THIAGO GODOY RODRIGUES
ANÁLISE DO DESEMPENHO ECONÔMICO FINANCEIRO DOS POSTOS DE SERVIÇOS BANDEIRA IPIRANGA NA CIDADE DE FLORIANÓPOLIS:
UM ESTUDO APLICADO A REGIÃO DO MICRO MERCADO DA ILHA
Trabalho de
conclusão
de estágio apresentado A disciplina Estágio supervisionado — CAD 5236, como requisito parcial para obtenção do grau de bacharel em Administração da Universidade Federal de Santa Catarina, Area de concentração Administração Geral.Professor orientador: Alexandre Marino Costa, Dr.
ANALISE DO DESEMPENHO ECONÔMICO FINANCEIRO DOS POSTOS DE SERVIÇOS BANDEIRA IPIRANGA NA CIDADE DE FLORIANÓPOLIS:
UM ESTUDO APLICADO A REGIÃO DO MICRO MERCADO DA ILHA
Este trabalho de Conclusào de Estagio foi julgado adequado
e
aprovado em sua forma final pela Coordenadoria de Estágios do Departamento de Ciências da Administraçao da Universidade Federal de Santa Catarina, em 2006.Professor Dr. M reos ptista Lopez Dalmau Coorddiador de Estágios
Apresentado a Banca Examinadora integrada pelos professores
Prof. Dr. Al andre Marino Costa
Prof. Dr. Mar s BA fista Lopez Dalmau
A todos os professores que participaram em minha formação e construção de conhecimento. Aos integrantes do "ADMoleza": Augusto (D2), Cairo, Francisco (Chico),
Silvio e Rafael. Um grupo de colegas que começaram juntos e que passaram muitas noites em claro, realizando trabalhos, treinando apresentações, se ajudando mutuamente e que
por fim desenvolveram uma das qualidades mais admiráveis em um ser humano: a verdadeira amizade.
Aos colegas de trabalho, que sempre acreditam e depositaram confiança em mim, mesmo antes de conhecerem o meu potencial.
Em especial aos colegas Juliana Ruivo e Silvio Ferreira. Sem o auxilio deles não teria conseguido realizar esta pesquisa.
Agradeço a Sarah, minha namorada, que mostrou compreensão, mesmo sem muitas vezes saber
o "por que" das minhas ações ao longo da minha vida acadêmica. Te amo. Por fim, agradeço a todos que me apoiaram diretamente
Levados pelo mesmo vento. É a posição das velas
E não a ventania Que nos dá o kurno."
ELLA WHEELER WILCOX
"0 destino no g uma questão de sorte,
E uma questão de escolhei; Não é algo a se esperar,
É algo a se conquistar."
RODRIGUES,
Thiago Godoy. lise do desempenho econômico financeiro dos postosde serviços bandeira Ipiranga na cidade de Florianópolis considerando a região do
micro mercado da Ilha. 2006, 115
fls. Trabalho de
Conclusãode
Estágio (Graduaçãoem
Administração).
Curso de
administração,Universidade Federal de Santa Catarina,
Florianópolis.Ate
o inicioda década de
90,a
atuaçãode cada agente dos
mercadosde
distribuição ede
revenda de derivados de
petróleoencontrava fortes
restrições,no que tange a
preços,margens
de
comercialização e fretes.A
rígida regulamentaçãovigente inibia novos
investimentosnesses setores
eimpunha grandes
barreirasà entrada de novos agentes. A
flexibilização sobreas atividades de
petróleo quese
iniciou em 1997,teve com uma das
conseqüências o aumentoda concorrência devido A.
aberturado
mercado.Neste interim, acentuou-se a
preocupaçãocom
o fortalecimentodas parcerias existentes
ea busca por novos parceiros de
negóciosfortes
ede
confiança. 0presente estudo concentrou-se justamente nesta
relação econômico-financeiraentre
omercado de
distribuição e revendade
combustíveis.A pesquisa teve como
objetivoprincipal, identi
ficar fatores que
influenciam odesempenho
econômico-financeironos postos
de revenda
e serviçosde
bandeira Ipirangana cidade de
Florianópolis,considerando a
regiãodo micro mercado da Ilha. Deu-se
ênfasea
utilizaçãode ferramentas da
administraçãofinanceira como um meio de mensurar
odesempenho das
organizaçõesestudadas
identificandoos principais fatores de
influência.Para isso, estudaram-se técnicas de
análise econômico-financeira,mediante pesquisa
exploratória e bibliográfica.De posse
destas informações, prosseguiu-secom um estudo
multicasos,essencialmente
quantitativo,no intuito
de
mensurar odesempenho
econômico-financeirodos
objetosanalisados.
0 conhecimentoda
situação econômico-financeirados
postosrevendedores
proporcionoua
distribuidora Ipirangauma
visãomais clara das oportunidades existentes para
o fortalecimentoda relação com estes
parceiros
eda
avaliaçãode
viabilidademanutenção
ou nãodestas
relações. Alémdisso, a
obtenção de
informações desta naturezaauxiliou na
compreensãodo
comportamentodo
mercado revendedor de combustive!, contribuindo para a
identificaçãodas
ameaças e oportunidades latentes.Figura 01: Representação do crédito 38 Figura 02: Representação do crédito associado ao risco 41
Figura 03: Caracterização da indústria de petróleo 51
Gráfico 01: Porcentagem de adulteração na gasolina 55 Gráfico 02: Porcentagem de adulteração no óleo diesel 55
Quadro 01:
Estrutura
conceitualdo
balançopatrimonial
32Quadro
02:Estrutura da
demonstraçãodo
resultadodo
exercício 34 Quadro 03: Orçamentode
caixa(método dos recebimentos
epagamentos)
36Quadro 04: indices financeiros 46
Quadro
05:Exemplo de
análisehorizontal
47Quadro
06:Exempt() de
análisevertical
48Quadro 07:
Tipos de pesquisas identificadas no
trabalhoQuadro 08: Relatório
de despesas
—Empresa
D 82Quadro
09: DRE —Empresa
D 83Quadro
10: Relatóriode despesas
— Empresa G 88Quadro 11: DRE — Empresa G 89
Quadro 12: Relatório
de despesas
—Empresa
B 93Quadro
13: DRE — Empresa B 94Quadro 14: Relatório
de despesas
— Empresa E 99Quadro
15: DRE — Empresa E 100Tabela
01: Market Sharedas distribuidoras em
2004 53 Tabela 02: Faturamentode
combustíveisclaros
(m3) 72Tabela
03:Margem gerada para a distribuidora em reais (mil)
73 Tabela 04:Receita bruta paga pelos PR's em
reais(mil)
74Tabela 05:
