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Avaliação da insatisfação com a imagem corporal em adolescentes-associação com o estado ponderal e o índice de actividade física : Trabalho de Investigação : Evaluation body image dissatisfaction in adolescents-association with weigh status and index of p

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Texto

(1)

Marisa de Fátima de Jesus Monteiro Gaspar

Orientado por: Mestre Bárbara Camarinha

Trabalho de investigação

Porto, 2009

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…ao Prof. Doutor Nuno Borges, pelo apoio e ajuda cedida no trabalho de investigação.

…ao Prof. Doutor Bruno Oliveira, pelo apoio e ajuda essencial, na parte estatística do trabalho de investigação.

…à minha família e ao Rúben, por todo apoio e carinho dado ao longo desta etapa!

(3)

Agradecimentos ... i

Lista de Abreviaturas ... iii

Resumo em Inglês ...iv

Resumo em Português ...vi

Palavras-Chave em Inglês e Português ... vii

Introdução ... 1 Objectivos ... 4 Material e Métodos ... 5 Resultados ... 11 Discussão ... 22 Conclusão ... 28 Referências Bibliográficas ... 29

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CDC - Centers of Disease and Control Prevention

CRASH - Conhecimento da Realidade Alimentar da Senhora da Hora FID -- FEEL Minius Ideal Discrepancy

IAFD - Índice de actividade Física Desportivo IAFH - Índice de Actividade Física Habitual IAFL - Índice de Actividade Física de Lazer IAFO - Índice de Actividade Física Ocupacional IMC - Índice de Massa Corporal

OMS - Organização Mundial de Saúde PcIMC - Percentil IMC

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Objective: To evaluate the frequency of dissatisfaction with body image and to examine its association with physical activity and body weight among adolescents. Material and Methods: This is a cross-sectional study conducted in a Porto high school, in which 234 adolescents of both sexes, aged between 10 and 17 years were evaluated.

Anthropometric measurements (weight and height) were obtained for each participant in order to determine their percentile of BMI, using as reference the

Centers of Disease Control and Prevention data. Dissatisfaction with body image

was assessed by Collins body silhouette scale. The Baecke questionnaire was applied to determine the index of habitual physical activity (IHPA) of each participant.

Results: From the 234 adolescents participating in the study, 48.3% were females and 51.7% males, with ages between 10.3 and 17.7 years.

Girls were more dissatisfied than boys with their body image (68.1% vs. 52.9%). A high proportion of adolescents presented a distorted perception of body image, with underestimation in both sexes and across different age groups. A moderate correlation was found between the FID and BMI percentile in both genders (boys:

r=0,698, p<0.001, girls: r=0,582, p<0.001). The third and fourth quartiles of the

physical activity index have shown to have an independent protective effect on dissatisfaction with body image, OR for 3rd vs 1st quartile of IAFH = 0.38, 95% CI

0.16-0,87; OR for 4rd vs 1st quartile of IAFH = 0.29, 95% CI 0.12-0.86, adjusted for BMI percentile and sex.

Conclusion: According to the previously reported, girls have shown to be more dissatisfied with their body image than boys. Body image dissatisfaction increases

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Objectivo: Avaliar a frequência de insatisfação com imagem corporal entre os adolescentes, assim como estudar a sua associação com a actividade física e o estado ponderal.

Material e métodos: Trata-se de um estudo transversal realizado numa escola secundária do Porto, no qual foram avaliados 234 adolescentes de ambos os sexos, com idades compreendidas entre os 10 e os 17 anos.

Foram efectuadas as medições antropométricas de cada participante (peso e altura), de forma a determinar o percentil de IMC, utilizando como referência as tabelas do Centers of Disease and Control Prevention. A insatisfação com a imagem corporal foi avaliada através da escala de silhueta corporal desenhada por Collins. Foi aplicado o questionário de Baecke para determinar o índice de actividade física habitual (IAFH) de cada participante.

Resultados: Dos 234 adolescentes participantes no estudo, 48,3% pertenciam ao sexo feminino e 51,7% ao sexo masculino, tendo idades compreendidas entre os 10,3 e os 17,7 anos.

Foi possível averiguar que as raparigas estavam mais insatisfeitas do que os rapazes (68,1% vs. 52,9%), com a sua imagem corporal. Uma elevada proporção de adolescentes apresenta distorção da imagem corporal, ocorrendo uma subestimação da mesma, em ambos os sexos e nos diferentes grupos etários. Verificou-se a existência de uma correlação moderada entre o percentil IMC e o FID, em ambos os sexos (rapazes: r=0.698, p<0,001; raparigas: r=0.582,

p<0,001). Foi observado que o terceiro e quarto quartil de índice de actividade

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1º quartil de IAFH = 0.29, 95% IC 0.12-0.86, ajustado para o percentil IMC e sexo. Conclusão: De acordo com o já descrito, as raparigas revelam ser mais insatisfeitas com a sua imagem corporal, quando comparadas com os rapazes. Verifica-se que à medida que aumenta o percentil de IMC aumenta a insatisfação com a imagem corporal, em ambos os sexos. Foi possível averiguar que a actividade física poderá exercer um efeito protector sobre percepção da imagem corporal.

Keywords: body image dissatisfaction, adolescence, BMI percentile, index of physical activity.

Palavras-chave: Insatisfação imagem corporal, adolescência, percentil IMC, índice de actividade física.

