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ISOLAMENTO, IDENTIFICAÇÃO E TAXONOMIA MOLECULAR DE Phytomonas sp. EM PLANTAS E HEMÍPTEROS FITÓFAGOS NO ESTADO DE RONDÔNIA.

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Academic year: 2021

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ISOLAMENTO, IDENTIFICAÇÃO E TAXONOMIA

MOLECULAR DE Phytomonas sp. EM PLANTAS E

HEMÍPTEROS FITÓFAGOS NO ESTADO DE

RONDÔNIA.

Patrícia Paula BrunhariTPF

1

FPT

Mara Maria Izar de Maio GodoiTPF

2

FPT

RESUMO: Os tripanossomatídeos do gênero Phytomonas são parasitas de diversas famílias de plantas. Supõe-se que estes flagelados são transmitidos às plantas por insetos hemípteros fitófagos durante a sua alimentação. Para a realização do presente trabalho, foram coletados exemplares de insetos fitófagos e plantas. A verificação da presença de tripanossomatídeos nos exemplares coletados procedeu-se através de investigação por microscopia óptica. Os resultados apresentaram um total de 37,6 % de contaminação nos insetos analisados, enquanto que nas plantas, somente os tomates cereja apresentaram infecção por tripanossomatídeos.

PALAVRAS-CHAVE: Phytomonas; plantas; insetos fitófagos.

1- INTRODUÇÃO

1.1 O gênero Phytomonas

O gênero Phytomonas compreende parasitas heteroxênicos, em cujo ciclo biológico participam um hospedeiro invertebrado, inseto fitófago, e um hospedeiro vegetal, apresentando apenas formas promastigotas durante todo seu desenvolvimento (CAMARGO, 1998).

1.2 Patogenicidade

Flagelados do gênero Phytomonas são agentes etiológicos de doenças afetando plantas de grande importância econômica

TP

1

PTBolsista PIBIC/CNPq/UNIR; Laboratório de Parasitologia –

CIBEBI. 2

(2)

inclusive café, mandioca, coqueiros e palmeiras produtoras de óleo e infectando frutas comestíveis como tomate, laranja, goiaba, uva e muitas outras (BREGANÓ, 2003).

Muitos tripanossomatídeos parasitas de hemípteros fitófagos são capazes de viver nos ductos condutores de seiva das plantas, sendo sua transmissão feita através da inoculação dos tripanossomatídeos presentes nas glândulas salivares

durante a alimentação dos insetos. Uma vez na planta, a

infecção dissemina-se rapidamente, tornando-se generalizada. Muitas plantas são cultivadas em locais de clima quente, onde grandes quantidades de hemípteros fitófagos infectados estão presentes, funcionando como vetores e atingindo grandes plantações (DOLLET, 1984).

Diante das doenças causadas por Phytomonas em plantas de interesse econômico e do fato de que hemípteros fitófagos alimentam-se em plantas infectadas por tripanossomatídeos, sendo considerados seus possíveis transmissores, considera-se importante o levantamento da prevalência de flagelados nas plantas e insetos existentes no Estado de Rondônia.

2- MATERIAL E MÉTODOS

2.1 Coleta de insetos

Com o auxílio de pinças, os insetos foram coletados pelas patas e armazenados em frascos plásticos transparentes com tampa, de onde foram adicionados frutos, folhas e algodão umedecido com água para garantir sua sobrevivência.

2.2 Coleta de plantas

As plantas foram coletadas com o auxílio de uma tesoura ou estilete, de onde eram armazenadas em local apropriado até o momento da análise. Após cada coleta, foram feitas anotações prévias a respeito do local, data e se possível o nome da planta. 2.3 Dissecação dos insetos

O início da dissecação realizou-se através da remoção das antenas, asas e patas com o uso de uma tesoura. Após remoção das estruturas, separou-se por simples tração a porção cefálica, onde as glândulas salivares foram extraídas.

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Em seguida os conectivos do abdome foram cortados para retirar o trato digestivo. As glândulas salivares e o trato digestivo foram separadamente recolhidos em lâminas, onde foi adicionada uma gota de PBS, onde estas estruturas foram levemente comprimidas entre lâmina e lamínula para observação ao microscópio óptico.