Porcentagem de recebimentos em dia
75Tabela
06: ExposiçAode risco à distribuidora
76Tabela
07:Ranking final por
somatóriode pontos
78Tabela
08: Relatóriode vendas
—Empresa
D 79Tabela 09: Negócios
auxiliares
—Empresa
D 80Tabela
10: Condiçõesoferecidas para pagamento
— Empresa D 80Tabela
11: Relatóriode vendas
—Empresa
G 84Tabela 12: Negócios auxiliares —
Empresa
G 85Tabela
13: Condiçõesoferecidas para pagamento
—Empresa
G 86Tabela
14: Relatóriode vendas
— Empresa B 0 90Tabela
15: Negóciosauxiliares
—Empresa
B 91Tabela 16: Condições oferecidas
para
pagamento —Empresa
B 92Tabela
17: Relatóriode vendas
—Empresa
E 95Tabela
18: Negóciosauxiliares
—Empresa
E 971 INTRODUÇÃO 13
1.1 Tema e Problema da Pesquisa 17
1.2 Objetivos 19
1.2.1 Objetivo Geral
1.2.2 Objetivos Específicos 20
1.3 Justificativa 21 .
1.4 Estrutura do Trabalho 23
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 24
2.1 Administração Financeira 24
2.1.1 Conceitos e definições 25
2.1.2 Funções da administração financeira 27
2.2 Análise Econômico-Financeira
2.2.1 Objetivos da análise ;()
2.3 Demonstrativos Financeiros 31
2.3.1 Demonstrativos contábeis 32
2.3.2 Demonstrativos gerenciais 34
2.4 Técnicas de Análise Econômico Financeira 17
2.4.1 Análise de crédito 37
2.4.2 indices financeiros 41
2.4.2.1 indices de liquidez 42
2.4.2.2 indices de rentabilidade 43
2.4.2.3 indices de eficiência operacional 44
2.4.2.4 indices de endividamento 45
2.4.3 Análise horizontal 47
2.4.4 Análise vertical 48
2.5 A Indústria de Petróleo 49
2.5.1 0 mercado de distribuição após a flexibilização 51
2.5.2 0 mercado de revenda após a flexibilizaçdo 53
3 METODOLOGIA 58
3.1.3 Segundo as fontes de informação 62
3.1.4 Segundo a natureza dos dados 64
3.2 Universo e Amostra 66
3.3 Limitações 66
4 APRESENTAÇÃO E ANALISE DOS DADOS 67
4.1 Caracterização do Grupo Ipiranga 67
4.1.1 As distribuidoras 68
4.1.1 Os postos revendedores 71
4.2 Análise dos dados 78
4.2.1 Caso da Empresa D 78
4.2.2 Caso da Empresa G 84
4.2.3 Caso da Empresa B 90
4.2.4 Caso da Empresa E 95
4.3 Síntese e análise dos fatores relevantes 101
4.3.1 Propostas para aumento de desempenho
e
otimização de resultados 1046 CONSIDERAÇÕES FINAIS 107
6.1 Conclusão 108
6.2 Recomendações 109
REFERÊNCIAS
1 INTRODUÇÃO
Quando uma empresa é constituída, o objetivo do empreendedor que a administra normalmente é de que ela cresça, se desenvolva e se estabeleça solidamente no mercado. Porem, observa-se que diferentes empresas que aparentemente dispõem de condições de atuação similares — como localização geográfica, infra-estrutura, mercado, entre outros fatores — apresentam resultados econômico- financeiros bastante distintos.
Para ilustrar isso, suponha-se que em urna mesma região existam duas empresas, A e B, que exploram o mesmo segmento de mercado e se dedicam ao comércio varejista de combustíveis e serviços automotivos. Ambas obtem lucros, mas a empresa A registra uma média de faturamento mensal de R$500 mil, enquanto a empresa B fatura R$300 mil por mês. Em um primeiro momento, isso indicaria que a empresa A apresenta indices de desempenho e lucratividade muito superior que a sua concorrente. Essa seria a conclusão mais evidente, mas não necessariamente está correta. Outros indicadores e indices da empresa B podem ser mais favoráveis do que os da A. Por exemplo: a empresa B trabalha com uma estrutura de custos fixos e variáveis mais reduzidos, estrutura mais enxuta, as decisões ocorrem com maior agilidade e a tendência de expansão mostra-se mais clara quando comparada com as possibilidades da concorrente.
0 exemplo dessas duas empresas hipotéticas não é definitivo, já que a avaliação se baseou em um número restrito de indicadores de desempenho. Como foi exemplificado, o faturamento bruto é urn indicador importante, mas a lucratividade só sera' apurada depois de considerados outros indicadores, como a dedução das despesas que envolvem as etapas de comercialização.
Segundo
o SEBRAEI (2006),a alta qualidade, bom
serviço, inovação epreço
certamente sãofatores-chave para
osucesso em um
ambientecompetitivo. No
entanto,esses atributos
sãoquase
commodities.Sem eles, a
empresa estáfadada ao
acasso.Assim como os fatores-chave mencionados acima, a gestão financeira também se
constitui um
elementofundamental para a
sobrevivência e consolidaçãode
qualquer empresano segmento de mercado no qual ela atua. De acordo com dados do
SEBRAE (2006),a
gestãofinanceira
é"um conjunto de
ações eprocedimentos
administrativos, envolvendo oplanejamento,
análise econtrole das
atividadesfinanceiras da empresa, visando maximizar
osresultados
econômico-financeirosdecorrentes de suas
atividadesoperacionais".
Por mais eficiente que
sejauma empresa,
dificilmente ela teráchances de
crescer etornar-se
competitivase
nãose preocupar com este aspecto crucial a qualquer
negócio.Em
um mercado em que a
concorrência écada vez mais acirrada, manter um
controle financeiroadequado pode
fazertoda a
diferença.Uma
administraçãofinanceira
imprópriapode por si
só,destinar a
empresaà
falência. Sãopoucos os
negócios quepermitem largas margens de lucro.
precisoter as
finanças rigorosamentesob
controlepara atingir
o equilíbrio entrepraticar
preçoscompetitivos
eem
contrapartida buscar ocrescimento
e desenvolvimento sustentável.Dai a
importânciade uma
gestãofinanceira eficiente.
Segundo
o SEBRAE (2006),lima
gestão financeira nãoadequada provoca
uma sériede
problemasde
análise,planejamento
econtrole financeiro das suas
atividadesoperacionais.
Algunsaspectos
característicosda má
gestão financeira podem serapontados conforme
apresentado na
seqüência.Registro inadequado — Não
ter as
informaçõescorretas sobre
saldodo caixa, valor dos
estoques das mercadorias, valor das
contasa receber, valor das contas a pagar, volume das
despesas fixas ou financeiras, entre outros. Isso ocorre porque não se faz o registro adequado
das transações realizadas;
Falta de conhecimento sobre os verdadeiros resultados —
Não saber se a empresa
estáou não tendo lucro, em suas atividades operacionais, porque não
éelaborado um
demonstrativo de resultados.
Falta de conhecimento sobre os recursos disponíveis —
Não saber
ovalor patrimoniAl
da empresa, porque não
éelaborado um balanço patrimonial. Não saber
ovalor que os sócios
retiram de pro-labore, porque não é estabelecido um valor fixo para a remuneração dos
mesmos.
Falta de conhecimento sobre as operações —
Não conhecer os custos
edespesas reais
porque não se faz separação das despesas pessoais dos
sóciosem relação As despesas da
empresa, consequentemente não se calcula corretamente
opreço de venda dos produtos.
Dificilmente há controle sobre
ovolume
ea origem dos recebimentos,
e ovolume
e odestino
dos pagamentos, se não for elaborado um fluxo de caixa apropriado. Nag conhecer
corretamente
ocusto das mercadorias vendidas, porque não se fazem registros adequados do
estoque de mercadorias. Não saber administrar corretamente
ocapital de giro da empresa,
porque não se conhece
ociclo financeiro das operações.