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Trabalho de Investigação | FCNAUP

Introdução

A expressão imagem corporal foi introduzida por Head em 1920, representando a experiência subjectiva de um indivíduo com o seu corpo e a forma como organiza essa experiência (1,2). Segundo Gardner, a imagem corporal “é a figura mental que temos das medidas, dos contornos e da forma do nosso corpo, e dos sentimentos relativos a essas características e às partes do nosso corpo” (3)

.

Na literatura actual têm-se destacado dois componentes da imagem corporal: a estima corporal e a insatisfação com o corpo (4).

A estima corporal refere-se ao quanto um individuo gosta ou não gosta do seu corpo de forma global, podendo incluir o bem estar sentido perante aspectos que vão para além do peso e da forma do corpo, como por exemplo, o cabelo e o rosto. Já a insatisfação com o corpo e as medidas para avaliar esse constructo, focalizam claramente preocupações com o peso, forma do corpo e gordura corporal (4). A insatisfação com a imagem corporal representa um dos componentes da imagem corporal, estando relacionada com as atitudes e avaliações do próprio corpo, podendo ser definida como avaliação negativa do mesmo (5). Neste sentido, os distúrbios da imagem corporal, podem ser definidos como uma forma de distúrbio afectivo, cognitivo, comportamental e perceptual, que está directamente relacionado com aspectos da aparência física (6).

O auto-conceito da imagem corporal vai variando ao longo da vida, provavelmente devido às mudanças físicas que ocorrem durante o crescimento

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. A consciencialização destas alterações, assim como, a crescente capacitação cognitiva e de introspecção pessoal podem tornar a criança/adolescente mais

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Trabalho de Investigação | FCNAUP

vulnerável, com manifesta preocupação com a imagem corporal, bem como a percepção que os outros têm em relação a esta (2,7).

A Organização Mundial de Saúde (OMS) define a adolescência como um período compreendido entre os dez e os dezanove anos de idade (9). A adolescência consiste numa fase de grandes mudanças a nível físico e psicológico, sendo definida pelos psicólogos como um período crítico no que diz respeito ao desenvolvimento psicológico da auto-imagem (9). Revela-se um período crítico, uma vez que o adolescente é muito vulnerável às influências provenientes dos pais, grupo de pares e media, no que diz respeito à imagem corporal (10,11). As mudanças a nível físico e a aparência são a principal preocupação dos adolescentes, deste modo, a obesidade pode trazer consequências nefastas ao nível da saúde mental (12).

A prevalência de excesso de peso e de obesidade encontram-se em rápido crescimento em diversos países do mundo, nomeadamente na Europa (13). Paralelamente ao aumento da obesidade verifica-se o crescimento da insatisfação com a imagem corporal, entre os adolescentes (14). Comparativamente com os indivíduos normoponderais, os obesos tendem a subestimar ou distorcer as suas próprias dimensões corporais, sendo mais insatisfeitos e preocupados com a sua imagem (2,15). Diversos estudos revelam que a obesidade está associada à diminuição da auto-estima entre os adolescentes (16-19).

São descritos como factores que exercem influência sobre a associação existente entre excesso de peso/obesidade e a insatisfação com a imagem corporal (9,20,21): o sexo, a idade e a cultura. Detectaram-se diferenças na insatisfação com a imagem corporal entre os sexos, desde fases precoces da

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adolescência, sendo que as raparigas revelam ser mais insatisfeitas com a sua imagem corporal, que os rapazes (20-22). As adolescentes mesmo quando estão no peso adequado ou abaixo do peso ideal costumam sentir-se gordas ou desproporcionais (23), ou seja, apresentam uma distorção da imagem corporal. Deste modo, a distorção da imagem corporal pode ser definida como a sobrestimação ou subestimação do tamanho e ou forma do corpo (24).

A insatisfação com a imagem corporal pode ter consequências sérias a nível físico e psicológico, estando associada à etiologia de muitos distúrbios alimentares, como a bulimia, a anorexia e a compulsão alimentar (15,25-27). A mesma insatisfação está associada com um elevado nível de incidência de depressão (28,29, 30) e intenções suicidas (31), entre os adolescentes.

Está demonstrado que a prática de actividade física regular acarreta muitos benefícios a nível físico e psicológico, tal como a diminuição do risco de doenças cardiovasculares, a diabetes Mellitus tipo 2, a hipertensão arterial, diferentes tipos de cancro, a osteoporose, a ansiedade e a depressão (32,33). No entanto, são raros os estudos que avaliaram a associação existente entre a insatisfação com a imagem corporal e a actividade física. Alguns trabalhos têm demonstrado que a prática de desporto na adolescência tem um efeito positivo na percepção da imagem corporal e na auto-estima, diminuindo a incidência de depressão (34,35). Isto pode ser explicado pelo facto da prática de actividade física promover a perda de peso, tornando o aspecto físico mais atractivo, permitindo desta forma a obtenção de um feed-back social positivo e o reconhecimento por parte do grupo de pares, possibilitando assim, a melhoria da percepção da auto-imagem corporal

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Trabalho de Investigação | FCNAUP

a razão para a prática de actividade e exercício físico, como estratégia para obtenção da imagem ideal, principalmente nas raparigas adolescentes (36,37).

