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Propagação de ondas eletromagnéticas cap

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Academic year: 2019

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Propagação de ondas eletromagnéticas

Cap 10

Nossa primeira aplicação das equações de Maxwell será relativa à propagação de onda eletromagnética. Em geral, ondas são um meio de transportar emergia ou informação.

Todas as formas de ondas EM compartilham três características principais:

1 – Todas elas viajam em alta velocidade;

2 – Ao se propagarem apresentam propriedades ondulatórias;

3 – Elas são irradiadas a partir de uma fonte sem a necessidade de um meio físico de propagação.

Resolveremos as equações de Maxwell e estudaremos a propagação de ondas EM nos seguintes meios materiais:

1 – Espaço livre (𝜎 = 0, 𝜀 = 𝜀0, 𝜇 = 𝜇0);

2 – Dielétrico sem perdas (𝜎 = 0, 𝜀 = 𝜀r𝜀0, 𝜇 = 𝜇r𝜇0ou 𝜎 ≪ 𝜔𝜀); 3 – Dielétricos com perdas (𝜎 ≠ 0, 𝜀 = 𝜀r𝜀0, 𝜇 = 𝜇r𝜇0);

4 – Bons condutores (𝜎 → , 𝜀 = 𝜀r𝜀0, 𝜇 = 𝜇r𝜇0 ou 𝜎 ≫ 𝜔𝜀); onde 𝜔 é a frequência angular da onda.

Ondas em geral:

Um movimento ondulatório ocorre quando um distúrbio em um ponto A, em um instante t0, está relacionado com o que ocorre em um

ponto B, em um instante t > t0.

Em uma dimensão, uma equação de onda escalar tem a forma de:

𝜕²E⃗⃗ 𝜕𝑡² − u2

𝜕2E⃗⃗

𝜕z2 = 0

(2)

ou E = f (z - ut) + g (z + ut) As soluções têm a forma:

E− = f (z − ut)

E+ = g (z + ut)

Exemplos de tais funções incluem z ± ut, sen K (z ± ut),

cos K (z ± ut) e 𝑒−jK(z±ut), onde K é uma constante.

Se em particular, assumirmos uma dependência temporal harmônica (ou senoidal) 𝑒j𝜔t, a equação de onda torna-se:

𝑑²ES

𝑑z² + 𝛽²ES = 0

onde 𝛽 =𝜔

u e ES é a forma fasorial de E. As soluções possíveis para esta

equação são:

E+ = A ej (𝜔t−βz), E= B ej (𝜔t+βz)e E = A 𝑒j (𝜔t−βz)+ B 𝑒j (𝜔t+βz) onde A e B são constantes reais.

No momento, vamos considerar a solução da forma:

E = A sen(𝜔t − βz)

Características desta onda:

1 – É harmônica no tempo;

2 – A é a amplitude e tem a mesma unidade de E.

3 – (𝜔t − 𝛽z) é a fase (em radianos) que depende do tempo e de z.

4 - 𝜔 é a frequência (radianos/s) e 𝛽 é a constante de fase ou número de onda (radianos/m).

 Comportamento de E com T = constante

(3)

Para cada comprimento de onda propagada, a onda experimenta uma mudança de fase de 2𝜋 radianos.

𝛽 =2𝜋𝜆

 Comportamento de E com z = constante

T = período [s]

Como a onda leva um tempo T para se propagar uma distância λ a uma velocidade u temos:

𝜆 = uT com T = 1

f

Então: u = fλ

Também temos: 𝜔 = 2𝜋f, β =𝜔

u e T = 1

f = 2𝜋

𝜔

Logo:

(4)

. E⃗⃗⃗⃗ = 0S

. H⃗⃗⃗⃗ = 0S

x E⃗⃗⃗⃗ = −j𝜔𝜇HS s

x H⃗⃗⃗⃗ = (𝜎 + j𝜔ε)Es s

O ponto P é um ponto de fase constante e assim 𝜔t − βz = cte ou

De forma similar, pode-se mostrar que a onda B sen(𝜔t + 𝛽z) está se propagando com velocidade u ao longo de –z.

Fazer: Exemplo 10.1

Propagação de onda em dielétrico com perdas

É um meio no qual ondas EM perdem energia, à medida que se propagam, devido à condutividade desse meio. s 0

Considere um meio dielétrico com perdas, linear, isotrópico e homogêneo que está livre de cargas (𝜌v = 0).

