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COLEÇÃO DE MÓVEIS PARA SENTAR INSPIRADOS NA CULTURA AÇORIANA

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Academic year: 2021

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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA - CAMPUS FLORIANÓPOLIS

DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE METAL MECÂNICA CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM DESIGN DE PRODUTO

BIANCA DO NASCIMENTO

COLEÇÃO DE MÓVEIS PARA SENTAR

INSPIRADOS NA CULTURA AÇORIANA

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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA - CAMPUS FLORIANÓPOLIS

DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE METAL MECÂNICA CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM DESIGN DE PRODUTO

BIANCA DO NASCIMENTO

COLEÇÃO DE MÓVEIS PARA SENTAR

INSPIRADOS NA CULTURA AÇORIANA

Trabalho de conclusão de curso submetido ao Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina como parte dos requisitos para obtenção do título de Tecnologia em Design de Produto. Professor Orientador: Diovani C. Lencina

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A ACADÊMICA

Bianca do Nascimento

R Olinda Celestina Lacerda, 418, Carianos Florianópolis -- SC, Brasil

Fone: (48) 3236-2368

A INSTITUIÇÃO

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina Câmpus Florianópolis

Departamento Acadêmico de Metal -Mecânica Curso Superior de Tecnologia em Design de Produto

Endereço: Av. Mauro Ramos. 950 Centro, Florianópolis - SC, Brasil

CNPJ: 81.531.428/0001-62

O PROJETO

Móvel para sentar inspirado em Florianópolis

A EMPRESA

Talba

Rua Itália, 29 - Serraria, São José - SC CEP: 88115-360 São José/ sc - Brasil

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COLEÇÃO DE MÓVEIS PARA SENTAR

INSPIRADOS NA CULTURA AÇORIANA

BIANCA DO NASCIMENTO

Este trabalho foi julgado adequado para obtençãondo titulo de Tecnólogo em construção de Edificios e aprovado na sua forma final pela banca examinadora do Curso Superior de Tecnologia em Construção de Edifícios do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina.

Florianópolis, 22 de Junho, 2017

Banca Examinadora:

_______________________________________

Porf Dr

. Diovani Castoldi Lencina ( Orientador/Presidente da Banca )

____________________________________ Prof. Bel. Heitor Gilberto Éckeli ( IFSC )

____________________________________________ Prof. Dr. Fernando José Fernandes Golalves ( IFSC )

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RESUMO

O presente relatório visa apresentar os processos desenvolvidos no trabalho de conclusão de curso da acadêmica Bianca do Nascimento. Tal projeto foi elaborado em parceria com a empresa Talba e objetivou-se em criar uma coleção de móveis inspirada na cultura de Florianópolis, utilizando-se de um processo adequado aos métodos produtivos utilizados pela empresa.

Durante a etapa de pesquisa, percebeu-se que toda as coleções da empresa eram inspiradas na cultura açoriana. Sendo assim, utilizou-se desta mesma linha projetual por se tratar de um trabalho que visava o desenvolvimento de uma coleção que fosse identificada como pertencente à linha de produtos da Talba.

Dentro do vasto âmbito cultural pesquisado, optou-se por utilizar a arquitetura açoriana como elemento referencial. Com isto, como elemento de apoio para a geração de alternativas, foram definidos alguns conceitos para a coleção e desenvolveu-se painéis semânticos tendo como elementos visuais a Pombinha açoriana, Janela açoriana e elementos contemporâneos.

Com os desenhos já feitos, elaborou-se uma matriz para a seleção das melhores alternativas desenvolvidas. Tal matriz foi separada em requisitos e para cada requisito houve a atribuição de um valor de zero a cinco, a fim de selecionar as alternativas que melhor atendessem aos objetivos do projeto. Definida a coleção, foram realizados alguns refinamentos para uma melhor adaptação aos processos produtivos e, por fim, foram desenvolvidos os protótipos dos elementos da coleção.

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ABSTRACT

This report aims to present the processes developed in the course completion work of the academic Bianca do Nascimento. This project was developed in partnership with the Talba company and aimed to create a collection of furniture inspired by the culture of Florianópolis, using a process appropriate to the productive methods used by the company.

During the research stage, it was noticed that all the collections of the company were inspired by the Azorean culture. Therefore, it was used this same design line because it was a work that aimed at the development of a collection that was identified as belonging to the Talba product line.

Within the vast cultural scope researched, we chose to use the Azorean architecture as a referential element. With this, as a support element for the generation of alternatives, some concepts for the collection were defined and semantic panels were developed, having as visual elements the Azorean Pombinha, Azorean Window and contemporary elements.

With the drawings already done, a matrix was elaborated for the selection of the best alternatives developed. This matrix was separated into requirements and for each requirement a value of zero to five was assigned in order to select the alternatives that would best meet the project objectives. Once the collection was defined, some refinements were made for a better adaptation to the production processes, and finally, the prototypes of the elements of the collection were developed.

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 8 1.1 Delimitação do Problema 9 2. OBJETIVOS 9 2.1. Objetivo geral 9 2.2 Objetivos específicos 9 3. JUSTIFICATIVA 10 4. PLANEJAMENTO 11

4.1 Método e etapas a serem desenvolvidas 11

5. PRÉ-CONCEPÇÃO 13

5.1. A empresa 13

5.1.1 Linha Talba 14

5.2 Pesquisa Qualitativa 18

5.3. Análise dos Produtos existentes 19

5.4. A cultura açoriana 24

5.4.1. Introdução histórica 24

5.4.2 A casa açoriana 25

5.4.3 A pombinha açoriana 26

5.4.4 A Janela Açoriana 27

5.5. Móvel para sentar 28

5.6 Indústria Moveleira 29

5.7 Estudo Ergonômico 30

5.8. Semiótica 36

6. CONCEPÇÃO 37

6.1 Painéis Semânticos 37

6.1.1. Painel da Pombinha Açoriana 38

6.1.2. Painel da Janela Açoriana 39

6.1.3. Painel de Ambientes e móveis contemporâneos 40

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6.3. Geração de alternativas 43

6.4. Matriz de seleção 50

7. Detalhamento da Alternativa 55

7.1 Detalhamento da Alternativa do Banco Arco 55

7.2 Detalhamento da Alternativa da Cadeira Arco 56

7.3 Detalhamento da alternativa da Poltrona Arco 57

7.4 Descrição conceitual da coleção 58

7.5 Fatores de produção 60

7.6 Rendering 61

7.7 Ambientação 65

8. CONSIDERAÇÕES FINAIS 71

Apêndice A - Desenho Técnico do Banco Arco 72

Apêndice B - Montagem do Banco Arco 72

Apêndice C - Desenho Técnico da Cadeira Arco 72

Apêndice D - Montagem da Cadeira Arco 72

Apêndice E - Desenho Técnico da Poltrona Arco 72

Apêndice F -Montagem da Poltrona Arco 72

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1. INTRODUÇÃO

O Curso Superior de Tecnologia em Design de Produto, possui como parte dos requisitos para a obtenção do título de Tecnólogo em Design de Produto a elaboração de um trabalho de conclusão de curso (TCC) envolvendo o desenvolvimento de um produto junto à uma empresa ou ONG. Este TCC tem como objetivo projetar uma coleção de móveis para sentar, em parceria com a empresa Talba LTDA, com uma identidade visual que represente as características de Florianópolis. A coleção deverá representar a capital catarinense contrastando aspectos da modernidade com elementos históricos trazidos pela imigração açoriana, como a renda de bilro, a pesca, pintura, arquitetura e demais características culturais.