Tal como foi supracitado, a adolescência representa um período de grandes mudanças a nível físico e psicológico. Deste modo, o estudo dos factores relacionados com a insatisfação da imagem corporal reveste-se da maior importância, visto existir uma forte evidência científica que demonstra que a mesma insatisfação está na origem de muitos distúrbios alimentares (anorexia, bulimia e compulsão alimentar) e perturbações psicológicas (depressão e ideias suicidas). Perante a escassez de investigação sobre a problemática e os resultados descritos na literatura, o presente estudo pretende aferir a associação existente entre actividade física e a insatisfação com a imagem corporal.

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O presente estudo realizado em adolescentes, com idades compreendidas entre os 10 e os 17 anos, tem como objectivos:

 Avaliar a frequência de insatisfação com imagem corporal;

 Estudar a associação entre o índice de actividade física e o estado ponderal com a insatisfação da imagem corporal.

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Paarrttiicciippaanntteess

O estudo CRASH - Conhecimento da Realidade Alimentar da Senhora da Hora, trata-se de um estudo transversal realizado na Escola EB 2.3 Senhora da Hora, no ano de 2007/2008. De 711 alunos, foi efectuada uma amostragem estratificada por anos, em que em cada ano foi seleccionado um 1/3 das turmas com base na conveniência de horários, sendo recrutados no total 261 alunos.

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Prroocceeddiimmeennttoo

Foi aplicado um inquérito que compreendia a avaliação antropométrica, da percepção da imagem corporal e da actividade física de cada adolescente. Os inquéritos e as medições antropométricas foram administrados pelos alunos do 4º ano da Licenciatura em Ciências da Nutrição da FCNAUP (2004/2008), no âmbito da disciplina de Preparação para Estágio.

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I.. MMeeddiiççõõeessaannttrrooppoommééttrriiccaass

A avaliação antropométrica de cada adolescente teve por base as metodologias e técnicas internacionalmente descritas por Jelliffe e Gibson. (38,39) Foi efectuada a medição do peso e estatura de cada adolescente. A estatura foi determinada com um estadiómetro Siber®, com sensibilidade de 0,1cm e o peso com uma balança Soehnle®, com sensibilidade de 0,1Kg.

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Trabalho de Investigação | FCNAUP

De forma a avaliar o estado ponderal de cada adolescente, procedeu-se à determinação do Índice de Massa Corporal de Quetelet (IMC = peso/altura2), que posteriormente foi convertido em percentil de IMC, utilizando como referência as tabelas do Centers for Disease Control and Prevention (40).

Os adolescentes foram classificados em baixo peso (PcIMC<5), normoponderais (5≥PcIMC<85), risco de excesso de peso (85≥PcIMC> 95) e com excesso de peso (PcIMC≥95), de acordo com os pontos de corte de percentis de IMC específicos para o sexo e idade (41).

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III.. PPeerrcceeppççããooiimmaaggeemmccoorrppoorraall

A percepção da imagem corporal foi avaliada através da escala de silhueta corporal desenhada por Collins, constituída por 7 imagens de

crianças/adolescentes de ambos os sexos, ordenadas sequencialmente desde a magreza (F1) até a obesidade (F7) (42). Para os adolescentes com idade igual ou inferior a 12 anos foram utilizadas as escalas de silhuetas representadas nas Figuras 1 e 2, sendo que para os adolescentes com idade superior a 12 anos foram utilizadas as escalas de silhuetas representadas nas Figuras 3 e 4 (42).

Após observação das respectivas figuras foi questionado a cada participante “qual a silhueta que consideras similar à tua própria imagem?”, que será considerada como figura “actual” e “qual a silhueta gostarias de ter?”, que será considerada como figura “ideal”, permitindo calcular a discrepância entre a figura “ideal” e a figura “actual”, revelando o grau de insatisfação com a imagem corporal (FID ou FEEL Minius Ideal Discrepancy) (43). Um valor de FID positivo indica que a figura “actual” é superior à figura “ideal” e um valor de FID negativo

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Trabalho de Investigação | FCNAUP

significa que a figura “actual” é menor que a figura “ideal”, sendo que um valor de FID igual a 0, significa que não existem discrepâncias, ou seja, a figura “actual” é igual à figura “ideal”. Considerou-se que cada participante estava satisfeito com a sua imagem corporal se FID=0 e insatisfeito nos restantes casos, FID≤-1 e FID≥1. De forma a avaliar a distorção da imagem corporal (figura “actual”- figura “real”) foi efectuada a correspondência entre o percentil IMC de cada adolescente e a imagem da silhueta corporal correspondente (2), que será considerada a figura “real” (Tabela 1).

Figura 1.Escala de silhueta corporal aplicada nos rapazes com ≤ 12 anos.

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Trabalho de Investigação | FCNAUP

Figura 3. Escala de silhueta corporal aplicada nos rapazes com ≥12 anos.

Figura 4. Escala de silhuetas corporais aplicada nas raparigas com ≥12 anos.

Tabela 1. Intervalos de Percentis IMC em função da imagem corporal.

(Adaptado de Diana Silva, 2007).

