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Adaptação humana a situações de stress no desporto: estudo com jovens atletas

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Academic year: 2020

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outubro de 2016

José Eduardo Valente Magalhães Eça Faria

Adaptação Humana a Situações de Stress

no Desporto: Estudo com Jovens Atletas

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outubro de 2016

José Eduardo Valente Magalhães Eça Faria

Adaptação Humana a Situações de Stress

no Desporto: Estudo com Jovens Atletas

Dissertação de Mestrado

Mestrado Integrado em Psicologia

Trabalho realizado sob a orientação do

Doutor Rui Gomes

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DECLARAÇÃO

Nome: José Eduardo Valente Magalhães Eça Faria Endereço eletrónico: a62249@alunos.uminho.pt Número do Cartão de Cidadão: 14204538

Título da dissertação: Adaptação Humana a Situações de Stress no Desporto: Estudo com Jovens Aletas

Orientador: Professor Doutor Rui Gomes, CIPsi, Escola de Psicologia, Universidade do Minho

Ano de conclusão: 2016

Designação do Mestrado: Mestrado Integrado em Psicologia

É AUTORIZADA A REPRODUÇÃO INTEGRAL DESTA DISSERTAÇÃO APENAS PARA EFEITOS DE INVESTIGAÇÃO, MEDIANTE DECLARAÇÃO ESCRITA DO INTERESSADO, QUE A TAL SE COMPROMETE;

Universidade do Minho, 17 de Outubro de 2016

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Índice Agradecimentos ... iii Resumo ... iv Abstract ... v Introdução ... 6 Método ... 11 Participantes ... 11 Instrumentos ... 11 Procedimento ... 13 Resultados ... 13

Estatísticas Descritivas das Variáveis em Estudo ... 13

Correlações entre as Variáveis em Estudo ... 15

Diferenças nas Variáveis Psicológicas em Função da Avaliação Cognitiva ... 17

Predição da Perceção de Rendimento Individual ... 18

Predição da Perceção de Rendimento Coletivo... 20

Predição do Rendimento Desportivo ... 22

Discussão ... 23

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iii

Agradecimentos

No decurso da elaboração deste projeto de investigação, pude contar com o apoio de um conjunto de pessoas e instituições, sem as quais a realização deste trabalho não teria sido possível. Não poderia nunca, nesta etapa tão importante do meu percurso académico, deixar de lhes agradecer toda a colaboração dispensada, desde o primeiro momento.

Em primeiro lugar, agradeço a todos os docentes da Universidade do Minho que, desde os meus primeiros passos, até agora, permitiram que eu chegasse a elaborar o presente estudo.

Destaco a minha gratidão ao meu orientador, Professor Doutor Rui Gomes, pela disponibilidade incondicional, pela sua abertura, pela exigência constante, pelo seu bom humor e, sobretudo, pelo exemplo que guardarei.

Aos dirigentes, treinadores dos clubes onde foi realizada a recolha de dados, pela sua colaboração e recetividade sempre constantes durante a realização deste trabalho, o meu obrigado.

Aos jovens atletas que participaram neste projeto, disponibilizando tempo dos seus treinos.

Aos Encarregados de Educação que autorizaram a participação dos seus educandos neste trabalho e, particularmente, àqueles que demonstraram interesse na investigação na área do desporto, mostrando que esta neste domínio é reconhecida.

A toda a equipa técnica da APCB, em particular à Srª Drª Paula Miranda, por toda a disponibilidade, incentivo e apoio com que me acompanhou ao longo deste percurso.

Aos meus amigos sempre presentes nos momentos de pausa e descanso, proporcionando-me forças para prosseguir com a determinação necessária.

Por último, mas não menos importante, deixo um obrigado muito sentido aos meus pais, à minha irmã e à minha avó, acreditando que, como em todas as fases da minha vida, constituíram uma âncora sempre segura.

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iv

Adaptação Humana a Situações de Stress no Desporto: Estudo com Jovens Atletas

Resumo

Este estudo analisou o processo de adaptação a uma situação de stress na atividade desportiva de jovens atletas. Participaram nesta investigação 104 atletas do sexo masculino, com idades compreendidas entre os 13 e os 19 anos (M = 16.89; DP = 1.40). Foi aplicado um protocolo de avaliação até 48 horas antes de um jogo considerado importante, constituído por instrumentos relativos ao stress, avaliação cognitiva, emoções, confiança e perceção de rendimento desportivo. Os resultados sugeriram três aspetos: (1) a realização do jogo foi percecionada como uma situação de stress em diferentes vertentes; (2) a adaptação à situação de stress variou em função dos processos de avaliação cognitiva dos atletas; e (3) existem dimensões distintas a explicar o rendimento desportivo, nas vertentes subjetivas e objetiva. Em suma, na adaptação ao stress é importante considerar os processos de avaliação cognitiva e considerar que existem variáveis distintas a explicar o rendimento desportivo.

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v

Human Adaptation to Stressful Situations in Sport: A Study with Youth Athletes

Abstract

This study analyzed the importance of adaptation processes to a stress situation in the sports activity of young athletes. This study included 104 male athletes, aged between 13 and 19 years old (M = 16.89; SD = 1.40). An evaluation protocol was applied up to 48 hours before a game that was considered important, consisting of instruments regarding stress, cognitive appraisal, emotions, confidence and perception of sport performance. The results suggested three aspects: (1) the stressful event (i.e., the important game) was perceived as a stressful situation in different aspects; (2) the adaptation to the stress-inducing situation varied according processes of cognitive appraisal of athletes; and (3) there are different dimensions that explain the perception of sports performance. In sum, in order to understand adaptation to stress we need to consider processes of cognitive appraisal of athletes and there are different variables that explain subjective and objective performance of athletes.

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Adaptação Humana a Situações de Stress no Desporto: Estudo com Jovens Atletas O stress tem vindo a assumir grande relevância no dia a dia das pessoas, influenciando-as ninfluenciando-as váriinfluenciando-as vertentes da sua vida. Apesar de ser visto e considerado, a maior parte dinfluenciando-as vezes como um aspeto que tem repercussões negativas na qualidade de vida e no desempenho das diversas tarefas, o certo é que necessitamos de algum stress para sobrevivermos. Como tal, poderemos afirmar que este fenómeno transporta uma função adaptativa.