Falta de planejamento -
Não fazer
análise eplanejamento econômico-financeiro da
empresa, porque não se tem um sistema de informações gerenciais (fluxo de caixa,
demonstrativode
resultados ebalanço patrimonial).
situação econômica, que engloba a financeira, revela
oestado do crescimento patrimonial
liquido, enquanto a situação financeira revela
oestado de solvibilidade 2 da empresa.
Definindo situação econômica, Lopes de Sá (1995), afirma que se trata da condição de lucro
ou perda, ao passo que situação financeira diz respeito ao estado do capital circulante
edo
capital de terceiros em uma empresa, condição de capacidade de pagamento, obtenção
edestinação de recursos.
Por exemplo, não seria correto afirmar que uma empresa que apresentou
prejuízo,obrigatoriamente
estápassando por uma situação financeira
desfavorável,visto que prejuízo
elucro são conceitos essencialmente
econômicos,podendo resultar de despesas
ecustos sem
reflexos no caixa, como as depreciações. Por outro lado, se há insuficiência de
disponibilidades, frente as obrigações de curto prazo, não se pode afirmar que
obrigatoriamente a situação econômica da empresa
édesfavorável. Empresas lucrativas
também passam por momentos de dificuldades financeiras. Um simples descuido na
proporção de vendas A. vista
evendas a prazo, podem temporariamente —
eem alguns casos,
permanentemente — comprometer a situação financeira da empresa.
Além destas considerações, para se compreender a amplitude desta
questãodentro do
âmbitoeconômico x financeiro, Vasconcelos (2001) destaca aspectos fundamentais dentro da
concepção econômica tais como:
"oque
equanto produzir", "como produzir"
e"para quem
produzir", elementos estes que extrapolam a
visãofmanceira se analisada isoladamente. A
questãode análise econômica abarca elementos não-financeiros de natureza macro, this como
questõesgovernamentais, tributárias, geográficas
eespecialmente mercadológicas, que
também devem ser levados em consideração, para que a
análisefinanceira por si só, não se
torne extremamente limitada. Obviamente
oque
irádeterminar a necessidade de
análiseem
grau de detalhamento maior ou menor,
serãoos objetivos da pesquisa. Dependendo dos
2 Solvabilidade: aptidão para liquidar (solver) compromissos de 'caráter financeiro nas respectivas datas de
objetivos da pesquisa, a tentativa de realizar de uma
análiseeconômica extremamente
pormenorizada, poderia torná-la
inviávele/ou não confidvel, em
funçãode aspectos como
tempo, recursos disponíveis
egrau de conhecimento/experiência do pesquisador.
Apesar de reconhecidamente existir uma relação entre a situação financeira
ea
econômica nas empresas, não parece apropriado tratá-las como sinônimo.
Desta forma,
opresente trabalho delimitou como foco do estudo
ofator
econômico-financeiro — com
ênfaseno aspecto financeiro — para servir como base para
análisede
desempenho dos postos de bandeira Ipiranga na regido da Ilha da cidade de Florianópolis:
1.1 Tema
eProblema da Pesquisa
Até
oinicio da década de 90, a atuação de cada agente dos mercados ;de distribuição
ede revenda de derivados de petróleo encontrava fortes restrições, no que,.tange a preços,
margens de comercialização
efretes. A
rígidaregulamentação vigente inibia novos
investimentos nesses setores
eimpunha grandes barreiras à entrada de novos agentes.
Até o
fim
da década de90, havia
apenascinco
grandes distribuidoras de combustíveis instaladas emterritório
nacional, sendo elas:Petrobrás, Ipiranga (CBPI
eDPPI) 3
, Texaco,Shell e
Esso.
Apartir
de1997, quando oficialmente
houve a abertura do setor, o acirramento da concorrência entre distribuidoras e entre revendedores de combustíveis e lubrificantesficou
ainda mais evidente.Segundo listagem publicada pela
ANP (2006), até
junho de2006
operavam oficialmente,276
empresas distribuidorase cerca
de50
milPostos
deRevenda
(PR) no Brasil, sendo2.564
situados no estado de Santa Catarina e151
na cidade deFlorianópolis.
Embora em diversos casos as
distribuidoras
sejam asproprietárias
do terreno e dasinstalações
onde estão localizados os PR's, as distribuidorasnão
podem legalmente serem as administradoras dosmesmos.
Por isso,montam
postoscom
suasbandeiras
e passam A.administração
para um terceiro, formando uma parceria por um prazo que varia deacordo
corn anegociação,
mas que normalmente é de cinco a dez anos. Além desses casos,há
o chamado posto debandeira
branca 4ou
independente, cujoproprietário
tem apossibilidade
de adquirirprodutos
dequalquer
distribuidora, sem qualquervinculo
deexclusividade.
Com o aumento da concorrência devido a abertura do mercado, a busca por um parceiro forte e de
confiança
foivalorizada,
e foi justamente nestarelação
econômico-financeira
entredistribuidora x
PR onde se concentrou o foco deste estudo.É importante
que fiqueclaro
deque ótica
esta pesquisa foi observada. No presentetrabalho
estudou-se o desempenhoeconômico-financeiro
dos doze PR's de bandeiraIpiranga
naIlha
deFlorianópolis
sob aótica
da distribuidora, sendo assimos
PR'sconsiderados
nasua
essência corno clientes.3 No mercado de distribuição de combustíveis, o conglomerado das empresas Ipiranga é dividido em
Distribuidora de Produtos de Petróleo Ipiranga (DPPI) e Companhia Brasileira de Petróleo Ipiranga (CBPI),
sendo esta Affirm, a empresa estudada e considerada como "distribuidora" ao longo deste trabalho.
4 Glossário ANP: Bandeira Branca - postos revendedores varejistas que adquirem combustiveis de vários
Em urn primeiro momento foi analisado o desempenho dos PR's sob a ótica da distribuidora, ou seja, da Companhia Brasileira de Petróleo Ipiranga (CBPI), com ênfase nas variáveis: faturamento, taxa de inadimplência, limite de crédito e garantias.
Analisando-se as variáveis supracitadas, atribuiu-se um índice de desempenho econômico-financeiro. Com base neste índice, classificou-se os PR's por grau de desempenho aplicando-se um corte superior e outro inferior, separando os dois PR's de maior desempenho e os dois de menor desempenho. Analisaram-se detalhadamente as práticas de gestão econômico-financeira dos quatro PR's selecionados e por meio dos resultados alcançados, apontou-se os fatores que afetam os postos de forma a obterem resultados econômico-financeiros distintos.
Diante do surgimento deste cenário, apresentou-se o seguinte problema de pesquisa:
Que fatores determinantes de ordem econômico-financeiro afetam o desempenho dos postos de revenda e serviços de bandeira Ipiranga na cidade de Florianópolis, considerando a região do micro mercado da Ilha?
1.2 Objetivos
1.2.1 Objetivo Geral
Identificar fatores que afetam o desempenho econômico-financeiro nos postos de revenda e serviços de bandeira Ipiranga na cidade de Florianópolis, considerando a regido do micro mercado da Ilha.
