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Regras básicas do IVA na UE aplicáveis aos serviços prestados por via eletrónica explicadas às microempresas

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Regras básicas do IVA na UE aplicáveis aos serviços prestados por via

eletrónica explicadas às microempresas

Desde 1 de janeiro de 2015, os serviços de telecomunicações, de radiodifusão e televisão e os serviços prestados por via eletrónica são sempre tributados no país do destinatário1, independentemente de o destinatário ser uma empresa ou um consumidor. O presente documento visa proporcionar uma explicação simples dos casos abrangidos por estas disposições, tendo especialmente em conta os serviços prestados por via eletrónica por microempresas com sede na UE.

Não abrange 1) o fornecimento de bens em que os sistemas eletrónicos só são utilizados para efetuar as encomendas, e 2) a prestação de serviços que não de telecomunicações, de radiodifusão e televisão e serviços prestados por via eletrónica.

Se alguma das explicações contidas no presente documento continuar a ser pouco clara, encontram-se disponíveis referências que remetem para as Notas explicativas (e outros documentos conexos), que permitem uma leitura mais aprofundada sobre a matéria. Se persistirem dúvidas, recomenda-se que seja contactada a administração fiscal local. (Ver no final do documento como encontrar os pontos de contacto nacionais.)

Para determinar se as regras de 2015 se aplicam à sua empresa, deve considerar as seguintes questões:

1. A definição de serviços fornecidos por via eletrónica aplica-se ao produto da sua empresa?

2. Quem são e onde estão os destinatários do seu produto? 3. Como cumprir as suas obrigações em matéria de IVA?

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Os serviços são prestados através da Internet ou de uma rede eletrónica A prestação implica o seguinte:

 É essencialmente automatizada  Requer uma intervenção humana

mínima

 Não tem qualquer viabilidade na ausência de tecnologia de informação

Para mais pormenores, veranexo infra.

A empresa exerce uma das seguintes atividades (NB! a lista de exemplos não é exaustiva):

 Fornecimento de sítios informáticos, domiciliação de páginas Web, manutenção à distância de programas e equipamentos

 Fornecimento de programas informáticos e respetivas atualizações

 Fornecimento de imagens, textos e

informações, e disponibilização de bases de dados

 Fornecimento de música, filmes e jogos, incluindo jogos de azar e a dinheiro, e de emissões ou manifestações políticas, culturais, artísticas, desportivas, científicas ou de lazer

 Prestação de serviços de ensino à distância

Clicar nas hiperligações supra para ver exemplos específicos.

1. O que são serviços prestados por via eletrónica?

Para

determinar se um serviço pode ser considerado um serviço prestado por via eletrónica, convém verificar:

 Em primeiro lugar, se o serviço

é expressamente referido numa das listas de exemplos que constam da Diretiva IVA2 e do Regulamento de Execução do IVA3 (ver o quadro supra e os exemplos indicados

noanexo infra)

 Em segundo lugar, se o serviço não for referido nos exemplos, verificar se é indicado como um serviço que não é abrangido pela definição (ver o anexo infra)

 Por último, se o serviço não constar de nenhuma destas listas, verificar se o mesmo cumpre os critérios estabelecidos na definição geral (ver o quadro supra e o anexo infra)

Ao examinar a lista de exemplos, há que ter em atenção que as atividades enumeradas servem sobretudo de exemplos dos principais tipos de serviços prestados por via eletrónica conhecidos na altura em que foram elaborados os atos legislativos em matéria de IVA. Por conseguinte, se o seu serviço não for expressamente referido, deverá ainda examinar a lista que exclui expressamente a possibilidade de determinados serviços serem considerados e, em

2 Diretiva 2006/112/CE do Conselho, de 28 de novembro de 2006, relativa ao sistema comum do imposto sobre o valor acrescentado.

3 Regulamento de Execução (UE) n.º 282/2011 do Conselho, de 15 de março de 2011, que estabelece medidas de aplicação da Diretiva 2006/112/CE relativa ao sistema comum do imposto sobre o valor acrescentado.

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seguida, deverá verificar também a possibilidade de o serviço em causa ser abrangido pela definição geral.

2. Quem são e onde estão os destinatários do seu produto?

Se todas as declarações supra forem verdadeiras, a empresa do prestador tem de declarar o IVA no outro Estado-Membro da UE. Na secção 3 do presente documento, encontram-se disponíveis informações sobre o cumprimento das obrigações em matéria de IVA.

Se, pelo menos, uma das afirmações não for verdadeira, as consequências serão diferentes.