2.4 Análise das plantas

As plantas coletadas, após serem identificadas, foram lavadas com álcool 70%. Nos frutos, foram feitas pequenas incisões na casca com o auxílio de uma tesoura ou estilete de ponta chata. Após abertura, pressionou-se o fruto para adquirir o seu sumo, sendo este armazenado em lâminas com gotas de PBS, sendo cobertas por lamínulas para análise microscópica. 2.5 Isolamento, cultivo e manutenção

De todo o material positivo para tripanossomatídeos, de uma alíquota foram feitas de dois a quatro esfregaços em lâminas, sendo estas posteriormente fixadas com metanol, sendo uma delas corada com Giemsa. O restante era inoculado em tubos contendo meio de cultura bifásico. Para resultado negativo, as amostras foram descartadas.

3- RESULTADOS E DISCUSSÃO

3.1 Hemípteros fitófagos

Através da Tabela 01, pode-se verificar a contaminação dos insetos fitófagos, de acordo com as espécies coletadas. Tabela 01 – Prevalência de tripanossomatídeos, segundo gênero e espécie, nos hemípteros coletados.

Família Gênero / Espécie E GS TD G.S. / T.D. % Leptoglossus sp. 75 02 21 15 50,7 Coreidae Leptoglossus stigma 05 - 02 - 40,0 Hypselonoltus 04 - 01 - 25,0

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fulvus Runibia perspicua 01 - - - - Mormidea maculata 01 - - - - Pentatomidae Edessa sp. 1 06 - 01 - 16,7 Edessa sp. 2 12 - 01 - 8,3 Mecistorhinus melanoleucus 18 - 04 - 22,2 NI 01 - - - - Largidae Largus humilis 01 - - - - Scuteleridae NI 01 - - - -

E: nº de examinados; G.S.: Glândula salivar; T.D.: Trato digestivo; G.S./T.D.: Glândula salivar e Trato digestivo; %: percentagem de positivos; NI: não identificados.

Dentre as espécies apresentadas nesta Tabela, observa-se que Leptoglossus sp. (Coreidae) apresentou um maior índice de infecção, seguida das espécies Leptoglossus stigma (Coreidae);

Hypselonotus fulvus (Coreidae); Mecistorhinus melanoleucus

(Pentatomidae); Edessa sp. 1 (Pentatomidae); e Edessa sp. 2 (Pentatomidae).

3.2 Plantas

Após exame, observou-se que a maioria dos frutos apresentou resultado negativo quanto à infecção por tripanossomatídeos, e que apenas os tomates cereja apresentaram positividade para flagelados, como pode ser visto na Tabela 02:

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Planta Família Espécie I.M.

Maracujá Passifloraceae Passiflora nitida _

Goiaba Myrtaceae Psidium guaiava _

Araçá-do-mato Myrtaceae Psidium grandiflorum _

Jambo Myrtaceae Eugenia jambos _

Caju Anacardiaceae Anacardium

occidentale

_

Amora Moraceae Morus nigra _

Acerola Malpighiaceae Malpighia glabra _

Murici Malpighiaceae Byrsonima crispa _

Laranja Rutaceae Citrus aurantium _

Figo Moraceae Fícus carica _

Jurubeba Solanaceae Solanum acanthodes _

Jurubeba Solanaceae Solanum crinitum _

Tomate cereja Solanaceae _ +

I.M.- Investigação Microscópica; - negativo; + positivo.

4- CONCLUSÕES

Com observação nos insetos fitófagos analisados, pôde-se notar que houve uma maior incidência de infecção por parasitas em seus tratos digestivos, em comparação às suas glândulas salivares.

Durante o período de realização do trabalho, observou-se que dentre os insetos coletados, a família Pentatomidae foi a que se apresentou com uma maior variedade de espécies em relação às outras famílias coletadas.

Porém, em relação ao número de insetos coletados e de hemípteros infectados por tripanossomatídeos, a família Coreidae apresentou um maior índice.

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Em relação aos frutos, encontrou-se um baixo índice de contaminação dos mesmos, sendo que pesquisas bibliográficas indicam também outras fontes abrigando tripanossomatídeos, desejando-se expandir as análises para plantas com seiva e látex.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BREGANÓ, J. W., PICÃO, R. C., GRAÇA. V. K., MENOLLI, R. A., JANKEVICIUS, S. I., FILHO, P. P. & JANKEVICIUS, J. V. Phytomonas serpens, a tomato parasite, shares antigens with Trypanosoma cruzi that are recognized by human sera and induce protective immunity in mice. FEMS Immunology and Medical Microbiology, 39: 257 - 264, 2003.

CAMARGO, E.P. Phytomonas and other tripanosomatid parasites of plants and fruit. Advances in Parasitology, 42: 29 – 112, 1998.

DOLLET, M. Plant diseases caused by flagellate Protozoa (Phytomonas). Annual Review of Phytopathology, 22: 115 – 132, 1984.

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