O conceito do stress continua a apresentar-se como sendo um dos focos mais relevantes e atuais de investigação nas áreas científicas que estudam o comportamento humano e, concretamente, na própria psicologia (Fletcher, Hanton & Mallalieu, 2006; Gomes, 2014; Lazarus, 1991, Thatcher & Day, 2008; Turner & Jones, 2014). A ciência psicológica tem vindo a focar o seu interesse de forma crescente, em torno da adaptação humana ao stress, uma vez que a tendência para o associar a situações externas de adversidade que prejudicam e influenciam o aparecimento de severas consequências negativas ainda permanece. Tamminen, Crocker e McEwen (2014) definem a adaptação humana ao stress como um processo de natureza longitudinal e dinâmico, caracterizado pelo ajustamento permanente às mudanças nas condições físicas, sociais e psicológicas que decorrem de um determinado contexto. Por outro lado, Lazarus e Cohen-Charash (2001) sugerem que as reações às situações de stress devem ser vistas como um processo psicológico onde intervêm fatores cognitivos, motivacionais e relacionais. De acordo com estes autores, a experiência de stress tende a surgir quando a pessoa avalia as exigências que lhes são colocadas como superando a sua capacidade de responder e lidar com elas. Assim, mais do que saber qual a frequência e a intensidade de um episódio de stress, importa conhecer o modo como cada pessoa avalia essa situação e procura resolvê-la.

Considerando estes aspetos, o contexto desportivo constitui um cenário potencialmente stressante, sendo fundamental compreender as situações geradoras de stress, bem como perceber a capacidade do atleta lidar eficazmente com as pressões relacionadas com a atividade desportiva. Tal facto é comprovado pela investigação, sabendo-se que a maioria dos atletas relata níveis consideráveis de stress ao longo da sua carreira (Cerin, 2004; Hanin, 2007; Thatcher & Day, 2008).

Neste sentido, tal como noutras áreas da atividade humana, faz sentido estudarmos a forma como os atletas percecionam as pressões a que estão sujeitos e a sua adaptação a estas circunstâncias. Assim, pode-se afirmar que as reações de stress são desencadeadas quando os atletas percecionam a atividade desportiva como demasiado exigente, face aos recursos

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pessoais que possuem para lidar com a situação (Tamminen et al., 2014). Estas reações de stress dependem, em grande parte, dos processos de avaliação cognitiva responsáveis pela interpretação dessas mesmas situações e pela forma como estas vão ser geridas pelos atletas (Lazarus, 1991). De uma forma geral, tem-se constatado que variáveis como a avaliação cognitiva primária (onde o atleta avalia a importância da situação de stress e se esta tem um carácter mais ameaçador ou mais desafiador) e a avaliação cognitiva secundária (onde o atleta avalia o seu potencial de coping e perceção de controle face à situação), em associação com as estratégias de confronto (coping), representam dimensões fundamentais para se perceber a adaptação ao stress e as emoções que advêm destas situações (Gomes, 2014). De acordo com Lazarus (2000a), estes fatores são fundamentais quando é necessário compreender o motivo pelo qual uma determinada situação é interpretada pela pessoa (i.e., atleta) como desafiante/benéfica ou ameaçadora/prejudicial, atribuindo-se assim menor centralidade às características específicas do estímulo stressante.

Considerando estes aspetos, torna-se fundamental conhecer e explicar as especificidades pessoais e situacionais que permitam a compreensão integrada do modo como os atletas percebem e respondem aos eventos stressantes e qual o impacto final em termos do funcionamento pessoal e do rendimento desportivo. Tendo por base esta ideia, este estudo adota uma perspetiva transacional (Lazarus, 1991) no estudo da adaptação dos atletas a um evento stressante, estudando de uma forma integrada as fontes de stress inerentes à realização de uma prova desportiva, os processos de avaliação cognitiva, as emoções, a confiança desportiva e a perceção de rendimento desportivo (ver Figura 1).

Neste sentido, este estudo adota uma metodologia de “incidente crítico” (Carver, Scheier, & Weintraub, 1989; Folkman & Lazarus, 1988), que é particularmente adequada para analisar os processos psicológicos subjacentes à adaptação a situações de stress (Gomes, 2011a).

Perceção de rendimento

Subjetivo

Stress Avaliação cognitiva

Emoções

Confiança

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De uma forma mais específica, este estudo organiza-se em torno de dois eixos fundamentais, ambos relacionados com a adaptação a situações de stress.

Em primeiro lugar, procura-se compreender as variáveis envolvidas no processo de adaptação a uma situação de stress, representada por um jogo importante a realizar por jovens atletas de andebol. Neste eixo organizador do estudo, procuramos caracterizar melhor a situação de adaptação enfrentada pelos atletas (i.e., jogo realizado), em termos das fontes e fatores de stress que lhe estão associadas, bem como analisar as relações entre as diferentes variáveis envolvidas neste processo de adaptação ao stress (e.g., fatores de stress, avaliação cognitiva, emoções, confiança e perceção de rendimento desportivo). Após esta caracterização das variáveis envolvidas no processo de adaptação evento stressor (i.e., jogo a realizar), procuramos analisar o papel central dos processos de avaliação cognitiva no modo como os atletas avaliaram e reagiram à situação de stress. Mais concretamente, analisou-se se existem diferenças nas variáveis envolvidas neste processo de adaptação (e.g., fatores de stress, emoções, confiança e perceção de rendimento desportivo) em função dos processos de avaliação cognitiva, ao nível primário (e.g., perceção de desafio e perceção de ameaça) e ao nível secundário (e.g., potencial de confronto e perceção de controle).

O segundo eixo organizador deste estudo prende-se com a importância das variáveis envolvidas na adaptação ao evento stressor (e.g., fatores de stress, avaliação cognitiva, emoções, confiança) na explicação do rendimento desportivo, tanto em termos subjetivos como objetivos. Ou seja, neste caso, organizámos as variáveis de acordo com o processo de adaptação ao stress (e.g., fatores de stress, avaliação cognitiva, emoções, confiança) observando-se o poder explicativo destas dimensões na perceção de rendimento individual e coletivo, assim como no rendimento objetivo alcançado no jogo. (medido em termos de vitória ou derrota).

