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LEGISLAÇÃO ESPECIAL LEGISLAÇÕES. Edição 2017

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LEGISLAÇÃO

ESPECIAL

LEGISLAÇÕES

08

QUESTÕES DE PROVAS DE CONCURSOS

Edição  2017

TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. É vedada a reprodução total ou parcial deste material, por qualquer meio ou

processo. A violação de direitos autorais é punível como crime, com pena de prisão e multa (art. 184 e parágrafos do Código Penal), conjuntamente com busca e apreensão e indenizações diversas (arts. 101 a 110 da Lei nº 9.610, de 19/02/98 – Lei dos Direitos Autorais).

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(2)
(3)

1.

DECRETO-LEI 3.688/41 (CONTRAVENÇÕES PENAIS)

... 05

2.

LEI 4.898/65 (ABUSO DE AUTORIDADE)

... 23

3.

LEI 7.210/84 (LEI DE EXECUÇÃO PENAL)

... 30

4.

LEI 7.960/89 (PRISÃO TEMPORÁRIA)

... 63

5.

LEI 8.072/90 (LEI DOS CRIMES HEDIONDOS)

... 65

6.

LEI 9.099/95 (JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS)

... 72

7.

LEI 12.037/2009 (IDENTIFICAÇÃO CRIMINAL)

... 84

8

LEI 11.343/2006 (LEI DE DROGAS)

... 86

QUESTÕES DE PROVAS DE CONCURSOS ... 102

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(5)

LEGISLAÇÃO ESPECIAL

1

DECRETO-LEI 3.688/41 (CONTRAVENÇÕES PENAIS)

DECRETO-LEI Nº 3.688, DE 3 DE OUTUBRO DE 1941

Lei das Contravenções Penais

Texto atualizado em 09.04.17

Últimas alterações: Lei nº 13.155, de 4.8.15; Lei nº 13.106, de 17.3.15; Lei nº 11.983, de 16.07.2009; Lei nº 10.741, de 1º.10.2003; Lei nº 9.521, de 27.11.1997; Lei nº 6.815, de 19.8.1980; Lei nº 6.734, de 4.12.1979; Lei nº 6.416, de 24.5.1977.

O Presidente da República, usando das atribuições que lhe confere o artigo 180 da Constituição, DECRETA:

LEI DAS CONTRAVENÇÕES PENAIS

PARTE GERAL

Art. 1º Aplicam-se as contravenções às regras gerais do Código Penal, sempre que a presente lei não disponha de modo diverso. Aplica-se às Contravenções Penais, subsidiariamente, as disposições do Código Penal, as do Código de Processo Penal, bem como, as disposições da Lei 9.099/95, eis que, em sua maioria, são infrações de menor potencial ofensivo.

Art. 2º A lei brasileira só é aplicável à contravenção praticada no território nacional.

Não é possível extradição de estrangeiro por Contravenção Penal praticada no Brasil (posicionamento do STF e STJ), porque o art. 77, inc. II do Estatuto do Estrangeiro só permite, expressamente, a extradição em razão de prática de crime, silenciando sobre as contravenções penais.

Art. 3º Para a existência da contravenção, basta a ação ou omissão voluntária. Deve-se, todavia, ter em conta o dolo ou a culpa, se a lei faz depender, de um ou de outra, qualquer efeito jurídico.

Só é necessária a análise dos elementos dolo ou culpa, quando a lei assim o exigir, bastando para a caracterização a voluntariedade da conduta. Segundo doutrinadores adeptos da teoria finalista da ação, este artigo foi revogado tacitamente, considerando a reforma de 1984 do Código Penal, levando a concluir pela necessidade da existência de dolo ou culpa.

Art. 4º Não é punível a tentativa de contravenção.

A tentativa, considerada de forma naturalística, seria cabível nas contravenções penais, entretanto, tendo em vista o princípio da lesividade das contravenções, a forma tentada é inadmitida, por política criminal.

Art. 5º As penas principais são: I – prisão simples.

II – multa.

Art. 6º A pena de prisão simples deve ser cumprida, sem rigor penitenciário, em estabelecimento especial ou seção especial de prisão comum, em regime semi-aberto ou aberto.

* Alterado pela Lei nº 6.416, de 24.5.1977.

§ 1º O condenado a pena de prisão simples fica sempre separado dos condenados a pena de reclusão ou de detenção. § 2º O trabalho é facultativo, se a pena aplicada, não excede a quinze dias.

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A prisão simples é aplicada e calculada de acordo com as regras do Código Penal, com as seguintes ressalvas:

1. Cumprimento da pena em regime aberto e semi-aberto.

2. Obrigatoriedade de estabelecimento prisional especial ou, ainda, em seção especial de prisão comum. 3. A separação obrigatória dos contraventores em relação aos presos condenados à reclusão ou detenção. 4. No caso de prisão até 15 dias, o trabalho é facultativo.

5. Se preso por tempo superior a trinta dias, o trabalho do preso será obrigatório. 6. O Tempo máximo de prisão é de 5 ANOS.

Art. 7º Verifica-se a reincidência quando o agente pratica uma contravenção depois de passar em julgado a sentença que o tenha condenado, no Brasil ou no estrangeiro, por qualquer crime, ou, no Brasil, por motivo de contravenção.

Reincidência: A contravenção penal no estrangeiro não gera reincidência no Brasil, entendimento consoante ao disposto no art. 2º da Lei de Contravenções Penais.

O art.7º. da lei de contravenções penais e sua combinação com o art. 63 do Código Penal, geram as seguintes situações de reincidência:

a) o condenado em definitivo no Brasil por Contravenção Penal que venha a praticar nova contravenção penal. b) condenação definitiva no Brasil ou estrangeiro, por crime e contravenção no Brasil.

Em outro turno, não geram reincidência:

a) condenação definitiva por Contravenção Penal no estrangeiro, vindo a praticar outra Contravenção Penal no Brasil. b) condenação definitiva por Contravenção Penal no Brasil, vindo a praticar crime no Brasil.

Art. 8º No caso de ignorância ou de errada compreensão da lei, quando escusáveis, a pena pode deixar de ser aplicada. Na lição de Andreucci1, a doutrina moderna diz:

“DAMÁSIO – é uma hipótese de erro de proibição tratada pelo art. 21 do Código Penal, que é mais benéfico (porque isenta de pena e não o perdão judicial), revogando tacitamente tal dispositivo.”

“NUCCI/Luis Flávio Gomes (moderna) – este dispositivo trata da ignorância da lei e da errada compreensão da lei.“ A Ignorância da lei é definida como desconhecimento da existência da lei – isso é o erro de direito. O Código Penal, no art. 21, não libera esta hipótese. O desconhecimento da lei é inescusável pelo referido diploma legal.

A Lei de Contravenções Penais deve ser aplicada, porque esse erro de direito enseja o perdão judicial.

Quanto a errada compreensão da lei – erro de proibição – pode-se dizer que o art. 8º da Lei de Contravenções Penais está tacitamente revogado pelo art. 21 do Código Penal.

Art. 9º A multa converte-se em prisão simples, de acordo com o que dispõe o Código Penal sobre a conversão de multa em detenção. Parágrafo único. Se a multa é a única pena cominada, a conversão em prisão simples se faz entre os limites de quinze dias e três meses. Este artigo está revogado. O art. 51 não mais admite a conversão da multa em detenção e, a dívida não paga, será executada na Vara da Fazenda Pública.

Art. 10. A duração da pena de prisão simples não pode, em caso algum, ser superior a cinco anos, nem a importância das multas ultrapassar cinquenta contos.

As hipóteses de livramento condicional e progressão de regime, quanto ao cálculo para aplicação destes institutos, serão realizados sobre o total da condenação e não sobre o limite máximo de 5 anos.

