,

pesquisador

naárea deeconomia

solidáriae

professor

daUFSC,Arman­

do

Lisboa,

apontaqueos

compradores

coletivos não estão

organizados

em

grandes

associações

ou ONGs, como

aconteceem

alguns

países

da

Europa.

"No

Brasil,

omovimentoainda éfra­

co.Nãotemvolumede

mercado,

está

espalhado

e,muitas vezes, nãose co­

municam",

completa

Lisboa. Estabelecer um novo canal de

acesso ao mercado paraos

produto­

res urbanoserurais éumamaneira

de fortalecerasiniciativase

potencia­

lizar suas

produções.

"Não visamos

nenhum

lucro,

mesmo porque esta

ideia seria contraditória em

relação

às nossas convicções. Os preços vi­ samapenaspagaros

produtores

e'as

despesas

correntesda

Cooperativa.

As pessoas que auxiliam no funciona­

mentosão

cooperadas

e seutrabalho

é

voluntário",

explica

Marialice Per­

roud,

que

ajuda

nasentregasdospro­

dutose noscontroles administrativos efinanceiros da

Cooperativa

GiraSol,

emPorto

Alegre.

(T.G.)

Dados

sobre

empreendimentos

solidários

ográficoilustraaquantidadedeempreendimentosde economia solidárianoBrasile

emSanta Catarina que tiveram inícioemdeterminadadécada.

o

que

é

mais

produzida

Feijão

HortigranjéirO$

Arroz

Farinha

de mandioca Artigosde cama, mesa ebanho

Fonte: Relatório Sies(2005/2007)-Senaes

Confecções

R$10,20-1kg R$3,60 -1kg R$7,80-1kg R$3,90 -1kg R$6,29 -1kg R$2,15 -1kg FeijãoAzuki R$5,75 -500g R$2,45 -500g R$5,80 -280g R$6,50 -250g

ZERO

Referências

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