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Perspectivas da Administração de Pessoal

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Academic year: 2020

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Perspectivas da A d m in istra çã o de P essoal

Benedicto Silva

S eg u n d o a conceituarão corrente, adm inistra­

ção do pessoal seria a arte de escolher, identificar e selecionar os m elhores em pregados, dispondo-os ao longo da escala hierárquica e retendo-os a ser­ viço das empresas.

E ntretanto, o P rofessor B e n e d i c t o S i l v a não se detém ante os limite* daquela conceituação, para apresentar-nos uma segura previsão do fu tu ro

,

no que tange à ciência de administrar pessoal.

Para o autor, "a administração do pessoal se expandira nas direções entredem onstradas e ainda em varias outras; o que será cada vez mais psico-

logia aphcada cada vez menos " esta tu to lo g ia ’ e

aplicação de leis trabalhistas

Intuition lies at the roots of an y science, from m athe- m atical ax.om to the natural sciences. T h e deduetive an d m duct.ve superstrueture of science rests not upon logic or he testim ony o the senses b u t upon the ultim ate

intui-f T ÍS alS° th e b a sic f o - d a t i o n o f th e b ea u t.fu l o f m oral norm s. an d o f re lig io u s v a lu e s.

It has furnished the ínitial impulse to an enorm ous num -ber of .sensory an d dialectic discoveries in ali fields of hum an know ledge an d values, includinq m athem atics physics, an d technology. M ore scientific discoveries an d

onens ° 91Ca r V n ^ n L T l r * * * * * * th e ™P<” tan t o n e s - are attr.b u tab le to in tu ition th an to p lod d in q

m echam cal sensory observations. H 9 ’

PlTIRIM SOROKIN

v _ y d e s d o b r a m e n t o, com o o o b so letism n rio

-bem assim a floração de profissões novas i n c l u e ^ T e n t ^ o s índices m a.s expressw os do progresso científico e tecnológico

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Em verdade, a lista das profissões e ocupações não se com ­ pleta n unca: recebe freqüentem ente adições novas, m uitas das

quais, se descritas a nossos avós, pareceriam tropelias d a im agi­ nação dos m ais m irabolantes Julios V e rn es, ou en tão p u ra s a lu ­ cinações intelectuais.

A ocupação de m unidor de com putador eletrônico, p o r exem ­ plo, seria inim aginável nas prim eiras décadas do século X X . E que dizer-se do cosm onauta? A qui está um a ocupação novissim a, que. a despeito de ain d a não a rro la r senão um a dúzia de p ra ti­ cantes, m etade n a U nião Soviética, m etade nos E stad o s U nidos, já se tornou universalm ente famosa, g raças a seu estrepitoso a p a ­ recim ento no rol das ativ id ad es h um anas.

E m b ora m enos esplendorosam ente, tam bém se observa êsse processo de diluição de atividades, com o advento de profissões e ocupações novas, no cam po das ciências sociais. O técnico de relações públicas, o antropólogo social, o especialista em o rg a n i­ zação e m étodos, o planejador, o econom etrista e o u tras m odali­ dades de profissões e ocupações em ergentes com provam a afirm a­

tiva.

Em meio às ocupações surg id as depois da P rim eira G u erra M un d ial e desenvolvidas d u ra n te a S egunda, de 1939 a 1945, m as sobretudo a p a rtir de então, destaca-se a de ad m in istrado r d e p esso a l. T ra ta -s e de um a ocupação nova, que advém com tôd as as características d e profissão: possui corpo de conheci­ m entos teóricos e doutrinários próprio, oferece v asto cam po de aplicação e im põe a mais severa ética p rofissio nal.

Seu ap ren d izad o com pleto dem anda pelo m enos dez anos de estud o e quinze de p rática p a ra fam iliarizar o interessado com o repertório de idéias, princípios e ensinam entos já acum ulados e com a s p rá tic as a d o ta d a s ou ap en as te sta d a s em repartições públicas e em prêsas particu lares em vários p aíses.

O B rasil, P aís dos deficits, en tre éstes inclui, como talvez o m ais agudo, o déficit de titu lares d as m odernas profissões. Q u a n to s adm in istrad o res de pessoal v erdad eiram ente dignos do título existem no Brasil? N ã o me av en tu ro a resp o n d er à p erg u n ta com um palpite ou m era ad iv in h ação . M as, quem está em dia com as peculiaridades do m ercado de trab a lh o brasileiro nos d o ­

mínios d a adm inistração não te rá dúvidas em afirm a r que o n ú ­ m ero de ad m in istradores de pessoal existentes no país m al chega p ara ate n d e r a um a p a rte negligenciável das necessid ades.

A adm inistração de pessoal, notad am en te nos estabelecim en­ tos industriais, nos bancos, n as casas com erciais e n a gran d e m aioria dos m unicípios brasileiros, a in d a é um a ativ idad es ru d i­ m entar, re le g ad a aos cuidados de qualq u er um . Som ente no ser­ viço civil federal e no de alg u n s E stad o s, assim como n as em ­ p rêsas públicas e em algum as sociedades de econom ia m ista e nas

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em prêsas particulares de g rande envergadura, já se tem noção da im portância da adm inistração de pessoal.