O projeto deverá dar continuidade à linha de produtos já existentes da Talba, devendo ter uma identidade que também o faça ser reconhecido como um produto da empresa, criando uma relação de afeto entre o consumidor e o móvel, proporcionando uma experiência prazerosa para o usuário.

Na linha empresa até então, são fabricadas poltronas, bancos, cadeiras e pufes para ambiente doméstico. Com isso, optou-se por criar uma coleção que possua os três móveis para sentar, sendo eles: poltrona, banco e a cadeira.

Toda linha da Talba foi inspirada em alguma característica açoriana encontrada em Florianópolis. Dessa forma, o projeto foi direcionado à arquitetura como inspiração para a elaboração desta coleção.

Nesse documento serão apresentados os objetivos gerais e específicos do projeto, assim como a apresentação da empresa parceira, o planejamento operacional, contendo o método projetual utilizado durante o processo, seu cronograma de atividades e os resultados obtidos com este trabalho.

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1.1 Delimitação do Problema

A problemática deste projeto resume-se à limitada variedade de produtos presentes no mercado que contraste de forma coerente a cultura de Florianópolis com os traços contemporâneos.

2. OBJETIVOS

Para a elaboração deste projeto, definem-se seu objetivo geral e específicos, baseando-se em suas pesquisas preliminares.

2.1. Objetivo geral

O projeto objetivou-se em desenvolver uma coleção de móveis para sentar em pareceria com a empresa Talba.

2.2 Objetivos específicos

Para alcançar os objetivos específicos necessitou-se: a) Averiguar os produtos existentes;

b) Analisar as características culturais de Florianópolis;

c) Observar as características estéticas que remetem ao cotidiano; d) Estudos ergonômicos.

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3. JUSTIFICATIVA

Em uma observação prévia dos atuais produtos do mercado, percebe-se que, apesar de incorporarem características da cidade, estes produtos remetem à uma estética mais clássica. Com isto, a intenção deste projeto foi de trazer aos objetos elementos que remetam à cultura açoriana, porém destacando traços da contemporaneidade.

A cultura florianopolitana possui grande abrangência. Tendo isto em vista, pretendeu-se com tal projeto incrementar elementos de influência dos imigrantes açorianos bem como aspectos da arquitetura presente na época da imigração. Atualmente, os costumes destes imigrantes são propagados pelos chamados manezinhos da ilha, os quais ainda mantém vivo a pesca, a renda de bilro, arquitetura e simplicidade dos descendentes açorianos.

Foi averiguado que a Talba tem coleções de diversos elementos da cultura açoriana, porém a arquitetura ainda não foi utilizada como inspiração para nenhuma coleção. Sendo assim, foi definido como fonte principal de inspiração a arquitetura açoriana.

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4. PLANEJAMENTO

Para a realização deste projeto empregou-se a metodologia MD3E, desenvolvida por Santos (2005), elaborando-se um cronograma para a orientação na realização das atividades. Tal cronograma pode ser observado abaixo.

Quadro 1- cronograma

Fonte: Desenvolvido pela autora

4.1 Método e etapas a serem desenvolvidas

O método MD3E de Santos (2005) é dividido em três etapas sendo elas: pré-concepção, concepção e pós-concepção (Figura 1). A divisão em etapas facilita o aprendizado servindo como uma lista de verificação para guiar o projeto do produto. As etapas ocorreram de forma sistemática dentro de um cronograma pré-estabelecido.

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Figura 1 - Metodologia MD3E

Fonte: Elaboração Própria.

A pré-concepção teve um enfoque maior em estudos bibliográficos, tanto da história de Florianópolis, como da cultura açoriana e do design emocional. Nesta fase foram analisados os pontos fortes e fracos dos concorrentes, além de serem desenvolvidos painéis semânticos com referências visuais.

A fase de concepção é o momento de criar a partir das informações obtidas através da preconcepção. Nesta fase criou-se alternativas para o problema, visando diferentes possibilidades.

Na pós-concepção foram produzidos os desenhos técnicos e o modelo em uma escala de 1:1, o qual foi testado e aprimorado, tanto para facilitar ou viabilizar a fabricação, quanto para o manuseio do usuário caso necessário.

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5. PRÉ-CONCEPÇÃO

5.1. A empresa

A Talba foi inaugurada em março de 2017, no mês em que a capital catarinense comemora 344 anos. Seu principal objetivo é a incorporação de aspectos de Florianópolis em seus produtos, resgatando a cultura local para consumidores de classe média alta. A instituição é temporariamente incubada pela empresa Kauffer Pilates e suas vendas são feitas através de site e telefone, não possuindo uma loja física. Por tal motivo, o usuário não possui uma experiência tátil com o produto e sua decisão de compra é fundamentada nas informações dadas pelos vendedores e nas características dispostas no site.

Para a confecção de seus mobiliários, a Talba conta com alguns processos. Inicialmente a madeira é selecionada e preparada com correções feitas através de lixadeira. Depois de desenvolvido o projeto, as atividades são transferidas à máquina de corte CNC, na qual são feitas as configurações de corte, furos e desbastes (Figura 2). Por fim, após a reavaliação para prevenir erros, o material é cortado (Figura 3).

Figura 2- Configurando o projeto na CNC

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Figura 3 - CNC fazendo o corte e furos na madeira

Fonte: Arquivo pessoal

Para o assento utiliza-se espuma de densidade 33g/cm³ a qual pode suportar até 90 kg, já no encosto a espuma utilizada possui densidade 23g/cm³ que pode suportar até 70 Kg. O encosto recebe uma espuma de densidade menor visto que o usuário despeja maior parte do peso de seu corpo no assento. Em geral, o assento e o encosto são fixados no móvel com o auxílio de parafusos. Findando todo este processo, o móvel é encaixotado e enviado ao seu destino final.

5.1.1 Linha Talba

Toda a linha da Talba é trabalhada com elementos açorianos. A inspiração da coleção Atrevida (Figuras 4 e 5) vem de uma relação de amor entre as famílias e suas embarcações, materializada por esse forte elemento da cultura açoriana. Geralmente o nome do barco é uma homenagem a alguém ou à uma situação, mas sempre tem a ver com paixão. Atrevida, Feiticeira, Brava e Glória, são alguns nomes que usaram para homenagear essa tradição. A inspiração dessa peça vem do leme e da gola (arremate superior) das embarcações de pesca artesanal. O encosto tem fechamento com corda e nós de marinheiro.

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A inspiração para a Coleção Artista da Ilha veio da expressão “Ilha da Magia”, apelido dado à capital catarinense. Das bruxas que sobrevoam as águas brincando com os pescadores. Muitos artistas traduziram em sua arte, entre desenhos, pinturas e entalhes, um pouco do que viram.

Atrevida é uma das mais populares embarcações da Costa da Lagoa, e leva esse nome por ter sido adquirida por uma mulher que a deu de presente a seu filho, cujo desejo era pescar a própria tainha. Foi chamada de atrevida por muitos, pela coragem e determinação.

Figura 4- Poltrona atrevida Figura 5 - Banco atrevida

Fonte: Talba

As peças de madeira que compõem a base da poltrona Glória (Figura 6) fazem referência às “costelas” das embarcações, madeiramento inferior que estrutura e dá forma ao casco. Glória é a estrela do Campeche. Canoa centenária que leva o nome de uma das filhas do Seu Manoel, ou, Seu Deca, como é conhecido por lá. O banco Manoel (Figura 7) segue a mesma linha da Poltrona Glória e recebe o nome de Manoel, em referência ao pai de Glória.