Vale lembrar que, as regras de cálculo do valor da multa, são as previstas no Código Penal.

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Art. 11. Desde que reunidas as condições legais, o juiz pode suspender por tempo não inferior a um ano nem superior a três, a execução da pena de prisão simples, bem como conceder livramento condicional.

* Alterado pela Lei nº 6.416, de 24.5.1977.

Ao Sursis e o livramento condicional são aplicáveis As regras do Código Penal sobre a aplicação da suspensão condicional da pena (sursis) são aplicáveis às contravenções penais, sendo o prazo, para o sursis, de 1 a 3 anos.

No caso de Contravenção Penal, o juiz só pode revogar o livramento condicional depois de ouvir o beneficiado, sob pena de anulação da decisão que revogou o livramento.2

Art. 12. As penas acessórias são a publicação da sentença e as seguintes interdições de direitos:

I – a incapacidade temporária para profissão ou atividade, cujo exercício dependa de habilitação especial, licença ou autorização do poder público;

lI – a suspensão dos direitos políticos. Parágrafo único. Incorrem:

a) na interdição sob nº I, por um mês a dois anos, o condenado por motivo de contravenção cometida com abuso de profissão ou atividade ou com infração de dever a ela inerente;

b) na interdição sob nº II, o condenado a pena privativa de liberdade, enquanto dure a execução do pena ou a aplicação da medida de segurança detentiva.

A doutrina é unânime em dizer que este artigo foi tacitamente revogado pela reforma geral do código penal de 1984, visto que, um dos temas da reforma, tratou da abolição das penas acessórias do nosso ordenamento jurídico-penal, convolando as penas acessórias em efeitos da condenação.

Posicionamento diverso sustenta NUCCI, considerando o art.12 em pleno vigor, porque a Lei de Contravenções Penais é norma especial em relação ao Código Penal.

O efeito previsto no art. 12, referente à suspensão de direitos políticos persiste, com fundamento no art.15, inciso III da Constituição Federal, porquanto o art.12 da Lei de Contravenções Penais, doutrinariamente, tem sido entendido como revogado.

“Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de: (...)

III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos;”

Segundo Alexandre de Moraes, a expressão condenação criminal transitada em julgada, inserta no art. 15, inciso III da Constituição Federal, não distingue o tipo de infração cometida, abrangendo não só os crimes, mas também as Contravenções Penais e independentemente da espécie de pena.

Art. 13. Aplicam-se, por motivo de contravenção, os medidas de segurança estabelecidas no Código Penal, à exceção do exílio local. Art. 14. Presumem-se perigosos, além dos indivíduos a que se referem os ns. I e II do art. 78 do Código Penal:

I – o condenado por motivo de contravenção cometido, em estado de embriaguez pelo álcool ou substância de efeitos análogos, quando habitual a embriaguez;

II – o condenado por vadiagem ou mendicância; III – REVOGADO

IV – REVOGADO

* Incisos "III e IV" revogados pela Lei nº 6.416, de 24.5.1977.

Art. 15. São internados em colônia agrícola ou em instituto de trabalho, de reeducação ou de ensino profissional, pelo prazo mínimo de um ano:

I – o condenado por vadiagem (art. 59);

II – o condenado por mendicância (art. 60 e seu parágrafo); III – REVOGADO

* Revogado pela Lei nº 6.416, de 24.5.1977.

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Arts. 13 a 15 estão revogados tacitamente, conforme doutrina majoritária. Os artigos em comento traduzem a época em que o Código Penal adotava o sistema do duplo binário (aplicação cumulativa de pena e medida de segurança). Hoje, adota-se o Sistema Vicariante, com aplicação de pena ou a substituição desta por medida de segurança.

Art. 16. O prazo mínimo de duração da internação em manicômio judiciário ou em casa de custódia e tratamento é de seis meses. Parágrafo único. O juiz, entretanto, pode, ao invés de decretar a internação, submeter o indivíduo a liberdade vigiada.

É de se apontar as distinções cabíveis, em sede de contravenções penais:

1) O prazo mínimo de internação (medida de segurança) é de 6 MESES.

2) O juiz pode aplicar a substituição da Medida de Segurança por liberdade vigiada.

Há entendimento doutrinário no sentido da inaplicabilidade da liberdade vigiada, em razão de sua extinção pela reforma da parte geral de 1984.

Em sentido contrário, o entendimento de GUILHERME NUCCI, entendendo que o parágrafo único continua em vigor, sendo aplicável a liberdade vigiada ao contraventor.

Art. 17. A ação penal é pública, devendo a autoridade proceder de ofício. As Contravenções Penais são de Ação Penal Pública Incondicionada.

PARTE ESPECIAL

CAPÍTULO I

DAS CONTRAVENÇÕES REFERENTES À PESSOA

Art. 18. Fabricar, importar, exportar, ter em depósito ou vender, sem permissão da autoridade, arma ou munição:

Pena – prisão simples, de três meses a um ano, ou multa, de um a cinco contos de réis, ou ambas cumulativamente, se o fato não constitui crime contra a ordem política ou social.

O artigo em tela perdeu a aplicabilidade em 1997, porque derrogado pela Lei de Armas de Fogo e, posteriormente, revogada pelo Estatuto de Desarmamento - Lei 10826/2003.

As condutas ter em depósito ou vender estão tipificadas nos artigos 14 (arma/munição de uso permitido) ou 16 (arma/munição de uso proibido) do Estatuto. Se praticada no exercício de atividade comercial ou industrial, a conduta está descrita no art.17. Quanto à conduta fabricar, da mesma forma, está configurada no Estatuto do desarmamento. As condutas importar e exportar caracterizam o crime de trafico internacional de arma de fogo, tipificadas no art. 18 do Estatuto.

É majoritário o entendimento doutrinário, no sentido da vigência do art.18 no que se refere às armas brancas. Art. 19. Trazer consigo arma fora de casa ou de dependência desta, sem licença da autoridade:

Pena – prisão simples, de quinze dias a seis meses, ou multa, de duzentos mil réis a três contos de réis, ou ambas cumulativamente. § 1º A pena é aumentada de um terço até metade, se o agente já foi condenado, em sentença irrecorrível, por violência contra pessoa. § 2º Incorre na pena de prisão simples, de quinze dias a três meses, ou multa, de duzentos mil réis a um conto de réis, quem, possuindo arma ou munição:

a) deixa de fazer comunicação ou entrega à autoridade, quando a lei o determina;

b) permite que alienado menor de 18 anos ou pessoa inexperiente no manejo de arma a tenha consigo;

c) omite as cautelas necessárias para impedir que dela se apodere facilmente alienado, menor de 18 anos ou pessoa inexperiente em manejá-la.

São aplicáveis a este artigo, as mesmas observações feitas no artigo anterior, quanto à revogação e quanto a manutenção da vigência para as armas brancas, desde que tenha potencialidade lesiva e, ainda, que seja manuseada como arma.

(9)

A conduta está caracterizada como porte ilegal de arma de fogo, conforme artigos14 e 16 do Estatuto.

A título didático, ressalte-se que a expressão “Trazer consigo” significa ter a pronta disponibilidade do uso da arma, ou seja, a arma deve estar junto ao corpo da pessoa ou em local de fácil acesso.

Caso a pessoa esteja somente transportando a arma branca, não se caracterizará a contravenção, pela ausência da intenção de usar o objeto como arma de fogo.

O elemento central é a finalidade do agente.

arma branca própria – finalidade específica de arma (ex.: soco inglês)

arma branca imprópria – qualquer objeto que possa ser utilizado como arma (ex: a faca de cozinha).

