• Nenhum resultado encontrado

ESTUDO DO BRCAI E BRCAII COMO FATORES DE RISCO, PROGNÓSTICO E ACONSELHAMENTO GENÉTICO PARA O CÂNCER DE MAMA.

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "ESTUDO DO BRCAI E BRCAII COMO FATORES DE RISCO, PROGNÓSTICO E ACONSELHAMENTO GENÉTICO PARA O CÂNCER DE MAMA."

Copied!
7
0
0

Texto

(1)

ESTUDO DO BRCAI E BRCAII COMO FATORES DE RISCO,

PROGNÓSTICO E ACONSELHAMENTO GENÉTICO PARA O

CÂNCER DE MAMA.

VASCONCELLOS, Marcus José do Amaral, Docente do Curso de Graduação em Medicina da UNIFESO. SOUZA, Renata de Oliveira, Discente do Curso de Graduação em Medicina da UNIFESO.

Palavras chave: 1. Câncer de mama. 2. BRCAI. 3. BRCAII. 4. Aconselhamento genético. 5. Teresópolis-Rio de Janeiro-Brasil.

INTRODUÇÃO:

O Câncer de mama (CM) é a neoplasia maligna mais comum entre as mulheres de todo o mundo. O CM hereditário corresponde de 5 a 10% do total de todos os casos de câncer com participação expressiva de alterações nos genes BRCAI, localizado no braço longo do cromossomo 17 região 12.21 (17q 12.21) e BRCAII, localizado no braço longo do cromossomo 13 região 12.13 (13q 12.13). As alterações nos genes BRCAs podem ser transmitidas aos descendentes a partir de seus genitores paterno e/ou materno obedecendo ao padrão de herança autossômico dominante. Atualmente, as técnicas de biologia molecular são capazes de detectar essas mutações precocemente em indivíduos pertencentes à famílias com casos de segregação dos alelos mutados, podendo auxiliar na orientação dos portadores quanto aos riscos, o desenvolvimento da doença, o prognóstico, o tratamento adequado e as medidas preventivas. Assim, o estudo dos genes BRCAI e BRCAII em populações com freqüência elevada de câncer de mama e outras neoplasias associadas é relevante, uma vez que a orientação quanto aos riscos podem minimizar o grau de morbimortalidade em portadores, constituindo assim, a informação, uma ferramenta poderosa para a saúde pública.

(2)

OBJETIVO:

Realizar uma revisão da literatura científica atualizada, correlacionando os genes BRCAI e BRCAII como fatores de risco genético associados ao câncer de mama, ao prognóstico do paciente e aconselhamento genético em famílias com segregação dessa neoplasia.

JUSTIFICATIVA:

Estima-se que aproximadamente 10% das mulheres da população geral nos países ocidentais desenvolverão câncer de mama em alguma época de suas vidas. Essa estimativa poderá diminuir em algumas subpopulações, como das mulheres de raça negra, ou aumentar, como nas mulheres judias de origem asquenaze ( 17 ).

Em 2011 foram registradas 13.345 mortes por CM, sendo 120 homens e 13.225 mulheres (2011, SIM). A estimativa para 2014, também válida para 2015, aponta para a ocorrência de aproximadamente 57 mil casos novos de Câncer de mama feminino ( 5 )

O câncer de mama hereditário ocorre mais precocemente do que esporadicamente, sendo freqüentemente multifocal e bilateral ( 18 ). Considerando que as mutações nos genes BRCAI e BRCAII são responsáveis por cerca de 90% dos casos, a investigação desses marcadores em famílias com episódios deste tipo de neoplasia devem ser levados em consideração já que são considerados como fatores de risco para o desenvolvimento da mesma ( 19 ).

A identificação de mulheres portadoras dessas mutações possibilitará a intervenção prévia em parentes susceptíveis, através de informações educativas sobre medidas de prevenção e cuidados para a identificação precoce do câncer de mama, que poderão contribuir para a redução do índice de morbimortalidade da doença.

Mesmo que estudos estatísticos efetivos ainda não tenham sido realizados no estado da Bahia, é consenso entre os profissionais da área que o CM apresenta incidência elevada na população, e as investigações dos marcadores tumorais BRCAI e BRCAII em famílias com segregação dessa neoplasia são de extrema importância, uma vez que o diagnóstico confere ao paciente uma melhor perspectiva de recuperação e terapêutica adequada, bem como da prevenção e evolução da patologia.

(3)

METODOLOGIA:

Foi realizada uma revisão da literatura científica dos últimos 20 anos sobre os genes BRCAI e BRCAII como fatores de risco genético para o câncer de mama, através de fontes como SCIELO (www.scielo.br), MEDLINE (www.medline.com) e PUBMED (www.pubmed.com), em artigos indexados de revistas científicas publicados entre os anos de 1995 a 2016, utilizando-se as palavras-chaves “BRCA I”, “BRCA II”, “Breast Cancer” e “Genetic Counseling”.