Apesar de existirem indicações acerca do processo de adaptação humana em diferentes contextos, como o empresarial (Dewe, O’Driscoll, & Cooper, 2010), o escolar (Gomes, Faria, & Gonçalves, 2013) e o desportivo (Nicholls, Perry, & Calmeiro, 2014), existe ainda uma escassez de estudos que coloquem em conjunto as variáveis que intervêm neste fenómeno (i.e., os fatores de stress, a avaliação cognitiva, as emoções, o bem-estar psicológico – avaliado neste estudo pela medida de confiança – e o próprio rendimento desportivo). Esta situação é ainda mais evidente na formação desportiva, onde existem indicações acerca do facto do desporto juvenil ter um forte impacto social (Gomes, 2011b) e representar uma experiência significativa e, muitas vezes, stressante para os atletas (Eklund & Cresswell, 2007; Neil, Hanton, Mellalieu, & Fletcher, 2011; Tremayne & Tremayne, 2004). Neste

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sentido, e que seja do nosso conhecimento, este é o primeiro estudo que coloca em conjunto estas dimensões envolvidas no processo de adaptação ao stress, procurando compreender a sua importância na gestão de uma situação desportiva específica (realização de um jogo) bem como a sua importância na explicação do rendimento desportivo.

O modelo em análise neste estudo colocou então em conjunto o stress, a avaliação cognitiva, as emoções, a confiança desportiva e a perceção de rendimento desportivo (ver Figura 1), adotando-se uma perspetiva transacional na investigação do fenómeno (Lazarus, 1991; ver também Gomes, 2014). Analisemos em mais detalhe cada uma destas dimensões.

Começando pelas fontes de stress, existem indicações de que a atividade desportiva pode representar um contexto de tensão e pressão para os atletas (Mellalieu, Neil, Hanton, & Fletcher, 2009; Neil et al., 2011), importando estudar as situações que podem colocar mais constrangimentos ao funcionamento dos atletas. No caso do nosso estudo, analisámos as fontes de stress relacionadas com a competição desportiva, uma vez que a recolha de dados apelou à compreensão da adaptação dos atletas a um evento crítico (i.e., um jogo importante). Este aspeto é fundamental pois todo o protocolo de avaliação foi desenvolvido tendo por base esta situação específica do ponto de vista desportivo.

No que se refere aos processos de avaliação cognitiva, de acordo com a Perspetiva Transacional de Lazarus (1991), considera-se que, após a exposição dos atletas a uma situação de tensão, intervêm duas componentes psicológicas: a avaliação cognitiva primária e avaliação cognitiva secundária. A primeira remete para a interpretação da importância e do significado de determinado acontecimento para o bem-estar pessoal (Dias, Cruz & Fonseca, 2012; Turner & Jones, 2014). A segunda centra-se nos processos de coping disponíveis e usados pelo indivíduo para lidar com situações percecionadas como ameaçadoras, prejudiciais e desafiadoras (Turner & Jones, 2014). Resumindo, a avaliação cognitiva primária remete para a interpretação do indivíduo acerca da situação de stress, enquanto a avaliação cognitiva secundária remete para as respostas que vão ocorrer perante o acontecimento stressante (Gomes, 2014).

Quanto às reações emocionais, Lazarus (1991a) considera evidente a relação entre a avaliação cognitiva e as emoções. Aplicando ao contexto desportivo, se o atleta percecionar um acontecimento como ameaçador ou causador de mal-estar, tenderá a sentir emoções negativas, como a ansiedade, que representa a reação emocional mais estudada no contexto desportivo (McCarthy, Allen, & Jones, 2013). Contudo, o inverso também se constata, uma vez que perceções de maior desafio ou de potencial benefício podem provocar emoções positivas como a alegria ou a excitação. De referir ainda que as emoções também têm sido

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alvo de investigação pela influência que têm no rendimento desportivo dos atletas (Skinner & Brewer, 2004). Assim, por serem consideradas um fator importante no rendimento individual e coletivo, as emoções têm provocado um maior interesse e reconhecimento da necessidade de serem olhadas de uma forma equilibrada (Lazarus, 2000).

Em paralelo com as reações emocionais, este estudo inclui ainda uma medida de confiança face ao desporto, bem como uma medida de expectativa de rendimento desportivo individual e coletivo. Ou seja, importou neste estudo analisar também os níveis de confiança e a perceção de rendimento face à prova realizada. A confiança no desporto pode ser definida como a crença que o atleta possui acerca da sua capacidade para ter sucesso (Vealey, 1986), sendo uma das dimensões mais importantes no estudo das competências psicológicas dos atletas (Vealey & Chase, 2008; Weinberg & Gould, 2011). Adicionalmente, importou perceber neste estudo qual a perceção de rendimento individual e coletivo face à prova a realizar, bem como o próprio rendimento efetivo no jogo.

Em suma, considerando todos estes aspetos, formularam-se quatro objetivos específicos para este estudo:

(a) Analisar e identificar as fontes e os fatores de stress mais experienciados pelos atletas antes da realização de uma prova importante.

(b) Analisar as relações entre stress, avaliação cognitiva, emoções, perceção de rendimento e confiança.

(c) Identificar diferenças ao nível das variáveis psicológicas em função dos processos de avaliação cognitiva.

(d) Observar as variáveis preditoras da perceção de rendimento subjetivo individual e coletivo, bem como do rendimento desportivo objetivo.

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Método Participantes

Este estudo foi realizado com uma amostra de conveniência, estabelecendo-se os seguintes critérios no sentido de obter uma maior uniformidade na amostra recolhida: (a) atletas do sexo masculino, (b) atletas federados da modalidade de andebol, (c) atletas dos escalões de juvenis e juniores e (d) atletas incluídos na principal divisão competitiva. Assim sendo, participaram 104 atletas com idades compreendidas entre os 13 e os 19 anos (M = 16.89; DP = 1.40), praticantes de andebol da 1ª Divisão Nacional. No que respeita ao escalão de formação, 69 atletas pertenciam aos juvenis (66.3%), enquanto 35 (33.7%) pertenciam aos juniores. Relativamente aos títulos obtidos ao longo da carreira desportiva, 59 atletas (57.8%) alcançaram pelo menos um título nacional, enquanto 43 atletas (42.2%) não alcançaram qualquer título nacional e/ou distrital. Quanto aos anos de prática, variou entre 2 e 13 anos (M = 7.38; DP = 2.33).

