• Nenhum resultado encontrado

Ângulos II

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Ângulos II"

Copied!
21
0
0

Texto

(1)

Prof. Bruno Holanda & Emiliano Chagas

Aula

8

Curso de Geometria - Nível 1

ˆ

Angulos na Circunferˆ

encia

Neste cap´ıtulo iremos tratar sobre ˆangulos na circunferˆencia. Em primeiro lugar, iremos apresentar duas defini¸c˜oes:

Considere uma circunferˆencia Γ de centro O e dois pontos A e B sobre essa circun-ferˆencia. O ˆangulo ∠AOB (no sentido hor´ario) ´e chamado de ˆangulo central. Dizemos que o arco>AB (no sentido hor´ario) corresponde ao ˆangulo ∠AOB. Se P ´e um ponto sobre Γ que n˜ao est´a sobre o arco>AB (no sentido hor´ario), ent˜ao o ˆangulo ∠AP B ´e chamado de ˆ angulo inscrito. O B A P

Observa¸c˜ao: Com um certo abuso de nota¸c˜ao, escreveremos ∠AOB =>AB. Teorema: O ˆangulo inscrito ´e metade do ˆangulo central correspondente.

Demonstra¸c˜ao. Vamos dividir a demonstra¸c˜ao em trˆes casos, de acordo com as trˆes situa¸c˜oes apresentadas na figura 1.

(a) Quando O est´a sobre AP . Nesse caso, ∠BP O = ∠P BO = α, pois OP = OB e ∠AOB = 2α, pois ´e ˆangulo externo do ∆P OB.

(b) Quando O est´a no interior do ˆangulo ∠AP B. Nesse caso, seja C o segundo ponto de encontro da reta P O com o c´ırculo. Pelo item anterior, j´a sabemos que ∠BOC = 2∠BP O e ∠COA = 2∠OP A. Da´ı,

(2)

O P B A (a) Caso O ∈ P A O P B A C (b) Caso O ∈ ∆AP B O P B A C (c) Caso O 6∈ ∆AP B

Figura 1: Casos de ˆangulos inscritos.

(c) Quando O est´a no exetrior do ˆangulo ∠AP B. Nesse caso, seja C o segundo ponto de encontro da reta P O com o c´ırculo. Pelo item (a), j´a sabemos que ∠BOC = 2∠BP O e ∠COA = 2∠OP A. Da´ı,

∠BOA = ∠BOC − ∠AOC = 2 = (∠BP C − ∠AP C) = 2∠BP A.

A partir da no¸c˜ao de ˆangulo inscrito, podemos verificar as propriedades para outros dois tipos de ˆangulos not´aveis na circunferˆencia.

I. O ˆangulo interior ´e constru´ıdo da seguinte forma. Dado um ponto interno P `a circunferˆencia Γ, tra¸camos duas cordas AB e CD que intersectam-se em P (ver figura 2a). Ent˜ao, o ˆangulo ∠AP C ´e chamado de ˆangulo interior e pode-se verificar que ∠AP C = >AC+2>BD. De fato, ∠AP C ´e externo ao triˆangulo AP B, ∠BAP =

>

BD 2 e

∠ABP = >AC2 .

II. O ˆangulo exterior ´e constru´ıdo da seguinte forma. A partir de um ponto externo P `a circunferˆencia Γ, tra¸camos duas retas r e s secantes `a circunferˆencia nos ponto A e B (para a reta r) e C e D (para a reta s) de modo que B e D estejam mais pr´oximos de P (ver figura 2b). Ent˜ao, o ˆangulo ∠AP C ´e chamado de ˆangulo exterior e podemos verificar que ∠AP C = >AC−2>BD. De fato, ∠ADC ´e externo ao triˆangulo AP D, ∠DAP = >BD2 e ∠ADC = >AC2 . A D B C P

(a) ˆAngulo interior.

P A D B C (b) ˆAngulo exterior

(3)

Teorema: Considere uma circunferˆencia Γ de centro O e um ponto A sobre essa circunferˆencia. Se uma reta r passando por A ´e perpendicular a AO, ent˜ao r ´e tangente `

a Γ. Ou seja, a reta n˜ao intersecta a circunferˆencia em outro ponto distinto de A. Demonstra¸c˜ao. Suponha que a reta r corte a circunferˆencia em um outro ponto B. Nesse caso, ∆AOB seria um triˆangulo is´osceles, pois AO e BO s˜ao raios de Γ. Por´em, sendo ∠BAO = 90◦, ter´ıamos ∠ABO = 90◦ e ∠AOB = 0◦. Absurdo!

