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08/11/2020

Número: 0600410-32.2020.6.16.0041

Classe: AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO JUDICIAL ELEITORAL Órgão julgador: 041ª ZONA ELEITORAL DE LONDRINA PR Última distribuição : 08/11/2020

Valor da causa: R$ 0,00

Assuntos: Inelegibilidade - Abuso do Poder Econômico ou Político, Abuso - De Poder Econômico Segredo de justiça? NÃO

Justiça gratuita? NÃO

Pedido de liminar ou antecipação de tutela? NÃO Justiça Eleitoral

PJe - Processo Judicial Eletrônico

Partes Procurador/Terceiro vinculado

ISRAEL DE SOUZA MARAZAKI (REQUERENTE) HEDA FROES SELEM (ADVOGADO) REGINALDO CESAR CHOUCINO (INVESTIGADO)

PROMOTOR ELEITORAL DO ESTADO DO PARANA (FISCAL DA LEI) Documentos Id. Data da Assinatura Documento Tipo 38534 260

08/11/2020 20:03 Petição Inicial Petição Inicial

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08/11/2020 20:03 aije - regis Petição Inicial Anexa

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08/11/2020 20:03 Digitalizado_20201108-1227 Procuração

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08/11/2020 20:03 IMG-20200930-WA0094 MAIO Outros documentos

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ª ZONA ELEITORAL DE LONDRINA – ESTADO DO PARANÁ

ISRAEL DE SOUZA MARAZAKI,

nacionalidade brasileira, nascido em LONDRINA - PARANÁ, no dia 21/12/1978, divorciado, portador do documento de identidade nº 8207533-0 - SESP - PR, CPF nº 00566948907, título de eleitor 072660280671, candidato a vereador pelo partido AVANTE, residente e domicliado em LONDRINA - PARANÁ, CEP 86055620, com fundamento no art. 22 da Lei Complementar 64/90 apresentar

AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO JUDICIAL ELEITORAL – AIJE

em face de REGINALDO CESAR CHOUCINO, brasileiro, portador do documento de identidade nº 5149661-2 - SESP/PR, e CPF nº 84138513949, registrada como candidato a vereadora com o número 11.789 pelo partido Progressista residente e domiciliado na R Rua Edmundo Odebrecht, 265 Distrito da Warta - Distrito da Warta, 76678 - Pr, Cep: 86105000, - endereço informado na justiça eleitoral - pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos:

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i.

No presente feito propõe-se ação de investigação judicial eleitoral para a apuração de abuso de poder econômico na pré-campanha do Investigado, o que é perfeitamente admissível:

É admitida a propositura de ação que vise a apurar os ilícitos descritos no art. 30–A da Lei nº 9.504/1997 antes mesmo do pleito, considerando que não há indicação, no texto legal, do termo inicial para seu ajuizamento.

(RO - Recurso Ordinário nº 060161619 - CUIABÁ – MT)

ii.

Após a permissão da utilização das redes sociais no período de pré-campanha, muitos pré-candidatos utilizaram desse poderoso instrumento para tornar-se conhecido dos eleitores.

E, não há vedação na legislação eleitoral desde que sejam respeitados os ditames do art. 36-A da lei eleitoral, bem como que seja feito com modicidade.

Veja o entendimento do TSE sobre o tema:

“(...)a liberdade de expressão no período

pré-eleitoral enseja consigo, em linha de princípio, A

POSSIBILIDADE DE REALIZAÇÃO DE GASTOS MODERADOS, EM ORDEM A POSSIBILITAR O SEU EXERCÍCIO EM TERMOS MINIMAMENTE EFETIVOS; ESSES GASTOS PODEM SER SUPORTADOS PELOS PRÉ-CANDIDATOS; não

obstante, reserva-se à Justiça Eleitoral a competência para a análise e punição em face de eventuais desbordes, inclusive em sede de ação de investigação judicial eleitoral, visando à proteção da legitimidade das eleições em face de casos de abuso de poder político, econômico ou midiático”.