N ã o o bstante o que ocorre no brasil, os procedim entos de recrutam ento, seleção, prom oção, treinam ento, aperfeiçoam ento, ad ap tação e readap tação tornam -se mais e mais sutis, à m edida q u e são conhecidos os desenvolvim entos e as técnicas pertin entes nos vários [ronts da cultura contem porânea.

E stam os, entretanto, apenas atlorando a superfície dos re ­ cursos formidáveis com que a adm inistração de pessoal acena aos respectivos titu lares.

N o s prim eiros anos da década dos 30, A l e x i s C a r r e l g a ­ nh o u nom eada internacional com o livro L H o m m e , cet inconnu,

bestseller em vários idiomas e em vários países. O s ecos da obra

de C arrel na abóbada cultural foram trem endos, firm aram juris­ pru d ên cia. A intelligentsia ocidental aceitou, como verdade de­ m onstrada, a tese do desconhecim ento do homem: o homem é infinito, o homem é inescrutável, o homem é um m istério de p ro ­ fundeza abism ai.

A parecendo cronologicam ente pouco depois da vulgarização das idéias de Fr e u d que, como disse Le o n Tr o t s k y, "d estap ou a bôca do poço poèticam ente denom inado alm a", a tese de C a r r e l

entronizou-se como quintessência do diagnóstico negativo do h o ­ mem sôbre si m esm o.

"A in d a não é possível fazer-se uma análise com pleta da p e r­ sonalidade psicológica, e m edir-lhe a s partes com ponentes T a m ­ pouco podem os determ inar exatam ente a sua n atureza e como um indivíduo difere de o u tro . N ão somos capazes sequer de descobrir as c a ra c te rísfc a s .essenciais de determ inado homem. M enos ainda, as suas potencialidades" - depunha C a r r e l , ta x a ­ tivam ente, em 1934.

Poucos anos depois, em 1939, o V is c o n d e S a m u e l no ca­ pitulo sobre o panoram a científico (T h e cientific outlook) de seu hvro C ren ça e A çao (B e h e f and A c tio n ) secundava: “A psico- log.a ainda esta a espera de seu G a l i l e u e de seu N e w t o n .

A ciencia-chave da electro-biologia ainda se encontra n a infância. O s fisiologos mal conseguem m edir c cronom etrar os im pulsos eletricos ao longo dos canais nervosos".

Se útil .10 presente objetivo, seria fácil alinhar outros depoi­ m entos lugubres sobre a m digêneia das ciêneias que „ a ta m do homem, sobretudo do homem m etafísico e psíquico.

H e r b e r t S p e n c e r estabeleceu uma divisão sôbre o conhecido

o desconhecido e o incognoscível. M as, convenham os se realm ente ex iste o incognoscível, acaso não será parte do desconhecido?

C a r r e l não afirm a que o homem seja incognoscível — a c e ­ n as que é desconhecido.

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O m istério do homem, en tre tan to , está p erdendo esp essu ra. A s conquistas m odernas d a biologia iium ana estão b atend o às p o rtas do m iraculoso. A s da psicologia i'ã o parecem tão esp e ta­ culares; porém , m esmo as facetas m entais m ais recônditas do h o ­ mem já se fazem m enos re fra tá ria s à exploração científica. O cone. de luz da ciência com eça a p e n e tra r nos socavões rem otos 'da p erson alidade psicológica.

O s m étodos de identificação d as qualidades intelectuais e das qualid ades pessoais, os meios de aferição dessas qualidades no trab a lh o ou em situações sim uladas, as “am o stras” d a p e r­ sonalidade, que perm item diagnósticos m ais e m ais aproxim ados da realidade, são outros tan to s instrum entos de um a ciência em plena evolução.

O homem equipa-se dia a dia p ara decifrar o m istério do hom em . M ed ian te o uso dos atu ais recursos de sopesam ento d a pessoa hum ana e aferição de seus caracteres adq uirido s ou h ere­ ditários, já é possível selecionar, indiferentem ente, cad a vez com risco m enor, capitães d a indústria ou choferes, taq u íg ra fo s ou econom istas, p siqu iatras como trad u to re s, pilotos de g u erra como p arte iras, enfim , quaisquer categ orias profissionais ou ocupacio- n a is .

D a d o s os recursos m odernos, quim ioterápicos, psicológicos, eletrônicos e outros, co n tin u ará o homem a ser “o desconhecido” ? Se a resp o sta à p erg u n ta fôsse afirm ativa, a adm inistração de pessoal não teria g ra n d e fu tu ro .

O In stitu to de Seleção e O rie n ta ção P rofission al rep ete em suas publicações e im pressos aq uela senten ça aforism ática de

G o e t h e : N e m todos os cam inhos são para todos os cam inhantes.

O axiom a de G o e t h e soa como um diagnóstico terrível, sem e­ lhante, pela universalidade m elancólica do sentido, àquela in s­ crição inexorável que D a n t e pôs n a p o rta do In fern o : Lasciate

cg n i speranza.. voi cK en tra te. A o repetí-lo, querem os psicólogos do IS O P ch am ar a aten ção p ara o fato de que ninguém consegue se r o que quer, m as ap e n as chega (q u a n d o ch eg a) a se r o que po d e.

A s lim itações intelectuais e físicas do homem são incoercí- v eis. O s graus, porém , de su as m anifestações variam d en tro de um a faixa larg a, que vai do débil m ental ao gênio, form ando a cham ada pirâm ide social de G a lto n .

