• Nenhum resultado encontrado

Flutuação populacional do percevejo-preto, Cyrtomenus mirabilis (Perty, 1836) (Hemiptera: Cydnidae) com o uso de armadilhas em amendoim / Population fluctuation of burrower bug, Cyrtomenus mirabilis (Perty, 1836) (Hemiptera: Cydnidae) with the use of tra

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2020

Share "Flutuação populacional do percevejo-preto, Cyrtomenus mirabilis (Perty, 1836) (Hemiptera: Cydnidae) com o uso de armadilhas em amendoim / Population fluctuation of burrower bug, Cyrtomenus mirabilis (Perty, 1836) (Hemiptera: Cydnidae) with the use of tra"

Copied!
12
0
0

Texto

(1)

Flutuação populacional do percevejo-preto, Cyrtomenus mirabilis (Perty, 1836)

(Hemiptera: Cydnidae) com o uso de armadilhas em amendoim

Population fluctuation of burrower bug, Cyrtomenus mirabilis (Perty, 1836)

(Hemiptera: Cydnidae) with the use of traps in peanut

DOI:10.34117/bjdv5n10-371

Recebimento dos originais: 27/09/2019 Aceitação para publicação: 31/10/2019

Marcos Doniseti Michelotto

Pesquisador Científico VI, Doutor em Entomologia pela FCAV/Unesp Instituição: Apta Regional Centro Norte

Endereço: Rodovia Washington Luis, Km 372, Caixa Postal 24, 15830-000, Pindorama – SP, Brasil E-mail: michelotto@apta.sp.gov.br

Rodolfo de Oliveira Rincão

Graduando em Engenharia Agronômica, Bolsista PIBIC Apta/CNPq Instituição: Centro Universitário de Rio Preto – UNIRP

Endereço: Rua Ivete Gabriel Atique, 45 - Vila Maria, 15025-400, São José do Rio Preto – SP, Brasil E-mail: rodolforincao@gmail.com

Denizart Bolonhezi

Pesquisador Científico VI, Doutor em Produção Vegetal pela FCAV/Unesp Instituição: Centro de Cana, Instituto Agronômico de Campinas – IAC

Endereço: Rodovia Antonio Duarte Nogueira, km 321 (Anel Viário Contorno Sul), Caixa Postal 206, 14.001-970, Ribeirão Preto – SP, Brasil

E-mail: denizart@iac.sp.gov.br

Rogério Soares de Freitas

Pesquisador Científico VI, Doutor em Fitotecnia pela UFV

Instituição: Centro de Seringueira e Sistemas Agroflorestais, Instituto Agronômico de Campinas – IAC Endereço: Rodovia Péricles Belini, km 121 + 6 km terra, 15505-970, Caixa Postal 61, Votuporanga – SP,

Brasil

E-mail: freitas@iac.sp.gov.br

Maycon Ferraz

Graduando em Engenharia Agronômica, Bolsista Apta/Fundag Instituição: Centro Universitário de Rio Preto – UNIRP

Endereço: Rua Ivete Gabriel Atique, 45 - Vila Maria, 15025-400, São José do Rio Preto – SP, Brasil E-mail: maycon.ferraz96@hotmail.com

Ignácio José de Godoy

Pesquisador Científico VI, PhD em Melhoramento Vegetal pela Universidade da Florida Instituição: Centro de Grãos e Fibras, Instituto Agronômico de Campinas – IAC

Endereço: Rodovia Antonio Duarte Nogueira, km 321 (Anel Viário Contorno Sul), Caixa Postal 206, 14.001-970, Campinas – SP, Brasil

(2)

Cristiano Feldens Schwertner

Professor Adjunto do Departamento de Ecologia e Biologia Evolutiva, Doutor em Biologia Animal pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Instituição: Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP, Campus Diadema. Endereço: Rua Artur Riedel, 275 Eldorado, 09.972-270, Diadema – SP, Brasil