OBS:

(1) A arma branca pode ser confiscada, perdida em favor da União, conforme art. 91, inc. I, “a” do Código Penal, tese sustentada pelo Supremo Tribunal Federal e o Superior Tribunal de Justiça, eis que a expressão – perda dos instrumentos do crime  aplica-se subsidiariamente às armas brancas.

(2) É efeito da condenação, porém, havendo transação, não haverá condenação, por conseguinte, não há que se falar de perdimento como efeito.

É pacífico na jurisprudência que esta Contravenção Penal se classifica como de mera conduta e de perigo abstrato. O simples porte indevido da arma branca já configura Contravenção Penal, independentemente de causar perigo a alguém. Art. 20. Anunciar processo, substância ou objeto destinado a provocar aborto:

Pena – multa de hum mil cruzeiros a dez mil cruzeiros.

* Art. 20, caput e Pena, alterados pela Lei nº 6.734, de 4.12.1979.

ARTIGO 20. “Anúncio de meio abortivo” Pena: multa

Sujeito Ativo: Qualquer pessoa; Sujeito Passivo: Estado.

Tenta evitar a prática do aborto/ direito à vida;

Anunciar: noticiar, revelar publicamente, dar conhecimento;

Modos de divulgação: imprensa escrita ou falada, cartazes, boletins, filmes, desenhos; Lugar público: número indeterminado de pessoas;

Substância é a apta a prática do aborto;

Anticoncepcional não é, pois ainda não teve a concepção. Art. 21. Praticar vias de fato contra alguém:

Pena – prisão simples, de quinze dias a três meses, ou multa, de cem mil réis a um conto de réis, se o fato não constitui crime. Parágrafo único. Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) até a metade se a vítima é maior de 60 (sessenta) anos.

* Incluído pela Lei nº 10.741, de 1º.10.03.

ARTIGO 21. “Vias de fato”

Pena: prisão simples, de 15 dias a 3 meses, ou multa, se o fato não constitui crime. Sujeito Ativo: Qualquer pessoa;

Sujeito Passivo: Estado.

Vias de fato constituem violência contra a pessoa, sem produção de lesões corporais; Delito subsidiário, se o fato não constitui crime;

Ameaça, auto-agressão, empurrão, e provocação, não são vias de fato;

Cuspe em direção a terceiro, puxar os cabelos, forte beliscão, pode ser considerado. Parágrafo único: aumenta-se a pena de 1/3 até metade se a vítima é maior de 60 anos.

(10)

Art. 22. Receber em estabelecimento psiquiátrico, e nele internar, sem as formalidades legais, pessoa apresentada como doente mental: Pena – multa, de trezentos mil réis a três contos de réis.

§ 1º Aplica-se a mesma pena a quem deixa de comunicar a autoridade competente, no prazo legal, internação que tenha admitido, por motivo de urgência, sem as formalidades legais.

§ 2º Incorre na pena de prisão simples, de quinze dias a três meses, ou multa de quinhentos mil réis a cinco contos de réis, aquele que, sem observar as prescrições legais, deixa retirar-se ou despede de estabelecimento psiquiátrico pessoa nele, internada.

ARTIGO 22. “Internação irregular em estabelecimento psiquiátrico” Pena: multa

Sujeito Ativo: Quem tem função específica em hospital psiquiátrico; Sujeito Passivo: Qualquer pessoa.

Receber em estabelecimento psiquiátrico e nele internar, sem formalidades legais;

Formalidades legais: comunicação a autoridade competente da internação, condições de funcionamento do estabelecimento psiquiátrico, tratamento recomendado.

§ 1º incorre nas mesmas penas quem deixa de comunicar a internação de urgência;

§ 2º prisão simples de 15 dias a 3 meses, quem deixa de retirar-se ou despede de estabelecimento psiquiátrico. Art. 23. Receber e ter sob custódia doente mental, fora do caso previsto no artigo anterior, sem autorização de quem de direito: Pena – prisão simples, de quinze dias a três meses, ou multa, de quinhentos mil réis a cinco contos de réis.

ARTIGO 23. “Indevida custódia de doente mental” Pena: prisão simples, de 15 dias a 3 meses, ou multa. Sujeito Ativo: Qualquer pessoa;

Sujeito Passivo: Doente mental.

Receber e ter sob custódia doente mental fora do caso previsto no artigo anterior sem autorização de quem de direito. CAPÍLULO II

DAS CONTRAVENÇÕES REFERENTES AO PATRIMÔNIO

Art. 24. Fabricar, ceder ou vender gazua ou instrumento empregado usualmente na prática de crime de furto: Pena – prisão simples, de seis meses a dois anos, e multa, de trezentos mil réis a três contos de réis. ARTIGO 24. “Instrumento de emprego usual na prática de furto”

Pena: prisão simples, de 6 meses a 2 anos, ou multa. Sujeito Ativo: Qualquer pessoa;

Sujeito Passivo: Estado. Fabricar: manufaturar, criar;

Ceder: dar a título gratuito ou oneroso;

Vender: transferência de domínio mediante pagamento;

Gazua: é todo instrumento apto a fazer funcionar fechadura, cadeado ou aparelho similar.

Art. 25. Ter alguém em seu poder, depois de condenado, por crime de furto ou roubo, ou enquanto sujeito à liberdade vigiada ou quando conhecido como vadio ou mendigo, gazuas, chaves falsas ou alteradas ou instrumentos empregados usualmente na prática de crime de furto, desde que não prove destinação legítima:

Pena – prisão simples, de dois meses a um ano, e multa de duzentos mil réis a dois contos de réis. ARTIGO 25. “Posse não justificada de instrumento de emprego usual na prática de furto” Pena: prisão simples, de 2 meses a 1 ano, ou multa.

Sujeito Ativo: Aquele que depois de furtar ou roubar ter posse de instrumento usual a prática de furto ou roubo, ou conhecido como vadio ou mendigo;

(11)

Depois de condenado, trânsito em julgado por furto ou roubo; Liberdade vigiada (extinto pela reforma do CP);

Vadio ou mendigo;

Verificar sobre a constitucionalidade/recepção deste artigo, fere a presunção de inocência; Posse proibida: direto – consigo, e a indireta – ex: bagageiro.

Art. 26. Abrir alguém, no exercício de profissão de serralheiro ou oficio análogo, a pedido ou por incumbência de pessoa de cuja legitimidade não se tenha certificado previamente, fechadura ou qualquer outro aparelho destinado à defesa de lugar nu objeto:

Pena – prisão simples, de quinze dias a três meses, ou multa, de duzentos mil réis a um conto de réis. ARTIGO 26. “Violação de lugar ou objeto”

Pena: prisão simples, de 15 dias a 3 meses, ou multa. Sujeito Ativo: Serralheiro ou análogo;

Sujeito Passivo: Estado.

Abrir, serralheiro ou análogo, verificar essa analogia (carpinteiro, ferreiro);

Fechadura ou objeto destinado à segurança patrimonial, exemplo clássico é o cofre; Condutas:

Omissiva: ausência de diligência no conhecimento de pessoas que solicita a abertura; Comissiva: abertura da fechadura.

Art. 27. REVOGADO

* Revogado pela Lei nº 9.521, de 27.11.1997.

CAPÍTULO III

DAS CONTRAVENÇÕES REFERENTES À INCOLUMIDADE PÚBLICA Art. 28. Disparar arma de fogo em lugar habitado ou em suas adjacências, em via pública ou em direção a ela: Pena – prisão simples, de um a seis meses, ou multa, de trezentos mil réis a três contos de réis.

Parágrafo único. Incorre na pena de prisão simples, de quinze dias a dois meses, ou multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis, quem, em lugar habitado ou em suas adjacências, em via pública ou em direção a ela, sem licença da autoridade, causa deflagração perigosa, queima fogo de artifício ou solta balão aceso.