As equações de Maxwell na notação fasorial são:

1 – . D⃗⃗⃗⃗ = 𝜌s v D⃗⃗⃗⃗ = 𝜀Es ⃗⃗⃗⃗ s

2 – n . B⃗⃗⃗⃗ = 0 Bs ⃗⃗⃗⃗ = 𝜇Hs ⃗⃗⃗⃗ s

3 – x E⃗⃗⃗⃗ = −j𝜔Bs ⃗⃗⃗⃗ Js ⃗⃗ = 𝜎Es ⃗⃗⃗⃗ s

4 – xH⃗⃗⃗⃗ = Js ⃗⃗ + j𝜔Ds ⃗⃗⃗⃗ s

Aplicando o rotacional na equação (3):

x xE⃗⃗⃗⃗ = −j𝜔𝜇 xHs ⃗⃗⃗⃗ s

Aplicando a identidade vetorial:

x x A⃗⃗ = ( . A⃗⃗ ) − ²A⃗⃗

( . E⃗⃗⃗⃗ ) − ²Es s = j𝜔𝜇(σ + jωε)Es

²E⃗⃗⃗⃗ − γ²Es ⃗⃗⃗⃗ = 0s (5) onde

γ² = j𝜔𝜇 (𝜎 + j𝜔𝜀) e γ é chamada constante de propagação do meio.

𝑑z 𝑑t =

(5)

Procedimento semelhante leva a:

²H⃗⃗⃗⃗ − γ²Hs ⃗⃗⃗⃗ = 0s (6)

As equações (5) e (6) são as equações vetoriais homogêneas de Helmholtz ou equações vetoriais de onda.

Como γ nas 5 e 6 é uma quantidade complexa podemos fazer:

γ = α + jβ

e encontramos:

𝛼 = 𝜔√𝜇𝜀2 [√1 + [𝜔𝜀𝜎]2− 1]

𝛽 = 𝜔√𝜇𝜀2 [√1 + [𝜔𝜀𝜎 ]2+ 1]

Sem perda de generalidade, se assumirmos que a onda se propaga ao longo de +âz e que E⃗⃗⃗⃗ s tem somente componente x, então:

Es

⃗⃗⃗⃗ = Exs(z)âx

Substituindo (5) equação de onda tem-se:

( ² − γ²)Exs(z) = 0

𝜕²Exs(z)

𝜕x² +

𝜕²Exs(z)

𝜕y² +

𝜕²Exs(z)

𝜕z² − γ²Exs(z) = 0

[𝜕z𝜕22− γ2] E

xs(z) = 0

Esta é uma equação de onda escalar com solução:

Exs(z) = Eo𝑒−γz + E′o𝑒γz onde Eo e E′o são constantes.

O fato do campo ser finito no infinito requer E′o = 0. Inserindo o fator temporal 𝑒j𝜔t temos:

(6)

E⃗⃗ (z, t) = Re [Exs(z)𝑒j𝜔tâx] = Re [Eo𝑒−𝛼z𝑒j(ωt−βz)âx]

ou E⃗⃗ (z, t) = Eo𝑒−𝛼zcos(𝜔t − βz)âx

e a partir das equações de Maxwell (conforme exemplo 9.8) temos:

H

⃗⃗ (z, t) = Re (Ho𝑒−𝛼z𝑒j(ωt−βz)ây) onde

Ho =Eo𝜂 onde 𝜂 é complexo e denominado impedância intrínseca

(em Ohms) do meio.

𝜂 = √𝜎+j𝜔𝜀j𝜔𝜇 = |𝜂| 𝜃𝜂 e assim:

H

⃗⃗ = Re [ Eo

|𝜂|𝑒j𝜃𝜂𝑒−𝛼z𝑒j(ωt−βz)ây] ou

H ⃗⃗ = Eo

|𝜂| 𝑒−𝛼zcos (𝜔t − βz − 𝜃𝜂)ây

OBS: À medida que se propaga ao longo de âz a onda se atenua em amplitude por um fator de 𝑒−𝛼z.

𝛼 → Constante de atenuação [Np/m] nepers por metro ou [dB/m].

