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O olho que pensa, a mão que faz, o corpo que inventa

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Academic year: 2021

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B e at r i z M i l h az e s

V oc ê m e ol h a p or q u ê ? P or q u e v oc ê es t á m e o l h a n d o ? , 1 9 9 2 , s e r i g r af i a

F ot o: F a u st o F l e u r y

O olho que pensa, a mão que faz, o corpo que

inventa

Com as proposições didáticas sugeridas, espera-se que os alunos possam se aproximar, de uma maneira aberta, da obra do artista,

buscando encontrar possibilidades de expl oração poéticas desse objeto artístico. Tal aproximação propicia a ampli ação de seus repertórios visuais e conceituais.

Ao apresentarmos os conteúdos relacionados às aprendizagens, definimos o que esperamos que os alunos aprendam e também estabelecemos uma relação entre os conteúdos e as reais

possibil idades de construção de conhecimentos em suas diferentes etapas de desenvolvimento cognitivo, afetivo e relacional.

EX PE CT AT I VAS D E A P RE N D I ZA G E M

Proposta de trabalho: Recriando a natureza e compondo jardins. CONTEÚDOS

• Leitura da imagem

• Percurso poético da artista Beatriz Milhazes • Desenho de observação

• Recorte e colagem

• Composição com justaposições e sobreposições • Arte e Meio Ambiente

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OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Identificar aspectos do processo de criação de Beatriz Milhazes.

• Fazer desenho de observação para perceber a distância entre o real e o representado

• Transformar o desenho de observação em um estudo de experimentação técnica.

• Desenvolver a técnica do recorte e colagem em exercícios de composição. • Desenvolver trabalho de composição utilizando os conceitos de justaposição e

sobreposição utilizados pela artista.

• Identificar no texto visual da obra apresentada componentes que dialoguem com o tema Meio Ambiente.

AVALIAÇÃO

Considerando que a avaliação é um instrumento do professor para saber se o objetivo que propôs foi ou não alcançado e perceber o grau de dificuldade vivenciado pelos alunos durante o percurso educativo, este item tem como objetivo apontar caminhos por meio de levantamento de questões (perguntas), que ajudem o professor a perceber se os alunos se apropriaram dos conteúdos apresentados ou não e de que forma. Para tanto, a avaliação para essa proposição didática estará contida no item 9 da atividade sugerida.

PR OP OS T A D E T RAB A L HO

MATERIAIS

• Cartolinas brancas

• Folhas de papel espelho em diversas cores • Tesouras

• Lápis

• Folhas de sulfite A4 ou caderno de desenho • Cola branca

• Guache diversas cores • Pincéis

Recriando a natureza e compondo jardins

1. Saia com os alunos para uma expedição em alguma área verde na escola ou fora (jardins, vasos, hortas, parques etc.). Leve as folhas de papel sulfite A4 (podem ser os cadernos de desenho) e lápis. Peça que observem como o

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espaço está organizado, como são as plantas, se há flores. Proponha que desenhem as plantas que estiverem nos arredores. Se isso não for possível, leve algumas imagens de plantas e deixe que eles as observem e desenhem. Durante o exercício de observação, instigue-os a prestarem bastante atenção especialmente nas formas diferenciadas das folhas, flores, galhos etc. É importante que sejam feitos dois desenhos por folha para evitar que as formas fiquem muito pequenas.

2. Ao retornarem para o espaço de trabalho, peça que coloquem seus desenhos em uma grande roda de apreciação. Exponha-os de modo que todos possam ver os desenhos. Pergunte sobre como foi o processo de observação dos elementos reais ao serem passados para o papel. Deixem que percebam as diferenças e semelhanças entre seus desenhos e os elementos observados. 3. Tendo em mãos os desenhos de observação e as cartolinas, peça que

escolham dois ou três deles, desenhando-os sobre a cartolina. Em seguida, peça que recortem os desenhos, tendo, com isso, seus moldes. Esses moldes vão ajudar os alunos a reproduzir várias vezes o mesmo desenho sobre as folhas coloridas de papel espelho.

4. Peça que escolham várias cores de papel e com os moldes feitos em cartolina reproduzam suas formas, ou seja, como uma régua, coloque a forma recortada sobre a folha colorida e, segurando-a firmemente, risque seus contornos. É importante que cada desenho seja reproduzido no mínimo cinco vezes, deixando espaços entre eles. A próxima etapa será o recorte de todos esses desenhos.

5. Mostre novamente a imagem de Beatriz Milhazes para os alunos e retome com eles como a artista faz uso de elementos da natureza e de imagens

pre-existentes para criar as suas composições visuais. Lembre-os sobre os conceitos de composição explorados pela artista e sobre as discussões que tiveram sobre os possíveis diálogos estabelecidos com tema Meio Ambiente. Se possível, leia novamente o registro feito antes, na seção “O olho que conta histórias”. Peça que os alunos comentem sobre como a natureza pode ser transformada em uma composição artística no trabalho da artista e na

paisagem da cidade. Lembre-os sobre como o paisagista Roberto Burle Marx transforma a paisagem compondo a paisagem natural e construída.

6. Em grupos de cinco alunos e utilizando tinta guache e pincéis, prepare o

suporte para o trabalho de composição propondo que criem um fundo colorido para o trabalho, pintando-o inteiramente. Deixe secar.