Não se aplica desde 1997, eis que também derrogado pela Lei de Armas de Fogo, que, por sua vez, foi revogada pelo atual Estatuto de Desarmamento.

Esta conduta do art. 28, atualmente, configura o crime do art. 15 do Estatuto do Desarmamento. O parágrafo único prevê mais 3 condutas equiparadas ao disparo de arma de fogo:

1) causar deflagração perigoso – revogada pelo art. 251, §1º do Código Penal e art. 16, parágrafo único, inc. III da L.10826 (Estatuto do Desarmamento).

2) queimar fogos de artifício – única conduta do art. 28 que mantém vigência.

A queima de fogos de artifício é Contravenção Penal quando não há uma licença da autoridade para tal comportamento.

Os fogos de artifício estão classificados em 4 classes conforme a potencialidade lesiva: a, b, c e d pelo Decreto-Lei 4238/1942.

Os fogos da letra a e b possuem queima livre e não precisam de autorização.

(arts. 4º e 5º). Os fogos das letras “c” e “d” precisam de autorização da autoridade competente.

O art. 11 do referido Decreto diz que a fiscalização é atribuída ao Delegado de Polícia, sem prejuízo de outras autoridades previstas em lei (ex.: bombeiro).

(12)

Art. 29. Provocar o desabamento de construção ou, por erro no projeto ou na execução, dar-lhe causa: Pena – multa, de um a dez contos de réis, se o fato não constitui crime contra a incolumidade pública. ARTIGO 29. “Desabamento de construção”

Pena: multa, se o fato não constitui crime contra a incolumidade pública. Sujeito Ativo: Qualquer pessoa;

Sujeito Passivo: Estado.

Provocar desabamento, erro de projeto ou execução;

Delito subsidiário (vide os crimes contra a incolumidade pública arts. 256 e sgts do CP); Perigo a vida ou patrimônio – art. 256 do CP;

Sem perigo – art. 29 das contravenções penais.

Art. 30. Omitir alguém a providência reclamada pelo Estado ruinoso de construção que lhe pertence ou cuja conservação lhe incumbe: Pena – multa, de um a cinco contos de réis.

ARTIGO 30. “Perigo de desabamento” Pena: multa

Sujeito Ativo: Proprietário ou 3º encarregado; Sujeito Passivo: Estado.

Omitir: crime omissivo;

Providência reclamada pelo estado ruinoso do bem.

Art. 31. Deixar em liberdade, confiar à guarda de pessoa inexperiente, ou não guardar com a devida cautela animal perigoso: Pena – prisão simples, de dez dias a dois meses, ou multa, de cem mil réis a um conto de réis.

Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem:

a) na via pública, abandona animal de tiro, carga ou corrida, ou o confia à pessoa inexperiente; b) excita ou irrita animal, expondo a perigo a segurança alheia;

c) conduz animal, na via pública, pondo em perigo a segurança alheia.

ARTIGO 31. “Omissão de cautela na guarda ou condução de animais” Pena: prisão simples, de 10 dias a 2 meses, ou multa.

Sujeito Ativo: Qualquer pessoa; Sujeito Passivo: Estado.

Deixar em liberdade;

Confiar a guarda a pessoa inexperiente;

Não guardar com a devida cautela animal perigoso; Perigo abstrato: não é necessário causar dano;

Há divergência doutrinária se ocorrer lesão: 1ª Corrente concurso formal; 2ª Corrente absorve a contravenção a lesão corporal (corrente a qual eu me filio).

Art. 32. Dirigir, sem a devida habilitação, veículo na via pública, ou embarcação a motor em águas públicas: Pena – multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis.

A parte atinente à direção de veículo automotor foi tacitamente derrogado pelo art. 309/CTB.

Súmula 720/STF – O ART. 309 DO CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO, QUE RECLAMA DECORRA DO FATO PERIGO DE DANO, DERROGOU O ART. 32 DA LEI DAS CONTRAVENÇÕES PENAIS NO TOCANTE À DIREÇÃO SEM HABILITAÇÃO EM VIAS TERRESTRES. Atenção! A contravenção penal do art. 32 era de perigo abstrato. Mas, o tipo penal do art. 309/CTB passou a exigir perigo de dano.

(13)

Ao entrar em vigor o art. 309, virou uma confusão na doutrina. Se não gerar perigo de dano, é a Contravenção Penal do art. 32; caso venha a gerar perigo de dano, art. 309/CTB. Até o STJ se posicionava desta maneira, após a edição da súmula 702, se encerrou a discussão, logo, se a conduta não gerar perigo de dano, é mera infração administrativa do CTB. Se gerar perigo de dano, ocorre o crime do art. 309.

A Contravenção Penal do art. 32 continua em vigor no que se refere à condução inabilitada de embarcação a motor em águas públicas. – Contravenção Penal de perigo abstrato.

Art. 33. Dirigir aeronave sem estar devidamente licenciado:

Pena – prisão simples, de quinze dias a três meses, e multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis. ARTIGO 33. “Direção não licenciada de aeronave”

Pena: prisão simples, de 15 dias a 3 meses, ou multa. Sujeito Ativo: Qualquer pessoa;

Sujeito Passivo: Estado. Condutas: guiar sem licença

Aeronaves: aviões, helicópteros, públicos ou particulares, civis ou militares;

Art. 34. Dirigir veículos na via pública, ou embarcações em águas públicas, pondo em perigo a segurança alheia: Pena – prisão simples, de quinze das a três meses, ou multa, de trezentos mil réis a dois contos de réis.

Existem 3 formas de direção perigosa que foram transformadas em crime pelo Código de Trânsito Brasileiro: Embriaguez ao volante (art. 306)

Racha (art. 309)

Excesso de velocidade ou velocidade incompatível (art. 311)

Antes do advento do Código de Trânsito Brasileiro, eram simples contravenções penais, previstas no art. 34. Com o advento do CTB, essas condutas passaram a caracterizar os citados crimes. Há, entretanto, outras formas de direção perigosa, não abrangidas pelo CTB.

Assim, o art. 34/LCP continua em vigor, no que se refere à direção perigosa de veículo automotor, porque há outras formas de direção perigosa não abrangidas por esses três novos crimes tipificados no CTB (ex.: cavalo de pau; freadas bruscas; trafegar na contramão; ultrapassar pela direita). STF HC 86276/MG julgado em 2005.

Direção Perigosa de embarcação em águas públicas – o dispositivo está em plena vigência.  O que é “via pública”?

São as vias de acesso ao público (ruas, estradas, etc.).  E estacionamento de supermercado, shopping?

Para o NUCCI é hipótese de via pública. Para DAMÁSIO e Alexandre de MORAES, apontada como jurisprudência MAJORITÁRIA, não caracteriza via pública.

 E se alguém quase atropelar uma pessoa nesses locais?

Pode caracterizar o art. 132 do Código Penal – perigo para a vida ou saúde de outrem.  E as vias internas de condomínios?

são vias públicas, porque expressamente previstas no art. 2º do CTB. Se alguém estiver dirigindo de forma perigosa neste tipo de via, estará praticando esta Contravenção Penal. A Lei de Parcelamento do Solo Urbano também preceitua o mesmo.

Art. 35. Entregar-se na prática da aviação, a acrobacias ou a vôos baixos, fora da zona em que a lei o permite, ou fazer descer a aeronave fora dos lugares destinados a esse fim:

Pena – prisão simples, de quinze dias a três meses, ou multa, de quinhentos mil réis a cinco contos de réis. ARTIGO 35. “Abuso na prática da aviação”

Pena: prisão simples, de 15 dias a 3 meses, ou multa. Sujeito Ativo: Qualquer pessoa (não precisa ser brevetado); Sujeito Passivo: Estado.

