Doença de Chagas do México ao sul da Argentina, 16/18milhões de pessoas afetadas ~ 100milhões em regiões de risco
Flagelados
Flagelados do sangue e dos tecidos:
Flagelados do sangue e dos tecidos:
Trypanosomatidae
Trypanosomatidae
Ordem
Kinetoplastida -
Kinetoplastida
Famílias:
•
Bodonidae
•
Cryptobiidae
•
Gênero
Gênero
T
T
rypanosoma
rypanosoma
Características gerais:
•todos heteroxênicos (exceção T.equiperdum)
•vetores animais
•parasitas de vertebrados
•sangue
•fluído tissular
•espaços intracelulares
•transmissão por invertebrados hematófagos Duas seções:
Salivária (evolução anterior) T.brucei (três subspécies)
Estercorária (evolução posterior) T.cruzi, T.rangeli, T.lewisi, T.theileri
Transmissão contaminativa Transmissão por inoculação
Trypanosoma
Trypanosoma
cruzi
cruzi
: morfologia
: morfologia
epimastigota epimastigota amastigotas amastigotas tripomastigota tripomastigota
Ciclo de vida - T. cruzi
hospedeiro hospedeiro vertebrado vertebrado inseto inseto tripomastigota sangüíneo picada fezes tripomastigota metacíclico amastigotaamastigota amastigotaamastigota amastigotaamastigota amastigota epimastigota epimastigota epimastigota epimastigota epimastigota epimastigotaT.
T.
cruzi
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no inseto vetor
no inseto vetor
Multiplica
Multiplicaçção ãodos dos EpiEpimastigotasmastigotas. .
Tripo
Tripo sangsangüíüíneo neoingeridoingerido
Tripo
Tripo metacmetacííclicosclicos
hospedeiro vertebrado tripomastigota sangüíneo inseto tripomastigota metacíclico epimastigota epimastigota epimastigota epimastigota
Invasão
Invasão
da
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c
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é
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lula
lula
hospedeira
hospedeira
pelo
pelo
T.cruzi
T.cruzi
Dois processos:
• adesão e invasão
Adesão:
• moléculas de superfície do parasito (p.ex:TGFβ-ligante, gp82) Invasão:
• recrutamento de lisossomos da cél. hospedeira
• Via de transdução de sinais da célula hospedeira
• Fosfolipase C + Fosfatidil Inositol
• pulsos de aumento [Ca2+]
I Ãinvasão
• recrutamento e fusão de lisossomos com a membrana
T.
T.
cruzi
cruzi
no hospedeiro vertebrado
no hospedeiro vertebrado
MF
~ 1 hora ~ 30 horas
Ama = ~ 102
~ 96 horas
Est
Estáágios intracelulares do ciclo de vida do gios intracelulares do ciclo de vida do Trypanosoma Trypanosomacruzicruzi..
A versão digital de 1:57 min editada de um filme de 14 min originalmente produzido em 16 mm por Hertha Meyer em Turim, 1963.
Maria Júlia Manso Alves, Robert Ivan Schumacher & Walter Colli
Departamento de Bioquímica, Instituto de Química, Universidade de São Paulo http://www.sbpz.org.br/movie_clipe.php
Ciclo de vida - T. cruzi
hospedeiro hospedeiro vertebrado vertebrado inseto inseto tripomastigota sangüíneo picada fezes tripomastigota metacíclico amastigotaamastigota amastigotaamastigota amastigotaamastigota amastigota epimastigota epimastigota epimastigota epimastigota epimastigota epimastigota epimastigotaA Doen
Personagem
Carlos Chagas:
bdo triatomíneo ao
flagelado e sinais clínicos (1909)
bdissecção dos insetos e descrição do
Trypanosoma cruzi.
bInóculo dos flagelados em sagüis = sinais clínicos da doença.
