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COMPORTAMENTO DE VOO E FLUTUAÇÃO POPULACIONAL DE COLEÓPTEROS EM UMA ÁREA DE SAVANA NO MATO GROSSO

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

FACULDADE DE ENGENHARIA FLORESTAL

Programa de Pós-Graduação em Ciências Florestais e

Ambientais

COMPORTAMENTO DE VOO E FLUTUAÇÃO

POPULACIONAL DE COLEÓPTEROS EM UMA ÁREA

DE SAVANA NO MATO GROSSO

AQUIRYA PINHEIRO

CUIABÁ-MT 2018

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AQUIRYA PINHEIRO

COMPORTAMENTO DE VOO E FLUTUAÇÃO

POPULACIONAL DE COLEÓPTEROS EM UMA ÁREA

DE SAVANA NO MATO GROSSO

Orientador: Prof. Dr. ALBERTO DORVAL

Dissertação apresentada à Faculdade de Engenharia Florestal da Universidade Federal de Mato Grosso, como parte das exigências do Curso de Pós-Graduação em Ciências Florestais e Ambientais, para obtenção do título de mestre.

CUIABÁ-MT 2018

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AGRADECIMENTOS Minha sincera gratidão,

A Deus, o todo poderoso, onisciente, onipresente e onipotente.

A Faculdade de Engenharia Florestal/PPGCFA/UFMT pela oportunidade; A CAPES pela bolsa concedida;

Ao Professor Dr. Alberto Dorval pela orientação e paciência; Ao Professor Dr. Otávio Peres Filho pela Co-orientação;

A Dra. Lilian Guimarães de Favare pelas contribuições e participação na banca de qualificação.

Ao Dr. Marcelo Dias de Souza pelas contribuições e participação na banca de defesa.

Aos queridos amigos mais chegados que irmãos pelo companheirismo, caridade e paciência, Josamar Gomes da Silva Junior, Silvio Eduardo de Oliveira Thomas, Danielly Daiane Félix da Silva, Rosângela Araújo Botelho e Luzana da Silva.

Ao Professor Dr. Roberto Antônio Ticle de Melo Sousa, pela presteza. Ao Professor Msc. Oacy Eurico de Oliveira por toda gentileza e disposição.

A Professora Msc. Hérica Clair Garcez Nabuco pela parceiria.

Ao Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso pela disponibilidade da área para execução do experimento.

Ao Professor Dr. Eli Nunes Marques pela gentileza de realizar a identificação taxonômica dos exemplares.

À todos que me ajudaram nesta caminhada de todas as formas, que vossas vidas sejam regadas pelos mananciais de águas vivas celestiais. Deus abençoe a todos!

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vi

Pedi, e vos será concedido; buscai, e encontrareis; batei, e a porta será aberta para vós. Pois todo o que pede recebe; o que busca encontra; e a quem bate, se lhe abrirá. Ou qual dentre vós é o homem que, se o filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou se lhe pedir peixe, lhe entregará uma cobra? Assim, se vós, sendo maus, sabeis dar bons presentes aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai que está nos céus dará o que é bom aos que lhe pedirem! Mateus 7:7-11.

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vii SUMÁRIO

LISTA DE TABELAS ... viii

LISTA DE FIGURAS ... ix RESUMO ... x ABSTRACT ...xi 1 INTRODUÇÃO ... 12 2 REVISÃO DE LITERATURA ... 13 2.1 COMPORTAMENTO DE VOO ... 2.1.1 Voo de dispersão ... 2.2 FLUTUAÇÃO POPULACIONAL ... 16

2.2.1 Influência dos fatores meteorológicos...16

3 MATERIAL E MÉTODOS ... 18

3.1 ÁREA DE ESTUDO 18 3.2 COLETA DO MATERIAL 19 3.3 ANÁLISES DOS DADOS 20 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ... 21

4.1 ALTURAS 25 4.2 ANÁLISE DE VARIÂNCIA (ANOVA) 28 4.3 CORRELAÇÃO COM FATORES FÍSICO DO TEMPO 31 4.4 FLUTUAÇÃO POPULACIONAL ...32

5 CONCLUSÕES ... 34

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viii LISTA DE TABELAS

Página 1. FAMÍLIA, TRIBO, GÊNERO E ESPÉCIE DE COLEÓPTEROS

AMOSTRADOS COM ARMADILHA MODELO ESCOLITÍDEO-CURITIBA EM UMA ÁREA DE VEGETAÇÃO NATIVA EM SANTO ANTÔNIO DO LEVERGER – MATO GROSSO, 2016/2017 ... 21 2. RELAÇÃO DAS ESPÉCIES E QUANTIDADE DE INDIVÍDUOS COLETADOS COM ARMADILHAS ETANÓLICAS EM VEGETAÇÃO NATIVA EM SANTO ANTÔNIO DE LAVERGER, MT, 2016/2017 ...

22 3. ANÁLISE DE VARIÂNCIA DOS FATORES ALTURA, BLOCO E ESPÉCIE ... 26 4. TESTE DE TUKEY PARA VARIÁVEIS ESPÉCIES, ALTURA E BLOCO (ÁRVORE)... 29 5. REGRESSÃO LINEAR DAS PRINCIPAIS ESPÉCIES OCORRIDAS COM AS DIFERENTES ALTURAS... 30 6. CORRELAÇÃO DA OCORRÊNCIA MENSAL DE INDIVÍDUOS COM PRECIPITAÇÃO (mm) MÉDIA MENSAL E TEMPERATURA (°C) MÉDIA MENSAL...

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ix LISTA DE FIGURAS

Página 1. ÁREA DE RESERVA LEGAL DO INSTITUTO FEDERAL DE

EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE MATO GROSSO, SÃO VICENTE DA SERRA, SANTO ANTÔNIO DO LEVERGER,

MT... 18 2. QUANTIDADE DE ESPÉCIES E NÚMERO DE INDIVÍDUOS

COLETADOS COM ARMADILHAS ETANÓLICAS INSTALADAS EM DIFERENTES ALTURAS EM VEGETAÇÃO NATIVA. SANTO ANTONIO DE LEVERGER, MT, 2016/2017...