(14)

Fora da zona permitida;

Norma penal em branco (Código Brasileiro de Aeronáutica);

Acrobacias autorizadas, não são contravenções penais, vide esquadrilha da fumaça; Estado de necessidade exclui a contravenção.

Art. 36. Deixar do colocar na via pública, sinal ou obstáculo, determinado em lei ou pela autoridade e destinado a evitar perigo a transeuntes: Pena – prisão simples, de dez dias a dois meses, ou multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis.

Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem:

a) apaga sinal luminoso, destrói ou remove sinal de outra natureza ou obstáculo destinado a evitar perigo a transeuntes; b) remove qualquer outro sinal de serviço público.

ARTIGO 36. “Sinais de perigo”

Pena: prisão simples, de 10 dias a 2 meses, ou multa. Sujeito Ativo: Pessoa que deve colocar o sinal; Sujeito Passivo: Transeuntes.

Deixar de colocar na via pública sinal ou obstáculo determinado por lei ou pela autoridade Norma penal em branco;

Equipara-se quem: apaga o sinal, destrói o mesmo, remove do lugar devido.

Art. 37. Arremessar ou derramar em via pública, ou em lugar de uso comum, ou do uso alheio, coisa que possa ofender, sujar ou molestar alguém:

Pena – multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis.

Parágrafo único. Na mesma pena incorre aquele que, sem as devidas cautelas, coloca ou deixa suspensa coisa que, caindo em via pública ou em lugar de uso comum ou de uso alheio, possa ofender, sujar ou molestar alguém.

ARTIGO 37. “Arremesso ou colocação perigosa” Pena: multa

Sujeito Ativo: Qualquer pessoa; Sujeito Passivo: Estado/vítima. Arremessar; lançar;

Derramar: deixar;

Ofender, sujar, molestar;

Via pública: ruas, estradas e avenidas.

Art. 38. Provocar, abusivamente, emissão de fumaça, vapor ou gás, que possa ofender ou molestar alguém: Pena – multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis.

ARTIGO 38. “Emissão de fumaça, vapor ou gás”. Pena: multa

Sujeito Ativo: Qualquer pessoa; Sujeito Passivo: Estado.

Provocar abusivamente a emissão de fumaça, vapor ou gás; Emissão normal não é punível;

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CAPÍTULO IV

DAS CONTRAVENÇÕES REFERENTES À PAZ PÚBLICA

Art. 39. Participar de associação de mais de cinco pessoas, que se reúnam periodicamente, sob compromisso de ocultar à autoridade a existência, objetivo, organização ou administração da associação:

Pena – prisão simples, de um a seis meses, ou multa, de trezentos mil réis a três contos de réis.

§ 1º Na mesma pena incorre o proprietário ou ocupante de prédio que o cede, no todo ou em parte, para reunião de associação que saiba ser de caráter secreto.

§ 2º O juiz pode, tendo em vista as circunstâncias, deixar de aplicar a pena, quando lícito o objeto da associação. ARTIGO 39. “Associação secreta”

Pena: prisão simples, de 1a 6 meses, ou multa. Sujeito Ativo: Qualquer pessoa;

Sujeito Passivo: Estado.

Participar de associação mais de cinco pessoas, em reunião periódica, sob o compromisso de ocultar a existência finalidade do poder público;

Garantida a liberdade de associação (arts. 5º XVIII, XIX e XX);

§ 1º Incide nas mesmas penas o proprietário do prédio, que cede no todo ou em parte, desde que soubesse ser secreta a associação;

§ 2º O Juiz pode deixar de aplicar a pena quando lícito o objeto da associação.

Art. 40. Provocar tumulto ou portar-se de modo inconveniente ou desrespeitoso, em solenidade ou ato oficial, em assembléia ou espetáculo público, se o fato não constitui infração penal mais grave;

Pena – prisão simples, de quinze dias a seis meses, ou multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis. ARTIGO 40. “Provocação de tumulto. Conduta inconveniente”.

Pena: prisão simples, de 15 dias a 6 meses, ou multa. Sujeito Ativo: Qualquer pessoa;

Sujeito Passivo: Estado.

Provocar tumulto: incitar discórdia, intervir, vaiar, gritaria; Postar-se de modo inconveniente.

Delito subsidiário.

Art. 41. Provocar alarma, anunciando desastre ou perigo inexistente, ou praticar qualquer ato capaz de produzir pânico ou tumulto: Pena – prisão simples, de quinze dias a seis meses, ou multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis.

ARTIGO 41. “Falso alarme”

Pena: prisão simples, de 15 dias a 6 meses, ou multa. Sujeito Ativo: Qualquer pessoa;

Sujeito Passivo: Estado. Provocar falso alarme.

Lei de imprensa art. 16 (lei 5.250).

Art. 42. Perturbar alguém o trabalho ou o sossego alheios: I – com gritaria ou algazarra;

II – exercendo profissão incômoda ou ruidosa, em desacordo com as prescrições legais; III – abusando de instrumentos sonoros ou sinais acústicos;

IV – provocando ou não procurando impedir barulho produzido por animal de que tem a guarda: Pena – prisão simples, de quinze dias a três meses, ou multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis.

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ARTIGO 42. “Perturbação do trabalho ou do sossego alheio” Pena: prisão simples, de 15 dias a 3 meses, ou multa.

Sujeito Ativo: Qualquer pessoa; Sujeito Passivo: Estado.

Perturbar alguém; I – gritaria ou algazarra;

II - profissão incômoda ou ruidosa; III - abusar de instrumento sonoro; IV - barulho de animal.

CAPÍTULO V

DAS CONTRAVENÇÕES REFERENTES À FÉ PÚBLICA Art. 43. Recusar-se a receber, pelo seu valor, moeda de curso legal no país:

Pena – multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis. ARTIGO 43. “Recusa de moeda de curso legal” Pena: multa

Sujeito Ativo: Qualquer pessoa; Sujeito Passivo: Estado.

Recusar-se a receber pelo seu valor, moeda de curso legal no País; Tem que haver legislação instituindo essa moeda como de curso legal.

Art. 44. Usar, como propaganda, de impresso ou objeto que pessoa inexperiente ou rústica possa confundir com moeda: Pena – multa, de duzentos mil réis a dois cotos de réis.

ARTIGO 44. “Imitação de moeda para propaganda” Pena: multa

Sujeito Ativo: Qualquer pessoa; Sujeito Passivo: Estado.

Colocar em circulação, impresso ou objeto que tenha semelhança com notas de dinheiro; Ex: santinho de candidato em impresso similar a nota de circulação (Tacrim/SP Acrim 639.573) Art. 45. Fingir-se funcionário público:

Pena – prisão simples, de um a três meses, ou multa, de quinhentos mil réis a três contos de réis. ARTIGO 45. “Simulação da qualidade de funcionário”

Pena: prisão simples, de 1 a 3 meses, ou multa. Sujeito Ativo: Qualquer pessoa;

Sujeito Passivo: Estado.

Fingir-se funcionário público, o objetivo principal é evitar que alguém se passe como funcionário público; Por palavras, gestos ou escritos.

Art. 46. Usar, publicamente, de uniforme, ou distintivo de função pública que não exerce; usar, indevidamente, de sinal, distintivo ou denominação cujo emprego seja regulado por lei.

Pena – multa, de duzentos a dois mil cruzeiros, se o fato não constitui infração penal mais grave.

* Art. 46, caput e Pena, alterados pelo Decreto-Lei nº 6.916, de 2.10.1944.

ARTIGO 46. “Uso ilegítimo de uniforme ou distintivo”

Pena: multa, se o fato não constitui infração penal mais grave. Sujeito Ativo: Qualquer pessoa;

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Sujeito Passivo: Estado.

