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TÍTULO: REFLEXOS DO PLANEJAMENTO DA MANUTENÇÃO PARA REDUZIR CUSTOS E OTIMIZAR A PRODUÇÃO DE UMA EMPRESA

TÍTULO:

CATEGORIA: EM ANDAMENTO CATEGORIA:

ÁREA: CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA ÁREA:

SUBÁREA: Engenharias SUBÁREA:

INSTITUIÇÃO(ÕES): FACULDADE DE JAGUARIÚNA - FAJ INSTITUIÇÃO(ÕES):

AUTOR(ES): JESSICA DE GODOI NEVES LAGOS, DANIELA APARECIDA MARTINS, BRUNO HENRIQUE PALANDE

AUTOR(ES):

ORIENTADOR(ES): ROMILSON CESAR LIMA ORIENTADOR(ES):

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REFLEXOS DO PLANEJAMENTO DA MANUTENÇÃO PARA REDUZIR CUSTOS E OTIMIZAR A PRODUÇÃO EM UMA EMPRESA DE

EMBALAGENS PLÁSTICAS.

Reflections of maintenance planning to reduce costs and optimize production in a plastic packaging company.

LAGOS, Jessica de Godoi Neves Centro Universitário de Jaguariúna

MARTINS, Daniela Aparecida

Centro Universitário de Jaguariúna

PALANDE, Bruno Henrique

Centro Universitário de Jaguariúna

LIMA, Romilson Cesar (Orientador) Centro Universitário de Jaguariúna

Resumo: A sociedade passa pelo desenvolvimento constante da tecnologia com a qual é possível melhorar ou criar novos itens em uma velocidade acelerada. Aliada a isso houve uma mudança significativa no perfil dos consumidores que passaram a ser mais exigentes e com isso as empresas têm hoje uma grande preocupação com a qualidade de seus produtos e alto desempenho de sua produtividade, para que possam atender a essa exigência e outras. Por isso a manutenção está tomando uma proporção cada vez maior e mais importante no mundo coorporativo. Seu gerenciamento tem se mostrado um ponto chave dentro das empresas, não somente para a redução de custos como também para o fortalecimento da segurança, preservação ambiental e atendimento das normas regulamentadoras. E ainda se tratando de tecnologia, dentro das empresas ela também tem se desenvolvido, de forma que as máquinas são mais automatizadas e complexas, exigindo um outro tipo de capacitação e impactando diretamente na forma de gerenciar. Este artigo analisa as atuais formas de trabalho e propõe mudanças para que ocorra uma melhora significativa nos resultados finais das empresas.

Palavras-chave: Planejamento, Produtividade, TPM (Total Productive Maintenance).

Abstract: Society goes through the constant development of technology with which it is possible to improve or create new items at an accelerated speed. Allied to this there was a significant change in the profile of consumers who became more demanding and with this the companies today have a great concern with

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the quality of their products and high performance of their productivity, so that they can meet this requirement and others. That is why maintenance is taking on an increasingly larger and more important proportion in the corporate world. Its management has proved to be a key point within companies, not only for cost reduction but also for strengthening safety, environmental preservation and compliance with regulatory standards. And even when it comes to technology, it has also developed within the companies, so that the machines are more automated and complex, requiring another type of training and directly impacting the way they manage. This article analyzes the current forms of work and proposes changes so that a significant improvement in the companies' final results occurs.

Key words: Planning, Productivity, TPM (Total Productive Maintenance).

INTRODUÇÃO

Segundo Tavares (1998) conforme a sociedade desenvolvia sua manufatura a manutenção acompanhava, assim quando as indústrias mecanizaram seus sistemas, apareceram as primeiras necessidades de efetuar reparos, isso no final do século XIX.

Ainda para Tavares (1998) a princípio o próprio operador realizava estes reparos, e a manutenção ocupava um papel secundário nas indústrias. Quando Ford criou a produção em série, na Primeira Guerra Mundial, este cenário começou a se modificar, pois com a nova forma de produção, notou-se a necessidade de realizar os reparos mais rapidamente. Este foi o primeiro tipo de manutenção estabelecido, sendo chamado hoje de manutenção corretiva.

Tavares (1998) nos diz que na Segunda Guerra Mundial, as indústrias precisavam aumentar a rapidez de sua produção e diante disso percebeu que não bastava somente corrigir as falhas, mas que era preciso evita-las. Neste momento surge o segundo tipo de manutenção, a preventiva.