Se os clientes da empresa se encontrarem apenas no Estado-Membro do prestador, este terá de liquidar o IVA apenas no seu Estado-Membro (caso a empresa esteja ou tenha de estar registada para efeitos de IVA).

Se os destinatários num outro Estado-Membro estiverem registados para efeitos de IVA (ou seja, forneceram ao prestador o número de registo para efeitos de IVA), os próprios destinatários declaram o IVA no respetivo Estado-Membro (mecanismo de autoliquidação).

Se os serviços forem prestados através de um mercado, considera-se que o prestador está a prestar o serviço a um sujeito passivo para efeitos de IVA (ou seja, ao operador do mercado) que, por sua vez, está ainda a fornecer o serviço ao destinatário final, a uma pessoa não sujeito passivo. O operador do mercado estará sujeito a obrigações em matéria de IVA nos Estados-Membros onde estão estabelecidos os destinatários finais. Ver também as Notas explicativas secção 3, páginas 22 a 44.

2.1. Determinação da localização do destinatário

Há duas regras, de caráter geral, para determinar a localização do destinatário.

Se o destinatário for uma empresa (sujeito passivo), será o país onde a mesma está registada ou o país onde tem instalações estáveis que recebem o serviço.

Se o destinatário for um consumidor (não sujeito passivo) será o país onde o mesmo está registado, tem domicílio permanente ou residência habitual.

Presta serviços por via eletrónica a destinatários em qualquer outro Estado-Membro da UE

Alguns dos destinatários de um outro Estado-Membro da UE não são um sujeito passivo para efeitos de IVA, ou seja, não lhe comunicaram um número de IVA

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Por vezes, as condições da vida real dificilmente permitem determinar com inteira certeza a localização do destinatário. Por conseguinte, o Regulamento de Execução do IVA (artigos 24.º-A, 24.º-B, 24.º-D e 24.º-F) permite algumas presunções com vista a facilitar a aplicação do regime do IVA.

As informações seguintes são um resumo de explicações mais aprofundadas retiradas das Notas explicativas, secções 7 a 9, páginas 54 a 73.

2.1.1. Presunções com base nas informações conhecidas sobre o consumidor - aplicam-se apenas a prestações de serviços de empresas para consumidores (B2C).

Sempre que não seja necessária a presença física do consumidor (ou seja, um não sujeito passivo) para beneficiar do serviço e não seja possível determinar o país onde o consumidor está registado, tem domicílio permanente ou residência habitual, o prestador do serviço tem o direito a presunção com base nos dados que lhe foram disponibilizados sobre o destinatário.

A presunção normalmente mais utilizada é uma presunção geral que permite determinar a localização do beneficiário com base em dois elementos de prova não contraditórios enumerados infra, na secção 2.1.3. A partir de 2019, basta um elemento o volume de negócios anual do prestador não exceder 100 000 EUR – para mais informações consultar o Portal MOSS, em «What changes on 1 January 2019». Trata-se de uma presunção geral a utilizar quando nenhuma das presunções específicas apresentadas infra se aplica (incluindo as presunções com base na localização física).

Outras presunções aplicáveis a B2C são as seguintes:

 Prestação através de uma linha fixa: quando os serviços são prestados a um destinatário através da sua linha fixa, presume-se que o destinatário está efetivamente estabelecido nesse lugar, pelo que é possível confiar nessa presunção.

 Prestação através de redes móveis: quando os serviços são prestados a um destinatário através de redes móveis, presume-se que o destinatário está estabelecido no país identificado pelo indicativo da rede móvel do cartão SIM utilizado para receber os serviços.

 Prestação utilizando um descodificador: quando é necessário um descodificador ou dispositivo similar ou um cartão de visualização para receber os serviços, presume-se que o destinatário está localizado onde o dispositivo está situado ou no lugar para onde é enviado o cartão de visualização para aí ser utilizado. Aplica-se apenas se não for utilizada uma linha fixa.

2.1.2 Presunções relativas às prestações de serviços na localização física do prestador e a bordo de um meio de transporte - aplica-se aos serviços prestados por uma empresa a outra empresa (B2B) e aos serviços prestados por uma empresa a um consumidor (B2C).

Com a presunção relativa às prestações de serviços na localização física do destinatário, o prestador pode presumir que o destinatário está estabelecido, tem domicílio permanente ou residência habitual no lugar onde o serviço é prestado pelo prestador e onde o destinatário está presente em pessoa, porque a presença física do destinatário é necessária para a receção desse

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serviço. Esse seria então o lugar onde o serviço prestado por esse prestador seria tributado. Refira-se, a título de exemplo, lugares como uma cabine telefónica, um quiosque telefónico, uma zona wi-fi, um cibercafé, um restaurante ou o átrio de um hotel, mas não só.