Imagem corporal Intervalo percentil IMC

F1 Pc<5 - Pc≤10 F2 Pc>10 - Pc≤15 Pc>15 - Pc≤25 F3 Pc>25 - Pc<50 F4 Pc≥50 - Pc≤75 F5 Pc>75 - Pc<85 F6 Pc≥85 - Pc<95 F7 Pc≥95

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III. Actividade física

De forma a avaliar o índice de actividade física habitual (IAFH) de cada participante, procedeu-se à aplicação do questionário de Baecke (44). O questionário é constituído por 16 perguntas que permitem a avaliação de três parâmetros da actividade física: o índice de actividade física ocupacional (da questão 1 à 8), o índice de actividade física desportiva (da questão 9 à 12) e o índice de actividade física de lazer (da questão 13 à 16). A soma dos três índices de actividade física anteriormente referidos permite obter o índice de actividade física habitual (IAFH). Relativamente à primeira pergunta, “Qual é a tua principal ocupação”, foi considerado que todas as crianças apresentavam um baixo nível de ocupação, uma vez que todos eram estudantes.

Em relação ao índice de actividade física desportiva, os desportos encontram-se subdivididos em três níveis: baixo nível, para desportos como bilhar, vela, bowling e golfe (dispêndio energético de 0,76 MJ/h); nível médio, para desportos como o badmington, ciclismo, dança, natação e ténis (dispêndio energético de 1,26 MJ/h); e nível elevado, para desportos como boxe, basquetebol, futebol, rugby, canoagem (dispêndio energético médio de 1,76 MJ/h). O índice do desporto (questão 9) é calculado considerando a intensidade do desporto, a quantidade de tempo praticada por semana e proporção por ano (Σ(Intensidade x Tempo x Proporção)).

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IV. Análise Estatística

De forma a caracterizar os participantes no estudo foram utilizadas as estatísticas descritivas apropriadas. As variáveis categóricas foram descritas através das frequências absolutas e relativas, enquanto as variáveis contínuas foram descritas a partir da média e respectivo desvio padrão.

Nos estudos comparativos foram utilizados os testes de Mann-Whitney para variáveis contínuas independentes, a prova de Wilcoxon para variáveis contínuas emparelhadas e o teste de kruskal-Wallis para comparar variáveis contínuas independentes, entre mais que dois grupos.

Usou-se a correlação de Spearman de forma a analisar as associações existentes entre o percentil de IMC, o FID e o IAFH. Utilizou-se a regressão logística para avaliar a associação entre FID e o IAFH, ajustado para o percentil de IMC e sexo. Estimaram-se os Odds ratios (OR) e respectivos Intervalos de Confiança a 95% (IC). Em todas as análises foi considerado significativo um valor de p<0,05.

Foi utilizado o software de análise estatística Statistical Package for the

Social Sciences v14.0 (SPSS®).

Ética

Apenas se procedeu à administração do inquérito CRASH após a obtenção do consentimento informado dos adolescentes e dos respectivos pais.

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Trabalho de Investigação | FCNAUP

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Dos 261 alunos recrutados, obtivemos informação de 234 adolescentes, o que se traduz numa taxa de resposta 89,7%. Destes, 48,3% são do sexo feminino e 51,7% do sexo masculino, com idades compreendidas em 10 e os 17 anos. As raparigas e os rapazes apresentam respectivamente uma média de idades de 12,51±1,56 e de 12,53±1,57 anos.

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iii.. CCaarraacctteerriizzaaççããooAAnnttrrooppoommééttrriiccaa

A prevalência de excesso de peso na nossa amostra é de 20,3% nos rapazes dos 10-12 anos de idade e de 10,6% nos rapazes dos 13-17 anos. No que diz respeito ao sexo feminino, verifica-se que 9,2% das raparigas 10-12 anos e 13,5% das raparigas apresenta excesso de peso (Tabela 2).

Tabela 2. Caracterização antropométrica da amostra, estratificada por grupos etários.

*DP - Desvio Padrão. Rapazes n=121 Raparigas n=113 10-12 (n=74) 13-17 (n=47) 10-12 (n=76) 13-17 (n=37) Peso (kg, média±DP*) 44,19±11,22 56,36±12,79 45,75±9,74 58,33±11,01 Altura (m, média±DP*) 1,47±0,09 1,65±0,11 1,49±0,08 1,60±0,06

Percentil IMC (média±DP*)

67,91±26,46 55,19±31,87 68,38±16,18 69,60±24,46

Classes PcIMC (n, (%))

Baixo peso 1 (1,4) 3 (6,4) 2 (2,6) 1 (2,7) Normoponderal

46 (62,2) 34 (72,3) 47 (61,8) 20 (54,1) Risco excesso de peso

12 (16,2) 5 (10,6) 20 (26,3) 11 (29,7) Excesso de peso

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Trabalho de Investigação | FCNAUP

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iiiii.. PPeerrcceeppççããooddaaiimmaaggeemmccoorrppoorraall

Nas Figuras 5 e 6, estão representadas a média da figura referida como “actual” (A), “ideal” (I), assim como a média da figura “real” (R), para raparigas e rapazes de ambas as faixas etárias, respectivamente.

Figura 5.Representação da média da figura actual, ideal e real, indicada pelas raparigas e

rapazes com idades compreendidas entre os 10 e 12 anos. I I A R R A I I

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Trabalho de Investigação | FCNAUP

Figura 6. Representação da média da figura actual, ideal e real, indicada pelas raparigas e

rapazes com idades compreendidas entre os 13 e 17 anos.