7. Com os desenhos coloridos recortados em mãos, cola e o suporte pronto, proponha que os grupos criem seus “jardins” por meio do desenvolvimento de composições que dialoguem com o texto lido, explorando os conceitos

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compositivos de justaposição e sobreposição observados no trabalho da artista. Os alunos poderão trocar suas formas com as dos colegas se desejarem. Antes de colarem suas formas, deixe que brinquem de compor seus jardins, manipulando as formas coloridas recortadas dentro do espaço do suporte. Proponha que explorem diferentes efeitos de composição:

sobreposição, justaposição, distribuição por cores, direções etc. Após decidirem como serão as suas composições peça que colem as formas recortadas sobre o suporte colorido. Proponha que cada grupo dê um nome a seu “jardim”.

8. Ao final, monte uma mostra dos trabalhos criando espaços para exporem seus “jardins”. Você poderá expor trabalhos e imagens do processo de trabalho. Não se esqueça de identificar a proposta. Peça que os autores falem sobre suas escolhas. Esse também será o momento para resgatar as discussões sobre como o elemento real foi transformado em elemento artístico (da observação à representação) e como as cores influenciam a leitura que fazemos da

composição. 9. Avalie:

o Os alunos conseguiram entrar no universo da obra de Beatriz Milhazes por meio da leitura de imagem?

o A partir da observação dos elementos da natureza os alunos conseguiram perceber suas características visuais (formas, linhas, cores, dimensões)?

o Ao observarem as plantas, eles procuraram representar o que realmente estavam vendo (desenho de observação)?

o Ao apreciarem os desenhos dos colegas, conseguiram perceber diferentes maneiras de desenhar?

o Os alunos conseguiram executar bem todas as etapas? Se não, o que faltou?

o O exercício de manipulação de formas coloridas ajudou-os a perceber o conceito de composição visual?

o Conseguiram estabelecer relações entre o texto visual e o tema Meio Ambiente?

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O olhar que descobre

LIVROS E CATÁLOGOS:

ARTE e artistas plásticos no Brasil 2000. Posf. Luiz Armando Bagolin. São Paulo: Metalivros, 2000.

BARBOSA, Ana Mae. A imagem no ensino da arte: anos oitenta e novos tempos. 2.ed. São Paulo: Perspectiva, 1996.

______ (Org.). Arte-educação: leitura no subsolo. 4. ed. São Paulo: Cortez, 2002. BASBAUM, Ricardo. Planos múltiplos. Guia das Artes. São Paulo: Casa Editorial Paulista, v. 5, n. 20, p. 96-98, set. 1990.

BEATRIZ Milhazes: pintura, colagem. Curadoria Ivo Mesquita. São Paulo: Pinacoteca do Estado, 2008.

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação

Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: terceiro e quarto ciclos do Ensino Fundamental: arte. Brasília, 1998.

COSTA, Cacilda Teixeira da. Arte no Brasil 1950-2000: movimentos e meios. São Paulo: Alameda, 2004.

DASHEFSKY, H. Steven. Dicionário de ciência ambiental: um guia de A a Z. Trad. Heloisa Helena Torres. 3. ed. São Paulo: Gaia, 2003.

HERKENHOFF, Paulo. Beatriz Milhazes: cor e volúpia. São Paulo: F. Alves, 2007. IAVELBERG, Rosa. O desenho cultivado da criança: prática e formação de educadores. Porto Alegre: Zouk, 2006.

MARX, Roberto Burle. Arte e paisagem: conferências escolhidas. São Paulo: Nobel, 1987.

______. Arte e paisagem: conferências escolhidas. Org. e coment. José Tabacow. 2.ed. São Paulo: Studio Nobel, 2004.

PEDROSA, Adriano. Mares do Sul. In: MILHAZES, Beatriz. Mares do Sul. Curadoria Adriano Pedrosa. Rio de Janeiro: Centro Cultural Banco do Brasil, 2002. p. 81.

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DOCUMENTOS ELETRÔNICOS:

ALVES, José Eustáquio Diniz O meio ambiente não pode esperar a inércia

demográfica. Disponível em: <http://sendosustentavel.blogspot.com/2010/09/o-meio-ambiente-nao-pode-esperar.html#more>. Acesso em: 8 abr. 2011.

BEATRIZ Milhazes. Disponível em: <http://beatrizmilhazes.zip.net/index.html>. Acesso em: 8 abr. 2011.

______. Disponível em:

<http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_ic/index.cfm?fuseaction=arti stas_criticas&cd_verbete=573&cd_item=15&cd_idioma=28555>. Acesso em: 8 abr. 2011.

CÂNDIDO, Amaury. Praça do Ferreira: o coração de Fortaleza. Diário do Nordeste, 30 abr. 2006. Disponível em:

<http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=332630> . Acesso em: 8 abr. 2011.

INSTITUTO Arte na Escola. Disponível em: <http://www.artenaescola.org.br>. Acesso em: 8 abr. 2011.

PROJETO internacional de revitalização de áreas urbanas degradadas chega ao Brasil. Envolverde: Revista Digital, 9 set. 2010. Disponível em:

<http://www.envolverde.com.br/materia.php?cod=80665>. Acesso em: 8 abr. 2011. ROBERTO Burle Marx. Disponível em:

<http://www.sefaz.es.gov.br/painel/bmarx01.htm> Acesso em: 8 abr. 2011.

VÍDEO:

A PROFUSÃO de cores de Beatriz Milhazes. Dir. Maria Ester Rabello. São Paulo: Rede SescSenac de Televisão, 2004. 1 DVD (26 min.). (O mundo da arte).

Referências

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