 Um neper significa redução de 𝑒−1 do valor original 1 Np = 20 log10𝑒 = 8,686 dB

𝛽 → Medida do deslocamento de fase por unidade de comprimento e é chamado de constante de fase ou número de onda.

(7)

OBS: Observe também que E⃗⃗ e H⃗⃗ estão fora de fase por 𝜃𝜂, devido à impedância intrínseca complexa do meio.

A razão entre os módulos de densidade de corrente de condução J⃗⃗ s e da densidade de corrente de deslocamento J⃗⃗⃗⃗ ds é:

|J⃗⃗⃗ |s |J⃗⃗⃗⃗⃗⃗ |ds =

|𝜎E⃗⃗⃗⃗ |s |j𝜔𝜀E⃗⃗⃗⃗ |s =

𝜎

𝜔𝜀 = tgθ

onde tgθ é conhecida como tangente de perdas e θ é o ângulo de perdas do meio. Um meio é dito um bom dielétrico (sem perdas) se a tgθ é muito pequena (𝜎 ≪ 𝜔𝜀), ou um bom condutor se tgθ é muito grande (𝜎 ≫ 𝜔𝜀).

Da equação de Maxwell temos:

x H⃗⃗⃗⃗ = (𝜎 + j𝜔𝜀)Es s = j𝜔𝜀 [1 −𝜔𝜀jσ]E⃗⃗⃗⃗ s

𝜀c

ou 𝜀c = 𝜀− jε′′ → permissividade complexa do meio.

Observe que tgθ = 𝜀′′

𝜀′ = 𝜎 𝜔𝜀

Ondas planas em dielétricos sem perdas

Em um dielétrico sem perdas 𝜎 ≪ 𝜔𝜀.

𝜎 ≃ 0, 𝜀 = 𝜀o𝜀r, 𝜇 = 𝜇o𝜇r

𝛼 = 0, 𝛽 = 𝜔√𝜇𝜀 → u = 𝜔𝛽 = 1

√𝜇𝜀, 𝜆 =

2𝜋 𝛽

e também 𝜂 = √𝜇

(8)

Ondas planas no espaço livre

No espaço livre temos:

𝜎 = 0, 𝜀 = 𝜀o, 𝜇 = 𝜇o e assim

𝛼 = 0, 𝛽 = 𝜔√𝜇o𝜀o = 𝜔C

𝜇 = 1

√𝜀o𝜇o = c, 𝜆 =

2𝜋 𝛽

Temos que: E x âH = âK

Direção de propagação

Chamamos de esta onda de onda plana uniforme. A orientação na qual o campo elétrico aponta é chamada polarização da onda.

OBS: Uma onda plana uniforme não pode existir fisicamente, pois ela se estende até o infinito e representaria uma energia infinita.

Ondas planas em bons condutores

Para um condutor perfeito temos 𝜎 ≫ 𝜔𝜀, de tal maneira que

𝜎

𝜔𝜀 → ∞, isto é:

𝜎 ≅ ∞, 𝜀 = 𝜀o, 𝜇 = 𝜇o𝜇r e assim

𝛼 = 𝛽 = √𝜔𝜇𝜎2 = √𝜋fμσ

u = 𝜔𝛽 = √2𝜔𝜇𝜎, 𝜆 = 2𝜋𝛽 e também 𝜂 = √𝜔𝜇

𝜎 45º

portanto, E⃗⃗ está adiantado em relação a H⃗⃗ de 45º.

Se E⃗⃗ = Eo𝑒−𝛼zcos(𝜔t − βz)âx, então:

H

⃗⃗ = Eo

√𝜔𝜇𝜎 𝑒

−𝛼zcos ( 𝜔t − βz − 45°)â y

𝜂 = 𝜂o= √𝜇o𝜀

(9)

A distância 𝛿, na qual a amplitude da onda decresce por um fator 𝑒−1 é chamada de penetração pelicular do meio, isto é,

Eo𝑒−𝛼𝛿 = Eo𝑒−1ou 𝛿 = 𝛼1

Para bons condutores temos:

𝛿 = 1

√𝜋f𝜇𝜎

como 𝛿 decresce com a frequência, dificilmente E⃗⃗ e H⃗⃗ se propagam através de bons condutores. Efeito Pelicular.

