UXIYERSIDADE
XOVA
DE
LISBOA
EAcULDADE
Dc
CIEXCIAS SOCIAĨS
E
HUUA
DEFARTAMEXTO
DE
AXTROFOLOGI
*íT?
NTÍDADES REGION;
,4
TC1
E
REPRESENTACOES
COLECTIVAS
DO ESPACO
1
RAdALHO
APRESEN
íADO PCn.
: ■..,..- , .--. v.-\y-TtNDO EM VISTA
0
GRAU
DE MESTRE EM
ANTROPOLOGià CULTURAL
E
SOCiAL
E
S0C10L0GIA
DA
CULTURA
UXIVERSIDA.DE
XOILA DE LISBOA
FACl
LDADE DE
CIEXCĨAS
SOCIAIS
E
HUMAXAS
DEFARTAMEXTO
DE
AXTROFOLOGIA
IDENTIDADES REGIONAIS
E
REPRESENTACOES
COLECTIVAS
DO
ESPACO
TRABALHO APRESENTADO POR: FILOMENA SiLVANO
TEMDO
EM
VISTA 0 GRAU DE MESTRE
EM
AN riîũPOLOGlA CULTURAL E
SOCIAL
E
SOCIOLOGIA
DA
CULTURA
ORIEM TADOR
RESPŨNSAVLL:
PROr. PlERRi
DA
UU!VEÍ;S!DAIj_
DE
GENldR
PELLEGRINO
NOTA
PREVIA
Este
trabalho
tem
porbase
ainvestigacâo
realizada
noârnbito
do
projecto
PNUD/Ĩ.'NESCO
"Spatial
Developmen
t
",
dirigido pelo
Professor Pierre
Pellegrino,
da
Iniversirlade
do
G^nebra
epeĩo
Professor
Au?usto
Gui
1
horrr.o
Mesquitela
Lima,
da
Uni
versidade
Nova
de
Lisboa.
No
quadro
deste
projecto
foi
publicada
umaobra colectiva,
"Espace
et
développement,
tome
I:
Développement
spatial
et
identités
régionales
auPortugal"
, naqual
colaboraram
G.Albert.
C.Castella,
C.
Faria,
F.
Jacot,
J.Neves,
P.
Santos
eF.Silvano.
Para
arcalizacão
do
presente trabalho.
retomámos
e
comple
támos
, umaparte
da
colaboracao
de
Filomena
Paiva
Silvano
aoreferido
projecto. Depois
da
suaapresentacao,
com
vista â
obtencao,
porparte
do
seuautor,
do
graude
mostre
ernAn
t
ropol ogia
Cultural
eSocial
eSociologia
da
Cultura,
esto
trabalho
poderá
serpuhlieado
p^la
L'N'FSGO.
romo
ni'ordo,
a ro sponsab i 1. i dade
e oapoio
rfl.it ivi..
ãs
nocossárias
co rr<".cc<>es ,dos
direetores
do
nmsmopro
j«:c
to
.Copyright
CRAAL
-CKS
-l'NESCO
1 9
::;
8
AGRADECIMENTOS
No
início
deste trabalho
gostaria
de
agradecer
aalguns
daqueles
semcuja
colaboragáo
ele
naoteria
sido
poss
í
ve1
.A
todos
osmembros
da
equipe
do
C
.R
.A
.A
.I.
. . rorr.quom
aprondi
. aolongn
de
cinro
anos , aabordar
umobjoc
to
de
ostudo
qucaté
aí
me eradesconhecido
.Aos
meuscol
«■?;."-ĩda
liniversidarie
Nova
de
l.isboa,
pola
sol i
dar i
edade
ees
p í
ri t
ud
c-> <•o
1
abo
ra<, ao .Gostaria
taĩnbém
de
fazer
umaref erência
\oP
r<>f
e<->_ o rJ
.R
e rny
. aoP
rof
es s orM
a n u e1
Po
rt
o. a o1
'r o
f
e'".sn :V
i
<.tor
Matias
Ferroira
e aoProfessor
Afonso de Barros
, «•";"-•quais
agradeco
aatt-rn,*ao
que
nieconcedcram,
ossin
ccnii'pníciiisos
comentários
esugestoes.
feitos
aproposi
to
<.«-■nlguns
dos
rneustrxtos
ecomuni
cacôes
.Devo
tamhém
agrad<jcer
tndos
osapoios
i
n'•t i
t nci
ori'ii
sque
tornaram
possi
vcl
areal
izacão
do
ostágio
nal'niversidade
de
Genebra,
cornobolsei
rada
UNESCO
o
da
Federagao
Helvética,
noquadro
do
(-onnelho
da
Furopa
.Permito-me
exprimir aqui
umagradec
imen
to
especial
ã
i)r-a
.Lina
Neto
.do Gabinete
para
a('ooperagáo
Econômioa
Fxterna,
pola
simpatia
comque
sempre
nosrecebou
epeîa
eonfianca
que
depositou
no nossotrabalho.
Ainda
urnapalavra
para
todos
aqueles
que
, ao1
ongo
dos
últimos
cinco
anos . meacompanha
ram e mederam confianca
para
eontinuar.
Agradeco
ã
familia
Pollegrino,
â
família
Excoffier
e aoArmen
Godel
oacolh
i
mento
.A
Isabell^
Excoffier,
aoFrancois
Tran.
ã
Ana Paula
Zaearias,
ã
Maria
dos
Anjos
Cardeira.
aoNuno
Távora,
aoFilipe
Rocha
da
Si
lva,
ã Tereza
Coelho
e aoAloxandro Molo
a presenca o aam
i
z ad
e .A
os me u sp
ai
s o s e r em o s me1 h
o r<>s
d
o m u nd
o.
Finalmente.
gostaria
de
agradccer
aoDr
.Joao
Noví-s
e aoDr.Paulo
da
S i 1
\'aSantos
aprfiSPnca,
enquanto
colegas
eamigos
.duranto
cinco
anosdo
trabalho.
Ao
Professor
Aucusto Oui lhcrmo
Mesquitola
Lima
aoriontactio.
oapoio
e aconfianca.