Distorção Imagem Corporal

No grupo etário dos 10 aos 12 anos (Figura 5) verificou-se que a média da pontuação da figura considerada como “actual” nas raparigas (4,30±0,91) é inferior à média da pontuação da figura “real” (4,59±1,56). O que revela uma distorção da imagem corporal, em média de -0,29±1,06 (subestimação da imagem corporal), entre as raparigas. O mesmo se passa com os rapazes, ou seja, a média do valor da figura identificada como “actual” (4,09±0,94) é inferior à pontuação da figura “real” (4,68±1,65), o que revela uma distorção da imagem corporal, em média de -0,59±1,01 (subestimação da imagem corporal).

R A I I I I A R

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Trabalho de Investigação | FCNAUP

A diferença existente entre as ordens médias da figura considerada como “actual” e “real” atigiu significado estatístico em ambos os sexos (p=0,015 no sexo feminino e p<0,001 no sexo masculino). No entanto, não foi verificada a existência de diferenças significativas, relativamente à distorção da imagem corporal, entre os rapazes e as raparigas (p=0,109).

No que diz respeito à faixa etária dos 13-14 anos (Figura 6), a média da pontuação da figura referida como “actual” pelas raparigas, também é inferior à média da pontuação da figura “real” (3,84±0,96 versus 4,76±1,67, respectivamente), o que se traduz numa distorção da imagem corporal, em média de -0,92±1,44 (subestimação da imagem corporal). Tal como no sexo feminino, a média da pontuação da imagem considerada como “actual” (3,45±0,91) pelos rapazes é inferior à média da pontuação da imagem “real” (3,91±1,81), ocorrendo uma distorção da imagem corporal, em média de -0,47±1,35 (subestimação imagem corporal).

Existem diferenças significativas entre as ordens médias da figura “actual” e “real”, para ambos os sexos (raparigas: p<0,001; rapazes: p=0,019).

Não se verificou a existência de diferenças significativas, relativamente à distorção imagem corporal, entre os rapazes e as raparigas (p=0,208). No entanto, foi observado que as diferenças relativas à distorção entre os grupos etários pertencentes ao sexo feminino são significativas (p=0,019), não se verificando o mesmo entre os rapazes (p=0,632).

Quando analisada a correlação de Spearman entre a figura “actual” e “real”, averiguou-se a existência de uma associação moderada significativa entre

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estas duas variáveis, para ambos os sexos (r=0,711, p<0,001 versus r=0,695, p<0,001 nas raparigas).

Foi possível verificar que 71,7% dos rapazes e 68,4% das raparigas, na faixa etária dos 10-12 anos, apresentava distorção da imagem corporal, sendo que a maioria revelou uma subestimação da mesma (67,6% dos rapazes versus 64,5% das raparigas). No que diz respeito à faixa etária dos 13-17 anos, foi possível averiguar que 74,5% dos rapazes e 75,7% das raparigas apresentava distorção da imagem corporal, revelando na sua maioria uma subestimação da mesma (66,0% nos rapazes versus 70,3% nas raparigas).

Ainda no decorrer da análise foi possível averiguar que os adolescentes com risco de excesso de peso/excesso de peso revelam ser o grupo com maior prevalência de distorção da imagem corporal. Dos adolescentes com risco de excesso de peso, a totalidade dos rapazes e 96,8% das raparigas subestima a sua imagem corporal real, do mesmo modo que, a totalidade dos rapazes e raparigas com excesso de peso subestima a sua imagem corporal real. Contudo, é de salientar que 53,8% dos rapazes e 43,8% das raparigas normoponderais tende a subestimar a sua imagem corporal. As diferenças notadas entre as diferentes classes de percentil de IMC, no que diz respeito à distorção da imagem corporal, são significativas para ambos os sexos (p<0,001).

Aferiu-se a existência de uma associação negativa e significativa, entre a distorção da imagem corporal e o percentil de IMC, em ambos os sexos (r=-0,804, p<0,001 nos rapazes versus r=-0,791, p<0,001 nas raparigas).

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Insatisfação com Imagem Corporal

Relativamente à faixa etária 10-12 anos (Figura 5) verificou-se que a média da pontuação da figura referida como “ideal” nos rapazes (3,65±0,80) e raparigas (3,62±0,67) é inferior, quando comparada com a média da pontuação da figura “actual”, em ambos os sexos. A diferença existente entre ordens médias da figura “actual” e “ideal” é significativa, para ambos os sexos (p<0,001).

À semelhança do grupo anterior, na faixa etária dos 13-17 anos (Figura 6), a média da pontuação da figura indicada como “ideal” é menor que a média da pontuação da figura “actual”, em ambos os sexos (raparigas: 3,38±0,56; rapazes: 3,34±0,54). Existem diferenças significativas, entre a figura “actual” e “ideal”, para ambos os sexos (p=0,02 nas raparigas e p<0,001 nos rapazes).

No Gráfico 1, estão representados os valores percentuais do FID (figura “actual” – figura “ideal”) em função do género.

Gráfico 1.Representação dos valores de FID em função do género.

Frequência FID Sexo FID Masculino Feminino

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Verificou-se que a diferença existente, relativamente à média do valor de FID, entre dois sexos é estatisticamente significativa (p=0,003). Em contrapartida, não foram verificadas diferenças estatisticamente significativas entre os dois grupos etários, para ambos os sexos (p=0,403 nas raparigas e p=0,127 nos rapazes). Em consequência, apenas se procedeu à análise do valor médio de FID por género.

