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ISBN: E-Book. 1. Saúde. I. Título by PG Editorial Copyright PG Editorial

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2020 by PG Editorial Copyright ©‎ PG Editorial Editora: Priscila Goes. Revisão: Os autores.

Diagramação: Ygor Moretti.

Conselho editorial

Profa. Msc. Carole Cavalcante da Conceição Aguiar. Profa. Msc. Isis Nunes Veiga.

Profa. Msc. Silvia Cátia Rodrigues Gonçalves. Profa. Msc. Daniela São Paulo Vieira.

Todo o conteúdo deste livro está sob uma Licença de Atribuição Creative Commons. Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0). O conteúdo dos artigos e seus dados, confi abilidade e correção

são de responsabilidade exclusiva dos autores. Está permitido o download da obra e o compartilhamento desde que sejam atribuídos créditos aos autores, mas sem a possibilidade de

alterá-la de nenhuma forma ou utilizá-la para fi ns comerciais. Contato: pgeditoa@gmail.com.

V426 Veiga, Isis Nunes Veiga.

Fisioterapia Neurofuncional: diálogos contemporâneos [recurso eletrônico] / Isis Nunes Veiga. -- Conceição do Coité, Bahia: PG Editorial, 2020.

120 p.

ISBN: 978-65-80258-13-0 E-Book 1. Saúde. I. Título.

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SUMÁRIO

PREFÁCIO 7

TÉCNICA POR CONTENSÃO INDUZIDA NA REABILITAÇÃO 8 DO MEMBRO SUPERIOR EM PACIENTES PÓS-ACIDENTE

VASCULAR ENCEFÁLICO: REVISÃO SISTEMÁTICA

EVIDÊNCIAS DA TERAPIA DE MOVIMENTO INDUZIDO 17 POR RESTRIÇÃO EM PACIENTES

PÓS ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO

ANÁLISE DA COORDENAÇÃO MOTORA E DO 26 EQUILÍBRIO EM ADULTOS E IDOSOS COM UTILIZAÇÃO

DE EXERGAME NINTENDO WII®.

MICROSOFT KINECT XBOX NA REABILITAÇÃO DE 34 PACIENTES PÓS ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO:

REVISÃO SISTEMÁTICA

ANÁLISE DA EFICÁCIA DA MOBILIZAÇÃO NEURAL 44 NO TRATAMENTO DE PACIENTES COM SÍNDROME DO

TÚNEL DO CARPO LEVE A MODERADA: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.

EFEITOS DA GAMETERAPIA NOS ASPECTOS COGNITIVOS E 50 MOTORES DE INDIVÍDUOS COM DOENÇA DE PARKINSON

O BALANCE EM PACIENTES COM HEMIPLEGIA PÓS DOENÇA 58 ENCÉFALO VASCULAR THE BALANCE IN PATIENTS WITH

POST HEMIPLEGIA ENCEPHALON VASCULAR DISEASE

APLICABILIDADE DA CLASSIFICAÇÃO INTERNACIONAL 68 DE FUNCIONALIDADE,INCAPACIDADE E SAÚDE (CIF) EM

CRIANÇAS COM PARALISIA CEREBRAL

EFEITOS DA EQUOTERAPIA EM CRIANCAS 78

COM PARALISIA CEREBRAL

A ATUAÇÃO DA FISIOTERAPIA 86

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PREFÁCIO

Com grande satisfação que escrevo o prefácio desta coletânea, primeiro, por acreditar que devemos alimentar o sistema de produção acadêmica com produtos de qualidade e foi isso que encontrei nos temas, segundo, pela atualidade e relevância dos temas escolhidos e, terceiro, mas não menos importante, a condução deste trabalho pela brilhante fisioterapeuta e professora Isis Nunes Veiga, que une a ciência e a humanidade de maneira exemplar na sua caminhada profissional. Essa associação deve ser algo natural de toda pessoa, principalmente na área de saúde.

Acredito que, dentro dos vários pontos de vista dentro da saúde, um que sempre alcança a maioria das pessoas é que essa humanidade que nos é intrínseca deve nortear TODAS as nossas ações seja na pesquisa, no ensino ou na assistência. Entretanto, o que vemos é que nos distanciamos do que é nossa essência e agimos abrindo gavetas de comportamento de acordo com a situação, se bem que deveria ter uma gaveta com tudo isso junto e misturado.

Sempre que sou convidado para uma palestra, escrever, orientar ou pesquisar, pergunto de que forma podemos contribuir para a ciência e para melhorar a vida das pessoas. Acredito firmemente que é para isso que estamos aqui, mas na função que exercemos isso se torna mais necessário. Dessa forma, precisamos de uma ação integrada, coletiva e com um olhar que alcance o nível do indivíduo nas suas muitas variações e particularidades. Ao mesmo tempo de como o ambiente e a sociedade no seu coletivo acolhe o olhar mais singular.

Complexo tudo isso? Sim, isso eu não nego. Mas tenho absoluta convicção que é o melhor caminho para saúde, para a vida, quando os números mantêm seu papel e importância, mas não ultrapassam o lugar que lhe é devido. Por isso, sou inteiramente fascinado pela Classificação Internacional de Funcionalidade – CIF e confesso que mudou minha prática profissional e de viver. A pessoa veio para o centro, veio chamar a atenção dos que estavam acostumados a ver apenas o diagnóstico, o número, o prontuário e as condutas.

Afirmo que você pode pesquisar o que quiser, mas seu direcionamento deve ser o de tornar-se uma contribuição para a sociedade, para a pessoa e se ajudar a diminuir as desigualdades da nossa sociedade melhor ainda, pois temos que pensar de que lugar criamos nossas narrativas. Isso reflete na prática dos diversos Brasis que vivemos e também aproxima a produção científica daqueles que estão na assistência, um fator extremamente importante.

Uma excelente leitura com o humano em cada linha!

Prof. Dr. Nildo M S Ribeiro Chefe da Unidade de Reabilitação Complexo Hospitalar Universitário Professor Edgar Santos - EBSERH

Universidade Federal da Bahia Mestre em Distúrbios do Desenvolvimento - UPMackenzie Doutor em Neurociências/Neurologia - UNIFESP

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Pietro Santos

Universidade Federal da Bahia (UFBA), Doutor - Programa de Pós-graduação em Medicina e Saúde, Salvador, BA, Brasil

Isabella Félix, Laís Pereira

Universidade Federal da Bahia (UFBA), Mestranda - Programa de Pós-graduação em Enfermagem e Saúde, Salvador, BA, Brasil

Laís Pereira

Centro Universitário Ruy Barbosa Wyden (UniRuy), Graduada - Curso de Fisioterapia, Salvador, BA, Brasil

RESUMO

Caracterizada pelo redução de força e funcionalidade de um lado do corpo, a hemiparesia é uma alteração comum da capacidade motora em pacientes que sofreram AVE. Dentre as intervenções fisioterapêuticas consideradas nestes casos, a TCI tem sido amplamente utilizada na recuperação funcional. Objetivo: Compilar informações sobre o uso da TCI na reabilitação de pacientes pós-AVE. Metodologia: Foram selecionados ensaios clínicos randomizados publicados nas bases de dados MEDLINE, LILACS e SciELO que avaliaram adultos e

idosos

de ambos os sexos, no período crônico pós-AVE. Para avaliação da qualidade metodológica dos artigos foi utilizada a escala PEDro. Resultados: Foram encontrados 465 artigos e selecionados 4 para a análise qualitativa. A média de idade dos participantes foi de 53,6 anos. O tempo do tratamento com TCI mostrou uma variabilidade de 2 semanas. A duração da intervenção com uso de TCI variou de 2 horas a 5 horas por dia. Os 4 estudos relataram uma melhora significativa no Grupo TCI comparado ao Grupos Controle. Conclusão: A TCI foi eficaz na reabilitação do membro superior parético e gerou melhorias na qualidade, quantidade e destreza do movimento em pacientes pós-AVE.

