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CARTAZES RUSSOS CONSTRUTIVISMO

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Academic year: 2021

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CART

AZES RUSSOS CONSTRUT IVISM

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(3)
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SUMÁRIO EDITORIAL

05 I

CONSTRUTIVISMO RUSSO

09 l

O SOCIALISMO E OS C ARTAZES

17 I

A MENTE DO C ONSTRUTIVISMO

21 I

RODCHENK O

23 I

MALIÉVITCH

26 I

CARTAZES

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SUMÁRIO EDITORIAL

05 I

CONSTRUTIVISMO RUSSO

09 l

O SOCIALISMO E OS C ARTAZES

17 I

A MENTE DO C ONSTRUTIVISMO

21 I

RODCHENK O

23 I

MALIÉVITCH

26 I

CARTAZES

A Rússia sempre foi um país extraordinário por toda sua tradição e cultura. O que muita gente não sabe, ou melhor, o que muito designer não sabe, é a importância desse país para a evolução do design gráfico.

A proposta desta primeira edição da revista Past Graphics é antenar estudantes, professores ou qualquer outra pessoa que se interesse não apenas por design, mais, por história também, e por todo o conceito gráfico aplicado pelo construti-vismo nos cartazes.

A tipografia, a fotomontagem, as cores e linhas, ou seja, todo o layout que caracterizava o movimento, várias dessas técnicas são utilizados até os dias de hoje por designers do mundo todo.

A Past Graphics vai buscar revelar o passado do design gráfi-co, mais segmentado aos cartazes. Inicialmente com o cons-trutivismo, e nas outras edições escolheremos outra vertente estética que tenha influencia nos designers de cartazes.

José Fernando Boing Editor

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Rússia 1919, em meio a uma realidade revolu-cionária, surge um movimento estético político denomina-do construtivismo, que na verdade é um largo rótulo apli-cado a um grupo de trabalhos e tendên-cias diversas. Os construtivis-tas acreditavam no emprego racio-nal de material útil para criar objetos de uso comum ou encontrar soluções para problemas de comunicação, rejei-tando os aspectos mais permanentes da estética, em be-nefício da utilidade coerente.

Uma das metas

desse movimento era combinar pa-lavras e imagens numa experiência simultânea, tanto em páginas impres-sas quanto no filme, este tratamento de imagens visuais estava destinado a influenciar o futuro da comunicação de idéias. A composição palavra-imagem ini-ciava, então o pri-meiro passo para o fotojornalismo, ao construtivismo se deve também a utilização de novas técnicas visuais, como a fotomonta-gem, os fotogramas e a superposição. Entre os artistas de vanguarda da revolução Russa incluíam-se:

Marc Chagall e Wa-ssily Kandinsky, que mais tarde se tornou professor da Bauhaus

Designers gráfi-cos como Alexan-der Rodchenko, Ni-kolay Prusakov e os irmãos Stenberg. No topo desse movimento estava Kasimir Malevi-tch, que vivera em Paris no inicio do cubismo, por volta de 1915, empe-nhando-se em dar a seus trabalhos o máximo de simpli-cidade. Malevitch produ-ziu poucos traba-lhos gráficos, sua contribuição

resi-de principalmente nas primeiras obras de procura da ex-trema simplicidade e uso de formas geométricas, mais seus trabalhos tive-ram forte influência em outros desig-ners russos.

Mais o a figura mais importante para o design é El Lissitzky, seus car-tazes construtivis-tas são bons exem-plos das mudanças estéticas da época, com o uso de for-mas geométricas, cores puras (como o vermelho e o pre-to), tipografia sem serifa e montagens fotográficas. Poucos designers sabem da enorme

REVOLUÇÃO

NO DESIGN

05 I

Construtivismo Russo

(9)

divida que se tem com esse movi-mento, que, além de buscar a revolu-ção política na Rús-sia, revolucionou a idéia de se fazer design gráfico.

Construtivismo Russo

I 06

(10)

Os cartazes do construtivismo Rus-so caracterizam-se pelo uso constante das linhas diagonais. Nos dois cartazes segue a imagem de um homem guerrei-ro, poderoso e traba-lhador, isso ajudava a impulsionar a po-pulação e dava co-ragem num país se-dento por revolução.

07 I

Construtivismo Russo

(11)
(12)

1917, O SOCIALISMO E OS

CARTAZES

A

propagan-da Rússia se

destacou de

forma

exube-rante no

sécu-lo XX.

Princi-palmente após

a revolução de

1917,

quan-do o sistema

socialista foi

implantado e

os cartazes de

propaganda

em massa

co-meçaram a ser

utilizados em

larga escala

pela agência

de

propagan-da e difusão

ideológica da

União

Soviéti-ca.