Teorema: Considere uma circunferˆencia Γ de centro O e um ponto A sobre essa circunferˆencia. Se uma reta r passando por A ´e ´e tangente `a Γ, ent˜ao r ⊥ AO.

Demonstra¸c˜ao. Pela defini¸c˜ao de reta tangente (aquela que corta em um ´unico ponto), para todo ponto B 6= A sobre r temos que OB > OA. Portanto, A ´e o ponto que est´a sobre r e ´e o mais pr´oximo de O. Logo, r ⊥ AO.

A partir dos dois resultados anteriores, podemos apresentar um outro ˆangulo not´avel: o ˆ

angulo semi-inscrito: Temos uma circunferˆencia de centro O e dois pontos B e C sobre esta. Um reta BD ´e tangente `a circunferˆencia no ponto B de modo que C e D estejam no mesmo semi-plano em rela¸c˜ao `a reta OB. Ent˜ao, ∠CBD ´e um ˆangulo semi-incrito ao arco >

BD. Veja que ∠OBC = ∠OCB, pois OB = OC. Da´ı, se ∠COB = 2α, ∠OBC = 90◦− α e ∠CBD = α. Assim, ∠CBD = >BD2 .

O

B

D C

A seguir faremos a demonstra¸c˜ao de quatro fatos importantes envolvendo ˆangulos na circunferˆencia. O leitor pode encar´a-los como exerc´ıcios propostos e tentar resolvˆe-los antes de olhar a demonstra¸c˜ao.

Fato Importante: As trˆes bissetrizes relativas aos ˆangulos internos de um triˆangulo ABC encontram-se em um ´unico ponto chamado de incentro.

(4)

B C A

M

N P

Demonstra¸c˜ao. Considere o c´ırculo Γ que passa pelo trˆes v´ertices A, B e C e sejam M , N e P os pontos m´edios, respectivamente, dos arcos >BC, >CA e >CA que n˜ao cont´em o vertice oposto. Veja que >P B = >AB2 = ∠ACB. De modo an´alogo, >BM = >BC2 = ∠BAC e >AN = >AC2 = ∠ABC. Da´ı, utilizando a propriedade do ˆangulo interior, veja que AM e P N s˜ao perpendiculares. Agora, se por um lado AM ´e uma bissetriz do triˆangulo ABC, por outro ´e uma altura do triˆangulo M N P . E como j´a sabemos que as trˆes alturas de um triˆangulo s˜ao concorrentes, sendo AM , BN e CP as alturas do ∆M N P , elas ser˜ao concorrentes.

Fato Importante: No ∆ABC, I ´e o incentro e P o ponto de interse¸c˜ao de AI com o circunc´ırculo do ∆ABC. Ent˜ao, P B = P I = P C.

B C

A

P I

Demonstra¸c˜ao. Seja ∠BAC = 2α e ∠ABC = 2β. Por ˆangulos inscritos, ∠BCP = ∠CBP = α. Assim, BP = P C. Al´em disso, ∠BIP = α + β, pois ´e ˆangulo externo do triˆangulo ABI. Como ∠IBC = β, por defini¸c˜ao de incentro, segue que ∠BIP = ∠IBP . Portanto, BP = P I.

Fato Importante: No ∆ABC, O ´e o circuncentro e H o ortocentro. Ent˜ao, ∠BAH = ∠OAC.

(5)

O B C A E H D

Demonstra¸c˜ao. Seja D o p´e da altura relativa ao v´ertice A. Se ∠ABD = β, ent˜ao ∠BAH = 90◦− β, pois o ∆ADB ´e retˆangulo. Al´em disso, ∠ABC ´e inscrito ao arco>AC, logo ∠AOC = 2β. Como o triˆangulo AOC ´e is´osceles, ent˜ao ∠OAC = ∠OCA = 90◦− β.