E
aoProfossor
Pierre
Pellegrino
o1
or1
.8
1 .1
PONTOS DE PARTIDA TEORICOS
0
presente
trabalho,
sendo
oresultado
de
umprojecto
de
investigagåo
emque
colaboraram
Arquitectos,
Sociôlogos,
Geografos,
Matemáticos
eAnt
ropôlogos
,tem
necessar
iament
eque
serpensado
como oresultado
da
conf
luência
de
vários pontos de
vista
teôricos;
odesejo
de
estudar
ecompreender
oespaco
humano criou
esselugar
, emque as
várias
perspectivas
seencontraram.
Assim,
ecolocando-nos
do
ponto
de
vista
da
Ant
ropologia
,desejarnos
que
este
trabalho
surja
como urncontributo,
por
umlado,
para
odesenvol vimen
to
de
umacorrente
recente
de
umaAnt
ropologia
,que
afirma
ter
oespago
humano
comoobjecto
de estudo
e, poroutro
lado,
para
o
desenvol
vi
ment
ode
umaAntropologia
que
seintegre
nomercado
das
"recomendacoes",
umacorrente
que
invista
numa1
0
grupo
que
sefoi
formando
emtorno
da revista
"Espaces
et
sociétés",
que
sepreocupou,
e sepreocupa,
emdesenvolver
edivulgar
trabalhos relativos
â
relagåo espaco/soc
i
edade
.No
âmbito da
Antropologia
americana,
referimos
aobra de
E.
T.
Hall,
"The
Hidden
Dimension",
onde
pela
primeira
vez sefala de
uma "An
t
ropologia
do
espago".
Hall
afirrna existir
umarelacáo
indissolúvel
entre
Espago
eCultura,
que
faz
comque
cada
sociedade
possua
urnaforma
particular
de
organizacåo
ede
vivência
do
espago.
No
seguimento
desta
afirmagão
oautor
critica
aspropostas
urbanísticas
baseadas
emmodelos
universais.
Salientamos,
ainda,
airnportância
da
"Escola de
Chicago",
cujos
trabalhos
sáo
hoje
umadas
referências
obrigatôrias
para aAntropologia
Urbana.
No
seguimento
destas
ede
outras
obras
que
aqui
nåo
citamos,
Frangoise Paul-Lévy
eMarion
Segaud
publicaram
uma
obra
sob
otítulo
"Ant
hropol ogi
ede
l'espace",
emque
tentaram
definir
alguns
pontos de
partida teôricos,
para
umaAntropologia
que
tenha
oespago
comoobjecto.
Nela
seafirma:
"(...)
les
conf
igurations spatiales
nesont
pas
seulement
des
produits
mais
des
producteurs
de
systêmes
sociaux
ou ,pour
faire
image,
n'occupent
pas
seulement
la
position
de
l'effet
mais
aussi
celle
de
la cause."
E
mais
adiante,
"La
relation
ã
1
'espace
est
ainsi
,pourrait-on
dire,
uni
versel
loment
garant
de
la
par t
icular i
té
des
idcntités.
Ce
qui
veut
diro
quela
"dimension
spatiale"
nol'intimité des
systêmes
et
des
structures
sociales,
dans
l'intimité des
dispositifs
symbol iques
(...)".(
1
)
Trata-se,
para
nôs
,de
encontrar
nasconf
iguracôes espaciais
náo
urnaforma
material
da
organizagão
social
(
como ofez
aescola da
morfologia
social)
mas, comopropôe
Raymond
Ledrut,(2)
considerar
essasformas
como"produzidas"
,através
de
processos
de
constituigão
da
estrutura
colectiva
que
observamos.
0
que
nosremete
para
anogao
de
"espac
ial i
zagão"
,que
podernos
resurnir
comosendo
omovimento
segundo
oqual
umasociedade
produz
o seuespago,
ao mesmotempo
que
seproduz
asi
prôpria.
Sendo
este
movimento
universal
(porque
todas
associedades
produzem
os seusespagos),
ele
comporta
rnodalidades
particulares
acada
entidade
social,
a queLedrut
chamou
"modos
de
espac
ial
izagão"
(
3
)
Resumindo
assim
o nossoenquadramen
to
teôrico,
levanta-se
agora
oproblema
da
abordagem
do
nossoobjecto
de
estudo
concreto.
Sem
querermos
entrar
aqui
nadiscussåo
relativa
âs
fronteiras
entre
aSociologia
e aAntropologia,
pensamos
poder
afirmar
que a nossaperspectiva
de
trabalho,
(1)
Cf
.Frangoise Paul-Lévy
eMarion
Segaud
,
Anthropologie
de
l'espace,
Centre
Georges Pompidou-CCI
,Paris,
1984.
(2)
Cf
.Raymond
Ledru
t
,
"Espace
et
Sociétés",
in
Espaces
et
Sociétés
,n .34 -35
,Paris.
Ju i 1 1
ot
-Dôcernbre
,1980.
1 3
Assim,
oespago
local
aparece-nos
como oespago
de
centragão
por
excelência,
oespago
onde
semanifestam
ascris tal
izagôes
da
longa duragáo;
espagos
que
seestruturam
como
espagos
territôrio,
espagos
onde
umareprodugão
simbôlica garante
asidentidades
colect i
vas(
5
)
.E
aeste
nível
de
análise
que
a nossaforrnagão
de
Antropôlogos
semostrou mais
eficaz. Pensamos
que
"cada fenômeno
tem
a suaescala de observacáo
ideal"(6)
.Os
fenômenos
sociais
que
observamos
å
escala
local
sáo
fenômenos
que
apenas
umaobservagáo
emprof
und idade
,que
tenha
emconta
asprácticas
colectivas
que
semanifestam
através
das
sub
jec
t
i
vidades dos
actores
sociais, pode
revelar.
A
nossatradigão
académica
torna-nos
par t
i
cularmen
t
eaptos
para
este
tipo
de
abordagem
(
7
)
A necessidade
de
compreender
asinteracgoes
entre
as
diferentes
escalas
de
representagão
,obrigou-nos
aobservar
osfenômenos
sociais
a umnivel
de
complexidade
,que
implicou
autilizagao
de
técnicas de
observagåo
ede
Cf.Pierre
Pellegrino
et
al.
