“Responsabilidades do Instalador perante
a actual regulamentação, nomeadamente
as obrigatoriedades de Certificação dos
Técnicos e de Certificação das Empresas
O quadro
legislativo e
regulamentar
que a nível
europeu recai
sobre as
empresas
instaladoras de
AVAC&R é
pesado e difícil
de respeitar
Como conviver, no mercado, cumprindo
todos os requisitos a que, cada um
destes temas, obriga? Como competir
com empresas que pouco ou nada
cumprem e que assim, podem praticar
preços abaixo de custo?
O tempo, a atenção e as despesas
exigidas, àqueles que cumprem, terão
retorno?
Deste pesado quadro regulamentar
quais são, muito objectivamente,
os temas que, cá em Portugal, à
data de hoje, se não os
respeitarmos, nos podem levar a
situações laborais e empresariais
muito inconvenientes?
• As responsabilidades da
empresa com os REEE? A
exigência de inscrição na
ANREEE e de adesão a uma
das Entidades Gestoras?
[Conforme Dec.-Lei 230/2004 e 132/2010]
• As responsabilidade da
empresa com outros
resíduos (RIP, RCD, óleos,
pilhas, ...) e as obrigações
com o SIRAPA?
[Conforme Dec.-Lei 178/2006]
• As certificações dos
ODS e dos F-Gases,
para o pessoal técnico
responsável pela
instalação, manutenção
ou assistência técnica
de equipamentos que
utilizam fluidos com
ODP>0 ou gases
fluorados com elevado
GWP
Serão as obrigatoriedades de qualificação dos técnicos?
• A qualificação como TRF, TIM2-3, ou TQAI
Portugal é membro das Nações
Unidas e membro da União
Europeia, tem obrigações para
com ambas.
Estamos apenas levar à prática
todas as obrigações nascidos
com a adesão a dois Protocolos,
a adopção de Directivas
Comunitárias e o cumprimento
dos Regulamentos (que são
obrigatórios a partir da sua
publicação no J.O.)
A qualificação como Técnico do Grupo A, B ou C
devida ao Protocolo de
MONTREAL relativo ao
empobrecimento da camada de
ozono pretendendo evitar a
libertação de ODS e o aumento
da (mortal) radiação
ultravioleta
regulada pelos Reg.(CE) 842/2006, 1516/2007 e 303/2008 e pelo Dec.-Lei 56/2011
devida ao Protocolo de QUIOTO, relativo ao fenómeno do aumento de
temperatura da Terra por efeito de estufa que pretende evitar a libertação de
gases com elevado GWP e as consequentes alterações climáticas
A certificação dos F-Gases
regulada pelos Dec.-Lei 78/2006 (SCE) e 79/2006 (RSECE)
para que no ambiente não sejam libertados
gases com efeitos indesejados e nas
instala-ções se obtenha a máxima eficiência
energé-tica, com o objectivo final da diminuição das
emissões directas ou indirectas de CO
2A qualificação como TIM2, TIM3, TQAI ou TRF
Certificação dos Técnicos
e a
Certificação das Empresas
Na APIRAC sabemos bem que dimensão têm os problemas originados com a
preocupação das empresas em quererem dar cumprimento aos requisitos
que as várias legislações fizeram recair sobre os técnicos e as empresas.
Mas hoje e aqui apenas vimos abordar a
A Certificação dos Técnicos
Processo iniciou-se em JUL.2011, tem 8 mesesPrevê-se um total de 2000-2500 técnicos a certificar À data de hoje estão certificados 230 técnicos (10%) Taxa de aprovações está em 63%
Taxa de reprovações em exames, parte teórica, 35% Taxa de reprovações em exames, parte prática, 2%
Eis 2 dos 3 instrumentos já em distribuição
Caso necessitem saber quais são as exigências de conhecimentos que os
técnicos devem possuir para ultrapassarem com sucesso o exame de
Certificação dos F-Gases, ver cuidadosamente o
Reg.(CE)303/2008
Está lá, completamente explicado, o que é a matéria teórica – a grande responsável pelo excesso de reprovações que se tem verificado – e o que é a parte prática, sobre a qual vão ter de prestar prova durante as restantes 4-5 horas, mostrando que sabem trabalhar na profissãoNo Anexo do Reg.303 está bem
visível, marcadas com as letras T e P quais as questões para os exames Práticos e para os exames Teóricos. Por vezes, como podem verificar, há
partes práticas em que nem todas elas
são avaliadas, é o computador que
Algumas dicas sobre a matéria teórica que está nas perguntas do exame
1. Termodinâmica elementar
1.01
Unidades conforme Norma ISO, de Pressão, Temperatura,
Massa, Densidade, Energia
(Categ. I, II, IV)
1.02
Compreender o funcionamento do circuito; significado de sobreaquecimento; lados de AP e de BP; entalpia, efeito frigorífico;
sub-arrefecimento.