Fazer: Exemplos 10.2; 10.3; 10.4; 10.5; 10.6.

Potência e o vetor de Poynting

A energia pode ser transportada de um ponto a outro por meio de ondas EM. A taxa de transferência desta energia pode ser obtida a partir da equação de Maxwell.

x E⃗⃗ = −𝜕B𝜕t⃗⃗

x H⃗⃗ = J +𝜕D𝜕t⃗⃗

x E⃗⃗ = −𝜇𝜕H⃗⃗

𝜕t (1) e x H⃗⃗ = 𝜎E⃗⃗ + 𝜀 𝜕E⃗⃗

𝜕t (2)

Fazendo o produto escalar de E⃗⃗ em ambos os lados da equação (2) obtemos:

E⃗⃗ . ( x H⃗⃗ ) = 𝜎|E⃗⃗ |² + E⃗⃗ . 𝜀𝜕E⃗⃗ 𝜕t (3)

Porém, para quaisquer campos vetoriais A⃗⃗ e B⃗⃗ :

. (A⃗⃗ x B⃗⃗ ) = B⃗⃗ . ( x A⃗⃗ ) − A⃗⃗ . ( x B⃗⃗ )

fazendo A⃗⃗ = H⃗⃗ e B⃗⃗ = E⃗⃗

(10)

H

⃗⃗ . ( x E⃗⃗ )+ . (H⃗⃗ x E⃗⃗ ) = 𝜎|E⃗⃗ |² + E⃗⃗ . 𝜀𝜕E⃗⃗

𝜕t da equação (1)

H

⃗⃗ . (−𝜇𝜕H⃗⃗

𝜕t) + (H⃗⃗ x E⃗⃗ ) = 𝜎|E⃗⃗ |² + E⃗⃗ . 𝜀 𝜕E⃗⃗

𝜕t

(H⃗⃗ x E⃗⃗ ) = E⃗⃗ . 𝜀𝜕E⃗⃗ 𝜕t + H⃗⃗ . 𝜇𝜕H𝜕t⃗⃗ + 𝜎|E⃗⃗ |² (5)

H ⃗⃗ . 𝜇𝜕H⃗⃗

𝜕t = 𝜇 2

𝜕

𝜕t(H⃗⃗ . H⃗⃗ ) e o mesmo para o termo em E⃗⃗ .

Assim a equação (5) torna-se:

(H⃗⃗ x E⃗⃗ ) = 12𝜀𝜕|E⃗⃗ |²𝜕t +12𝜇𝜕|H𝜕t⃗⃗ |²+ 𝜎|E⃗⃗ |² (6)

Tomando a integral de volume em ambos os lados:

∫ . (E⃗⃗ x Hv ⃗⃗ )dv = −𝜕t𝜕 ∫ [v 12𝜀|E⃗⃗ |2+12𝜇|H⃗⃗ |²]dv− ∫ 𝜎|E⃗⃗ |²v dv(7)

Aplicando o teorema da divergência do lado esquerdo:

∮ (E⃗⃗ x Hs ⃗⃗ ). ds = −𝜕t𝜕 ∫ [v 21𝜀|E⃗⃗ |2+12𝜇|H⃗⃗ |²]dv− ∫ 𝜎|E⃗⃗ |²v dv (8)

= -

A equação (8) é conhecida como o teorema de Poyting. 𝒫 = E⃗⃗ x H⃗⃗ é dado em W/m² e é conhecido como vetor de Poyting.

Note que 𝒫 é perpendicular tanto a E⃗⃗ como a H⃗⃗ , estando, portanto, ao longo da orientação de propagação K para ondas planas uniformes.

Se assumirmos que E⃗⃗ (z, t) = Eo𝑒−𝛼zcos(𝜔t − βz)âx então

H

⃗⃗ (z, t) = Eo

|𝜂|𝑒−𝛼zcos(𝜔t − βz − 𝜃𝜂)ây

𝒫(z, t) = |𝜂| 𝑒Eo2 −2𝛼zcos(𝜔t − βz) cos(𝜔t − βz − 𝜃 𝜂)âz

mas cos A cos B =1

2[cos(A − B) + cos(A + B)]

Potência total que deixa o volume

Taxa de decréscimo da energia armazenada nos

campos elétricos e

magnéticos

(11)