Palavras-chave: Terapia de Contenção

Induzida pós-AVE. Fisioterapia pós-AVE. Terapia de Contenção Induzida.

TÉCNICA POR CONTENSÃO INDUZIDA NA

REABILITAÇÃO DO MEMBRO SUPERIOR

EM PACIENTES PÓS-ACIDENTE VASCULAR

ENCEFÁLICO: REVISÃO SISTEMÁTICA

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1. INTRODUÇÃO

O Acidente Vascular Encefálico (AVE) caracteriza-se por uma interrupção sanguínea em nível encefálico e ocasiona o desenvolvimento de sequelas que prejudicam as capacidades motora, cognitiva e emocional do indivíduo. Tal acometimento está entre as causas mais importantes de morbidade e mortalidade em adultos de meia-idade e idosos, e pode ser dividido em AVE isquêmico (AVEi) ou AVE hemorrágico (AVEh), de acordo com a etiologia (FUSCO et al., 2014; ALMEIDA; VIANNA, 2018).

No que concerne o AVEi, este é resultante da insuficiência do suprimento sanguíneo cerebral e é o mais frequente (80% dos casos). Já o AVEh apresenta-se com maior taxa de mortalidade (30-50%) e, em ambos os casos, demanda a necessidade de assistência parcial ou completa para realização das Atividades da Vida Diária (AVD), a depender da região afetada (ALMEIDA; VIANNA, 2018; CARMO et al., 2015).

Em todo o mundo, estima-se cerca de 16 milhões de novos casos de AVE por ano, que resultam em aproximadamente 6 milhões de óbitos. Especificamente no Brasil, este acometimento representa uma das principais causas de incapacidade adulta adquirida e é a principal causa de morte, com cerca de 68 mil casos registrados (BRASIL, 2012). No entanto, os recentes avanços no tratamento pós-AVE reduziram as taxas de mortalidade, que, associadas ao crescente fenômeno de envelhecimento da população, resultaram no aumento do número de sobreviventes (CARMO et al., 2015).

Em se tratando de alterações motoras em pacientes pós-AVE, a hemiparesia configura-se a mais comum, caracterizada por redução de força e funcionalidade do hemicorpo contralateral a lesão encefálica. Assim, melhorar e acelerar a recuperação motora através do estímulo à neuroplasticidade é, na verdade, o desafio atual mais importante para a reabilitação neurológica destes indivíduos (FUSCO et al., 2014).

Dentre as terapias ofertadas para o tratamento pós-AVE, a fisioterapia mostra-se indispensável para o processo de recuperação da função motora. Ademais, uma das técnicas mais recorridas atualmente, por esses profissionais de saúde, é a Terapia de Contensão Induzida (TCI), que apresenta resultados positivos na recuperação funcional de indivíduos nesta condição clínica e estudos recentes evidenciam que a mesma funciona como um tratamento potente para a melhorada movimentação funcional do membro hemiplégico de indivíduos com sequelas pós-AVE (BROL; BORTOLOTO; MAGAGNIN, 2009; SILVA; TAMASHIRO; ASSIS, 2010).

A TCI consiste em uma combinação de tarefas, estabelecidas conforme a necessidade motora do sujeito, que o induzem a utilizar a extremidade superior acometida por várias horas do dia em um número determinado de semanas, influenciando para que o lado parético passe a fazer parte das atividades de rotina e não seja negligenciado (“uso forçado”) e é, portanto, considerado um método comportamental projetado para transferir os ganhos obtidos no ambiente clínico ou laboratorial para o ambiente do mundo real dos pacientes (MORRIS; TAUB; MARK, 2006).

Logo, constata-se a relevância da visibilidade da produção científica para TCI na reabilitação do membro superior em pacientes pós-acidente vascular encefálico, esperando que este estudo possa contribuir na assistência da fisioterapia a esse público acometido, permitindo que essa técnica utilizada seja associada a outras ferramentas, durante o processo de reabilitação, sempre almejando uma maior funcionalidade do membro afetado. Deste modo, o presente estudo teve como objetivo compilar o conhecimento atual acerca da utilização da TCI na reabilitação de pacientes pós-AVE.

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2. METODOLOGIA

2.1 TIPO DE ESTUDO

Trata-se de uma revisão sistemática realizada conforme as diretrizes de protocolo do PRISMA (Guideline específico para revisões sistemáticas e meta-análises).

2.2 REFINAMENTO DE BUSCA

A pesquisa eletrônica foi realizada no período entre agosto a setembo de 2019 nas bases de dados: 1) MEDLINE (Medical Literature Analysis and Retrieval System Online) via PubMed(U.S.

National Library of Medicine); 2) LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da

Saúde) via BIREME (Biblioteca Virtual em Saúde); 3) SciELO (Scientific Eletronic Library Online). Foram utilizados os descritores em inglês: “Constraint-induced after stroke”, “Physiotherapy

after stroke” e “Constraint-induced Therapy”, validados no MeSH (Medical Subject Headings) para

uso na PUBMED, e no DeCS (Descritores em Ciência da Saúde) para pesquisa nas demais bases de dados analisadas. Os estudos relevantes foram obtidos sempre pelo cruzamento dos três descritores com os operadores booleanos “AND”, entre o termo principal e demais termos, e “OR” para ampliar os resultados entre os outros termos, da seguinte maneira:

((Constraint-induced after stroke) AND ((Physiotherapy after stroke) OR (Constraint-induced Therapy))

Para avaliação da qualidade metodológica dos Ensaios Clínicos Randomizados (ECR), foi utilizada a escala PEDro (Physiotherapy Evidence Database), capaz de analisar se o estudo contém informações estatísticas suficientes para que os resultados possam ser interpretáveis. Composta de 11 itens, com pontuações de 0-10, sendo o primeiro item (critério de elegibilidade) relacionado com a validade externa, ou seja, não é considerado na pontuação.

Os trabalhos pesquisados durante desenvolvimento do presente artigo foram avaliados por dois revisores de forma independente e qualquer discordância entre os resultados foi solucionada em consenso. Não foram necessários demais revisores para esta resolução.

2.3 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO

Como critérios de inclusão, foram considerados apenas ECR com abordagem da TCI no tratamento de pacientes com hemiparesia pós-AVE crônico (> 6 meses), disponíveis na íntegra, nos idiomas inglês, espanhol e português, realizados com humanos de ambos os sexos com idade superior a 18 anos.

2.4 CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO

Foram excluídos artigos de revisão, meta-análises, editoriais, artigos com abordagens terapêuticas voltadas para diferentes modalidades, associadas a outras terapias ou realizados em casos

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agudos (período pós-AVE < 6 meses) e estudos publicados em formato de protocolo de ensaio clínico, ou seja, com ausência de dados finais para análise.

3. RESULTADOS

Após a consulta às bases de dados e a aplicação das estratégias de busca supracitadas, foram identificados inicialmente 465 artigos e descartados os estudos de revisão ou duplicados (n=108). Posteriormente, 350 estudos foram excluídos após análise do título e resumo a fim de estabelecer a inclusão ou não no trabalho e, em seguida, foi realizada a leitura integral do conteúdo dos documentos restantes (n=07), restando ao final 04 estudos para síntese qualitativa (Figura 1).

Figura 1 - Fluxograma de busca e seleção dos estudos para integrar a revisão sistemática.