26 3. FLUTUAÇÃO POPULACIONAL DE Preminobius cavipenis e

Xyleborus affinis - SANTO ANTÔNIO DO LEVERGER, MT,

MAIO/2016 A MAIO/2017... 32 4. FLUTUAÇÃO POPULACIONAL DE Xyleborus retusus,

Sampsonius dampfii e Platypus linearis - SANTO ANTÔNIO DO

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PINHEIRO, A. 2017. Comportamento de voo e flutuação populacional de coleópteros em uma área de savana no Mato Grosso. Dissertação (Mestrado em Ciências Florestais e Ambientais) - Universidade Federal de Mato Grosso, Cuiabá - MT. Orientador: Dr. Alberto Dorval.

RESUMO

O estudo teve como objetivo conhecer a influência da variação de alturas na atividade de voo de coleópteros em uma área de savana no município de Santo Antônio do Leverger, MT. Foram realizadas 26 coletas quinzenais de maio de 2016 a maio de 2017, com uso de 25 armadilhas modelo Escolitídeo-Curitiba dispostas verticalmente em cinco alturas sendo a 1 m, 2 m, 3 m, 4 m e 5 m, em relação à superfície do solo. Foram realizados estudos quantitativos e qualitativos. Os dados foram analisados estatisticamente por Delineamento de Blocos Casualizado (DBC) em esquema fatorial e submetidos à análise de variância (ANOVA) e as médias foram comparadas entre si pelo teste de Tukey, ao nível de 5% de probabilidade e análise de regressão linear, através do Statistical Analysis System. Para uniformização e normalização dos dados utilizou-se a formula √ . Foram realizados estudos de flutuação populacional e correlação precipitação e temperatura. Amostrou-se 42 espécies e 5.860 indivíduos, distribuídos em duas famílias, Bostrichidae e Curculionidae. Não houve preferência por altura de voo. Os fatores meteorológicos não influenciaram na ocorrência dos coleopteros.

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PINHEIRO, A. 2017. Flight behavior and population fluctuation of coleoptera in a savanna area in Mato Grosso. Dissertation (masters in Forest and Environmental Sciences) - Federal University of Mato Grosso, Cuiabá - MT. Advisor Dr. Alberto Dorval.

ABSTRACT

The objective of this study was to determine the influence of variations in flight activities of coleoptera in a savanna area in the municipality of Santo Antônio do Leverger, MT. Twenty-six collections were made since May 2017, using 25 traps Escolitídeo-Curitiba model arranged vertically at five heights, being 1 m, 2 m, 3 m, 4 m and 5 m, in relation to the soil surface. Quantitative and qualitative studies were carried out. The data were analyzed statistically by a factorial model and analyzed by analysis of variance (ANOVA) and were compared by factorial test and linear virulence test. through the Statistical Analysis System. For the standardization and normalization of the data, a formula √ (x + 0.5) was used. Studies of population fluctuation and mean and temperature were conducted. We sampled 42 species and 5,860 individuals, distributed in two families, Bostrichidae and Curculionidae. There was no preference for flight height. The meteorological factors did not influence the occurrence of Coleoptera.

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12 1 INTRODUÇÃO

O comportamento de voo de indivíduos das diferentes famílias de coleobrocas como Curculionidae (Scolytinae e Platypodinae) e Bostrichidae é pouco conhecido em ambiente florestal nativo. Fato este esta relacionado ao grande interesse econômico dos financiadores em fomentar pesquisas em plantios comerciais.

O cerrado é o segundo maior bioma brasileiro em diversidade biológica e extensão. Essa savana tropical abriga uma riqueza inestimável de espécies que necessita serem coletas, quantificadas e identificadas. Dentre elas, inúmeras com potencial de pragas em culturas florestais.

O voo das coleobrocas em floresta nativa é dinâmico, uma vez que necessitam de estímulos químicos e físicos e são dirigidos por vários fatores abióticos e bióticos. Dentro dessas condições existe um padrão de voo onde as espécies voam mais próximo e distantes do solo e ainda as que não apresentam padrão.

A altura de voo desses besouros esta relacionada ao seu hábito alimentar onde as espécies tendem a voar na altura em que se encontra o hospedeiro. Podem se alimentar de recursos disponíveis sobre o solo, como sementes, frutos, galhos, troncos, plantas em pé, em estado de senescência e de fungos simbióticos.

Visando contribuir com geração de informações que possam incrementar as práticas de manejo destes insetos, o objetivo deste trabalho foi estudar a influencia das variações de alturas na atividade de voo de coleópteros em uma área de savana no município de Santo Antônio do Leverger, MT.

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13 2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 COMPORTAMENTO DE VOO

O comportamento dos insetos possui valor de adaptação para a sobrevivência e se realiza, conforme as circunstâncias que possivelmente varia de acordo com cada espécie (VILELA, 1987).

O sucesso evolutivo dos insetos pode ser em grande parte atribuído às asas. A capacidade de voo permitiu a movimentação com facilidade dos insetos de um ambiente para outro, possibilitando grandiosa diversidade de forma e modo de vida, provavelmente colaborando para que constituam uma classe que representa cerca de 70% de todos os animais conhecidos (GULLAN e CRANSTON, 2017).

Uma caraterística peculiar dos coleópteros é a estrutura das asas, em sua maioria possuem dois pares, sendo o élitro as anteriores com funcionalidade protetora, que se mantêm imóveis durante o voo e membranosas as posteriores, quando em pouso se mantém dobradas (TRIPLEHORN e JOHNSON, 2016). Contudo, a forma na qual os insetos levantam voo e ganham impulso varia de acordo com seu tamanho (MOORE, 2003).

A determinação da abundância de escolitíneos, sob diferentes alturas em relação à superfície do solo possui um grande interesse ecológico e estão correlacionadas com o hábito alimentar destes besouros, pois muitas espécies propendem a voar na altura em que esta localizado o seu hospedeiro (FLECHTMANN, 1995).

O voo dos escolitíneos pode ocorrer a partir da planta de origem para outra com pretensão de se alimentar, completar o ciclo de maturação e construção de nova geração. A hibernação pode ocorrer em serapilheira ou em plantas, e também a um hospedeiro final para raramente permanecer o desenvolvimento (BROWNE, 1961).