Polarização de onde e cond de contorno

𝒫(z, t) = Eo²

2|𝜂|𝑒−2𝛼z[cos 𝜃𝜂 + cos(2𝜔t − 2βz − 𝜃𝜂]âz (9)

Para determinarmos a média temporal do vetor de Poyting 𝒫med(z) (em W/m²), integramos a equação (9) sobre o período T = 2𝜋

𝜔, isto é,

𝒫med (z) = 1T∫ 𝒫(z, t) d0T t (10) = 2|𝜂|Eo² 𝑒−2𝛼zcos 𝜃𝜂 âz

Pode-se demonstrar que a equação (10) é equivalente a:

𝒫med (z) = 12 Re (E⃗⃗⃗⃗ x Hs ⃗⃗⃗⃗ s∗)

A potência média total que atravessa uma dada superfície S é dada por:

𝒫méd = ∫ 𝒫s méd. ds⃗

Fazer:Exemplo 10.7 – pág. 396

Reflexão de uma onda plana com incidência normal

Até aqui, temos considerado ondas planas uniformes se propagando em meios ilimitados e homogêneos. Quando uma onda plana em um meio encontra um meio diferente, ela é parcialmente refletida e parcialmente transmitida.

A proporção da onda incidente que é refletida ou transmitida depende dos parâmetros constitutivos (𝜀, 𝜇, 𝜎) dos meios envolvidos.

(12)

Onda incidente (meio 1)

Eis

⃗⃗⃗⃗⃗ (z) = Eio𝑒−𝛾1zâx , então H⃗⃗⃗⃗⃗ (z) = His io𝑒−𝛾1zây =E𝜂1io𝑒−𝛾1zây

Onda refletida (se propaga na direção de −âzno meio 1)

Ers

⃗⃗⃗⃗⃗ (z) = Ero𝑒𝛾1zâx , então ⃗⃗⃗⃗⃗⃗ (z) = HHrs ro𝑒𝛾1z(−ây) = −E𝜂ro 1 𝑒

𝛾1zây

Onda transmitida (meio 2)

Ets(z) = Eto𝑒−𝛾2zâx , então H⃗⃗⃗⃗⃗⃗ (z) = Hts to𝑒−𝛾2zây = E𝜂to2 𝑒−𝛾2zây

Eio, Ero e Eto são, respectivamente, as magnitudes dos campos incidentes,

refletido e transmitido em z = 0.

O comportamento da onda eletromagnética na interface e descrito pelas equações de Maxwell através das condições de contorno.

Condições de contorno

1ª: ∮ E⃗⃗ 𝑐 dl = − 𝑑

𝑑t∫ B⃗⃗ s ds⃗

∫ E⃗⃗ dab l + ∫ E⃗⃗ dcd l + ∫LATERALE⃗⃗ dl = −𝑑t𝑑 ∫ B⃗⃗ s ds⃗

Et1Δl − Et2Δl = 0

𝑛̂ x (E⃗⃗⃗⃗ − E2 ⃗⃗⃗⃗ ) = 01

2ª: ∮ Hc⃗⃗ dl = ∫ J ds s⃗ + 𝑑

𝑑t∫ D⃗⃗ ds s⃗

𝑛̂ x (H⃗⃗⃗⃗ − H2 ⃗⃗⃗⃗ ) = K⃗⃗ 1

Pode ser muito grande (Efeito Pelicular)

(13)

onde K⃗⃗ é a densidade linear de corrente

3ª: ∮ D⃗⃗ ds s⃗ = ∫ 𝜌v vdv

𝑛̂ . (D⃗⃗ 2− D⃗⃗ 1) = 𝜌s

4ª: ∮ B⃗⃗ s ds⃗ = 0

𝑛̂ . (B⃗⃗⃗⃗ − B2 ⃗⃗⃗⃗ ) = 01

Na interface z = 0, as condições de fronteira requerem que as componentes tangenciais dos campos E⃗⃗ e H⃗⃗ sejam contínuas. Como as ondas são transversais, os campos E⃗⃗ e H⃗⃗ são inteiramente tangenciais à interface.

