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6. Como a senhora avalia as ações que foram desenvolvidas pelo estado aqui em Aragarças?

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Coordenação Geral do Projeto: Faculdade de Educação da UFG

Rua 235 S/N Setor Universitário – Goiânia/GO – CEP 74605-050 Fone: (62) 32096213 Página 1 Data da entrevista: Aragarças, 11 de outubro de 2012

Responsável: Danielly Cardoso da Silva e Helimar Vieira Morais Transcrição: Pollyana Reis Barros de Queiroz

Entrevista com a Dna. Luzia:

A senhora poderia começar nos contando um pouco da sua vida: onde a senhora nasceu? Qual é a sua formação? Há quanto tempo a senhora trabalha com educação?

Dna. Luzia: Nasci em Goiânia em 1973, vim pra cá (Aragarças) em 1980 e trabalho com educação desde 1988.

Qual é a sua formação?

R. Professora em Letras, mestre em educação e doutora em Ciências Pedagógicas.

3 . Na área da Educação, quais cargos a senhora já trabalhou?

R. Bom, na educação de jovens e adultos eu comecei em agosto de 1988 no Centro de Educação de Jovens e Adultos de Aragarças. Comecei no programa que o Estado de Goiás tinha para Jovens, então eu estava com 15 anos, e trabalhei com a multimídia, que eram os programas que tinha com acervo multimídia. Depois me afastei e retornei em fevereiro de 1991 ocupando o cargo de secretária acadêmica, foi um período em que o supletivo não tinha credibilidade na cidade e foi feito todo um trabalho de resgate de credibilidade e da documentação do período compreendido entre: 1988 e dezembro de 1990. Desde fichas de matrícula, registro de notas em livro de resultado final e expedição dos certificados que até então não eram expedidos.

Eu fiquei na secretaria e em 1993 passei num concurso público, assumi e continuei trabalhando na secretaria acadêmica. Depois com a desativação da escola Padre Anchieta eu saio da secretaria acadêmica, se não me engano foi a Mara que assumiu no meu lugar, e passei a trabalhar no processo de intervenção do colégio Padre Anchieta que também ofertava EJA aqui em Aragarças, era uma escola particular. Depois o professor José Nogueira saiu, a professora Mara assume a direção, eu retorno para a secretaria acadêmica e fico até 1998. Em 1999 tirei uma licença por interesse particular para terminar meu mestrado e retorno já em cargos de coordenação, não consigo lembrar do que eu era

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Rua 235 S/N Setor Universitário – Goiânia/GO – CEP 74605-050 Fone: (62) 32096213 Página 2 coordenadora porque foram cargos criados na época, acho que era a coordenadoria de sucesso que eu voltei, assumi até que me afastei e fui trabalhar em regime de permuta na Secretaria Municipal de Educação de Aragarças e depois permaneci fora de Goiás.

4. No período em que a senhora trabalhava aqui como e quais eram as ações desenvolvidas para a EJA tanto em Aragarças quanto pelo estado?

R. Bom, o estado tinha a princípio dois programas, que era o Centro de Educação de Jovens e Adultos que envolvia Goiânia, Anápolis e Aragarças, e também tinha os exames supletivos, a cada seis meses as provas ocorriam em Aragarças. Com o passar do tempo os exames supletivos passaram a ser só em Iporá, deixaram de ser em Aragarças, o que eu acredito que foi um erro de logística de quem conduziu o processo porque Aragarças, pela sua situação fronteiriça, atendia não só a Goiás como a Mato Grosso também. Então deixou de ser atendida uma demanda e deixou de se atender a própria cidade de Aragarças porque tornou-se mais cômodo as pessoas fazerem o exame em Barra do Garça do que ter que se deslocarem para a cidade de Iporá. Depois teve a oferta do Telecurso 2000, um programa que tinha as aulas gravadas, o estado comprou os acervos dessas aulas da Fundação Roberto Marinho, tinha o professor e o objetivo era preparar os alunos para os exames supletivos para aquela pessoal que não tinha a disponibilidade de frequentar as aulas todo dia. Então esse programa funcionava como um preparatório e que também, eu digo que foi uma perda, porque você deixa de atender e qualificar pessoas... Ele teve a função social e acredito que cumpriu bem seu papel.

5. Qual foi a época em que o estado começou a trabalhar com supletivo aqui em Aragarças? R. Os exames supletivos, se não me engano, começaram desde 1970. Não na forma de exame, mas em outros programas como o Mobral, o Projeto Minerva, e então os exames supletivos. Depois em 1988 com a fundação do CEJA e paralelo a isso a escola Padre Anchieta que era na modalidade de EJA.