O s horizontes d a adm inistração de pessoal desdobram -se prom issores, an unciando o ad v en to da época em que será possível ao psicóloqo in dicar a cada cam inhante os cam inhos seguros que pode palm ilh ar.

D ois depoim entos literários, um brasileiro, o utro am ericano, b a sta rã o p ara b asilar o progresso feito pela adm in istração de

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N o conto “Luzeiro A grícola", de M o n t e i r o Lobato, ocorre, entre um ch efe político, que detém o poder de nomear, e um candidato a em prego público, poeta fracassado, a entrevista s e ­ guinte:

“T u me caíste em graças e, pois, acolho-te sob o meu pálio Q u e queres ser? — In sp e to r. — . . . de quarteirão? — Isso n ão . — Agrícola? — O u avícola . . . — D e que região? — N ão faço questão.

— Sêloás do vigésimo d istrito. Conheces as culturas ru -rais?

— já cultivei batatas gramaticais.

E de pecuária, entendes? Distingues um zebú d u m galo ora m a ? um pam pa d um morzelo?

— Já cavalguei P égaso em pêlo!

trão? C ° nheCeS a suinocuItura? Sabes como se cria o canas-— Sei trincá-lo com tutú de feijão.

— É s um gênio, não que ver Ta1™>, j

dia, presidente da R epública. T eu nome? C Um " S iz e n a n d o ., C apistrano é sobrenome

— C á me fica V ai, que estás aí, estás fom entando a a g ri­ cultura como m spetor do vigésimo distrito, com setecentos baqos

por m es. O s poetas dao ótimos inspetores agrícolas e tu tens aedo p ara a coisa. V ai, levita do I d e a l . . . ”

T ra ta -s e de uma caricatu ra do processo de seleção. O autor est.gm at.za ao mesmo tempo, com sua veia satírica, o sisfem a do pistolao, a te hoje largam ente praticado no Brasil P -T

d0S S" VlÇOS * S e m o e “ s s :

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d a se le ç ã o para a s fu n ç õ e s a d m in istrativas e m i l i n T

a tôm ica. O enrèdo do livro es p ,„ d e-se

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ço es e vig.lancia am er,canas _ continuas, proteiforn.es ta p la c á - ve,S T “ « « . P o d e i s ataques nucleares russos desfechados de surpresa. V a r .o s dos personagens, que desem penham f „ „ c £ s ou ocupam cargos c m s e m ditares. passam pelos crivos dos mató rigorosos e inquisitivos testes psicológicos

O s autores de F a il-S a fe parecem b astan te fam iliarizados com a v ariedade dos recursos psicológicos existentes p ara exp lo rar

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e descobrir vocações, identificar aptidões, aferir conhecim entos e analisar os p ontos fortes e fracos d a p erso n alid ad e.

M erece destaq u e o in térp re te russo, P e t e r B u c k , servidor civil perm anentem ente postado n a C a sa B ranca, à esp e ra da ocasião de in te rp re ta r as conversações telefônicas en tre o P resi­ dente dos E sta d o s U nidos e o Prim eiro M in istro russo, caso um dêstes cham e o o utro pelo fam oso “ telefone q u en te” (ligação direta, secreta e ex clu siv a), cuja instalação foi negociada como dispositivo de pro teção co n tra a possibilidade de um a gu erra por engano en tre os dois p aíses.

A o ser testad o p a ra o serviço m ilitar pouco an tes d a g u erra da C oréia, o jovem P e t e r B u c k , am ericano nato, ap re se n ta ra índice fenom enal de ap tid ão p a ra o estudo de línguas e fôra m andado p a ra a E scola de Línguas do E xército, em M o nterey , C alifó rn ia. A té então, já n a universidade, com intenção de se fazer engenheiro, não havia m ostrado interêsse algum pelas lín­ guas e stra n g e ira s. Ê sse fato põe de m anifesto a im portância da sondagem de interêsses vocacionais na escolha d a p ro fissão . M a ­ triculado na E scola de L ínguas, P e t e r B u c k , graças à rapidez e perfeição incríveis com que ap ren d e o idiom a russo, v ira cele­ bridad e em três sem anas e tran sfo rm a-se em perplexionante d e s a ­ fio p ara os psicólogos. Intrig ad o s, querem êstes desv en d ar as causas p o r que o jovem soldado ap ren d ia russo com facilidade nunca v ista . A lg u n s desconfiam que P e t e r B u c k esteja escon­ den d o algo — talvez ascendência ru ssa . U m chega a a v e n ta r a teo ria de que o paciente havia sido exposto, d u ra n te a prim eira infância, ao convívio de alguém de fala ru s s a . Subm etem -no a uma série sem fim de testes de todo t ;po — físicos, de inteligên­ cia, de aptidão, de p erso n alid a d e. V ira m -n o pràticam en te pelo a v ê s s o . E ’ um a v erd ad eira dev assa psico ló g ica. E stu d am -lh e todos os índices de correlação, a m em ória, a audição, o olfato, a fluência verbal, o reflexo visão-m ovim ento, os an tep assad o s

(nenhum ru sso ) e tc .