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Figura 6 - Poltrona Glória Figura 7 - Banco Manoel

Fonte: Talba

A coleção Rendeiras é composta pelo Banco de Bilro (Figura 8), Pufe Rebolo (Figura 9) e a Poltrona Rendilheira (Figura 10), estas foram inspirados no trabalho manual do/a artesã/o que realiza a renda de bilro. O Banco de Bilro busca inspiração da ferramenta usada pelos artesãos, resultando em uma forma simples e funcional. O Pufe Rebolo remete às almofadas redondas, utilizada para o trabalho das rendeiras. A origem desse nome vem de Portugal, que é como são chamadas essas almofadas.

Figura 8 - Banco de Bilro Figura 9 - Pufe Rebolo Figura 10- Poltrona Rendilheira

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Já a poltrona Rendilheira, que tem a origem deste nome remetendo às rendeiras portuguesas, possui traços mais contemporâneos e traz à madeira emoldurada um rico trabalho em renda de bilro aplicado ao encosto. A intenção nesta proposta é de ressignificar o que parece antigo dentro de um novo conceito.

José Cipriano, artista autodidata, representa com fidelidade a riqueza da arquitetura e da pesca artesanal açoriana em suas obras. Como ele define, sua arte é um trabalho de pesquisa, dedicação e amor à sua terra. A poltrona e a cadeira Cipriano (Figuras 11 e 13, respectivamente) trazem elementos como o espaldar em madeira, remetendo a um cavalete para telas e uma mesinha acoplada lembrando uma paleta de tinta, elementos cotidianos na vida de um pintor. O pufe Cipriano (Figura 12) é um complemento da poltrona Cipriano que serve como apoio dos pés.

Figura 11 - Poltrona Cipriano Figura 12 - Pufe Cipriano Figura 13 - Cadeira Cipriano

Fonte: Talba

A cadeira Cipriano traz o mesmo apelo formal da poltrona, seu espaldar remete a um cavalete, dando leveza e ousadia à peça.

Autêntica manifestação da cultura popular do ilhéu, o Boi de Mamão faz parte do folclore de Florianópolis a mais de 150 anos, e seus personagens, em uma mescla de mistério e graciosidade, divertem crianças e adultos desde então. Com base neste elemento cultural, a poltrona Constâncio foi criada com uma referência sutil, através do desenho do assento e encosto, da forma estilizada da cabeça do boi (Figura 14).

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Figura 14 - Poltrona Constâncio

Fonte: Talba

5.2 Pesquisa Qualitativa

Para entender melhor o nicho de mercado e as características do cliente, elaborou-se uma pesquisa qualitativa com enfoque em uma entrevista com a designer da Talba, Larissa Diegoli. Esta entrevista teve por finalidade entender o processo criativo da designer, os métodos seguidos pela empresa para não fugir do seu propósito, bem como as essencialidades projetuais da Talba.

Para entender o olhar da projetista em relação à empresa, solicitou-se à mesma uma breve descrição da Talba. Em suas declarações, ela esclareceu que toda a estratégia da empresa é pautada na diversidade cultural das diferentes regiões do Brasil. A ideia é construir um “mosaico étnico” através de suas coleções, iniciando com uma coleção focada nos tesouros da Ilha da Magia. Com este olhar, buscou-se referências em suas lendas e suas histórias, porém sem cair no folclórico. A intenção é mostrar peças que exploram as tradições, mas introduzindo conceitos contemporâneos do design nacional e internacional. Essa coleção mesclou referências do design escandinavo, observado nas peças roliças de madeira.

Larissa explica que inicia o processo criativo sempre com um bom briefing, que pode ser do cliente ou dela mesmo. O importante é ter clara a intenção do

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projeto, que ideia deseja-se passar, para que público é o produto, etc. A partir daí as ideias surgem a qualquer tempo. Imagens, formas cotidianas, lembranças, qualquer coisa pode trazer à tona uma boa ideia, mas é fundamental pesquisar sempre e muito para que se tenha uma boa base. No caso específico da Talba, o processo criativo é muito lúdico, pois se tem referências concretas como inspiração, como formas de barcos, bilros, etc., podendo-se brincar com esses elementos.

Recorda que a coleção “Rendeiras”, além da própria renda utilizada como revestimento em algumas peças, busca inspiração nos apetrechos utilizados por elas para tecer a renda. Para a coleção “O Nome do Barco”, utilizou-se algumas formas que remetem a partes de barcos para contar a história de alguns deles. O Boi de mamão, rica tradição da Ilha, e artistas locais, também fizeram parte do acervo que ajudou a compor essa primeira coleção.

Acrescenta que além do conforto (boa ergonomia) e da funcionalidade, que considera características intrínsecas a qualquer móvel, a beleza oriunda da perfeita proporção, para ela, é o atributo mais importante de uma peça.

5.3. Análise dos Produtos existentes

A análise de concorrentes é um processo pelo qual foram identificados os oponentes diretos e indiretos da Talba. Esta análise, que é focada nos produtos das empresas concorrentes, tem por finalidade a observação das principais características positivas e negativas dos mobiliários que atuam no mercado junto à empresa em questão.

Com isto, foram selecionadas empresas que possuem um mobiliário residencial com características próximas aos produtos da Talba, ou seja, estrutura de madeira, com finalidade usual e decorativa. Dentre as empresas levantadas estão: Oppa, Mobly, Meu móvel de madeira e Cremme. Estas marcas foram indicadas pela

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própria empresa pois, assim como a Talba, além de vender produtos de mesmo nicho, elas atuam em Santa Catarina e tem como fonte principal ou única a venda através da internet ou outros meios de comunicação à distância.

Além disso, para fins de análise, observou-se apenas poltronas, cadeiras, bancos / pufes, com o intuito de obter uma averiguação mais aprofundada ao tipo de mobiliário que se deseja desenvolver junto à empresa. A seguir, encontram-se seis quadros comparativos entre as quatro marcas analisadas.

Quadro 2 - Análise de Concorrente: Oppa (Quadro organizado pela autora)

Fonte disponível em:www.oppa.com.br

O quadro 2 apresenta a análise da empresa Oppa. Com ela percebe-se a diversificação do design de suas peças. Nas poltronas observa-se uma alternativa com espuma nos braços e outra com sua armação de madeira a mostra. Já a cadeira “Uma” apresenta estrutura simples totalmente feita em madeira, enquanto a

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cadeira “Regina”, apesar de possuir braços sem revestimento, apresenta estofaria em seu assento. Os bancos seguem os mesmos princípios, misturando estufaria, madeira e aço em sua composição.

Quadro 3 - Análise de Concorrente: Mobly (Quadro organizado pela autora)

Fonte disponível em: www.mobly.com.br

Os móveis da empresa Mobly (Quadro 3) possuem uma grande diferença estrutural entre suas poltronas. O braço da poltrona Fassatti apresenta revestimento e um excesso de espuma, diferentemente da Mini poltrona que possui braços à mostra. No geral, seus produtos apresentam características de cadeiras antigas. Já as banquetas possuem diferenciadas angulações em seus pés e esta inclinação se destaca como tendência em praticamente todos os móveis da Mobly e da maioria dos concorrentes.