Sempre que a localização física onde os serviços são prestados for a bordo de uma embarcação, de uma aeronave ou de um comboio no decurso de um transporte de passageiros no território da UE, considera-se que o país da localização é o país de partida do transporte.

2.1.3 Elementos de prova para a identificação da localização do destinatário

Há uma lista não exaustiva de elementos de prova para determinar a localização de um destinatário nos casos em que o prestador aplica uma presunção geral (dois elementos de prova não contraditórios) ou quando o prestador pretende ou necessita de ilidir uma presunção.

A lista de elementos de prova é a seguinte:  Endereço de faturação do destinatário;

 Endereço do Protocolo Internet (IP) do dispositivo utilizado pelo destinatário ou qualquer meio de geolocalização;

 Dados bancários, tais como a localização da conta bancária utilizada para o pagamento ou o endereço de faturação do destinatário de que esse banco dispõe;

 Indicativo móvel do país (MCC) da identidade internacional de assinante móvel (IMSI) armazenado no cartão SIM (módulo de identidade do assinante) utilizado pelo destinatário;

 Localização da linha fixa do destinatário através da qual o serviço lhe é prestado;  Outras informações comerciais pertinentes.

2.1.4 Ilisão das presunções

O prestador pode optar por ilidir uma presunção no caso de ter três elementos de prova não contraditórios (enumerados supra) que comprovam que o lugar da prestação do serviço, o país de localização do destinatário, é diferente do país considerado no âmbito da presunção. Um prestador não é obrigado a ilidir uma presunção. Ainda que possa haver provas em contrário, o prestador pode, com vista a determinar o lugar a que o destinatário pertence, decidir basear-se na presunção aplicada.

Uma autoridade fiscal só pode ilidir presunções nos casos em que há indícios de utilização indevida ou abusiva por parte do prestador.

3. Cumprimento das obrigações em matéria de IVA

No caso de um prestador de serviços considerados serviços prestados por via eletrónica a destinatários que não são sujeitos passivos para efeitos de IVA, localizados em Estados-Membros que não o do prestador, e que recebem a prestação do serviço diretamente desse

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prestador (e não por via de um mercado), este terá de cobrar e liquidar o IVA desses outros Estados-Membros. Isso implica que o prestador terá de cobrar o IVA a esses destinatários à taxa aplicável no Estado-Membro onde estão estabelecidos.

É importante ter em conta que, mesmo que a empresa do prestador do serviço não esteja registada como sujeito passivo para efeitos de IVA no respetivo Estado-Membro, terá ainda de liquidar o IVA nos outros Estados-Membros onde os destinatários dos seus serviços estão estabelecidos.

Para cumprir as suas obrigações, o prestador tem duas opções:

 Registar-se para efeitos de IVA em cada Estado-Membro onde os destinatários dos seus serviços estão estabelecidos

 Registar-se no minibalcão único do IVA (MOSS) apenas no seu Estado-Membro A primeira opção, ou seja, registar-se para efeitos de IVA noutros Estados-Membros, não é matéria do presente documento.

Como as microempresas quererão, em geral, evitar registar-se para efeitos de IVA noutros Estados-Membros, a informação que se segue centra-se apenas na medida de simplificação prevista pela segunda opção: o minibalcão único do IVA.

 O minibalcão único do IVA é um sistema informatizado que permite às empresas que prestam serviços de telecomunicações, serviços de radiodifusão e televisão ou serviços eletrónicos a destinatários estabelecidos num outro Estado-Membro liquidar o IVA devido sobre as prestações efetuadas através de um portal Web no seu próprio Estado-Membro.

 Caso já esteja registado para efeitos de IVA no seu Estado-Membro, o prestador pode registar-se ainda no minibalcão único do VAT com o mesmo número de identificação para efeitos de IVA que utiliza nas declarações do IVA nacionais.

 Caso não esteja registado para efeitos de IVA no seu Estado-Membro (por exemplo, por não ter sido alcançado o limiar de registo nacional), pode proceder ao registo apenas no minibalcão único do IVA. As vendas efetuadas no seu Estado-Membro continuarão a beneficiar de isenção de IVA enquanto o volume de negócios se mantiver abaixo do limiar nacional.

 O prestador deve apresentar trimestralmente por via eletrónica uma declaração de IVA do minibalcão único ao seu Estado-Membro no prazo de 20 dias a contar do fim do período abrangido pela declaração (por exemplo, a declaração referente ao primeiro trimestre do ano deve ser apresentada até 20 de abril).