(TSE. Acórdão no(a) AgRg-AI 9-24.2016.6.26.0242, Rel(a). Min(a). Tarcísio Vieira de Carvalho Neto, julgado em 26/06/2018 - Destacou-se).

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Assim é perfeitamente possível que o pré-candidato se utilizasse das redes sociais para promover sua futura candidatura, contudo, dentro do parâmetro do “homem médio”, com modicidade nos gastos.

Transpondo tal entendimento para o caso em concreto verifica-se que o Investigado no período anterior a eleição, portanto pré-candidatura, extrapolou em muito o limite do homem

médio causando desiquilíbrio no pleito.

Em 28 de março o Investigado fez uma postagem agradecendo os profissionais de saúde – estava no inicio da pandemia do Coronavirus – e esse tipo de postagem era comum entre os pré-candidatos.

Ocorre que o Investigado

impulsionou a postagem que atingiu 10 mil curtida, 1,1 mil compartilhamentos, e 543 comentários.

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Esse número absurdo de curtidas e de compartilhamentos somente se consegue com o impulsionamento das redes sociais.

Em abril, aproveitando-se da data da Páscoa - 12 de abril – o Investigado fez nova postagem impulsionada que atingiu 3,2 mil curtidas, 105 compartilhamento.

Novamente, para atingir essa marca de curtidas somente com o impulsionamento.

Ainda em abril, valendo-se da pandemia do Coronavirus o Investigado fez uma postagem para o uso de mascaras – utilizando-se uma mensagem “use mascara por vc e para quem vc ama”. Tal postagem obteve 5,6 mil curtidas, e 160 compartilhamentos.

Mais uma vez uma quantidade de visualizações que somente é conseguida com o impulsionamento.

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Em maio, valendo-se do dia do trabalhador, outra data comemorativa, o Investigado fez postagem homenageando os trabalhadores com 3,2 mil curtidas e 70 compartilhamento.

Em julho valendo-se do dia do Agricultor o Investigado fez nova postagem impulsionada que atingiu a marca de 4,2 mil curtidas, e 232 compartilhamento.

Muito mais poderia ser aqui mostrado de como o Investigado impulsionou suas postagens nas redes sociais com o único intuito de

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se mostrar conhecido ao eleitor, promovendo gastos em pré-campanha que vão muito além do homem médio.

Valendo referir que antes do impulsionamento o Investigado não alcançava tantas pessoas, não obtinha tantas curtidas, comentários ou compartilhamentos.

Na páscoa do ano anterior, não

obteve 10 curtidas, 1 comentário ou

compartilhamento:

O mesmo parco resultado de suas publicações ocorre em comparativo com outras datas comemorativas:

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E também ocorreu pouca manifestação mesmo quando o assunto era o Coronavírus:

ii.1.

Nesse contexto, impende salientar que o poderio econômico não pode ser colocado a serviço da candidatura do Investigado no processo eleitoral em curso, já que isso desvirtua

completamente o certame, desencadeando

desequilíbrio ilícito no pleito, de modo a fustigar o princípio republicado, que repudia tratamento privilegiado a pessoas ou classes sociais.

Por conseguinte, como o

Investigado valeu-se de ampla promoção nas redes sociais, muito acima do homem médio, para assim

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fomentar sua estima e aprovação no circuito social em que vive e disputa a eleição proporcional que se avizinha, não há dúvida quanto ao fato de que foi o Investigado o promovente e o beneficiário direto de abuso de poder econômico, cuja gravidade é indisfarçável, e detém o condão de romper a igualdade de condições entre os candidatos disputantes das eleições.

Destarte, não resta outro caminho ao Investigante senão buscar socorro na tutela jurisdicional do Estado-Juiz, com o objetivo de que este e. Juízo puna o Investigado pela ilegalidade a que deu causa e foi com elas beneficiado.

iii.