1.2.2 Objetivos Especificas
No intuito de atingir o objetivo geral, traçaram-se alguns objetivos específicos que auxiliaram no processo de construção e desenvolvimento da pesquisa, conforme listado
a
seguir:
a) Estudar as técnicas utilizadas para analise econômico-financeira e lselecionar as que melhor se adaptam aos objetivos da pesquisa;
b) Determinar as variáveis econômico-financeiras para avaliação dos PR'S em estudo; c) Identificar e selecionar dentre os objetos estudados, os que apresentaram maior e
menor despenho econômico-financeiro;
d) Examinar o desempenho econômico-financeiro dos objetos selecionados com base nas técnicas escolhidas para análise;
e) Analisar os resultados obtidos entre os elementos selecionados;
o
Identificar os fatores de maior influência no desempenho econômico-financeiro destes PR's.1.3 Justificativa
Os critérios para que uma pesquisa se justifique segundo Castro (1978 apud Mattar, 1999), são: importância, originalidade
e
viabilidade.Conforme
o
autor, uma pesquisaé
importante quando seu tema está de alguma forma I igado com uma questão crucial que afeta ou polariza substancialmente um segmento da sociedade. Lembrando que o presente trabalho concentrou-se em observar os resultados obtidos sobo
prisma da distribuidora, considerou-se esta pesquisa relevante para a CBPI diante das seguintes premissas:Desenvolver parcerias — Visto que a concorrência está cada vez mais acirrada em
função
da abertura para exploraçãoe
distribuição de petróleo, surge a necessidade de criar,
. desenvolver novas parceriase
principalmente fortalecer as parcerias já existentes com os PR's, pois, afinal de contas, os clientes representam a principal fonte de receitas. Esta postura resulta em maior comprometimento entre as partes envolvidas, estreitandoo
vinculo entre fornecedore
cliente. 0 fortalecimento da distribuidora depende do fortalecimento de seusparceiros
de revenda.Minimizar riscos — Toda empresa procura minimizar ao máximo
o
risco de investir seu tempo, esforçoe
recursos financeiros em projetose
empreendimentos que não lhe proporcionemo
retorno esperado. Conhecer melhor a situação econômico-fi
nanceira dos PR's vinculados a distribuidora, é uma maneira de reduzir este risco, pois assim toma-se possível saber se éviável
ou não investir recursos neste cliente.Otimizar resultados — Por conhecer estas práticas, a distribuidora também se torna
Considerando o fato de que a pesquisa foi realizada sob a ótica da distribuidora, a mesma caracterizou-se como original, por ser o primeiro trabalho desta natureza realizado pela empresa utilizando como base de estudo os PR's na Ilha de Florianópolis.
Concernente a viabilidade de realização da pesquisa, considerou-se três fatores separadamente, sendo eles: a disponibilidade dos dados, a natureza do tema estudado, e o
prazo disponível.
Quanto A disponibilidade dos dados, não se encontrou grandes obstáculos na primeira etapa da análise, devido ao fato do pesquisador ser funcionário da CBPI. A avaliação inicial da população dos PR's estudados, foi realizado com base nas informações contidas nos bancos de dados primários disponíveis na própria distribuidora. Em um segundo momento, quando se aprofundou a análise ern cima dos selecionados, foram encontradas grandes dificuldades, visto que iniciou-se no segundo semestre de 2006 uma guerra de preços que perdurou até o final do mess de setembro. Um aspecto que contribuiu para amenizar a dificuldade de acesso aos dados foi o fato de o pesquisador ter contato direto com os gestores dos postos e o assessor comercial responsável pelo atendimento ao posto.
Com relação à natureza do tema estudado, ou seja, análise econômico-financeira, existe uma abundância de literatura técnica disponível, além de diversos estudos de casos na Area financeira, que servem de modelos, podendo ser utilizados como parâmetro para auxiliar na construção da pesquisa.
1.4 Estrutura do Trabalho
O presente trabalho foi dividido em cinco capítulos, sendo o primeiro deles a introdução, onde foram apresentados o tema e o problema de pesquisa, os objetivos gerais e específicos e a justificativa.
O segundo capitulo ateve-se a fundamentação teórica, onde foram abordados os seguintes assuntos: a indústria do petróleo, o conceito de administração financeira, as técnicas de análise econômico-financeira e seus instrumentos.
O terceiro capitulo explicou os métodos utilizados para a construção e desenvolvimento da pesquisa, classificando o tipo de pesquisa e as dificuldades encontradas para a realização da mesma.
No quarto capitulo, em um primeiro momento apresentaram-se informações sobre a empresa analista (CPBI) e as empresas analisadas (PR's), juntamente com as variáveis utilizadas para esta primeira etapa da análise. Em urn segundo momento o capitulo analisou os dados apresentados, classificando a população estudada e aprofundando a análise especificamente em quatro postos selecionados (os dois de maior e os dois de menor desempenho econômico-financeiro).
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Neste capitulo apresentaram-se os fundamentos
teóricosda
pesquisa.Conforme
Tomanik (1994), é
nesta
fase
da pesquisa que os conhecimentos
teóricos
sobre
otema
são
aprofundados, coletando pontos de vista de diferentes autores, aferindo
concordância e/ou .
discordância
entre eles
sobre
oassunto em
questão.Neste
estagio
ocorre boa parte da
construção
de
novo
conhecimento, pois
oautor expressa a sua posição, devidamente
embasada,
frente à
questãoque for
levantada,
sustentando de maneira apropriada as suas
idéias.
Não
necessariamente
opesquisador
deve
consentir com tudo
oque outros autores
defendem, porém, caso deseje contrapor a alguma
ideia,
deverásempre
fazê-lo
com apoio de
alguma referência
confidvel,
no intuito de garantir a veracidade da sua
argumentação.
Uma
fundamentação teórica
tecnicamente
bem
elaborada
édeterminante quanto
confiabilidade
do
conteúdo
pesquisado.É
imprescindíveluma
seleção
criteriosa dos tipos de
fontes que
deverãoser utilizadas no texto para
não comprometerem
a seriedade do estudo
proposto.
0
cumprimento desses passos
resultarána
união
de um trabalho tecnicamente
estruturado
ecientificamente
confiável.
Por este
motivo,
neste capitulo foi apresentada a base
teórica
utilizada para a
construção
da pesquisa.
2.1 Administração
Financeira
Inicialmente,
a
função
financeira identificava-se no papel do tesoureiro, ou seja, este
tinha como tarefa primordial efetuar
recebimentos
epagamentos, em resultado das atividades
da
organização.
Era
necessário
assegurar um saldo de
disponibilidades indispensável
ao
•
normal funcionamento da empresa. A função financeira limitava-se aquilo a que atualmente
preocupações sobre decisões de financiamento e o financeiro passa a ter um papel mais ativo na gestão da empresa. Foram atribuidas responsabilidades que ultrapassam as meras decisões operacionais. A função original veio a ser gradualmente acrescida de novos elementos, incrementando assim a administração financeira tradicional.
2.1.1 Conceitos e definições
Conceituando de forma geral, o SEBRAE (2006) afirma que a gestão financeira é um conjunto de ações e procedimentos administrativos, envolvendo o planejamento, análise e controle das atividades financeiras da empresa, visando maximizar os resultados econômico-financeiros decorrentes de suas atividades operacionais.