Portanto, em z = 0:

E1

⃗⃗⃗⃗ (0) = E⃗⃗⃗⃗ (0)2 e H⃗⃗⃗⃗ (0) ± H1 ⃗⃗⃗⃗ (0)2

Ei

⃗⃗⃗ (0) + E⃗⃗⃗ (0) = Er ⃗⃗⃗ (0)t H⃗⃗⃗⃗ (0) + Hi ⃗⃗⃗⃗ (0) = Hr ⃗⃗⃗⃗ (0)t

Eio + Ero = Eto 𝜂11(Eio− Ero) = E𝜂to2

Destas últimas equações temos que:

Ero = 𝜂𝜂22−𝜂+𝜂11Eio e Eto =𝜂22𝜂+𝜂21Eio

Γ (coeficiente de reflexão) 𝜏 (coeficiente de transmissão)

Note que:

1. 1 + Γ = 𝜏;

2. Tanto Γ quanto 𝜏 não têm dimensão e podem ser complexos; 3. 0 ≤ |Γ| ≤ 1

Interfaces peculiares

 Dielétrico perfeito – condutor perfeito

𝜎1 = 0 𝜎0 ≈ ∞

𝜂2 = 0

ΔS

(14)

Logo: Γ = −1 e 𝜏 = 0 → a onda é totalmente refletida.

OBS: A onda refletida se combina com a onda incidente para formar uma onda estacionária (onda que não se desloca).

E1

⃗⃗⃗⃗ = E⃗⃗⃗⃗⃗ + Eis ⃗⃗⃗⃗⃗ = (Ers io𝑒−𝛾1z+ Ero𝑒𝛾1z)âx

Porém Γ =Ero

Eio = −1; 𝜎1 = 0; 𝛼1 = 0; 𝛾1 = jβ1

E1s

⃗⃗⃗⃗⃗⃗ = −Eio(𝑒jβ1z− 𝑒−jβ1z)âx = −2jEiosen(βiz)âx

Portanto:

Ei

⃗⃗⃗ = Re (E⃗⃗⃗⃗⃗⃗ 𝑒1s j𝜔t) ou E⃗⃗⃗⃗ = 2E1 iosen(β1z)sen(𝜔t)âx

 Meios 1 e 2 são, ambos, sem perdas (𝜎1 = 0 = 𝜎2).

Neste caso, 𝜂1e 𝜂2 são reais, assim como Γ e τ.

Se 𝜂2 > 𝜂1 𝛼1 = 𝛼2 = 0

Γ > 0 → ocorre formação de onda estacionária

Se 𝜂2 < 𝜂1 𝛼1 = 𝛼2 = 0

Γ < 0 → ocorre formação de onda estacionária

OBS: A diferença entre o caso A e B é a posição dos máximos e mínimos da onda estacionária.

Caso A

(15)

OBS: No meio 2 as ondas são viajantes e não há formação de onda estacionária.

A razão entre |E1máx| e |E1mín| é chamada taxa de onda estacionária S, isto é:

S = |E1|E⃗⃗⃗⃗⃗ |máx

1|mín =

|H1⃗⃗⃗⃗⃗ |máx |H1|mín =

1+|Γ|

1−|Γ| ou |Γ| = S−1 S+1

Como |Γ| ≤ 1, segue que 1 ≤ S ≤ ∞. A taxa de onda estacionária não tem dimensão e é, muitas vezes, expressa em (dB) como a seguir:

S em dB = 20 log10S

Exemplo: 10.8 e 10.9.

Reflexão de uma onda plana com incidência oblíqua

Consideremos, agora, uma situação mais geral do que a descrita anteriormente. Vamos supor que estamos tratando de um meio sem perdas. (Podendo estender os resultados aqui obtidos para meios com perdas simplesmente substituindo 𝜀 por 𝜀c).

Uma onda plana uniforme pode ser representada pela expressão geral:

E⃗⃗ (r , t) = E⃗⃗⃗⃗ cos(k⃗ . r − 𝜔t)o

= Re [E⃗⃗⃗⃗ 𝑒o j(k⃗⃗ .r⃗ −𝜔t)]

onde r = x âx + y ây + z âz é o vetor posição é k⃗ = kxx + kyy+ kzz é o vetor número de onda ou vetor propagação k⃗ tem sempre a mesma orientação da propagação de onda.