E-mail: schwertner@unifesp.br

RESUMO

O percevejo-preto, Cyrtomenus mirabilis (Perty, 1836) (Hemiptera: Cydnidae) é a principal praga de solo em amendoim. Seu principal prejuízo está relacionado ao ataque em vagens na fase de desenvolvimento dos grãos. No entanto, estudos sobre sua ocorrência ao longo da cultura do amendoim no Brasil são escassos. Assim, o objetivo do trabalho foi avaliar a flutuação populacional do percevejo com o auxílio de armadilhas luminosas e de queda em diferentes locais. Para isso, foram instaladas armadilhas luminosas e de queda com o objetivo de coletar adultos do percevejo-preto, em Pindorama e Votuporanga, Estado de São Paulo. Observou-se que durante o período avaliado ocorreram alguns picos de captura em todas as localidades nas armadilhas luminosas. Nas armadilhas de queda, observou-se a ocorrência de dois picos de coleta do percevejo-preto antes da semeadura do amendoim. Após o preparo do solo para a semeadura do amendoim, as coletas foram escassas. Nos dois tipos de armadilha, observou-se que após a presença de vagens maduras nas plantas de amendoim não há captura de insetos. Concluiu-se que ambas as armadilhas são eficientes para monitoramento de C. mirabilis na área e que a após a presença de vagens maduras nas plantas de amendoim não ocorre dispersão do percevejo-preto.

Palavras-chaves: Arachis hypogaea L., praga de solo, monitoramento, amostragem.

ABSTRACT

The burrower bug, Cyrtomenus mirabilis (perty, 1836) (Hemiptera: Cydnidae) is the main soil pest in peanuts. Its main damage is related to the attack on pods during the development phase of the kernels. However, there is no study showing its occurrence on the peanut crop along the commercial peanut region. Thus, the objective of this research was to evaluate the populational fluctuation of the burrower bug with the aid of light and pitfall traps in different locations. Light and pitfall traps were installed with the objective of collecting adults in two locations (Pindorama and Votuporanga) in the State of São Paulo. It was observed that during the period under evaluation, some peaks of capture occurred in all the locations in the light traps. In the pitfall traps, it was observed the occurrence of two peaks of burrower bugs collection before peanut sowing; and after the soil was prepared for sowing, the collections were scarce. In both types of trap, it can be observed that after the presence of mature pods in the peanut plants, insect capture was no longer observed. It is concluded that both traps are efficient for monitoring the C. mirabilis in the area and that after the presence of mature pods in the peanut plants there is no burrower bug dispersion.

Keywords: Arachis hypogaea L., soil pest, monitoring, sampling.

1 INTRODUÇÃO

A família Cydnidae tem distribuição mundial, presente nas regiões tropicais e temperadas e representa o único grupo de percevejos com hábitos cavadores (Froeschner 1960, Lis 1999, 2002).

(3)

Os percevejos-cavadores, como são conhecidos, são fitófagos e a maioria das espécies provavelmente polífagas (Froeschner 1960, Lis et al. 2000). O grupo tem sido considerado de pouca importância econômica (Lis et al. 2000), no entanto os danos às culturas na região Neotropical têm crescido nos últimos anos (Oliveira et al. 2000, Oliveira et al. 2013) e o gênero Cyrtomenus Amyot & Serville, é o que apresenta o maior número de espécies.

As espécies de importância econômica na região Neotropical são incluídas em Cyrtomenus e

Pangaeus Stål, na qual ninfas e adultos alimentam-se de raízes, tubérculos (Riis et al. 2005) e frutos

de solo (Riis et al. 2005; Chapin et al. 2004, 2006) reduzindo a produtividade e facilitando infecções pelos patógenos de solo, além do desenvolvimento de aflatoxinas (Chapin et al. 2004; Riis et al. 2005).