Já de acordo com Ross, Westerfield e Jordan (1998), a administração financeira precisa responder a tits aspectos fundamentais, sendo eles:
a) Orçamento de Capital - Que investimentos a longo prazo deveriam ser feitos? Ou seja, em que ramo de atividade atuaria e que espécies de instalações, máquinas e equipamentos seriam necessários?
b) Estrutura de Capital - Onde seria obtido o financiamento de longo prazo para custear tais investimentos? Convidaria outras pessoas como sócios ou tomaria o dinheiro emprestado?
c) Administração do Capital de Giro - Como geriria suas atividades no dia-a-dia; por exemplo, como cobraria de seus clientes e pagarias seus fornecedores?
financeira
é o
estudo dasmaneiras
pelos quais osquestionamentos
destes três aspectos fundamentaissão
respondidos.0
orçamento de capitalesta
intimamente relacionado Aanalise
de investimentose
diz respeito aos investimentosenvolvendo
ativos permanentes. Trata-se de um processo que consiste em avaliare
selecionar investimentos de longo prazo, que sejam coerentes como
objetivo da empresa de maximizar a riqueza dos
proprietários.
Segundo Ross, Westerfielde
Jordan
(1998),
o
objetivoé
identificar
asoportunidades
de investimento cujo valor para a empresaé
superior ao seu custo deaquisição.
Analisando as principais técnicas deanalise
de um orçamento de capital,Sanvicente
e
Santos(1983),
destaca as seguintes: método depayback, método de taxa média de
retomo,
método de valor atual liquidoe
método de taxainterna
deretorno.
A estrutura de capital diz respeito As
participações
de capitalpróprio
e
de capital de terceiros no capital totalinvestido
por uma empresa. Ross, Westerfielde
Jordan(1998),
defendem
queo
gestor
além de decidir sobre acombinação
da proporção destes recursos, ele precisa saber comoe
onde os recursos devem ser capitados. Desta forma, acredita-seque
existe uma estrutura de capital ótima para
cad
a
empresa, embora exista grande dificuldade paradetermina-la.
A administração de capital de giro envolve um processo continuo de tomada de
decisões
voltadas principalmente para apreservação
da liquidez da empresa. Sobregestão
do capital de giro, Ross, Westerfielde
Jordan(1998), afirmam
que se trata de uma atividadediária
que visa assegurar que a empresa tenha recursos suficientes para continuar suasDefinindo
administração
financeira, Archer eD'Ambrósio (1967
apudSanvicente
1987)
alegam que compreende aosesforços
dependidos com o objetivo de formular um esquema que seja adequado àmaximização
dosretornos
dosproprietários
dasações
ordinárias da empresa, ao mesmo tempo em que possapropicia
r. amanutenção
de um certo grau de liquidez. Os autores supra citados, trazem aatenção
a duasquestões
cruciais que envolvem asdecisões
na gestão financeira: liquidezx
rentabilidade.A liquidez refere-se A velocidade com a qual um
ativo
pode ser convertido emdinheiro.
Quanto maior o nível de liquidez da empresa, maior sell a sua capacidade e liquidar seus compromissosfinanceiros
com terceiros. Porém, a liquideznão
busca trazerretorno
para a empresa, mais sim,financiar
asoperações
damesma.
Quanto A rentabilidade, ela é
alcançada
Amedida
que onegócio
da empresaproporcione
a maximização dosretornos
dos investimentos feitos pelosproprietários
ou acionistas.0
desafio dogestor
financeiro é manter a rentabilidade e a liquidez em níveissatisfatórios,
pois, segundoSanvicente (1987),
asdecisões
daadministração
financeira objetivam aobtenção
de maior rentabilidade possível sobre os investimentos realizados desde quenão
comprometa a liquidez da empresa.2.1.2 Funções
daadministração
financeiraApós observar
as o conceito deadministração financeira,
destacou-se algumasfunções
ligadas
à gestão financeira de forma mais detalhada. Deacordo
com oSEBRAE (2006),
as principais funçõessão:
b) Captação e Aplicação de Recursos Financeiros — analisar e negociar a
captação
dos recursosfinanceiros necessários,
bem como aaplicação
dos recursos financeiros disponíveis.c) Crédito e Cobrança — analisar a
concessão
de crédito aos clientes e administrar orecebimento
dos créditos concedidos.d) Caixa — efetuar os recebimentos e os pagamentos, controlando o saldo de caixa.
e) Contas a Receber —
controlar
as contas a receber relativas as vendas a prazo.f) Contas a Pagar —
controlar
as contas a pagar relativas A s .compras
a prazo, impostos, despesas operacionais, e outras.g) Contabilidade — registrar as
operações
realizadas pela empresa e emitir osrelatórios contábeis.
Notou-se que as
funções
listadas acima, estão relacionas essencialmente com questões de liquidez, que envolvemações
de curto prazo.Porém,
com menos ênfase, também foram abordados tópicos ligados à rentabilidade, de focoestratégico
de médio e longo prazo. Vale ressaltar quenão
apenas estudaram-sequestões
pertinentes a como uma empresa lida com estes fatores econômico-financeiros, mastambém
como estasações são
avaliadaspor
outras empresas que asobserVam.
0
fato de enfatizar neste primeiro momento asfunções
ligadas à gestão de disponibilidades (liquidez), justificou-se emfunção
dos objetivos da pesquisa, que primordialmentepriorizou
a análisefinanceira
dos PR's, avaliando a sua capacidade de solvência de compromissos para com a distribuidora.As
seções
a seguir preocuparam-se em responderbasicamente
a trêsquestões: (1)
oque
é análiseeconômico-financeira
e quaissão
os seus objetivos;(2)
quaissão
algunsdemonstrativos
financeirosque servem
comobase para as
análisese;
(3)quais são algumas
técnicas de
análiseutilizadas para
avaliaçãode empresas.
2.2
AnáliseEconômico-Financeira
Apenas para recordar,
como jádestacado no capitulo um deste trabalho, a pesquisa
preocupou-se em realizar uma
análise econômico-financeiraem um grupo selecionado de
PR's da bandeira
Ipiranga.Este
exameprocurou focar essencialmente na
questãofinanceira,
porém, sendo também de
caráter econômico,visto que
oaspecto financeiro de certa maneira
estáinserido
dentrodo
âmbito econômico.Desta forma, referindo-se a primeira das tits
questõeslevantadas, Silva
(1995)afirma
que a
análisepode ser entendida como um
processode
decomposiçãode um todo em suas
partes constituintes, visando ao exame das partes para entendimento do todo
oupara
identificaçãode suas
característicasou de
possíveis anormalidades.Contudo,
análisefinanceira pode ser definida da seguinte forma:
"[...] exame das informações obtidas por meio das demonstrações financeiras, com intuito de compreender e avaliar aspectos como: (1) a capacidade de pagamento da empresa por intermédio da geração de caixa, (2) capacidade de remunerar os investidores gerando lucro em níveis compatíveis com suas expectativas, (3) nível de endividamento, motivo e qualidade do endividamento, (4) políticas operacionais e seus impactos na necessidade de capital de giro da empresa, e (5) diversos outros fatores que atendam ao propósito do objetivo da análise. A análise financeira não pode ser restrita As demonstrações fmanceiras, devendo abranger todos os demais fatores que possam ter interferência na situação financeira da empresa [...)."
(Silva, 1997, p. 207)
de empresas, como é o caso deste trabalho, o conhecimento de Areas afins é de suma importância. Dependendo dos objetivos que se deseja alcançar e da abrangência da pesquisa, afirma-se que uma análise pode ser de natureza econômica, financeira, contábil e jurídica.
0 fato de uma análise ser realizada por si só, sem ter razões pela qual a justifique, ela deixa de ter propósito de existir, por mais abrangente e complexa que possa ser. Por este motivo, para a presente pesquisa, fez-se necessário a construção de análise por objetivos.