Elementos da cadeia epidemiológica
x triatomíneos que vivem nos
ninhos ou locais frequentados por mamíferos
x mamíferos suscetíveis ao T.
cruzi, que servem de repasto dos
triatomíneos
x linhagem de T.cruzi adaptada aos hospedeiros.
Vetor
Triatomíneos, Insetos hematófagos e hospedeiros intermediários de Trypanosoma cruzi Posição sistemática a Classe Insecta a Ordem Hemiptera a Subfamília Triatominaeovo
ninfas
adulto
Distribuição geográfica
Categorias de triatomíneos
1- espécies estritamente silvestres
2- espécies semidomiciliárias ou peridomiciliárias 3- espécies predominantemente domiciliárias
Espécies predominantemente domiciliares
Espécies que se
adaptaram
às casas:• zonas rurais (pau a pique, taipa, telhado de palha)
• urbanas (barracos).
O grupo mais importante na transmissão do T. cruzi para o homem. Podem ser encontrados no estado silvestre.
Dinâmica populacional
Aspectos importantes para a transmissão:
x tamanho da colônia de triatomíneos
xbaixa eficiência da forma de transmissão
xinseto infectado (30%)
xpresença de tripomastigotas metacíclicos
xpenetração não ocorre através da pele íntegra
Controle vetorial
A eliminação do vetor nem sempre é possível.
- controle de insetos que se localizam no peridomicílio - manter as casas livres de colônias do vetor.
A melhoria habitacional = MAIOR impacto na transmissão domiciliar.
Freqüência de triatomímeos (%) e tipo de habitação
Tijolo com reboco 3,69
Tijolo sem reboco 4,38
Madeira 17,48
Barro 28,04
- Inseticidas organoclorados
BHC e Dieldrin - sucesso
DTT - baixa ação triatominicida
- Inseticidas fosforados
fenitrothion - pequena escala
- Inseticidas piretróides (ésteres do A. crisantêmico)
Cyflutrina, Cypermetrina, Deltametrina, Lambdacyalotrina
Os triatomíneos têm pouca plasticidade genética e comportamental. Lentidão e dificuldade para adaptações ao meio
Sucesso do controle vetorial
Campanhas para erradicação do “barbeiro” levaram a prevalência de tripanosomíase americana em alguns países da América a
Elementos da cadeia epidemiológica
x Focos naturais:
x triatomíneos que vivem nos
ninhos ou locais frequentados por mamíferos
x mamíferos suscetíveis ao T.
cruzi, que são fonte de alimento
dos triatomíneos
x linhagem de T.cruzi adaptada aos hospedeiros.
Reservatórios silvestres
Marsupiais Desdentados Roedores Morcegos Carnívoros Lagomorfos Primatas• Mamíferos terrestres e arborícolas
• Relação antiga: real equilíbrio entre hóspede e hospedeiro,
• Quanto maior a proximidade entre o reservatório e o homem, maior a
Hospedeiro definitivo
No ciclo doméstico, o homem desempenha papel fundamental.
Sucesso da estabelecimento da infecção:
idade, raça,
Vias de infecção
Tripomastigotas metacíclicos eliminados nas fezes do inseto
penetram facilmente através de mucosas:
Atravessam a pele no local da picada / feridas induzidas pelo coçar.
Penetração pela mucosa íntegra: importante nos reservatórios que
Vias de infecção: transmissão horizontal
Transfusões sangüíneas
via de infecção que DEVERIA ter sido bloqueada:
controle sobre a doação testes de reatividade
Vias de infecção: transmissão horizontal
Transplacentária:
o tripanossoma atravessa a barreira
transplacentária e parasita o estroma das vilosidades coriônicas atingindo a
circulação do feto. Chagas congênito
Vias de infeção: Transmissão excepcional
Manejo inadequado de material contaminado Transplante de órgãos
Elementos da cadeia epidemiológica
x Focos naturais:
x triatomíneos que vivem nos
ninhos ou locais frequentados por mamíferos
x mamíferos suscetíveis ao T.
cruzi, que são fonte de alimento
dos triatomíneos
x linhagem de T.cruzi adaptada aos hospedeiros.