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14 2.1.1 Voo de dispersão

O alimento é um componente ambiental importante que influência diretamente na distribuição e abundância dos insetos, interferindo nos processos biológicos como comportamento, velocidade de desenvolvimento, longevidade e fecundidade (SILVEIRA-NETO, 1976).

Ao longo do ciclo de vida, o inseto vive duas fases, acrescido separadamente de um conjunto de comportamentos e prioridades. A fase vegetativa corresponde à fase em que o inseto ainda imaturo está inicialmente envolvido com a alimentação ao passo que na fase reprodutiva, o adulto está inicialmente voltado à dispersão e reprodução (TRIPLEHORN e JOHNSON, 2016).

Os insetos fazem uso dos odores liberados pelas plantas para localizarem seus hospedeiros com finalidade de selecionar lugares para oviposição (VILELA e DELLA LUCIA, 2001).

A comunicação atua na transmissão de sinal ou sinais entre dois ou mais organismos, com finalidade de favorecer a seleção da produção e recepção dos sinais. Quase todas as espécies animal possuem um sistema de comunicação desenvolvido de acordo com a necessidade de cada um, propenso a organizar as interações entre os indivíduos. Essa comunicação não precisa ser necessariamente visual e auditiva, pode ser química (DETHIER, 1973; LEWIS e GOWER, 1980; VILELA, 1987).

O comportamento de voo dos escolitíneos está relacionado ao translocamento de suas espécies do hospedeiro onde se originaram para a procura de novas plantas. Os primeiros a chegarem ao hospedeiro são atraídos por oleoresinas voláteis, álcoois, terpenos e outras substâncias liberadas pelo vegetal. O voo se torna direcionado quando os besouros detectam no ar estes odores e aleatório quando não detectam (WOOD, 1982a).

A atração primária dos hospedeiros possui vários componentes, no qual o etanol esta presente, este é formado naturalmente pela fermentação anaeróbica no floema úmido e no alburno de troncos ou arvores doentes (DUNN et al, 1986).

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Embora os insetos possuam necessidades nutricionais semelhantes, e capacidade de reposta a diferentes concentrações de nutrientes que podem os auxiliar na localização da parte da planta mais adequada para sua alimentação, é difícil compreender como somente esse fator pode explicar a seleção específica e até mesmo a rejeição da planta (EDWARDS, 1981).

A alimentação dos bostriquídeos é bem variada, suas larvas se alimentam de madeira viva e morta, frutos, raízes, tubérculos dessecados e produtos manufaturados, ao passo que curculionídeos como os da subfamília Scolytinae se alimentam de fungos, floema, xilema, medula de pequenos ramos, plantas não lenhosas, sementes, endocarpo de frutos, enquanto os platipodíneos quando adultos se alimentam plantas enfraquecidas e fungos ambrosia (MARINONI et al., 2001).

Os feromônios são sinais químicos que desempenham importante papel entre seres coespecífico. Atuam no comportamento sexual, agregação, dispersão, alarme, territorialidade, trilha, localização de hospedeiros, defesa, ataque, corte e acasalamento, oviposição e em vários outros tipos de comportamentos (VILELA, 1987). Entretanto, existem escolitíneos que não reagem inicialmente aos estímulos olfativos, Os escolitíneos utilizam feromônios de agregação para atrair elevados números de indivíduos de sua espécie, com o propósito de vencer a resistência do hospedeiro localizado (PAIVA, 1985).

O voo das abelhas sem ferrão, por exemplo, é orientado espacialmente para a descarga de detritos e coleta de recursos alimentares, direcionado a construção de seus ninhos (KERR et al, 1996; PIERROT e SCHLINDWEIN, 2003), no entanto a capacidade de voo das espécies de abelhas esta relacionada com o seu tamanho, pois espécies maiores possuem potencial de acesso a fontes de recursos mais distantes de seus ninhos (GATHMANN e TSCHARNTKE, 2002) como Bombus morio, seu porte grande além de lhe favorecer alta capacidade de voo, lhe confere o transporte de grandes cargas polínicas (KRAUS et al., 2009), cujo voo de forrageio de 1.500 m foi observado por Walther-Hellwing e Frankl (2000) e Osborne et al. (2008), distância esta com perda de energia recompensada pelo ótimo forrageio.

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Os escarabeíneos neotropicais precisam dispor de um voo bem preciso para utilizarem em duas situações, uma correspondendo a segregação horizontal, que requer na maioria das vezes a ampliação dos limites de tolerância em relação aos fatores microclimáticos. A segunda corresponde a segregação vertical e esta relacionada a capacidade tridimensional de exploração do habitat das espécies, que utilizam o dossel, ao passo que outra parte fazem uso da capacidade bidimensional para localização do recurso (HOWDEN e YOUNG, 1981).

2.2 FLUTUAÇÃO POPULACIONAL

O número de indivíduos das populações depende diretamente dos fatores ambientais, aumentando quando esses fatores são favoráveis e as diminuindo quando não são favoráveis (SILVEIRA-NETO, 1976).

As populações de insetos flutuam normalmente em função do tempo, respondendo a fatores ecológicos. Face ao exposto é importante considerar as variações numéricas fornecidas pelas flutuações populacionais, pois estes dados podem determinar os picos dessas populações bem como suas épocas de surgimento e período sazonal (SILVEIRA-NETO, 1976).

2.2.1 Influência dos fatores meteorológicos

Os principais fatores ambientais que influenciam na abundância e distribuição dos insetos são temperatura, umidade, alimento, vento, tempo, radiação, luz, bem como suas interações (GALLO et al., 2002).

A luz, segundo Browne (1961) influencia positivamente na inicialização do voo de escolitíneos e segundo Hosking (1977) negativamente no início da construção de galerias.

A intensidade luminosa esta estreitamente relacionada à temperatura diminuindo, no entanto o limiar mínimo essencial para início de voo do inseto (DATERMAN et al., 1965).

A temperatura corporal do inseto é mantida em similaridade com a do meio ambiente e esta por sua vez afeta diretamente o

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desenvolvimento e o comportamento do inseto e indiretamente sua alimentação (GALLO et al., 2002).