Fonte: Adaptado de Moher e colaboradores (2009)

Após avaliação e exclusão dos documentos incoerentes ao objetivo do presente trabalho, a avaliação da qualidade metodológica dos estudos restantes foi realizada com uso da Escala PEDro.Os estudos mantidos na presente revisãoapresentaram um escore mínimo de 6 e máximo de 8 (média=

Seleção

Elegibilidade

Inclusão Identificação

Artigos excluídos na seleção: Por duplicidade (n=73) Revisões ou meta-análises (n=35) Artigos identificados nas bases de

dados: n=465

Artigos rastreados para análise detalhada

(n=357)

Artigos excluídos baseados no título e

resumo (n=350)

Artigos incluídos na síntese (n= 04)

Artigos em texto completo avaliados para elegibilidade

(n=7)

Artigos em texto completo excluídos após leitura

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Tabela 1 -Qualidade metodológica do estudo pela escala PEDro. Autor 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 Pontuação DAHL et al., 2008 X X X X X X X X X 8/10 DOUSSOULIN et al., 2017 X X X X X X X 6/10 SMANIA et al., 2012 X X X X X X X X 8/10 TAKEBAYASHI et al., 2013 X X X X X X X 6/10

Fonte: Adaptado de Teles & Gonçalves (2016)

3.1 CARACTERÍSTICAS DOS ESTUDOS

Dentre os 4 estudos incluídos na presente revisão, 2 foram realizados na Europa (DAHL et al., 2008; SMANIA et al., 2012), 1 na América (DOUSSOULIN et al., 2017) e 1 na Ásia (TAKEBAYASHI et al, 2013), com tamanho amostral de146 indivíduos e idade média de 58,3 anos. Foram considerados ambos os gêneros (115 homens e 38 mulheres) durante a análise e 3 dos estudos consideraram o tempo da lesão como critério de inclusão(Tabela 2).

Tabela 2 -Características dos estudos sobre o uso da TCI em pacientes pós-AVE

Autor/Ano País Características da amostra (n) Idade média (anos) Tempo pós-AVE

DAHL et al. (2008) Noruega 30 (23H e 7M) 61 > 24 meses

DOUSSOULIN et al. (2017) Chile 36 (22H e 13M) 53,6 > 6 meses

SMANIA et al. (2012) Itália 59 (49H e 7M) 66,1 > 10 meses

TAKEBAYASHI et al.

(2013) Japão 21 (14H e 7M) 52,5 12 meses

Legenda: n= número da amostra; H= Homens; M= Mulheres; AVE=Acidente Vascular Encefálico.

3.2 CARACTERÍSTICAS DA INTERVENÇÃO

O tempo do tratamento com TCI mostrou uma variabilidade de 2 semanas. A duração da intervenção com uso de TCI variou de 2 horas a 5 horas por dia. Todavia, além do uso de TCI, alguns dos estudos utilizaram o pacote de transferência nos grupos experimentais (Tabela 3).

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Tabela 3 - Características da intervenção dos estudos sobre uso da TCI em pacientes pós-AVE

Autor/Ano Intervenção (amostra) Protocolo de restrição* Duração da sessão Frequência Duração do tratamento Desfecho

DAHL et al. (2008)

TCI (n=18) GC (n=12)

90% do TV

Sem restrição 6 h/dia

10 dias consecutivos 2 semanas Melhora do nível de independência em AVD nos 2 grupos DOUSSOULIN et al. (2017) TCI (n=24) GC (n=12) 90% do TV Sem restrição 3h/dia 6h/dia 10 dias consecutivos 2 semanas A independência funcional foi melhorada

após TCI em uma modalidade cole SMANIA et al. (2012) TCI (n=30) GC (n=29) 12 h/dia

do TV 2h/dia 5 dias/semana 2 semanas

A TCI foi mais eficaz em comparação com a reabilitação convencional. TAKEBAYASHI et al. (2013) TCI (n=11) TCI+PT (n=10) Restrição durante sessões de TCI TCI=4,5h/dia + PT=0,5h/dia TCI=5h 5 dias/semana 2 semanas O pacote de transferência melhora o resultado em longo prazo.

TCI= Terapia de Contenção Induzida; GC=Grupo Controle;PT= Pacote de Transferência; TV=Tempo de Vigília.

Os 4 estudos (DAHL et al., 2008; DOUSSOULIN et al., 2017; SMANIA et al., 2012; TAKEBAIASHY et al., 2013) relataram uma melhora significativa no Grupo TCI associados a outras terapias ou comparado a Grupos Controle (GC). Dahl e colaboradores (2008) concluíram que a TCI representa uma intervenção eficaz para melhorar a função motora de pacientes pós-AVE, isto baseado na escala que avalia a quantidade de atividade motora, Motor Activity Log (MAL) após os 10 dias de intervenção de tratamento comparado ao Grupo Controle. Takebayashie colaboradores (2013) durante registro de atividade motora detectaram resultados parecidos, com efeitos estatisticamente significativos no tempo de realização das AVD no grupo com pacote de transferência (p = 0,002).

Doussoulin e colaboradores (2017) evidenciaram que os pacientes tratados com TCI demoraram menos tempo para afetuar movimentos de agarramento, com um tempo de reação mais curto quando comparado aos pacientes do GC.

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4. DISCUSSÃO

Os resultados da presente revisão sistemática, de maneira geral, revelaram que o uso da TCI na reabilitação de pacientes pós-AVE foi eficaz na reabilitação da funcionalidade do membro superior. Este resultado apresenta uma contribuição importante para o tratamento da hemiparesia, o que corrobora com os achados de Tuke (2008) em sua revisão narrativa sobre aplicação da TCI em pacientes pós-AVE.

De acordo com o protocolo original, a TCI é aplicada durante duas semanas consecutivas por seis horas diárias, totalizando 14 dias de aplicação da técnica e, destes, dez dias com a presença deTerapeuta (SOERENSEN; MENDES; HAYASHIDA, 2004). Doussoulin e colaboradores (2017) reduziram o tempo de duração das sessões coletivas realizadas (3h/dia) visando evitar a fadiga dos participantes, algo comum em pacientes pós-AVE. Além disso, neste e em outros estudos (DAHL et al., 2008; SMANIA et al., 2012) o uso da luva de contenção foi mantido durante 90% do tempo de vigília, enquanto Takebayashi e colaboradores (2013) consideramo tempo de intervenção das sessões para contenção do membro hemiparético. Todos realizaram a TCI com protocolos de tarefas intensivas relacionadas às AVD, entretanto, estes estudos evidenciaram resultados semelhantes apesar da variabilidade do tempo de intervenção.

A literatura descreve estratégias de intervenção para a reabilitação de pacientes com patologias neurológicas (WU et al., 2012; THRANE et al., 2014; SILVA; ALBUQUERQUE, 2017), entretanto, apenas um número limitado propõe trabalhar a TCI com tempo de duração das sessões diferente do protocolo original. Nesta mesma linha de raciocínio, o estudo de Silvae Albuquerque (2017), onde osvoluntários do grupo com restrição foram submetidos a sessões de TCIpor 6 horas, associado a atividades de shaping por 40 minutos, 3 vezes por semana, durante 4 semanas consecutivas, demonstrou que a TCI aplicada por tempo superior ao protocolo original influenciou positivamente no uso membros superiores e, consequentemente, no equilíbrio dos indivíduos avaliados.

Em contrapartida, Dahl e colaboradores (2008), em seu estudo com objetivo de investigar a viabilidade da TCI em comparação com a reabilitação tradicional, identificaram que a TCI isolada não foi capaz de melhorar a função motora em longo prazo. No sexto mês de acompanhamento posterior ao tratamento, o grupo TCI manteve sua melhora, mas de maneira inferior ao GC e não houve diferenças significativas entre os grupos em nenhuma medida analisada. No entanto, os autores frisaram como desvantagens do estudo a heterogeneidadedo tempo pós-AVE dos pacientes e a falta de uma descrição detalhada da reabilitação tradicional dada ao GC.