Na

propa-ganda

obser-vam-se

corren-tes artísticas

diversas.

O presente

construtivismo

é uma delas,

apesar de

al-gumas serem

quase surreais

ou meramente

ilustrativas e

diretas.

É possível

observar com

clareza a

mu-dança de

tra-ços, temas e

idéias de um

período para

o outro: a

sim-ples

propagan-da leninista

destinada a

uma

popula-ção ignorante

e emergente, a

Stalinista dos

planos

econô-micos, a

Stali-nista de

guer-ra, as de apelo

pacifista de

Khrushchov,

às da cruzada

pela

reafirma-ção ideológica

da era

Brezh-nev e por fim

o período com

uma das

maio-res produções,

a de reformas

e liberdade,

da era

Gorba-chev.

09 I

O Socialismo e os Cartazes

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Propaganda Leninista. Sempre com sua foto estampada.

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Nestes dois cartazes é possível observar características do construtivismo nas linhas diagonais.

Outro aspecto que chama a atenção é a forma que a tipografia é utilizada em proxi-midade para formar linhas e imagens.

Características

Construtivistas

(16)
(17)

Do lado esquerdo um exemplo de uma página de jornal de 1917, que destaca o nome de Lenin. Nesta épo-ca o vermelho predominava por causa do socialismo, em 1919 o movi-mento constru-tivista quebra esse paradigma e acrescen-ta as cores primárias,e prin-cipalmente as cores da ban-deira da Rússia.

O Socialismo e os Cartazes

I 14

O

VERMELHO

(18)
(19)

Ilustração ba-seada na obra de

Craig Frazier/EUA

para a revista S.

Aqui Lenin brinca com a Russia que provavelmente o levará a um abis-mo.

(20)

EL LISSItZKY

(21)

El Lissitzky é con-siderado um dos principais nomes da arte gráfica exposta no Construtivismo Russo. Ele acredi-tava que era neces-sário propor novos modos de utiliza-ção para tipografia, não modificando apenas o desenho das letras, mas seu comportamento vi-sual impresso e o vínculo com a Re-volução Russa. El Lissitzky, sem dúvida, foi o grande percussor da propa-ganda e manifesto russo, trabalhando nos meios gráficos e textuais, já que era também poeta.

LAZAR

MARCO-VICH

LISSITZKY

SEUS TRABALHOS CONTINUAM INSPIRANDO

DESIGNERS

A Mente do Construtivismo

I 18

Artista, designer gráfi-co, fotógrafo, tipógrafo, arquitecto e docente. Fez parte da vanguar-da russa dos anos 20 e 30. O seu trabalho influenciou a Bauhaus, os construtivistas e o De Stijl. Lissitzky desenvolveu trabalhos em diversas disciplinas (incluindo a fotografia, a foto-montagem, o design de exposições, livros, portfólios e revistas), desde finais dos anos 20, quando iniciou o Abstract Cabinet, até 1941, quando mor-reu em Moscovo.

(22)

19 I

A Mente do Construtivismo Um de seus cartazes mais marcan-tes, um perfeito exemplo das características desse movi-mento. As linhas diagonais, as cores, as formas, a fotomontagem e o olhar de esperança da revolução.

(23)

lissitzky

A mente do construtivismo

lissitzky

INFLUENCIOU A

BAUHAUS E O DE

STIJL

A Mente do Construtivismo

I 20

(24)

Aleksandr

Mikhailovich

Rodchenko

R

odchenko foi um dos artistas

mais versáteis do Construtivismo a emergir após a Revolução Bolchevi-que.

Trabalhou como artista plástico e designer gráfico antes de girar para a fotografia e a montagem fotográfica. Sua fotografia era socialmente enga-jada, inovadora, e oposta ao retrato estético da época. Ciente da necessi-dade de uma série documental de fo-tografia analítica, fotografou freqüen-temente seus assuntos em ângulos ímpares - geralmente muito acima ou abaixo - para chocar o espectador. Desistiu de pintar a fim concentrar-se na produção gráfica para cartazes, livros e filmes. Foi influenciado profun-damente pelas idéias e pela prática do cineasta Dziga Vertov, com quem trabalhou intensamente em 1922. Impressionado pelas fotomontagens dos Dadaístas alemães, Rodchenko começou suas próprias experiências no meio, primeiramente empregando imagens encontradas casualmente, em 1923, e em 1924 começou a pro-duzir suas próprias fotografias. Suas imagens eliminaram o detalhe desne-cessário, enfatizaram a composição diagonal dinâmica, e foram concebi-das com o posicionamento e o movi-mento dos objetos no espaço.