O módulo de k⃗ é dado por:

(16)

Para um meio sem perdas, k é essencialmente o mesmo β visto anteriormente. Com esta forma de escrever o campo elétrico, as equações de Maxwell se reduzem a:

k⃗ x E⃗⃗ = 𝜔𝜇H⃗⃗

k⃗ x H⃗⃗ = −𝜔𝜀E⃗⃗

k⃗ . H⃗⃗ = 0

k⃗ . E⃗⃗ = 0

Mostrando que: (i) k⃗ , E⃗⃗ e H⃗⃗ são mutuamente ortogonais. (ii) E⃗⃗ e H⃗⃗ estão no mesmo plano:

k⃗ . r = kx x + ky y + kz z = constante

temos também que:

k⃗ x E⃗⃗ = 𝜔𝜇H⃗⃗

H

⃗⃗ = 1𝜔𝜇 k⃗ x E⃗⃗ = âkx E⃗⃗⃗

𝜂

O plano definido pelo vetor propagação k⃗ e um vetor unitário n, normal à superfície de separação entre os dois meios, é chamado plano de incidência. O ângulo 𝜃i entre k⃗ e n é o ângulo de incidência.

(17)

Os campos são:

Ei

⃗⃗⃗ = E⃗⃗⃗⃗⃗ cos(kio ixx + kiyy + kizz − 𝜔it)

Er

⃗⃗⃗ = E⃗⃗⃗⃗⃗⃗ cos(kro rxx + kryy + krzz − 𝜔rt)

Et

⃗⃗⃗ = E⃗⃗⃗⃗⃗ cos(kto txx + ktyy + ktzz − 𝜔tt)

onde k⃗⃗⃗ ,ki ⃗⃗⃗ r e k⃗⃗⃗ t são os vetores propagação incidente, refletida e transmitida, respectivamente.

Como a componente tangencial de E⃗⃗ deve ser contínua na fronteira

z = 0:

Ei

⃗⃗⃗ (z = 0) + E⃗⃗⃗ (z = 0) + Er ⃗⃗⃗ (z = 0)t para qualquer x e y.

Eio

⃗⃗⃗⃗⃗ cos(kixx + kiyy + kizz − 𝜔it) +⃗⃗⃗⃗⃗⃗ cos(kEro rxx + kryy + krzz − 𝜔rt) =

Eto

⃗⃗⃗⃗⃗ cos(ktxx + ktyy + ktzz − 𝜔tt)

1. 𝜔i = 𝜔r = 𝜔t = 𝜔 → A frequência não muda 2. kix =krx = ktx = kx

3. kiy = krz = ktz = ky

As componentes tangenciais dos vetores de

propagação são contínuas. Condição de

(18)

Ângulo de reflexão

Ângulo de transmissão

ki sen(𝜃i) = kr sen(𝜃r)

ki sen(𝜃i) = kt sen(𝜃t)

Para meios sem perdas:

ki = kr = 𝛽1 = 𝜔√𝜇1𝜀1 e kt = 𝛽2 = 𝜔√𝜇2𝜀2

Com ki sen(𝜃i) = kr sen(𝜃r) onde ki = kr

sen(𝜃i) = sen(𝜃r) →

e com ki sen(𝜃i) = kt sen(𝜃t)

𝜔√𝜇1𝜀1 sen(𝜃i) = 𝜔√𝜇2𝜀2 sen(𝜃t) e multiplicando pela velocidade da

luz em ambos os lados:

c √𝜇1𝜀1 sen(𝜃i) = c √𝜇2𝜀2 sen(𝜃t)

→ Lei de Snell

onde 𝑛1 = índice de refração do meio 1 podemos definir u = 𝜔

k como

velocidade de fase ou u = c

𝑛.

kxt

𝑛1

𝜃𝑖 = 𝜃r

𝑛2

𝑛1sen (𝜃i) = 𝑛2sen (𝜃t) kxr

(19)

Vamos analisar dois casos especiais em detalhes: um com o campo E⃗⃗ perpendicular ao plano de incidência e outro com o campo E⃗⃗ paralelo ao plano de incidência.

Qualquer outra polarização pode ser considerada como uma combinação linear destas duas.