Fato Importante: O ∆ABC est´a inscrito em uma circunferˆencia Γ, H ´e o ortocentro, D p´e da altura AD e T o ponto de interse¸c˜ao de AD com o circunc´ırculo do ∆ABC. Ent˜ao, HD = DT . B C A T H D P E

Demonstra¸c˜ao. Seja E o p´e da altura relativa a B. Note que os trˆangulos AHE e BHD s˜ao ambos retˆagulos e ∠AHE = ∠BHD, pois s˜ao opostos pelo v´ertice. Assim, ∠HAE = ∠HBD. Al´em disso, ∠HAE = ∠DBT , pois ambos s˜ao inscritos em rela¸c˜ao ao arco>T C. Logo, ∆BDH ≡ ∆BDT (ALA). Portanto, HD = DT .

(6)

Problemas Introdut´

orios

Problema 1. Na figura a seguir, CF ´e tangente `a circunferencia em B. ∠EBC = 70◦ e EB = EG. Qual ´e o valor de ∠EF B?

B C

E

F G

Problema 2. (OBM 2013 - 1aFase) Na figura a seguir o ponto O ´e o centro da circunferˆencia

que passa pelos pontos A, B, C, D e E. Sabendo que o diˆametro AB e a corda CD s˜ao perpendiculares e que ∠BCE = 35◦ o valor em graus do ˆangulo ∠DAE ´e?

O A B C D E

Problema 3. (OBM 2009 - 1a Fase) Na figura abaixo, α = 18◦ e AB = AC = AD = AE. Qual ´e o valor do ˆangulo β?

(7)

B

E

C

D

A

ß α α α

Problema 4. (OBM 2016 - 1a Fase) Na figura ao lado, os pontos A, B, C, D, E e F est˜ao sobre uma circunferˆencia de centro O com AB, CD e EF paralelos entre si e o segmento BC paralelo ao segmento DE. Sabendo que o segmento BC ´e diˆametro e que o ˆangulo ∠ABC mede 22◦, determine a medida do ˆangulo ∠ECF , representado na figura pela letra θ.

(8)

Problemas Propostos

Problema 5. (OBM 2005 - 1a Fase) Na figura, a reta P Q toca em N o c´ırculo que passa por L, M e N . A reta LM corta a reta P Q em R. Se LM = LN e a medida do ˆangulo P N L ´e α , α > 60◦ , quanto mede o ˆangulo LRP ?

L

M

N

P α R Q

Problema 6. (OBM 2014 - 1a Fase) Considere a figura a seguir, onde os pontos de A at´e I est˜ao sobre uma circunferˆencia. Sabe-se que os triˆangulos ABC e GHI s˜ao is´osceles, e que AB, CD, EF e GH s˜ao segmentos paralelos e que BC, DE, F G e HI s˜ao segmentos paralelos. Qual a medida do ˆangulo x em graus?

A

B

C

D

E

F

G

H

I

x

Problema 7. (OBMEP 2009 - 2a Fase) O pol´ıgono ABCDEF GHIJ KL ´e regular e tem doze lados. A B C D E F G H I J K L M

(9)

a) Qual ´e a medida dos ˆangulos internos do pol´ıgono?

b) O ponto M ´e a interse¸c˜ao dos segmentos AE e DK. Quais s˜ao as medidas dos ˆangulos ∠M DE e ∠DM E?

c) Qual ´e a medida do ˆangulo ∠CBM ?

d) Prove que os pontos B, M e F est˜ao alinhados.

Problema 8. Considere quatro pontos A, B, C e D sobre uma circunferˆencia. Mostre que >

AB =>CD ⇐⇒ AB = CD.

Problema 9. (OBM 2011 - 2a Fase) Na figura a seguir, o triˆangulo ABC ´e equil´atero, o ˆ

angulo ∠BDC mede 30◦ e o ˆangulo ∠ACD mede 70◦. Determine, em graus, a medida do ˆ angulo ∠BAD. B C A D 70º30º

Problema 10. (OBM 2013 - 2a Fase) O quadrado ABCD est´a inscrito em um c´ırculo cujo raio mede 30. A corda AM intercepta a diagonal BD no ponto P . Se o segmento AM mede 50, determine a medida do segmento AP .

A B

C D

M P

Problema 11. (OBM 2015 - 2a Fase) Duas circunferˆencias C1 e C2 se intersectam nos

(10)

por A corta C1 novamente no ponto Q. Sabendo que P B = 640 e QB = 1000, determine

o comprimento do segmento AB.