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18 3 MATERIAL E MÉTODOS

3.1 ÁREA DE ESTUDO

O experimento foi conduzido na Reserva Legal (RL) do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso, campus São Vicente. A área possui 192 ha com localização geográfica de 15° 49’ 35.9’’ S e W 55° 24’ 49.9’’ W, altitude média de 750 m acima do nível do mar, (Figura 1), cujo clima é do tipo C2 wA ´a` subúmido

(THORNTHWAITE, 1948).

FIGURA 1 – ÁREA DE RESERVA LEGAL DO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE MATO GROSSO, SÃO VICENTE DA SERRA, SANTO ANTÔNIO DO LEVERGER, MT. FONTE: GOOGLE EARTH, 2017.

O clima apresenta duas estações diferentes e bem definidas, sendo uma chuvosa (outubro a março) e seca (abril a setembro) (ALVARENGA et al., 1984; AMOROZO, 2002). As precipitações médias

anuais variam em torno dos 1.500 a

1.700 mm e a temperatura máxima média anual entre 30 °C e 31 °C, com mínima média anual variando entre 17°C e 18°C. A umidade relativa anual média na região está entre 75% e 80%, sendo o janeiro, o mês mais úmido. A vegetação de cerrado é predominante na região, variando

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de campo limpo até cerradão. Em algumas áreas existem floresta decídua na encosta dos morros e floresta de galeria ao longo dos rios, além de, em alguns trechos, vegetação típica de áreas alagadas. A Reserva Legal apresenta aspectos peculiares e intrínsecos com fase de transição cerrado sensu stricto e cerrado sensu lato entre os biomas Cerrado e Pantanal, localizada na divisa das Bacias Hidrográficas Prata e Araguaia (OLIVEIRA, 2011).

Esta região possui diversas riquezas naturais onde vem sofrendo as consequências de um crescimento acelerado em razão das expansões agrícola e pecuária. É notável uma ocupação desordenada das terras na região, acarretando situações de conflitos e degradação na utilização dos recursos naturais (OLIVEIRA, 2011).

3.2 COLETA DO MATERIAL

N o total, foram realizadas 26 coletas quinzenalmente com início em maio de 2016 e término em maio de 2017. As armadilhas utilizadas para coleta dos insetos foram de interceptação de voo, modelo escolitídeo-Curitiba (Marques, 1984), acrescidos de etanol 70% nos recipientes coletores. No total foram instaladas 25 armadilhas dispostas no plano vertical com distâncias de 1, 2, 3, 4, e 5 metros em relação à superfície do solo.

Foram selecionadas cinco árvores para a instalação das armadilhas de forma aleatória, de acordo com a disponibilidade no ambiente e com altura mínima de cinco metros. A distância entre as árvores foi de aproximadamente 50 m. Cada árvore corresponde a um bloco com diferentes altitudes, sendo o bloco 1 (760m), bloco 2 (768m), bloco 3 (759m), bloco 4 (765 m) e bloco 5 (758m).

Para evitar efeito de bordadura foi respeitado 30 metros de distância dentro da área. A cada quinzena, o material coletado foi transferido para recipientes devidamente identificados com número do ponto de coleta, número da armadilha (altura) e data de coleta. Após, o atrativo foi substituído e os insetos coletados foram transportados ao

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Laboratório de Proteção Florestal da Universidade Federal de Mato Grosso (LAPROFLOR). O material foi triado, secado em estufa a 45ºC por 72 horas e identificado com auxilio de chaves taxonômicas e por meio de comparação com amostras da coleção do LAPROFLOR, pelo Dr. Alberto Dorval (Professor na Universidade Federal de Mato Grosso) e alguns exemplares foram encaminhados ao Dr. Eli Marques Nunes (Professor aposentado da Universidade Federal do Paraná - UFPR) para identificação taxonômica das espécies.

3.3 Análises dos dados

Foram realizados estudos quantitativos e qualitativos, visando conhecer as alturas preferidas pelas espécies de besouros em ambiente florestal nativo. Os dados foram analisados estatisticamente por Delineamento de Blocos Casualizado (DBC) em esquema fatorial (espécies x alturas) com cinco tratamentos (alturas (m)) e cinco repetições (blocos). Os dados foram submetidos à análise de variância (ANOVA) e as médias foram comparadas entre si pelo teste de Tukey, ao nível de 5% de probabilidade. A análise de regressão linear foi utilizada para verificar o comportamento das espécies em função das alturas.

As análises foram executadas através do Statistical Analysis System (SAS, 2002). Para uniformização e normalização dos dados utilizou-se a formula √ por referir-se aos dados de contagem (BANZATTO e KRONKA, 2006).

Para o estudo de flutuação populacional dos coleópteros, foram selecionadas apenas as espécies de frequência superior a 3% e para o estudo de correlação com os fatores meteorológicos temperatura (ºC) e precipitação (mm), os dados foram obtidos através do site do Instituto Nacional de Meteorologia, INMET e submetidos ao teste T e Pearson.

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21 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

No total das 25 armadilhas instaladas, foram amostradas 42 espécies e 5.860 indivíduos coletados, distribuídos em duas famílias sendo Bostrichidae e Curculionidae. Nos bostriquídeos, as espécies estão distribuídas em duas tribos, sendo Bostrichini, a mais abundante. Em Curculionidae, ocorreram oito tribos, sendo Xyleborini, Cortylini, Cryphalini e Platypodini, as mais representativas em número de gêneros e espécies (Tabela 1).

TABELA 1- FAMÍLIA, TRIBO, GÊNERO E ESPÉCIE DE COLEÓPTEROS AMOSTRADOS COM ARMADILHA MODELO ESCOLITÍDEO-CURITIBA EM UMA ÁREA DE VEGETAÇÃO NATIVA EM SANTO ANTÔNIO DO LEVERGER - MATO GROSSO, 2016/2017.

Família/ Tribo Gênero % Espécie %

BOSTRICHIDAE Bostrichini 2 10 2 4,76 Xylopertini 1 5 1 2,38 CURCULIONIDAE Bosthosternini 1 5 2 4,76 Cortylini 4 20 6 14,29 Cryphalini 2 10 4 9,52 Dryocoetini 1 5 1 2,38 Micracini 1 5 1 2,38 Platypodini 2 10 3 7,14 Tesserocini 1 5 1 2,38 Xyleborini 5 25 21 50,00 Total 20 100 42 100,00

As espécies da tribo Xyleborini, ocorrem nos trópicos, são de hábito alimentar xilomicetófagos, reproduzindo-se por partenogênese arrenótoca facultativa, sendo os ovos colocados individualmente na galeria parental (WOOD, 1982a).

