Principais
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exames bioqu
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stico e
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tratamento do paciente intoxicado
tratamento do paciente intoxicado
ProfaDraDanielle Venturini danielle.venturini@bol.com.br
2018
Universidade Estadual de Londrina Centro de Ciências da Saúde
Departamento de Patologia e Análises Clínicas e Toxicológicas Objetivos
Descrever o metabolismo da glicose e interpretar suas alterações plasmáticas nos envenenamentos e intoxicações;
Rever a fisiologia do equilíbrio ácido-base; Descrever os principais distúrbios do equilíbrio ácido-base;
Discorrer sobre os parâmetros avaliados no exame de gasometria arterial;
Realizar as correlações clínico-laboratoriais dos distúrbios ácido-base.
Glicose
Glicose:
Resultado da quebra de CHO complexos (polissacarídeos), encontrados nos cereais, frutas e hortaliças. Rapidamente absorvida, fonte de energia (E) imediata
Disponibilidade (três fatores):
Estado da membrana mucosa do TGI e tempo de contato do CHO com essa superfície;
Função endócrina: Insulina
Antagonistas: Glucagon, Esteróides, Epinefrina Vitaminas: complexo B (envolvidas no metabolismo dos CHO)
Tiamina, Niacina, Riboflavina
Glicose- Função endócrina
Catecolaminas- metabolismo
As catecolaminas adrenérgicas estimulam:
Glicogenólise hepática e muscular, aumentando o nível de glicose plasmática.Lipólise no tecido adiposo, levando a um aumento dos níveis plasmáticos de ácidos-graxos (ação cetogênica)
vetneuro.files.wordpress.com/2008/09/hptlm_14.jpg
www.uff.br/.../pineal_clip_image009.jpg
Zona Glomerulosa: Mineralocorticóides (Aldosterona) Zona Fasciculada: Glicocorticóides (Cortisol) Zona Reticular: Hormônios (Androgênios) Zona Medular: Catecolaminas
Derivadas do aa TIROSINA
Glicose
Alterações:
Estado nutricionalNíveis endógenos de insulina e glucagon Intoxicações e envenenamentos
Tabela 26 - Causas de alterações da glicemia
Hiperglicemia Hipoglicemia
administração de glicose AIDS, anorexia nervosa, desnutrição grave e jejum prolongado, neoplasias fármacos beta-2 adrenérgicos atividade física excessiva
corticosteróides distúrbios endócrinos (hipopituitarismo, doença deAddison) e doenças auto-imunes
diabetes mellitus esteróides anabolizantes diuréticos tiazídicos gravidez, diarréia (crianças) glucagon hipoglicemiantes orais (sulfoniluréia)
epinefrina Insulina
intoxicação por cafeína e teofilina intoxicação por etanol (especialmente em crianças) Acidente escorpiônico intoxicação por propranolol, salicilatos e ácidovalpróico
intoxicação por haloperidol, ferro, betabloqueadores insuficiência renal e hepática
Intoxicações
A hiperglicemia geralmente é leve e transitória. Nos casos de hiperglicemia grave ou sustentada (>500 mg/dL) pode ocorrer desidratação e distúrbios hidroeletrolíticos pelo efeito osmótico do excesso de glicose na urina, com passagem de água do cérebro para o plasma, o que pode resultar em coma hiperosmolar
Intoxicações
Hipoglicemia- Sintomas podem ocorrer:
Pelos hormônios de contrarregulação:Tremores, tonturas, palidez, suor frio, nervosismo, palpitações, taquicardia, náuseas, vômitos e fome. Pela redução da glicose no cérebro:
Confusão mental, alterações do nível de consciência, perturbações visuais e de comportamento que podem ser confundidas com embriaguez, cansaço, fraqueza, sensação de desmaio e convulsões.
Intoxicações
Organofosforados e carbamatos
Mecanismo de ação tóxica:Os compostos organofosforados e carbamatos são inibidores da colinesterase, impedindo a inativação da acetilcolina, permitindo assim, a ação mais intensa e prolongada do mediador químico nas sinapses colinérgicas, em nível de membrana pós-sináptica.
Hiperestimulação colinérgica Ach (sistema nervoso
parassimpático) estimula a liberação de insulina pelas células β pancreáticas
Hipoglicemia
Inibição
Envenenamentos
Phoneutria
Mecanismo de ação:
O veneno atua sobre os canais de sódio, induzindo a despolarização das fibras musculares e terminações nervosas, sensitivas, motoras e sistema nervoso autônomo e alterações sistêmicas, liberando catecolaminas e acetilcolina
Catecolaminas (epinefrina) inibem a liberação de insulina.