Ao induzir o sujeito a utilizar o membro superior parético juntamente com a restrição do membro não afetado, a TCI colabora na reorganização cortical uso-dependente, o que reflete a neuroplasticidade do Sistema Nervoso Central (SNC), definida como a capacidade do cérebro de reorganizar suas funções formando novas conexões neurais ao longo da vida, mesmo após lesão(BROL; BORTOLOTO; MAGAGNIN, 2009; FUSCO et al., 2014).

Considerando tal fato, Takebayashi e colaboradores (2012) investigaram indivíduostreinados com o pacote de transferência associado à TCI.O pacote de transferência inclui, além do treinamento intensivo de tarefas, a monitoração do paciente sobre o uso do braço afetado em AVD, incentivando os pacientes a maximizar o uso do braço treinado, bem como conselhos práticos com dispositivos auxiliares e/ou modificação de movimento. É digno de nota que, ao contrário dos pacientes sem o pacote de transferência, aqueles com o pacote de transferência mostraram melhorias contínuas vários meses após a TCI por restrição (TEKABAYASHI et al., 2012).

Ressalta-se que outros estudos apresentaram resultados variados em comparação com os estudos analisados napresente revisão. Wang e colaboradores (2011), por exemplo,verificaram melhores efeitos terapêuticos da TCI, em comparação a TerapiaConvencional (TC) na melhoria da função motora de pacientes com reabilitação iniciada na fase aguda e subaguda pós-AVE e não

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somente na fase crônica.

Por fim, este artigo apresentou algumas limitações em sua execução. Limitações como: 1) reduzido número de artigos encontrados sobre uso da TCI como única terapia de intervenção e 2) Alterações nos protocolos utilizados e na duração das sessões.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este estudo traz significativas contribuições para a prática de Fisioterapia, por meio do levantamento de evidências científicas sobre a utilização da TCI na reabilitação do membro superior em pacientes pós-acidente vascular encefálico que potencializa e direciona o planejamento e assistência terapêutica nesses indivíduos.

Logo, essa produção examinou e mapeou evidências científicas que demonstraram a TCI ser uma técnica eficaz com melhora da função e destreza do MS parético em pacientes pós-AVE, podendo ser associada a outras ferramentas no processo de reabilitação de maneira viável.

Por fim, a TCI é uma intervenção complexa e a intensidade / duração padrão recomentada ao tratamento permanece ainda desconhecida, portanto, novos estudos são necessários para maximizar os resultados desta terapia nos processos de reabilitação física no indivíduo pós-AVE.

REFERÊNCIAS

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Acesso em: 03 mar. 2018. Disponível em: http://www.brasil.gov.br/saude/2012/04/acidente-vascular-cerebral-avc.

BROL, A. M; BORTOLOTO, F; MAGAGNIN, N. M.S. Tratamento de restrição e indução do movimento na reabilitação funcional de pacientes pós-acidente vascular encefálico: uma revisão bibliográfica. Fisioterapia em Movimento, Curitiba, v. 22, n. 4, p. 497-509, 2009.

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WU, C. et al. Constraint-induced therapy with trunk restraint for improving functional outcomes and trunk-arm control after stroke: a randomized controlled trial. Physical therapy, v. 92, n. 4, p.

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EVIDÊNCIAS DA TERAPIA DE MOVIMENTO

INDUZIDO POR RESTRIÇÃO EM PACIENTES

PÓS ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO

Selma Maria Calazans D’ajuda

Centro Universitário Dom Pedro II, Graduada - Curso de Fisioterapia, Salvador, BA, Brasil

Uagda do Amor Gois Estrellado

Centro Universitário Dom Pedro II, Graduada - Curso de Fisioterapia, Salvador, BA, Brasil

Mateus Garcia Prado Torres

Docente do Centro Universitário Dom Pedro II, Salvador, BA, Brasil

RESUMO

Introdução: O Acidente Vascular Encefálico (AVE) é uma encefalopatia abrupta, não progressiva, de origem vascular, que atinge o cérebro, tronco cerebral e cerebelo. Existem várias abordagens de reabilitação para tratar esta condição e, nos últimos anos, tem crescido o interesse com relação a terapia de movimento induzida por restrição (TMIR). Objetivo: Avaliar a eficácia TMIR em pacientes pós-AVE. Metodologia: Revisão de literatura, realizada entre fevereiro e junho de 2018. Para a coleta foi realizada pesquisa as bases de dados eletrônica PUBMED, LILACS e SCIELO Brasil. Resultados: Os resultados evidenciam que a TMIR é uma terapia eficaz para indivíduo acometido

Dentre os artigos pesquisados, percebem-se que a terapia em sua versão clássica e modificada, beneficiou os pacientes pós-AVE. Conclusão: É possível observar que a Terapia de Movimento Induzido por Restrição se destaca como uma técnica eficaz no comprometimento do membro superior parético de pacientes pós-AVC.

Palavras-chave: TMIR. AVE.

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1. INTRODUÇÃO

O Acidente Vascular Encefálico (AVE) é uma encefalopatia abrupta, não progressiva, de origem vascular, caracterizado pela interrupção do aporte sanguíneo que atinge o cérebro, tronco cerebral e cerebelo. Parte dos pacientes acometidos por esta condição evolui para a morte, além disso, boa parte dos sobreviventes apresentarão incapacidade física e cognitiva com grande variação da severidade. Ele pode ser classificado em dois tipos: o isquêmico e o hemorrágico (BUENO et al., 2008; VAZ et al., 2008; TONÚS; QUEIROZ, 2015; YADAV et al., 2016).

O AVE afeta indivíduos em todo o mundo. A Global Burden of Disease (GBD) constatou que há 16,9 milhões de novos casos e 5,9 milhões de óbitos anualmente. A sua incidência está em ascensão. Nota-se que a ocorrência é numerosa em idosos, mas há um aumento crescente de casos entre os jovens. A hipertensão arterial é um dos principais fatores de risco (SILVA FILHO; ALBUQUERQUE, 2017; ZARANTONELLO; STEFANI; COMEL, 2017).

As complicações associadas ao AVE são múltiplas, divididas em físicas e mentais. Dentro das alterações físicas destaca-se a hemiplegia ou hemiparesia, sendo esta consequência a mais comum, presente em 80% dos casos na fase aguda e 40% na fase crônica. A topografia lesional evidencia que a maior repercussão é no membro superior em comparação ao membro inferior, além da fraqueza observa-se a espasticidade e padrão sinérgico predominantemente flexor no membro superior e extensor no membro inferior (BUENO et al., 2008; BARZEL et al., 2015; TONÚS; QUEIROZ, 2015; SEOK et al., 2016; TAKEBAYASHI et al., 2017; ZARANTONELLO; STEFANI; COMEL, 2017).

Para pacientes pós-AVE, existe um conjunto terapêutico amplo, sendo aplicadas diversas abordagens fisioterapêuticas, dentre essas técnicas destacam-se: a terapia do movimento induzida por restrição, conceito Neuroevolutivo (método Bobath), Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva (método Kabat), estimulação Transcraniana por Corrente Contínua (ETCC), Terapia Espelhada, Acupuntura, Treino Mental (TM), entre outras (SILVA; TAMASHIRO; ASSIS, 2010; SIQUEIRA; BARBOSA, 2013; SEOK et al., 2016; FIGLEWSKI et al., 2017; JIN, et al., 2017; TAKEBAYASHI et al., 2017; JU; YOON, 2018).