Tavares (1998) mostra que em 1950 ocorria o desenvolvimento da aviação, da indústria eletrônica e ainda tentava-se suprir os esforços do pós-guerra e em meio a isso, verificou-se o tempo gasto nas manutenções e conclui-se que a maior parte era para encontrar o problema e não para efetuar o reparo. Diante desse fato, desenvolveu-se a Engenharia de Manutenção e a partir de

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então ela ficou responsável em planejar e controlar as manutenções preventivas, além de analisar quais eram as fontes das falhas.

Ainda conforme Tavares (1998) somente em 1966 é que surgiu a manutenção preditiva, pois tendo acesso mais fácil aos computadores e com o desenvolvimento dos instrumentos de proteção e medição, foi possível traçar critérios para previsão ou predição das falhas, isso levou a uma melhoria muito significativa na execução da manutenção.

Xavier (2000) nos diz que as manutenções nas empresas brasileiras, em sua maioria, são de terceiro mundo, apresentando falhas como grande fluxo de retrabalho e serviços não previstos, ausência de profissionais qualificados e sobressalentes no estoque, problemas crônicos, baixa produtividade, inexistência de um histórico de manutenção ou então históricos não confiáveis, falta de planejamento, entre outras características.

Ainda para o mesmo autor, as consequências desta forma de gerenciamento de manutenção são muito impactantes de uma forma geral a empresa e alguns exemplos são: perca da confiança dos clientes, falha no cumprimento de prazos, muitas máquinas em manutenção, baixa disponibilidade, baixo tempo médio entre as falhas, perda de produção devido as falhas e forma de manutenção predominantemente corretiva ao invés de planejada.

Para Xenos (2014) no Brasil ainda há um equívoco quanto a essência das atividades de manutenção e muitos profissionais se confundem com os termos. Diante destes fatos surge o questionamento: Por que as empresas não planejam a manutenção integrada com a área produtiva, em vista que isso aumentaria a produção e a rentabilidade? E para deixar claro que esta seria a melhor forma de gestão dentro de uma empresa, o objetivo geral do artigo será apresentar os ganhos gerados a partir de um planejamento eficaz da manutenção, alinhado com o dia a dia da produção e de uma forma mais específica, analisar a forma atual de funcionamento dentro de uma empresa em Jaguariúna do ramo plástico com produção para a área farmacêutica e pontuar quais mudanças deveriam ser efetuadas neste local, otimizando seu processo.

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Referencial teórico

1.1 Planejamento

A metodologia de planejamento existe desde a década de 50, surgida nos Estados Unidos e a princípio apresentava um desenvolvimento a longo prazo, com intenções de obtenção de lucro para no mínimo 10 anos, porém esse tipo de planejamento não se mostrou útil de fato. Na metade da década de 60, surgiu a metodologia do Planejamento Estratégico ( ALDAY, 2000).

Alday (2000) nos diz que o pensamento funcional do planejamento estratégico, tem a fixação de metas e posteriormente planos para que sejam atingidas. Ele também pontua a existência de três tipos de planos dentro do planejamento, sendo o estratégico, o tático e o operacional. O plano estratégico vê a corporação como um todo, enquanto os táticos são direcionados a cada área e o plano operacional é feito para a execução do plano tático, orientando a distribuição dos recursos para este plano.

Crozatti (2003) explica o plano operacional mais detalhadamente, o qual busca a otimização do desempenho e são previstas as execuções das ações nas áreas, qualquer uma delas, como marketing, produção, finanças ou controladoria. Nesta fase são usados modelos de simulação e orçamentos, realizando assim um pré planejamento, escolhendo as melhores opções de cada área e quanto a isso, o melhor controle sobre as ações executadas é aquele que indica onde os erros podem ocorrer e não o que mostra onde eles ocorreram. Utilizar deste tipo de simulação é mais eficiente e econômico para a empresa. O planejamento do que deverá ser realizado no próximo período, sendo ele longo, médio, curto ou imediato, virá na sequência deste pré planejamento. Com isso, busca-se a eficácia, de forma a privilegiar as alternativas de otimização dos resultados econômicos das atividades.