À fôrça de so fre r a perquirição tere b ran te dos psicólogos,

P e t e r B u c k acab a sabendo ‘‘precisam ente como eram in te rp re ­ ta d a s suas reações à s m anchas de tin ta do teste de R o r s c h a c h ,

os resu ltad o s de seu M in n eso ta M ultiphasic P erso n a lity Inven- tory, o seu Q . I. em oito d iferentes testes, os resu ltad o s de seu Inven tário de In terêsses V ocacionais de S t r o n g , o seu índice de neuroticism o e o seu g rau de to lerância à am big üid ade” .

E m bora literárias, essas duas posições m arcam , grosso modo, o progresso verificado, em m atéria de adm inistração de pessoal, do "L uzeiro A g ríco la” , conto escrito no B rasil, em 1928, por

M o n t e i r o L o b a t o , ao F a il-S a fe, novela sofisticada de conteúdo nuclear, escrita nos E sta d o s U nidos, em 1962, por E u g e n e B u r d ic k de p arceria com H a r v e y W h e e i . e r .

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Seriam devassáveis, n esta altu ra do progresso científico e tecnológico, os horizontes da adm inistração de pessoal? S er-nos-ia dado levantar um canto da cortina do futuro e espreitar o acervo de recursos que a adm inistração de pessoal oferecerá dentro dos próxim os trin ta anos?

Podem os pelo m enos aven tu rar algum as projeções intuitivas.

O rientação profissional e matrimonial. E nsina o P rofessor

M i r a y L o p e z : as decisões mais sérias que cabe ao homem civi­ lizado tom ar se prendem à escolha da profissão e à escolha do

cônjuge, isto é. se prendem às escolhas que vão a fe ta r o co m ­ portam ento do indivíduo como produtor e como reprod utor

O grau de cuidado com que oriente e ajude a adolescência a fazer essas escolhas é um índice da civilização de cada povo. Q u a n to mais civilizado, tan to mais viva será a consciência da im portância de propiciar a cada jovem condições assegu rad o ras de exito na escolha da agência econômica, p ara se in teq rar na sociedade e da parceria biológica, para cum prir o com ando in- coercivel do Lrenests: crescendi et multiplicandi

O ajustam ento do indivíduo à famiUa. aos diferentes grupos a que pertença e a sociedade em geral, seu bom êxito profissional e social e acima de tudo, sua própria felicidade pessoal dep en ­ dem. em larga m edida, do critério que presidir à busca da p ro ­ fissão e a busca da com panheira ou com panheiro

A s oportunidades de formação universitária dev<>m ser bem distribuídas, isto é. exclusivam ente aos que tenham condicões reais de progresso intelectual. Som ente aos “cam inhantes" possuidores de qualidades pessoais e intelectuais, que os habilitem a tran sp o r as b arreiras dos cam inhos" universitários, deverão ser francmea

das as oportunidades de ingresso. O s m ^ o s cTpazes erão ^q u ser elim inados da competição e contentar-se com profissões c ocupaçoes mais simples, compatíveis com as respectivas aptidões

A consciência de que cum pre a cada país desenvolver ao máximo os recursos hum anos, identificar e a n r m ,s ; t „ l v o l v e r 3 0

v erdadeiras e os maiores talem os dé r a d a S f “ ' “ f 5 üzando o sistem a de bôlsas de estudo a f,rrl ,t ’ ' a 9 f nera' m elhores, atrav és do erivo de a m a c o m o e n í S f e ,9 a ra !>Ht m eate fiscalizada, o ingresso „ a r ' 9° ' 0Si"

N e sse processo de seleção dos q„e devem e dos que n ão devem ser en cora,ados a m gressar „ a universidade está presente uma d as funções somais mais im portantes da adm inistração de pessoal; a de escolher bem os que se apresentam , e o rien ta r bem a todos, indistintam ente, tan to aos que vencem as provas q uanto

aos que sao rep ro v ad o s. HUdmu

E x trao rd in ário progresso tem sido feito nestes últim os decê­ nios relativam ente ao procedim ento para a escolha dos que gressam nas universidades. Ê rros ainda são com etidos- os ,os maism -

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lam entáveis são os negativos, isto é, os diagnósticos que dão como incapazes ou m edíocres candid atos que realm ente não o são.

W i n s t o n C h u r c h i l l foi reprovado du as vêzes pelo R oyal M ilitar C ollege da In g la te rra — som ente lo grando m atrícula n a terceira te n ta tiv a . H o je seria im provável a reprovação de um superd o­ tado; no futuro, im possível.

Seleção precisa. M ed ian te o uso dos recursos atuais, já é possível senão elim inar, pelo m enos m inim izar consideravelm ente os êrros de seleção profission al. M as o que existe ag o ra n ad a m ais rep resen ta do que p álida indicação do que existirá daqui a algu ns a n o s. E ’ previsível g ra n d e progresso nos m étodos de aferição de aptidões, conhecim entos, experiências, reflexos, etc. Em dias próxim os, os selecionadores chegarão a um g rau de conhecim ento e certeza só com parável ao que é proporcionado pelos instrum entos de precisão das ciências físicas. D esde que o m ercado de trab a lh o ofereça candidatos em núm ero adeq uad o, a ta re fa do selecionador consistirá ap en as em p edir um a descrição ex a ta das funções e estabelecer o conju nto de qualidad es e habi­ litações d e se ja d a s. O s laboratórios de psicologia incum bir-se-ão de isolar d en tre dez, cem ou mil concorrentes, o can did ato ideal ou pelo m enos, o mais próxim o do id eal. D e tal m aneira a se­ leção p o d erá ser fidedigna, que o próprio treinam ento de am bien- tação será elim inado ou reduzido a horas ou d ias. D esd e que outros setores da adm inistração de pessoal evoluam paralelam ente, será possível descobrir, em todos os casos, com precisão científica, o m elhor can didato disponível p a ra qualq u er cargo ou função, seja d ireto r do A rquivo N acional, seja S ecretário do P la n e ja ­ m ento do G ovêrno F ed eral, seja com prador de m aterial de escri­ tório, seja calculista, porteiro, espião, agrônom o ou físico.