A terapia do movimento induzida por restrição criado por Edward Taub consiste na contenção do membro superior não afetado, o qual fica restrito por um dispositivo durante 90% do período acordado. O tempo de tratamento é variável, com duração de no mínimo seis horas/dia, nesse período

são realizadas atividades motoras repetitivas e orientadas. Os efeitos observados são melhora do equilíbrio, da coordenação do membro afetado, do controle de tronco e da performance das atividades manuais (VAZ et al., 2008; SIQUEIRA; BARBOSA, 2013; FIGLEWSKI et al., 2017; SILVA FILHO; ALBUQUERQUE, 2017).

A TMIR baseia-se em duas teorias: o desuso aprendido e reorganização uso-dependente. A primeira descreve que o uso minimizado da extremidade afetada é discrepante quando comparado com o potencial motor do paciente. Já a segunda consiste na ampliação de áreas de representação cortical de partes estimulando novas sinapses a partir do treinamento intensivo. (VAZ et al., 2008; JIN et al., 2017). Este estudo tem como objetivo avaliar a eficácia da Terapia de Movimento Induzido por Restrição em pacientes pós-AVC.

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2. METODOLOGIA

2.1 TIPO DO ESTUDO

A metodologia utilizada para desenvolvimento desta pesquisa é uma revisão de literatura, feita entre fevereiro e junho de 2018. Para a coleta foi realizada pesquisa nas bases de dados eletrônica PubMed, LILACS e SciELO Brasil. O critério de inclusão foram artigos que avaliaram a eficácia da Terapia de Movimento Induzido por Restrição em pacientes pós-AVE publicados na língua portuguesa e inglesa, entre 2008 a 2018. Como critério de exclusão, artigos que não fazem referência ao objetivo proposto. Os descritores utilizados para este estudo foram: terapia de movimento induzido por restrição, AVE, fisioterapia, reabilitação e seus correspondentes na língua inglesa.

2.2 REFINAMENTO DE BUSCA

Os resultados são apresentados abaixo na tabela 1.

AUTOR/NO] OBJETIVO METODOLOGIA RESULTADOS

WU, et al., 2012

Investigar os efeitos da dCIT-TR, na função motora e na função diária, QOL e controle motor no membro superior e tronco

Ensaio aleatório monocego com 57 participantes que sofreram AVE, divididos em 3 grupos: dCIT – TR, dCIT e o de terapia controle. Os pacientes foram avaliados com ARAT, FAI, SIS e o Registro de Atividades Motoras para a função diária e QV. Todos os grupos realizaram o acompanhamento durante 3 semanas, com frequência de 5 dias, com cada terapia tendo a duração de 2 horas/dia.

Os pacientes que realizaram a dCITTR e dCIT, obtiveram ganhos significativos no escore da ARAT, FAI, além de aumento no domínio da função manual do SIS. Tendo uma melhor qualidade de movimento e maior quantidade de uso do braço afetado, no MAL. O grupo da terapia controle não obteve esses ganhos. Observou-se também que o grupo que realizou a dCIT obteve um melhor resultado no domínio de força SIS após o tratamento do que o grupo dCIT-TR.

YOON, et al., 2014.

Avaliar os benefícios referentes as funções da mão após a terapia do espelho.

Estudo experimental, cego. Selecionados 26 pacientes, divididos em 3 grupos aleatórios: CIMT + terapia do espelho (08), CIMT (09), controle (09). Antes do tratamento todos os indivíduos foram avaliados através da FMA e K-MBI. O tratamento foi realizado em uma frequência de 5 dias por semana, com cada terapia tendo a duração de 6 horas/dia.

Nos grupos de intervenção houve melhoras estatisticamente significativas na FMA e K-MBI. O grau de mudanças entre antes e depois do tratamento, mostraram melhoras na maior dos parâmetros avaliados.

PARK, 2015

Comparar a função motora após a realização da mCIT combinada com a prática mental (MP) em indivíduos pósAVE crônico

Pesquisa com 26 indivíduos, separados em 2 grupos distintos: mCIT + MP e outro só mCIT. Na avaliação dos pacientes foi utilizado os escores de ARAT, FMA e KMBI, pré e pós-intervenção. Sendo realizado 30 minutos, 5 vezes/semana, durante 6 meses.

O grupo mCIT + MP mostrou maiores ganhos nos escores ARAT, FM e K-MBI. Aumentando o grau de independência nas AVD’s. quando comparado ao grupo controle.

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BARZEL, et al., 2015.

Avaliar se a TMIR em casa é melhor que a terapia padrão para pacientes com disfunção do membro pós-AVE.

Estudo mono cego, randomizado e controlado com 153 participantes dividido em dois grupos: TMIR domiciliar (82); terapia padrão (71). Para avaliar a capacidade funcional, foi utilizado WMFT; e MAL. Os pacientes de ambos os grupos receberam 5 h de contato do terapeuta por 4 semanas.

Após as intervenções, ambos os grupos melhoraram a qualidade do movimento pela melhora no escore de MAL com maiores ganhos no TMIR em casa, não houve outras diferença entre os grupos.

BALLESTER, et al., 2016

Analisar os efeitos da intervenção com TMIR em pacientes após acidente vascular encefálico

Ensaio clínico randomizado duplo cego, com 18 participantes. Grupo experimental realizou TMIR terapia com amplificação de movimento em RV e Grupo controle que seguiu o mesmo protocolo, porém sem utilizar a amplificação do movimento. Os participantes foram avaliados com FMA para (UE-FM) e CAHAI e o K-MBI. A terapia teve duração de 30 minutos diários durante 6 semanas.

Ambos os grupos obtiveram ganhos motores significativos. Porém o grupo experimental obteve ganhos adicionais no EU-FM com o aumento do uso do membro afetado comparado com o grupo controle. YADAV, et al., 2016. Comparar a eficácia da da TMIR em relação ao programa convencional de reabilitação em relação a performance funcional da mão.

Estudo prospectivo, monocego, randomizado e controlado com 60 participantes, distribuídos em dois grupos: estudo (30) e controle (30). Para avaliação utilizou-se: MAL e FMA, AOUSP e QOUS. Os grupos receberam 3 horas por dia do programa de reabilitação convencional, 3 dias/ semana. A diferença foi que o grupo de estudo realizou a TMIR modificada. A duração total da intervenção foi de 4 semanas.

No início do estudo não houve diferenças significativas em FMAS, AOUS e QOUS entre os dois grupos. - No 1º e 3º mês, o grupo de estudo apresentou escores significativamente melhores que o grupo controle. Após um mês de terapia, os pacientes do grupo de estudo exibiram maiores benefícios em comparação com o grupo controle.

SILVA FILHO; ALBUQUERQUE, 2017.

Investigar os possíveis efeitos da restrição do MS não parético sobre o equilíbrio e mobilidade funcional em pacientes pós AVE.

Ensaio clínico, randomizado, controlado e cego. Com 19 participantes que foram distribuídos em dois grupos distintos: com restrição (9) e sem restrição (10). Para avaliação utilizou-se: Escala de Equilíbrio de Berg, subir e descer escadas, TUG e Velocidade da marcha. Realizado 3 vezes por semana, durante 4 semanas consecutivas, 40 minutos de treinamento especifico para MS parético.

O grupo que realizou TMIR mostrou melhor performance na escala de Equilíbrio de Berg, no teste de subir e descer escada, no TUG e velocidade de marcha todos com significância estatística.

YU, et al., 201

Determinar se a mCIMT pode melhorar a função do membro superior hemiplégico em pacientes com AVE isquêmico subcortical agudo.

Ensaio clínico randomizado cego. com 26 participantes: distribuídos em mCIMT e terapia padrão. O grupo controle realizou a terapia combinada com técnicas de desenvolvimento neurológico. Utilizou-se mensuração através da WMFT, MAL e as escalas AOU e QOM. Os grupos realizaram 10 dias de treinamento com duração de 3 horas.