Espace
et
développemen
t
,tornel,
Genêve
,CRAAL-UNESCO
,1986.
(Capítulo
VI I
.5
."Espace
et
Société;
espaces
de
centration,
espaces
de
référence
et
espaces
objets
de
1
'i
nt
eract
ion
sociale")
.Cf.
João
Ferráo,
Cornunicagao
apresentada
nocolôquio
"Urbanizag.no,
ruralizagåo
eorganizagáo
do
territôrio
emdebate",
Lisboa,
ISCTE,
1988.
Cf.
Joan
Pujadas
,"A
Antropologia
Urbana
cornoforma
r
1 4
aparelhos
teôricos
que
tivemos de
ir
buscar
å
sociologia.
Foi
talvez
aeste
nivel,
que
do
nossoponto
de
vista,
semostrou
mais
importante
acolaboragåo
com aequipe
do
CRAAL.
Verificámos
que
dada
estrutura
do
espago
local
pode
pressupor
umadada
organizagao
do
espago
regional(8)
, e
que
, aocontrário,
acidade,
embora
mater
ialmen
te
ausente,
pode
organizar
oespago
local(9)
.Assim,
pensamos
que
aoposigao
tradicional
entre
mundo
Rural
emundo Urbano
,é
umaoposigáo necessária,
do ponto de vista
operatôrio,
masdeve
ser
entendida não
apenas
aonível
da
justaposigao
de
dois
mundos
que
possuem
caract
erí
st
i
casdiversas,
mastambém
aonível das
múltiplas
formas
de
interacgáo
apresentadas
pela
realidade social
contemporânea
.A
revisåo
já
citada,
relativa
ã
Antropologia
clássica,
implicou
também
umareformulagao
da
concepgão
de
trabalho de
campo
.As
sociedades
complexas
nåo
permitem
autilizagåo,
enquanto
técnica
única,
da
observagåo
par
t
ic
i
pante
.Podemos
noentanto
afirmar
que
otreino
adquirido
emanteriores
trabalhos
de
investigagão
em quo(8)
Cf
.Filomena
Silvano,
"Coexistence
et
interaction
des
écholles de representat
ion de
l'espace:
Contribution
â
l'étude
de
la
genêse
et
dynamique
des
régions
pôriphôriques"
,Lisboa,
A.P.D.R.
eA.S.R.L.F.,
1987.
(9)
Cf
.Filomena
Silvano,
"Os
lugares
da
cidade:
mul
t
ipl
icidade
de
escalas
de
representagåo
do
espago
epapel
da
cidade
nascstratégias
de
organ
i
zagáo
do
espa<.:o
local",
Lisboa,
19Congr<;sso
Português
de
1 5
utilizámos
aobservagåo
par
t
i
cipan
t
e(
10
)
,foi
fundamental
para
arealizagåo
das entrevistas
emprof
undi
dade
.Existe
uma zona
de
comunicagão,
que
resulta
do
processo
empático
que
coloca
oAntropôlogo
e o seuinformador
principal,
que
se
revela essencial
para
todos
aspesquisas
quetenham
comoobjectivo
oestudo
das
represen
tagôes
colectivas.
Se
aAntropologia
cedeu
aoutilizar técnicas de
investigagão
mais
formais,
que
permitem
abordar
ummaior
número de
actores
sociais
e umtratamento
quantitativo
da
informagåo
recolhida,
aSociologia,
por
seulado,
cedeu
aoverificar
que as
abordagens
qualitativas
estavam
mais
adcquadas
para
oestudo
de
alguns
aspectos
da
vida
social.
£
nesta
intercepcáo
,entre
aAntropologia
Urbana
e aSociologia
Qualitativa,
que
nossituamos.
No
nossotrabalho
partimos
do pressuposto
de
que
existe
umdiscurso,
umapalavra
sobre
oespago,
quepossui
firmeza
suficiente
paraque
,de
umdiscurso
aooutro,
possamos
encontrar
asconstantes
que
nospossibilitem
chegar
a
modelos,
que
consideramos
prôximos
das
estruturas
colectivas
de
represen
tagão
do
espago(ll)
(10)
Cf
.Filomena
Silvano
eAna Paula
Zacarias,
Homens
â
forja
mulheres
aolavadoro,
Lisboa, U.N.L.,
1982.
FiJomenu
Silvano,
Rock-House,
Lisboa,
U.N.L.,1981.
(11)
CiV
Henri
R.iyrnond
,L
'
A
rch i
tect
ure ,les
aventures
spatiales
do
la
raison,
Paris,
Centre
Georges
Pompidou/CCI
.198 4
.1
6
Os
discursos
dos
actores
sociais
são
representagôes
das
práticas
sociais
simbôlicas;
porque
setrata
de
encontrar
nosdiscursos
arelagão
entre
asrepresentagôes
e aprática,
entram
emjogo
osprocessos
de
transf
ormagáo
do
espago.
A
relagão
dos
actores
sociais
com oespago
é
urnarelagão
dialéctica:
oactor
projecta-se
no, eage
sobre,
oespago.
0
espago
por
sua vezreage
,oferecendo
maior
ou rnenorresistência
âs
intervencôes
dos
actores
sociais.
£
este
movimento,
que
faz
do
espago
algo
emconstante
t
ransf ormacåo
, quetentamos
analisar(12)
.Porque
os
actores
sociais
possuern uma"competência
espacial"
(queremos
cornisto dizer
que
asrepresentagôes
do
espago
supôem
aexistência
de
urnaoperac
ional idade
representat i
va ,que
actua
cornespagos
reais
evirtuais),
eles
podem
projectar
osespagos
do
futuro
eadiiquá-los
â_
suaspráticas
sociais,
de
forma
afazer
coincidir
ast
ransf
ormagôes
reais
e as
t
ransf
ormagôes representadas (
1 3
)
A
literatura
Ant
ropolôgica
fornece-nos
exemplos
etnográficos
que
demonstram
aexistência
de
correspondênci
asentre
de terrni nados
recortes
espaciai
s edetermirmdas
(12)
Cf
.Raymond Ledrut,
"Espace
et
la
dialectique
de
1
'action"
,in:
Espaces
et
Sociétés,
n_48~49,
Paris,
Pr i
vat
,1987
.1 7
práticas
sociais.