Fabro (2003) nos deixa evidente a importância da manutenção traçar seus objetivos, mesmo apresentando dificuldades, com a intenção de colaborar para o cumprimento das metas de manufatura e assim com os objetivos globais da empresa e dessa forma fazer as ações fluírem na mesma direção. De uma maneira geral, os objetivos da manutenção são: melhorar a disponibilidade operacional, reduzir custos, aumentar a segurança, etc. E algumas vantagens

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que podem ser citadas são: possibilidade de planejar a mão de obra; não contratação de terceiros ou aquisição de sobressalentes sem necessidade, ou seja, gerenciamento dos sobressalentes; aquisição de materiais com maior qualidade e menor custo; preparação de cronogramas, através de planos de trabalho, que podem ser coordenados com os planos de produção; identificação de padrões de trabalho; estímulo do senso de responsabilidade das pessoas; poupar o trabalho desnecessário; criar possibilidades para a manutenção oportunista, ou seja em momentos de parada de equipamento para preparações, ausência de operador, falta de materiais, almoço, alternância de turno, entre outros) e possibilitar a estimativa da quantidade de etapas envolvidas e o custo delas.

Para Chiavenato e Sapiro (2004), o planejamento é um processo de importância na organização, que leva a vantagens competitivas ao definir as diretrizes para a criação dos planos de ação. Conhecendo os potenciais e as fraquezas, medidas integradas são implementadas e isso garante o resultado planejado. Porém para que isso seja possível é necessário que toda a organização compreenda esse propósito e trabalhe em conjunto, para atingir um mesmo ideal.

Para Silva (2013), o planejamento é a base para as outras funções de uma empresa, atuando como a primeira função administrativa, afinal antecipa o que fazer, o que se busca e como será executado o gerenciamento para alcançar este objetivo de forma satisfatória, mas este tipo de planejamento, o tradicional, com propostas a longo prazo, não é eficiente pois é estático, baseado em muitas normas e neutros, sem levar em conta a particularidade de cada caso, apenas seguindo as técnicas de planejamento. Também é restrito, considerando apenas os aspectos socioeconômicos. Não é fundamentado em uma metodologia capaz de lidar com fatos inesperados ou incertezas e possui uma comunicação superficial entre o técnico e o político. Com isso, não há um suporte eficiente para tomadas de decisões.

Silva (2013) aponta que com o planejamento estratégico conheceu-se uma outra maneira de planejar, com um processo contínuo e tomadas de decisões sistêmicas, no qual as revisões são realizadas de acordo com sua evolução e execução.

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planejamento corre o risco de fracassar ou ser descontinuado, passando a ser apenas um conjunto de estudos e definições de objetivos, sem qualquer eficácia, caso a gestão não seja adequada, pois não será possível conseguir os recursos necessários e seguir na direção proposta. Ou seja, de nada adianta desenvolver um planejamento se a gestão não for capaz de mobilizar a todos e conseguir o entendimento de que a colaboração de todos e a busca pelo mesmo ideal é essencial na conquista do resultado. Outro ponto importante para a real eficiência de um planejamento é a formulação de estratégias.

1.2 Produtividade

No Brasil, houve um grande aumento da produtividade Industrial, proveniente de processos de privatização, programas de produtividade e qualidade e diminuição dos controles, promovendo o desenvolvimento econômico. Porém o ganho não ficou muito bem estabelecido uma vez que ao retomá-los na década de 90, após 10 anos de estagnação, vieram engajadas grandes modernizações de técnicas gerenciais e produtivas. Então houve-se uma mudança sem fundamento em métodos de administração e gestão nas fabricas, além da implantação de maquinas e ferramentas poupadoras de esforços como já existentes no mundo inteiro. Também houve uma grande mudança nos métodos para otimização dos processos logísticos, processos administrativos e até mesmo de recursos humanos, permitindo assim aumentar a eficiência utilizando menos dinheiro e tendo como resultado o aumento da produtividade total dos fatores (BONELLI,1998).

Com a identificação da abertura do comercio, ocorreram mudanças estruturais produtivas, aperfeiçoando a utilização de insumos, melhorando a qualidade dos produtos finais, aumentando os ganhos produtivos e se tornando mais competitivo. Isso resultou em menor custo para produzir e até mesmo na estilização dos preços. As taxas de juros de empréstimos externos ficaram menores das que havia no Brasil e possibilitou aumentar ainda mais a produtividade e a competitividade nacional (BONELLI, 1998).

Pode se levar em considerações duas razões para a produtividade ser uma medida muito importante. Uma delas é o fato de que o crescimento da

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economia se dá como um dos fatores pelo crescimento da produtividade (WAINER, 2002).