Pela observação dos valores de FID foi possível verificar que a maioria das raparigas (68,1%) está insatisfeita com a sua imagem corporal (-1≤FID≥1). Do total de raparigas insatisfeitas, 8,8% considera a figura “actual” menor que a figura “ideal” e 59,3% referem que a figura “actual” é maior do que a figura “ideal". Quando comparados com as raparigas, a percentagem de rapazes insatisfeitos com a imagem corporal (52,9%) é menor, sendo de referir que 16,7% revela que figura “actual” é menor do que a figura “ideal” e 36,4% considera a sua figura “actual” maior do que a figura “ideal”.

Ainda, foi possível observar que os adolescentes com risco de excesso de peso/excesso de peso exibem um elevado nível de insatisfação com a sua imagem corporal. Dos adolescentes que apresentam risco de excesso de peso, 83,9% das raparigas e 64,7% dos rapazes está insatisfeito, assim como, 91,7% das raparigas e 90,0% dos rapazes com excesso de peso estão insatisfeitos com a sua imagem corporal. No entanto, 18,8% dos rapazes e 44,8% das raparigas normoponderais, também estão insatisfeitos com a sua imagem corporal, revelando o desejo de possuir um corpo de menores dimensões (FID≥1), por outro lado, 21,3% dos rapazes e 13,4% das raparigas revelam o desejo de ter um corpo de maiores dimensões (FID≤-1). Sendo de referir, que as diferenças

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notadas entre as diferentes classes de percentil de IMC, relativamente à insatisfação com a imagem corporal, são estatisticamente significativas para ambos os sexos (p<0,001).

Existe uma correlação moderada e com significado estatístico, entre o percentil de IMC e o FID, em ambos os sexos (rapazes: r=0,698, p<0,001; raparigas: r=0,582, p<0,001). A associação existente entre o FID e o percentil IMC pode ser constatada no Gráfico 2 e 3.

Gráfico 2.Gráfico de dispersão do FID em função do percentil de IMC e respectiva recta de

correlação, para o sexo feminino.

FID

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Gráfico 3.Gráfico de dispersão do FID em função do percentil de IMC e respectiva recta de

correlação, para o sexo masculino.

Foi possível aferir a existência de uma associação negativa e significativa entre o FID e a distorção com a imagem corporal, para ambos os sexos (r=-0,416, p<0,001 nos rapazes versus r=-0,198, p=0,035 nas raparigas).

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Na Tabela 4, estão representados os valores médios do índice de actividade física ocupacional (IAFO), índice de actividade física desportiva (IAFD), índice de actividade física de lazer (IAFL) e índice de actividade física habitual (IAFH), para rapazes e raparigas.

FID

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No que diz respeito ao IAF, é de referir que os rapazes apresentam um IAFD superior às raparigas (2,68±1,60 nos rapazes versus 2,14±1,59 nas raparigas), no entanto os valores médios do IAFL e IAFO são semelhantes em ambos os sexos, o que se traduz num IAFH superior nos rapazes. Verifica-se que a diferença da média do IAFH, entre os dois sexos apresenta significado estatístico (p=0,003).

Tabela 3. Caracterização da amostra segundo o IAF.

*DP- Desvio Padrão.

Foi possível verificar que os adolescentes com excesso de peso apresentam níveis médios de IAFH mais elevados, quando comparados com os restantes participantes, sendo a média do IAFH de 7,63±2,61 nos rapazes e 6,71±1,69 nas raparigas. Contudo, as diferenças relativas ao IAFH verificadas entre as diferentes classes de percentil IMC, não são estatisticamente significativas para ambos os sexos (p=0,301 para os rapazes e p=0,054 para as raparigas).

Após efectuada a correlação de Spearman entre o percentil de IMC e o IAFH, foi possível aferir que a associação existente entre estas duas variáveis é muito fraca e sem significado estatístico (r=0,057, p=0,550). Por outro lado, este

Rapazes n=121 Raparigas n=113 IAF (média±DP*) IAFO 2,04±0,40 2,03±0,39 IAFD 2,68±1,60 2,14±1,59 IAFL 2,32±0,65 2,33±0,54 IAFH 7,05±1,84 6,50±1,84

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facto permite comprovar que se tratam de duas variáveis não associadas, podendo ser utilizadas em análise multivariada por regressão logística.

Não foi encontrada uma associação significativa entre o FID e o IAFH (r=-0,008, p=0,930 nos rapazes e r=-0,126 nas raparigas), nem entre a distorção da imagem corporal e o IAFH, em ambos os sexos (r=-0,136, p=0,137 nos rapazes e r=-0,096, p=0,311 nas raparigas).

Tabela 4. Modelo de regressão logística do FID em função do IAFH, ajustado para o percentil IMC

e sexo.

Quando analisado o FID em função do IAFH, ajustado para o percentil de IMC e sexo, em análise multivariada por regressão logística, observou-se que a actividade física tem um efeito protector sobre a insatisfação com a imagem corporal para o 3º e 4º quartil de IAFH (Tabela 4).