A distribuição do gênero inclui praticamente toda América continental, desde os Estados Unidos até a Argentina e pelo menos duas espécies são pragas de plantas cultivadas na América do Sul, Cyrtomenus bergi Froeschner, 1960 e Cyrtomenus mirabilis (Perty, 1830). C. mirabilis é considerada uma espécie importante nas culturas de amendoim no Peru, Paraguai, Argentina e Brasil (Froeschner 1960, Zucchi et al. 1993, Gallo et al. 2002). No Brasil, Waquil et al. (2003) ainda reportaram C. mirabilis atacando as raízes de Sorghum bicolor L.

No entanto, Avendaño et al. (2018) afirmam que C. bergi seria sinônimo júnior de C. mirabilis em função da sobreposição da distribuição geográfica e falta de diferenças morfológicas quantitativas e qualitativas e que se deve considerar apenas esta última como espécie válida.

No Brasil, os danos decorrentes de C. mirabilis em amendoim, estão relacionados ao ataque em vagens na fase de desenvolvimento dos grãos, na qual ninfas e adultos inserem o estilete de seu aparelho bucal, atingindo os grãos em desenvolvimento. Ao se alimentarem dos grãos, os mesmos tornam-se manchados e impróprios para comercialização. Os prejuízos podem ser de grande magnitude se considerar o mercado de amendoim blancheado (sem pele).

Estudos relacionados a estes insetos em amendoim são escassos e por isso não há um plano de amostragem, nem mesmo medidas de controle indicadas. Uma forma de se identificar a presença deste grupo de percevejos na área é através de armadilhas luminosas e de queda (Cividanes et al., 1981; Highland & Lummus,1986, Chapin et al., 2006). Ainda de acordo com Highland & Lummus (1986), as coletas em armadilhas poderiam servir de alerta para produtores permitindo identificar os períodos críticos de ocorrência.

Dessa forma, torna-se necessário a realização de estudos para obtenção de informações e elaboração de um plano de manejo envolvendo os aspectos biológicos, o monitoramento, a influência dos genótipos de amendoim e testes com moléculas inseticidas capazes de reduzir os danos ocasionados pelo inseto.

(4)

2 OBJETIVOS

Estudar a flutuação populacional do percevejo-preto com o auxílio de armadilhas luminosas e de queda na cultura do amendoim em diferentes localidades do estado de São Paulo.

3 METODOLOGIA

3.1 COLETA E MONITORAMENTO DE ADULTOS ATRAVÉS DE ARMADILHAS LUMINOSAS

Foram instaladas armadilhas luminosas (Figura 1) em duas localidades do Estado de São Paulo, sendo duas em Pindorama (Polo Centro Norte/Apta) e uma em Votuporanga (Centro de Seringueira/IAC). Estes locais foram escolhidos por terem apresentado histórico de ocorrência de grãos com danos do percevejo-preto em anos anteriores.

A armadilha foi instalada em um suporte de ferro de 2,0 metros de altura para evitar que elas fiquem em contato com as plantas de amendoim. As mesmas foram inspecionadas semanalmente para a contagem de adultos dos percevejos.

Em Pindorama foram instaladas duas armadilhas luminosas em duas áreas distantes aproximadamente 2,0 quilômetros, sendo uma instalada no início de agosto (Armadilha Luminosa 1 – localização: 21°13’16,2’’S 48°55’37,7’’W) e a outra após a semeadura do amendoim (Armadilha Luminosa 2 – localização: 21°13’24,1’’S 48°54’31,7’’W). Ambas permanecem nos locais até a colheita do amendoim na área.

Em Votuporanga foi instalada uma armadilha (localização: 20°27’24,3’’S 50°03’55,4’’W) no terceiro decêndio de agosto e monitorada até a colheita do amendoim no primeiro decêndio de abril de 2019.