Flechtmann e Ottati (1996) amostraram indivíduos das tribos Cryphalini em mata nativa de cerrado no município de Selvíria, MS, sendo Cryphalini com maior numero de representantes e Xyleborini o mais diversificado em espécies.

Scolytinae ocorreu com 14 gêneros, 35 espécies e 5.608 indivíduos. Resultado este consideravelmente significativo comparado com outros autores (GUSMÃO, 2011; SOUZA, 2016; MONTEIRO, 2017).

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Dentre os fatores que influenciam o número de espécies presentes em um local, destaca-se o padrão de distribuição espacial destes organismos, bem como os padrões de utilização de recursos que por fim resultam na capacidade de locomoção e dispersão desses indivíduos.

Premnobius cavipennis ocorreu com uma frequência 64,18%, 3.761 indivíduos. Resultado este significativo comparado com levantamentos realizados por outros autores em florestas nativas (FLECHTMANN e OTTATI, 1996; MONTEIRO, 2017).

Xyleborus com 16 espécies e 1.536 indivíduos foi o gênero com a maior riqueza e abundância em número de indivíduos coletados (Tabela 2), este gênero é dominante em ambientes naturais e em povoamentos homogêneos (MARQUES 1989, FLECHTMANN, 1995).

TABELA 2- RELAÇÃO DAS ESPÉCIES E QUANTIDADE DE INDIVÍDUOS COLETADOS COM ARMADILHAS ETANÓLICAS EM VEGETAÇÃO NATIVA EM SANTO ANTÔNIO DE LAVERGER, MT, 2016/2017.

Família/ Espécie N. Indivíduos %

Bostrichidae

Bostrichopsis uncinata (Germar, 1824) 29 0,49 Micrapate brasiliensis Lesne, 1898 22 0,38 Xyloperthela picea (Olivier, 1790) 1 0,02

N.I 7 0,12

Curculionidae (Scolytinae)

Cnesinus dryografus Schedl, 1951 1 0,02

Cnesinus sp. 5 0,09

Coccotrypes palmarum Eggers 1933 1 0,02 Corthylus abruptedeclivis Schedl, 1966 3 0,05 Corthylus antenarius Schedl, 1966 9 0,15

Corthylus sp. 3 0,05

Criptocarenus diadematus Eggers, 1937 8 0,14 Criptocarenus hevea (Hagedorni, 1912) 6 0,10 Hylocurus dimorphus (Schedl 1939) 2 0,03 Hypothenemus bolivianus Eggers, 1931 2 0,03 Hypothenemus eruditus Westwood, 1836 19 0,32 Microcorthylus sp. 5 0,09

Monarthrum sp. 13 0,22

Premnobius cavipennis Eichhoff, 1878 3.761 64,18 Sampsonius dampfi Schedl, 1940 228 3,89 Sampsonius detractus Wood, 1974 3 0,05

Tricolus sp. 1 0,02

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23 TABELA 2- Continuação

Família/ Espécie N. Indivíduos %

Xyleborus bolivianus Eggers, 1943 3 0,05 Xyleborus biseriatus Schedl, 1963 6 0,10 Xyleborus brasiliensis Eggers, 1928 6 0,10 Xyleborus ferrugineus Fabricius, 1801. 9 0,15 Xyleborus gracilis Eichhoff, 1868 4 0,07 Xyleborus gracilipennis Schedl, 1957 4 0,07 Xyleborus granulicauda Eggers, 1931 4 0,07 Xyleborus hagedorni Iglesias, 1914 2 0,03 Xyleborus linearicolis Schedl, 1937 5 0,09 Xyleborus neivai Eggers, 1928 2 0,03 Xyleborus retusus Eichhoff, 1868 278 4,74 Xyleborus solitarius Hagedorn, 1905 18 0,31 Xyleborus spinulosus Blandford, 1898 2 0,03 Xyleborus perebeae Blandford, 1898 1 0,02

Xyleborus sp. 8 0,14

Xyleborinus reconditus Wood & Bright, 1992

1

0,02 Xylosandrus germanus Blandford, 1894 1 0,02 Curculionidae (Platypodinae)

Megaplatypus mutatus Bright & Skidmore, 2002

2

0,03 Platypus linearis Chapuis, 1865 180 3,07

Platypus sp. 9 0,15

Tesserocerus sp. 2 0,03

Total 5.860 100

Vários trabalhos sobre dominância de Xyleborus nesses ambientes corroboram com este resultado (ABREU et al., 1997; FLECHTMANN et al., 1999; MÜLLER e ANDREIV, 2004; DORVAL e PERES-FILHO, 2001). Xyleborus affinis foi a segunda espécie de maior frequência, correspondendo a 20.20% e com 1.184 indivíduos, abundância esta superior aos dados obtidos por Machado (2013), em área de floresta estacional decidual. Xyleborus retusus foi a terceira espécie de maior frequência, com 4,74% e 278 indivíduos, resultado semelhando foi obtido por Machado (2013).

O gênero Sampsonius pertence a um grupo bem diversificado e seus indivíduos se alimentam de fungos simbióticos (WOOD, 1982b). Sampsonius dampfi com 228 (3,89%) cuja abundância é superior em comparação a resultados obtidos por Flechtmann e Ottati (1996).

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Platypus conhecido popularmente como besouro de ambrosia podem alimentar-se de fungo simbiótico (BEAVER, 1979) e broquear ramos e tronco de árvores viva e morta (ATKINSON e MARTINEZ, 1986). Platypus linearis, ocorreu com 3,07 % de frequência e 180 indivíduos. Este resultado assemelha com os obtidos por Dorval e Peres-Filho (2001), Dorval (2002), Silva et al., (2009).

O gênero Hypothenemus, possui espécies consideradas oportunistas e habitualmente são encontradas com maior abundância em áreas perturbadas (PENTEADO at al., 2011), distribuem-se mundialmente (WOOD e BRIGTH, 1992) e desenvolvem-se nos galhos de pequenos diâmetros das plantas daninhas e trepadeiras. Todas as espécies são monógamas e alimentam-se de tecido do floema ou da medula da planta. (WOOD, 1982a).