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Quadro 4 - Análise de Concorrente: Meu móvel de madeira (Quadro organizado pela autora)

Fonte disponível em: www.meumoveldemadeira.com.br

Assim como as demais, Meu Móvel de Madeiras (Quadro 4) propõe um diferencial em seu design. Isto pode ser claramente observado nas formas ergonômicas e na estampa da poltrona Margarida. Sua lateral é composta por uma estrutura fluida e mais orgânica, diferente das demais apresentadas do quadro. Todos são compostos de madeira e apenas um não possui estofado, porém apresenta as cores como diferencial.

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Quadro 5 - Análise de Concorrente: Cremme ( Quadro organizado pela autora)

Fonte disponível em: www.cremme.com.br/

A grande desvantagem da empresa Cremme (Quadro 5) é seu limitado número de móveis, possuindo apenas uma unidade de cada item. Entretanto, este fato não interfere em seu design contemporâneo, o que é apresentado como um destaque em relação as demais empresas apresentadas.

Por meio das análises realizadas, pode-se constatar que as empresas possuem uma linha bastante diversificada de móveis, não trabalhando com um tipo de mobiliário exclusivo.

A empresa Cremme não se encaixa neste padrão pois conta com uma variedade limitada de produtos. Além disso, observou-se a tendência muito forte da mostra da madeira envernizada e de elementos com cores de alto grau de saturação.

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5.4. A cultura açoriana

5.4.1. Introdução histórica

Por volta de 1675, chegando ao litoral catarinense, Francisco Dias Velho, junto com sua família e agregados dando início a povoação da ilha com a fundação de Nossa Senhora do Desterro, encontraram os primeiros habitantes da região de Florianópolis, os índios tupis-guaranis. Conforme SOARES (2006, p.17) os colonizadores de Santa Catarina tiveram grande importância para a política de Portugal na América do Sul. Lages foi fundada para fazer frente às missões espanholas e reforçar o Rio Pelotas. Os açorianos habituaram-se melhor às condições físicas do litoral e foram divididos desde a Ilha de Santa Catarina até Laguna. O povoador açoriano se tornou o elemento básico da sociedade catarinense litorânea. As áreas posicionadas nas zonas litorâneas receberam dos açorianos total influência em sua formação cultural. Por falta de apoio do governo português diante das dificuldades da época, os açorianos e seus descendentes estavam à margem dos recursos da civilização.

Em 1726 Nossa Senhora do Desterro é elevada à posição de vila, a partir de seu desmembramento de Laguna. Em 1737 a Ilha de Santa Catarina passa a ser ocupada militarmente, quando começam a ser construídas as fortalezas necessárias à defesa do território. Nessa época tiveram prosperidade na agricultura e na indústria manufatureira de algodão e linho. Na metade do século XVIII são inseridas as armações para pesca da baleia, em Armação da Piedade, localizada em Governador Celso Ramos e Armação do Pântano do Sul localizada em Florianópolis, cujo óleo era comercializado pela Coroa fora de Santa Catarina, não trazendo benefício econômico à região. No século XIX, Desterro foi elevada à categoria de cidade, tornando-se Capital da região de Santa Catarina em 1823.

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5.4.2 A casa açoriana

As condições de vida nas ilhas obrigatoriamente teriam de se adequar ao novo meio. Nem todos os conhecimentos de arquitetura eram possíveis de se aplicar na região então colonizada, o que implicava na adaptação dos procedimentos tradicionais às novas condições ambientais. Consequentemente, a arquitetura passou por um processo de criação inovadora.

Apesar de ter origens africanas, de meados do século XVII até 1950, o processo de edificação mais utilizado em Portugal era a chamada construção em taipa. Este método de estruturação de paredes utilizava-se de barro amassado para preencher os espaços criados por uma grade feita de paus, varas, bambus, caules de arbustos, etc. Na ilha, a taipa foi substituída pela construção com pedra basáltica, por ser abundante e de fácil manuseio. Devido à alta porosidade das pedras e sua tendência de absorver umidade, as casas eram revestidas com camadas externas e internas de reboco.

Em dados momentos históricos, o contato com outras culturas trouxe modificações e enriqueceram as propriedades mais abastadas dos açorianos. Trouxeram às Ilhas os azulejos de Portugal, o ouro e a prata das Américas, as peças decorativas das Índias, as novas cores e formas sul-americanas, que clarearam os tons escuros das construções açorianas.

Depois chegou o Barroco e com ele veio as curvas, as figuras e os trabalhos em talha dourada e coloridas. A pedra basáltica passou a decorar janelas, entradas e portas das habitações, fazendo contraste com as paredes brancas de cal e com o vermelho dos telhados, criando assim a aparência mais comum da morada açoriana.

Nos séculos XVII e XVIII surgem as belas casas senhoriais de dois e três pisos com suas capelinhas ou santuários que refletiam a devoção religiosa dos seus moradores. As janelas em guilhotina ganharam vidraças vindas da Inglaterra, já nos

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portais dos solares exibia-se bandeiras, brasões, figuras decorativas em alvenaria, porcelana ou madeira. Depois surgiram as barracas; casas leves, simples, mas confortáveis, feitas em madeira com base em pedra ou cimento e janelas grandes e envidraçadas.

5.4.3 A pombinha açoriana

Conforme SOARES (2006, p.140) A expressão pombinha açoriana é ligada à arquitetura colonial. Era assim chamado o acabamento dos cantos extremos das beiras dos telhados de quatro águas (Figura 15). O telhado de quatro águas possui caimento em todos os pontos de ângulo uniforme, construídos com telhas de cerâmica e calha portuguesa. O encontro inferior dos planos dos telhados, em ângulos retos, recebe uma superposição de telhas.

Figura 15 - Pombinha açoriana

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Esta prática cultural dos açorianos se transferiu para a ilha de Santa Catarina a partir de 1748, porém hoje são raramente encontradas. Esse ornamento é encontrado na ilha da Madeira, além das açorianas São Miguel, Terceira, Graciosa.

5.4.4 A Janela Açoriana

As janelas das primeiras casas construídas na ilha chamam a atenção por sua simplicidade, estas eram de formato retangular e não possuíam vidro. Sua abertura era em madeira e voltada para o lado de dentro da moradia. Mais tarde, a partir do século XIX, as famílias mais ricas começaram a utilizar o vidro com fechamento em forma de guilhotina (Figura 16). Já as ornamentações presentes nas construções tinham ligação com a influência que cada família possuía.

Figura 16 – Janela açoriana

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Ao longo do século XIX, as janelas passaram a ter uma estética mais rebuscado, substituindo aquela de abertura simples por contornos em aço, entalhes e ornamentos em massa ao redor das esquadrias. Já a parede na parte inferior da janela deu espaço a um peitoril, quase sempre de madeira. Historicamente falando, o símbolo do período colonial foi a janela óculo, que se resumia a uma abertura pequena e redonda localizada em um ponto mais alto do que uma janela normal. Muitas não abriam e eram utilizadas apenas como vitral.

Com o tempo, a janela passou a ter mais do que a função de iluminar e arejar a casa. O seu uso decorativo e a incorporação de vidros passaram a transmitir o status social dos moradores. O avanço da tecnologia somado à facilidade de padronização, de transporte e comunicação, acabaram por influenciar a perda da identidade das construções. As janelas foram perdendo sua importância estética inicial caminhando para a padronização com utilização de novos materiais.