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Rua 235 S/N Setor Universitário – Goiânia/GO – CEP 74605-050 Fone: (62) 32096213 Página 3 R. O CEJA teve um momento que eu diria que foi o momento de glória entre 1991 até 93 porque tinha recursos destinados ao CEJA. Nós recebíamos caminhões com resmas de papel, móveis para escritório, o que na época era tecnologias: as máquinas eletrônicas, fotocopiadoras, logo depois o computador. Depois disso houve, no meu modo de ver, um esquecimento do estado para a EJA, no sentido de que existem essas escolas e que elas precisam ser assistidas, que elas precisam de material, de um acompanhamento. Não sei como está hoje, mas tem esse momento que eu diria que o estado se preocupou com a EJA e isso vai até mais ou menos 1996 e depois esse tipo de educação caiu um pouco no esquecimento. É como se “existe, deixa lá, eu não vou fechar, mas não é mais meu foco de preocupação”. Em relação às questões pedagógicas, diminui-se o papel da superintendência, porque tinha uma superintendência para a EJA e ela tinha uma força, para mim diminui-se a função dela e com isso passa-se a ter a EJA como um ensino regular e deixa-se de atender as características básicas dela, mas hoje não sei te dizer como o estado está agindo.

7. Qual era a logística de organização dos exames supletivos?

R. Os exames supletivos, se não me engano, você fazia o recolhimento direto para o estado. Então para o quê era utilizado essa taxa, eu não sei. Sei que durante um tempo era feito por uma professora em Aragarças, depois pelo professor José Nogueira na residência dele, as inscrições eram feitas lá depois com o CEJA elas passaram a ser feitas no próprio centro, que antes era Centro de Estudos Supletivos de Aragarças. Aqui no centro nós fazíamos as inscrições, o dinheiro era recolhido no banco, o candidato trazia você efetuava a inscrição. Na época de aplicar os exames vinha uma equipe de Goiânia com as provas, antes eles informavam o número de salas e professores que seria necessário para trabalhar no final de semana. As escolas providenciava essa logística de fiscais e do pessoal que trabalharia na limpeza, os professores trabalhavam e ao final da aplicação das provas era feito o pagamento.

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Rua 235 S/N Setor Universitário – Goiânia/GO – CEP 74605-050 Fone: (62) 32096213 Página 4 8. Em relação aos cursos oferecidos, seu José Nogueira falou dos cursos de corte e costura,

datilografia, como era organizados esses cursos? Como era feito o levantamento de qual curso seria oferecido?

R. Não digo para você que foi feito um levantamento de qual curso seria oferecido, na época era uma oferta de cursos e você escolhia de acordo com a necessidade local. No caso de Aragarças foi feita a opção pelo curso de datilografia que funcionou muitos anos e depois foi trocado pelo curso de informática, e também o curso de corte e costura que nós tínhamos duas turmas que funcionavam pela manhã e tarde e atendia pessoas de baixa renda que queriam ter uma formação, uma profissão para auxiliar em casa. E as professoras eram formadas era a professora Marta que estava terminando o curso de Letras e a professora Marilene que era pedagoga, na juventude delas precisavam ajudar a própria família e aprenderam o corte e costura. O curso de datilografia nós tínhamos nos três turnos, doze máquinas, se não me engano, e sempre cheio, a procura era grande. Depois trocou-se pelo curso de informática.

9. A senhora sabe onde poderíamos encontrar outros documentos em relação a esses cursos ou sobre o supletivo? Programa de curso? Cópia de exame? Ficha de inscrição?

R. Não.

10. Dentre as pessoas que trabalharam com a senhora, você poderia indicar outras pessoas a serem entrevistadas?

R. Tem a professora Marilene que trabalhou com o corte e costura, depois com o Telecurso 2000. Outra já faleceu, a Marta não mora mais aqui. No início tinha duas modalidades de funcionamento: as turmas regulares durante a semana e as turmas de final de semana, era o sistema direto e indireto respectivamente. No final de semana eram alunos que não tinham como frequentar durante a semana e vinham professores para ministrar aulas para eles e tinham avaliações preparadas na própria unidade para que eles realizassem aqui, além dos exames supletivos.

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Rua 235 S/N Setor Universitário – Goiânia/GO – CEP 74605-050 Fone: (62) 32096213 Página 5 11. Dentre as pessoas que prestavam esses exames supletivos, a senhora sabe me dizer mais ou

menos a faixa etária e o nível sócio-econômico delas?

R. No caso do EJA no sistema direto era um público com faixa etária acima de 26 anos, depois do trabalho feito para resgatar a credibilidade da instituição. Atendíamos pessoas também de Barra do Garça e Bom Jardim, nós tivemos um período que vinham dois ônibus coletivos que a empresa precisou adaptar o horário eles paravam na porta da escola às 18:50 e no horário que liberava os ônibus estavam na porta esperando os alunos. Depois começou a atender um público mais jovem de 18 anos, de 15 anos para o ensino fundamental. No caso dos exames supletivos eram pessoas já com seus 30, 40 anos, não tinha um público tão grande com 18 anos, e realmente não tinham condições como frequentar a escola por questões familiares ou de trabalho e optaram por fazer isso como forma de melhorar o padrão dele e até no trabalho a remuneração financeira dele. Era o que se adequava ao que ele podia na época.

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