Propriedades, transformações termodinâmicas dos fluidos; identificação dos fluidos,
misturas zeotrópicas e seu estado
(Categ. I, II)
1.03
Utilização de tabelas e diagramas, da régua de Pressão/Temperatura, do diagrama
log p/h, ciclo frigorífico simples simples (no Diagrama Mollier), tabelas dos fluidos saturados
(Categ. I, II)
1.04
Função dos 4 componentes principais do circuito e as transformações termodinâmicas
que neles decorrem
(Categ. I, II) 1.05
Relacionar o papel de cada componente ou órgão do circuito frigorífico c/ a prevenção e a detecção de fugas, nomeadamente válvulas
(todas), pressostatos e termostatos, visores, controladores de descongelação orgãos
de protecção termómetros, reservatórios e separadores
Algumas dicas sobre a matéria teórica que está nas perguntas do exame (continuação)
2.01
Conhecimento das alterações climáticas e do Protocolo de Quioto
(Categ. I, II, III, IV)
2.02
Conceito de PAG (GWP), do impacto da utilização dos F-gases na actividade do AVAC&R e da sua emissão para o ambiente; conhecimento do que se pretende com o Reg.(CE) 842/2006
(Categ. I, II, III, IV)
4.01
Conhecer os pontos mais usuais de
fugas de fluido
(Categ. I, II, IV)
4. Detecção de fugas 5. Manuseamento ecológico do sistema e do fluido 5.08 Conhecer os requisitos e procedimentos de manipulação armazenagem e transporte de fluidos e óleos contaminados
(Categ. I, II, III)
6/7. Instalação, arranque e manutenção de
compressores/condensadores
6.01/7.01
Funcionamento básico. Regulação de capacidade. Lubrificação. Riscos
de fuga associados (Categ. I, II) 8.01 Funcionamento básico (incluindo o sistema de descongelação). Riscos de fugas de fluido (Categ. I, II) 8. Instalação, arranque e manutenção de evaporadores
9. Instalação, entrada em funcionamento e assistência técnica a válvulas expansoras termostáticas (VET) e outros componentes
9.01
Funcionamento básico dos diferentes reguladores de expansão (de alimentação)
VEXT e capilares. Riscos de fugas
A Certificação das Empresas
No ano de 2006 já rezava assim oREGULAMENTO (CE) n.º 842/2006 DO PARLAMENTO EUROPEU E DO CONSELHO de 17 de Maio
relativo a determinados gases fluorados com efeito de estufa
…
Artigo 5.º
Formação e certificação
1. Até 4 de Julho de 2007, com base na informação recebida dos Estados-Membros e em concertação com os respectivos sectores, os requisitos mínimos e as condições de reconhecimento mútuo, são estabelecidos nos termos do n.º 2 do artigo 12.º, para os
programas de formação e certificação destinados às empresas e ao pessoal
responsável envolvido na instalação, manutenção ou assistência técnica do
equipamento e dos sistemas abrangidos pelo n.º 1 do artigo 3.º, e ao pessoal envolvido nas actividades previstas nos artigos 3.º e 4.º
Ainda não fez 1 ano, foi publicado pelo MINISTÉRIO DO AMBIENTE E DO
ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO, em Portugal, o
Decreto-Lei n.º 56/2011
de 21 de Abril
que explica logo no início
CAPÍTULO I Disposições gerais Artigo 1.º Objecto
O presente decreto-lei assegura a execução, na ordem jurídica nacional, do Regulamento (CE) n.º 842/2006, do Parlamento Europeu e do Conselho,de 17 de Maio, relativo a determinados gases fluorados com efeito de estufa, adiante designado por Regulamento,bem como dos seguintes regulamentos de desenvolvimento:
…
b) Regulamento (CE) n.º 1494/2007, da Comissão,de 17 de Dezembro, que estabelece o formato dos rótulos e os
requisitos adicionais de rotulagem relativamente a produtos e equipamentos que contenham gases fluorados com efeito de estufa;
…
d) Regulamento (CE) n.º 1516/2007, da Comissão,de 19 de Dezembro, que estabelece as disposições normalizadas
para a detecção de fugas em equipamentos fixos de refrigeração, ar condicionado e bombas de calor que contenham determinados gases fluorados com efeito de estufa;
e) Regulamento (CE) n.º 303/2008, da Comissão, de 2 de Abril, que estabelece os requisitos mínimos e as condições para o reconhecimento mútuo da certificação de empresas e pessoal no que respeita aos
equipamentos fixos de refrigeração, ar condicionado e bombas de calor que contenham determinados gases fluorados com efeito de estufa;
CAPÍTULO II Organismos de avaliação e certificação Artigo 5.º
Avaliação e certificação para os sectores de aquecimento, ventilação, ar condicionado, refrigeração e protecção contra incêndio
1 — O Instituto Português de Acreditação, I. P. (IPAC), procede à acreditação dos organismos de certificação a que se refere o artigo 10.º do Regulamento (CE) n.º
303/2008, para efeitos da certificação dos técnicos e/ou das empresas no âmbito das actividades referidas no artigo 2.º do mesmo Regulamento, relativas aos sectores de aquecimento, ventilação, ar condicionado e refrigeração
CAPÍTULO III Certificação e atestação Artigo 9.º
Obrigatoriedade de certificação
1 — As actividades referidas no n.º 1 do artigo 2.º do Regulamento (CE) n.º 303/2008 e no n.º 1 do artigo 2.º do Regulamento (CE) n.º 304/2008, bem como as intervenções referidas no artigo 1.º do Regulamento (CE) n.º 305/2008 e no artigo 1.º do Regulamento (CE) n.º 306/2008, designadamente detecção de fugas, recuperação e instalação, bem como manutenção ou assistência, só podem ser executadas por técnicos certificados nos termos do artigo seguinte.
