CAMPINAS – SP 2010
R
EGIS DEM
ORAISA
NTE
T
UA
F
ACE
1. Evangelho no lar (Apresentação) ... 1
2. Dores e luzes ... 5
3. Aflições ... 9
4. Amorização ... 15
5. Angústias ... 19
6. Conselho sábio para nosso tempo ... 25
7. O lar ... 29
8. Evangelho em um lar conturbado ... 33
9. Evangelho em lar pacificado ... 37
10. Evangelho nas enfermidades ... 41
11. O Cristianismo redivivo e as relações de família ... 47
12. Nossas dificuldades interiores ... 53
13. Orações de paz ... 59
VIII ANTETUAFACE – PARAO EVANGELHONOLAR – REGISDE MORAIS
15. O príncipe cósmico da paz ... 69
16. Um planeta em perigo ... 75
17. O bem e o mal ... 79
18. A primavera do perdão ... 85
19. Pedir perdão – Perdoar ... 91
20. Os possíveis e os impossíveis ... 95
21. Os poderes das palavras ... 99
22. A casa mental ... 103
23. Um coração puro ... 107
24. Reencarnação ... 111
25. Comunhão e respeito ... 117
26. Visitas ... 121
27. Este momento… bendito momento! ... 125
28. Entre fé e dúvidas ... 129
29. Entidades espirituais ... 133
30. Nossa relação com Deus ... 137
31. Comerciar com Deus? Nunca ... 141
32. Com as forças da fé ... 145
E
VANGELHO
NO
LAR
(Apresentação)
O
momento de Evangelho no lar é de gran-de bênção para a família. É uma parada na azáfama que os dias de hoje impõem, dedicada a leituras, meditação e preces – hora de uma maior aproximação com a espiritualidade.Muitos são os textos, psicografados ou não, que procuram oferecer elementos de reflexão espi-ritual que objetivam tornar sempre mais proveitoso o Evangelho em família. Como explicou Kardec em várias passagens de sua obra, tais textos devem ser avaliados pela edificação espiritual que motivam.
No entanto, o Evangelho no lar não deve ser um momento de anestesiamento do nosso sentir e do nosso pensar, que nos aliene e nos ponha dentro de uma bolha aprazível de bem-estar. O bem-estar
2 ANTETUAFACE – PARAO EVANGELHONOLAR – REGISDE MORAIS
normalmente decorre, ao contrário, da agudiza-ção de nossa consciência cristã. Uma vez mais na expressão de Allan Kardec, o Espiritismo deve ser entendido e praticado como “Cristianismo redivi-vo” pelas orientações do Espírito da Verdade e de seus colaboradores. Cristianismo é gratidão. Cris-tianismo é súplica pelos irmãos nossos de jornada, necessitados. Cristianismo é glorificação de Deus e confraternização com as entidades benfeitoras mensageiras da saúde e da paz.
Os breves capítulos que compõem este pe-queno livro são meditações escritas que convidam seus leitores à meditação evangélica também. São pequenos temas que querem estimular os prati-cantes do Evangelho no lar a reflexões imersas em nossa fragilidade humana, voltadas porém para a fonte divina de luz e de orientações para nosso viver cotidiano. Intencionalmente, não redigi as meditações destes capítulos para que elas, apenas embevecendo as almas, as afastassem do núcleo mais incandescente do difícil viver humano. Re-digi-as com a mente no Mestre Jesus, vendo no seu olhar os reflexos de humanidade dos quais ele nunca fugiu. Há uma busca de paz em cada tema, mas não de uma paz cujo preço fosse a alienação,
o afastamento deslumbrado da aventura de viver e evoluir.
Não escrevi essas meditações em tom profes-soral, pois em nenhum momento vi-me na condi-ção de ensinar. Elas são uma partilha, uma comu-nhão de humanidade: uma humanidade de olhos postos em Deus. Escrevi os temas deste livro pri-meiramente para mim mesmo, em minhas tantas necessidades; ao mesmo tempo desejei partilhar essas tantas intuições espirituais com todos os ir-mãos que tivessem a amabilidade de lê-las. Vive-mos um tempo duro, de dificuldades mundiais, de tal modo que toda e qualquer sensibilização huma-na – de coração para coração – se faz necessária. Que possamos, assim, apesar de nós mesmos e das nossas imperfeições, reunir-nos em nossos lares, com familiares e eventualmente com amigos, para nos colocarmos espiritualmente ante as luzes do Divino Plano, com nosso coração repleto de grati-dão, mas também de rogos pelos nossos semelhan-tes mais necessitados.
Que ninguém continue como que a dormir, em agitado sonambulismo em busca de triviali-dades cotidianas endeusadas por esse sono mór-bido com seus sonhos desorientados. Que todos
4 ANTETUAFACE – PARAO EVANGELHONOLAR – REGISDE MORAIS
possamos despertar, atilando a mente e dispondo o coração para um concreto projeto de esforço evolutivo.
Para tanto, a prática do Evangelho no lar será momento de grande contribuição; afinal, devida-mente despertos e de consciência agudizada será mais fácil pormo-nos ao lado do Divino Mestre para o trabalho como realização do AMOR.
Sempre visualizemos a bela figura de Jesus e ouçamos sua voz grave a dizer, exortando: “Vigiai e orai”.
A família nem sempre poderá ver a luz que se acende em seu seio quando, com contrição e lucidez, praticamos essa bênção conhecida como Evangelho no Lar.
Possam, os simples capítulos deste livro, rece-ber a força divina que mobiliza universos.
REGISDE MORAIS
D
ORES
E
LUZES
É
atroz a inconsciência dos que não são dados a fazer autoexame. Difícil é ca-minhar pela densa névoa da indiferença que tenhamos por nós mesmos. Santo Agostinho dizia sentir necessidade, a cada noite, de um exer-cício de autoavaliação.Quantas vezes nós, os que examinamos nossa jornada espiritual, nos sentimos perplexos e entris-tecidos ante a paisagem sombria das nossas imper-feições, das nossas precariedades. Vemos avança-rem os anos, as décadas, e constatamos persistiavança-rem em nosso espírito defeitos e viciações que ainda não conseguimos superar. Grandes ou pequenas feridas que nos permanecem lesionando a alma.
Isto não é coisa apenas de negligentes, mas da maior parte dos humanos que ainda não podem
3
A
FLIÇÕES
Tenho-vos dito isto para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo. (João 16:33).
A
o longo da história do ser humano sobre a Terra, as aflições têm sido constantes. Nossos antepassados pré--históricos viveram no seio de uma natureza que era muito mais das feras, das tempestades e dos terremotos do que dos frágeis humanos. Ao mes-mo mes-modo, a história documental com suas eras, demonstra-nos ser, o sofrimento, uma constante vital da humanidade – tanto em manifestações individuais quanto em expressões coletivas.O Mestre Jesus, adensando drasticamente a grandeza de sua condição espiritual, vem a este
A
MORIZAÇÃO
O meu mandamento é este: Que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei. (João 15:12).