Aparecem-nos
descrigôes
que
estabelecem
algumas
oposigoes operatôrias,
que
colocam
espagos
afectados
a
áreas
particulares
da
vida
social:
espagos
sagrados
eespagos
profanos,
espagos
femininos
eespagos
masculinos,
espagos
públicos
eespagos
privados.
Este
tipo
de
descrigão
nåo
nosconduz,
noentanto,
aoentendimento
da
axiomática
que
permite
operar
cornvista
ô
elaboragão
dessas
organizagoes
espaciais.
A
tentativa
de
entender
essasaxiomáticas,
que
presidern
ã
organizagáo
dos
espagos,
por
nôs
concebidos
comoprodutos
culturais
e,portanto,
comoobjectos signif
icantes
,fez
comque
a nossametodologia
de
análise
tivesse
sido
elaborada
de forma
aencontrar
asrelagÔes
existentes
entre
oslugares
dos
discursos,
osconteúdos
quelhes
såo afectados
e asformas
dadas
aosespagos
assim
represen
tados
.As atitudes
sociais
face
aoespago
såo
.por
umlado,
de carácter conservador
(cada
col
ect
i vidade
reproduz
epreserva
umamemúria
colectiva)
e,por
outro,
de
caracter
prospectivo
(cada
col
ect
i vi
dade
opera
nosentido
da
t
ransf
ormagão
do
seuterritôrio).
Para
entendermos
osprocessos
que
articulam
essasduas atitudes
socorremo-nosda
tipologia
analítica
utilizada
pela
serniôtica
de
Greimas.
Colocámos
ernrelagáo
osespagos
de
perrnanênci
a ,"rnemôria",
(que
podem
serpensados
negat i
vamente
,"permanência
do
urnafalta"),
com osespagos
das
t
ransf
orrnagôes
imaginadas,
"projectos"
e,ainda,
com osespagos
das
t
ransf
ormagoos
1 8
endôgenas
ouexôgenas
.As
t
ransf
ormagôes podem
serpensadas
como
positivas,
"liquidagão
de
umafalta"
,o_
comonegativas,
"criagáo
de
umafalta".
Pensamos
que
oentendimento
da
dialéctica
que
coloca
osvários
espagos
assim
definidos,
nospermitirá
contribuir
para
acompreensão
dos
processos
do
t
ransf
orrnagão
do
espago
social
e,
consequen temen
te
,oferecer
aos
técnicos
do
planeamento
instrumentos de
trabalho
quelhes
perrnitam
pensar
osespagos
futuros,
emfungão
das
representagôes
das
comunidades
que
oshabitam.
É
essaadequagåo
entre
ast
ransf
ormagôes
do
territôrio
e opensamento
operatôrio
das colec
t
ividades
que
ovivênciam,
1
9
1.2.
OBJECTO DE
ESTUDO
E
HIPOTESES DE
PARTIDA
QUESTOES
TRATADAS
Estudar
a"identidade
cultural
regional"
-unm
identidade cultural
(1)
relacionada
com urnespago
-coloca.
å
partida,
umaqueståo:
cornoarticular
anogáo
de
"regiáo"
ã
nogáo
de
"cultura",
tendo
emvista
aproblemática
da
ident
idade?
A
nogão
de
regiao
reenvia
para
umanecossária
divisáo
espacial.
Poderao existir
tantas
regiôes
quantos
osparåmetros
escolhidos
pura asdefinir:
regiáo-homogénea
d<\
geografia,
regi
áo
-pola
ri zada
eregiåo-plano
da
economia,
por
e
xempl
o .2
0
A
nogão
de
cultura
permite-nos
caracterizar
grupos
sociais,
que
podem
sercol ect
i vidades
morf
ologicamente
delimitadas
noespago,
oucolec
t
ividades
cuja
insergão
espacial
nåo
corresponde
alimites
precisos.
Podemos
,portanto,
estudar
acultura
duma colec
t
i vidade
localmente
situada,
assim
como acultura de
grupos
cuja
identidade
não
passa
,pelo
menos numprimeiro nível,
pela
relagåo
com umespago
definido.
Para
estudar
a"identidade
cultural
regional"
poderíamos definir,
å
priori,
umadivisáo
espacial
(dum
ponto
de
vista
geográfico,
econômico,
administ
rat
ivo
ououtro),
nointerior
da
qual
estudaríamos
osfenômenos
culturais.
Mas
umatal
divisáo não
poderia
serpensada
comodecorrente
dum
processo
de
i den
t
i f i
cagåo
cultural.
Inversamente
poderíamos,
para
articular
asreferidas
nogoes,
circunscrever
espacialmente
aárea
de
extensão duma
cultura.
Uma tal
delimitagão
espacial
não
poderia,
semmais,
serassimilada
aoterritôrio
do
umacolec
tividade
.Porque
desta
delimitagåo
estariam
ausentes
asvalor i
zagoes
,que
permitem
ã
colec
t
i
vidade
reconhecer
o seuterritôrio
e ot
e r ri
t
ô
ri
odos outros.
A
nossa"démarche"
consiste
emconsiderar
oprôprio
espago
comofenômono
cultural,
resultante
das
ropr
esent
agôes
elaboradas
pelas
co1
ect
i
vidades
que
nele
vivom.
Entendomo:;
por'
fenémeno
cultural
aquilo
quo
, para uma2
1
e
signi
f
icagão
,entre mater
ial
idade
do territôrio
etragos
de
terminan
tes
da
existência
social.
HIPOTESES ELABORADAS
Hi
pô
tese
1
:Se
umacultura
não
pode
serreduzida
adeterminagôes
espaciais,
oestudo da
identidade
cul tural
duma
regiáo
revela,
nas representagôes
do
territôrio,
asdivisôes do
espago
comofenômenos culturais. Estas
divisôes
sáo parte
integrante
da
identidade
que
umacolec
t
i
vidade
,localraente situada,
reconhece
asi
prôpria.