2.2.1 Objetivos da análise
Segundo Silva (1997), as razões que levam ao desenvolvimento da análise em uma determinada empresa tendem a ser normalmente de caráter econômico-financeiro. Deve-se entender que as análises desta natureza podem ser motivadas por razões diferentes. Para facilitar o entendimento: uma instituição financeira pode realizar uma análise em determinada empresa para verificar se a mesma é capaz de honrar os compromissos assumidos junto A instituição financeira (análise de risco). Outro exemplo 6 de uma empresa que deseja estabelecer um parâmetro para avaliar se a sua performance está sendo satisfatória, realizando assim, uma análise econômico-financeira dos concorrentes e comparando o desempenho destes com o seu (análise de desempenho). Uma terceira situação seria a realização de análise com intuito de avaliar quais as principais alternativas para captação de recursos financeiros (empréstimos e financiamentos), ou de opções disponíveis para investimentos de capital excedente (análise de investimento).
auxiliar
o
analista porfornecer
umparâmetro
de tendência decomportamento
paraperíodos
futuros.
Tendo em vista os objetivos deste trabalho, procurou-se focar as
análises
econômico-financeiras
basicamente emavaliação
de risco e desempenho. Por estemotivo,
o
estudonão
se preocupou em aprofundar osconhecimentos
sobreanálise
de captação de empréstimos efinanciamentos,
e
análise de investimentos.2.3 Demonstrativos
FinanceirosOs demonstrativos financeiros
são informações
geradas a partir da estruturafinanceira
daempresa
das suasoperações.
SegundoTreuherz (1978),
o
objetivo fundamental dos demonstrativos financeiros,e
porconseqüência
a suaanálise, é
proporcionar acomparação
de dados financeiros de uma ou mais empresas comdeterminados padrões.
Anoção
do que sejampadrões
depende evidentemente dopropósito
daanálise.
Em
outras palavras, os demonstrativos financeirosvisam
fornecerinformações
úteis
para auxiliar os gestores em suasdecisões
desta natureza.De acordo com Braga
(1989,
apudGuedin, 2005),
asdemonstrações
financeiras podem se classificadas em:contábeis
para divulgaçãoexterna
e
gerenciais
para usointerno..
As
demonstrações
paradivulgação externa, são
constituídas
por: balanço patrimonial,demonstrações
dasmutações
dopatrimônio liquido, demonstração
do resultado doexercício.
Asdemonstrações
de usointerno
orientamo
processodecisório
ou refletem os planos da empresa, sendo compostas por dadoshistóricos,
dados projetadose
comparações
entre asprojeções
e o
realizado.resultados do exercício (DRE). Logo em seqüência, relacionado a demonstrativos gerenciais, foram selecionados:fluxo de caixa (FC) e orçamento de caixa (OC).
2.3.1 Demonstrativos contábeis
0 balanço patrimonial (BP) segundo Ross, Westerfield e Jordan (1998), é um retrato instantâneo da empresa. É um modo conveniente de organizar e sintetizar o que uma empresa possui (ativos), o que uma empresa deve (exigibilidades), e a diferença entre eles (patrimônio
liquido). Esquematicamente, podemos apresentar o balanço, conforme representado no Quadro 01:
ATIVO PASSIVO
Ind.ca ONDE a empresa APLICA os Indica DE ONDE provem os recursos
recursos de que dispõe utilizados pela empresa. isto e. quais são
as FONTES que os fornecem Portanto, compreende os:
Portanto, os recursos podem ser
BENS provenientes de:
e
DIREITOS * Terceiros (dividas)
* Próprio: dos sócios e dos lucros
Quadro 01: Estrutura conceitual do balanço patrimonial 5
Separando o BP em partes, Silva (1997) afirma que o ativo é divido em: (1) ativo circulante, que corresponde As disponibilidades, os direitos realizáveis no exercício social subseqüente e as aplicações e recursos em despesas do exercício seguinte; (2) realizável a
longo prazo, que compreende as demais rubricas classificadas no ativo circulante que tiverem prazo de realização após o término do exercício seguinte ao do balanço; e (3) ativo
permanente,
que como
o
próprio nome sugere, abriga
aplicações
feitas pela empresa com
características
de permanência.
Quanto ao passivo, Silva (1997) divide em: (1)
passivo circulante,que se refere as
obrigações
vencíveis
no
exercício
social seguinte; (2)
exigível a longo prazo,caracterizado
por ter os vencimentos de suas obrigações após
o
término do
exercício
seguinte, isto 6, num
prazo superior a um ano;
e
(3)
patrimônio liquido,que representa a parte da empresa que
pertence aos seus proprietários. 0 autor apresenta subdivisões de forma pormenorizada à cada
uma das divisões aqui apresentadas. Devido aos fins deste trabalho, julgou-se desnecessário
um grau de detalhamento maior do que foi apresentado.
A demonstração do resultado do
exercício
(DRE) de acordo com Ross, Westerfield
e
Jordan (1998),
é
responsável por medir
o
desempenho da empresa em um determinado
período,
geralmente um trimestre ou um ano. A equação da (DRE) segundo os autores 6:
Receitas — Despesas = Lucro
Ao passo que
o
BP trata-se de um demonstrativo estático, a
D REmostra
o
resultado de
um
período.
Desta forma, as informações contidas em uma DRE representam as
movimentações realizadas dentro de duas datas. Porem,
é
importante salientar que, segundo
Sanvicente (1987), se tratando de demonstrações contábeis financeiras,
é
obedecido
o
regime
de competência de
exercício.
Ern outras palavras, receitas
e
despesas não significam,
necessariamente, entradas
e saídas
de caixa.
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCICIO (DRE) RECEITA OPERACIONAL BRUTA
(-) Vendas canceladas
(-) Abatimentos sobre vendas
(-) Impostos sobre vendas
RECEITA OPERACIONAL LIQUIDA
(-) Custo dos produtos, mercadorias ou serviços vendidos LUCRO BRUTO
(-) Despesas com vendas (-) Despesas administrativas
(-) Despesas financeiras, liquidas das receitas (-) Outras despesas operacionais
(±) Resultado da equivalência patrimonial LUCRO OPERACIONAL
(+) Receitas operacionais (-) Despesas não operacionais
LUCRO ANTES DOS IMPOSTOS, CONTRI13111COES E PARTICIPAÇOES
(-) Provisão para imposto sobre renda (-) Provisão para contribuição social (-) Participaçães
LUCRO LIQUIDO DO EXERCICIO LUCRO LIQUIDO POR AÇA0
Quadro 02: Estrutura da demonstração do resultado do exercício 6
2.3.2 Demonstrativos gerenciais
O objetivo do fluxo de caixa (FC) é apurar o saldo disponível para se tomar a decisão de captar os recursos necessários, ou aplicar os recursos disponíveis. O saldo de caixa não indica, necessariamente, que a empresa está tendo lucro ou prejuízo em suas atividades operacionais.
O FC, também chamado por Treuherz (1978) de Demonstrativo de Entradas e Saidas de Caixa ou Demonstrativo de Fluxo do Disponível, tem por finalidade indicar a procedência do numerário do qual se utilizou à empresa em um determinado período e as aplicações desse numerário nas suas várias atividades.