M ensuração das diferenças individuais. A quilo que C a r r e l

consid erava im possível há três d écadas, isto é, a an álise com pleta da p ersonalidade psicológica e a m ensuração de suas p artes com ­

ponentes, será m oeda m iúda de circulação diária nos laboratórios de psicologia de am an h ã . A s características essenciais d a p e r­ so nalidade psicológica determ in ar-se-ão ex a tam en te. A s diferen ­ ç a s individuais to rn ar-se-ã o conhecidas e facilm ente m ensuráveis.

Já é possível estabelecer tais diferenças com grau razoável de apro x im ação . Em futuro próxim o, porém , elas serão precisam ente identificadas, classificadas, com paradas e m edidas, tão rig o ro sa­ m ente q u an to hoje se m edem as diferenças de espessura, com pri­ m ento, la rg u ra e o u tra s características físicas dos co rp o s. O s laboratórios de psicologia aplicada poderão docum entar, enum erar e classificar as in finitas v arie d ad es da p ersonalidade h u m an a.

A valiação do potencial. U m dos problem as d esesperadores da adm in istração de pessoal consiste na insuficiência dos recursos

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atuais p ara avaliar a potencialidade do indivíduo. Isso rep resenta uma das causas de frustração p a ra o adm inistrador de pessoal

O homem que se tornou o m aior escritor e o m aior o rad or da língua inglesa da era contem porânea, W i n s t o n C h u r c h i l l , tirava n otas m edíocres n essa m atéria quando estudante em H arro w Com o seria proveitoso, p ara o progresso da hum an:dade se hom ens como W i n s t o n C h u r c h i l l , W a l t D is n e y e outros da mesma família, criadores de rum os novos, pudessem ser precó- cem ente descobertos e o rien tado s. Q uantos grandes cientistas deixaram de o ser por falta de recursos. E m 'n o sso Brasil tão pobre de tecnólogos e cientistas, quantos talentos insuspeitados desapareceram ou vão desaparecer na vala comum dos que m orrem ignorantes e ate analfabetos?

O caso fenom enal de Jean Fr ên e. campônio francês, em quem o exercito da França descobriu a marca da genialidade,

N o n o ; 117 ° r ta ?tC,a d fa , , aVa^ ã 0 exata do potencial hum ano. N ono e_ antepenúltim o filho de um casal de cam poneses pobres da região de Lyon, Jea n F RENe, ao ser submetido, aos dezenove anos com o recruta, a uma série de testes destinados a m edir-lhe a inteligencia e classificar-lhe a instrução para efeito de serviço militar obrigatório obteve notas que, p ela 'a ltu ra naudita T ogo causaram esp ecie. Exam inado o dossier do recruta verificou se que era cam ponês tinha apenas instrução primária e havia saído da escola aos quatorze anos para trabalhar na pequena prop e- dade a g n co la da famíha N em sequer fôra aluno ex cep d o n a l

Subm eteram -no em seguida a outra seriV rl» v ;

N u n , d o s e x a m e s d e s L a d o s a J J Z , adZ a“ » l d

obtida pelos candidatos oscilava entre l l T n \ f

guém conseguia chegar a 15. O grau m á x L J ^

esta prova seria 2 0 . Jean Frêne obteve 17 nonío1^ — 3

teste e 19 no seg u n d o . 7 P° ntos no P ^ e i r o

C onsiderando judiciosam ente que o inv»m - ..

teligente demais para soldado”, o Exército fr a m? ° nf.s e r a in"

do serv ço militar e recomendou , «

7 1

^ dlSP,enS0u'°

escola superior, à custa dos cofres públicos N a F s m,anl a sse * de Lyon, Jean Frêne com pletou em sefs C° la N ° rmal duração ordinária, para os bons alunos é de cinc"™ ^ E ntanto, a ambição profissional de Jean Frêne * Sf>f . a n o s*

se r v iç o m ilitar fa z e r -se m ecân ico d e a á o m ó v e is .. Á e s l f X r â

talvez ja seja físico. D eus o p ro teja . altu ra A descoberta do potencial intelectual humM n •• j • assim , de ser mera perspectiva: transforma <;,> ,3 eixou ’ p resen te. A descoberta juntam ente Co ^ a C~°nqUlSt? real horizontes próxim os da adm inistração de nessnnl iaÇa° \ serf ' nos

m ais v a lio s o s para o ap ro v eita m en to raeion al d TO’ talento” e v o c T

