Angélica Mine Tsuchida Cairê Garrido Padula David F. Almeida Dalmann Luan Alves Chaves Thiago Rodrigues Prof. Dr. Sergio Henrique Ferreira de Oliveira
Legislação e normas técnicas para
o uso de SST – o caso brasileiro
Norma Brasileira - ABNT NBR 15569
Sistema de aquecimento solar de água em circuito direto – projeto e
Introdução
• Apesar de ser uma norma generalizada para o aquecimento direto de água, existem outras normas complementares que a auxiliam.
Abordagem da Norma
• Esta norma estabelece os requisitos mínimos para o sistema de aquecimento solar (SAS), considerando:
– aspectos de concepção; – dimensionamento;
– arranjo hidráulico;
– instalação e manutenção; – fluído de transporte é água.
Abordagem da Norma
• Serve para sistemas com coletores solares planos, com eventual sistema de aquecimento auxiliar e circulação através de termossifão ou circulação forçada.
• Não é aplicável ao aquecimento de água de piscinas nem a sistemas de aquecimento solar em circuito indireto.
Requisitos Gerais:
Documentação do projeto
• Documentação do projeto
– Apresenta todos os requisitos e especificidades técnicas do Sistema Solar Térmico
• Premissa de cálculo; • Dimensionamento;
• Volume de armazenamento;
• Ângulos de orientação e de inclinaçao dos coletores; • Massa dos principais componestes;
• Planta detalhada das conexões hidráulicas.
Requisitos Gerais:
Manual de operação e manutenção
• Instalador deve orientar o usuário quanto:
– Descrição do funcionamento;
– Procedimentos para operação e manutenção.
• Sobre a manutenção:
– Limpeza;
– Problemas mais comuns e soluções; – Inspeção periódica do sistema;
Requisitos Gerais:
Atribuições
• Elaboração do projeto de SAS por parte de profissionais habilitados juntamente com a anotação de responsabilidade técnica (ART). • Deve ter a aprovação do projetista caso haja
alguma alteração no projeto.
Requisitos Gerais: Regulamentações
Legais e recomendações
• Uso de materiais e equipamentos de acordo com os requisitos desta norma.
• Prestação de serviços de qualidade.
Concepção do sistema de
aquecimento solar (SAS)
• Principais elementos constituintes:
– Coletor(es) Solar (es); – Reservatório Térmico;
– Sistema de Aquecimento Auxiliar.
• Especificação da vida útil de cada elemento.
Concepção do sistema de
aquecimento solar (SAS)
Materiais e Componestes • Considerações:
– Dilatação térmica;
– Partes móveis devem cumprir sua função sem desgaste ou deteriorização excessiva;
– Operação adequada nos intervalos de pressão e temperatura;
– Suporte a falhas no fornecimento de água.
Componentes do SAS
Concepção do sistema de
aquecimento solar (SAS)
• Os coletores solares : – Perdas térmicas; – Ganhos de energia; – Compatibildiade de uso. • Sistema de armazenamento: – Perdas térmicas; – Estratificação térmica. Abril/ 2012
Concepção do sistema de
aquecimento solar (SAS)
• Sistema de aquecimento auxiliar:
– Complementação de demanda; – Influência no desempenho SAS; – Priorizar o aquecimento solar.
Classificação dos SAS
Operação, segurança e proteção
• Assim como qualquer aparato técnico, o sistema solar térmico como um todo deve possuir rigor em segurança, para que opere da forma que foi projetado, e não apresente riscos para os usuários e pessoas que possam ser lesadas por quedas de partes do sistema, nem ocorram danos na estrutura em que ele está embutido.
Operação, segurança e proteção
• Os principais requisitos que devem ser observados são perigo de fogo, proteção contra congelamento e corrosão, e facilidade na manutenção.
• As estruturas projetadas para o sistema solar e suas estruturas de montagem devem estar baseadas em prática geral aceita de engenharia. Todo carregamento deve estar de acordo com a ABNT NBR 6120.
Materiais e Equipamentos
• A norma mesma diz que não tem a intenção de restrição tecnológica, portanto este seguimento da norma tem o intuito apenas de formar uma base dos principais materiais usados e equipamentos que fazem parte de um sistema solar térmico. Outros tipos de materiais e equipamentos podem ser utilizados desde que possuam justificativa e garantias do fabricante.
Materiais e Equipamentos
• Coletor solar; • Sistema de Armazenamento; • Tubulações; • Motobomba; • Válvula de Alívio; • Isolamento Térmico; • Instrumentos; Abril/ 2012Circuitos Hidráulicos
• O projeto do circuito hidráulico do SAS deve contemplar a proporcionalidade das vazões nos coletores, de forma a evitar desequilíbrio hidráulico.
Circuitos Hidráulicos
• Verificar adequação do diâmetro da tubulação.
• Utilizar registros do tipo gaveta ou do tipo esfera como registros de serviços.
• Utilizar o mínimo de curvas possíveis de preferência de 45° e não de 90°.
• Procurar posicionar os coletores solares mais próximos dos reservatórios solares.
Perdas hidráulicas
• Verificar adequação do diâmetro da tubulação.
• Utilizar registros do tipo gaveta ou do tipo esfera como registros de serviços.
• Utilizar o mínimo de curvas possíveis de preferência de 45° e não de 90°.
• Procurar posicionar os coletores solares mais próximos dos reservatórios solares.