Hiperglicemia
Intoxicações
Intoxicação por etanol (especialmente em crianças)
Intoxicação por salicilatos
Intoxicações
Intoxicação por Etanol:
Ingestão de quantidades excessivas de bebidas alcoólicas Podem levar a hipoglicemia ou hiperglicemia
Principais sintomas:
Acidose lática lactato/piruvato
Hipoglicemia inibição da gliconeogênese
Hiperglicemia aumento cortisol
Coma alcoólico efeitos tóxicos do etanol no SNC (parada respiratória) Tratamento de emergência: infusão intravenosa de glicose e hemodiálise em casos extremos
Intoxicações Intoxicações
Hiperlactatemia:
Acidose láctica decorrente da hipóxia tecidual Aumento da glicólise anaeróbica, culminando com aumento de lactato
Hipoglicemia
Resultante da inibição da gliconeogênese e glicogenólise pelo álcool
Hiperglicemia
Inibição da secreção de insulina Aumento de cortisol (estresse)
Intoxicações
Intoxicação por salicilatos:
Hipo e hiperglicemia podem ocorrer na intoxicação com ácido acetilsalicílico
Intoxicações
O ácido salicílico é o responsável pelos efeitos terapêuticos e tóxicos, que resultam de sua ação no metabolismo celular:
Desacoplamento da fosforilação oxidativa mitocondrial, com inibição das desidrogenases específicas do ciclo de Krebs e das aminotransferases;
Aceleração do metabolismo, com aumento da demanda periférica de glicose;
Produção, acúmulo e excreção de ácidos orgânicos -aumento do ânion gap e consequente distúrbio do equilíbrio ácido-básico.
Equilíbrio ácido-básico
Equilíbrio entre os ácidos e as bases existentes no organismo,
A regulação dos sistemas enzimáticos é influenciada pela concentração de íons Hidrogênio (H+),
Alterações nas concentrações de H+ levam ao comprometimento das funções celulares
Sistema tampão
Solução contendo o sal de um ácido fraco que tem a capacidade de se ligar aos íons H+ (neutralização)
Sistema tampão nos fluidos orgânicos
Sistema tampão:
Sistema – tampão ácido carbônico – bicarbonato ( 45% da capacidade tampão total )
Sistema – tampão de fosfato ( eritrócitos, células tubulares renais )
Sistema – tampão de proteínas (células dos tecidos)
Sistema tampão de hemoglobina dos eritrócitos
Sistema tampão nos fluidos orgânicos
Sistema tampão Ácido carbônico- bicarbonato
Com a queda do pH da solução, estas substâncias aceitam os íons H+ para entregá-los novamente quando aumenta o pH; desta maneira agem contra as modificações abruptas da reação
Equação de Henderson Hasselbach
Ácido: qualquer substância doadora de
prótons
Base: qualquer substância receptora de
prótons
O pH plasmático é determinado pela relação entre o bicarbonato (HCO3-) e o dióxido de carbono (CO2)
Equação de Henderson Hasselbach
O ácido carbônico pode ser representado
pelo produto da constante 0,03 vezes a
PCO2
Função renal
Manutenção equilíbrio ácido-base
Para manter o pH sanguíneo normal (7,35-7,45), o sangue precisa tamponar e eliminar o excesso de ácido formado pela ingestão dietética e metabolismo do organismo
Sistemas Tampão
Os rins precisam reabsorver os íons HCO3-que são facilmente filtrados pelos glomérulos
Função renal
Célula tubular
renal Plasmaperitubular
Manutenção equilíbrio ácido-base
Reabsorção íons HCO3 -Luz tubular H2CO3 HCO3- + H+ H+ HCO3 -HCO3 -H2O + CO2 H2CO3
AC: Anidrase Carbônica
AC
HCO3
-CO2
H2O + CO2 filtrado
Adaptado de Susan King Strasinger. Urinálise e Fuidos Corporais 5 ed, 2009.
Função renal
Manutenção equilíbrio ácido-base
Excreção íons H+ Plasma peritubular Célula tubular renal Luz tubular NH4 NH3+ H+ H+ NH3 HCO3 -H2O + CO2 H2CO3
AC: Anidrase Carbônica
AC
HCO3
-CO2
Adaptado de Susan King Strasinger. Urinálise e Fuidos Corporais 5 ed, 2009.