Foi observada melhora significativa no grupo mCIMT na função motora, MAL, utilizando a escala AOU e QOM. Houve mudanças de excitabilidade cortical no grupo mCIMT. Não houve melhoria significativa no grupo controle.

Tabela 1. FONTE: Próprio autor

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ABREVIATURAS: Terapia Induzida por Restrições distribuída combinada com a Restrição do Tronco (dCIT-TR); Teste de Braga de Pesquisa de Ação (ARAT); Índice de Atividades de Frenchay (FAI); Escala de Impacto do Curso (SIS); Log de Atividade Motora (MAL); Qualidade de Vida (QOL); Wolf Motor Function Test (WMFT); Terapia de Movimento Induzida por Restrições modificada (mCIMT); Prática Mental (MP); Índice Barthel Modificado (K-MBI); Atividades de Vida Diária (AVDs); Realidade Virtual (RV); Avaliação de Bimotor da Extremidade Superior (UE-FM); inventário de atividades de mão e braço chedoke (CAHAI); Fugl-Meyer Assessment (FMA); Quantidade de Pontuação de Uso (AOUSP); Índice de Qualidade de Uso (QOUS); Timed Up and Go (TUG).

3. DISCUSSÃO

O AVE por sua alta incidência e prevalência é um grande problema de saúde pública, gerando a necessidade de organização dos serviços responsáveis pela assistência desta população, tanto em relação a qualidade do atendimento, quanto no uso dos recursos de maneira eficiente. Desta forma, buscar abordagens que sejam eficazes se torna uma necessidade imperativa para solucionar parte dos problemas vivenciados pelos pacientes que evoluem com limitações funcionais pós-AVC (SILVA FILHO; ALBUQUERQUE, 2017).

O leque de opções terapêuticas tem aumentado de forma significativa nas últimas décadas, neste contexto destaca-se o uso da indução do movimento por contenção dos membros, pela quantidade de estudos e resultados terapêuticos nos últimos anos na população elegível (BROGÅRDH; VESTLING; SJÖLUND, 2009; DROMERICK et al., 2009; BROGÅRDH; LEXELL, 2010; HAYNER; GIBSON; GILES, 2010; YOON et al., 2014; BATOOL et al., 2015; SOUZA et al., 2015; BALLESTER et al., 2016).

Os estudos apresentaram uma homogeneidade com relação à metodologia, sendo a maioria deles randomizados, controlados e monocegos. Além disso, a população envolvida foi significativa com total de 385 participantes quando somados os trabalhos. Outra característica observada é que todos os pacientes estavam na fase subaguda ou crônica (WU et al., 2012; YOON et al., 2014; BARZEL et al., 2015; PARK, 2015; BALLESTER et al., 2016; YADAV et al., 2016; SILVA FILHO; ALBUQUERQUE, 2017; YU et al., 2017).

Contudo, observaram-se diferenças nos protocolos de aplicação da terapia. Alguns trabalhos usaram o protocolo original com contenção do membro não afetado e realização de treinos funcionais com o membro afetado continuadamente durante 6 horas como visto nos estudos de BARZEL et al. (2015) e BALLESTER et al. (2016). Outros usaram o protocolo distribuído, o qual consiste em treinos mais fracionados realizados ao longo do dia. Outros autores optaram por associar a contenção do tronco além do membro superior (WU et al., 2012; YOON et al., 2014; PARK, 2015; YADAV et al., 2016; SILVA FILHO; ALBUQUERQUE, 2017; YU et al., 2017).

A elegibilidade para aplicação TMIR são pacientes que possuem motricidade do membro superior com capacidade de realizar extensão de pelo menos dois dedos da mão ou punho, classificação na escala de Raking Modificada de 0-2, ausência de heminegligência, capacidade de atender a mais de dois comandos e o Mini Mental Test maior que 20 (STOCK, et al., 2017).

Para evidenciar os ganhos funcionais após a realização da terapia os trabalhos utilizaram diferentes medidas e escalas. Muitos autores tiveram como objetivo aferir os ganhos na função do membro superior afetado, para isso utilizou se na maioria deles a escala de Fulg-Meyer. Outros estudos também mediram a melhora no equilíbrio pós-terapia e utilizaram principalmente a Time and Up Go Test (TUG) e escala de Berg (PAGE; LEVINE; KHOURY, 2009; WU et al., 2012; YOON et al., 2014; KWAKKEL et al., 2015; PARK, 2015; SOUZA et al., 2015; STOCK et al., 2017).

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também efetividade da TMIR e sua versão modificada que consiste adicionalmente na contenção do tronco, isto ficou evidenciado no trabalho YADAV et al. (2016) mostrando que indivíduos submetidos a terapia apresentavam uma adaptação maior em relação as suas limitações residuais.

ALBUQUERQUE (2017) ampliaram as evidências dos benefícios da TMIR quando demonstraram em seu estudo que os pacientes melhoraram o equilíbrio, propriocepção, coordenação e função motora, o que leva este indivíduo ter uma maior qualidade de vida evidenciado pela melhora na performance do TUG teste de subir e descer escadas e velocidade da marcha. Estes achados são muito importantes pois ampliam os benefícios da terapia, a qual foi proposta para tratar especificamente o membro superior.

Existem variações com relação ao uso da TMIR no que se refere ao local da aplicação da mesma. BARZEL et al. (2015) aplicaram um estudo para avaliar as diferenças nos resultados terapêuticos de pacientes tratados em domicílio e na clínica. Os resultados encontrados mostraram maior ganho funcional na população tratada em clínicas ou ambulatórios. Estes achados precisam serem melhores compreendidos já que muitos pacientes podem ter dificuldade em acessar serviços de saúde principalmente os de reabilitação.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O tema abordado nesse artigo é de grande relevância, visto que há um aumento nos casos de AVC a cada ano. É possível observar que a TMIR se destaca como uma técnica eficaz no comprometimento do membro superior parético de pacientes pós AVC. Entretanto torna-se necessário a realização de novas pesquisas abordando a TMIR que comprovem seus benefícios.

REFERÊNCIAS

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ANALYSIS OF MOTOR COORDINATION AND BALANCE IN ADULTS AND ELDERLY EXERGAME

NINTENDO WII®.

Gomes AC1, Nascimento SC2, Ferraz DD3, Aguiar CCdaC41

RESUMO:

O objetivo deste estudo foi avaliar o equilíbrio, coordenação motora e qualidade de vida de adultos e idosos ativos após tratamento com wiiterapia. Metodologia: Foi realizado um estudo quase experimental com a aplicação de Wiiterapia para avaliar a coordenação motora e o equilíbrio. Foi utilizada a escala de equilíbrio de Berg no início e final da terapia, no qual foram inscritos 19 indivíduos ativos, porém apenas 10 permaneceram na pesquisa. Resultados: Os participantes apresentaram uma melhora da pontuação na escala de Berg e na qualidade de vida. Conclusão: Através dos resultados obtidos, verifica-se que a terapia com Wii® proporciona resultados positivos no equilíbrio e coordenação de indivíduos ativos, além de proporcionar uma melhora da qualidade de vida, podendo se tornar

1 Fisioterapeuta, pós graduada em Fisioterapia Hospitalar com ênfase em Terapia Intensiva (UNISBA), Salvador, Bahia.

2 Fisioterapeuta, Unidompedro, Salvador, Bahia.

3 Fisioterapeuta, doutor em Ciências da Saúde (UFBA), Salvador, Bahia.

4 Fisioterapeuta, mestra em Tecnologias aplicadas à Bioenergia (UniFtc), Salvador, Bahia.

um grande aliado da fisioterapia convencional.