Tendo como ideia que: a economia se limita por sua capacidade de produção, para uma maior economia é necessário se produzir mais e se uma economia está fraca é pelo fato de sua produção estar baixa. As duas razões para o crescimento da economia são; ou há um maior número de trabalhadores ingressantes no sistema produtivo, produzindo mais, aumentando a produtividade e assim crescendo a economia, ou aumenta-se a força do trabalho tendo assim um aumento de produtividade, ou seja, os trabalhadores produzem mais em mesmas quantidades de pessoas. No caso clássico da economia, o aumento se dá pela soma do aumento da força de trabalho juntamente com o crescimento da produtividade. Aumentando a força de trabalho em 4% e a produtividade 2% a economia pode crescer então 5% (WAINER,2002).

Além disso, para se obter um serviço ou até mesmo um bem mais acessível é necessário um aumento de produtividade, uma vez que há um aumento de força de trabalho na produção de um bem, aumenta-se a produtividade, porém o custo com operadores continua o mesmo já que não houve contratação de mais trabalhadores, assim ocasionando uma diminuição de custos na produção de bens tornando-os acessíveis (WAINER, 2002).

Por outro lado, uma vez que há aumento da força de trabalho e diminuição da contratação de mão de obra, é possível despedir os funcionários mais ociosos e talvez seja essa uma das correlações entre o desemprego e a produtividade, sem levar em consideração as novas tecnologias. Há uma maior preocupação dos indivíduos em relação ao bem social e não se dá a devida atenção que a produtividade merece. A economia é mais complexa do que apenas o crescimento da força de trabalho e o crescimento da produtividade, porém de certa forma esses dois fatores são básicos para o crescimento prolongado e real da economia (WAINER,2002).

Em relação às tecnologias temos como exemplo nas décadas de 70 e 80 o aumento da economia japonesa e alemã em relação à dos Estados Unidos, afinal nessa época houve-se um crescimento das tecnologias da fabricação (robôs e outros) aumentando a qualidade dos produtos (WAINER, 2002).

A produtividade compara, avalia e julga essas tecnologias, por isso ao se obter uma tecnologia o principal objetivo é o aumento da produtividade, por

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exemplo: um dono tem como principal finalidade na compra de uma retroescavadeira a retirada e transporte de maior número de material, já que antes seus custos com outras formas eram maiores, então nesse caso, houve um investimento em tecnologia para aumentar a produtividade e reduzir custos (WAINER, 2002).

Antes mesmo de assumir o conceito de razão entre entrada e saída, a produtividade foi definida de outras maneiras por várias pessoas ao longo dos tempos. Definiam-se como entrada os recursos do processo produtivo, tais como; equipamentos, matérias prima, trabalho e demais fatores. Ao mesmo tempo em que saída se caracterizava pelo que se obtinha como resultado desse processo produtivo. Dizendo-se em outras palavras, produtividade corresponde a uma medida para se verificar quão bem os recursos para se produzir um determinado resultado são empregados (KING, 2014).

Produtividade é minimizar cientificamente o uso de recursos materiais, mão de obra, equipamentos etc. Reduzindo custos de produção, aumentando mercados e o número de emprego, lutando por aumentos reais de salários e pela melhoria do padrão de vida no interesse comum do capital, trabalho e consumidores. Tal declaração está em sintonia com os conceitos desenvolvidos por Suito (1998) e Singh, Motwani e Kumar (2000) (KING, 2014).

O conceito de produtividade teve como principal objetivo avaliar e melhoras o desempenho das empresas onde foram introduzidos. Tendo como início calculo pela razão entre o número de empregados e o resultado da produção. Ao longo do tempo houve também outras formas de se avaliar a produtividade relacionando o obtido da produção com outros recursos tendo como exemplo, insumos, energia e outros. Mundialmente, a forma mais utilizada é a produtividade do trabalho, que é a razão entre o Produto Interno Bruto – PIB – e o número de trabalhadores (KING, 2014).

1.3 TPM (Total Productive Maintenance)

Wyrebski (1997) define TPM (Total Productive Maintenance) como a junção dos conceitos de manutenção preventiva, manutenção dos sistemas de produção e a prevenção de manutenção. A ideia é que todos os setores da empresa participem da manutenção, sem exceção. Esta é a definição da quarta

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fase da evolução da manutenção, desenvolvida nos Estados Unidos e melhorada no Japão. O TPM é uma melhoria de pessoas e de equipamentos em uma organização, quanto aos equipamentos busca diminuir seus custos, onde o próprio operador realize o reparo, obtendo melhores resultados em sua operação e também melhorando a vida útil dos equipamentos. Busca-se também “quebra, defeito e acidente zero”.

