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POTENCIAL DE UTILIZAO ENERGTICA DE RESDUOS AGRCOLAS PRODUZIDOS NO CENTRO-OESTE

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Academic year: 2020

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POTENCIAL DE UTILIZAÇÃO ENERGÉTICA DE RESÍDUOS AGRÍCOLAS PRODUZIDOS NO CENTRO-OESTE

Bruna Bárbara Maciel Amoras Orellana¹, Tito Ricardo Vaz da Costa², João Nildo de Souza Vianna³, Jorge Breno Palheta Orellana4, Clarissa Melo Lima5

1 Doutora em Ciências Florestais. Universidade de Brasília, Brasília – Distrito Federal (bruna_amoras@hotmail.com)

2 Doutorando em Ciências Florestais. Universidade de Brasília, Brasília – Distrito Federal

3 Professor Doutor do Centro de Desenvolvimento Sustentável. Universidade de Brasília, Brasília – Distrito Federal

4 Mestre em Ciências Florestais. Ministério do Desenvolvimento Social, Brasília – Distrito Federal

5 Doutora em Ciências Florestais.

Recebido em: 26/04/2019 – Aprovado em 23/05/2019 – Publicado em: 12/06/2019 DOI: 10.18677/TreeDimensional_2019B20

RESUMO

O Brasil consolidou-se como um grande produtor e exportador de produtos agrícolas sendo destaque em diversas culturas de grãos. No entanto, o país ainda subutiliza os resíduos oriundos dessa atividade, que poderia ser eficientemente aproveitado no sistema energético no meio rural. O presente trabalho calcula o potencial de geração de energia elétrica utilizando biomassa oriunda dos resíduos agrícolas produzidos na região Centro-oeste do Brasil. Os resultados indicam que há o equivalente a três usinas de Itaipú ainda não aproveitadas na região. Contudo, apenas 9,1% do potencial pode ser aproveitada até 2024, face as limitações impostas pelo sistema de transmissão disponível. Assim, o reaproveitamento de resíduos agrícolas para produção de bioenergia é extremamente viável, gerando economia, diminuindo passivos ambientais e agregando valor à cadeia produtiva agrícola da região Centro-Oeste.

PALAVRAS-CHAVE: agricultura, bioenergia, geração de energia, logística reversa, sustentabilidade.

POTENTIAL FOR THE ENERGETIC USE OF AGRICULTURAL WASTE PRODUCED IN THE CENTRO-WEST

ABSTRACT

Brazil has consolidated its position as a major producer and exporter of agricultural products and is featured in several grain crops. However, the country still underutilizes the waste from this activity, which could be efficiently used in the energy

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system in rural areas. The present work calculates the potential of electric energy generation using biomass from the agricultural residues produced in the Centro-Oeste region of Brazil. The results indicate that there are the equivalent of three Itaipú mills not yet used in the region. However, only 9.1% of the potential can be harnessed until 2024, given the limitations imposed by the available transmission system. Thus, the reuse of agricultural waste to produce bioenergy is extremely viable, generating savings, reducing environmental liabilities and adding value to the agricultural production chain of the Centro-Oeste region.

KEYWORDS: agriculture, bioenergy, energy generation, reverse logistics, sustainability.

INTRODUÇÃO Panorama agrícola nacional e do centro-oeste

Nos últimos anos, o Brasil consolidou sua posição como um dos maiores produtores e fornecedores de alimentos e fibras para o mundo. O agronegócio é um dos mais dinâmicos e inovadores segmentos da economia brasileira, adaptando-se continuamente às novas demandas dos consumidores. O Brasil exporta um amplo conjunto de produtos para quase todos os países do mundo. Sua competitividade e qualidade colocam o País em posição de liderança no ranking mundial de uma série de produtos como café, suco de laranja e açúcar; segundo maior na produção de soja e primeiro na exportação deste complexo (MAPA, 2018).

A modernização e o desenvolvimento do setor agrícola brasileiro ocorreram primeiramente nas regiões Sul e o Sudeste do País e, somente mais tarde, houve a modernização do Centro-Oeste e demais regiões, especialmente devido aos programas governamentais de expansão das fronteiras agrícolas (SAUER; BALESTRO, 2013).