Instrumentos

Questionário Demográfico: Este instrumento foi utilizado com o objetivo de recolher dados relativos ao sexo, idade, clube, modalidade, divisão competitiva, escalão de formação, posição de jogo do atleta, anos de prática, internacionalizações e títulos obtidos.

Questionário de Stress na Competição Desportiva – QSCD (Gomes, 2015). Este

questionário avalia as fontes geradoras de stress associadas ao rendimento desportivo dos atletas, tendo por base indicações da literatura sobre os fatores de pressão e stress. (Mellalieu, Neil, Hanton, & Fletcher, 2009; Neil, Hanton, Mellalieu, & Fletcher, 2011). Este instrumento é constituído por 24 itens, distribuídos por seis subescalas: rendimento desportivo (quatro itens; α =.70), lesões (quatro itens; α =.62), estado competitivo (quatro itens; α =.69), cometer erros (quatro itens; α =.79), expectativas sociais (quatro itens; α =.72) e adversários (quatro itens; α =.86). Os itens são respondidos numa escala tipo “Likert” de cinco pontos: (0 = Nenhum stress; 2 = Moderado stress; 4 = Elevado stress). Adicionalmente, o questionário inclui um item que avalia o nível geral de stress, também respondido no mesmo tipo de escala. Para efeitos deste estudo, foi adaptada a instrução de preenchimento do instrumento, indicando-se aos atletas que deveriam responder aos itens tendo em consideração o próximo jogo que iriam disputar. A pontuação é obtida somando os itens de cada subescala e dividindo o resultado final pelo número de itens correspondentes. Como tal, valores mais elevados correspondem a maiores níveis de stress em cada dimensão avaliada. Devido aos baixos

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valores de fidelidade da subescala “lesões”, esta dimensão não foi utilizada na análise dos resultados deste estudo. A dimensão “estado competitivo” foi mantida devido à aproximação do valor aceitável de 0.70.

Escala de Avaliação Cognitiva – EAC (Gomes & Teixeira, 2016). Esta escala tem por base o Modelo Transacional de Lazarus (1991; Lazarus & Folkman, 1984), avaliando duas dimensões: a avaliação cognitiva primária e a avaliação cognitiva secundária. A medida de avaliação cognitiva primária é dividida em três subescalas: importância (três itens; α =.82), perceção de ameaça (três itens; α =.80) e perceção de desafio (três itens; α =.84). Por outro lado, a dimensão da avaliação cognitiva secundária é dividida em duas subescalas: potencial de confronto (três itens; α =.84) e perceção de controle (três itens α =.87). Para efeitos deste estudo, foi adaptada a instrução de preenchimento do instrumento, indicando-se aos atletas que deveriam responder aos itens tendo em consideração o próximo jogo que iriam disputar. Os itens são respondidos numa escala tipo “Likert” de sete pontos (ex: 0 = Nada importante; 3 = Mais ou menos importante; 6 = Muito importante). Pontuações mais altas significam valores mais elevados em cada uma das dimensões avaliadas. Os scores de cada uma das subescalas são calculados através da soma dos valores dos itens em cada uma das dimensões, dividindo-se depois esse valor pelo número total de itens.

Questionário de Emoções no Desporto – QED (Jones et al., 2005. Traduzido por Gomes, 2008). Este questionário avalia o modo como os atletas se sentem relativamente ao próximo jogo/competição. O instrumento é constituído por 22 itens, divididos em cinco domínios: ansiedade (cinco itens; α =.72), tristeza (cinco itens; α =.74), raiva (quatro itens; α =.70), excitação (quatro itens; α =.66) e alegria (quatro itens; α =.83). Para efeitos deste estudo, foi adaptada a instrução de preenchimento do instrumento, indicando-se aos atletas que deveriam responder aos itens tendo em consideração o próximo jogo que iriam disputar. Os itens foram respondidos numa escala tipo “Likert” de cinco pontos: (0 = Nada; 4 = Extremamente), obtendo-se os scores finais a partir da soma da pontuação nos itens de cada dimensão, dividindo pelos itens que constituem cada uma delas. Assim sendo, valores mais elevados significam maior intensidade emocional. Devido aos baixos valores de fidelidade da subescala “excitação”, esta dimensão não foi utilizada na análise dos resultados deste estudo.

Inventário de Confiança no Desporto – ICD (Matthew Vierimaa, Karl Erickson, Jean Côté e Wade Gilbert, 2012. Traduzido por Gomes, 2014). Este instrumento avalia os níveis de confiança que cada atleta apresenta face ao desporto. Para efeitos deste estudo, foi adaptada a instrução de preenchimento do instrumento, indicando-se aos atletas que deveriam responder aos itens tendo em consideração o próximo jogo que iriam disputar. É constituído por cinco

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itens (α =.87), respondidos numa escala tipo “Likert” de quatro pontos: (1 = Nada; 4 = Muito). Scores mais elevados significam maiores níveis de confiança dos atletas face ao desporto.

Questionário de Perceção de Rendimento Desportivo – QPRD (Gomes, 2016). Esta escala avalia a perceção de rendimento desportivo de cada atleta. Apresenta dez itens divididos em duas subescalas: perceção de rendimento individual (cinco itens; α =.77) e perceção de rendimento coletivo (cinco itens; α =.89). Para efeitos deste estudo, foi adaptada a instrução de preenchimento do instrumento, indicando-se aos atletas que deveriam responder aos itens tendo em consideração o próximo jogo que iriam realizar. Os itens são respondidos numa escala tipo “Likert” de cinco pontos: (1 = Não concordo; 5 = Concordo totalmente). Maiores scores correspondem a maior perceção de rendimento desportivo individual e coletivo.

Procedimento

Este estudo foi inicialmente aprovado pela Comissão Ética da Universidade do Minho (SECSH 016/2015). De seguida, foram contactados vários clubes dos distritos de Braga e do Porto para solicitar a participação nesta investigação. Este contacto foi realizado pessoalmente e por via eletrónica, informando-se acerca do anonimato e da confidencialidade da recolha dos dados junto dos atletas. Para os clubes que aceitaram participar no estudo, foi marcada uma data para a recolha de dados, que teria de ocorrer no máximo 48 horas antes da realização de um jogo considerado importante para cada equipa (ex: adversário direto na classificação desportiva). Antes da recolha de dados foi entregue aos atletas menores de idade um consentimento informado, para preenchimento por parte dos encarregados de educação. No protocolo de avaliação estava também incluída uma folha com a explicação dos objetivos do estudo e do caráter confidencial e anónimo da recolha e tratamento dos dados. A taxa de retorno foi de 97%.