5.5. Móvel para sentar

O ato de sentar está presente no dia a dia de qualquer indivíduo. As pessoas sentam para trabalhar em frente ao computador, para ver TV, para dirigir e para comer. Para cada uma dessas atividades utiliza-se um móvel para se abancar, muitos possuem peculiaridades distintas e passam uma sensação e experiência ao usuário. Algumas trazem conforto como o móvel para descanso, enquanto outros vão exigir uma postura próxima de 90º graus, que geralmente é usada no trabalho e refeições. Para projetar um móvel para sentar, deve ser levado em conta o tempo que o usuário vai ficar nele e sua finalidade.

Com cada móvel para sentar tem-se uma relação diferente. Como Alvão e Damazio (2008) argumentam, o consumidor cria uma relação de afeto com os produtos que estão ao seu redor, e isso pode ser feito propositalmente, trazendo aspectos simbólicos, podendo ser algo positivo ou não. As mesmas exploram três aspectos e

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relacionam um com o outro, que seriam: o design, a emoção e a ergonomia; tendo o design o papel de reinserir os valores humanos e a sensibilidade no mundo material.

Emoção, prazer, afeto, satisfação eram termos, até pouco tempo, praticamente ausentes no vocabulário da ergonomia e do Design. Ainda desconhecidos e estranhos para muitos (...) dando relevo à ideia de que as pessoas estabelecem relações afetivas com os produtos que as cercam, e que é possível projetar com vista a proporcionar experiências prazerosas e desencadear sentimentos positivos nos usuários (DESIGN ERGONOMIA EMOÇÃO, 2008, p. 07).

O design pode ser conduzido pela intenção de se promover experiências previamente definidas. Optou-se por trabalhar o design emocional no desenvolvimento do produto, aplicando um significado simbólico, resgatando a cultura de Florianópolis e proporcionando uma experiência agradável ao usuário.

As cadeiras também influenciam o comportamento de sentar, sendo que algumas permitem maior troca de posturas. Acessórios como suporte lombares e apoios para braços, bem como a inclinação e a altura do encosto e do assento, são componentes ergonômicos que reduzem a carga mecânica na coluna durante a posição sentada (Ribeiro Marques, et al, 2010).

5.6 Indústria Moveleira

A indústria de móveis caracteriza-se pela reunião de diversos processos de produção, envolvendo diferentes matérias-primas e uma diversidade de produtos finais. Além disso, ela pode ser segmentada em função dos materiais com que os móveis são feitos. A introdução de novos equipamentos com base de novas técnicas de gestão empresarial consegue muitos tipos de produto de uma mesma linha de produção, os quais

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passaram a ser produzidos em maiores escalas, perdendo a característica artesanal. A variedade de matérias-primas trouxe a tendência de misturar diferentes materiais na elaboração do móvel. Na medida em que a indústria reduziu preços, os móveis foram perdendo o seu caráter de bens de luxo, o que resultou em uma redução no ciclo de troca de móveis por parte dos usuários, principalmente nos países desenvolvidos. Com isto, aos poucos os móveis vêm perdendo a característica de bens de longa duração. O novo estilo de vida da sociedade moderna, que passou a priorizar a funcionalidade e o conforto, introduziu novos conceitos ao projeto do produto.

5.7 Estudo Ergonômico

Os estudos ergonômicos são de extrema importância para o desenvolvimento deste projeto, visto que ele fornecerá recursos e limitações visando a adequação do produto final ao usuário. A ergonomia fornece ao projeto informações relacionadas à antropometria, que é a ciência que trata das medidas físicas do corpo humano. Esse levantamento ergonômico conta com as medidas físicas relativas ao ser humano sentado (Figura 17).

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Figura 17 - Dimensões básicas da antropometria exigidas para o design de cadeira

Fonte: PANERO e ZELNIK, 2002, p. 61

Os dados antropométricos servirão de pré-requisitos para o desenvolvimento das alternativas que têm como prioridade proporcionar conforto aos usuários. Tal conforto só é alcançado através de proporções e medidas adequadas. O público alvo permeia entre homens e mulheres de percentil 50, porém as idades e as medidas dos usuários podem ter uma grande margem de diferença. Por esta razão, optou-se por usar o quadro de medidas recomendado por Panero.

O percentil 50 foi selecionado pois se adapta melhor às medidas aplicadas nos atuais produtos da empresa, além de atingir um nicho maior de pessoas, visto que abrange também os percentis 60 e 40 do homem e da mulher, além de mulheres de percentil 70 e homens de percentil 30. O Gráfico 1 apresenta, horizontalmente, as alturas dos percentis e mostra que o percentil 50 (173,5 - 159,8) é capaz de satisfazer os outros percentis mais próximos, logo em seguida expõe-se a tabela com as alturas referentes aos percentis.

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Gráfico 1 - Gráfico da altura dos percentis

Fonte Desenvolvido pela autora

Tabela 1 - Altura dos percentis

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Afirma PANERO e ZELNIK (2015, p. 57) que um dos problemas que um projeto de um móvel para sentar enfrenta se resume ao fato de que o ato de sentar é visto como uma atividade estática, sendo que na realidade ela é dinâmica, visto que não existe uma determinada postura a ser sustentada. Apesar de existirem posturas recomendadas, o usuário muda de posição de tempo em tempo, o que ajuda a diminuir riscos para o sistema muscular. Se o projeto não viabilizar ao usuário a troca de posição e atender corretamente grande parte das dimensões humanas e corporais, acarretará no desconforto do usuário, tornando o produto ineficaz em seu objetivo.

Uma das observações mais enfática feita pelos autores é que, ao sentar, cerca de 75% do peso do peso total de um indivíduo é apoiado em apenas 26 centímetros quadrados. Esta carga é distribuída sobre uma área relativamente pequena e como resultado surgem grandes esforços de compressão aplicados na área inferior das nádegas, aproximadamente 5,9 a 7 quilos por centímetro quadrado. A compressão nas áreas da pele entre as nádegas e o tampo de um assento duro (Figuras 18,19) seria de cerca de 2,8 a 4,2 quilos por centímetro quadrado. A pressão pode gerar desconforto induzindo uma mudança de postura do usuário a fim de aliviar a área.

Figura 18 - Vista em corte de um indivíduo sentado indicando as tuberosidades dos ísquios

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Figura 19 - Vista posterior em corte das tuberosidades dos ísquios

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Na posição sentada, a maior parte do peso do corpo é transferida para as nádegas, uma área de suporte na tuberosidade que se resume em um ressalto de ossos presos em alguns músculos e ligamentos junto com tecidos moles. Assim, se não houver um apoio correto na região lombar, a pressão pode ser elevada em até 35%. Para reduzir a pressão é necessária a inclinação para trás do encosto e a presença de suporte lombar adequado (Figura 20). (PANERO e ZELNIK (2015, p. 57)

Figura 20 - A função principal do encosto é dar apoio a região lombar

Fonte: PANERO e ZELNIK, 2002, p. 65

Segundo o autor ZELNIK, um assento maior que 40,6 centímetros não acomoda um usuário muito pequeno, porém uma poltrona com profundidade de 43,2 centímetros adequa-se a 95% de todos os usuários. As pernas, os pés e as costas, em contato com outra superfície além do assento, deveriam produzir o equilíbrio necessário.