 Nesta declaração de IVA, terá de declarar o total do volume de negócios, líquido de IVA, as taxas de IVA aplicáveis e o montante total de IVA cobrado aos seus clientes a quem as prestações foram efetuadas, por Estado-Membro.

 Terá de pagar o montante total de IVA devido após apresentação da declaração de IVA à sua administração fiscal até ao fim do prazo de apresentação da referida declaração de IVA (por exemplo, até 20 de abril no que respeita ao primeiro trimestre do ano).

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 O Estado-Membro do prestador transmite as informações relativas às declarações de IVA a todos os Estados-Membros nos quais foram efetuadas as prestações e distribui as receitas do IVA pelos respetivos Estados-Membros em conformidade.

Prazo de registo no minibalcão único do IVA4

Em princípio, o prestador deve registar-se no minibalcão único antes de começar a prestar serviços eletrónicos que permitam para a sua utilização. O registo produz efeitos a partir do primeiro dia do trimestre civil seguinte àquele em que o prestador informe a administração fiscal de que pretende começar a utilizar o regime.

No entanto, pode acontecer que o prestador tenha tido um destinatário de outro Estado-Membro antes de ter decidido começar a utilizar o regime de minibalcão único do IVA. Nesse caso, tem de informar o seu Estado-Membro, até ao décimo dia do mês seguinte, de que efetuou essa prestação e, seguidamente, o registo produz efeitos a partir da data da entrega.

4. O portal Web da Comissão Europeia relativo ao minibalcão único e às

regras do IVA aplicáveis aos serviços eletrónicos

Existe um portal Web específico que inclui informações muito mais pormenorizadas. Aí é possível encontrar, nomeadamente, vários guias (traduzidos para todas as línguas da UE), informações respeitantes às regras nacionais em matéria de IVA relacionadas com o minibalcão único, bem como os pontos de contacto nacionais para efeitos de minibalcão único.

4 Ver também o Guia do minibalcão único do IVA, «5) A partir de quando é que o registo produz efeitos?», na página 8.

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Anexo Descrição pormenorizada das regras: Definição e exemplos de

serviços prestados por via eletrónica

A definição de «serviços prestados por via eletrónica» consta do artigo 7.º, n.º 1, do Regulamento de Execução do IVA:

Entende-se por «serviços prestados por via eletrónica» os serviços que são prestados através da Internet ou de uma rede eletrónica e cuja natureza torna a sua prestação essencialmente automatizada, requerendo uma intervenção humana mínima, e que são impossíveis de assegurar na ausência de tecnologias da informação.

Os números que se seguem do artigo 7.º fornecem uma lista não exaustiva de serviços que são abrangidos e que não são abrangidos por esta definição.

A definição abrange, em especial A definição não abrange, em especial a) Fornecimento de produtos digitalizados em

geral, nomeadamente os programas

informáticos e respetivas alterações e atualizações;

b) Serviços de criação ou de apoio à presença de empresas ou de particulares numa rede eletrónica, tais como um sítio ou uma página Internet;

c) Serviços gerados automaticamente por computador através da Internet ou de uma rede eletrónica, em resposta a dados específicos introduzidos pelo destinatário; d) Concessão, a título oneroso, do direito de colocar um bem ou um serviço à venda num sítio Internet que funciona como mercado em linha, em que os compradores potenciais fazem as suas ofertas através de um processo automatizado e em que as partes são prevenidas da realização de uma venda através de um correio eletrónico gerado automaticamente por computador;

e) Pacotes de fornecimento de serviços internet (ISP) em que a componente telecomunicações constitui um elemento auxiliar e secundário (ou seja, pacotes que vão além do mero acesso à Internet e que compreendem outros elementos, tais como páginas de conteúdo que dão acesso a notícias e a informações meteorológicas ou turísticas; espaços de jogo; alojamento de sítios; acesso a debates em linha, etc.);

a) Serviços de radiodifusão e televisão; b) Serviços de telecomunicações;

c) Bens cuja encomenda e respetivo processamento sejam efetuados por via eletrónica;

d) CD-ROM, disquetes e suportes materiais similares;

e) Material impresso, tal como livros, boletins, jornais ou revistas;

f) CD e cassetes áudio; g) Cassetes vídeo e DVD; h) Jogos em CD-ROM;

i) Serviços de profissionais, tais como juristas ou consultores financeiros, que aconselham os seus clientes por correio eletrónico;

j) Serviços de ensino, em que o conteúdo do curso é fornecido pelo docente através da Internet ou de uma rede eletrónica (ou seja, por conexão remota);

k) Serviços de reparação física fora de linha de equipamento informático;

l) Serviços de armazenamento de dados fora de linha;

m) Serviços de publicidade, nomeadamente em jornais, em cartazes ou na televisão; n) Serviços de assistência por telefone;