Problema 12. (OBM 2008 - 2a Fase) Em um triˆangulo ABC, seja D um ponto sobre o lado BC tal que DB = 14, DA = 13 e DC = 4. Sabendo que o c´ırculo circunscrito ao triˆangulo ADB tem raio igual ao do c´ırculo circunscrito ao triˆangulo ADC, calcule a ´area do triˆangulo ABC.

Problema 13. (OBM 2011 - 2a Fase) No triˆangulo ABC, o ˆangulo ∠BAC mede 45. O

c´ırculo de diˆametro BC corta os lados AB e AC em D e E, respectivamente. Dado que DE = 10, encontre a distˆancia do ponto m´edio M de BC `a reta DE.

Problema 14. (OBM) O triˆangulo ABC est´a inscrito na circunferˆencia Γ e AB < AC. A reta que cont´em A e ´e perpendicular a BC encontra Γ em P (P 6= A). O ponto X situa-se sobre o segmento AC e a reta BX intersecta Γ em Q (Q 6= B). Mostre que BX = CX se, e somente se, P Q ´e um diˆametro de Γ.

Problema 15. O quadril´atero ABCD est´a inscrito no c´ırculo Γ. Sejam M , N , P e Q os pontos m´edios dos arcos>AB,>BC,>CD e>DA que n˜ao cont´em outros v´ertices do quadril´atero, respectivamente. Mostre que M P e N Q s˜ao perpendiculares.

Problema 16. O quadril´atero ABCD est´a inscrito em uma circunferˆencia. Os prolonga-mentos dos lados AD e BC encontram-se em E e os prolongaprolonga-mentos dos lados CD e AB em F . Mostre que as bissetrizes dos ˆangulos ∠DEC e ∠DF A s˜ao perpendiculares.

Problema 17. (OBM 2012 - 3aFase) A figura abaixo mostra um pent´agono regular ABCDE

inscrito em um triˆangulo equil´atero M N P . Determine a medida do ˆangulo CM D.

N B C D M A E P

Problema 18. (OBM 2010 - 3a Fase) Seja ABCD um paralelogramo e Γ a circunferˆencia circunscrita ao triˆangulo ABD. Se E e F s˜ao as interse¸c˜oes de Γ com as retas BC e CD respectivamente, prove que o circuncentro do triˆangulo CEF est´a sobre Γ.

Problema 19. Temos dois c´ırculos tangentes internamente em T . Seja AB um corda do c´ırculo maior que ´e tangente ao c´ırculo menor no ponto P . Mostre que T P ´e bissetriz do ˆ

(11)

T

A P B

Problema 20. Temos dois c´ırculos tangentes internamente em T . Seja AB um corda do c´ırculo maior. Sejam C e D os pontos de interse¸c˜ao de T A e T B com o c´ırculo menor. Prove que CD k AB.

Problema 21. Na figura abaixo seja T o ponto de tangˆencia das circunferˆencias. Prove que ∠M T P = ∠QT N . T M N P Q

Problema 22. Seja ABCDEF um hex´agono regular. Sejam M e N os pontos m´edios de F B e ED. Mostre que M N C ´e equil´atero.

Problema 23. (Maio 2015) Seja ABCDEF GHI um pol´ıgono regular de 9 lados. Os segmentos AE e DF cortam-se em P . Demostre que P G e AF s˜ao perpendiculares. Problema 24. (Maio 2018) Seja ABCDEF GHIJ um pol´ıgono regular de 10 lados que tem todos seus v´ertices em uma circunferˆencia de centro O e raio 5. As diagonais AD e BE se cortam em P e as diagonais AH e BI se cortam em Q. Calcule a medida do segmento P Q. Problema 25. Em um triˆangulo ABC, ∠BAC = 20◦ e ∠ABC = 110◦ . Se I ´e o incentro (centro da circunferˆencia inscrita) e O o circuncentro (centro da circunferˆencia circunscrita) do triˆangulo ABC, determine a medida do ˆangulo ∠IAO.