Urina
Função renal
Manutenção equilíbrio ácido-base
Excreção íons H+
Adaptado de Susan King Strasinger. Urinálise e Fuidos Corporais 5 ed, 2009.
Plasma peritubular Célula tubular renal Luz tubular H2PO4 HPO4- +H+ H+ HCO3 -H2O + CO2 H2CO3
AC: Anidrase Carbônica
AC HCO3 -CO2 Urina HPO4-filtrado Função respiratória
CO2
Proveniente do metabolismo celular,
Se difunde através dos capilares até os pulmões para ser eliminado
Nos eritrócitos essa reação ocorre rapidamente (anidrase carbônica), porém no plasma, a reação é lenta
Função respiratória
Os principais fatores que afetam a função
respiratória são:
Frequência respiratória (controlada pelo centro respiratório no tronco cerebral)
Quantidade de ar inspirado em oposição ao expirado
Capacidade dos alvéolos em realizar trocas gasosas
Gasometria arterial
É o conjunto de testes diagnósticos com uma
amostra de sangue arterial
Avalia:
A eficácia da respiração e do equilíbrio ácido-básico total, além de auxiliar no monitoramento do tratamento
Coleta gasometria
Fontes de erro no exame de gasometria arterial
Punção arterial dolorosa; Punção venosa; Excesso de heparina; Bolhas na amostra;
Contaminação da amostra com ar; Demora na análise;
Exposição da amostra ao calor; Falta de calibração;
Falta de utilização de CQ; Falta de manutenção preventiva
Fase pré-analítica
Fase analítica
Gasometria (valores de referência)
Parâmetros Arterial Venoso
pH 7,35-7,45 7,35-7,45 pCO2 35-45 40-50 pO2 65-97 35-45 SatO2 92-98% 70-75% BE -2,0/+2,0 -2,0/+2,0 HCO3 22-26 22-26
Caracteriza se há acidose ou alcalose Alcalino Ácido 7 7,35 7,45 1 14 pH>7,45 – alcalose pH<7,35 – acidose pH
O HCO3-fornece informações sobre o componente metabólico do equilíbrio ácido-básico
Está baixo (<22mEq/L) ou alto (>26mEq/L)? O resultado anormal corresponde à alteração do pH?
Exemplo: se pH estiver alto, deve-se esperar que o bicarbonato
esteja alto, indicando que a origem do problema é basicamente
metabólica
HCO3-O nível de PCHCO3-O2fornece informações sobre o componente respiratório do equilíbrio ácido-básico
Está baixa (<35mmHg) ou alta (>45mmHg)? O resultado anormal corresponde à alteração do pH?
Exemplo: se pH estiver alto, deve-se esperar que a PCO2
esteja baixa indicando que a origem do problema é
basicamente respiratória
PCO2
Fornecem informações sobre oxigenação
PaO2baixa representa hipoxemia e pode causar hiperventilação
Importantes para controle de tratamento com oxigênio
PaO2 e SaO2
Base excess (BE)
BE positivo:
Aumento no total de bases
Organismo está retendo base devido a um distúrbio metabólico primário (alcalose metabólica) Organismo está retendo base (renal) para compensar distúrbio respiratório (acidose respiratória) BE negativo:
Redução no total de bases
Perda de base devido a distúrbio metabólico primário (acidose metabólica)
Organismo está eliminando base (renal) para compensar distúrbio respiratório (alcalose respiratória)
Como interpretar um resultado de Gasometria Arterial?
Olhe para o pH:
Ácido (acidose) Alcalino (alcalose)Normal: ou não há distúrbio ou há dois distúrbios que se compensaram
Qual distúrbio ácido-base justifica esse pH?
pH <7,35 (ácido): aumento PCO2ou diminuição de HCO3-pH >7,45 (alcalino): diminuição PCO2ou aumento de HCO3
-Como interpretar um resultado de Gasometria Arterial?
Exemplos: pH = 7,3 PCO2= 30 HCO3-= 16 BE = -7,5 Acidose metabólica pH = 7,61 PCO2= 48 HCO3-= 39 BE = +18 Alcalose metabólica pH = 7,29 PCO2= 57 HCO3-= 29 BE = -1,0 Acidose respiratória pH = 7,48 PCO2= 28 HCO3-= 18 BE = +1 Alcalose respiratória
Os distúrbios de origem respiratória seriam agudos ou crônicos? Parâmetros Arterial Venoso
pH 7,35-7,45 7,35-7,45 pCO2 35-45 40-50 pO2 65-97 35-45 SatO2 92-98% 70-75% BE -2,0/+2,0 -2,0/+2,0 HCO3 22-26 22-26
Como interpretar um resultado de Gasometria Arterial?