Há uma percepção nítida quanto à contribuição do encosto para a acomodação adequada do usuário no assento. Tamanho, conformação e

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posicionamento são características que variam de acordo com o móvel para sentar. É normal bancos não possuírem encosto e, geralmente, quando possuem, são para fins mais estéticos do que funcionais. A altura total do encosto e a angulação do mesmo podem variar de acordo com o projeto. A principal função do encosto é fornecer suporte à região lombar. Segundo afirma ZELNIK, não há dados suficientes relativos à curvatura da coluna.

Além de darem suporte, os apoios para os braços auxiliam o usuário ao sentar e levantar. Para definir as dimensões e o posicionamento dos apoios deve-se levar em consideração as medidas da ponta do cotovelo à superfície do assento tendo como base o percentil a ser analisado.

Outro fator importante a ser observado é o estofamento em assentos e encostos, os quais têm a função principal de distribuir a pressão do peso do corpo no ponto de interface sobre uma superfície maior. Porém o excesso de estofado pode gerar fadiga e dor ao usuário.

5.8. Semiótica

O intuito do projeto foi de criar uma coleção pela qual o usuário crie empatia. Sendo assim, foi necessário utilizar-se dos conceitos da semiótica. O homem atribui significados aos elementos percebidos no ambiente em que vive, criando códigos que podem ser entendidos universalmente - por determinado grupos ou apenas por um indivíduo - com a experiência que o mesmo adquiriu ao decorrer de sua vida.

Ferdinand de Saussure define que o signo é composto pelo significante e pelo significado, conectados numa relação na qual o primeiro é uma representação imediata de um objeto e o segundo faz emergir conceitos a partir das imagens psíquicas oriundas do conhecimento do sujeito que entra em contato com o signo. (Machado; Lahm, 2012, p. 113)

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Para utilização da semiótica como método de análise, inicialmente foram elaborados estudos da história açoriana focados na sua arquitetura. Em seguida, montou-se três painéis semânticos com os temas: Pomba Açoriana; Janela Açoriana; Contemporâneo. Após isto, foram realizadas análises e anotações de detalhes, cores e formas concebidas das imagens com o intuito de compreender os signos presentes para que os produtos finais tenham um significado a quem os possuir.

6. CONCEPÇÃO

6.1 Painéis Semânticos

Com a definição das diretrizes a serem adotadas para o desenvolvimento dos produtos, junto às especificações da empresa e objetivo já definido, sendo este a criação de uma coleção de móveis de design contemporâneo que tenham características de Florianópolis com traços da cultura açoriana, entendeu-se a importância da confecção de painéis semânticos, os quais potencializaram as percepções visuais, estimulando a criação de forma direcionada.

Este projeto objetivou-se por promover um elo entre o usuário e o produto, tanto em relação às suas características físicas quanto a elementos cognitivos. Assim sendo, pondera-se a importância da capacidade de abstração informacional para fins de compreensão do projeto principalmente por parte do usuário. Com tal subjeção em mente, foram desenvolvidos quatro painéis semânticos, os quais apresentam elementos como a Casa Açoriana; Pombinha Açoriana; Janela Açoriana; Ambiente e móveis contemporâneos. Para a concepção de cada painel, além de selecionadas imagens que melhor refletissem as características inerentes ao projeto, foram elaboradas análises descritivas de cada painel.

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6.1.1. Painel da Pombinha Açoriana

A chamada Pombinha açoriana é um dos elementos pertinentes ao projeto. O painel é composto por imagens de diferentes ângulos para uma melhor observação das características singulares destas construções, como por exemplo os detalhes da parte inferior dos telhados ( Figura 21) .

Figura 21 - Painel de Pombinha açoriana

Fonte: Desenvolvido pela autora

O zelo das construções é visível em seus detalhes. Na parte inferior do telhado destaca-se a sobreposição das telhas, sendo a última trabalhada na forma de uma pombinha. Com o tempo, criou-se a superstição de que ela protegia a casa. Coincidentemente, todas as fotos do painel apresentam casas brancas com detalhe em dourado e janelas da cor azul, dourada e vermelha.

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6.1.2. Painel da Janela Açoriana

A janela açoriana foi um dos componentes arquitetônicos escolhidos como fonte de inspiração. Por ser um elemento muito característico e diversificado, elaborou-se um painel semântico ( Figura 22) composto por diversas janelas açorianas.

Figura 22 - Painel de Janela açoriana

Fonte: Desenvolvido pela autora

Algumas janelas são compostas por arcos bem acentuados, outros mais suaves. Certos mecanismos de abertura estão na parte interna e o vidro é exposto na parte externa da casa, característica essa que se perdeu ao longo dos anos. É ostensivo o zelo pelos detalhes, as janelas sempre harmonizam com as portas e as cores saturadas contrastam com a cor da casa.

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6.1.3. Painel de Ambientes e móveis contemporâneos

Esse painel de ambiente e móveis contemporâneos (Figura 23) denota a expressão do produto. Sua elaboração tem como objetivo identificar características sucintas para a aplicação no projeto, esclarecendo o estilo que se pretende empregar na geração das alternativas.

Figura 23 - Painel de Ambientes e móveis contemporâneos

Fonte: Desenvolvido pela autora

Para o painel foi selecionada uma imagem de um ambiente, algumas poltronas com formas tanto orgânicas como sisudas e algumas poltronas e cadeiras da Talba com a intenção de fixar melhor a linguagem do produto. O ambiente apresentado possui traços contemporâneos e exemplifica o ambiente no qual o móvel possivelmente será disposto.

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6.2 Requisitos do Projeto

Com base nas informações adquiridas por meio de pesquisa e entrevista, foram constatados os requisitos inerentes ao projeto os quais são apresentados no Quadro 6.

Quadro 6 - Requisitos do projeto

Fonte: Desenvolvido pela autora

Estes requisitos foram dispostos em forma de quadro para uma melhor compreensão de sua avaliação e motivos pelos quais devem ser trabalhados no produto.

Com base nas informações levantadas nos requisitos, tratando-se do conforto, incluiu-se a ergonomia, e com isso foi desenvolvida uma tabela que mostra

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as dimensões femininas e masculinas do percentil 50. Para este projeto utilozou-se as dimensões de PANERO e ZELNIK, tendo os percentis citados como limitadores de dimensões. Para os assentos, optou-se por selecionar espumas que estão de acordo com os materiais utilizados pela empresa, sendo estes com densidade D23 e D28. As espessuras utilizadas nos produtos da empresa variam entre 1 e 2 centímetros no encosto das cadeiras e poltronas; 3 centímetros no assento das cadeiras e 5, 8 e 10 centímetros nos assentos das poltronas.

Tabela 2 - Dimensões recomendadas para assentos.

Fonte: Panero e Zelnik, 2002

Com base nas recomendações dimensionais feitas por PANERO, elaborou-se uma Tabela ( Tabela 2) para uma melhor observação e análise a fim de aplicar no projeto.

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6.3. Geração de alternativas

O processo de criação de alternativas mostra-se livre de restrições, mas deve ser direcionado através dos requisitos, especificações e metas, junto a outros meios que ajudam no processo criativo.

A geração de alternativas teve início com os painéis imagéticos, com observações dos móveis da empresa, dos concorrentes e da arquitetura açoriana. Destas análises retiraram-se as primeiras formas para o desenvolvimento da coleção, composta por uma poltrona, uma cadeira e um banco. Então, iniciou-se o processo de geração de alternativas (Figuras 24, 25 e 26).