Descritores: Idoso, Equilíbrio Postural,

Jogos Eletrônicos.

Abstract: The aim of this study was to

evaluate the balance, motor coordination and quality of life of active adults and elderly after treatment with wiitherapy. Methodology: A quasi-experimental study was performed with the application of Wiiterapia to evaluate motor coordination and balance. The Berg balance scale was used at the beginning and end of therapy, in which 19 active individuals were enrolled, but only 10 remained in the research. Results: Participants had an improvement in the Berg score and quality of life. Conclusion: Through the results obtained, it appears that therapy with Wii® provides positive results in the balance and coordination of active individuals, and provides an improvement in quality of life and can become a great ally of conventional physiotherapy.

Key words: Elderly, Postural Balance, Electronic

Games.

ANÁLISE DA COORDENAÇÃO MOTORA E DO

EQUILÍBRIO EM ADULTOS E IDOSOS COM

UTILIZAÇÃO DE EXERGAME NINTENDO WII

®

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1. INTRODUÇÃO

O crescimento da população idosa é um fenômeno mundial que, no Brasil, ocorre de forma acelerada e significativa (IBGE, 2013; PEREIRA, 2013). De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, havia aproximadamente 20 idosos para cada adulto em idade ativa em 2012, porém, estimativas apontam que, em 2060, essa relação possa alcançar 63 idosos (IBGE, 2013).

O processo de envelhecimento caracteriza-se por modificações orgânicas que provocam a diminuição da massa e força muscular, redução da atividade do sistema nervoso, diminuição do equilíbrio, fraqueza e alterações cardiorrespiratórias. Essas mudanças podem contribuir para a diminuição da mobilidade e a limitação funcional do idoso(NOBREGA et al., 1999).

O sedentarismo somado às disfunções provocadas pelo envelhecimento se torna um importante fator de risco para o desenvolvimento de doenças neurológicas, cardiovasculares, diabetes mellitus, neoplasias, osteoporose e hipertensão arterial (PORTELA, 2010). Nesse contexto, a prática de atividade física de forma regular mostra-se um elemento útil na modificação dos fatores de risco causados pelo sedentarismo, e na prevenção e tratamento das doenças crônicas não transmissíveis (CARNEIRO et al., 2016; CARRUBA, 2010; DIAS; SAMPAIO; TADDEO, 2009).

Os idosos devem realizar exercício físico durante toda a vida, para que possam se beneficiar das vantagens de um envelhecimento ativo. Para isso, é importante que estejam motivados durante a prática de atividade física, uma vez que essa deve ser realizada de forma regular (WHO, 2005).

Assim, o uso da realidade virtual pode ser uma alternativa para incentivar a assiduidade dessa população à prática de exercício físico. Lançado em 2006, o Nintendo Wii® (NW) foi o primeiro

exergame, vídeo game com realidade virtual não imersiva, criado com o objetivo de proporcionar

entretenimento. O NW capta os movimentos corporais e os transfere a um avatar que é a interface entre jogador e os desafios propostos pelo jogo. Nesse contexto de mover-se para jogar os fisioterapeutas vislumbraram a possibilidade de utilizar essa ferramenta na reabilitação de seus pacientes(JONES; THIRUVATHUKAL, 2012; YANG et al., 2016).

Porém, a inserção do NW como modalidade alternativa de exercício físico para indivíduos idosos com déficit de equilíbrio ainda é um assunto pouco estudado. Assim, o objetivo deste estudo foi verificar os efeitos do uso do exergame NW na qualidade de vida, coordenação motora e equilíbrio postural de adultos e idosos sedentários.

2. MATERIAIS E MÉTODOS

Trata-se de um estudo quase experimental realizado em um Centro de Convivência para idosos localizado na cidade de Itaparica no estado da Bahia. A pesquisa foi realizada entre o período de janeiro de 2014 a julho de 2014, após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa com número de parecer 14308113.5.0000.5032.

Participaram do estudo indivíduos com idade igual ou superior a 60 anos que cumpriram os critérios de inclusão e exclusão. Entre os critérios de inclusão encontram-se: ser independente para as atividades básicas da vida diária, apresentar marcha independente e sem ajuda de dispositivos auxiliares, não realizar ou ter realizado nos últimos 12 meses um programa de exercício físico e apresentar algum déficit de equilíbrio. Entre os critérios de exclusão encontram-se: apresentar hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus, cardiopatias e doenças cardiorrespiratórias instáveis ou não controladas, pneumopatias, doenças infectocontagiosas ou lesões ortopédicas que impossibilitassem a prática de atividade física e deficiência visual.

A amostragem foi do tipo não-aleatória por auto-seleção. As atividades da pesquisa foram divulgadas durante o período do estudo e foi disponibilizado um período para inscrição no local de realização do estudo. Participaram do estudo os indivíduos inscritos que cumpriram os critérios de

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Os participantes foram submetidos ao treino com o NW com uma frequência de 3 vezes por semana, durante 4 semanas, totalizando 12 sessões de tratamento. Foram utilizados os jogos Wii

Sport, Wii Sport Resort, Deca Sport e Wii Fit Plus. Estes jogos são utilizados para promover a prática

de exercícios físicos como alongamentos, saltos, flexões e extensão de todos os segmentos corporais, rotação de membros e tronco, sendo adaptados às condições neurológicas e de déficit de equilíbrio apresentadas por cada indivíduo. Cada sessão possuía um objetivo terapêutico diferente, de forma alternada foi trabalhado com a coordenação motora e com o equilíbrio, utilizando assim os jogos específicos para cada um.

Na primeira e última sessão cada participante foi avaliado com a Escala de Equilíbrio de Berg, que é uma escala de avaliação de equilíbrio e tem por função avaliar a habilidade do indivíduo, mediante a independência ou dependência na execução de 14 itens relacionados a Atividades de Vida Diárias (AVD’s), onde sua pontuação pode chegar até 56 pontos, quanto maior a pontuação, melhor o equilíbrio e a coordenação motora. Para a aplicação da escala de Berg foram necessários alguns materiais como o cronômetro, fita métrica, cadeira com e sem braço e escada de 20 cm de altura (DIAS, 2009; SILVA; ALMEIDA; CASSILHAS, 2008).

Na terceira e na última sessão foi aplicado um questionário de satisfação, com o objetivo de colher informações sobre satisfação e sensação durante e após a prática dos jogos. Para cada sessão foi necessário redistribuir os colaboradores em três subgrupos. Cada subgrupo foi preenchido conforme a disponibilidade de cada colaborador, onde o tempo de execução dos jogos foi de uma hora para cada subgrupo.

A análise dos dados realizou-se com o uso do T Student para análise das variáveis categóricas, sendo considerado o p de significância quando menor ou igual a 0,05.

3. RESULTADOS

Foram inscritos na pesquisa 19 indivíduos, sendo 1 do sexo masculino (5,3%) e 18 do sexo feminino (94,71%), com idade média de 59,4 anos. Dos pacientes inscritos, 9 (47,37%) foram excluídos devido a não adaptação aos jogos, baixa acuidade visual, complicações osteomioarticulares sem devido tratamento e ausência em 3 ou mais sessões.

Dos 10 pacienntes (52,63%) restantes que permaneceram na pesquisa, 100% foram do sexo feminino, com idade média de 60,3 anos. Dentre as participantes da pesquisa, todas apresentaram algum grau de déficit de equilíbrio, 7 delas (70%) possuíam morbidade cardiovascular, sendo a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) a patologia de maior destaque, 2 Diabetes Mellitus (DM), e 2 Hipercolesterolemia. Das 10 participantes, 5 (50%) tinham morbidades neuromusculares, onde 1 apresentava bursite em membros superiores (MMSS), 1 espondiloartrose e 3 tinham gonartrose. Quanto à deficiência sensorial, 10 (100%) utilizavam óculos. Com relação aos hábitos de vida, 10 (100%) realizavam exercícios físicos diariamente e 4 (40%) eram etilistas. Nenhuma das colaboradoras relatou ser tabagista (Tabela 1).