Nas duas últimas décadas o Centro-Oeste brasileiro passou a ocupar lugar de destaque, em grande parte por sua localização estratégica no Brasil Central, que favorece a logística; pela abundância de terras planas que permitem mecanização pesada; pela disponibilidade de água e demais recursos naturais; pelas isenções fiscais e apoio político recebido. Este último se converte numa espécie de proteção contra tensões, conflitos e demais externalidades (MAURO; CALAÇA, 2017).

Segundo um levantamento realizado pela Universidade Federal de Goiás (2017) sobre a produção das safras 2016-2017, a região Centro-Oeste teve o melhor desempenho entre as regiões pesquisadas (22,9%). Além do pequeno avanço na maioria das culturas, incluindo as mais expressivas, houve também aumento de produção do Sorgo (100,2%), que teve grande importância para esse resultado tão significativo. Estima-se um aumento de 27,04 % na produtividade total, com destaque para sorgo (83,4%), feijão, segunda-safra (51,7%), e milho, segunda-safra (47,7%).

Segundo o relatório do IPEA (2012), em 2009 o Estado do Mato Grosso foi o maior gerador de resíduos no Brasil, alcançando um montante de 13.112.858 t/ano. Ao se analisar as grandes regiões nota-se a participação do Centro-Oeste, com mais da metade da produção nacional (51%), seguida da região Sul, com o Paraná e o Rio Grande do Sul em destaque.

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Não menos importante no setor agrícola, a agricultura familiar também exerce papel fundamental no abastecimento alimentar interno, e destaca-se por sua dispersão geográfica altamente distribuída aproximando-se do consumidor. Segundo o Censo Agropecuário do IBGE (2006) a participação da Agricultura Familiar na produção de mandioca (87%), feijão (70%) e milho (46%) reforçam a sua importância no cenário agrícola brasileiro.

Culturas e seus derivados residuais

Um dos maiores problemas relacionados à agroindústria é a abundante quantidade de resíduos gerados durante o processamento da matéria-prima. Na maioria dos casos, essas sobras não são tratadas e reaproveitadas, apresentando uma disposição ambientalmente inadequada, com potenciais riscos de contaminação dos solos e da água.

Resíduos da atividade agrícola, que são aqueles originados exclusivamente da produção agropecuária, compostos por resíduos de lavouras, como as palhas e da atividade zootécnica, como dejetos orgânicos passíveis de tratamento para posterior utilização como estercos e considerados, ambos, como portadores de baixa concentração de contaminantes (PIRES; MATTIAZZO, 2008). A seguir uma breve descrição acerca das principais culturas agrícolas do Centro-oeste e seus subprodutos originados.

Milho:

A cultura do milho é uma das mais importantes dentro do cenário da produção agropecuária no mundo, haja vista algumas utilizações deste cereal que justificam tal importância, como: a) principal fonte de energia dentro do processo de nutrição animal, sendo o cereal mais largamente consumido pelos setores de aves e suínos; b) pode ser utilizado na alimentação humana como flocos, farinha e óleo, além de fazer parte de vários processos da indústria alimentícia e de bebidas; e c) é uma importante matriz energética na produção de biocombustíveis como o etanol (CONAB, 2017b). Segundo Dias et al. (2012), estima-se que, para cada tonelada de grãos de milho colhida, geram-se entre 2,2 e 2,7 toneladas de talos e folhas, bem como entre 0,3 e 0,9 toneladas de sabugos.

Cana de açúcar:

O Brasil acumula longa experiência na produção de cana-de-açúcar, açúcar e álcool. Hoje o setor sucroalcooleiro brasileiro é referência para os demais países produtores. A cana-de-açúcar é produzida em quase todo o País, ocupando cerca de 6 milhões de hectares (MAPA, 2018).

A maior parte da cana-de-açúcar produzida no estado de Goiás destina-se à produção de etanol (78% da produção), mantendo como o segundo maior produtor nacional. Na região Centro-Oeste esse percentual alcança 76%, enquanto que no âmbito nacional, o percentual de etanol se limita a 54% do total da cana-de-açúcar produzida (CONAB, 2017a). Para Silva et al. (2007), estima-se que o bagaço proveniente da agroindústria da cana seja de aproximadamente 280 kg por tonelada de cana moída (30% do total).