Cryptocarenus é um gênero originalmente americano, com ocorrência da maioria das espécies na América do Sul, cujas fêmeas se alimentam do tecido do floema ou da medula dos ramos de pequenos diâmetros, recém-quebrados ou danificados (WOOD, 1982b). As espécies Criptocarenus diadematus e Criptocarenus hevea ocorreram com baixa frequência, porém na Amazônia meridional são abundantes (MONTEIRO, 2017).

Xylosandrus é um gênero comum nos trópicos e subtrópicos, com distribuição mundial (WOOD e BRIGTH, 1992). Xylosandrus germanus ocorreu com apenas um indivíduo, corroborando com resultados obtidos por Monteiro (2017) descrevendo a ausência de Xylosandrus germanus em Floresta Ombrófila Aberta em sua pesquisa, ao passo que em plantio de Urograndis a ocorrência foi de 38 indivíduos e em área de consórcio de Castanheira (Bertholletia excelsa) e Seringueira (Hevea brasiliensis) a frequência foi a mesma. Já a espécie X. curtulus em mata nativa, ocorreu com 125 indivíduos. Dorval et al., (2002) relatou a baixa frequência de Xylosandrus compactu, em plantio de eucalipto citriodora, no município de Cuiabá, MT. Neste contexto, espécies de Xylosandrus apresentam comportamento diferenciado em florestas nativas e plantadas.

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25 4.1 ALTURAS

Nas armadilhas instaladas a 2 m, 3 m e 5m de altura foram coletados 4.019 indivíduos correspondendo a 68,58% do total amostrado e nas alturas de 1 m e 4 m, coletou-se 1.841 indivíduos com 31,41%. A maior quantidade de espécies ocorreu nas armadilhas instaladas a 1m, 3m e 5 m metros de altura, ao passo que a maior quantidade de indivíduos ocorreu nas alturas de 2 m e 3 m (Figura 2).

FIGURA 2 - QUANTIDADE DE ESPÉCIES E NÚMERO DE INDIVÍDUOS COLETADOS COM ARMADILHAS ETANÓLICAS INSTALADAS EM DIFERENTES ALTURAS EM VEGETAÇÃO NATIVA. SANTO ANTONIO DE LEVERGER, MT, 2016/2017.

Abreu et al. (2001) relataram a abundância de escolitíneos concentrada nas alturas de 1m e 3 m, em área de floresta primária no estado do Amazonas e a menor abundância nas alturas de 5 m; 7,5 m e 10 m. Em área de floresta estacional decidual, Machado (2013) constatou a maior diversidade de espécies nas alturas de 0,5 m, 1 m, 1,5 m e 4 m e a menor nas alturas de 3 m e 6 m. Diante desses resultados é possível constatar que nas florestas nativas estudadas estes insetos não apresentam um padrão de comportamento.

Peres-Filho et al. (2012) estudando altura de voo preferencial de Bostrichidae em Floresta Tropical Semidecídua no MT, descreveram a concentração dessa família nas alturas de 30 m e 35 m,

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ao passo que Flechtmann et al. (1997) ao estudar esta mesma família em plantio de Pinus caribaea hondurensis em Agudos - SP, constataram a maior concentração desses indivíduos nas armadilhas de 2 metros de altura em relação a superfície do solo.

Silveira et al. (2015) estudando a capacidade de voo de operárias de Tetragonisca fiebrigi em diferentes distâncias entre fontes alimentares, observaram que a medida em que a distância entre as fontes de alimento aumentavam, a frequência desses insetos diminuía e concluíram que tal fato possivelmente ocorreu, devido a disponibilidade de recursos próximos, o que facilita o menor gasto energético dos insetos em sua atividade de forrageamento.

Em relação as alturas de ocorrência dos insetos mais incidentes, P. cavipennis apresentou maior abundancia de insividuos nas armadilhas instaladas a 2 m e 4 m de altura, S. dampfi nas armadilhas a 3 m e 4 m, X. affinis nas armadilhas a 1 m e 3 m, X. retusus nas armadilhas a 3 e 2 m e P. linearis, com exceção da armadilha a 2 m, nas demais alturas as quantidades de indivíduos coletados foram muito próximas (Tabela 3).

TABELA 3- RELAÇÃO DAS ESPÉCIES E QUANTIDADE DE INDIVÍDUOS COLETADOS COM ARMADILHAS ETANÓLICAS EM DIFERENTES ALTURAS EM VEGETAÇÃO NATIVA EM SANTO ANTÔNIO DO LEVERGER, MT, 2016/2017. Família/espécie Altura(m) 1 2 3 4 5 Total Bostrichidae Bostrichopsis uncinata 6 3 3 10 7 29 Micrapate brasiliensis 8 1 8 1 4 22 Xyloperthela picea - - - - 1 1 N.I 3 1 - 2 1 7 Curculionidae (Scolytinae) Cnesinus dryografus - - 1 - - 1 Cnesinus sp. 1 - 3 - 1 5 Coccotrypes palmarum 1 - - - - 1 Corthylus abruptedeclivis - - 3 - - 3 Corthylus antenarius 4 - 2 1 2 9

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27 TABELA 3- Continuação Família/espécie Altura(m) 1 2 3 4 5 Total Corthylus sp. 3 - - - - 3 Criptocarenus diadematus 1 - 4 1 2 8 Criptocarenus hevea - - - - 6 6 Hylocurus dimorphus - - 2 - - 2 Hypothenemus bolivianus 1 1 - - - 2 Hypothenemus eruditus 2 - 5 2 10 19 Microcorthylus sp. - - 1 1 3 5 Monarthrum sp. 6 - 2 5 - 13 Premnobius cavipennis 527 1.009 803 575 847 3.761 Sampsonius dampfi 32 34 68 50 44 228 Sampsonius dentactus - 3 - - - 3 Tricolus sp. - 1 - - - 1 Xyleborus affinis 279 253 273 135 244 1.184 Xyleborus bolivianus 1 - 1 1 - 3 Xyleborus biseriatus - 2 - - 4 6 Xyleborus ferrugineus 1 6 1 1 - 9 Xyleborus gracilis - 4 - - - 4 Xyleborus gracilipenis - - 4 - - 4 Xyleborus granulicauda 4 - - - - 4 Xyleborus hagedorni 2 - - - - 2 Xyleborus linearicolis - - 5 - - 5 Xyleborus neivai - - - 1 1 2 Xyleborus retusus 48 67 81 30 52 278 Curculionidae/ Scolytinae Xyleborus solitarius 7 3 8 - - 18 Xyleborus spinulosus 1 1 - - - 2 Xyleborus perebeae - - - 1 - 1 Xyleborus sp. - - 4 - 4 8 Xyleborinus reconditus 1 - - - - 1 Xylosandrus germanus - - - 1 - 1 Curculionidae/ Platypodinae Megaplatypus mutatus - - 2 - - 2 Platypus linearis 40 19 43 40 44 180 Platypus sp. 2 - 4 - 3 9 Tesserocerus sp. - - - - 2 2 Total 982 1.410 1.332 859 11.277 5.860