BE não se altera nos distúrbios respiratórios
AGUDOS
, pois não há tempo hábil para a
resposta compensatória
RENAL
.
pH = 7,18 PCO2= 80 HCO3-= 29 BE = 0,0 pH = 7,62 PCO2= 20 HCO3-= 19 BE = 1,0 E neste caso???
Resposta compensatória
Como o pH plasmático depende diretamente da relação HCO3-/PCO2 a resposta compensatória visa manter essa relação o mais próximo possível do normal
Um deles indica a fonte primária da alteração do pH; o outro indica os esforços do corpo para compensar o distúrbio
Como ocorre??
Quando o distúrbio é metabólico ocorre compensação respiratória e vice versa
Resposta compensatória
Distúrbio Alteração primária
Compensação Acidose
respiratória PCO2 HCO3-Alcalose
respiratória
PCO2 HCO3-Acidose
metabólica HCO3- PCO2 Alcalose
metabólica HCO3- PCO2
Resposta compensatória esperada
Acidose metabólica PCO2 esperada: (1,5xHCO3) + 8 Alcalose metabólica PCO2 esperada:
HCO3 + 15 Acidose respiratória
crônica HCO3 aumenta 3,5 a cada 10mmHg de PCO2 Alcalose respiratória
crônica HCO3 diminui 4 a cada 10mmHg de redução de PCO2 Exemplos: pH = 7,05 PCO2 = 55 HCO3- = 15 Acidose mista pH = 7,80 PCO2 = 20 HCO3- = 35 Alcalose mista
Distúrbios ácido-básicos mistos
Exemplos:
pH = 7,42 PCO2 = 19 HCO3- = 12 pH = 7,42 PCO2 = 60 HCO3- = 38 *pH = 7,11 PCO2 = 32 HCO3- = 10
* em uma acidose metabólica grave como esta era de se esperar que a PCO2 estivesse mais baixa (23mmHg), portanto há outro distúrbio que elevou a PCO2 para 32 (acidose respiratória): DISTÚRBIO MISTO
PCO2 esperada: (1,5 x HCO3) + 8
Ânion GAP
É uma medida indireta da concentração
molar de ácido adicionado ao sistema
Os cátions (Na+ e K+) rotineiramente
quantificados representam uma % muito
maior de cátions totais do que os ânions
determinados (Cl- e HCO3-)
A diferença entre o Na+ e os ânions
representa o ânion GAP
Ânion GAP
Deve ser calculado em todos os casos de
suspeita de distúrbio ácido-básico pois pode
identificar uma desordem mesmo quando o
pH é normal ou alcalêmico
Ânion Gap =
(Na
+)
-
(Cl
-+ HCO3
-)
VR: 8 ± 4 mEq/LUm aumento do AG significa elevação de ânions plasmáticos não mensuráveis (ex: lactato) e são mais preocupantes. Ânion GAP K Ânion-gap Na Bicarbonato Cloro Cátions Ânions
Causas de aumento de ânion GAP
Etiologia Ânion não mensurado
Acidose láctica lactato
Cetoacidose B-OH butirato,
acetoacetato Insuf. de filtração renal sulfato, fosfato, urato
Salicilato salicilato, lactato
Metanol Formaldeído
Etilenoglicol glicolato, oxalato
Paraldeído acetato
Etiologia Ânion não mensurado
Acidose láctica lactato
Cetoacidose B-OH butirato,
acetoacetato Insuf. de filtração renal sulfato, fosfato, urato
Salicilato salicilato, lactato
Metanol Formaldeído
Etilenoglicol glicolato, oxalato
Paraldeído acetato
Acidose metabólica e ânion GAP
Ânion GAP aumentado: Acidose lática (sepse, choque, hipoxemia, cianeto, monóxido de carbono) Cetoacidose diabética, Cetoacidose alcoólica, IRA, Intoxicação metanol, salicilatos, etilenoglicol Rabdomiólise
Ânion GAP normal Diarreia
IRC
Acetazolamida Insuficiência da suprarrenal
Patogênese dos distúrbios ácido-base
Acidose:
Diminuição excreção de CO2 (respiratória)
Comprometimento SNC (intoxicações exógenas, coma, trauma, lesões pulmonares)
Aumento produção de ácidos orgânicos Acidose láctica, cetoacidose diabética Aumento ingestão de ácidos e precursores