Figura 24 - Primeiros esboços da Poltrona

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Todas as alternativas foram inspiradas na arquitetura açoriana possuindo os painéis semânticos como base para extração de formas. As poltronas possuem uma forte influência nas formas das janelas, já seus pés seguem formas utilizadas nos móveis da Talba.

Figura 25 - Primeiros esboços da Cadeira

Fonte: Desenvolvido pela autora

Semelhantemente às poltronas, as formas das cadeiras possuem forte influência nas janelas. Arcos foram utilizados para o desenvolvimento dos encostos e nos braços. As formas das venezianas e das divisórias das janelas também foram utilizadas como elemento de inspiração.

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Figura 26 - Primeiros esboços do Banco

Fonte: Acervo pessoal

Os bancos apresentam tanto elementos das janelas como das pombinhas açorianas. Algumas alternativas são desdobráveis o que as tornam mais versáteis, em outras alternativas se propôs um design diferenciado nos pés substituindo-os por duas tábuas. Entretanto, os elementos da arquitetura não estavam explícitos em sua composição, o que não estava de acordo com os requisitos do projeto pré-estabelecidos. Sendo assim, estes desenhos não foram selecionados para as alternativas finais.

A partir da criação dos esboços, foram selecionadas 6 alternativas de cada móvel (Figuras 27, 28 e 29). As propostas foram redesenhadas e algumas modificadas para um refinamento e adequação das formas.

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Figura 27 - Alternativas das poltronas

Fonte: Acervo pessoal

A primeira alternativa da poltrona tem os braços mais inclinados para fora, inspirado na pombinha açoriana. O encosto com o arco, característica das janelas açorianas, com detalhes que remetem à vidraçaria que era muito utilizada nas janelas. A segunda alternativa traz um diferencial, da qual o seu encosto não é apoiado/ ligado aos pés traseiros e sim com os braços da poltrona. O seu encosto remete às janelas e traz as divisórias dos vidros.

A terceira alternativa tem elementos abaixo do assento que aludem a detalhes da arquitetura, como elementos que enfeitam portas e janelas. Já a quarta alternativa transparece a forma de um arco nos braços e no encosto, A quinta opção denota elementos das janelas. As pontas do encosto e dos braços foram inspirados

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nas pombinhas açorianas que podiam ser observadas nas quatro extremidades dos telhados. A sexta alternativa selecionada traz o arco nos pés, ligando o pé da frente ao de trás, fazendo dele um balanço. Seu encosto foi inspirado nas janelas e possui estrutura estofada. As alternativas mencionadas são encontradas na Figura 27.

Figura 28 - Alternativas das cadeiras

Fonte: Acervo pessoal

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A primeira alternativa da cadeira possui a forma das venezianas das janelas em seu encosto. Os braços trazem o arco das janelas, podendo o assento ser estofado ou não. A segunda, terceira e quarta alternativa tem o encosto que remete às divisórias das janelas e a terceira possui um encosto cônico “abraçando” o usuário. As três últimas alternativas apresentam o arco das janelas em seus encostos, a quinta opção tem elementos abaixo do assento que remetem a detalhes da arquitetura encontrados enfeitando portas e janelas. A sexta alternativa expõe o arco como elemento diferencial em suas formas, tendo no encosto e no assento. As alternativas mencionadas são encontradas na figura 28.

Figura 29 - Alternativas dos bancos

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A primeira, segunda e terceira alternativa são inspiradas nas pombinhas açorianas e possuem as laterais dos assentos inclinadas. A quarta alternativa do banco, junto com a terceira alternativa da poltrona e a quinta da cadeira, tem elementos abaixo do assento que remetem a detalhes de ornamentos encontrados em portas e janelas de construções açorianas. A quinta alternativa é inspirada na janela óculos e é composta por quatro bancos retangulares com uma aresta arredondada, quando juntas formam uma poltrona maior redonda. O sexto banco remete à forma de uma janela na lateral com as divisórias dos vidros aparecendo e o estofado dando cor a essa parte da peça. As alternativas mencionadas são encontradas na figura 29.

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6.4. Matriz de seleção

A partir dos requisitos formou-se a Matriz de Seleção (Tabela 3, 4 e 5), uma ferramenta utilizada para avaliação a fim de eleger as alternativas geradas que melhor sintetizam os elementos do projeto. Atribuiu-se um peso a cada quesito, sendo peso 2 para os requisitos obrigatórios e peso 1 para os requisitos desejáveis, com a exceção das dimensões ergonômicas devido à dificuldade de avaliá-las nesta etapa sem o auxílio do protótipo. As opções foram pontuadas de zero a cinco em seis critérios pré-estabelecidos de acordo com as características do projeto, sendo eles: Conforto, respeito às dimensões ergonômicas, contemporaneidade, atratividade ao usuário, transmissão clara do elemento inspirador e viabilidade de produção.

Tabela 3 - Matriz de Seleção das poltronas

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Tabela 4 - Matriz de Seleção das cadeiras

Fonte: Desenvolvido pela autora

Tabela 5 - Matriz de Seleção dos bancos

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As propostas de poltrona selecionadas (primeira alternativa), cadeiras (quarta alternativa) e bancos (sexta alternativa) foram aquelas que obtiveram a maior pontuação, atendendo os requisitos do projeto de forma mais satisfatória.

Figura 30 - Alternativa selecionada da poltrona

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Figura 31 - Alternativa selecionada da cadeira

Fonte Arquivo pessoal, 2017

Figura 32 - Alternativa selecionada do banco

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As alternativas selecionadas possuem elementos das divisórias das janelas, o que contribui na identificação como itens da mesma coleção. Após a escolha, foram elaboradas modelagens no Solidworks a fim de chegar mais próximo a realidade (Figuras 27, 28 e 29).

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7. Detalhamento da Alternativa

Esta etapa contou com o detalhamento das alternativas finais, apresentando seus componentes, peças e desenhos técnicos com as dimensões dos respectivos produtos finais.

7.1 Detalhamento da Alternativa do Banco Arco

A alternativa final do banco necessitou de certas alterações nas laterais a fim de que seu design fosse mais próximo da poltrona e da cadeira. Tais alterações foram necessárias para que a estética permitisse a identificação dos elementos como parte de uma mesma coleção.

Figura 33 - Estrutura do banco arco

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Todos os materiais utilizados na confecção da banco são os mesmos empregados pela Talba em seus produtos. Assim como na empresa, a madeira de tauari foi utilizada como elemento base para a construção do produto. Todas as peças de madeira possuem 28 milímetros de espessura, com exceção do assento. Para a fixação foram utilizadas cavilhas de 8 milímetros e parafusos ph 4.5x50 cm. Além disso, utilizou-se de compensado, espuma e tecido para o estofado.

A simplicidade do produto é um dos fatores positivos em sua composição. A estrutura possui nove peças de madeira tauari, uma de compensado e espuma soft de densidade D23 com a espessura de 5 cm. Seus pés são levemente inclinados e as peças laterais possuem uma curvatura que permite o uso de duas cavilhas para uma melhor fixação. Tal curvatura pode ser encontrada em algumas cadeiras da Talba e, além de ser uma forma facilitadora do processo de montagem, também foi pensada para construir uma ligação com os produtos já desenvolvidos pela empresa.

7.2 Detalhamento da Alternativa da Cadeira Arco

Assim como no banco, a alternativa final da cadeira necessitou de alterações no encosto para apresentar um design condizente com os demais elementos da coleção. O arco do encosto apresenta uma continuação nas laterais a qual é feita pelos pés traseiros que, em uma peça única, também compõe o encosto como mostra a figura 34.