Uma comunidade
pode
empenhar-se
naelaboragáo
de
um
pensamento
operatôrio
(2)
comum,
susceptível
do
integrar
e
de
coordenar
adiversidade
das actividades
individuais,
numa
representagão
projectiva
do
seuterritôrio.
Paralelamente
, asrepresentagôes
resultantes
de
umpensamento
represen ta t
i
vo(pensamento
socio-cêntrico,
int
erior
izagão
de conflitos
ede
aliangas,
memôria
colectiva
e
projecgao
idealizada
de hábitos
ede
aspiragoes
(3)
),
(2)
Cf.
Jean
Piaget,
Etudes
soci
ologiques
,Gene ve-Par i
s ,Droz,
1977.
(3)
Quer soja
"in
praesentia"
(do
espagos
diferontes
ousi
tuados
noutro
local)
, ou"in
absentia"
(de
espagos
do
passado
ouespngos
i
maginár
i
os)
.Trata-se
do
espagos
quo
pod<-m
scr r eei
abo
rados
, numprojecto
de
1
1 arisl'o
i niac.a<> ,polo
pensamonto
operatôrio.
Mas
é
necessário
ter
emlinha
d^-conta
que saoespagos
que
,inic ialrnen
te
, aparecem nasrepresen
tagoes
autôctones
apenas
comoespagos
do
referência
2
2
perrnitem
âs
comunidades,
situarem-se
numespago
de
ancoragem
e s
t
á
ve1
.Hi
pôt
ese2
:Nas
representagôes
osactores
sociais
apreendem
apertenga da
suacol
ect
i
vi
dade
a umterritôrio
específico,
pois
elas
limitam,
efundam,
asdivisôes
que
especificam
oslugares
em que osgrupos
sociais vivem.
Cada colec
t
ividade
tende
ainscrever-se
numlugar,
através
da
elaboragao
duma
relagáo
coerente
entre
asdivisoes
espaciais
represen
tadas
,pensando
assim
a suapertenga
a umterritôrio
mais
vasto.
As
representagôes
operam
através
duma
centragåo
sobre
umlocal
(e
duma
descentragão
ernrelagão
aoutros),
que
perrnite
acada
localidade
justapôr-se
aoutras
e,através
de
enouixos
sucessivos,
r elac
i
onar-se comelas
numespago
de
conjunto
unitário,
mantendo-se
noentanto,
cada
localidade,
comoparte distinta.
H i.
po t
ese3
:Nas
repre
sentagôes
oslugares
relacionam-so
unscom os
outros,
enquanto
partes de
espagos
mais
vastos,
f
r.igmiuit
ados
eh i
erarqui
zados
,polarizados
ouenglobados.
Pc-de-página (
c o nt .)
e ,
por
isso,
nao co r respondern
necessariam*m
t
o avalorizagoes
2 3
0
sentimento de
pcrtenga
a umespago
específico é,
deste modo,
reforgado
pela
referência
aoutros
espagos.
Espago
de
pertenga
eespago
de
referência,
são
duas
modalidades através das
quais
urnalocalidade
pode
recortar
oterritôrio
que
lhe
é
prôprio.
Mas
pode
não
haver
coincidência
entre
espago
de
pertenga
eespago
de
referencia;
tudo
depende
dos
recortes
utilizados
para
urn acolec
t
ividade
pensar
osprocessos
de
agrupamento
corn osoutros,
edas
escalas
(4)
utilizadas
para
representar
asrelagôes
de
in
terdependênc
i
a.Hipôtese
4
:Dois
grupos
de
actores
sociais
inscritos
emespagos
diferentes
podem
valorizar,
cada
um , o seuterritôrio
através
da
representagão
do
territôrio
do outro.
Realizam,
assirn,
umavalorizagåo
(positiva,
neutra
ounegativa),
que
será
objecto
de
negociagôes
mútuas
.Podem
surgir
várias
figuras espaciais,
resultantes
de
lôgicas
distintas.
Por
exemplo:
Cada
grupovaloriza
o seuprôprio
territôrio.
A
área de
inscrigåo
espacial
é
comum.Um
dos
grupos
,embora
reconhecendo
a suapertenga
a umlugar distinto,
refere-se
ao
lugar
do
outro.
(4)
A
escala
6
aqui
entendida
conioaolicacão
durn
e^paco
sobri'
si
prôprio,
numanwdidu
qualitativa
equanti tativa,
e aGHILIE D'A'ift'.YSf. SPATiALE
M00ES DE SPATIALISATION
1.1 Autres lieux quí font ensemole avec le lieu <Je
1'
intervie*é
i.l.l Lieu de I'interviewê qul falt enseroũlei lul tou: seul
1.2 Autres lieux qui font ensemole entre eux 1.2.1 Autre lieu qji falt ensetnûle i lul tout seul
(10)
Rêumcn, (II)Inclusion, (12)
ewbottenent. (13) íntersection(14)
partition.(15)
extension.(16) diiirjtion. (17)
continuation(par
exe^le,
par racport a un axe),(18)
ouverture,( 19)
feraetureII.
1.1.
Lieux de l'intervie*ê qul ne fcnt pas partie de larégicn
de l'lntemewé(cas
de noDilitê)11.1.2 Autre
région
qui n'inclut pas les lieux de 1"interviewe
11.2.1 Autre
régic.n
qui n'inclut pas d"aj".res lieux(20)
exclusion,(21)
enclaveront, (22) séparation(2
ensembl(23)
édateaient111. 1 Autres heuxpar ressemũlance auxquels le lieu de l'mterviewê est caractêrisê II 1.1.1 Lieu de l'interviewé qui resserDle i luí-mêTie
(pernanence)
111.2 Autres Iieux qui se ressemblententre eux 111. 2.1 Autre Iieu qui resse^Dle á lui-r^re
(30) carjctrérisation, (31)
analogie
(32!horxjlogie.