OR IC a 95% p

IAFH

1º Quartil (classe de referência)

(- actividade) 1

2º Quartil 1,62 0,68 3,85 0,279

3º Quartil 0,38 0,16 0,87 0,022

4º Quartil (+ actividade) 0,29 0,12 0,68 0,005

Classes Percentil IMC

Baixo peso 0,29 0,05 1,68 0,170

Normoponderal (classe de referência) 1

Risco de excesso de peso 5,51 2,39 12,69 <0,001

Excesso de peso 15,06 4,19 54,05 <0,001

Sexo

Masculino (classe de referência) 1

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Este estudo teve por objectivo descrever a insatisfação com a imagem corporal entre os adolescentes, assim como, a influência do estado ponderal e IAFH na insatisfação com a imagem corporal.

Dos 234 participantes, 68,1% das raparigas e 52,8% dos rapazes está insatisfeito com a sua imagem corporal. O presente estudo evidencia a existência de uma associação directa e moderada entre o percentil de IMC e a insatisfação com a imagem corporal. Revela também, que a prática de actividade física pode exercer um efeito protector sobre a insatisfação com a imagem corporal, entre os adolescentes.

Verificou-se a existência de uma prevalência de risco de excesso de peso/excesso de peso superior nas raparigas (38,0%), relativamente aos rapazes (30,5%). Embora, as diferenças de idades e metodológicas entre o presente estudo e outros dificultem as comparações, os estudos previamente realizados descrevem prevalências de obesidade na ordem dos 30,9% e 23,8% em rapazes e raparigas com idades compreendidas entre os 10-15 anos (Ribeiro et al.2006)

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e de 27,3% e 44,8% em rapazes e raparigas com idades compreendidas entre os 10-15 anos (Sardinha et al.1999) (46).

À semelhança de outros trabalhos (5,47-49,54), verificou-se que as raparigas apresentam um nível superior de insatisfação com a sua imagem corporal, relativamente aos rapazes. Factores sociais, influências socioculturais, pressões dos media e a busca incessante por um corpo ideal, estão associadas à insatisfação corporal entre as mulheres (51). Também, a pressão social (52), dos

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relativamente aos rapazes, podendo ser a razão pela qual os rapazes apresentam uma menor insatisfação com a sua imagem corporal.

Quando avaliada a insatisfação com imagem corporal em função do estado ponderal, aferiu-se a existência de uma associação significativa entre estas duas variáveis. Em consequência, os adolescentes com risco excesso de peso/excesso de peso exibem elevados níveis de insatisfação, sendo que em ambos os sexos tendem a desejar um corpo de menores dimensões. Este achado está de acordo com o amplamente descrito em estudos anteriores (14,50,54).

Na cultura ocidental ser magra, para a mulher, simboliza competência, sucesso, controlo e atractivos sexuais, enquanto o excesso de peso e a obesidade representam preguiça, indulgência pessoal e falta de autocontrolo e de força de vontade (24). Por outro lado, as pessoas obesas acabam por ser excluídas da sociedade, onde o culto do corpo e da beleza é predominante (51). Deste modo, o excesso de peso oferece uma conotação negativa aos adolescentes, sendo responsável pela insatisfação com a imagem corporal, em ambos os sexos.

As diferenças notadas entre sexos na insatisfação com a imagem corporal, pode representar a razão pela qual, estudos revelam que a incidência de desordens alimentares é superior nas raparigas, sendo que estas apresentam maior prevalência de comportamentos pouco saudáveis para perder peso (dietas, uso laxantes, indução do vómito), quando comparadas com os rapazes (55,56).

Relativamente aos adolescentes normoponderais que se revelam insatisfeitos com sua imagem corporal, é de salientar que a insatisfação nas raparigas e nos rapazes segue sentidos opostos, isto é, os rapazes manifestam o desejo de corpos de maiores dimensões, enquanto que as raparigas revelam o

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desejo de corpos de menores dimensões. Tal facto está de acordo com os dados de investigações previamente realizadas, em que as raparigas idealizam corpos magros e esguios, enquanto os rapazes anseiam por corpos musculados, de maiores dimensões (9,15,56,57). Estudos demonstram que os rapazes, quando comparados com as raparigas, são alvo de muita pressão, exercida pelos adultos, irmãos, amigos e media para aumentar os músculos, enquanto que as raparigas, relativamente aos rapazes, são alvo de fortes mensagens provenientes dos media para perder peso (57).

Devido às diferenças notadas nas imagens corporais ambicionadas por ambos os sexos, raparigas e rapazes adoptam estratégias diferentes para atingir o seu ideal de corpo. As raparigas insatisfeitas com o seu corpo tendem a adoptar estratégias para perder peso, enquanto os rapazes adoptam estratégias para ganhar peso e massa muscular (15,57).

No que se refere à distorção da imagem corporal, à semelhança de outro estudo (48), o presente trabalho revelou uma elevada prevalência de distorção da imagem corporal entre rapazes e raparigas. Em ambos os sexos, os adolescentes indicam como imagem semelhante à sua, uma figura menor do que a figura correspondente ao seu percentil de IMC, ou seja, apresentam uma subestimação da imagem corporal real. Este resultado é coincidente com outros estudos realizados (2,48), mas no entanto, contraria os demais estudos (15, 23), nos quais as raparigas de uma forma geral consideram-se mais gordas do que realmente são, enquanto os rapazes consideram-se mais magros. Por exemplo, o estudo realizado por Branco et al. (2006) (23) demonstrou que as raparigas apresentavam

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uma tendência para sobrestimar a sua imagem corporal, enquanto os rapazes tendem a subestimar a mesma.