(5)

3.2 COLETA E MONITORAMENTO DE NINFAS E ADULTOS ATRAVÉS DE ARMADILHAS DE QUEDA

Na área em que foram instaladas as armadilhas luminosas, foram instaladas 10 armadilhas de queda em três locais, sendo duas áreas em Pindorama (Polo Centro Norte/Apta) e uma em Votuporanga (Centro de Seringueira/IAC). Estes locais foram escolhidos por terem apresentado histórico de ocorrência de grãos com danos do percevejo em anos anteriores.

As armadilhas de queda consistem de copos plásticos de 500 ml enterrados no solo de forma que estes fiquem ao nível do solo, conforme figura 3. Para aumentar a superfície de coleta, será instalada lateralmente à abertura do copo uma chapa de ferro de 50 cm de comprimento e 10 cm de altura. Além disso, para evitar que os copos fiquem cheios com águas de chuva, as mesmas serão cobertas com estrutura de metal conforme figura 2.

Figura 2. Armadilha de queda: a. copo plástico de 500 mL enterrado no solo; b. chapa de metal para aumentar a superfície de coleta da armadilha; c. Cobertura de metal para proteger a armadilha da chuva e de animais.

As mesmas foram inspecionadas semanalmente para a contagem de ninfas e adultos dos percevejos. De posse dos dados, foram elaborados gráficos de ocorrência dos mesmos, no acumulado de 10 dias, ao longo do período que antecedeu a semeadura e posterior à semeadura até a colheita do amendoim.

Dados de precipitação no acumulado de 5 e 10 dias foram utilizados para verificar correlação com a captura dos insetos.

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

4.1. ARMADILHAS LUMINOSAS

Em Pindorama, a armadilha luminosa coletou pequena quantidade de percevejo-preto no mês de agosto de 2018. A partir do segundo decêndio do mês de setembro, houve um aumento na captura de percevejos atingindo um primeiro pico de ocorrência aos 20 de outubro de 2018 com 194

(6)

percevejos capturados (Figura 3). Esse aumento na captura coincidiu com o aumento na precipitação (acima de 90 mm entre 10 de setembro e 10 de outubro), apesar de não ser possível obter correlação significativa. Estes dados se assemelham ao observado por Cividanes et al. (1981) em cana-de-açúcar, na qual o pico de maior ocorrência de C. bergi ocorreu entre os meses de outubro e novembro.

Após este pico houve um decréscimo nas coletas, coincidindo com a semeadura do amendoim. Provavelmente as atividades de preparo e semeadura do amendoim no local onde a armadilha estava instalada interferiram na movimentação e dispersão do inseto.

Após a emergência das plantas observou-se um novo aumento da captura dos adultos do percevejo-preto atingindo novo pico aos 25 de dezembro de 2018 com 172 insetos capturados. Analisando o período transcorrido entre o primeiro e o segundo picos de captura observou-se aproximadamente 66 dias entre ambos. Supõe-se que este segundo pico seria uma segunda geração do inseto, já que através dos aspectos biológicos do percevejo se alimentando no amendoim em laboratório, constatou-se que esta espécie possui período ninfal de aproximadamente 70 dias (dados não publicados). Resultado semelhante foi observado por Riis et al. (2005), na qual o período ninfal de C. bergi em amendoim é de 62,4 dias.

Figura 3. Adultos do percevejo-preto capturados (linha) em armadilha luminosa e dias acumulados de chuva (5 e 10 dias) (barras) antes e após a semeadura do amendoim na área 1 (21°13’16,2’’S 48°55’37,7’’W). Pindorama, SP. F1= Primeira

geração de adultos no ano agrícola; F2?= Suposta segunda geração no ano agrícola.

Na segunda armadilha luminosa instalada em outra área em Pindorama, mas após a semeadura do amendoim, apresentou um pequeno pico de captura aos 18 de dezembro de 2018 com 64 insetos capturados (Figura 4).