Cada artigo teve como critério de inclusão sua correspondência com o tema proposto.

CONCLUSÃO:

 Alterações nos genes BRCAs constituem fatores de risco importantes para o câncer de mama;

 É possível a detecção e diagnóstico precoce de mutações importantes em genes associados ao câncer de mama utilizando-se técnicas de Biologia Molecular;  A detecção precoce dessas alterações permite medidas preventivas para

intervenções clínicas e terapêuticas, minimizando a incidência ou morbidade e mortalidade de pacientes com câncer de mama;

 O aconselhamento genético constitui ferramenta educativa poderosa, que pode ser utilizada como elemento de prevenção e minimização dos riscos para desenvolvimento do CM.

REFERÊNCIAS:

1 - .Instituto Nacional de Câncer [homepage na Internet]. Rio de Janeiro: INCA; Disponível em: www.inca.gov.br. Acesso em: jun 2007, jan.2016

2.-MINISTÉRIO DA SAÚDE. Instituto Nacional do Câncer. Estimativa da incidência e mortalidade por câncer no Brasil. Rio de Janeiro, Secretaria Nacional de Assistência à Saúde. p.8-9, 2001.

(4)

3 - LINHARES, J. J. et al. Polimorfismo do gene do receptor de progesterona (PROGINS) em mulheres com câncer de mama. Estudo de caso-controle. Ver. Bras.

Ginecol. Obstet., v.27 n.8, 2005.

4 - AMERICAN CÂNCER SOCIETY. Cancer Facts & Figures 2000. Disponível em: <http://www.cancer.org/downloads/STT/F&F00.pdf>. Acesso em: 20 jul. 2007.

5 - HOULSTON, R. S.; TOMLINSON, I. P. M. Polymorphisms and colorectal tumor risk. Gastroenterology, v.121, p.282-301, 2001.

6 - AMORIM, L. et al. CYP1A1, GSTM1, and GSTT1 polymorphisms and breast cancer risk in Brazilian women. Cancer Lett, v.181 n.2, p.179-86, 2002.

7 - SANDES, Kyoko. Diagnóstico de Mutações PRCA I e PRCA II. Entrevista concedida a Renata Souza. Salvador, 06 nov. 2007.

8 - BENETT et al. Teh B.T. The Genetic of Breast Cancer and Its Clinical Implications.

The Australian and New Zealand Journal of Surgery, v. 69, n.2, p.95-105, 1999.

9 - WELSH P. L.; SCHUBERT, E. L.; KING, M. C. Inherited Breast Cancer: na energing picture. Clin Genetics, v.54, n.6, p.447-58, 1998.

10 - WOOSTER R, BIGNELL G, LANCASTER J, et al. Identification of the breast cancer susceptibility gene BRCA2. Nature. V.378 p.789-92,1995.

11 - CHANG, J; ELLDGE, R. M. Clinical management of women with genomic BRCA1 and BRCA 2 mutations. Breast cancer researche and treatment, v.69, p.101-113, 2001.

12 - ROBBINS; COTRAN. Fundamentos de patologia. Tradução Richard N. Mitcehl (Org.). 7 ed. São Paulo: Elsevier, 2006. p.153-171/573-583

13 - FRANK T. S. Hereditary Risk of Breast and Ovarian Carcinoma: The Role of the Oncologist. The oncologist, v.3, n.6, p.403-12, 1998.

14 - HUO, X. et al. Common non-synonymous polymorphisms in the BRCA1. Associated RING Domain (BARD1) gene are associated with breast cancer susceptibility: a case-control analysis. Breast Cancer Res Treat., v.102, p.329-337, 2007.

(5)

15 -ANTONIOU, A. C. et al. A comprehensive model for familial breast cancer incorporating BRCA 1, BRCA 2 and other genes. Br J Cancer, v.86, n.1, p.77-83, 2002.

16 - HOFFMANN, W; Schalag P. M. BRCA1 and BRCA2 breast Cancer Susceptibility Genes. J Cancer Res Clin Oncol, v.126, n.9, p.487-96, 2000.

17 - LEAL, C.T.; SANTOS, K. R. R. A.; NUNESMAIA, H. G. S. Características epidemiológicas do câncer de mama no estado da Paraíba. Ver. Brás Mastol, v.12, n.2, p.15-22, 2002.

18 - .PENSON, R. T.; SEIDEN, M. V.; KRISTEN, M. S. et al. Communicating Genetic Risks: Pros, Cons, and Counsel. The Oncologist, v.5, n.2, p.152-161, 2000.

19 - MCPHERSON K.; Steel C. M.; Dixon, J. M. Breast Cancer: epidemiology, risk factors, and genetics. BMJ, v.321, p.624-628, 2000.

20 - DANTAS ELR ET AL. Genética do Câncer Hereditário; Revista Brasileira de

Cancerologia; v. 55 n.3, p. 263-269, 2009.