Usar publicamente uniforme ou distintivo Formas:

1 – usar publicamente uniforme ou distintivo de função pública que o sujeito não exerce; 2 – usar sinal ou distintivo regulado em lei.

CAPÍTULO VI

DAS CONTRAVENÇÕES RELATIVAS À ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO

Art. 47. Exercer profissão ou atividade econômica ou anunciar que a exerce, sem preencher as condições a que por lei está subordinado o seu exercício:

Pena – prisão simples, de quinze dias a três meses, ou multa, de quinhentos mil réis a cinco contos de réis. ARTIGO 47. “Exercício ilegal de profissão ou atividade”

Pena: prisão simples, de 15 dias a 3 meses, ou multa. Sujeito Ativo: Qualquer pessoa;

Sujeito Passivo: Estado.

Exercer profissão ou atividade econômica ou anunciar que a exerce, sem preencher as condições a que a lei está subordinada o seu exercício.

Vide CF: art. 5º XIII;

Exemplos: OAB, farmacêutico, corretor; Medicina é crime.

Art. 48. Exercer, sem observância das prescrições legais, comércio de antiguidades, de obras de arte, ou de manuscritos e livros antigos ou raros:

Pena – prisão simples de um a seis meses, ou multa, de um a dez contos de réis. ARTIGO 48. “Exercício ilegal do comércio de coisas antigas e obras de arte” Pena: prisão simples, de 1 a 6 meses, ou multa.

Sujeito Ativo: Comerciante de antiguidades; Sujeito Passivo: Estado.

Exercer sem observância (prescrições legais), comércio de antiquários, obras de arte, manuscritos, livros. Norma penal em branco;

Habitualidade.

Art. 49. Infringir determinação legal relativa à matrícula ou à escrituração de indústria, de comércio, ou de outra atividade: Pena – multa, de duzentos mil réis a cinco contos de réis.

ARTIGO 49. “Matrícula ou escrituração de indústria ou profissão” Pena: multa

Sujeito Ativo: Pessoa responsável pela escrituração; Sujeito Passivo: Estado.

Infringir determinação legal, matrícula ou escrituração de indústria ou comércio. Infringir, violar, desrespeitar, transgredir;

Matrícula (art. 4º e 9º do C. Comercial); Escrituração (art. 10 do C. Comercial).

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CAPÍTULO VII

DAS CONTRAVENÇÕES RELATIVAS À POLÍCIA DE COSTUMES

Art. 50. Estabelecer ou explorar jogo de azar em lugar público ou acessível ao público, mediante o pagamento de entrada ou sem ele:

* Vide Decreto-Lei nº 4.866, de 23.10.1942. * Vide Decreto-Lei 9.215, de 30.4.1946.

Pena – prisão simples, de três meses a um ano, e multa, de dois a quinze contos de réis, estendendo-se os efeitos da condenação à perda dos moveis e objetos de decoração do local.

§ 1º A pena é aumentada de um terço, se existe entre os empregados ou participa do jogo pessoa menor de dezoito anos.

§ 2º Incorre na pena de multa, de R$ 2.000,00 (dois mil reais) a R$ 200.000,00 (duzentos mil reais), quem é encontrado a participar do jogo, ainda que pela internet ou por qualquer outro meio de comunicação, como ponteiro ou apostador.

* Alterado pela Lei nº 13.155, de 4.8.15.

§ 3º Consideram-se, jogos de azar:

a) o jogo em que o ganho e a perda dependem exclusiva ou principalmente da sorte;

b) as apostas sobre corrida de cavalos fora de hipódromo ou de local onde sejam autorizadas; c) as apostas sobre qualquer outra competição esportiva.

§ 4º Equiparam-se, para os efeitos penais, a lugar acessível ao público:

a) a casa particular em que se realizam jogos de azar, quando deles habitualmente participam pessoas que não sejam da família de quem a ocupa;

b) o hotel ou casa de habitação coletiva, a cujos hóspedes e moradores se proporciona jogo de azar; c) a sede ou dependência de sociedade ou associação, em que se realiza jogo de azar;

d) o estabelecimento destinado à exploração de jogo de azar, ainda que se dissimule esse destino. ARTIGO 50. “Jogo de azar”

Pena: prisão simples, de 3 meses a 1 ano e multa, estendendo-se os efeitos da condenação à perda dos móveis e objetos de decoração do local.

Sujeito Ativo: Qualquer pessoa; Sujeito Passivo: Estado.

Estabelecer/explorar jogo de azar; Lugar público ou de acesso público

§1º pena aumentada se tiver empregados menores de 18 anos; §2º incorre nas mesmas penas: apostador ou ponteiro;

§3º considera-se jogo de azar - rol;

§4º equipara-se a lugar de aceso público - rol.

Art. 51. Promover ou fazer extrair loteria, sem autorização legal:

Pena – prisão simples, de seis meses a dois anos, e multa, de cinco a dez contos de réis, estendendo-se os efeitos da condenação à perda dos moveis existentes no local.

§ 1º Incorre na mesma pena quem guarda, vende ou expõe à venda, tem sob sua guarda para o fim de venda, introduz ou tenta introduzir na circulação bilhete de loteria não autorizada.

§ 2º Considera-se loteria toda operação que, mediante a distribuição de bilhete, listas, cupões, vales, sinais, símbolos ou meios análogos, faz depender de sorteio a obtenção de prêmio em dinheiro ou bens de outra natureza.

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Art. 52. Introduzir, no país, para o fim de comércio, bilhete de loteria, rifa ou tômbola estrangeiras: Pena – prisão simples, de quatro meses a um ano, e multa, de um a cinco contos de réis.

Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem vende, expõe à venda, tem sob sua guarda. para o fim de venda, introduz ou tenta introduzir na circulação, bilhete de loteria estrangeira.

Art. 53. Introduzir, para o fim de comércio, bilhete de loteria estadual em território onde não possa legalmente circular: Pena – prisão simples, de dois a seis meses, e multa, de um a três contos de réis.

Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem vende, expõe à venda, tem sob sua guarda, para o fim de venda, introduz ou tonta introduzir na circulação, bilhete de loteria estadual, em território onde não possa legalmente circular.

Art. 54. Exibir ou ter sob sua guarda lista de sorteio de loteria estrangeira:

Pena – prisão simples, de um a três meses, e multa, de duzentos mil réis a um conto de réis.

Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem exibe ou tem sob sua guarda lista de sorteio de loteria estadual, em território onde esta não possa legalmente circular.

Art. 55. Imprimir ou executar qualquer serviço de feitura de bilhetes, lista de sorteio, avisos ou cartazes relativos a loteria, em lugar onde ela não possa legalmente circular:

Pena – prisão simples, de um a seis meses, e multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis.

Art. 56. Distribuir ou transportar cartazes, listas de sorteio ou avisos de loteria, onde ela não possa legalmente circular: Pena – prisão simples, de um a três meses, e multa, de cem a quinhentos mil réis.

Art. 57. Divulgar, por meio de jornal ou outro impresso, de rádio, cinema, ou qualquer outra forma, ainda que disfarçadamente, anúncio, aviso ou resultado de extração de loteria, onde a circulação dos seus bilhetes não seria legal:

Pena – multa, de um a dez contos de réis.

Art. 58. Explorar ou realizar a loteria denominada jogo do bicho, ou praticar qualquer ato relativo à sua realização ou exploração: Pena – prisão simples, de quatro meses a um ano, e multa, de dois a vinte contos de réis.

Parágrafo único. Incorre na pena de multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis, aquele que participa da loteria, visando a obtenção de prêmio, para si ou para terceiro.

Art. 59. Entregar-se alguém habitualmente à ociosidade, sendo válido para o trabalho, sem ter renda que lhe assegure meios bastantes de subsistência, ou prover à própria subsistência mediante ocupação ilícita:

Pena – prisão simples, de quinze dias a três meses. ARTIGO 59. “Vadiagem”

Pena: prisão simples, de 15 dias a 3 meses, ou multa. Sujeito Ativo: Qualquer pessoa;

Sujeito Passivo: Estado. Direito penal de autor.