Termossifão
Circulação forçada
Circulação forçada
• A circulação forçada utiliza uma motobomba, que é controlada a partir dos sensores de temperatura;
• Prevenção contra refluxo;
• Controlar circulação de água em período em que não há energia solar, salvo exceções quando a circulação é utilizada contra o congelamento;
Instalação
• Análise preliminar: certificar se há condições para a instalação do projeto;
• Ângulo de inclinação e de orientação dos coletores
• Pressão de trabalho • Sombreamento
• Resistência estrutural
Instalação
• Vazamentos: sistemas de escoamento, impermeabilização de laje.
• Integridade dos coletores: não deixar muito tempo exposto ao sol quando vazio, ou
quando cheio e desconectado do reservatório. Mínimo de 3m de distância da rede de
distribuição elétrica.
Instalação
• Orientação geográfica: Voltados para o Norte geográfico com desvio de no máximo 30⁰
Instalação
• Ângulo de inclinação: É sugerido que o ângulo seja o mesmo da latitude do local acrescido de 10⁰ e nunca inferior a 15⁰
Instalação
• Reservatório térmico:
– Deve ser instalado em local de fácil acesso para manutenção ou eventual substituição.
– Quando alimentado por gravidade deve haver tubulação exclusiva para água fria.
– A tubulação de água fria deve ter um sifão, de forma a impedir o retorno de água quente ao reservatório
Instalação
• A altura mínima do sifão não deve ser inferior a 30 cm
Tubulações
• Fatores a serem Considerados.
– Localização. – Material.
Motobomba
• Requisitos para Instalação.
– A Motobomba deve fazer com que a água circule do reservatorio térmico para os coletores, e depois retornar ao reservatório térmico.
– Uma válvula de retenção deve ser instalada após a saida da motobomba.
– A instalação deve ser feita de modo que a motobomba não transmita a vibração para o SAS.
Componentes e Acessorios
• Sensores.
– Devem ser instalados a no máximo 0,05 metros do coletor solar, na tubulação de saida para o reservatorio.
– Devem ser instalados a no maximo 0,2 metros do reservatório térmico, na tubulação de saída dos coletores.
• Controladores e dispositivos de Segurança.
– Devem ser instalados de forma que em uma eventual falha não resulte em danos ao usuário ou ao SAS.
Manutenção
• Pontos Importantes
– O projeto deve prever formas de se isolar os circuitos primários e secundarios para fins de manutenção ou em casos de emergência.
– Devem ser feitas inspeções periódicas de equipamentos de controle (termostatos, válvulas e equipamentos eletrônicos).
– Limpeza da superfície dos coletores para evitar redução significativa do desenpenho.
Operacionalização do SAS
• Verificação Visual.
• Verificação de Estanqueidade. • Verificação do Fluxo de Água.
Verificação Visual
• Alguns Pontos Importantes.
– Checar instalação e ordem da interligação dos componentes do SAS.
– Checar a instalação de equipamentos de segurança.
– Checar desobstrução de tubulações de respiro e alívio de drenagem.
– Checar a vedação dos componentes.
– Checar equipamentos eletrônicos e sistemas de controle.
Verificação de Estanqueidade
• É a checagem do equipamento referentes a furos, trincas ou porosidade para que não ocorra nenhum tipo de vazamento.
• É feito através de um ensaio hidrostático. Os vazamentos detectados devem ser reparados e o ensaio deve ser feito novamente.
Verificação de Fluxo de Água
• O fluxo de água no circuito primário deve ser feito por uma das seguintes opções.
– Utilizando dispositivo de verificação de fluxo.
– Verificando o aumento da temperatura no reservatorio térmico.
Anexos
• No anexo da Norma, ele faz algumas sugestões de dimensionamento e demonstra alguns exemplos de cálculo. Bem básico e de fácil entendimento.
Informações Adicionais
• Existe ainda, o Programa QUALISOL e outros
documentos normativos relativos a
implementação de SAS:
– ABNT NBR 5.626: Instalação predial de água fria;
– ABNT NBR 7.198: Projeto e execução de instalações prediais de água quente;
– ABNT NBR 5419: Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas;
– ABRAVA RN 4 2003: Recomendação Normativa ABRAVA – Proteção contra congelamento de coletores solares.
Informações Adicionais
• Programa Qualisol
– Programa do INMETRO em conjunto com o PROCEL – Programa Nacional de Conservação de Energia e a ABRAVA, que qualifica projetistas e instaladores para a adequada realização de projetos e instalações .
Informações Adicionais
Aquisição de produtos:
• Fabricação de SAS está normalizada pela ABNT, sendo integrantes do PBE – Programa Brasileiro de Etiquetagem . A prticipação das empresas é voluntária, mas garante qualidade os produtos e serviços oferecidos.
– ABNT NBR 15.747-1 Sistemas solares térmicos e seus componentes – Coletores Solares Parte 1: Requisitos gerais.
– ABNT NBR 15.747-2 Sistemas solares térmicos e seus componentes – Coletores Solares Parte 2: Métodos de ensaio.
– ABNT NBR 10.185 Reservatórios térmicos para líquidos destinados a sistemas de energia solar – Determinação de desempenho térmico.
– RAC – Requisito de Avaliação da Conformidade para Sistema e equipamentos para aquecimento solar de água do PBE/Inmetro vigente.
Conclusão
• Apesar de pouco difundido no cotidiano brasileiro – em comparação com países como Alemanha e Canadá – o uso do SAS tem aumentado de forma significativa.
• A implementação de tais sistemas como objeto normativo e a elaboração de mais leis e projetos aumentará ainda mais a demanda por profissionais habilitados na área para que produtos e serviços de qualidade sejam oferecidos.
Referências Bibliográficas
• Norma ABNT NBR 15569: Sistema de aquecimento solar de água em circuito direto- Projeto e instalação
• GET Manual do proprietário: www.get.ind.br; • DASOL: http://www.dasolabrava.org.br/