Resultados

O tratamento e a análise estatística dos dados foram realizados no programa SPSS (versão 23.0). De seguida, serão explicados todos os procedimentos efetuados.

Estatísticas Descritivas das Variáveis em Estudo

Começámos por analisar os níveis globais de stress que os atletas experienciaram antes da competição realizada, identificando os fatores e fontes de stress mais vivenciados por

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cada um deles. Tal como podemos verificar na Tabela 1, a maioria referiu experienciar moderado stress antes da realização do jogo em causa. No que respeita aos fatores de stress, pudemos verificar que os maiores níveis de tensão centraram-se nas dimensões cometer erros, rendimento desportivo, expectativas sociais, estado competitivo e adversários. Relativamente às fontes de stress, constatámos que as mais vivenciadas pelos atletas foram tomar uma decisão errada quando não podiam falhar, fazer uma asneira em situações decisivas do jogo/competição, falhar em momentos importantes do jogo, ter um mau rendimento desportivo e cometer erros graves durante o jogo/competição.

Tabela 1

Estatísticas Descritivas das Variáveis em Estudo

Amostra total

QSCD: Nível global de stress n (%)

Nenhum stress 2 (1.9) Pouco stress 5 (4.8) Moderado stress 18 (17.3) Bastante stress 2 (1.9) Elevado stress 1 (1.0) QSCD: Fatores de stress M (DP) Cometer erros 2.62 (.85) Rendimento desportivo 2.41 (.72) Expectativas sociais 2.09 (.73) Estado competitivo 1.97 (.76) Adversários 1.80 (.98) QSCD: Fonte de stress M (DP)

Fazer uma asneira em situações decisivas deste jogo/competição 2.76 (1.03)

Tomar uma decisão errada quando não podia falhar 2.67 (1.07)

Falhar em momentos importantes deste jogo 2.55 (1.15)

Ter um mau rendimento desportivo 2.51 (.97)

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Correlações entre as Variáveis em Estudo

Para analisar as correlações entre as variáveis em estudo, procedeu-se ao cálculo dos coeficientes de correlação de Pearson (ver Tabela 2).

Em primeiro lugar, nas dimensões da Escala de Avaliação Cognitiva, verificou-se uma correlação negativa significativa entre a perceção de ameaça e o potencial de confronto, o que significa que diminuições na perceção de ameaça correspondem a aumentos na perceção de confronto dos atletas para lidar com as exigências desportivas. Pelo contrário, observaram-se associações positivas significativas entre a perceção de desafio e o potencial de confronto, a perceção de controlo, a alegria e a perceção de rendimento individual. Isto é, quanto mais desafiante for percecionada a situação, maiores os níveis de potencial de confronto, alegria e perceção de rendimento individual. Por outro lado, verificou-se uma correlação negativa significativa entre a perceção de desafio e o stress associado aos adversários e a raiva, ou seja, quanto menor a perceção de desafio, maiores níveis de stress relacionados com os adversários e raiva são vivenciados. Também se constatou uma associação positiva significativa entre o potencial de confronto e a perceção de controle. De igual modo, estas duas dimensões correlacionaram-se positivamente com a perceção de rendimento desportivo e a confiança e correlacionaram-se negativamente com a tristeza. Como tal, maiores níveis de potencial de confronto estão associados a maiores níveis de perceção de rendimento desportivo e de confiança e menores níveis de tristeza.

No que se refere às subescalas de stress, observou-se uma correlação positiva significativa entre todos os fatores de stress entre si, e entre os fatores de stress e a ansiedade. Também se verificou uma correlação negativa significativa entre o stress relacionado com o rendimento desportivo e a perceção de rendimento coletivo. Por último, constatou-se a existência de uma associação negativa significativa entre cometer erros e expectativas sociais com a confiança dos atletas.

No que concerne à subescala das emoções, observou-se que a ansiedade apresentou correlações positivas significativas com a tristeza e com a raiva e, por sua vez, estas últimas também apresentaram associações positivas significativas entre si. Existiu também uma correlação significativa negativa da alegria com a tristeza e a raiva e uma associação positiva significativa da alegria com a perceção de rendimento individual e com a confiança.

Finalmente, também se verificou uma correlação positiva significativa da perceção de rendimento individual com a perceção de rendimento coletivo e destas duas dimensões com a confiança, o que indica que, quanto maior perceção de rendimento individual e coletivo, maior confiança dos atletas no desporto.

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Tabela 2

Correlações entre as Variáveis em Estudo

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 EAC 1. Perceção ameaça - 2. Perceção desafio -.113 - 3. Potencial confronto -.232* .274** - 4. Perceção controlo -.086 .307** .473** QSCD 5. Rendim. Desportivo -.65 .066 -.014 .098 - 6. Cometer erros -.052 -.012 -.101 -.024 .677** - 7. Expectativas sociais .041 -.044 -.061 .073 .469** .483** - 8. Adversários .112 -.199* -.122 -.047 .393** .495** .591** - QED 9. Ansiedade .033 .117 -.113 .155 .337** .390** .257** .170 - 10. Tristeza .116 -.159 -.240* .114 -.015 -.029 -.028 .080 .359** - 11. Raiva .189 -.221* -.153 .088 -.099 -.118 -.020 .104 .303** .755** - 12. Alegria .027 .374** .119 .186 .111 .,019 .047 -.168 .036 -.310** -.241* - QPRD

13. Perc. ren. Individual -.085 .219* .394** .267** -.090 -.187 -.097 -.150 -.042 -.125 -.030 .204* -

14. Perc. rend. -.090 .169 .333** .081 -.273** -.187 -.133 -.087 -.105 -.170 -.118 .111 .555** -

ICD

15. Confiança .070 .183 .331** .284** -.150 -.194* -.206* -.162 -.085 .028 .046 .205* .432** .366** -

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Diferenças nas Variáveis Psicológicas em Função da Avaliação Cognitiva