Treuherz (1978) lista as principais transações que acabam resultando em oscilações no nível de caixa:
Entradas — vendas à vista, recebimentos de duplicatas ou contas a receber, integralização de capital pelos sócios ou acionistas, entrada de dinheiro proveniente de empréstimos, venda de itens do ativo fixo e outros.
Saídas — compras ã. vista, pagamento de fornecedores e contas a pagar, pagamento de
despesas, dividendos, compra de itens do ativo fixo e outros.
O FC proporciona ao gestor financeiro uma visão nítida da movimentação de onde vieram e para onde foram os valores que passaram pelo caixa. Segundo Silva (1997), é possível reconstruir o FC retrospectivo, a partir das informações existentes no balanço patrimonial, na demonstração do resultado e de algumas fontes adicionais. A fórmula básica do FC é a seguinte:
Saldo Inicial + Entradas — Saídas = Saldo Final (sendo que o saldo final da datal representa o saldo inicial da data2 e assim sucessivamente)
Se o FC for projetado para um período futuro com base em informações passadas e presentes, o analista terá condições de compatibilizar na linha do tempo o contas a pagar e o contas a receber. Conseqüentemente, obterá informações valiosas, tais como, o melhor momento da compra, o melhor momento da venda à vista, os momentos mais "carregados" do contas a pagar e projetar estouros ou sobras de caixa. Esta projeção acaba se tornando parte integrante do demonstrativo de orçamento de caixa.
em situações onde ocorra um superávit de caixa, irá permitir ao gestor analisar previamente as alternativas de aplicação dos recursos excedentes.
Sanvicente (1987) apresenta dois métodos para orçamento de caixa: método dos recebimentos e pagamentos e método do resultado ajustado. Para fins de exemplificar o que é um OC, escolheu-se o método dos recebimentos e pagamentos, pois, segundo o autor este é mais detalhado. 0 Quadro 03 apresenta de forma sistemática este método de orçamento:
mrsEs
DISCRIMINAÇÃO
SALDO INICIAL
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ TOTAL
VelltiaS a Wan/
Vendas a vista Dividendos recebidos
EBIM
Empréstimos bancários Subscrição de ações Vendas de ativos Outros
TOTAL DE RECEBIMENTOS
Matérias-primas co 0
r— z
1
ct a.TOTAL
Materiais indiretos
w
Instalações e equipamentos Salários e ordenados Encargos sociais Impostos Juros
Dividendos pagos
DE PAGAMENTOS
SALDO FINAL DE CAIXA
Quadro 03: Orçamento de caixa (método dos recebimentos e pagamentos) 7
Empréstimos, integralização de capital social (subscrição de Kb -es), dividendos recebidos, vendas de ativos e outras entradas, não são operações comuns ao dia-a-dia Sendo
assim, a pesquisa concentrou-se em avaliar as duas principais fontes de receitas: vendas A vista e vendas a prazo.
Estas duas fontes de receitas estão diretamente relacionadas A política de crédito e cobrança Quem adota uma política de vendas a prazo deve estar ciente que hi o fator de risco de inadimplência. A gestão de contas a receber deve se atentar não somente ao volume
negociado, mas também ao prazo concedido. Conforme Silva (1997), A medida que cresce o prazo, se eleva o risco de crédito. Por este motivo, uma definição clara da proporção de negociações realizadas A vista x prazo, contribuiu para um maior controle sobre o nível de caixa, evitando surpresas desagradáveis como a insolvência de compromissos.
Partindo-se da premissa que todos os pagamentos serão efetivamente realizados nas datas pré-definidas, o controle das saídas toma-se mais fácil. Excluindo-se situações excepcionais, como por exemplo, uma catástrofe natural, ou mudanças radicais de natureza macroeconômica, é possível se realizar uma estimativa da maioria das saídas futuras.
2.4 Técnicas de Analise Econômico Financeira
A seguir, serão apresentados alguns métodos utilizados para a realização de análise econômico-financeira. 0 fato de 'algumas técnicas terem sido estudadas nesta seção, não é sinônimo de que obrigatoriamente todas foram utilizadas na parte prática da pesquisa.
2.4.1 Análise de crédito
0 risco de crédito é algo que está presente no cotidiano do financeiro de qualquer empresa, seja ela da area financeira, serviços, comercial ou industrial. No entanto, tendo em conta o tipo de negócio ou ramo de atividade, as empresas procedem a análises mais ou menos criteriosas de risco de crédito dos seus clientes. Desde o estabelecimento comercial varejista que habitualmente não procede a qualquer análise, até As instituições financeiras que, procedem a análises bastante exaustivas, existe uma infinidade de casos.
EMPRÉSTIMO E FINANCIAMENTOS
CREDOR DEVEDOR
'Q=
PROMESSA DE PAGAMENTOde agentes financeiros. Desta forma identificou-se a necessidade de aprofundar os conhecimentos sobre a importância do crédito e o risco envolvidos nas concessões de crédito.
Segundo Silva (1997), o crédito consiste na entrega de um valor presente mediante uma promessa de pagamento. A representação do crédito é ilustrada na Figura 1:
Figura 01: Representação do crédito
Conforme Silva (1997), no comércio o crédito assume o papel de facilitador de venda. Ele possibilita ao cliente adquirir o bem para atender sua necessidade, ao mesmo tempo em que incrementa as vendas do comerciante, pois se a empresa decidir que só venderá à vista, poderá perder mercado para seus concorrentes. Todavia, vender a crédito e não receber, levará
falência. A relação risco x retorno está implícita quanto se trata de concessão de crédito. De acordo com a instituição financeira HSBC (2006), o risco de crédito está associado as possíveis perdas que o credor tenha caso o devedor (contraparte) não honre com os seus
compromissos. Este risco está intimamente relacionado com fatores internos e externos empresa que podem prejudicar o pagamento do montante de crédito concedido. Porém, ao dispor de informações fidedignas, captadas de fontes oficiais e pertinentes, processadas e disponibili7adas de maneira segura, a concedente de crédito pode melhor quanti ficar os riscos de crédito e reduzir os custos decorrentes da inadimplência.
fundamentais para a manutenção de empresas saudáveis
ea conseqüente expansão do crédito.
Segundo Silva (1997) a confiança embora fundamental
enecessária para a análise, não pode
ser
oprincipal fator para a concessão crédito. A formalização do acordo de crédito por meio
de um contrato bem elaborado
éuma condição fundamental para assegurar ao credor
odireito
de receber, independente da vontade do devedor de pagar.
Silva (1997) destaca os 5C's da
análisede crédito, sendo eles:
caráter, capacidade,condições, capital e conglomerado.
Concernente a
caráter,refere-se
a
intenção de pagar. Torna-se bastante
difícileste tipo
de
análise, eaté certo ponto subjetiva, uma vez que não se trata de algo quantificável. 0 seu
histórico de compras através de informações obtidas junto a bancos
efornecedores traduz-se
no principal instrumento de conhecimento da pontualidade do devedor no cumprimento de
suas obrigações. Contudo,
oatraso ou mesmo
onão pagamento não
énecessariamente uma
questão de
caráter.Os outros C's podem ser os originadores da inadimplencia.