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Figura 34 - Estrutura da cadeira Arco

Fonte: Arquivo pessoal

Optou-se pela não colocação de estofados no encosto por motivos de estética e para diminuir a complexidade na montagem. A cadeira Arco Possui um número de onze peças de madeira tauari, uma peça de compensado e espuma soft de densidade D28 com espessura de 5 cm, contando com uma leve inclinação em seus pés traseiros. A barra traseira é ligada à peça lateral e aos pés traseiros, dando maior suporte à sua estrutura. Já os triângulos têm o propósito de fixar o compensado (o assento) em sua armação.

7.3 Detalhamento da alternativa da Poltrona Arco

A alternativa final da poltrona teve alterações no encosto para ter elementos que fizesse ligação com a cadeira e o banco, para serem identificadas como uma coleção. Nos dois lados, o arco do encosto possui uma continuação, a qual é feita pelos pés traseiros que em uma peça única se liga ao encosto, como mostra a figura 35.

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Figura 35 - Estrutura da poltrona arco

Fonte: Arquivo pessoal

O encosto possui 25 milímetros de espessura, já o compensado utilizado no assento tem a espessura de 15 milímetro. Os demais materiais utilizados pela empresa são: cavilha 8 milímetros e parafusos (utilizados apenas para a fixação do assento), compensado, estofado e tecido. A estrutura da Poltrona Arco dezessete peças de madeira tauari, uma de compensado e espuma soft para o assento, com 10 cm de espessura, densidade D28 e fibra para a almofada. Seus pés traseiros apresentam uma leve inclinação e as peças laterais possuem curvas que permitem o uso de duas cavilhas para uma melhor fixação das peças. Assim como na cadeira, utiliza-se de triângulos no assento para uma melhor segurança. Nos braços há presença de uma curva inclinada à frente e o encosto possui uma almofada o que proporciona maior conforto ao usuário.

7.4 Descrição conceitual da coleção

A coleção “Arco” tem como principal elemento de inspiração as famosas janelas açorianas encontradas no Ribeirão da Ilha e em algumas casas situadas no

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centro de Florianópolis, as quais se misturam à arquitetura moderna presente nas atuais construções. As janelas são representadas nas laterais do banco e nos encostos da cadeira e da poltrona.

Os produtos foram projetados em madeira maciça (Tauari), a qual é a matéria prima utilizada pela empresa parceira em seus produtos. A madeira é moderadamente macia ao corte e apresenta um bom acabamento. As tábuas utilizadas na estrutura possuem 30 milímetros de espessura com pequenas exceções, já os compensados utilizados nos assentos são de 15 milímetros.

Figura 36 - Amostra de tecido

Fonte: Arquivo pessoal

Figura 37 - Amostra de madeira Tauari envernizada

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A produção da coleção contou com a disponibilização do tecido por parte da empresa, o qual é composto de 100% poliéster, disponível na cor cinza, caramelo e marfim, como mostra na figura 36. Já a madeira Tauari está disponível envernizada na cor mel e tabaco (Figura 37).

7.5 Fatores de produção

Para o desenvolvimento do modelo utilizou-se da máquina de corte CNC da Talba para o corte de algumas peças. Foi necessário o auxílio do marceneiro da empresa para ajustar o corte de algumas peças anguladas as quais a máquina não conseguiria realizar. Tais procedimentos são realizados com frequência para a confecção de alguns móveis da empresa. Este processo de ajuste é realizado na peça lateral do banco Arco, na peça base do assento da cadeira e nas peças base assento 1 e base assento 2 da poltrona. O quadro a seguir (quadro 7) apresenta os componentes utilizados para na montagem da coleção.

Quadro 7 - componentes de montagem da coleção

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A designer Larissa definiu altura padrão do assento de todas as cadeiras para 45 centímetros. Assim sendo, a cadeira da coleção norteia-se por esta mesma medida. Vale mencionar que este projeto foi feito pensando no processo que seria feito na empresa usando a CNC e o mínimo do auxilio do marceneiro, que seria necessário para o ajuste das bases do assento da cadeira, da poltrona e dos triângulos do banco.

7.6 Rendering

Figura 38 - Rendering 1 poltrona Arco Figura 39 - Rendering 2 poltrona Arco

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Fonte figuras 41 e 42: Arquivo pessoal

Figura 42 - Rendering 5, poltrona Arco Figura 43 - Rendering 6, poltrona Arco

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Figura 44 - Rendering 1 banco Arco Figura 45 - Rendering 2 banco Arco

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Figura 46 - Rendering 3, banco Arco Figura 47 - Rendering 4, banco Arco

Fonte: Arquivo pessoal Fonte: Arquivo pessoal

Figura 48 - Rendering 1, cadeira Arco Figura 49 - Rendering 2, cadeira Arco

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Figura 50 - Rendering 3 cadeira Arco Figura 51 - Rendering 4 cadeira Arco

Fonte: Arquivo pessoal Fonte: Arquivo pessoal

7.7 Ambientação

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Figura 53 - Ambientação coleção Arco

Fonte figuras 52 e 53: Arquivo pessoal

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Figura 55 - Ambientação cadeira Arco 2

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Figura 56 - Ambientação Cadeira Arco 3 Figura 57 - Ambientação banco Arco 3

Fonte: Arquivo pessoa Fonte: Arquivo pessoal

Figura 58 - Ambientação poltrona Arco 3

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Figura 59 - Ambientação poltrona Arco 3

Figura 60 - Ambientação poltrona Arco 3

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Figura 61 - Ambientação poltrona Arco 3

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Figura 62 - Ambientação poltrona Arco 3

Fonte: Arquivo pessoal

8. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O contato direto com a empresa parceira contribuiu efetivamente na compreensão dos objetivos da Talba. Isto refletiu de forma direta no desenvolvimento do projeto, trazendo maior foco e objetividade. Além disso, a disponibilidade e experiência dos indivíduos envolvidos auxiliou na compreensão e resolução de dúvidas que surgiram durante o processo projetual.

Outro fator de suma importância foi a organização exigida pelo professor orientador. O comprometimento com o projeto ocorreu de forma mútua

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sendo transparecido até mesmo nos momentos de reuniões e cumprimento das metas semanais.

Cabe argumentar que o resultado deste trabalho superou as expectativas iniciais. A superação de dificuldades inerentes ao projeto e a finalização do mesmo culminaram na ciência de que há um longo caminho a ser percorrido para o aperfeiçoamento profissional e acadêmico. Entretanto, tal tarefa se torna atrativa a medida em que há um esforço intrínseco para o cumprimento de tal tarefa.

Por fim, tal projeto não seria possível sem a ajuda de terceiros, os quais auxiliaram de forma efetiva tanto no desenvolvimento das atividades quanto na orientação correta para o alcance dos objetivos almejados.

Apêndice A - Desenho Técnico do Banco Arco Apêndice B - Montagem do Banco Arco

Apêndice C - Desenho Técnico da Cadeira Arco Apêndice D - Montagem da Cadeira Arco

Apêndice E - Desenho Técnico da Poltrona Arco Apêndice F -Montagem da Poltrona Arco

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9. REFERÊNCIAS

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MACHADO, Celso; ALEXANDRE, Regis SEMIÓTICA COMO MÉTODO DE ANÁLISE DE DADOS. Faculdade CESUDA. 2012

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Referências

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