À semelhança de outros trabalhos (48,50), foi constatado que os adolescentes em risco excesso de peso/excesso de peso revelam uma maior prevalência de distorção da imagem corporal, subestimando-a.

No que diz respeito ao índice de actividade física, foi possível observar que os rapazes apresentam um valor de IAFH médio superior às raparigas, resultado esse que vai de encontro a investigações realizadas anteriormente (49,60).

Através da análise multivariada do FID em função do IAFH, foi possível verificar que o IAF pode exercer um efeito protector sobre a insatisfação com a imagem corporal, para o 3º e 4º quartil de IAFH. Este resultado, contraria os resultados obtidos no estudo transversal realizado por Duncan et al (2006) (49), em crianças Britânicas com idades compreendidas entre os 11 e os 14 anos, no qual verificaram que a prática de exercício ou actividade física estão relacionadas com insatisfação com a imagem corporal, revelando que a prática de actividade física aumenta a insatisfação, observando que as crianças mais activas são mais insatisfeitas com a sua imagem corporal do que as crianças mais inactivas.

Em contrapartida, um estudo experimental realizado por Burgess et al (2006) (59), em raparigas adolescentes, revelou que seis semanas de treino de dança aeróbica foram capazes de reduzir a insatisfação com a imagem corporal e aumentar a percepção do próprio corpo de forma positiva. Em consonância com estudo anteriormente referido, uma investigação levada a cabo por Huang et al (2007) (60) demonstrou que uma intervenção comportamental estimulando a prática de actividade física e hábitos alimentares saudáveis, pode ser saudável

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para os adolescentes, incluindo os que apresentam risco excesso peso ou excesso de peso, sem consequências adversas a nível psicológico (percepção auto-imagem corporal e auto-estima). O mesmo estudo, ainda permitiu averiguar que as raparigas que perderam ou mantiveram o seu peso, durante os seis ou doze meses, melhoraram a satisfação com a sua imagem corporal. No entanto, ao contrário dos estudos anteriormente citados, o presente estudo é transversal, o que não possibilita o estabelecimento de uma relação causal entre o índice actividade física e a insatisfação com a imagem corporal. Deste modo, torna-se necessário a realização de estudos longitudinais que avaliem a relação de causa-efeito entre a prática de actividade física e a insatisfação com a imagem corporal.

Ao contrário de outros estudos (22,48, 61), o presente trabalho não se baseou no peso e altura auto-relatados, o que pode ser considerada uma mais valia perante os resultados obtidos. O estudo realizado por Ramos et al (2009) (62) demonstrou que o uso da altura e do peso auto-relatados na estimativa da prevalência obesidade conduz a uma subestimação dos valores reais, demonstrando que utilizando o peso e a altura aferidos, a prevalência de obesidade nas mulheres era de 25,3% e quando utilizando as medidas auto-relatadas, a prevalência era de 15,0%.

Sugere-se a realização de um estudo longitudinal sobre associação entre a prática de actividade física e a insatisfação com a imagem corporal, assim como, averiguar a eficácia da prática de actividade física no tratamento da insatisfação com a imagem corporal num desenho experimental. Ainda, seria de grande relevância analisar a influência de outros factores na insatisfação com a imagem

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corporal, nomeadamente a etnia, factores socioeconómicos, os media, pais e

grupos de pares, a fim de tentar eliminar ou minimizar as possíveis causas para a

insatisfação entre os adolescentes, uma vez que esta está na origem distúrbios psicológicos nefastos (desordens alimentares, depressão, ideias suicidas), que comprometem o desenvolvimento físico e psíquico dos adolescentes.

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O presente trabalho permitiu concluir que as raparigas são mais insatisfeitas com a sua imagem corporal do que os rapazes, sendo que o percentil IMC exerce um efeito positivo sobre a insatisfação com a imagem corporal, demonstrando que as raparigas e rapazes com risco excesso de peso/excesso de peso revelam-se mais insatisfeitos. Contudo, uma proporção considerável de rapazes e raparigas normoponderais revelam estar insatisfeitos, no entanto apresentam ideais diferentes relativos à imagem corporal, os rapazes tendem a idealizar corpos de maiores dimensões e as raparigas corpos mais magros. Relativamente ao índice de actividade física, foi possível averiguar que a actividade física, a partir de um certo nível, poderá exercer um efeito protector sobre a insatisfação com a imagem corporal.

Embora não tenha sido objectivo do presente trabalho avaliar a distorção da imagem corporal, foi possível verificar a existência de uma proporção considerável de adolescentes com distorção da mesma, ocorrendo uma subestimação da imagem corporal em todos os casos. Isto é, os adolescentes que apresentavam distorção da imagem corporal, independentemente do sexo ou do grupo etário, consideravam ser mais magros do que realmente eram.

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Imagem

Figura 1. Escala de silhueta corporal aplicada nos rapazes com ≤ 12 anos.
Figura 4. Escala de silhuetas corporais aplicada nas raparigas com ≥12 anos.
Tabela 2. Caracterização antropométrica da amostra, estratificada por grupos etários.
Figura 5. Representação da média da figura actual, ideal e real, indicada pelas raparigas e  rapazes com idades compreendidas entre os 10 e 12 anos
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