(12)

Dicas e Solu¸

oes

1. Veja que>EB = 140◦, pois ∠EBC ´e semi-inscrito. Como ∆BEG ´e is´osceles, ∠EBG = ∠EGB = 70◦, pois ∠EGB ´e inscrito ao arco >EB. Da´ı, no ∆EGB, ∠BEG = 180◦ − 2 × 70◦ = 40◦ que ´e ˆangulo inscrito ao arco >BG. Assim, >BG = 80◦. Logo, ∠GBF = 40◦ (ˆangulo semi-inscrito). No triˆangulo GBF , ∠EGB ´e externo. Assim, ∠F GB = ∠EGB − ∠GBF = 70◦− 40◦ = 30.

2. (OBM 2013 - 1a Fase) Como O ´e o centro do c´ırculo, temos ∠EOB = 2∠ECB = 70◦. Como AO = OE , pelo teorema do ˆangulo externo aplicado ao ˆangulo ∠EOB, temos ∠EAO = 2∠OEA = 35◦. Da´ı, ∠ADC = ∠AEC = 35◦. Como ∠ADC + ∠DAB = 90◦, podemos concluir que ∠DAE = 90◦− ∠ADC − ∠EAB = 20◦.

3. (OBM 2009 - 1a Fase) A circunferˆencia de centro A e raio AB cont´em os pontos C, D e E. Logo a medida do ˆangulo inscrito ∠EBC ´e igual a metade da medida do ˆ

angulo central ∠EAC , ou seja, β = 2α

2 = α = 18

.

4. (OBM 2016 - 1a Fase) Como o arco CA mede 44◦ e EF , CD e AB s˜ao paralelos, podemos concluir que os arcos DB, CE e F D s˜ao congruentes e tamb´em medem 44◦. Al´em disso, dado que CB ´e um diˆametro, o arco EF mede 180◦−44◦−44−44= 48.

Finalmente, sendo ∠ECF um ˆangulo inscrito determinado pelo arco EF , o valor de θ ´e 48

2 = 24

.

5. (OBM 2005 - 1a Fase) Como a reta P Q ´e tangente `a circunferˆencia, os ˆangulos LN P

e LM N s˜ao congruentes, ou seja, ∠LM N = α. L M N P R Q α α α 180o–2α

Sendo o triˆangulo LM N is´osceles com LM = LN , os ˆangulos LN M e LM N s˜ao congruentes, e, portanto, ∠M LN = 180◦ − ∠LNM − ∠LMN = 180◦ − 2α. O ˆ

angulo LN P ´e externo do triˆangulo LN R, logo ∠LN P = ∠N LR + ∠LRN , ou seja, α = 180◦− 2α + ∠LRP ⇔ ∠LRP = 3α − 180◦.

6. (OBM 2014 - 1a Fase) Pelo paralelismo dos segmentos mencionados, temos que ∠BCD = ∠CBA = x, pois s˜ao alternos internos. Utilizando essa id´eia, podemos verificar que o ˆangulo x, que ´e inscrito, enxerga quase todos os arcos. Os dois ´unicos arcos que n˜ao s˜ao verificados desse modo tamb´em s˜ao enxergados por ˆangulos de

(13)

medida x, uma vez que os triˆangulos das pontas s˜ao is´osceles. Esses 9 arcos iguais determinam a medida de 360

9 = 40

. Portando, o ˆangulo x mede 40◦

2 = 20

.

7. (OBMEP 2009 - 2a Fase)

a) Como a soma dos ˆangulos internos de um pol´ıgono de n lados ´e (n − 2) · 180◦, a soma dos ˆangulos internos do dodec´agono ´e (12 − 2) · 180◦ = 1800◦. Logo cada um de seus ˆangulos internos mede 1800

◦ 12 = 150 ◦. A B C D E F G H I J K L M O

b) Consideremos uma circunferˆencia de centro O circunscrita ao pol´ıgono. Como E e K s˜ao diametralmente opostos, o ˆangulo ∠EDK est´a inscrito na semicir-cunferˆencia e segue que ∠EDK = 90◦. Como o ˆangulo central correspondente a um lado do dodec´agono regular ´e 180

12 = 30

, o ˆ

angulo central ∠AOD mede 90◦, e segue que ∠AED = 45◦. Finalmente, o triˆangulo EDM tem ˆangulos ∠EDM = 90◦ e ∠M ED = 45◦; como a soma dos ˆangulos internos de um triˆangulo ´e 180◦, segue que ∠DM E = 180◦− 90◦− 45◦ = 45◦.