(33) êqjivalence(34)
efr.ũlêniatisationIV. I Autres lieux par diffêrerce auxcuels le
lieu de I"
intervic—ê est caractênsê
IV. 1.1 Lieu de I 'interĸie*.* qui diffêre de lul-mene
(trans'orraticn)
IV. 2. Autres lieux qui dlffêrent er.tre eux IV.2.1 Autre lieu qui diffêre de lul-r^T*
V.l Autres lieux avec lesquels le lleu de 1 'lntervlcê
est en relaticn fonctionnelle
V.l.l Lieu de l'nt?-vte»* qui esten relation fonctionnelle avec lui-fí-Te (autarcie)
V.2 Autres lieuxqui sont en relatlon fonctionnelle er.tre eux
V.2.1 Autre heu qui esten relation forctionnelle avec lui-nême
(50)
fljx. (51) côlarisatici(52) cs-Dlé-wrtaticr., (53)
asscciation (54) nêlarce. (55) équilitration(56) diffusion. (57)
esprit de clccherVI.1 Ajtres lieux qui sont en relatlon foraelle avec le lieu de l'interviewé
VI.1.1 Lieu de l'mtervicwéqul est en relation
forrelle avec lui-p*ne (qui a une
figure)
VI. 2 Autres lieux qui sont en relation fomel'eentreeux
VI.2.1 Au'.re lieu oui est en relationfonrei le ívec l'js-mí«e
(60) orlentation, (61) connenon (liaison (62) voisinage (proimitê). (63 mse a distance (64)
ccntigjite
kor.tact). (65) Intercalation(66) positicnner^nt aucentre
FONTIV
"I.u
Thoorio do
1
'H_
pu<;«;Humuiu",
CKAAI. -l'NKSCO
,i'M
(41)
dtstincticn.(42)
particulansation(43) hiérarcnisation (auiroins 2 terrres)
CRllLE O'AHAiTSES THEHATIOUE
THEMES ca <-y
ICQ rinrr.-:cic;:e socnl"
IIOCcmpositlon de la population
120 Tallletíe la
populatlon
(114)
Jges.(111)
professions(112) résitíents. (113)
etrangers(115)
sexes(124)
seuils.(121) fluctuations
positlves (122) fluctuattonsnégatives
(123)
densités130 Déplacementsde la
populatlon
(131) Joumaliers. (132)
hebdomatíaires(133)
saisonniers(134) rêgu
liers autres(135)
occasionnels(136)
Tiiqratton déflnitlve200 Société
210
Relaticn(falre)
220
Intégration (devenir)
230 Coexistence
(être)
(214)
collaDoration.(211)
cctmunautêd'intérêts utisen oeuvre(212) divergence.
(213)
ccnflits(226)
par I'éducaticn(221
) par l'infcraation(222)
par le rituel(223)
par la participaticn(activitês
pclitiques)
( vie associative)(tíe
... renvoi å ... ccnpostlion Ou et coexistence)(236)
de mentalitês(231)
d'inter-connaissar.cesou groupes(232)
de cultures.(233)
ûereltgtons
(234)
de clansouligr.age
(235)
tíe dasses300 Econcnie
310 P'oCuction-prnaire
320 Productîd-secondâire
330 Distribution-tertiaire
340 fieprcduction-temaire
3S0 Structure et ccnjoncfjre
(310)
cultures.(311)
terres(312)
prũDriêtés.(313) êlevage
(314)
tnfrastructures(315)
mstrurcnts de prccuctlon(326!
(322)(323)
(324)
(325)
tndustneextracttcn mdustne transicr-ation incust.-ie dep-acr.ires outils inSustne tíesbiens de ccnscnatic.n entreprise du båti-entartisanat et aut.-es petites entreorises
(33!) services crivés
(324) service c-.olicues
(332)
distriĩur.on(333)
ínfristrjctures(345)
services hîteliers et tounsti-cues(341) é-quipe^ents cult.rels (342) équtpe^ents
sportiís
(343) lcgemen-.s
(344) équice*^nts de fcr-aticn »t santê
(345)
paysage(354)
structure des activités(351) dyr.aniCL.-e
éconcnic-e(352)
taille desentre:r;ses(353)
revenus400 Histoire
410 Pemanence-r.éTOire
(416)
nytne fcndateur(411)
íiaut fait singuher(412)
coutur-e. traoiticn(4131
vestige(414
| ir.onur;ent(415)
docunent420 Pe-r.anencc - manque 430 Trinsforr-.uion/creation
du "njnquiî
440 Trjnsforrrvĸien/ItqutdJtion
du ^jnque
450 Trans'ornjclon/projet
(Renvoi aux autres nuneros)
(Ren.ot
aux autres nu.-Oros)(Renvoi
Ju» Jutres nu-Oros)(Renvoi
jux autres nu-eros)500 i'olt
'.jj'-'l
SIO AO.mnistrjtiOn
520 Pl jntfiCJtion
(SenvJi
jui Jtutriîs m.-Oros)(Renvoi
ju» Jutres nu.-eros)600 Oin-ir.irnii*du iut.>l (Ronvot JuxPu.-eros .lu talon
<cciolo-qiijuií et fvíi«Li*llv''v»t renvoi i
tf'auires tno-es puis oos spjiulttts jssoaoes)
FOXTIV
"La Tl
'COI'Í.O do
1
'Extracto
de
umaentrevista
analisad
Uí_l
"û\h
/■•"• "V " .t/.. ,...
...r.i'l't'<•'■•■••■'•....l.-ly :.-.,../:;.--..1.1.. ..-.•...
í,\1)v.tf.l.
(}Jl)t*.-C*.*.
(}2
6)i»*..b*«>*
u'**'1.'•'^j
t_a^iî_
r.-^-fi
(50)
Fíu* (^'ÍZ)D.t.1«,C\v-1.0'>(30>rL_.
(Vj)fcnai.
..«*■..:...•<(15)
tiT«.-vow (H)v»<«.Oaí.< (ip/rta\"m
c.ml.cn.I."-.*T,gsrj
rsssr
IíDmo.