Resta patente que as matérias têm evidente intuito eleitoral de promoção da pessoa do Investigado.

No caso, configura abuso de poder pelos seguintes fatos: a) Gastos em período de pré-campanha muito acima do homem médio, sem qualquer modicidade; b) divulgação em massa na rede mundial de computadores o que afeta a igualdade do pleito; e c) desequilíbrio e mácula eleitoral.

A gravidade da conduta revela-se na ampla divulgação da imagem do autor, estimando-se um gasto de mais de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) em período de pré-campanha, sendo, tal valor quase 20% do valor total a ser gasto no período de campanha eleitoral1, desequilibrando o

pleito eleitoral, caracterizando abuso do poder

1

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económico, nos termos do art. 22 da Lei Complementar n° 64/90.

Art. 22. Qualquer partido político, coligação, candidato ou Ministério Público Eleitoral poderá representar à Justiça Eleitoral, diretamente ao Corregedor-Geral ou Regional, relatando fatos e indicando provas, indícios e circunstâncias E PEDIR ABERTURA DE

INVESTIGAÇÃO JUDICIAL PARA APURAR USO INDEVIDO, DESVIO OU ABUSO DO PODER ECONÔMICO ou do poder de

autoridade, ou utilização indevida de veículos ou

meios de comunicação social, em benefício de candidato ou de partido político, obedecido o

seguinte rito:

Não se ignore que o gasto máximo que o candidato pode fazer de recurso próprio nestas eleições municipais de 2020 não pode ultrapassa 11 mil reais.

Ora, postagens de mais de 5 mil curtidas, comentário e compartilhamentos com único intuito de promover o Investigado, divulgando e fazendo conhecido da população, por óbvio que existe influencia e macula ao pleito eleitoral.

E apesar de ser possível a utilização dos meios de comunicação para alavancar a pré-campanha, todavia, tal situação configura abuso de poder econômico em face do montande gasto pelo Investigado.

Ou seja, o Investigado utilizou-se maciçamente através de impulsionamento pago no facebook para impulsionar sua futura campanha.

E, como já se disse, nada impede que se faça divulgação de imagem, propostas, divulgações em redes sociais durante a pré-campanha. Todavia, o impulsionamento além da

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media, além da modicidade configura o abuso do poder econômico.

“...o abuso de poder econômico

ocorre quando determinada candidatura É

IMPULSIONADA PELOS MEIOS ECONÔMICOS DE FORMA A COMPROMETER A IGUALDADE DA DISPUTA ELEITORAL E A PRÓPRIA LEGITIMIDADE DO PLEITO. Já o uso indevido dos meios de comunicação se dá no momento em que há um desequilíbrio de forças decorrente da exposição massiva de um candidato nos meios de comunicação em detrimento de outros"

(REspe nº 4709-68/RN, rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 10.5.2012).

É exatamente o caso em tela.

Ora, o abuso do poder econômico se configura quando “o uso de recursos patrimoniais que exorbitem os limites legais de modo a desequilibrar o pleito eleitoral a favor do candidato, em detrimento dos demais2” como no caso

em tela.

Veja a jurisprudência:

TRE-PE - RECURSO ELEITORAL RE 1251 RECIFE PE (TRE-PE)

REDE SOCIAL. PUBLICAÇÃO

PATROCINADA NA INTERNET. MEIO VEDADO.

INTERPRETAÇÃO SISTEMÁTICA. CUSTO EM ATO DE PUBLICIDADE. INVIABILIDADE DE FISCALIZAÇÃO DOS RECURSOS EMPREGADOS. PROIBIÇÃO DO ABUSO DE PODER

ECONÔMICO. NATUREZA ELEITORAL DO ATO.

DESPROVIMENTO DO RECURSO. 1. Utilização de publicação patrocinada no Facebook, com divulgação de imagem e nome - antes da data prevista no art.