A este nível, analisámos as diferenças nas variáveis psicológicas (stress, emoções, confiança e perceção de rendimento) em função dos processos de avaliação cognitiva, ao nível primário e secundário. Assim, a partir da análise da mediana da distribuição dos resultados nas dimensões de perceção de ameaça, perceção de desafio, potencial de confronto e perceção de controle, foram definidos dois grupos de comparação, com baixos e altos valores em cada uma destas dimensões. Uma vez que a amostra não é muito ampla em termos do número de atletas, bem como os pressupostos da normalidade não se encontrarem garantidos na distribuição dos resultados, optámos nestas análises por usar o teste de Mann-Whitney (“U”). É importante referir que nesta análise (e nos modelos de predição apresentados na próxima secção deste trabalho), analisámos a base de dados no sentido de eliminar participantes que tivessem atribuído baixa importância à atividade desportiva, tendo-se eliminado um participante com valores abaixo do ponto de corte estabelecido (igual ou inferior a dois pontos na dimensão de importância da EAC). Esta opção segue indicações da literatura que sugerem que estes processos de adaptação ao stress fazem sentido em pessoas que atribuem alguma importância à situação analisada (Gomes, 2014; Lazarus, 1991). Assim sendo, a amostra ficou com 103 atletas para estas análises.

Os resultados encontrados indicaram que os atletas com maior perceção de desafio experienciaram maior alegria, confiança e perceção de rendimento individual e coletivo relativamente ao jogo disputado. Deste modo, atletas com maior potencial de confronto experienciaram menor tristeza, maior confiança e maior perceção de rendimento individual e coletivo face ao jogo. Por último, atletas com maior perceção de controle sentiram maior confiança e perceção de rendimento desportivo individual. Estes resultados podem ser consultados na Tabela 3.

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Tabela 3

Diferenças nas Dimensões Psicológicas em Função da Avaliação Cognitiva

VARIÁVEL Baixo desafio Elevado desafio U

(n) M (DP) Mean

Rank (n) M (DP) Mean Rank

QED: Alegria (57) 2.54 (.84) 44.91 (46) 2.96 (.98) 60.78 907.000**

ICD: Confiança (57) 3.31 (.49) 46.32 (46) 3.52 (.56) 59.03 987.500*

QPRD: Rend. indiv. (57) 3.54 (.65) 46.67 (46) 3.79 (.69) 58.73 1001.500*

QPRD: Rend. colet. (57) 3.79 (.74) 45.42 (46) 4.14 (.65) 60.15 936.000*

VARIÁVEL Baixo confronto Elevado confronto U

(n) M (DP) Mean Rank (n) M (DP) Mean Rank QED: Tristeza (61) .40 (.44) 57.93 (42) .24 (.47) 43.39 919.500** ICD: Confiança (61) 3.27 (.53) 43.94 (42) 3.61 (.47) 66.24 789.000** QPRD: Rend. indiv. (61) 3.44 (.64) 42.20 (42) 3.97 (.60) 66.24 683.000*** QPRD: Rend. colet. (61) 3.76 (.71) 44.51 (42) 4.22 (.64) 62.88 824.000**

VARIÁVEL Baixo controle Elevado controle U

(n) M (DP) Mean Rank (n) M (DP) Mean Rank ICD: Confiança (57) 3.29 (.51) 45.95 (46) 3.55 (.52) 59.50 966.000* QPRD: Rend. indiv. (57) 3.48 (.67) 44.54 (46) 3.87 (.62) 61.25 885.500** * p<.05, ** p<.01; *** p<.001

Predição da Perceção de Rendimento Individual

Nesta parte do trabalho, analisámos as variáveis explicativas da perceção dos atletas acerca do rendimento individual que esperavam ter no jogo. Para tal, efetuámos análises de regressão hierárquica (método “enter”). Observando a reduzida amostra deste estudo, efetuámos uma seleção prévia das dimensões preditoras, tendo por base a associação assumida com a perceção de rendimento individual. Assim, foi possível uma maior simplicidade no modelo final e cumpriram-se os rácios de participantes necessários, tendo em conta o número de variáveis preditoras (Tabachnick & Fidell, 2007).

Antes da aceitação do modelo final, analisámos alguns indicadores de multicolinearidade (Índices de Tolerância-IT, “Variance Inflaction Factor”-VIF e “Condition Index”-CI) bem como as autocorrelações (“Durbin-Watson”-DW), não se tendo observado problemas a este nível.7

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No modelo testado foram definidos quatro blocos de entrada: no bloco 1 foram introduzidas as dimensões do stress, no bloco 2, as variáveis da avaliação cognitiva, no bloco 3, as variáveis das emoções e no bloco 4, as variáveis da confiança (ver Tabela 4).

No bloco 1, a dimensão de stress relacionada com cometer erros demonstrou ser preditora da perceção de rendimento individual, revelando-se significativa. O modelo explicou 3% da variância. Deste modo, a perceção de rendimento individual foi predita por menor tensão associada ao cometer erros no jogo a disputar.

No bloco 2, o potencial de confronto mostrou ser uma variável preditora da perceção de rendimento individual, passando o modelo a explicar 16% da variância. Como tal, a perceção de rendimento individual foi predita por maior potencial de confronto.

No bloco 3, relativo às emoções, a alegria acabou por não se revelar preditora da perceção de rendimento individual.

Por fim, no bloco 4 verificámos que a confiança revelou ser preditora da perceção de rendimento individual, passando o modelo a explicar 26 % da variância. Assim, a perceção de rendimento individual foi predita por maiores níveis de confiança.

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Tabela 4

Modelo de Regressão da Perceção de Rendimento Individual

R2 (R2 Aj.) ∆R2 ∆F F  t IT VIF Bloco 1 QSCD: Stress .04 (.03) .04 4.59 (1, 101) 4.59* Cometer erros -.21 -2.14* 1.000 1.000 Bloco 2 EAC: Avaliação cognitiva .20 (.16) .15 6.13 (4, 98) 5.92*** Perceção desafio .12 1.24 .888 1.126 Potencial confronto .28 2.68** .782 1.280 Perceção controle .11 1.06 .760 1.316 Bloco 3: QED: Emoções .21 (.16) .01 1.32 (5, 97) 5.01*** Alegria .11 1.15 .866 1.155 Bloco 4: ICD: Confiança .30 (.26) .09 12.81 (6, 96) 6.82*** Confiança .34 3.58** .813 1.229 *p < .05; **p < .01

Predição da Perceção de Rendimento Coletivo

Neste modelo de regressão, seguiram-se os mesmos procedimentos de análise da explicação da perceção de rendimento individual apresentada anteriormente. As variáveis preditoras da perceção do rendimento coletivo foram colocadas em quatro blocos de entrada (ver Tabela 5).