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28

Partindo do ponto no qual o padrão de voo dos insetos está relacionado especialmente ao acasalamento e a obtenção de alimento (BERTIM, 2013), acredita-se que as espécies estudadas não apresentaram preferência por alturas de voo devido ao fato de a área apresentar diversos tipos de fontes alimentares, como por exemplo, espécies vegetal, pertencentes às famílias de Leguminosae, Annonaceae, Euphorbiaceae, Moraceae, Rubiaceae, Cecropiacea, Combretaceae, Lauraceae, Myrtaceae, Sapotaceae, e demais famílias (AMOROZO, 2002; OLIVEIRA, 2011). Além das observações durante o período amostral de muitos frutos pertencentes às respectivas famílias citadas acima, nas árvores e caídos sobre o solo, bem como galhos, troncos e serapilheira.

Em estudos realizados por Silva (2014) e Silva-Junior (2016) foram observadas várias espécies de coleópteros do gênero Hypothenemus, se alimentando de frutos de espécies vegetal do cerrado, como, o babaçu, Orbignya phalerata, caídos sobre o solo, jatobá-do-cerrado Hymenaea stigonocarpa, cumbaru, Dipteryx alata, e olho de boi, Dyospirus obovata. Fato este pode explicar o comportamento destas espécies coletadas nas alturas mais próximas ao nível do solo.

4.2 ANÁLISE DE VARIÂNCIA (ANOVA)

Na análise de variância, não houve significância entre espécies e alturas.

Moore et al. (1991) relataram que dentre os fatores que influenciam na composição da fauna estabelecida em uma árvore, estão as relações entre as espécies e a área, reservas de espécies nativas e a estrutura morfológica da planta.

A significância de espécies ocorrida nos diferentes blocos pode ser explicada por Edwards (1981) ao justificar as relações microclimáticas produzidas pelas plantas, pois elas modificam o seu meio de imediato, provocando microclimas que podem ser diferentes do clima geral da região e que fatores como a intensidade de luz, velocidade do vento, regimes de temperatura, umidade e distribuição pluviométrica, podem

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29

sofrer alterações dentro de diferentes níveis de vegetação e promover nichos distintos para várias espécies.

Neste contexto, para explicar as diferentes médias da preferência dos insetos pelos blocos, sugere-se um estudo mais aprofundado sobre a declividade da área pesquisada, uma vez que a mesma apresenta diferenças entre as altitudes de cada bloco. Acredita-se que essas diferenças de altitude podem ter afetado a abundância de insetos entre os blocos estudados.

No teste de Tukey ao nível de 5% de significância, comprovou-se a preferência dos indivíduos pelas alturas 3 m, 2 m e 5 m. A altura de 3 m diferiu-se das demais, porém com médias próximas das alturas 2 m e 5 m. Houve diferenças entre as médias dos blocos (árvores), o bloco 1 se destacou sendo diferente de todos os outros blocos. O bloco 2 obteve a segunda maior média se diferindo de todos os outros blocos também e os blocos 3 m, 4 m e 5 m obtiveram médias próximas, os agrupando assim em um único grupo.

P. cavipennis e X. affinis apresentaram as maiores médias de indivíduos coletados com diferenças estatística significativa entre si e em relação as demais espécies analisadas. Entre as espécies X. affinis, X. retusus, S. dampfi e P. linearis não foi constatada diferença estatística significativa entre suas médias populacionais (Tabela 4).

TABELA 4 - TESTE DE TUKEY COM VARIÁVEIS ESPÉCIE E ALTURA.

Altura

(m) Média Espécie Média 3 5,78 A Premnobius cavipennis 11,58 A 2 5,67 AB Xyleborus affinis 5,92 B 5 5,28 AB Xyleborus retusus 3,05 C 1 4,76 B Sampsonius dampfi 3,01 C 4 4,70 B Platypus linearis 2,64 C

Colunas com médias seguidas da mesma letra, não diferem estatisticamente entre si, ao nível de 5%. CV % 38,70. R² 0,96.

Na análise de regressão linear entre as espécies de maior ocorrência analisada não foi constatada preferência por nenhuma das alturas estudadas (Tabela 5).

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TABELA 5 – REGRESSÃO LINEAR DAS PRINCIPAIS ESPÉCIES OCORRIDAS COM AS DIFERENTES ALTURAS.

Espécie R² p-valor CV % β0 β1 β2 β3 Premnobius cavipennis 0.0723 0,9397 35.51 0,22 3,87 -1,35 0,13 Xyleborus affinis 0.0797 0,6179 63.96 0,88 1,34 -0,39 0,02 Xyleborus retusus 0.1467 0.3327 23.59 1,67 -0,00 0,14 -0,02 Sampsonius dampfi 0.1084 0.5249 29.17 3,84 -2,61 0,96 -0,10 Platypus linearis 0.1096 0.4761 15.28 2,24 3,33 -1,20 0,12 As espécies B. uncinata, M. brasiliensis (Bostrichidae), P. cavipennis, S. dampfi, X. brasiliensis, X. retusus (Scolytinae) e P. linearis (Platypodinae) ocorreram em todas as alturas testadas. Quatro espécies ocorreram em quatro alturas diferentes, enquanto 19 espécies foram ocorreram apenas em uma altura. P. cavipennis e X. affinis ocorreram com as maiores quantidades de indivíduos coletados, independente da altura da armadilha. Outras espécies como S. dampfi, X. retusus e P. linearis também se destacaram, porém com números de indivíduos menos expressivos.