Necessita de habitualidade;

Tem de ocorrer à falta ou inexistência de renda

Trottoir masculino existe divergência quanto à caracterização de contravenção, mesma divergência existe para o lavador de carros em via pública;

Trottoir feminino não é considerado;

Não caracteriza contravenção: vendedor ambulante, engraxate, trabalhador avulso – “biscate”, e o guardador de carro. Parágrafo único. A aquisição superveniente de renda, que assegure ao condenado meios bastantes de subsistência, extingue a pena.

(20)

Art. 60. REVOGADO

* Revogado pela Lei nº 11.983, de 16.07.2009.

Art. 61. Importunar alguém, em lugar público ou acessível ao público, de modo ofensivo ao pudor: Pena – multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis.

ARTIGO 61. “Importunação ofensiva ao pudor” Pena: multa

Sujeito Ativo: Qualquer pessoa; Sujeito Passivo: Estado.

Importunar é perturbar deturpar;

Meios vexatórios são atos palavras gestos e atitudes;

Configuram a contravenção enumerada: encostar lascivamente em mulher, convite reiterado a prática do homossexualismo - tanto feminino quanto masculino, toque em áreas pudendas, beliscar as nádegas;

Não configuram a contravenção: o comportamento grosseiro;

Existe divergência quanto à incidência a utilização de palavras de baixo calão.

Art. 62. Apresentar-se publicamente em estado de embriaguez, de modo que cause escândalo ou ponha em perigo a segurança própria ou alheia:

Pena – prisão simples, de quinze dias a três meses, ou multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis. Parágrafo único. Se habitual a embriaguez, o contraventor é internado em casa de custódia e tratamento. ARTIGO 62. “Embriaguez”

Pena: prisão simples, de 15 dias a 3 meses, ou multa. Sujeito Ativo: Qualquer pessoa;

Sujeito Passivo: Estado.

Apresentar publicamente em estado de embriaguez, causando escândalo ou pondo em risco sua segurança ou de terceiro;

Não é necessária a habitualidade;

Quanto à necessidade de exame para caracterização existe divergência doutrinária quanto ao tema; Parágrafo único: se habitual a embriaguez o contraventor, é internado em casa de custódia para tratamento. Art. 63. Servir bebidas alcoólicas:

I – REVOGADO

* Revogado pela Lei nº 13.106, de 17.3.15.

II – a quem se acha em estado de embriaguez;

III – a pessoa que o agente sabe sofrer das faculdades mentais;

IV – a pessoa que o agente sabe estar judicialmente proibida de frequentar lugares onde se consome bebida de tal natureza: Pena – prisão simples, de dois meses a um ano, ou multa, de quinhentos mil réis a cinco contos de réis.

ARTIGO 63. “Bebidas alcoólicas”

Pena: prisão simples, de 2 meses a 1 ano, ou multa. Sujeito Ativo: Qualquer pessoa;

Sujeito Passivo: Estado.

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I- Menor de 18 anos; (REVOGADO)

Entrou em vigor, no dia 18/03/2016, a lei nº 13.106, de 17 de março de 2015 que torna crime vender, fornecer, servir, ministrar ou

entregar, ainda que gratuitamente, bebida alcoólica a menores de 18 anos.

A medida também se estende a outros produtos que possam causar dependência física ou psíquica se não houver justa causa para a venda.

A pena para o crime é de dois a quatro anos de detenção e multa que varia de R$ 3 mil a R$ 10 mil, além da interdição do estabelecimento comercial.

II- A quem se acha em estado de embriaguez; III- Quem sofre das faculdades mentais; IV- O juridicamente impedido;

Art. 64. Tratar animal com crueldade ou submetê-lo a trabalho excessivo:

Pena – prisão simples, de dez dias a um mês, ou multa, de cem a quinhentos mil réis.

§ 1º Na mesma pena incorre aquele que, embora para fins didáticos ou científicos, realiza em lugar público ou exposto ao publico, experiência dolorosa ou cruel em animal vivo.

§ 2º Aplica-se a pena com aumento de metade, se o animal é submetido a trabalho excessivo ou tratado com crueldade, em exibição ou espetáculo público.

Art. 65. Molestar alguém ou perturbar-lhe a tranquilidade, por acinte ou por motivo reprovável:

Pena – prisão simples, de quinze dias a dois meses, ou multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis. ARTIGO 65. “Perturbação da tranquilidade”

Pena: prisão simples, de 15 dias a 2 meses, ou multa. Sujeito Ativo: Qualquer pessoa;

Sujeito Passivo: Estado.

Molestar alguém ou perturbar-lhe a tranquilidade, por acinte ou motivo reprovável;

A diferença entre a contravenção do art. 61 e esta, é que essa última não precisa ser em lugar público. CAPÍTULO VIII

DAS CONTRAVENÇÕES REFERENTES À ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Art. 66. Deixar de comunicar à autoridade competente:

I – crime de ação pública, de que teve conhecimento no exercício de função pública, desde que a ação penal não dependa de representação; II – crime de ação pública, de que teve conhecimento no exercício da medicina ou de outra profissão sanitária, desde que a ação penal não dependa de representação e a comunicação não exponha o cliente a procedimento criminal:

Pena – multa, de trezentos mil réis a três contos de réis. ARTIGO 66. “Omissão de comunicação de crime” Pena: multa

Sujeito Ativo: Funcionário público e o médico;

Sujeito Passivo: Estado. Omissão das seguintes espécies de crime;

I- Crime de ação pública, que teve conhecimento no exercício da função, desde que, não dependa de representação; II- Crime de ação pública que teve conhecimento no exercício da medicina;

Autoridade competente: Juiz de Direito, Promotor de Justiça e Delegado de Polícia; Forma de comunicação: oral, escrita.

(22)

Art. 67. Inumar ou exumar cadáver, com infração das disposições legais:

Pena – prisão simples, de um mês a um ano, ou multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis. ARTIGO 67. “Inumação ou exumação de cadáver”

Pena: prisão simples, de 1 mês a 1 ano, ou multa. Sujeito Ativo: Qualquer pessoa;

Sujeito Passivo: Estado. Inumar; enterrar; Exumar: desenterrar; Só humano;

Feto não está incluído.

Art. 68. Recusar à autoridade, quando por esta, justificada-mente solicitados ou exigidos, dados ou indicações concernentes à própria identidade, estado, profissão, domicílio e residência:

Pena – multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis.

Parágrafo único. Incorre na pena de prisão simples, de um a seis meses, e multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis, se o fato não constitui infração penal mais grave, quem, nas mesmas circunstâncias, faz declarações inverídicas a respeito de sua identidade pessoal, estado, profissão, domicílio e residência.

ARTIGO 68. “Recusa de dados sobre a própria identidade ou qualificação” Pena: multa

Sujeito Ativo: Qualquer pessoa;

Sujeito Passivo: Estado.

Recusar a autoridade, solicitado ou exigido;

Dados da própria identidade: estado, profissão, domicílio, residência; Parágrafo único: a pena vai de 1 a 6 meses se as declarações são inverídicas;

A diferença desta contravenção com o crime de falsa identidade do art. 307 do CP, é que neste último há a obtenção de vantagem, na contravenção só a recusa.

Art. 69. REVOGADO

* Revogado pela Lei nº 6.815, de 19.8.1980.