No bloco 1, foi introduzida a variável títulos desportivos, verificando-se que esta se revelou preditora da perceção de rendimento coletivo, explicando o modelo 3% da variância. Desta forma, a obtenção de títulos desportivos ao longo da carreira dos atletas foi preditora de maior perceção de rendimento coletivo.

Em relação ao bloco 2, foram inseridas as dimensões do stress, não se tendo demonstrado preditora da perceção de rendimento coletivo.

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Relativamente ao bloco 3, entraram as dimensões da avaliação cognitiva. Neste caso, o potencial de confronto revelou-se significativo, passando o modelo a explicar 14% da variância. Deste modo, a perceção de rendimento coletivo foi predita por maior potencial de confronto.

No que concerne ao bloco 4, relativo às dimensões da confiança, constatou-se que esta mostrou ser uma variável preditora da perceção de rendimento coletivo, explicando o modelo 21% da variância. Como tal, a perceção de rendimento coletivo foi predita por maiores níveis de confiança. Este modelo final foi obtido após a retirada de um outlier.

Tabela 5

Modelo de Regressão da Perceção de Rendimento Coletivo

R2 (R2 Aj.) ∆R2 ∆F F  t IT VIF Bloco 1 Variáveis Desportivas .04 (.03) 0.4 4.21 (1, 100) 4.21* Títulos (a) .20 2.05* 1.000 1.000 Bloco 2 QSCD: Stress .11 (.06) 0.7 1.79 (5, 96) 2.30 Rendimento desportivo -.13 -.81 .340 2.938 Estado competitivo -.17 -1.36 .565 1.770 Cometer erros .00 .02 .383 2.614 Expectativas sociais .03 .20 .600 1.666 Bloco 3 EAC: Avaliação cognitiva .20 (.14) 0.10 5.68 (7, 94) 3.42** Perceção desafio .14 1.35 .845 1.184 Potencial confronto .26 2.53* .822 1.217 Bloco 4: ICD: Confiança .28 (.21) 0.7 9.25 (8, 93) 4.42*** Confiança .29 3.04** .836 1.197

Nota. (a) Títulos: 0 = Sem títulos desportivos; 1 = Com títulos desportivos.

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Predição do Rendimento Desportivo

Na última etapa deste estudo, efetuámos análises de regressão logística (método “enter”), no sentido de verificar o papel das variáveis psicológicas na explicação do resultado desportivo obtido pelos atletas no jogo disputado (sendo esta variável dicotómica, com as possibilidades “derrota no jogo” ou “vitória no jogo”).

O modelo de análise de regressão logística revelou-se significativo 2(6) = 51.24, p <.001, tendo sido retirados 8 casos de outliers. Os valores obtidos com o teste de Hosmer e Lemeshow (que avalia a hipótese nula das probabilidades preditas serem coincidentes com as probabilidades obtidas), revelou um valor de p não significativo, 2 HL = (8) = 7.78, p =.46, indicando assim estarmos perante um modelo ajustado.

O pseudo-R2 Nagelkerke mostrou que o modelo explicou 60.6% da variância total, levando-nos a concluir que o conjunto de preditores discriminou os sujeitos nas duas subamostras. A percentagem total de casos classificados corretamente foi de 84.4%. Assim, a taxa de predição para os atletas vitoriosos foi de 90.1% (sensibilidade) e de 68% para os derrotados (especificidade).

As variáveis que contribuíram para o modelo preditivo foram o escalão de formação, os fatores de stress relativos às expectativas sociais e aos adversários, a perceção de ameaça e a ansiedade. Considerando os valores do beta e do teste Wald, o grupo de atletas vitoriosos foi explicado pelo facto de pertencerem ao escalão de juvenis, vivenciarem maiores níveis de stress associados às expectativas sociais e perceção de ameaça, experienciarem menor ansiedade e stress associados à possibilidade de competir com adversários de nível idêntico ou superior ao seu (ver Tabela 6).

Finalmente, a determinação do valor de corte ótimo foi efetuada com a análise da curva ROC (Receiver Operating Characteristic). A área abaixo da curva foi de .94, o que é significativamente maior do que .05 (p < .0001), sugerindo que o modelo apresenta um bom poder discriminante (Marôco, 2010).

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Tabela 6

Modelo de Regressão para a Predição do Rendimento Desportivo

 EP 2 Wald (1) p Exp() IC 95% Exp()

Escalão 4.16 1.01 17.18 .00 64.29 ]8.98; 460.48[

QSCD: Estado competitivo -.35 .54 .42 .52 .71 ]0.25; 2.03[

QSCD: Expectativas sociais 1.63 .77 4.46 .04 5.08 ]1.13; 22.96 [

QSCD: Adversários -1.64 .59 7.73 .01 .19 ]0.06; 0.62[

EAC: Perceção de ameaça .94 .34 7.84 .01 2.57 ]1.33; 4.98[

QED: Ansiedade -1.51 .59 6.67 .01 .22 ]0.07; 0.69[ Constante .44 1.33 .11 .74 1.55 2 (8) = 51.24; p < .001 Pseudo-R2 (Nagelkerke) = .61 % Classificações corretas = 84.4

% Especificidade = 68.0; % Sensibilidade = 90.1; Área abaixo da curva =.94 (EP =.02)

Discussão

Este estudo teve como principal objetivo analisar o processo de adaptação a uma situação de stress (i.e., realização de um jogo importante) em atletas jovens de andebol. Esta análise foi realizada em torno de dois eixos organizadores, relacionados com a compreensão das variáveis envolvidas no processo de adaptação a uma situação de stress e com a análise da importância das variáveis explicadoras do rendimento desportivo. Para tal, foram definidos quatro objetivos específicos, que passamos a discutir.