c) Como o triˆangulo EDM tem dois ˆangulos de 45◦, ele ´e is´osceles; logo M D = DE, ou seja, M D tem a mesma medida que os lados do pol´ıgono. Como ∠EDC = 150◦ e ∠EDM = 90◦, temos ∠M DC = 60◦; e como M D = DC segue que o triˆangulo M DC ´e equil´atero. Em particular, temos ∠M CD = 60◦ e segue que ∠M CB = 90◦. Finalmente, como M C = CB, o triˆangulo M CB ´e is´osceles e ent˜ao ∠M BC = ∠BM C = 90

2 = 45

(14)

A B C D E F G H I J K L M

d) Temos ∠F CB = 45◦ = ∠M BC. Logo os segmentos F B e M B fazem o mesmo ˆ

angulo com o segmento BC, e segue que os pontos B, M e F est˜ao alinhados. 8. Seja P o ponto de interse¸c˜ao entre AC e BD. Vamos dividir a demonstra¸c˜ao em duas

partes:

(a) Se AB = CD, note que ∠BAP = ∠CDB e ∠P BA = ∠P CD. Assim, ∆P BA ≡ ∆P CD (ALA). Com isso, P A = P D. Assim, ∠P AD = ∠P DA. Pela proprie-dade do ˆangulo inscrito, >CD =>AB.

(b) Se >CD = >AB, pela propriedade do ˆangulo inscrito, ∠P AD = ∠P DA. Assim, P A = P D. Como ∠BAP = ∠CDB e ∠P BA = ∠P CD, temos que ∆P BA ≡ ∆P CD (LAAo). Logo, AB = CD. C D B A P

9. (OBM 2011 - 2a Fase) Como ∠BDC mede 30◦ e ∠BAC ´e 60◦, o ponto D est´a no c´ırculo de centro A e raio AB. Como o triˆangulo ACD ´e is´osceles com ˆangulo da base igual a 70◦, temos ∠CAD = 40◦ e ∠BAD = 100◦.

10. (OBM 2013 - 2a Fase) Trace a diagonal AC que intersecta DB no ponto O. Sendo

(15)

A B

C D

M P O

Observe que ∠CM A = 90◦ e ∠P OA = ∠DOA = 90◦. Logo, pelo caso AA, os triˆangulos AOP e AM C s˜ao semelhantes e, portanto, AP

AC = AO AM ⇔ AP 60 = 30 50 ⇔ AP = 36.

11. (OBM 2015 - 2a Fase) Como AP ´e tangente a C1, ∠QAB = ∠AP B; analogamente,

∠P AB = ∠AQB.

A

B

P

Q

Portanto os triˆangulos AQB e P AB s˜ao semelhantes. Logo AB P B =

QB

AB ⇔ AB =

P B · QB =√640 · 1000 = 800.

12. (OBM 2008 - 2aFase) Como os dois c´ırculos circunscritos s˜ao iguais, segue do teorema do ˆangulo inscrito que ∠ACB = ∠ABC e, com isso, AB = AC.

(16)

A

C D

M B

Seja AM a altura relativa ao lado BC. Como ABC ´e is´osceles de base BC, segue que AM tamb´em ´e mediana, e da´ı M C = 9. Portanto, M D = 5 e, pelo teorema de Pit´agoras, AM = 12. Finalmente, a ´area do triˆangulo ABC ´e 1

2AM ·BC = 1

212·18 = 108.

13. (OBM 2011 - 2a Fase) Temos ∠BAC = m(dCB) + m( dDE)

2 ⇔ 2 · 45 ◦ = 180 ∠DM E ⇔ ∠DM E = 90◦. A B C M D E d 45º

Logo o triˆangulo DM E ´e retˆangulo e, sendo M o centro do c´ırculo, is´osceles. Ent˜ao, sendo a proje¸c˜ao de M sobre DE o ponto m´edio de DE e, portanto, circuncentro de DM E. Logo DE = 2d ⇔ d = 5.