A. Polarização paralela

 Campos no meio 1:

Eis

⃗⃗⃗⃗⃗ = Eio(cos(𝜃i) âx − sen(𝜃i) âz) 𝑒−j𝛽1(x sen(𝜃i)+z cos (𝜃i))

His

⃗⃗⃗⃗⃗ = Eio

𝜂1 𝑒

−j𝛽1(x sen(𝜃i)+z cos (𝜃i)) ây

Ers

⃗⃗⃗⃗⃗ = Ero(cos(𝜃r) âx + sen(𝜃r) âz) 𝑒−j𝛽1(x sen(𝜃r)−z cos (𝜃r))

Hrs

⃗⃗⃗⃗⃗⃗ = − Ero

𝜂1 𝑒

−j𝛽1(x sen(𝜃r)−z cos (𝜃r))ây

onde 𝛽1 = 𝜔√𝜇1 𝜀1.

Ets

⃗⃗⃗⃗⃗ = Eto(cos(𝜃t) âx − sen(𝜃t) âz) 𝑒−j𝛽2(x sen(𝜃i)+z cos (𝜃t))

Hts

⃗⃗⃗⃗⃗⃗ = Eto

𝜂2 𝑒

(20)

1

𝜂1(Eio − Ero) =

E

to

𝜂

2

Se estiverem erradas as suposições feitas com respeito às orientações relativas, o resultado final obtido nos mostrará isso através do seu sinal.

Sabemos que as componentes tangenciais de E⃗⃗ e de H⃗⃗ são contínuas na fronteira z = 0.

Para o campo elétrico em z = 0:

Ei

⃗⃗⃗ + E⃗⃗⃗ = Er ⃗⃗⃗ t

(Eiocos(𝜃i) + Erocos(𝜃i) 𝑒−j𝛽1x sen(𝜃i) = Etocos(𝜃t) 𝑒−j𝛽2x sen(𝜃t)

𝛽1 sen(𝜃i) = 𝛽2 sen(𝜃t) → Lei de Snell

Para o campo magnético em z = 0:

His

⃗⃗⃗⃗⃗ + H⃗⃗⃗⃗⃗⃗ = Hrs ⃗⃗⃗⃗⃗⃗ ts

Eio

𝜂1 𝑒

−j𝛽1x sen(𝜃i) −Ero

𝜂1 𝑒

−j𝛽1x sen(𝜃i) =Eto

𝜂2 𝑒

−j𝛽2x sen(𝜃t)

e obtemos

Γ|| =EEro io =

𝜂2cos(𝜃t) − 𝜂1cos(𝜃i)

𝜂2cos(𝜃t) + 𝜂1cos(𝜃i)

𝜏|| = EEto io =

2𝜂2cos(𝜃i)

𝜂2cos(𝜃t) + 𝜂1cos(𝜃i)

Observamos que Γ|| pode ser zero e o ângulo de incidência para o qual isso ocorre é chamado de ângulo de Brewster.

𝜂2cos(𝜃t) = 𝜂1cos(𝜃B||)

𝜂22(1 − sen2(𝜃t)) = 𝜂1²(1 − sen2(𝜃B||))

Equações de Fresnel

1 +Γ|| = 𝜏||(cos(𝜃cos(𝜃it)))

(21)

sen(𝜃B||) = √𝜀1𝜀+𝜀2 2FAZER

ou tg(𝜃B||) = √𝜀2 𝜀1 =

𝜂2 𝜂1

B. Polarização perpendicular

Γ⊥ = 𝜂𝜂2cos(𝜃i) − 𝜂1cos(𝜃t) 2cos(𝜃i) + 𝜂1cos(𝜃t)

𝜏⊥ = 𝜂 2 𝜂2cos(𝜃i)

2cos(𝜃i) + 𝜂1cos(𝜃t)

1 + Γ⊥ = 𝜏⊥

O ângulo de Brewster é:

𝜂2cos(𝜃B⊥) = 𝜂1cos(𝜃t)

sen2(𝜃

B⊥) = 1 − μ1ε2/𝜇2𝜀1

1 − (μμ1

2)²

Para meios não magnéticos (μ1 = μ2 = μ0), sen2(𝜃B⊥) → ∞ com μ1 ≠ μ2 e 𝜀1 = 𝜀2 temos:

sen(𝜃B⊥) = √μ μ2 1 + μ2

Embora esta situação seja teoricamente possível, na prática é rara.

(22)

Δl

Δh

t̂ Meio 1

Referências

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