2

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36 da Lei n.º 9.504 /1997 e art. 1º da Resolução/TSE n.º 23.457/2015. 2. Considerou-se a natureza subliminar e o alcance da mensagem, o tratamento simétrico que deve ser ofertado a atos de pré-campanha e campanha propriamente dita (meio de publicidade vedado no período permitido de campanha), a injusta desigualdade gerada por meios de propaganda eleitoral sub-reptícia (fraudando a

finalidade da lei),

bem como realização de

gastos de efetiva campanha política sem a

devida

fiscalização

pelos

órgãos

competentes

. 3. Configuração de propaganda

eleitoral extemporânea. Precedentes desta Corte. 4. Recurso a que se nega provimento.

É exatamente o caso em tela.

O abuso de poder no presente caso implica desequilíbrio nos meios conducentes à obtenção da preferência do eleitorado, bem como

agride a legitimidade e normalidade do pleito3.

Por essas constatações, está caracterizada e provada a gravidade no caso em exame.

Em remate, tem-se que o

acolhimento do pleito condenatório é a medida de justiça que se impõe!

iv.

PEDIDO DE DILIGÊNCIA.

3 TSE, Recurso Especial Eleitoral n.º 28387, Acórdão de 19/12/2007, Rel(a). Min(a). Carlos Augusto Ayres

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Visando comprovar as alegações aqui postas, imprescindível que se oficie ao Facebook do Brasil para que forneça a este juízo o relatório de atividade e gastos do Investigado REGIS CHOUCINO no período de fevereiro a agosto de 2020 para a comprovação dos gastos irregulares.

Tal pedido é feito com fundamento no poder geral de cautela do Magistrado, pois os impulsionamentos restam evidentes conforme posts juntados a esta inicial com as curtidas e compartilhamentos respectivos.

Assim, pede-se que se oficie ao Facebook do Brasil para que este envie relatório dos gastos feitos pelo Investigado desde fevereiro de 2020, até agosto de 2020.

v.

PEDIDOS FINAIS.

Ante o acima exposto, e

certamente o mais que será acrescentado por V.Exa, pede-se:

A – que seja deferida a

diligencia acima exposta, oficiando ao FACEBOOK do BRASIL para que apresente relatório de atividade e gastos do período de fevereiro de 2020 a agosto de 2020 referente a conta (ou contas) do Investigado REGIS CHOUCINO;

B - que seja determinada a notificação do Investigado, para que tomem conhecimento dos termos desta demanda, e, querendo, apresentem a defesa que tiverem, desde

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que no prazo legal (LI, art. 22, inciso I, alínea “a”);

C - que seja oportunizada a manifestação do Parquet;

D - que, depois dos trâmites de estilo, que seja julgada procedente a pretensão ora deduzida, com objetivo de:

d.1 - cassar o registro de candidatura do Investigado, ou, eventualmente de seus mandatos eletivos;

d.2. - declarar a

inelegibilidade do investigado para as eleições a se realizarem nos 8 (oito) anos subsequentes às eleições gerais de 2020 (LI, art. 22, inciso XIV), cassando os respectivos registros e diplomas do candidato investigado;

Protesta provar o alegado por meio do depoimento pessoal dos Investigados, prova documental subsidiária, com a possibilidade de juntada de novos documentos, prova pericial, com a oportunidade de indicação de assistente técnico em caso de designação de perícia, inquirição de peritos e apresentação de quesitos suplementares elucidativos, se necessário, bem como todos os demais meios de prova em Direito admitidos para o efetivo exercício do contraditório.

Nestes Termos em que pede e espera deferimento.

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HEDA FROES SELEM

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Referências

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O presente documento não pode ser reproduzido de nenhuma forma, em seu todo ou parcialmente, ou copiado para outra linguagem de leitura natural ou por máquina ou para um suporte de

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