2 — Sem prejuízo do disposto no número anterior, as actividades referidas no n.º 1 do artigo 2.º do Regulamento (CE) n.º 303/2008 e no n.º 1 do artigo 2.º do Regulamento (CE) n.º 304/2008, designadamente detecção de fugas, recuperação e instalação, bem como manutenção ou assistência, podem ser executadas por empresas, desde que sejam certificadas nos termos dos artigos 12.º ou 13.º (sistemas de protecção contra incêndios e extintores)
Artigo 12.º
Certificado de empresa para instalação, manutenção ou assistência técnica em equipamentos fixos de refrigeração, ar condicionado e bombas de calor
1 — São certificadas para a execução das actividades referidas no n.º 2 do artigo 2.º do
Regulamento (CE) n.º 303/2008as empresas que cumpram o disposto no Artigo 8.ºdo mesmo regulamento.
2 — O certificado é emitido por um organismo de avaliação e certificação referido no n.º 1 do artigo 5.º do presente decreto-lei,mediante pedido efectuado pela empresa interessada. 3 — O certificado tem a validade de sete anos, renovável por iguais períodos.
4 — A empresa interessada apresenta o pedido de renovação do certificado ao organismo de certificação, acompanhado dos documentos comprovativos das condições previstas no n.º 1 do artigo 8.º doRegulamento (CE) n.º 303/2008 e do exercício continuado da actividade para a qual pretende renovar a certificação.
5 — O decurso do prazo de validade do certificado e a falta de renovação do mesmo determina a sua caducidade.
Artigo 8.º
a) Empregar pessoal certificado em conformidade com o disposto no artigo 5.º nas actividades para as quais se exige certificação, em
quantidade suficiente para dar resposta ao volume previsível das actividades;
b) Provar que as ferramentas e os procedimentos necessários estão ao dispor do pessoal que executa as actividades para as quais se exige certificação
n.º 2 do artigo 12.º
[Reg.(CE) 842] (requisitos mínimos e condições de reconhecimento mútuo)
fixa as regras de exercício das competências de execução atribuídas à Comissão
O prazo previsto no n.º 6 do artigo 5.º da Decisão 1999/468/CE é de três meses
Ajudas ao esclarecimento dos textos legislativos e regulamentares
n.º 1 do artigo 3.º
Reg.(CE) 842] (os sistemas)
equipamentos frigoríficos, de ar condicionado e bombas de calor, incluindo os seus circuitos, e sistemas de protecção contra incêndios
artigos 3.º e 4.º
(actividades previstas)
… evitar as fugas; reparar assim que possível quaisquer fugas detectadas em equipamentos de AVAC&R; em
sistemas de protecção contra incêndio e extintores; em equipamentos que contenham solventes; em comutadores de alta tensão.
Recuperar os gases fluorados com efeito de estufa, a fim de garantir a sua reciclagem, regeneração ou destruição
n.º 1 do artigo 2.º
(actividades previstas)
detecção de fugas, recuperação do fluido, e instalação, manutenção e assistência técnica
artigo 8.º
[Reg.(CE) 303] (requisitos)
a) Empregar pessoal certificadoem conformidade com o disposto no artigo 5.º nas actividades para as quais se exige certificação, em quantidade suficiente para dar resposta ao volume previsível das actividades;
b) Provar que as ferramentas e os procedimentos necessários estão ao dispor do pessoal que executa as actividadespara as quais se exige certificação.
artigo 5.º
(certificados do pessoal)
1. Um organismo de certificação,
na acepção do artigo 10.º, emite um certificado para o pessoal que tenha obtido aprovação num exame teórico-prático organizado por um organismo de avaliação na acepção do artigo 11.º, que abranja as qualificações e conhecimentos mínimos estabelecidos no anexo, para a categoria em causa.
Ainda sem confirmação de aceitação, à esquerda, a lista do número de técnicos certificados (com base na filosofia usada para os alvarás) e, acima, a listagem de equipamentos que a empresa tem de disponibilizar para exercício da actividade