Durante os anos 20 Rodchenko traba-lhou com abstração freqüentemente, a ponto de se tornar não-figurativo. Muitos trabalhos realizados por Rodchenko no ínício do século XX influenciaram a área do Design Gráfi-co atual.

Como exemplo, o retrato de Lily Brik, de 1924, inspirou um número de tra-balhos subseqüentes, incluindo a arte da capa de álbuns de música

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Ao lado de Kan-dinsky e Mondrian, Maliévitch é um dos inventores e teóri-cos da arte não fi-gurativa.

Como fundador do Suprematismo, levou o abstracio-nismo geométrico à sua forma mais

simples, sendo o primeiro artista a usar elementos ge-ométricos abstra-tos.

É por sua con-cepção da relação entre arte pura e arte aplicada que Maliévitch entra em conflito com os

construtivistas. Malevitch produ-ziu poucos traba-lhos gráficos, sua contribuição reside principalmente nas primeiras obras de procura da extrema simplicidade e uso de formas geomé-tricas, mais seus

trabalhos tiveram forte influência em outros designers russos. Morreu abando-nado e na pobreza, em São Petersbur-go, em 1935. O re-conhecimento do artista só ocorreu a partir de 70.

“O suprematismo ou o mundo sem objeto”

Kazimir Severinovitch

Maliévitch

(27)

“O suprematismo ou o mundo sem objeto”

su

prem

at

is

m

o

Maliévitch

I 24

(28)
(29)

Na Rússia os cartazes sempre foram uma das me-lhores formas de propagan-da, principal-mente na área política. Essa forma de comunica-ção iniciou-se logo após a revolução de 1917 e a cada novo governo as características dos cartazes mudavam de acordo com a forma de pen-sar do gover-nante. As carac-terísticas construtivis-tas sempre estiveram presentes na Rússia, seja na tipografia, nas cores, nas linhas, formas e técnicas.

CART

AZ

ES

Cartazes

I 26

(30)

stemberg

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(32)

Principalmente durante a 2°guerra mundial e a guerra fria, muitos carta-zes eram voltados ao apelo de paz, destacando sem-pre o símbolo do socialismo, como se esta fosse a saída para a paz mundial.

A maior produ-ção dos cartazes de apelo pacifista são do governo Khrushchov. Também após a segunda guer-ra com a rivalida-de entre USSR e EUA, inicia-se uma produção de carta-zes que exaltavam

a superioridade

Soviética em vá-rios sentidos des-de a guerra até a honestidade polí-tica, protestavam também contra as bombas nucleares. A estética dos cartazes perdiam as características do

construtivis-mo não num todo, mas, numa grande parte.

SUPR EM ACI A

NOS CARTAZES

29 I

Cartazes

Neste cartaz um soldado soviético retira o dinhei-ro sujo vindo das armas nucleares

Stalin aplaudindo o povo.

Este cartaz destaca a rivalidade durante a guerra fria, entre a USSR e os EUA na disputa de quem chegaria primeiro a lua.

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Os cartazes são algo grande. Não só seu tamanho propor-ciona ao designer am-plitude para transmitir sua mensagem, mas também são grandes em outro sentido: são populares. Os cartazes anunciam aconteci-mentos locais, expres-sam idéias políticas, promovem programas educativos, dão ende-reços com uma visu-alidade contundente e criativa. E, se o de-signer fez bem o seu trabalho, se convertem em artigos colecio-náveis. -Tanto se um cartaz promove um fil-me de orçafil-mento mul-timilionário ou a oferta de carne no açougue da esquina, o design pode ter classe. O gra-fismo deve conquistar; o texto, na fração de segundo que retém a atenção do leitor, deve introduzir a mensa-gem em sua memória. Tem sua raíz no renascimeto, mais a partir da litografia que passa a ter uma estru-tura para publicidade.

o

s cartazes são algo grande. Não só seu tamanho propor-ciona ao designer am-plitude para transmitir sua mensagem, mas também são grandes em outro sentido: são populares. Os carta-zes anunciam acon-tecimentos locais, expressam idéias po-líticas, promovem pro-gramas educativos, dão endereços com uma visualidade con-tundente e criativa. E, se o designer fez bem o seu traba-lho, se convertem em artigos colecionáveis. Tanto se um cartaz promove um filme de orçamento multimi-lionário ou a oferta de carne no açougue da esquina, o design pode ter classe. O gra-fismo deve conquistar; o texto, na fração de segundo que retém a atenção do leitor, deve introduzir a mensa-gem em sua memória. Tem sua raíz no renascimeto, mais a partir da litografia que passa a ter uma estru-tura para publicidade.

OS CARTAZES...

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LISSI

TZK

Y

PODE TER SIDO ISSO QUE ELE PENSOU

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Referências

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