(17)

B C A

P

Q

X

(a) Se BX = CX: Seja ∠ACB = θ. Assim, ∠QBC = θ, pois ∆BXC ´e is´osceles. Como AP ⊥ BC, ∠P AC = 90◦−θ. Logo,>P C = 180◦−2θ Agora veja que ∠CBP tamb´em ´e iscrito ao arco>P C. Portanto, ∠CBP = 90◦− θ. Sendo ∠QBP = 90◦, P Q ser´a um diˆametro.

(b) Se P Q ´e um diˆametro: Note que ∠QBP = 90◦. Assim, se ∠QBC = θ, ent˜ao ∠P BC = 90◦− θ. Por ˆangulos inscritos ao arco>P C, ∠P AC = 90◦− θ. Sendo AP ⊥ BC, temos que ∠ACB = θ. Logo, ∆BXC ´e is´osceles.

15. Seja K o ponto de interse¸c˜ao de M P e N Q. Sejam >AM =>M A = a,>BN =>N C = b, >

CP =>P D = c e >DQ = >QA = d. Pela propriedade do ˆangulo interior, ∠N KM =

a+b+c+d

2 = ∠N KP . Por outro lado, ∠N KM + ∠N KP = 180

. Logo, N M ⊥ M P . B C D A M N P Q K

16. Dica: demonstre que as bissetrizes passam pelos pontos m´edios dos arcos e conclua utilizando o problema anterior.

(18)

17. (OBM 2012 - 3a Fase) Veja que ∠M BE = ∠M EB = 60◦, ent˜ao M E = BE = CE. N B C D M A E P

Desse modo M , B e C s˜ao pontos da circunferˆencia de centro E. Como ∠BEC = 36◦, ent˜ao o arco BC enxerga 36◦e portanto ∠M BC = 36

2 = 18

. Ent˜ao pelo caso LAL,

temos que ∆M ED ≡ ∆M BC, em particular ∠DM E = ∠BM C = 18◦ e finalmente temos que ∠CM D = 60◦− 18◦− 18◦= 24◦.

18. (OBM 2010 - 3a Fase) Seja ∠BAD = α, logo ∠BCD =? pois em um paralelogramo os ˆangulos opostos s˜ao iguais. Seja ∠BDA = β, assim ∠ABD = 180◦− α − β. Veja que o arco dAB = 2 · ∠BDA = 2β e dAD = 2 · ∠ABD ⇔ dAD = 360◦− 2α − 2β.

A D B β 180° – α – β α 2α α F E C 2β 360° – 2α – 2β

Note que ∠BCD = \BAD − dEF

2 ⇔ 2α = 360

− 2α − dEF ⇔ dEF = 360− 4α.

Com isso \EBAF = 4α. Seja O o circuncentro do ∆F CE. Sabemos que ∠F OE = 2∠F CE ⇔ ∠F OE = 2α. Como EBAF\

2 = 2α ⇔ ∠F OE =

\ EBAF

2 . Desse modo O est´a em Γ, pois ∠F OE ´e inscrito.

(19)

19. Seja T Q a reta tangente comum aos dois c´ırculos. Sejam ∠QT A = α e ∠AT P = β. Da´ı, usando ˆangulo semi-inscritos >T A = 2α e >T P = 2(α + β). Agora veja que ∠T BA = α (ˆangulo inscrito) e ∠T P A = α + β (ˆangulo semi-inscrito). Note tamb´em que ∠T P A ´e externo ao triˆangulo T P B, logo ∠P T B = β. Portanto, T P ´e bissetriz do ˆangulo ∠AT B.

T

A P B

Q

20. Imite a solu¸c˜ao do problema anterior.

21. Considere uma reta T A tangente aos dois c´ırculos no ponto T . Se ∠N T A = α e ∠QT N = β, veja que ∠T M N = α (inscrito ao arco>T N do c´ırculo maior) e ∠T P G = α+β (inscrito ao arco>T Q do c´ırculo menor). Agora, pelo ˆangulo externo do triˆangulo M P T , conclu´ımos que ∠M T P = β. Logo, chegamos `a igualdade ∠M T P = ∠QT N .