O tropismo do
O tropismo do
T.
T.
cruzi
cruzi
e virulência
e virulência
Tropismo:
Macrófagos, fibroblastos, células da glia, de Schawnn e neurônios
e fibras musculares (cardíacas,estriadas e lisas)
A Doença
Fase Aguda
sintomática (2 a 10%)
assintomática (90 a 98%)
Fase Crônica Assintomática
forma indeterminada (50 a 69%)
Fase Crônica Sintomática
forma cardíaca (13%)
forma digestiva (10%)
Patogênese e evolução
Período inicial da infecção
parasitemia detectável
parasitismo intracelular
reação inflamatória focal
lesões celulares (grau variável)
Período final da fase aguda
queda da parasitemia
queda do parasitismo intracelular
resposta imune – celular e humoral
Patogênese e evolução
Fase Crônica Assintomática - 10 a 30 anos
Instalação da fase crônica – equilíbrio parasito-hospedeiro
comprometimento visceral não detectável
Patogênese e evolução
Fase Crônica Sintomática
Comprometimento extenso X parasitismo celular não detectável
Mecanismo do dano tecidual é controverso
mecanismos imunológicos
sensibilização do hospedeiro a antígenos do T.cruzi auto-imunidade humoral ou celular
persistência do parasito demonstrada
origem nervosa: desnervação parassimpática – preferencial destruição neuronal pode ter origem na resposta imune
Sinais e Sintomas
Fase Aguda
Sinal de Romaña ou chagoma de inoculação parasitemia
Manifestações gerais (possíveis): febre
edema localizado ou generalizado hepatomegalia e esplenomegalia insuficiência cardíaca
Sinais e Sintomas
Fase Crônica Assintomática - 10 a 30 anos Forma indeterminada
sorologia positiva
ausência de sintomas e sinais
ECG normal/radiologicamente normal
(ecodopplercardiograma – alterações podem ser detectáveis)
Anátomo-patológico:
lesões - cardite discreta
Sinais e Sintomas
Fase Crônica Sintomática - cardiopatia chagásica crônica
Arritmia
Formas variadas ou assintomáticas Insuficiência Cardíaca global
Sinais e Sintomas
Fase Crônica Sintomática - forma digestiva megaesôfago e megacólon
megaesôfago
disfagia, dor retroesternal, regurgitação, tosse, entre outros
megacólon (diagnóstico tardio)
Constipação intestinal progressiva
formação de fecaloma
Patogênese
Forma cardíaca X Forma digestiva
Patogenia/fisiopatologia da cardiopatia chagásica tem elementos próprios:
lesão direta do tecido pelo parasito
destruição de células ganglionares parassimpáticas do coração
reações de hipersensibilidade, auto-imunidade ou reações antimiocárdio lesões isquêmicas secundárias a alterações microvasculares
M
Múúltiplos mecanismos patogênicosltiplos mecanismos patogênicos
Tratamento
Nitrofuranos e nitroimidazóis:
Nifurtimox (Lampit) - 10 mg/kg 60 a 120 dias. Benzonidazol (Rochagan)- 5 mg/kg 60 dias
Diferentes linhagens respondem de forma variável ao tratamento
Novas estratégias de tratamento:
Investigação de vias metabólicas peculiares e compostos com
Diagnóstico
Diagnóstico clínico
-Diagnóstico laboratorial:
Xenodiagnóstico (aguda e crônica)
testes sorológicos (crônica):
hemaglutinação indireta (IHA)
imunofluorescência indireta (RIFI – anti-IgM)
ELISA
detecção do parasita – sangue periférico (fase aguda)
Profilaxia e Controle
Controle do vetor
-acombate ao barbeiro
amelhoria das habitações rurais
+ limpeza e higiene (domicílio e peridomicílio)
Controle de transmissão
-acontrole em bancos de sangue