Acredita-se que quando dada ao operador a responsabilidade de cada um cuidar do seu próprio equipamento, dá-se a confiança, eliminando os defeitos e paradas, construindo assim produtos da cultura de valor. Quanto a pessoas o TPM é a união de toda organização, mas principalmente manutenção e produção, de forma que os operadores participem das manutenções preventivas para conseguir alcançar a melhora na qualidade do produto, a eficiência operacional e a segurança do próprio operador (WYREBSKI, 1997).

A exploração da criatividade dos trabalhadores é a atuação primordial que deve ser focada para que o TPM comece a funcionar. Pois na maioria das empresas os operadores seguem um raciocínio repetitivo onde não são vistas suas habilidades que podem contribuir para a melhora no processo. Por isso, conforme já citado, o TPM vem com a ideia de melhorar a qualidade do pessoal e dos equipamentos, capacitando as pessoas para que possam assim auxiliar na melhoria dos equipamentos, e alcançar melhores resultados em suas perdas (CARRIJO E LIMA,2008).

O TPM implementa oito pilares, que podem ser visualizados na figura 1, com o propósito de eliminar seis grandes perdas, sendo elas:

1 - Perda por quebra-falha

2 - Perda por mudanças e regulagens 3 - Perda por gargalos

4 - Perda por redução na velocidade 5 - Perda por próprio processo

6 - Perda no início de processo e redução de rendimento

Como refere-se Carrijo e Lima (2008), o Brasil mostrou interesse pelo TPM desde a visita do professor Seiichi Nakajima, em 1986 ao país. O mesmo autor mostra algumas empresas do Brasil que tem o TPM implantado e reconhecido pelo prêmio JIPM, sendo elas: Yamaha, GM, Pirelli pneus, Texaco do Brasil, Fiat, Ford, Ambev, entre outras. Os autores ainda ressaltam que foi

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através do compartilhamento de diversas empresas brasileiras e internacionais das suas experiências com o TPM que cada vez mais ele vem crescendo, isso deve-se ao IBTPM (Instituto Brasileiro de TPM) que realizou diversos eventos, possibilitando esse compartilhamento.

Em 1989 o JIPM (Japan Institute of Plant Maintenance) revisou a definição de TPM e definiu-o em cinco novos tópicos:

1 - Estrutura a organização em busca de eficiência global com a eficiência do sistema de produção;

2 - Cria no próprio setor de trabalho maneiras de prevenir perdas, alcançando "zero acidente, zero defeitos e zero quebra-falha";

3 - Envolve desde a produção até o desenvolvimento, vendas, administração e etc;

4 - Participação desde alta diretoria até os operadores de chão de fábrica; 5 - Com atividades em pequenos grupos, propõe atingir perdas zero.

Assim cada letra da sigla TPM tem um significado que descreve o sistema e o sentido dessa união.

T (TOTAL) - No envolvimento de todos os setores, na vida útil do sistema de produção e na eficiência global.

P (PRODUCTIVE) - Conseguir produzir no máximo sobre a eficiência da capacidade produtiva, chegando ao nível zero perdas.

M (MAINTENANCE) - Tem como objetivo alcançar o melhor no sistema de produção, melhorando a vida útil dos equipamentos. (WYREBSKI, 1997)

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Figura 1 - Oito pilares de sustentação da metodologia do TPM

2. Desenvolvimento

Segundo Ribeiro (2003), com o mercado competitivo de hoje as empresas que implantarem o TPM conseguem se manter no mercado com mais facilidade, pois o que se busca é a inovação e redução de custos conseguindo maior velocidade para atender a demanda dos clientes. E umas das principais áreas para começar a atacar é a eliminação das grandes perdas.

E Rosa (2005) nos mostra quais são elas:

1-Perda por parada devido quebra-falha, nela tem a interrupção da produção e perda total da capacidade produtiva.

2-Perda por mudança de linha e regulagens, que ocorre quando é realizado setup ou ajustes inadequados.

3-Perda por operação em vazio e pequenas paradas, quando a produção trabalha com sobrecarga interrompendo o sistema.