22. Observe que qualquer pol´ıgono regular pode ser inscrito em uma circunferˆencia. Neste caso, cada arco >AB, >BC,..., >F A mede 60◦. Agora veja que ∆M AB ´e um triˆangulo 30◦|60◦|90◦ (basta usar ˆangulos inscritos). Assim, se ` ´e a medida do lado do hex´agono, M A = 2`. Tamb´em temos que EN = 2` por defini¸c˜ao de ponto m´edio. Agora veja que ∠DEC = ∠CAB = 30◦. Como ∠M AB = 60◦, ent˜ao ∠M AC = 30◦. Veja ainda que CE = CA, pois ∆EDC ≡ ∆ABC (LAL). Com isso, ∆EN C ≡ ∆M AC (pelo caso LAL). Logo, ∠N CE = ∠M CA = α. Sendo

(20)

∠ECA = 60◦, podemos concluir que ∠N CM = 60◦. Al´em disso, ∆EN C ≡ ∆M AC tamb´em garante que N C = CM . Portanto, ∆N CM ´e um triˆangulo is´osceles com um ˆangulo de 60◦. Portanto, ´e equil´atero.

A B C D E F N M 30◦ 30◦

23. Sabemos que o pol´ıgono regular est´a inscrito em uma circunferˆencia e que seus v´ertices dividem essa circunferˆencia em 9 arcos iguais de medida 3609 = 40◦. Agora veja que ∠F P E = >F E+2>DA = 80

e que ∠F EP = >AF2 = 80

. Portanto, ∆P F E ´e is´osceles

e P F = P E = F G. Al´em disso, ∠ADP = >AF2 = 80

. Logo, ∆DAP tamb´em ´e

is´osceles. Portanto, AP = AD. Note tamb´em que >AD = >AG, consequentemente, AG = AD. Veja que AGF P ´e uma pipa. Logo, GP ⊥ AF .

A B C D E F G H I P

24. Vamos utilizar novamente o fato de todo pol´ıgono regular ser inscrit´ıvel em uma circunferˆencia. Em primeiro lugar, veja que A e I s˜ao sim´etricos em rela¸c˜ao `a diagonal

(21)

J E. O mesmo ocorre para o par de pontos B e H. Assim, Q est´a sobre J E. Agora veja que P e Q s˜ao sim´etricos em rela¸c˜ao `a mediatriz de AB. Dessa forma, podemos concluir que OQ = OP e que P est´a sobre OC. Por outro lado, usando ˆangulo interior, ˆangulo central e ˆangulo inscrito, podemos verificar que ∠AQO = ∠QOP e que ∠QOA = ∠QAO. Assim, ∆AQO ≡ QOP (LAL). Portanto, P Q = AO = 5.

A B C D E F G H I J Q P O

25. Como o triˆangulo ABC ´e obtusˆangulo, o circuncetro estar´a fora de ABC. Por ˆangulo inscrito, o arco>AC que n˜ao cont´em o ponto B valer´a 220◦. Assim, >ABC = 360◦− 220◦ = 140◦. Portanto, ∠AOC = 140◦. Como AOC ´e is´osceles, ∠CAO = ∠ACO = 20◦. Como o incentro ´e o ponto de encontro das bissetrizes, ∠CAI = 10◦. Logo, ∠IAO = 30◦. A B C O I

Referências

Documentos relacionados

O presente trabalho possui como objetivo abordar o uso de novas tecnologias de informação no ensino jurídico para adultos que seja útil à expansão da educação superior aliada a uma

e) Mulheres que já haviam realizado a avaliação psicológica pela equipe de psicologia do serviço de referência. A partir dos diálogos com os profissionais

Analisando-se o número e a produção de massa seca de nódulos, observou-se que não houve efeito significativo (p&lt;0,05) da calagem sobre os tratamentos (Tabela 5), logo

Para que houvesse coesão no resultado foi preciso fazer uma Pesquisa Documental também, onde foram coletados dados de fonte secundária, como relatórios de estatística

A reincidência do não cumprimento de qualquer obrigação determinada neste Termo de Referência, sujeitará a contratada, a critério da fiscalização do SAMAE, a multas

Médias de grau médio de ataque GMA e produtividade de grãos PG, kglha de duas épocas de plantio em Anhembi quatro repetições por época, e médias de quatro repetições de altura

Através do Ciclo da Experiência de Kelly CEK, e de uma oficina sobre a Teoria da Relatividade, licenciandos em Física refletiram sobre a repercussão dessa vivência em suas

Venha para a conferência para importadores e exportadores de veículos realizada pela North American Automobile Trade Association (Associação Norte- Americana de Comércio