Relativamente ao primeiro objetivo, os resultados revelaram que os fatores de stress mais vivenciados pelos atletas foram a possibilidade de cometer erros no jogo a realizar, a possibilidade de ter um baixo rendimento desportivo e lidar com as expectativas sociais dos outros face ao rendimento dos atletas. Por outro lado, as fontes de stress mais experienciadas pelos atletas foram a possibilidade de cometer erros graves no jogo a disputar, bem como poderem tomar uma má decisão quando não podiam falhar. Estes resultados têm sido evidenciados noutros estudos. Algumas investigações apontam que as situações que causam maior stress para os jovens atletas durante o jogo, foram "errar em momentos decisivos" e "repetir os mesmos erros". (De Rose, et al., 2004). De acordo com a investigação, diversas fontes de stress são identificadas como situações com as quais os atletas têm de lidar como potencialmente geradoras de stress das quais se destacam: “não corresponder ao que os outros

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esperam de mim” e “pôr em causa a imagem que tenho de mim próprio como um atleta capaz” (Cruz & Fonseca, 2012).

No que respeita ao segundo objetivo, as relações entre as variáveis em estudo revelaram o papel importante da avaliação cognitiva na relação com as restantes dimensões em estudo (excetuando com os fatores de stress). De um modo geral, os processos de avaliação cognitiva (principalmente nas dimensões de potencial de confronto e perceção de controle) associaram-se positivamente com a perceção de rendimento desportivo e com a confiança face ao desporto. Como esperado, as dimensões de stress associaram-se positivamente entre si, bem como com a emoção de ansiedade e tenderam a associar-se negativamente com a confiança no desporto. As emoções negativas (ansiedade, tristeza e raiva) associaram-se positivamente entre si e negativamente com a alegria. As dimensões de perceção de rendimento desportivo (individual e coletivo) associaram-se positivamente entre si e com a confiança face ao desporto. Este padrão de resultados está de acordo com dados de outros estudos (Dias, Cruz, & Fonseca, 2009), principalmente no papel importante da avaliação cognitiva (Vilela & Gomes, 2015).

O terceiro objetivo deste estudo, tornou evidente o papel fulcral dos processos de avaliação cognitiva na adaptação a situações de stress. Retirando a faceta da perceção de ameaça (menos experienciada pelos jovens atletas neste estudo), os dados indicaram que padrões mais positivos de avaliação cognitiva (i.e., maior desafio, confronto e controle) corresponderam a emoções mais positivas (como a alegria) e menos negativas (como a tristeza), a maior confiança face ao jogo a realizar e a uma maior perceção de rendimento individual e coletivo. Estes dados corroboram as indicações do modelo transacional (Lazarus, 1991) bem como indicações acerca da sua aplicação ao contexto desportivo (Gomes, 2013; Lazarus, 2000; Nogueira & Gomes, 2014; Vilela & Gomes, 2015).

Quanto ao último objetivo, os dados dos modelos de regressão revelaram aspetos interessantes. Assim, a dimensão cometer erros, o potencial de confronto e a confiança tornaram-se preditores da perceção de rendimento individual, ou seja, não ter medo de falhar em momentos decisivos, ter mais recursos para lidar com o acontecimento desportivo e revelar maior confiança são os aspetos que melhor explicam o modelo. Neste caso, é interessante verificar que o receio de falhar emerge como uma variável importante, talvez devido ao facto de os erros individuais durante o jogo poderem condicionar os objetivos do atleta para a prova em causa. Como forma de contrapor este receio, emergiram o potencial de confronto (ou seja, o atleta sentir que tem capacidade para lidar com as exigências do jogo) e, sobretudo, a confiança de que poderá ter um bom rendimento individual, o que demostra a

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importância que a literatura tem conferido a esta competência psicológica dos atletas (Jones, Hanton, & Connaughton, 2007; Thomas, Lane & Kingston, 2011).

No que se refere à perceção de rendimento coletivo, observou-se que possuir sucesso desportivo anterior, ter maior potencial de confronto e maior confiança revelaram-se variáveis preditoras da perceção de rendimento coletivo. Isto é, atletas com mais títulos, que percecionam maior capacidade para lidar com as exigências do acontecimento desportivo e com maior confiança, foram os aspetos que melhor explicaram a perceção de rendimento coletivo. A diferença nesta dimensão para a anterior prende-se com a emergência dos sucessos desportivos já obtidos pelo atleta (o que o fará acreditar na capacidade da sua equipa em voltar a ter êxito), em paralelo com as dimensões de potencial de confronto e de confiança, que são igualmente preditoras da perceção de rendimento individual. Uma vez mais, é reforçado o papel da avaliação cognitiva secundária (no potencial de confronto) e a autoconfiança dos atletas, aspetos considerados como podendo influenciar positivamente o seu rendimento (Gomes, 2014; Lazarus, 2000; Weinberg & Gould, 2011).

Relativamente à predição do rendimento desportivo objetivo (ou seja, ter ganho ou perdido o jogo realizado), os dados demonstram que pertencer ao escalão de juvenis, percecionar maior stress devido às expectativas sociais e maior perceção de ameaça, em associação com menor stress relacionado com o valor dos adversários e menor ansiedade foram os aspetos que melhor explicaram a vitória nos jogos realizados. A explicação deste modelo é um pouco mais complexa. Ao contrário do esperado, o maior stress relacionado com as expectativas sociais foi preditor do sucesso desportivo, podendo ser explicado por uma tendência dos atletas considerarem que a expectativa dos outros face ao rendimento desportivo representará uma forma de estimular o seu rendimento. Já a maior perceção de ameaça como preditora do bom rendimento foi a dimensão menos forte do ponto de vista estatístico no modelo de regressão e foi muito pouco percecionada pelos atletas neste estudo, pelo que este resultado deverá ser visto com a devida cautela. Por outro lado, as dimensões do menor stress relacionado com os adversários e a menor ansiedade foram variáveis relevantes do ponto de vista estatístico, reforçando os dados da literatura que tornam fulcral a importância dos atletas jovens se centrarem na progressão desportiva e mestria face ao desporto, ao invés de valorizarem excessivamente os resultados desportivos e as comparações externas (Holt & Neely, 2011).

Para terminar, referiremos que, apesar de estarmos perante um estudo de “incidente crítico”, existem ainda vantagens em adotar-se metodologias longitudinais para captar mais convenientemente a natureza dinâmica da adaptação ao stress. Por outro lado, o número

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relativamente reduzido de atletas não permite generalizar os resultados à população desportiva. Seja como for, ficou evidente a natureza interativa das dimensões envolvidas na adaptação ao stress, supondo nós que a conjugação destas variáveis poderá explicar o modo como os atletas encaram a competição e o tipo de rendimento desportivo que obtêm nestas situações.

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Referências

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