Toxinas, metanol, salicilatos Diminuição excreção de ácidos
Acidose tubular renal Aumento perda HCO3
Patogênese dos distúrbios ácido-base
Alcalose
Aumento excreção de CO2 (respiratória)
Estímulo do centro respiratório (encefalites, febre, infecções sistêmicas, intoxicação por salicilatos)
Aumento excreção de ácidos Vômitos
Aumento ingestão de bases Transfusão maciça- citrato Ingestão de bicarbonato de sódio Diminuição excreção de bases
Deficiência de Cl- há aumento reabsorção de HCO3-juntamente com Na+
Patogênese dos distúrbios ácido-base
O organismo adquiriu mecanismos naturais
mais eficientes frente à acidose do que à
alcalose:
Função renal: elimina H+ e reabsorve HCO3-Hiperventilação
Curva dissociação hemoglobina
Acidose: curva desvia para direita ( afinidade da Hb pelo O2)
Alcalose: curva para esquerda ( afinidade da Hb pelo O2)
Curva de dissociação da hemoglobina
www.teliga.net
Tratamento dos distúrbios ácido-base
Sempre tratar a causa e monitorar o paciente através de análises seriadas da gasometria arterial
Acidose metabólica
Administração de bicarbonato de sódio
Alcalose metabólica
Reposição de cloretos (KCl) associado à acetazolamida (inibe AC e aumenta excreção renal de HCO3-)
Acidose respiratória
Oxigenação e ventilação (correção da hipóxia)
Alcalose respiratória
Reduzir a hiperventilação (sedativos e ansiolíticos)
Caso clínico 1
Paciente do sexo feminino, 17 anos, foi encontrada comatosa. A família relatou que a mesma ingeriu grande quantidade de metanol. Foi encaminhada ao serviço de Emergência com PA: 90 x 70 mmHg, FC:140 bpm, FR: 44irpm, Tax: 37ºC, com pupilas mióticas
Solicitado exames laboratoriais: Na+: 130 K+: 3,0 Cl -: 97 AG: 29 Gasometria arterial
pH: 7,14 PaCO2: 21mmHg HCO3-: 7 meq/l PaO2: 100 em ar ambiente
Caso clínico 1
Qual o diagnóstico do distúrbio ácido básico
primário?
A) Acidose metabólica
B) Acidose mista
C) Alcalose respiratória
D) Acidose respiratória
Caso clínico 1Como classificar o distúrbio quanto ao valor
do ânion gap?
A) Acidose metabólica com AG normal
B) Acidose metabólica com AG elevado
C) Acidose respiratória com AG elevado
D) Acidose metabólica com alcalose
respiratória e AG elevado
Caso clínico 2
Paciente de 38 anos, sexo masculino, cor parda, comerciante, procedente do município de Siqueira Campos-PR, foi encontrado desacordado em sua casa por familiares. O paciente havia vomitado e, no local, encontrou-se um frasco aberto de
fluido de freio e bebida alcoólica. No hospital de origem, o paciente foi submetido
à lavagem gástrica (sem retorno), intubado (Glasgow<7) e transferido para o HU de Londrina.
Exames laboratoriais na admissão no HU: Gasometria arterial: pH= 7,21 pCO2= 43 pO2= 137 HCO3= 17,2 BE= -10,7 Sat. O2= 99 Na+ = 139 Cl-= 104
Ânion GAP: [Na+] – [Cl-+ HCO 3]
[139] – [104 + 17,2] 139 – 121,2 = 17,8Meq/L
VR = 8 ± 4 mEq/L
Referências Bibliográficas
John Bernard Henry. Diagnósticos clínicos e tratamento por métodos laboratoriais. 20ª ed. 2008.
Évora PRB, Reis CL, Ferez MA, Conte DA e Garcia LV. Distúrbios do equilíbrio hidroeletrolítico e do equilíbrio ácido-básico. Uma revisão prática. Medicina Ribeirão Preto 451-469, 1999 http://www.fmrp.usp.br/revista
Évora PRB, Garcia LV. Equilíbrio ácido-base. 2008; 41 (3): 301-11