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Previsão do vôo profissional. A previsão da traje tó ria p ro ­ fissional será, em gran d e parte, subproduto da avaliação rigorosa do potencial e dos caracteres ad q u irid o s. E ssa proeza do adm i­ n istra d o r de pessoal do futuro, além de lhe perm itir orientação seg u ra dos jovens, perm itir-lh e-á tam bém desv en d ar precocem ente as limitações incoercíveis. D a d o com im parcialidade e segu rança no m om ento adequado, êste aviso p o u p ará a m uitos a am arg u ra de v er irrealizadüs na carreira profissional os sonhos inspirados por pequenos triu n fo s iniciais. M uitos jovens que, em concor­ rência com grupos restrito s e em condições m ais que propícias, conseguem sal:'entar-se no aproveitam ento e nas provas intelec­ tuais, fàcilm ente se prom ovem a si mesmos ao estrelato intelec­ tual, e passam a um estado de arro g ân cia ridícula, do qual só m uito m ais ta rd e se curvam depois de castigados pelas dificuldades d a v id a . S o m m e r s e t M a u g h a m observa, em um de seus livros, que só depois dos trin ta e às vêzes depois dos q u aren ta, é que certos indivíduos se dão conta da d u ra realid ade de que não são nem tão form idáveis, nem tão inteligentes, nem tão irresistíveis quanto êles sinceram ente a c re d ita v a m . Q uem não conhece deze­ n as dêsses pequenos pobres diabos que se erigem em sum idades precoces e só depois, m uito m ais tard e , desm oralizados pelas d e­ cepções, ressabiados pelos triu n fo s efêm eros, reduzidos enfim às suas ju stas proporções, começam a v er a si próprios como são vistos pelos outros, isto é, o rdinários e comuns? O diagnóstico precoce da a ltu ra e distância do vôo profissional de cada indivíduo poderá p ro teg e r os jovens recuperáveis contra a ridiculez do h o ­ mem que, n a loteria do talento, tira o m esmo dinheiro ou ap en as um g asparinho, m as ag e e g asta como se tivesse tirad o a sorte g ra n d e . Enfim , a a v a l;ação do potencial, juntam en te com a curva do vôo profissional, será terap êu tica eficaz p ara o ajustam ento , an tes dos trin ta anos, do indivíduo ao seu papel e ao seu destino no meio social.

Identificação de neuropatias e psicopatias em brionárias. P ro ­ g re d irá a adm inistração de pessoal a ponto de conseguir d eteta r no jovem aparen tem en te são e norm al de hoje as n eu ro p atias ou psicopatias que êle p o rv en tu ra tra g a em embrião? O fenôm eno da vida de cad a indivíduo desenvolve-se de acôrdo com le;s inexo­ ráv eis. N a pág in a dolorosa do últim o capítulo de D o m Casm urro,

M a c h a d o d e A s s is ind ag a se a C ap itu da P ra ia d a G lória, a C apitu de olhos de ressaca, que engan ou B entinho com seu m aior amigo, Ezequiel, “ já estava den tro da de M atacavalo s, ou se esta foi m udada n aquela por efeito de algum caso incidente” . E c o n ­ jectu ra que sim, que a seg u n d a já e stav a contida n a prim eira. ‘ Se te lem bras bem da C apitu m enina, hás de reconhecer que um a estava den tro da o u tra, como a fru ta dentro da casca".

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Parece-m e também previsível que em futuro não muito rem oto, os laboratórios de psicologia aplicada estarão capacitados a subm e­ ter o homem a análises espectrais tão profundas e exaustivas que

os levarão a descobrir os embriões das neuropatias e das psico­ patias de que o paciente porventura seja p o rtad o r. Assim como hoje já é possível descobrir os indivíduos propensos a acidentes a que os psicólogos am ericanos classificam como accident nrone assim tam bém me parece admissível a identificação precocíssim á de neuropatias e psicopatias em brionárias, que vinte anos mais tard e poderão influir e até desviar e mesmo m utilar a carreira pro fissio n al. E ssa descoberta, além de outros efeitos sociais terá o de pô r o indivíduo em guarda e levá-lo a viver cautelosam ente e outros”Urar “ ' p0SSÍveis' Psiquiátricos, quim ioterápicos

D eterm inação do grau de elegibilidade democrática. O a p e r­ feiçoam ento dos instrum entos de adm inistração de pessoal come­ çara fatalm ente a interferir em futuro próximo, n as instituições políticas. A crescentem os: fatal e auspiciosam ente O rien tad o s pelos laboratórios de psicologia, os eleitores dos pa'íses democrá­

ticos passarao a exigir a ficha psicológica dos que se ap re se n ta ­ rem, ou forem apresentados, como candidatos a carqos públicos eletivos. Assim como hoje, no Brasil já se n W - , j • j ! eleição p ara cargo público a fazer declaração de bens " a s s Í^ ta m * bem e com o mesmo propósito de proteger a coisa pública Te p ro curara conhecer ou determ inar o qrau de e1P„ ;h;rJ T j

seriam aconselhados a d e ^ t V d f q ta lq u e r " S mom ento em que os laboratórios de psicoloaia 1 1 , » i

instabilidade emocional, os desajustam entos profundn assem a plexos ou as neuroses em potencial. E c ^ o Undos ou ° s co m ' m andatos políticos em eleições seriam evp m,aSSem em d isp utar nas urnas pelos eleitores. exem plarm ente repelidos