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Tabela 1. Morbidades presentes nas colaboradoras participantes da pesquisa. N % MORBIDADE CARDIOVASCULAR 7 70 HAS 7 70 DM 2 20 Hipercolesterolemia 2 20 MORBIDADE NEUROMUSCULAR 5 50 Bursite em MMSS 1 10 Espondilartrose 1 10 Gonartrose 3 30 DEFICIÊNCIA SENSORIAL 10 100 Uso de Óculos 10 100 HÁBITO DE VIDA Tabagista - -Etilista 4 40

No que se refere aos resultados obtidos para o índice de Berg (Tabela 2), não se apresentam de forma significativamente estatísticos. No entanto, observou-se uma variação positiva nos valores finais.

Tabela 2. Resultados do Índice de Berg verificados nos participantes da pesquisa.

Paciente BERG Inicial BERG Final

P1 50 55 P2 46 53 P3 53 55 P4 44 55 P5 52 54 P6 53 54 P7 54 55 P8 51 55 P9 55 55 P10 48 52 Média 50,6 54,3 p 0,006

Quanto aos resultados obtidos da Pressão Arterial (P.A.) e Frequência Cardíaca (F.C.), não ocorreram alterações significantes. Isso foi interesse desse estudo, pois não foi desejado provocar variação ou alteração na PA e FC, visto que a maioria das colaboradoras eram hipertensas (70%) (Tabelas 3 e 4).

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Tabela 3. Pressão Arterial (PA) e Frequência Cardíaca (FC) antes do exercício PA SISTÓLICA PA DIASTÓLICA FC 1ª A 2ª SEMANA Média 123 72 66 Test t 0,466 0,773 0,602 2ª A 3ª SEMANA Média 121 72 67 Test t 0,866 0,773 0,843 3ª A 4ª SEMANA Média 119 73 70 Test t 0,395 0,556 0,063 4ª A 5ª SEMANA Média 119 73 71 Test t 0,512 0,641 0,238 1ª A 5ª SEMANA Média 123 72 67 Test t 0,369 1 0,219

Tabela 4. Pressão Arterial (PA) e Frequência Cardíaca (FC) depois do exercício

PA SISTÓLICA PA DIASTÓLICA FC 1ª A 2ª SEMANA Média 126 76 71 Test t 0,793 0,035 0,169 2ª A 3ª SEMANA Média 125 74 74 Test t 0,870 0,264 0,499 3ª A 4ª SEMANA Média 120 75 71 Test t 0,020 1 0,103 4ª A 5ª SEMANA Média 117 75 71 Test t 0,618 0,82 0,974 1ª A 5ª SEMANA Média 123 77 70 Test t 0,170 0,241 0,553

Relacionado aos dados obtidos no questionário de satisfação, percebeu-se na primeira aplicação no quesito que se refere à sensação de desconforto durante ou após a prática dos jogos, 60% das colaboradoras afirmaram que sentiram desconforto, destacando-se o cansaço e a dor durante jogo.

Relacionado à percepção de mudança na vida após a terapia, 90% das colaboradoras afirmaram que perceberam mudanças como: melhora da motivação, bem estar e alegria, mais disposição nas atividades de vida diárias e laborais. Já na segunda aplicação do questionário, no final do trabalho, 30% permaneceram afirmando que sentiram desconforto durante ou após as sessões, permanecendo assim as essas queixas anteriores. E para percepção de alguma mudança em suas vidas, 100% das colaboradoras afirmaram a mudança positiva. Sendo estas mudanças listadas como: melhor disposição para as atividades de vida diária, aumento do bem estar e melhora da autoestima, conquistaram novas amizades, perceberam aumento de força muscular, melhora na memória, sentiram mais alegre (Tabela 5).

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Tabela 5. Resultados do Questionário de Satisfação no início e no final da pesquisa

Questões 1ª aplicação 2ª aplicação

Sentiram Desconforto 60% 30%

Não Sentiram Desconforto 40% 70%

Desconforto Cansaço e Dor. Cansaço e Dor.

Perceberam Mudanças na Vida 90% 100%

Não Perceberam Mudanças na Vida 10% _

Mudanças

Aumento de Motivação; Novas amizades; Melhora da Autoestima;

Melhora de Atenção; Alegria.

Disposição; Melhora da Autoestima; Novas Amizades; Aumento de Força Muscular; Alegria; Melhora de Memória;

Melhora da Coordenação Motora.

4. DISCUSSÃO

A terapia com jogos eletrônicos mostrou-se benéfica para indivíduos saudáveis e indivíduos com patologias neurológicas, principalmente nos quesitos de ganho de postura e equilíbrio (LOPES et al., 2013; SCHIAVINATO, 2010; SVEISTRUP, 2004). No estudo de Schiavinato et al. (2010) observou-se através do score de Berg, que após à aplicação de terapia com o uso do Nintendo Wii® houve uma melhora no equilíbrio, que foi consequência dos ajustes posturais causados pela prática dos jogos específicos para o equilíbrio. Em um estudo mais recente, também foi verificado otimização do equilíbrio de idosos com risco de quedas, após 12 sessões de treinamento com realidade virtual (PHU et al, 2019)2.

Já Portela(2010) concluiu que para se obter um impacto positivo no equilíbrio dos idosos com a prática dos jogos do Wii®, os mesmos devem ser submetidos no mínimo em 15 sessões de 50 minutos cada.Nesse estudo, apesar de se ter obtido uma variação positiva nos scores de Berg do inicial para o final, essa variação não se apresentou de forma significante. Isso pode ter ocorrido devido ao tempo de aplicação da terapia, quantidades de sessões, o baixo número de colaboradores, o perfil das colaboradoras e até mesmo o foco terapêutico dos segmentos corporais, nos quais foram trabalhados de forma alternada em cada sessão.

A atividade física quando realizada em alta intensidade visa atingir volume máximo e submáximo, ocasionando uma alteração significativa da PA, FC e no sistema cardiorrespiratório, o que não ocorreu neste estudo, pois os jogos escolhidos foram de intensidades moderadas, pois o mesmo não visava trabalhar diretamente com o Volume máximo de O2. Portanto os dados da PA e FC foram colhidos e analisados em nível de segurança por se tratar de indivíduos idosos. No relato de caso do estudo de Campos, Silva e Sandoval (2011) demonstraram que houve uma descompensação respiratória normal devido ao esforço físico da paciente, o fato que comprova isso é o aumento ocorrido na frequência cardíaca aferida sempre no início e final de cada sessão.

O envelhecimento faz parte de um processo natural do organismo, nesta fase da vida é comum surgirem algumas alterações fisiológicas. Durante a avaliação algumas comorbidades foram atadas como a HAS, DM e a hipercolesterolemia. Considerando essas comorbidades, a prática de exercício físico assume um papel importante na prevenção e redução dessas alterações que são inerentes a qualquer indivíduo (SVEISTRUP, 2004). Segundo Pinto et al. (2009) a prática de atividade física tem sido considerada um dos componentes mais importantes na modificação do risco em indivíduos acometidos por comorbidades decorrentes ou associadas à inatividade. Sendo assim, a atividade física não precisa ser de alta intensidade para alcançar efeitos benéficos à saúde, os melhores resultados podem ser alcançados aumentando a duração ou a frequência da prática dos jogos. Essa é uma importante estratégia, tanto na prevenção como no tratamento das doenças cardiovasculares, HAS,

Referências

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