21 - LANDIS, S. H. et al. Cancer Statistics. CA Cancer J Clin, v.48, n.1, p.6-29, 1998. 23 - VAURY, C. et al. Human glutathione S-transferase CYP1A1*2A null genotype is associated with a high inducibility of citochrome P450 1A1 gene transcription. Cancer

Res., v.55, p.5520-5523, 1995.

24 - PARKIN, D. M.; BRAY, F. I.; DEVESA, S. S. Cancer burden in the year 2000. The global picture. Eur. J. Cancer, v.37, p. 4-66, 2001.

25 - BRODY, L. C; Biesecker, B. B. Breast Cancer Susceptibility Genes BRCA1 and BRCA2. Medicine, v.77, n.3, p.208-26, 1998.

26 - TORRESAN, Clarissa. Estudo dos polimorfismos dos genes GSTM1, GSTT1 e

CYP1A1 em cânceres mamários esporádicos. 2006. 95f. Dissertação (Mestrado em

genética) - Universidade Federal do Paraná. Curitiba.

27 - CASTRO et al. Câncer de mama. 2000. 57 f. Monografia (Conclusão de curso). Fundação Faculdade Federal de Ciências Médicas de Porto Alegre, Porto Alegre.

(6)

28 - WEBER B. L.; DEMICHELE, A. Inherited Genetic Factors. Disease of the Breast, 2nd ed. p.221-235, 2000.

29 - COOPER, Geoffrey M. A celula: Uma abordagem molecular. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2001. p.659-670.

30 - GOWEN, L. C.; AVRUTSKAYA, A. V.; LATOUR.; A. M, KOLLER.; B. H.; LEADON, S. A. (1998). BRCA1 required for transcription-coupled repair of oxidative DNA damage. Science, v.281, p.1009-1012, 2000.

31 - FODOR, F. H. et al. Frequency and carrier risk associated with common BRCA1 and BRCA2 mutations in Ashkenazi Jewish breast cancer patients. Am J Hum Genet, v.63, p.45-51, 2000.

32 - VARELLA, Marileila. Genome Analysis: from laboratory to oncology practice.

Arq Ciênc Saúde, Denver Colorado, v.11, n.1, p. 40-43, jan./mar. 2004.

33 - ZAHA, Arnaldo; FERREIRA, Henrique B.; PASSAGLIA, Luciene M. P. Biologia

Molecular Básica. 3.ed. Porto Alegre: Mercado aberto, 2003, p. 402-412.

34 - PONDER, A. J.; GAYTHER, A. S. Mutations of the BRCA1 and BRCA2 Genes and the Possibilities for Predictive Testing. Mol Med Today, v.3, n.4, p.168-174, 1997.

35 - http://www.setor1.com.br/analises/cromatografia/in_tro.htm).

36 - KEMP et al. Projeto Diretrizes. Sociedade Brasileira de Mastologia e Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia. Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina, 22 ago. 2002.

37 - GREENE, M. H. Genetics of Breast Cancer. Mayo Clin Proc, v.72, n.1, p.54-65, 1997.

38 -THOMIN, A. et AL. Hormonal prevention of breast cancer. Ann Endocrinol. – Elsevier Masson Paris, France, 2014.

39 - CUZICK J, et al. Overview of the main outcomes in breast-cancer prevention trials. Lancet 2003; 361(9354):296–300.

(7)

40 - VISSER, A. et al.Peer Support and additional information in group medical consultations (GMCs) for BRCA1/2 mutatio carriers: A randomized controlled trial.

Acta Oncologica, Informa healthcare. 2015

41 - MURAD, André Márcio. Projeto para um Programa de Prevenção e Rastreamento Individualizado do Câncer. Belo Horizonte: Cenantron, 2003.

Referências

Documentos relacionados

Em maio de 2016, o Índice de Confiança dos Pequenos Negócios (ICPN) registrou 96 pontos, avanço de 1 ponto em relação ao mês anterior e alcançou mesmo nível de maio de 2015.. O

13 Além dos monômeros resinosos e dos fotoiniciadores, as partículas de carga também são fundamentais às propriedades mecânicas dos cimentos resinosos, pois

Os motivos para esse quadro são conhecidos e estão elencados nas Unidades de Análise 4.1.3: A questão estrutural das escolas e a formação docente no que se refere

Como há flutuação na recepção do sinal acústico, a discriminação dos sons em presença de ruído se torna mais difícil para crianças com história de otite média

Levando em consideração as vantagens inerentes da analgesia que pode ser produzida pela TENS, baseada na fisiologia da dor a partir da teoria do controle de comportas medulares e

Para a realização deste trabalho, focar-se- ão os riscos presentes durante a entrega do even- to, isto é, entre aqueles apresentados por Silvers (2008), será dada maior

Quando se compara a porcentagem de paní- cula na matéria seca dos genótipos nos dois locais, observa-se que os genótipos 1F305, BRS610, Ponta Negra, SHS500 e Silotec 20