•JO.!»>j»<<ií(«)
.yo-oj
(...;
t.T.^v Ivo.oJ_^-_
F==j
(so)
n-u*(ll)
MO.i-VjiK. (1SJ..1...V. (li)'(£2
)vo.s:v>ĸ(-1)U.VA-<.»,6__,
(•ío)
Flu<__________
(ÎU)l).'-".«"-.o.i
(j
2,<)!*.!«.•.n. .-i^_—(3^1>"-'"'
' ÍJTÍii,Ít(i>*;-u«-r hSí.D ****•**■* ;•■-"-'*■^iH'-.^w'■—*■«.■-*■!
. Ir-»»i—.i.-^/'l' iaj...r<.;,.(,.r.t.ii
-^r:^_^__H:
ftl1) "<4,«<*V(.11}
!•,».%-.«.•.*.«%* (•,ĩ_Jl*>»«fcl«.»_«—■*.1«»*.T.m. (\tl)l».e*■»'"_ »,_
i)l..-r.i(',
<•(,)?"*','-»'"
1»")'\.\M)-•"*•*-".«.•.
t.I<"J1j*~-'.«.«*.--«_.o.
n;1.f i •r...
Ul1)«rr,i _•__.__.
o".' '■
-TÍ7.7'
'.líll*»-'>
(\Z_|
»-•W.,o)l.^.»-~*-(»îi)o;>,rQ.">.
(U !}---«*•-
■«■-«--->J,i0)Í'<'"»-.-"
*»»-«~ _ -z)e>;*~«-'--~-u—
liíí)
X> k.lv.i-...^iiío)
ft*^."!**-;..hONTE:
"Enpace
et
déve
loppemon
t
,
Tomo
I-spati^l
et
idontités régionalo__
auPortugal".
J .?OD .Deve
]
oppíjinori t
Extracto de
ummanuscrito relativo
a umficheiro de dados
î!j.í.^I._.
-*fi.
11.\::;i>...
*—?_*<1*ufci ___?obĩ.
-*.*_._.__LJ+
-..::>.,_-
'..____..■_-_.v.jiL^2i_i_i.Ck___ií5j/_J___
Jr1--;j/
£3._ _i2,
ĩi
-t32J...-__.C-_-__m-.
2_._-Cc_m_j->.oc-C>^ji_.________í-í...-*,
.«î._î'/._
'-", ĩ-'.í,
-__.__.*6■<»-.:S*>
_>__L
*_'..._S
Ot».*_>_ift___.
J
ib"_ ___■_..3
V'.,
%
t»,_3
«.£,3 Ai__
___'D.__v_D,/_0
.. ._iy
l.l.-íl.VÚ
.îia._.__./ÍÍÍ._____Íti,Ûv__,_7.t.fr»'0.--_y-Û.2_0
.lJ!_«r.5t__._-___*?
___'í
._3_í_'-...2
a.____X. —___-____o>u_-___•_»j._c__]^_'.___5_.
v.______lr.___\__.
J,.*jC
.£ S
-ĩ
ÍJyĩ V-^-l3-
■/,-:iriAJtĨXlJ-C-_>-__3^__^_l___0^__-?_.
CAMAVjV.
tO_-•..„.
J^Jt
">..
j.û.
"?_
y<i
XOflZX.2
A____Ai_Tau
...__&_ . t>r..o__ _g_ki0.5 £__.___.,».7.
_• :ii___.si^'J..
í.s.'_*__i__L__f_.J.a/3AÍ/-i__i__
■g.
{_.._.■ ___-____.,;..?_i.___í.í
.J___._-_.ct.
___.í:i_í_j_l.ll_.1.'-~>-'
_V__--__-._?___^__
-__--_-_-_-.. _.-■_-: -a-.. «_/--•_. .*._
e
sî.^
._______.a___.•____.___. __. ._.. ___î
i
._-_V.__
:_3-i.__e_i._í<-_c____________i^
__k-/.___^-l,i-__v___i/_-__T___.
J^li-.
_:_i.__
__3ii7
i.>.ûT_l_ĩ__,.__
JL
_ 1-ri
_ _ ___: ,*J&:
.?c_.?T
.._•,.__*_.i,
3.'.
í_j._t_J.__tu
.V-2,
•î>- •-■../.n.
?v'Tu-,aI.
_._.'■■ Lx».__--_____
FO.mIE:
"Espace
et
déve
loppernon
t
,spatial
et
identités régionale
138
6
.Torne
I
:au
Portugal
" ,E
xt
r a ct
ode
umficheiro de dados
1
1,1.14.311.-126.
PORTUCAL. PORTUGAL.
2
1.7.
50.332. 321. PORTUGAL. REGIONNORD. PORTUGAL.
3 1.9. 50. 62.332. 326.
321. REGION.RECIONNORD. REGION.
4 1,13
34. 31
1,326.
321.REGION. SOUSELAS. SOUSELAS.
5 1, 15. 15. 31 1.420. 326. 321.
.RECIONNORD.
.6 1. 17. 62. 50. 332.
326. 321. RECION. PEGIONNORD. REGION,
7Í.IB
34. 311. 326,321. REGION. SOUSELAS. SOUSELAS.
8 1.20 62. 31 1. 326. 321
CANTANHEDE. REGICNNCRD. CANTANHEDE
9 1,23 20 31 1, 420. 326,
321. CANTANHEDE
REG I ONNũRD.CANTANHEDE
10 1.23.
15. 31 1,420,
326,321.
.REGICNNORD.
.11
1.31 50,62. 332. 326. 321. REGIGN REGIONNORD REGION
12 2. I.65 31
1.326. r.ECION
REGIŨNNORD.
RECIONNORD.
REGION
132,
3. 34. 31 1,326. REGIŨN. SOUSELAS.
SOUSELAS14
2,
3. 15. 31J , 326 .REGIONSUD.
.15 2.4. 15311.4
20.
326. .RECIONNORD.
.16 2.
7. 50,
62. 32Í..321,
333. 440. 332.SOUSELAS
REGIONNGRD. SOUSELAS
172. 15.
61,50. 333.
420.332. 326, 321.
SOUSELASPORTUCAL. SOUSELAS
132.32.61.50
520,333. SOUSELAS. PORTUCAL.
SOUSELAS.1?