4-Perdas devido á capacidade reduzida, ocorre quando é necessário diminuir a velocidade de trabalho por não conhecer a capacidade do equipamento, demora para resolver pequenos problemas, o comportamento das pessoas e etc., 5-Problemas de qualidade, que são retrabalhos ou e eliminação de produtos não conformes produzidos.

6-Perdas devido a reinício ou na partida, ocorre com a falha na operação, a não utilização adequadas das ferramentas, o não domínio técnico do operador e a falta de matéria prima.

Ainda Rosa (2005), nos mostra um dos desafios para conseguir eliminar essas grandes perdas, que começa trabalhando em cima da quebra-falha zero. Que significa a perda da função do equipamento, que segundo ideograma japonês quebra-falha significa "danos provocados pelo o homem. Existem dois tipos de quebra-falha a de parada de função e a de redução da função. Como foi mostrado que a principal causa das quebra-falha é o homem, o foco é trabalhar para mudar o comportamento mudando a maneira de pensar para que todos saibam que não pode haver a quebra-falha.

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Referências

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XENOS, Harilus G. Gerenciando a manutenção produtiva.2ed. Nova Lima,Falconi,2014.

XAVIER, Júlio Nascif. Manutenção classe mundial. Disponível em:

http://www.tecem.com.br/wp-content/uploads/2015/02/GP005-MANUTEN%C3%87%C3%83O-CLASSE-MUNDIAL-Julio-Nascif.pdf Acesso em: 24 mar 2018

SILVA, Patrícia Maria. Planejamento estratégico situacional: uma proposta metodológica para implantação do projeto de internacionalização da universidade federal de lavras. Disponível em:

http://www.prpg.ufla.br/admpublica/wp-content/uploads/2015/12/dissertacao_patricia.pdf Acesso em: 30 mar 2018

ALDAY, Hernan E. Contreras. O Planejamento Estratégico dentro do Conceito de Administração Estratégica. Disponível em: https://revistafae.fae.edu/revistafae/article/view/505/400 Acesso em: 30 mar 2018

CROZATTI, Jaime. Planejamento estratégico e controladoria: um modelo para potencializar a contribuição das áreas da organização. Disponível em: http://www.seer.ufrgs.br/index.php/ConTexto/article/view/11680/6861 Acesso

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em: 30 mar 2018

CHIAVENATO, Idalberto; SAPIRO, Arão. Planejamento estratégico. Disponível em : https://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=&id=35aw-p0MOJ4C&oi=fnd&pg=PA1&dq=conceito+de+planejamento+estrat%C3%A9gic o&ots=6q2mxlRm_b&sig=iKha_0F4hwj3BtrwPNkltdL1vWY#v=onepage&q=con ceito%20de%20planejamento%20estrat%C3%A9gico&f=false Acesso em: 30 mar 2018

FABRO, Elton. Modelo para planejamento de manutenção baseado em indicadores de criticidade de processo. Disponível em: https://repositorio.ufsc.br/xmlui/bitstream/handle/123456789/84910/198455.pdf? sequence=1&isAllowed=y Acesso em: 30 mar 2018

KING, Ney Cesar de Oliveira. Produtividade sistêmica: conceitos e aplicações.Prod. vol.24 no.1 São Paulo Jan./Mar. 2014 Epub Feb 08, 2013. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-65132014000100013&lang=pt#nt. Acesso em: 31 Mar.2018.

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nº 557. Disponível em:

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WYREBSKI, Jerzi. Manutenção produtiva total - um modelo adaptado.

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CARRIJO, José Ricardo Scareli; LIMA, Carlos Roberto Camello. Disseminação TPM - Manutenção Produtiva Total nas Industrias e no Mundo: Uma Abordagem Construtiva. Rio de Janeiro, Out. 2008. Disponível em: http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2008_tn_sto_069_494_11021.pdf Acesso em: 24 Mar. 2018.

ROSA, Gerusa de Oliveira. Estudo de caso sobre a implantação do sistema manutenção produtiva total na indústria de fios de seda Cocamar, no período de 2004 e 2005. Maringá, 2005. Disponível em: http://www.dep.uem.br/tcc/arquivos/TG-EP-28-05.pdf Acesso em: 30 de Abril 2018

RIBEIRO, Celso Ricardo. Processo de implementação da manutenção produtiva total (T.P.M.) na indústria brasileira. Taubaté, 2003. Disponível em: http://ppga.com.br/mba/2003/gpt/ribeiro-celso_ricardo.pdf Acesso em: 30 de Abril 2018

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