B. uncinata é uma das espécies mais comuns da Família Bostrichidae, possui aproximadamente 14 mm e coloração negra, o broqueamento desta espécie foi observado em Eucalyptus sp. no Estado do Ceará, e plantio de seringueira em Itiquira, MT, sua distribuição abrange a América do Sul (TEIXEIRA, 1992; ACIOLI e XIMENES, 1975; DALL’OGLIO e PERES-FILHO, 1997). Menezes de Barbosa (2005) descreveram esta espécie como praga de mangueira atacando o tronco e os ramos.

M. brasiliensis, X. picea e B. uncinata foram coletados por Flechtmann et al. (1996) em povoamentos de pinheiros tropicais em Agudos, SP, sob diferentes alturas de voo, variando entre 40 cm e 100 cm.

Abreu et al. (2001) descreveram a altura preferencial de X. affinis e Monarthrum sp. sendo inferior a 3 m em área de vegetação nativa na Amazônia central, corroborando com Zelaya, (1985), Flechtmann, (1988).

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31 4.3 CORRELAÇÃO DE PEARSON

Foi calculada a correlação de Pearson (r) com a precipitação pluvial (mm) e temperatura °C ano nível de 5% de significância pelo teste de t, com dados mensais das coletas de espécies com maior frequência.

A análise de correlação com a temperatura média, precipitação e as médias populacionais das espécies analisadas, não apresentaram correlações significativas com nenhum dos fatores (Tabela 6).

TABELA 6 - CORRELAÇÃO DA OCORRÊNCIA MENSAL DE INDIVÍDUOS COM PRECIPITAÇÃO (mm) MÉDIA MENSAL E TEMPERATURA (° C) MÉDIA MENSAL.

Espécies Precipitação (mm) Temperatura (°C) r t r t Premnobius cavipennis - 0,20 0,80ns 0,05 0,16ns Xyleborus affinis 0,31 1,03ns 0,42 1,49ns Xyleborus retusus - 0,09 0,30ns 0,08 0,26ns Sampsonius dampfi - 0,32 1,07ns - 0,40 1,46ns Platypus linearis - 0,04 0,11ns - 0,30 1,02ns ns

Não significativo ao nível de 5%.

De acordo com Saunders e Knoke (1967), as mudanças nos fatores climáticos influenciam direta e indiretamente na flutuação populacional dos insetos.

Algumas pesquisas corroboram com esses resultados, Murari (2005), por exemplo, constatou que os escolitíneos obtiveram uma correlação mínima e não significativa estatisticamente tanto para precipitação quanto para temperatura. Evidenciaram que os insetos obtiveram ritmos de voos maiores nos meses de outono e primavera, cujo clima é mais ameno.

Similarmente, Rocha (2010) relatou que a população de X. affinis não obteve correlação positiva com fatores meteorológicos estudados.

Dall’Oglio e Peres-Filho (1997) testemunham que algumas espécies de coleobrocas em talhões de seringueira obtiveram correlação negativa com temperatura e precipitação.

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32 4.4 FLUTUAÇÃO POPULACIONAL

P. cavipennis ocorreu em todos os períodos de coletas, apresentou pico populacional nos meses de agosto a setembro de 2016. Em plantio de Hevea brasiliensis, Dall’ Oglio e Peres-Filho (1997) descrevem o pico populacional desta espécie nos meses de setembro de outubro e de janeiro a abril.

X. affinis ocorreu em todos os períodos de coletas, com pico populacional em janeiro de 2017, (Figura 3) ao passo que em área de Savana Arbórea fechada, Cuiabá-MT, o acme desta espécie ocorreu no mês de setembro (DORVAL, 2017).

FIGURA 3 – FLUTUAÇÕES POPULACIONAIS. A) Premnobius cavipenis B) Xyleborus affinis. SANTO ANTÔNIO DO LEVERGER, MT, MAIO/2016 A MAIO/2017.

X. retusus ocorreu em quase todos os períodos de coletas, com pico populacional no mês de agosto de 2016. S. dampffi ocorreu em quase todos os períodos de coletas, com pico em maio de 2016 (Figura 4), ao passo que em plantio de seringueira H. brasiliensis, o pico ocorreu a partir do mês de março (DALL’ OGLIO e PERES-FILHO, 1997).

A

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33 0 20 40 60 80 N . i n d iv íd u o s Xyleborus retusus 0 8 16 24 32 N. i n d iv íd u os Platypus linearis 0 11 22 33 N . i n d iv íd u o s Sampsonius dampfii

FIGURA 4 – FLUTUAÇÕES POPULACIONAIS. A) Platypus linearis B)

Xyleborus retusus C) Sampsonius dampfii. SANTO ANTÔNIO DO LEVERGER, MT, MAIO/2016 A MAIO/2017.

P. linnearis ocorreu em quase todos os períodos de coletas, com pico populacional no mês de maio. Em plantio de seringueira Hevea brasiliensis, o pico desta espécie ocorreu nos meses de julho e agosto (DALL’ OGLIO e PERES-FILHO, 1997).

Silva (2014) constatou a ocorrência de escolitíneos em frutos de jatobá Hymenaea stigonocarpa no cerrado de MT e descreveu a frequência desse grupo durante todo período estudado, sendo de abril a novembro de 2013 ao passo que Silva-Junior (2016) evidenciou a ocorrência de Hypothenemus seriatus nos frutos maduros de babaçu caídos sobre o solo.

Neste contexto, as espécies flutuam a medida que aumenta e/ou diminuem a oferta de recursos alimentares e condições ambientais contra e ao seu favor. D A B A B C

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34 5 CONCLUSÕES

- As espécies estudadas não tiveram preferência por nenhuma das alturas testadas, provavelmente por estarem adaptadas ao ambiente devido a oferta de recursos.

- Não houve correlação entre quantidade de indivíduos e fatores meteorológicos uma vez que os valores de temperatura mantiveram-se constantes no ambiente.

- No período seco ocorreu o acme das espécies de P. cavipennis e X. retusus.

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35 6 REFERÊNCIAS BIBLOGRÁFICAS

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