2.35.61.520.333
FICUE IRAFOZ.
VI SEU. .20 3.
2 61. 520.333. SOUSELAS. DOTAO, TROUXEMIL. FIGUE IRAFOZ, VISEU. SGUSELAS
21 3. 4.
60.333 SOUSELAS.
DOTAOSOUSELAS.
22 3.9.61 520.333.326.321 SCUGELAS
PORTUCAL.SOUSELAS.
233.
16 61. 510.420.
333.SOUSELAS PORTUGAL. SOUSELAS.
24 3. 25 50. 61.
333. 440. 326,
321.SOUSELAS PORTUCAL SOUSELAS
25 3, 27 50. 351. 440. 326. 321. 332SOUSELAS PORTUGAL. SOUSELAS
26 3.35 15 520,333.
4*0.326.
321
.REGION RECION
27 4,611, 42.
520.
440,326. 321. SOUSELAS.
RECIONSOUSELAS,
REGIONFoNTE
:"Espace
et
do
vo1
oppemen t
,Tome
I:
DVeloppempnt
2 9
1 .3
METODOLOGIA UTILIZADA
Não faremos
aqui
umaapresentacao
detalhada
do
método utilizado,
pois
a suadescricão
empormenor
foi
já
feita
naobra
colectiva
"Espace
et
deve
loppemen
t
,tome
I.
ûeVeluiJpenu-'M
L
spatial
et
idénliles
rég
ionai
es auPortugal;
espaces
eninteraction,
t
ransf
orrnat
ions
régionales
et
structures
locales".
Passarnos
poi
s a uinabreve
apresen
tac-ão
da
mctodologia
utilizada.
0
trabalho
de
campoconsistiu
emestadias
noterreno
de
cercade
t
rô
s semanaspor
regiáo.
Durante
este
período
foi
feito
umbreve
reconhec
i
ment
odas
rogioes,
acornpanhado
de
um1
evantamen to
fotográfico.
Foram
ainda
realizddas
16
entrevistas
semi d i
rect
i
vaspor
cada
"dorn
í
nio
-t
3 0
ent
revis
tador/en
trevi
stado
, urnnível
de
empatia
que
permitisse
areeilizagão
de
umaentrevista
ernprof
und
idade
,era o nosso
primeiro objectivo.
As entrevistas
realizaram-se
corn o
apoio
de
umguiåo,
cujo
objectivo
é
conduzir
oent
revis tador
.de
forma
a que odiscurso do
entrevis
tado
tenha
oespago
cornoreferente
ecubra
diferentes áreas
da
vida social
.0
presente
trabalho
resulta de
urnaanálise
detalhada
das
entrevistas
realizadas
no"domí nio-tes
te"
situado
naRegiáo
Centro
Litoral.
constituído
pelas
localidades de Coimbra,
Portunhos.
Souselas
eBarcouco.
Foi
nossopropôsito,
considerar
nas suasinteracgôes,
os"espacos
efectivos"
(que
resultam
de
urnapercepcåo científica)
e os"espacos
represen
tados
"(que
resultarn
da
percepgáo
das
indi
vidual idados
sociais)
I 1 )
Para
este
fim
utilizámos modelos de
análise,
programas
de
c
á
1
c u1
oi
nf
or má t
i
c o ei
n st
r u m o nt
o sd
o a ná
1
i
secartográf ica,
que
nospermitiram
oestudo
espacial
de
"d.-tdos
representativos"
(recolhidos
nasentrevistas)
e oestudo
espacial
de
"dados efectivos"
(recolhidos
nosconsos).
Estes
i
nr.t
runieritos
de análise
foram
concebidos
para
pernii
ti
r urna3
1
comparagão
cartográfica
dos
espagos
representados
edos
espacos
efectivos.
Passamos
a umabrcve
apresentagåo
do
método
utilizado
naanálise das entrevistas. Os
actores
representam
os
factos
da
vida social
apartir
de
umcerto
ponto de
vista
socialmente
construído,
reduzindo-os
assim
na suacomplex
idado
ef
ocal i zando-os
emdimensôes
par
t
iculares
,de
forma
aafirmarern
as suasposigoes pessoais
e asdas
suascolect
i
vidades
.Estas
dimensoes
podem
sertematizadas;
para
tal
agrupámo-las
emcinco
grandes
temas
,corresponden
tes
âs
cinco
grandes
disciplinas
que
estudam
osfactos
sociais:
amorfologia
social,
asociologia,
aeconomia,
ahistôria
e aciência
política.
No
nossomodelo de
análise
estes
cinco
ternas
saoespec
i f icados
(2)
.Nas
suasrepresen
tacôes
osfactos
da vida social náo
såo sô
focalizados
ereduzidos
enicertas
dimensôes
temáticas.
eles såo também
espacial
i
zados
segundo
certas
modalidades.
Estas
modalidades descrevem
ojogo
das
posicoes
sociais
noterritôrio,
aforma
como osactores
e osgrupos
sedispoem
unsface
aosoutros
e seimpoem
certas
relagôcs
noespaco;
osmodos
de
espacial
izacão
,estruturando
aatitude
face
aosoutros,
dåo
forma
âs
dimensôes
temat
izáveis
das
formagôes
sociais,
determinando
assim
asidentidades
terri
tor
iais
.No
nossomodelo
distinguimos
três níveis de análise
que
seencadeiam;
os
factos
saocolocados
noespago
emconjunto
ouseparados
,a
propôsito
de
semelhangas
oude
diferencas
eatravés
de
relacôes
funcionais
ouformais;
cada
umdestes três níveis
é
constituído
por
umpar
que
opôe
dois
grandes
modos
de
espacial
izacão (cada
umdestes modos é
espec
i f
icados
)
(3)
.Os
textos
resultantes
das
entrevistas
são,
portanto,
analisados
ecodificados.
corn oapoio
de
duas
grelhas,
relativas
aosgrandes
temas
da
vida
social
eâs
diversas
modalidades
de
representagåo
do
espago.
Sáo ainda destacados
os
espacos
tidos
comoobjectos
ereferências do
discurso,
assim
como oslugares
de
centragáo
dos
sujeitos
en