(7)

Após os 100 dias da semeadura do amendoim não houve captura de insetos na armadilha luminosa em nenhuma das armadilhas. Isto pode estar relacionado à presença de vagens já maduras nas plantas de amendoim, sendo estas preferidas para alimentação do percevejo e, portanto não haveria necessidade neste momento da dispersão do inseto. De acordo com Boote (1982), aos 100 dias após a semeadura as vagens estariam em R7, ou seja, no início da maturação.

De acordo com Smith e Pitts (1974) ninfas e adultos de Pangaeus bilineatus (Say), espécie que ocorre nos Estados Unidos e que causa danos semelhantes amendoim, preferem se alimentar de grãos já formados e maduros, provavelmente por conterem menor teor de água em seu conteúdo.

Figura 4. Adultos do percevejo-preto capturados (linha) em armadilha luminosa e dias acumulados de chuva (5 e 10 dias) (barras) após a semeadura do amendoim na área 2 (21°13’24,1’’S 48°54’31,7’’W) em Pindorama, SP.

Em Votuporanga, SP, observou-se o mesmo padrão de captura observado em Pindorama, SP. O primeiro pico de captura ocorreu aos 24 de setembro de 2018 com 273 insetos capturados (Figura 5). Um segundo pico ocorreu aos 14 de novembro de 2018 com 99 insetos capturados. Analisando o período transcorrido entre o primeiro e o segundo picos de captura observou-se aproximadamente 50 dias entre ambos, indicando se tratar de uma segunda geração do inseto, conforme já discutida anteriormente.

Diferentemente do que ocorreu em Pindorama, após a semeadura do amendoim praticamente não houve coletas significativas do percevejo na área.

(8)

Figura 5. Adultos do percevejo-preto capturados (linha) em armadilha luminosa e dias acumulados de chuva (5 e 10 dias) (barras) antes e após a semeadura do amendoim em Votuporanga, SP (20°27’24,3’’S 50°03’55,4’’W). F1= Primeira

geração de adultos no ano agrícola; F2?= Suposta segunda geração no ano agrícola.

4.2. ARMADILHAS DE QUEDA

Nas armadilhas de queda instaladas em Pindorama, observou-se um pico de captura logo no início das avaliações no primeiro decêndio de agosto de 2018 com 8,4 adultos por armadilha. Posteriormente houve redução na captura até 30 de agosto de 2018 (Figura 6).

Aproximadamente sessenta dias após o primeiro pico, novo pico de coleta foi observado, desta vez menor, com 2,6 percevejos por armadilha. A partir deste pico houve queda acentuada na captura coincidindo com preparo e semeadura do amendoim não havendo novos picos de coleta até a colheita do amendoim (Figura 6).

Na segunda área em Pindorama (Figura 7), as armadilhas de queda foram instaladas após a semeadura do amendoim e foram pouco eficientes na captura do inseto, indicando que sua eficiência possa ser maior antes da semeadura do amendoim, algo que deverá ser confirmado futuramente

(9)

Figura 6. Adultos e ninfas do percevejo-preto capturados em armadilha de queda antes e após a semeadura do amendoim na área 1 (21°13’16,2’’S 48°55’37,7’’W) em Pindorama, SP.

Figura 7. Adultos e ninfas do percevejo-preto capturados em armadilha de queda após a semeadura do amendoim na área 2 (21°13’24,1’’S 48°54’31,7’’W) em Pindorama, SP.

Em Votuporanga as armadilhas foram instaladas em agosto e surpreendentemente poucos insetos foram capturados ao longo do período de avaliação (Figura 8). Uma suposição é o fato de que ao redor da área de amendoim foi semeada Crotalaria juncea L. e de acordo com Castaño et al. (1985), o uso da crotalária como cultura intercalar pode reduzir a população do inseto e

(10)

consequentemente os danos ocasionados pelo percevejo. Segundo Belloti et al. (1985), os exudados das raízes das plantas de crotalária atuariam como inseticida natural repelindo o inseto.