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9 f) Serviços enumerados no anexo I [do Regulamento de Execução do IVA, e apresentados infra na secção Exemplos].

prestados por correspondência,

nomeadamente utilizando os serviços postais; p) Serviços tradicionais de vendas em leilão, assentes na intervenção humana direta, independentemente do modo como são feitas as ofertas de compra;

t) Bilhetes para manifestações culturais, artísticas, desportivas, científicas, educativas, recreativas e similares reservados pela Internet;

u) Alojamento, aluguer de automóveis, serviços de restauração, de transporte de passageiros ou similares reservados pela Internet.

Exemplos

É apresentada infra uma relação das atividades enumeradas no anexo II da Diretiva IVA e dos respetivos exemplos que constam do anexo I do Regulamento de Execução do IVA.

1) Fornecimento de sítios informáticos, domiciliação de páginas Web, manutenção à distância de programas e equipamentos:

a) Alojamento de sítios e de páginas web;

b) Manutenção automatizada de programas em linha e à distância;

c) Administração remota de sistemas;

d) Armazenamento de dados em linha que permita o armazenamento e a extração de dados específicos por via eletrónica;

e) Fornecimento em linha de espaço de disco encomendado.

2) Fornecimento de programas e respetiva atualização:

a) Acesso ou descarregamento de programas informáticos (incluindo programas para aquisições/contabilidade e programas informáticos antivírus) e respetivas atualizações;

b) Programas informáticos para bloquear a visualização de faixas publicitárias, conhecidos por bloqueadores de anúncios;

c) Descarregamento de programas de gestão (drivers), tais como programas informáticos de interface entre computadores e equipamento periférico (por exemplo, impressoras);

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e) Instalação automatizada em linha de corta-fogos (firewalls);

3) Fornecimento de imagens, textos e informações, e disponibilização de bases de dados:

a) Acesso ou descarregamento de temas para a área de trabalho (desktop);

b) Acesso ou descarregamento de fotos, imagens ou protetores de ecrã (screensavers);

c) Conteúdo digitalizado de livros e outras publicações eletrónicas;

d) Assinatura de jornais e revistas em linha;

e) Diários Web (weblogs) e estatísticas de consulta de sítios Web;

f) Notícias, informações de trânsito e boletins meteorológicos em linha;

g) Informações em linha geradas automaticamente por programas informáticos a partir de dados específicos introduzidos pelo adquirente ou destinatário, tais como dados jurídicos e financeiros (incluindo cotações das bolsas de valores continuamente atualizadas);

h) Oferta de espaços publicitários, nomeadamente de faixas publicitárias em páginas/sítios Web;

i) Utilização de motores de busca e de diretórios da Internet.

4) Fornecimento de música, filmes e jogos, incluindo jogos de azar e a dinheiro, e de emissões ou manifestações políticas, culturais, artísticas, desportivas, científicas ou de lazer:

a) Acesso ou descarregamento de música para computadores e telemóveis;

b) Acesso ou descarregamento de temas (jingles) ou excertos musicais, tons de toque ou outros sons;

c) Acesso ou descarregamento de filmes;

d) Descarregamento de jogos para computadores e telemóveis;

e) Acesso a jogos automatizados em linha dependentes da Internet ou de outras redes eletrónicas semelhantes, em que os jogadores se encontram geograficamente distantes uns dos outros.

f) Receção de programas de radiodifusão ou de televisão distribuídos através de uma rede de radiodifusão ou televisão, Internet ou rede eletrónica similar para ouvir ou ver programas no momento escolhido pelo utilizador e a pedido deste, com base num catálogo de programas selecionado pelo fornecedor dos serviços de comunicação social, tais como televisão ou vídeo a pedido;

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g) Receção de programas de radiodifusão ou de televisão através da Internet ou redes eletrónicas semelhantes (IP streaming), salvo se difundidos em direto ou em simultâneo através das redes tradicionais de radiodifusão ou televisão.

5) Prestação de serviços de ensino à distância:

a) Ensino automatizado à distância cujo funcionamento depende da Internet ou de uma rede eletrónica semelhante e cuja prestação exige uma intervenção humana limitada, ou mesmo nula, incluindo salas de aula virtuais, exceto no caso de a Internet ou rede eletrónica semelhante ser usada apenas como simples meio de comunicação entre o professor e o aluno;

b) Cadernos de exercícios preenchidos em linha pelos alunos, e corrigidos e classificados automaticamente sem qualquer intervenção humana.

Referências

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