Art. 70. Praticar qualquer ato que importe violação do monopólio postal da União:

Pena – prisão simples, de três meses a um ano, ou multa, de três a dez contos de réis, ou ambas cumulativamente. DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 71. Ressalvada a legislação especial sobre florestas, caça e pesca, revogam-se as disposições em contrário. Art. 72. Esta lei entrará em vigor no dia 1º de janeiro de 1942.

Rio de Janeiro, 3 de outubro de 1941;

GETULIO VARGAS.

Francisco Campos.

(23)

QUESTÕES DE PROVAS DE CONCURSOS

1. [Agente-(Escrivão e Investigador)-(NS)-SAD-SEJUSP-PC-MS/2013-Fund. Escola Gov.-MS].(Q.32) Com relação às contravenções

penais, assinale a opção INCORRETA.

a) Consideram-se contravenções penais: vias de fato; violação de lugar ou objeto; anúncio de meio abortivo.

b) Consideram-se contravenções penais: abuso na prática da aviação; arremesso ou colocação perigosa; indevida custódia de doente mental.

c) Consideram-se contravenções penais: falso alarma; simulação da qualidade de funcionário; jogo do bicho; perturbação da tranquilidade.

d) Consideram-se contravenções penais: embriaguez; inumação ou exumação de cadáver; uso ilegítimo de uniforme ou distintivo.

e) Consideram-se contravenções penais: perigo de desabamento; perturbação do trabalho ou do sossego alheio; violação de sepultura.

2. [Agente-(Escrivão e Investigador)-(NS)-SAD-SEJUSP-PC-MS/2013-Fund. Escola Gov.-MS].(Q.33) Sobre a Lei de Abuso de

Autoridade, todas as afirmativas estão corretas, EXCETO:

a) Constitui abuso de autoridade: qualquer atentado à liberdade de locomoção; à inviolabilidade do domicílio; à liberdade de consciência e de crença.

b) Constitui abuso de autoridade: deixar o juiz de ordenar o relaxamento de prisão ou detenção ilegal que lhe seja comunicada; levar à prisão e nela deter quem quer que se proponha a prestar fiança, permitida em lei.

c) Constitui abuso de autoridade: deixar de comunicar, imediatamente, ao juiz competente a prisão ou detenção de qualquer pessoa; ordenar ou executar medida privativa da liberdade individual, sem as formalidades legais ou com abuso de poder.

d) Constitui abuso de autoridade: a prática de ato lesivo da honra ou do patrimônio de pessoa natural ou jurídica, quando praticado com abuso ou desvio de poder ou sem competência legal; o cumprimento de ordem manifestamente legal emanada de superior hierárquico.

e) Constitui abuso de autoridade: prolongar a execução de prisão temporária, de pena ou de medida de segurança, deixando de expedir em tempo oportuno ou de cumprir imediatamente ordem de liberdade; levar à prisão e nela deter quem quer que se proponha a prestar fiança, permitida em lei.

3. [Agente-(Escrivão e Investigador)-(NS)-SAD-SEJUSP-PC-MS/2013-Fund. Escola Gov.-MS].(Q.35) Tício, condenado

defini-tivamente, preso e recolhido a cumprir pena em regime fechado, após um determinado tempo regido por lei é transferido para uma colônia industrial, obtendo, assim:

a) regressão. b) promoção. c) remição. d) comutação. e) progressão.

4. [Agente-(Escrivão e Investigador)-(NS)-SAD-SEJUSP-PC-MS/2013-Fund. Escola Gov.-MS].(Q.34) Medida acauteladora

de restrição da liberdade de locomoção, por tempo determinado, destinada a possibilitar as investigações a respeito de crimes graves, durante o inquérito policial, é a:

a) prisão em flagrante. b) prisão domiciliar. c) prisão preventiva. d) prisão temporária. e) prisão definitiva.

5. [Delegado-(NS)-SAD-SEJUSP-PC-MS/2013-Fund. Escola Gov.-MS].(Q.18) Quanto aos crimes hediondos, assinale a opção

INCORRETA.

a) Nos crimes hediondos, em caso de sentença condenatória, o juiz decidirá fundamentadamente se o réu poderá apelar em liberdade.

b) Nos crimes hediondos, o participante e o associado que denunciar à autoridade o bando ou quadrilha, possibilitando seu desmantelamento, terá a pena reduzida em até 1/3.

c) Os crimes hediondos, a prática de tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e o terrorismo são insuscetíveis de anistia, graça e indulto.

d) A pena no crime hediondo será cumprida inicialmente em regime fechado.

e) A progressão de regime, no caso dos condenados por crimes hediondos, dar-se-á após o cumprimento de 2/5 (dois quintos) da pena, se o apenado for primário, e de 3/5 (três quintos), se reincidente.

(24)

6. [Delegado-(NS)-SAD-SEJUSP-PC-MS/2013-Fund. Escola Gov-MS.].(Q.11) Com relação aos Juizados Especiais Criminais,

assinale a assertiva correta.

a) A autoridade policial que tomar conhecimento do fato lavrará termo circunstanciado e o encaminhará imediatamente ao Juizado, juntamente com as partes, providenciando as requisições dos exames necessários.

b) Comparecendo o autor do fato, e não sendo possível a realização imediata da audiência preliminar, será designada data próxima, da qual será ciente.

c) Os conciliadores são auxiliares da Justiça, recrutados, na forma da lei, preferentemente entre bacharéis em Direito, excluídos os que exerçam funções na administração da justiça criminal.

d) O não oferecimento da representação na audiência preliminar implica decadência do direito.

e) A composição dos danos civis será reduzida a escrito e, homologada pelo juiz mediante sentença irrecorrível, terá eficácia de título a ser executado no juízo civil competente.

7. [Agente-(Escrivão e Investigador)-(NS)-SAD-SEJUSP-PC-MS/2013-Fund. Escola Gov.-MS].(Q.36) De acordo com o disposto na

Lei n. 12.037/2009 (identificação criminal) embora apresentado documento de identificação, poderá ocorrer identificação criminal quando:

I – constar de registros policiais o uso de outros nomes ou diferentes qualificações;

II – a identificação criminal for essencial às investigações policiais, segundo despacho da autoridade policial, do Ministério Público ou da defesa;

III – o documento apresentado for suficiente para identificar cabalmente o indiciado;

IV – o indiciado portar documentos de identidade distintos, com informações conflitantes entre si;

V – o estado de conservação ou a distância temporal ou da localidade da expedição do documento apresentado possibilite a completa identificação dos caracteres essenciais;

Está INCORRETO o que se afirma apenas em: a) I, II e IV.

b) I, II e V. c) III e V. d) II e V. e) I, II e III.

8. [Delegado-(NS)-SAD-SEJUSP-PC-MS/2013-Fund. Escola Gov-MS.].(Q.19) Assinale a opção correta acerca da Lei de Drogas.

a) Na Lei de Drogas é isento de pena o agente que, em razão da dependência, ou sob seu efeito, proveniente de caso fortuito, ao tempo da ação, era inteiramente incapaz de entender seu ato ou determinar-se conforme a lei, podendo o juiz determinar outra medida restritiva de direitos.

b) Considera-se crime, na Lei de Drogas, o médico que falsifica, altera, ministra, ainda que culposamente, produto destinado a fins medicinais que causam dependência.

c) Na Lei de Drogas, considera-se conduta ilícita o fato de conduzir embarcação ou aeronave após o consumo de drogas. d) Na Lei de Drogas, o acusado que colaborar voluntariamente com a investigação na fase policial, na identificação dos demais coautores ou partícipes do crime e na recuperação total ou parcial do produto do crime, no caso de condenação, terá pena reduzida de um terço a dois terços.

e) Determinados crimes da Lei de Drogas terão a pena aumentada de um sexto a dois terços, se o agente praticar o crime prevalecendo-se de função pública ou no desempenho de missão de educação, poder familiar, guarda ou vigilância.

GABARITO

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