O s próprios partidos polít;cos spr™

tig a r cuidadosam ente os cham ados

apresen tá-los aos prélios eleitorais. Já existem i L r l ^ eiS' an te.s de pública que se incumbem de proceder a inm - ■. s. de ° P iniao o g rau de aceitabilidade, por parte do eleitorado ' d / ^ S SÔbrC políticas. A ntes do ano 2.000 haverá i W t * de can dld atu ras aplicada para exam inar o estado de sanidade °f- • pSÍCologif dos p o lifco s e determ inar aquilo a que nndV ’ 1 E m entaI’ de fided ig nidad e democrática. remos cham ar grau

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N inguém duvida de que o m undo vive sob a am eaça cons­ tan te de destruição física por meio de um a g u erra nuclear, que, inclusive, po d erá ser d e fla g rad a por engano ou p or ato de loucura. N ão será dem ais, pois, que os povos passem a exigir os mais rigorosos certificados de san id ad ed m ental dos que se ca n d id a­ tarem a postos eletivos. A história reg istra vários episódios de governantes que enlouqueceram no p o d er. H á graves suspeitas, por exem plo, sôbre o estad o m ental de W o o d r o w W i l s o n d u ­ ra n te os últim os meses de seu segundo m and ato presidencial. Im agine-se o perigo perm anente a que está exposto o gênero hum ano — n ão ap en as o povo am ericano e o povo russo — se de repen te enlouquecer no p o d er um dirigente dos E stad o s U nidos

ou da R ússia.

D izia-m e um p siq u iatra am igo que, dos q u atro can did ato s (todos can d id ato s de si m esm os) que disputavam a governadoria de certo E stad o do B rasil em 1961, três apresen tav am sintom as de p a ra n ó ia . U m foi eleito!

O grupo de gangsters intelectuais que se apoderou da A le­ m anha cm 1932, sob a liderança psicótica de A d o l f H i t l e r , e que impeliu o m undo p ara a hecatom be d a S eg u n d a G u erra M undial e aquêle país p a ra a rendição incondicional e p a ra a quase destruição, sem fa la r em seus crim es inom ináveis de gen o ­ cídio praticad o s co n tra judeus, russos, polacos, tchecos e outros, não teria em polgado o poder caso suas ta ra s e tendências tiv es­ sem sido o portunam ente diagn osticadas e reveladas ao povo a le ­ m ão.

N ã o se tra ta de profecia ociosa: as câm aras legislativas de am anhã, ale rta d a s pelos novos recursos da psicologia individual, estabelecerão re g ra s de defesa co n tra a eleição de cand idatos insanos, d eclarados ou em potencial, assim como hoje estabelecem reg ra de defesa da saúde pública, como a q u aren ten a, a vacinação com pulsória, a extinção de insetos e o u tra s .

Seleção eletrônica. P revejo, tam bém , que n a sociedade do

futuro hav erá estabelecim entos centrais com plicadíssim os, v e rd a ­ deiros labirintos de células eletrônicas, p ara arm azen ar in fo rm a­ ções sôbre a s qualidades pessoais, as aptidões e habilitações de todos os h ab itan tes em id ad e em pregável. S erão como que a g ê n ­ cias centrais de colocação.

Q u a n d o qualq u er entidad e, pública ou particu lar, necessitar de um porteiro, de um a entom ólogo, de um cosm onauta, de um atu ário ou de um a costureira, te rá ap e n as que p edir à agência central eletrônica de pessoal os d ados dos três ou cinco m elhores can d id ato s disponíveis n o m om ento. U m m inuto depois p o d erá escolher, d en tre êles, o que mais convier. P o d e rá solicitar, ta m ­ bém, cs d ad os de tô d as as pessoas vivas, em p reg adas ou não,

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que possuam os requisitos desejados e ten tar a tra ir m ediante o fer­ tas irresistíveis de emprego, a que os possuir em liiaior grau

A liás, a verificação prévia, rotineira, fria, do potencial de serviço de cada indivíduo virá oferecer a vantagem de ser mais objetiva mais isenta, do que a que se faz sob a pressão de necessidades existentes de pessoal para colocação im ediata

Já há os “bancos de inform ações”, eletronicam ente acionados que memorizam milhões e milhões de dados sôbre indivíduos enti­ dades ou acontecim entos, dados que são instantâneam ente 'tra z i­ dos ao consciente dos m onstros eletrônicos, isto é, às fitas sôbre as quais os teclados de suas m áquinas autom áticas imprimem as respostas que lhes sa o .p e d id a s. O que estou im aginando é pois uma aplicaçao especializada, de que já se conhecem am ost as da universahzaçao e autom atização do processo de recrutam ento e exam e p ara fins de em prego.

E sta previsão não é mais do que uma extrapolação das ten- d encias atuais de rac.onahzaçao do trabalho em todos o s setores da a fv .d a d e humana ,»„tam ente com uma visão antecipada da utilizaçao de com putadores eletrônicos para armazenar, em suas

“ a í S i ò s T psicologia 08 e aferidos por

H averá quem questione algum as das atividades que arrolo neste ensaio entre as da adm inistração de pessoal A indar 1 guém « escolher cônjuge é adm inistração de pessoal! Ã é “selet i £ assim? S “ C" 90S ' " iVOS é adm i" “ ‘» t 3 o de pessoal? Com o