A capacidade
estárelacionada
a
habilidade, à competência empresarial do
indivíduoou do grupo de
indivíduos eao potencial de produção, administração
ecomercialização da
empresa. Assim como
o caráter,este também
éum fator bastante subjetivo
ede
difícilavaliação. 0 conhecimento sobre a capacidade técnica-administrativa da empresa, advém
essencialmente através da
análisedo curriculo dos seus respectivos gestores.
seja favorável ao mercado de combustíveis, pode inapactar diretamente o resultado econômico-financeiro de um posto revendedor, ocasionando um estado de insolvência temporária, ou permanente da empresa.
0 capital refere-se a situação econômico-financeira da empresa, no que diz respeito aos seus bens e recursos possuidos para saldar seus débitos. Um critério importante para avaliar este fator é a dimensão do capital social da empresa, ou seja, o volume de capital que os sócios ou acionistas investiram na empresa. Esta avaliação • chama-se de análise patrimonial.
0 quinto e último C, quando aplicável, refere-se ao exame do conjunto, do conglomerado de empresas no qual a pleiteante de crédito esteja contida. Normalmente esta análise é aplicável quando se trata de um grupo ou rede de empresas que estão debaixo de uma mesma administração. Pode-se considerar também como conglomerado, a análise conjunta dos 4C's anteriores.
A analise dos 5C's, resulta ern uma classificação, que irá determinar o risco de credito que deverá ser aferido a empresa tomadora do empréstimo ou financiamento. Silva (1997) ainda acrescenta um sexto C, o colateral, que diz respeito ao a capacidade do cliente em oferecer garantias complementares. É uma forma de segurança de pagamento do crédito que foi solicitado. São normalmente ativos complementares que o toMador do crédito apresenta como garantias. Estas tam de ser muito bem selecionadas e têm regularmente de representar valores iguais ou superiores aos montantes emprestados, para que no caso de insolvência o ativo seja utilizado para pagar a operação de credito. Para a avaliação das garantias reais deve-se levar em conta a liquidez, a depreciabilidade, a capacidade de comercialização, a localização, os custos de manutenção e as despesas de venda do bem.
EMPRÉSTIMO E FINANCIAMENTOS
CREDOR DEVEDOR
PROMESSA DE PAGAMENTO
RISCO DE CREDITO CONGLOMERADO
CLASSIFICAÇÃO
COLATERAL (garantias colaterais)
Figura 02: Representação do crédito associado ao risco
2.4.2 indices financeiros
0 uso de indices financeiros, de acordo com Ross, Westerfield e Jordan (1998), é uma maneira de comparar empresas de tamanho diferente. Segundo Silva (1995), eles têm por objetivo fornecer-nos informações que não são fáceis de serem visualizadas de forma direta nas demonstrações financeiras. Nada mais são do que relações entre contas ou grupos de contas das demonstrações financeiras.
Neste trabalho foram destacados quatro grupos de indices financeiros, chamados por Sanvicente (1987) de indices de liquidez, indices de rentabilidade, indices de eficiência
2.4.2.1 indices de liquidez
Foram selecionados três indices, que visam mensurar, a Liquidez • Geral (LG), a Liquidez Corrente (LC) e a Liquidez Seca (LS).
A LG mede a proporção dos bens e direitos a ser realizados a curto e longo prazo em relação As dividas totais, indicando a capacidade de solvência global.
Fórmula: Ativo Circulante + Ativo Realizável a Longo Prazo Passivo Circulante + Passivo Exigível a Longo Prazo
0 indice LC 6 um dos mais utilizados e mostra a capacidade de pagamento (solvência) da empresa a cutto prazo:
Fórmula: Ativo Circulante
Passivo Circulante
Subtraindo-se do Ativo Circulante os estoques, sobram os valores de maior liquidez, como contas a receber de curto prazo, as aplicações financeiras e as próprias disponibilidades (caixa + banco). Ao relacionar tais valores com o Passivo Circulante, tem-se uma medida mais rigorosa da capacidade de solvência que é a LS.
Fórmula: Ativo Circulante - Estoques Passivo Circulante
2.4.2.2 indices de rentabilidade
Foram estudados três indices, chamados por Ross, Westerfield e Jordan (1998) de
Margem de Lucro (ML), Taxa de Retorno do Ativo (ROA —
Return On Asset)e Taxa de
Retomo do Capital Próprio (ROE -
Return On Equity).A ML revela a margem de lucratividade obtida pela empresa em função do seu
faturamento, isto 6, quanto a empresa obteve de lucro liquido para cada real vendido.
Fórmula:
Lucro
LiquidoVendas
O ROA é o indicador de desempenho
que mede a lucratividade de uma empresa com
relação a todos os seus ativos ou ao total de investimento em ativos.
Fórmula:
Lucro Liquido
Ativo Total
0 ROE revela qual foi a taxa de rentabilidade obtida pelo capital próprio investido na
empresa, isto 6, quanto a empresa ganhou de lucro liquido para cada real investido. Para quem
investe, este é o índice de maior importância.
Fórmula:
Lucro Liquido
Patrimônio Liquido
2.4.2.3 indices de
eficiência
operacionalForam
selecionados
três indices, chamados por Ross, Westerfield e Jordan(1998)
de Giro de Estoques (GE), Giro de Contas a Receber(GCR),
e Giro de Contas a Pagar(GCP).
0
GE indica onúmero
de vezes que os estoques giraram impulsionadas pelas vendas, ou seja, quantifica a velocidade media com a qual os produtos passaram pelo estoque.Fórmula:
Custo dos Produtos Vendidos
Estoque Médio
Caso deseje-se saber
quantos
dias em média os produtos ficaram em estoque, basta dividir onúmero
de dias do exercício(1
ano= 365
dias), pelo GE.0 GCR
mede onúmero
de vezes que se consegue resgatar ocredito
concedido através das vendas a prazo,ou
seja,quantifica
avelocidade
média com o qual cobra-se osdevedores :
Fórmula:
Vendas a Prazo
Média do Contas a Receber
Caso deseje-se saber
quantos
dias em média o crédito ficou de posse dos seus devedores, basta dividir onúmero
de dias do exercício(1
ano365
dias), peloGCR.
Por
fim,
oGCP
mede o mesmo que oGCR,
porém,ao
invés de recebimentos, neste caso quantifica-se a velocidade média como
qual a empresa paga os credores/fornecedores.Fórmula:
Compras a Prazo
Média do Contas a Pagar
Conforme
Sanvicente (1987),os indices de eficiência operacional procuram medir a
rapidez com que certos
ativos (eum item do passivo) giram dentro de um
exercício
normal,
ou seja,
1ano, dado
o
volume de
operações então alcançado.2.4.2.4
indices de endividamento
Foram selecionados três indices, chamados por estes mesmos autores de
Endividamento Geral
(EG),Cobertura de Juros
(CJ)e
Coberturade Caixa (CC).
0 EG
representa a
relaçãoentre toda estrutura do capital de terceiros
e
os ativos totais.
Fórmula: Ativo Total — Patrimônio Liquido
Ativo Total
Conforme A
CJdiz respeito a capacidade da empresa de
cobriras despesas
correspondentes aos encargos financeiros/juros.
Fórmula: Lucro Antes do Imposto de Renda (LAIR)
Encargos Financeiros
/Juros
A CC mede a capacidade real da empresa de cobrir todas as despesas de encargos
financeiros e juros, pois soma a depreciação a LAIR. 8
Fórmula: (LAIR) + Depreciação
Encargos Financeiros
/Juros
8 Segundo Ross, Westerfield e Jordan (1998), um problema com a CJ é o de que se baseia no LAIR, que não é