Figura 8. Adultos e ninfas do percevejo-preto capturados em armadilha de queda antes e após a semeadura do amendoim em Votuporanga, SP (20°27’24,3’’S 50°03’55,4’’W).

5 CONCLUSÕES

A armadilha luminosa é eficiente para captura do percevejo-preto em amendoim indicando os períodos de revoada e dispersão do inseto.

A armadilha luminosa indicou a presença de duas épocas de dispersão do inseto após o início das chuvas da primavera.

Após o início da presença de vagens maduras nas plantas de amendoim ocorre redução no número de indivíduos capturados nas armadilhas, não ocorrendo nova dispersão do inseto.

A armadilha de queda é eficiente na captura de percevejos antes da semeadura do amendoim.

AGRADECIMENTOS

Os autores agradecem ao CNPq pela bolsa Pibic concedida ao segundo autor, ao Instituto Mato-Grossense do Algodão (IMAmt) pelo empréstimo das armadilhas luminosas e às Empresas Balsamo, Beatrice, Copercana, Coplana, Mars Brasil e Terra Nuts pelo aporte financeiro ao projeto através da Fundag.

(11)

REFERÊNCIAS

Avendaño JM, Barão KR, Grazia J, Schwertner CF (2018). Synonymy of two important crop pests of burrower bugs, Cyrtomenus mirabilis and C. bergi (Hemiptera: Cydnidae), based in a multi-source approach. Zootaxa, 4504(4), 489-500.

Bellotti AC, Vargas O, Arias B, Castana O, Garcia C (1985). Cyrtomenus bergi Froeschner, a new pest of cassava: biology, ecology, and control. In: 7th Symposium of the International Society for

Tropical Root Crops. Gosier (Guadeloupe), 1-6 July 1985, Ed. INRA, Paris.

Boote KJ (1982) Growth stages of peanuts. Peanut Science, 9: 34-40.

Castaño O, Bellotti AC, Vargas O (1985) Efecto del HCN y de cultivos intercalados sobre dano causado por la chinche de la viruela Cyrtomenus bergi Froeschner al cultivo de la yuca. Revista

Colombiana de Entomología 11(2): 24-26.

Cividanes FJ, Silveira Neto S, Botelho PSM (1981). Flutuação populacional de cidnídeos coletados em regiões canavieiras de São Paulo. Científica 9(2):241-247.

Chapin JW, Dorner JW, Thomas, JS (2004). Association of a burrower bug (Heteroptera: Cydnidae) with aflatoxin contamination of peanut kernels. Journal of Entomologycal Science 39:71-83. Chapin JW, Sanders TH, Dean LO, Hendrix KW, Thomas JS (2006). Effect of feeding by a burrower bug, Pangaeus bilineatus (Say) (Heteroptera: Cydnidae), on peanut flavor and oil quality. Journal of

Entomologycal Science 41:33-39.

Froeschner RC (1960). Cydnidae of the Western Hemisphere. Proceedings of the United States

National Museum 111: 337-680.

Gallo D, Nakano O, Silveira-Neto S, Carvalho RPL, Baptista GC, Berti Fo. E, Parra JRP, Zucchi RA, Alves SB, Vendramim JD, Marchini LC, Lopes JRS, Omoto C (2002). Entomologia agrícola. Fealq, Piracicaba, SP, Brasil.

Highland BH, Lummus PF (1986). Use of light traps to monitor flight activity of the burrowing bug, Pangaeus bilineatus (Hemiptera: Cydnidae), and associated field infestations in peanuts. Journal of

Economic Entomology, 79(2), 523-526.

Lis, J.A. (2002). Burrower bugs described after the Old World catalogue of the family (Hemiptera: Heteroptera: Cydnidae). Polskie Pismo Entomologiczne 71, 7-17.

(12)

Lis, JA (1999). Burrower bugs of the Old World – a catalogue (Hemiptera: Heteroptera: Cydnidae).