N a conceituação corrente, sabem os, a adm inistração de p es- soai e um campo mais restrito do que o d e l m ,.- ^ í \ p,es perspectivas O rtodoxam ente com preendida, a a d m f n i s t o S o d e pessoal, a to me,or. tem por fim identificar os m X r e s c i n d i datos disponíveis no m ercado de trabalho e rrtor „ j em presa, os melhores em pregados. ’ servi?o da

Estou reform ulando, assim, arbitrária j „ i l <

conceito de adm inistração de pessoal e am nl' a * e am ente’ 0

digam os, sua área de ação “ »P<*ndo. m tuitivam ente,

V aticino que a adm inistração de pessoal o » j - ■

direções por mim entrem ostradas e a in d i - • exPan d ira nas será cada vez mais psicologia a p í c a i a c l l * ^ C que

to lo g ia ” e aplicação de leis trabalhTsta,. ^

tatu-A dm inistração de Pessoal: Princípios e c - u

ciên cia fascinante e esta arte nevrálgica de escolher p e S a f e coloca-las ao longo da escala hierárquica das em nrs u

versa o nôvo livro de B e a t r i z W a h r l i c t - m pr^ sas hum anas tad o pela E scola B rasileira de AdministíacãQ2 P ^W 3 de ,ser„ed i" dação G etúlio V a rg a s . ^ in istra ç a o Publica, da F u n

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-A au to ra revela que acelerou a com posição da o bra em vir­ tu d e de um a espécie de apêlo m eu. P rocurei-a, sim, em boa hora, deliberadam ente, p a ra lhe solicitar que transform asse suas notas de au la em originais de um livro. Sensível ao apêlo, B e a t r i z W a h r l i c h deu à obra êste título escorreito: A dm inistração de

Pessoal: Princípios e Técnicas. T ra ta -s e da condensação siste­

m ática da inform ação teórica (princípios) e da experiência p rática (técnicas) d a au to ra, acum uladas a tra v cs do exercício de postos adm inistrativos e d a c á te d ra . N ã o é um a leviandade literária tem porã, fe rv en tad a de im proviso p a ra ex a lta r a au to ra ou con ­ solidar-lhe a re p u ta ç ã o . A o contrário: é fru to de tem po, sazonado regularm ente pelas estações p rofission ais. N ã o há, neste livro, n ad a que careça da contrap ro v a da aplicação . A p e sa r de a p re ­ sentado sob a form a despretenciosa de m anual, p a ra consulta d iu tu rn a de adm inistradores, professores e estu d an tes, o sten ta a solidez de conhecim entos que a a u to ra adquiriu e aferiu atra v és de longo processo de am adurecim ento profissional.

Com o é u rg en te o advento d a lite ra tu ra brasileira neste cam po. C om o precisam os desesperadam ente de livros brasileiros idôneos, escritos p o r quem conheça as coisas do país, sôbre a adm inistração pública e ciências afins!

O que me im pulsionou a p edir a B e a t r i z W a h r l i c h que abreviasse a gestação d êste livro foi, além do sentido de urgência de publicações nossas, brasileiras, a convicção de que o livro ain d a é o visual-aid id eal. O livro acom oda-se aos hábitos, peculiari­ dad es e ex trav ag ân cias de cad a a lu n o . N ã o dialoga, e em bora deixe às vêzes de re sp o n d er a dúvidas, repete, im passível e leal­ m ente, as suas lições. F ica à disposição do aluno 24 h oras po r d ia . N ã o b o ceja. N ã o fila cigarros, como certos professores. N ã o se im pacienta. N ã o faz g re v e. N ã o e n tra em fé rias. E ’ a tolerância em letra de fô rm a . Em sum a, o livro é o veículo cu ltu ­ ral suprem o, a trib u n a perm anentem ente em ação, a c á te d ra p e r­ sonificada, o m elhor transm issor de idéias jam ais inv entado pelo homem — um a das bênçãos da civilização. A lunos arred io s ou arro g an tes, que não se diqnam de b aix ar ao nível do p ro fesso r, d iscreta ou secretam ente lhe consultam os livros.

V ia ja n d o pelo in terio r do B rasil, q u a n ta s vêzes tenho sido gra ta m en te su rpreendido pela presença, em estan te s in suspeitadas, de exem plares dos C ad ern o s da A dm inistração P ública e dos livros d a Biblioteca B rasileira de A dm inistração lançados pela E .B .A .P . A tra v és dêsses veículos adm iráveis, a E scola estend e sua influência pelo B rasil ad e n tro e p ela A m érica ag ora, urbi et

orbe, espalh an d o por tô d a a p a rte seus serviços e ensinam entos.

O fundo de conhecim entos e experiências sôbre adm inistração de que a E .B .A .P . é, sem dúvida, n a A m érica do Sul, a m atriz indiscutível, está assim liberalizado ao público do C o n tin e n te .

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Livros como êste ainda desempenham , no Brasil, o papel pioneiro de levar noções novas a um a clientela especificam ente ig n o ran te . A adm inistração de pessoal perm anece pràticam ente um cam po inédito p ara a g rande m aioria de brasileiros, inclusive dos que m ais necessitam conhecê-la.

Ê ste livro é mais um arauto do laboratório brasileiro de ciência social, a F u n d ação G etúlio V a rg as, sôbre esta a rte m o­ derna que se anuncia como o g rande trunfo da psicologia apli­

cad a de am an h ã . r

E stou certo de que será benvindo a todos os qu adran tes da cultura técnica brasileira.

Referências

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