Genus, 10, 165-249.

Lis JA, Becker M, Schaefer CW (2000). Burrower bugs (Cydnidae). In: Schaefer CW, Panizzi AR (eds) Heteroptera of Economic Importance. CRC Press, London, New York, Washington, p 405-419.

Oliveira LJ, Malaguido AB, Nunes Jr J, Corso IC, DeAngelis S, Farias LC, Hoffmann-Campo CB, Lantmann A (2000). Percevejos castanhos da raiz em sistemas de produção de soja. Embrapa-Soja, Londrina, PR, Brasil.

Oliveira LJ, Roggia S, Salvadori JR, Ávila CJ, Fernandes PM, Oliverira CM (2013). Insetos que atacam raízes e nódulos da soja. HOFFMANN-CAMPO, CB; CORRÊA-FERREIRA, BS; MOSCARDI, F. Soja: manejo integrado de insetos e outros artrópodes-praga, cap, 2, 75-144. Riis L, Belotti AC, Arias B (2005). Bionomics and population growth statistics of Cyrtomenus bergi (Hemiptera: Cydnidae) on different host plants. Florida Entomologist 88: 1-10.

Smith, JW Jr., Pitts JT (1974). Pest status of Pangaeus bilineatus attacking peanuts in Texas. Journal

of Economic Entomology 67: 111-113.

Waquil JM, Viana PA, Cruz I (2003). Manejo de pragas na cultura do sorgo, Circular Técnica 22, Embrapa, MAPA, Brasília, DF, Brasil.

Zucchi RA, Silveira Neto S, Nakano O (1993). Guia de identificação de pragas agrícolas. FEALQ, Piracicaba, SP, Brasil.

Imagem

Figura 1. Armadilha luminosa a ser utilizada para coleta de adultos.
Figura 2. Armadilha de queda: a. copo plástico de 500 mL enterrado no solo; b. chapa de metal para aumentar a superfície  de coleta da armadilha; c
Figura 3. Adultos do percevejo-preto capturados (linha) em armadilha luminosa e dias acumulados de chuva (5 e 10 dias)  (barras) antes e após a semeadura do amendoim na área 1 (21°13’16,2’’S 48°55’37,7’’W)
Figura 4. Adultos do percevejo-preto capturados (linha) em armadilha luminosa e dias acumulados de chuva (5 e 10 dias)  (barras) após a semeadura do amendoim na área 2 (21°13’24,1’’S 48°54’31,7’’W) em Pindorama, SP
+4

Referências

Documentos relacionados

In this work we study rank 2 stable vector bundles with first Chern class -1 by analyzing their spectra, In addition we search for possible monads according with each

Com tudo, neste trabalho foi possível observar que ocorreu a conversão do solketal utilizando a glicerina pura, porém com a glicerina impura proveniente da reação de

Effects on body mass, visceral fat, blood glucose and hepatic steatosis were assessed in clinical use and by measuring the triglyceride, cholesterol and hepatic glycogen in

cando à costa sesimbrense numerosas observações (RIBEIRO, 1872); porém , não faz qualquer men-. ção à morfologia do litoral meridional

Digite o nome da classe (no exemplo foi Pessoa) e clique em OK Após a Classe ser criada aparecerá um retângulo conforme figura logo abaixo:!. Figura 10 -

Pretendo, a partir de agora, me focar detalhadamente nas Investigações Filosóficas e realizar uma leitura pormenorizada das §§65-88, com o fim de apresentar e

Este trabalho se justifica pelo fato de possíveis aportes de mercúrio oriundos desses materiais particulados utilizados no tratamento de água, resultando no lodo

REUNIÕES: Quartas-Feiras | 08:30h SECRETÁRIA Leibe PRESIDENTE Alexandre Almeida VICE-PRESIDENTE PRESIDENTE Francisca Primo VICE-PRESIDENTE César Pires PRESIDENTE Valéria