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Feijão:

O feijão é cultivado em todas as regiões do país, com diversificados sistemas de cultivo, desde a subsistência até a geração de excedentes de mercado, com investimento em tecnologias de produção. A Região Centro-Oeste se destaca pelo uso de tecnologia de produção e de investimentos em inovação do processo produtivo, como é o caso de Goiás e do feijão caupi no Mato Grosso (CONAB, 2018).

Já os principais resíduos do feijão são constituídos de palhada e vagem, totalizando um fator residual de 53% sobre o total produzido. A palhada, que é constituída basicamente pelos talos, apresenta um PCI de 4.080 kcal/kg, enquanto as vagens têm PCI em torno de 3.800 kcal/kg (RAMOS e PAULA et al., 2011).

De acordo com Chagas et al. (2007), a produção, em massa seca, de grão de feijão por hectare é de 1.350 kg, de palhada da vagem é de 432 kg, de caule, 810 kg e de folha senescente, 1.032 kg.

Mandioca:

Os principais resíduos gerados pela mandioca são: resíduos sólidos, como casca marrom, entrecasca, descarte, crueira, fibra, bagaço e varredura; e resíduos líquidos como água de lavagem; manipueira (água vegetal ou água de prensa) e água de extração de fécula (DEL BIANCHI, 1998).

Araújo et al. (2014) quantificando resíduos de mandioca, especificamente cascas com cepas e crueira, estimaram uma quantia 77,9 kg/t e 15,9 kg/t, respectivamente. As crueiras são pedaços de fibras e entrecascas das raízes de mandioca, que são separados por peneiramento antes, da torração da massa prensada. Segundo Cereda (2001) as cascas variam de 2 a 5% do peso total das raízes, e uma tonelada de raiz produz em média 42 kg de crueira. Ainda segundo o levantamento de Araújo (2014), uma casa de farinha que processa 07 toneladas de mandioca por semana gera em média 545,30 kg de cascas com cepas, 111,30 kg de crueira.

Conforme Silva; Ferreira Filho (2007), um hectare de mandioca deixa sobre o solo, depois da colheita das raízes, 95 toneladas de massa verde/ha, dos quais 20 % são aproveitados para replantio. O material restante, 76 t/ha, normalmente com 80 % de umidade, seria o equivalendo a 15 t de matéria seca. A seguir algumas características dos produtos agrícolas analisados.

Soja:

A soja é um dos principais produtos agrícolas em todo o mundo, sendo o óleo e a proteína os principais focos desta cultura para as indústrias. Segundo MAPA (2018) a sojicultura é a grande responsável pelo recente crescimento da agricultura brasileira. Atualmente, o país é o segundo maior produtor mundial e lidera as exportações do complexo soja – grão, farelo e óleo.

O primeiro resíduo a ser gerado no processo de industrialização desta oleaginosa é a casca da mesma, onde é retirada no processo de pré-limpeza (armazenagem), sendo o restante dos resíduos gerados na etapa de extração. A casca de soja é o de maior valor comercial em uma indústria processadora de soja, sendo que a sua principal utilização atualmente é como ingrediente na alimentação animal, sendo seu uso para gerar energia ainda incipiente (PUKASIEWICZ et al., 2004).

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Já a vagem da soja que é retirada para a extração do grão e nesse processo não tem mais utilidade, sendo redirecionada para a produção de alimentação animal ou mesma, descartada. Estima-se que para cada hectare de soja seja produzido de 3,0 a 4,0 toneladas de resíduos. A IPEA (2012) ainda afirma que o volume de resíduos gerados na produção brasileira de soja seja em torno de 41 milhões de toneladas por ano.

Perspectivas de uso

A necessidade crescente de eficiência energética ressalta a busca por aplicações na produção de energia elétrica através do aproveitamento de biomassa, tanto na utilização direta como no tratamento de subprodutos agrícolas. Essas aplicações tornam-se ainda mais viáveis em sistemas mais isolados, onde a rede elétrica é mais cara, e com maior dificuldade de manutenção.

Jannuzzi e Swisher (1997) vão além, e afirmam que a utilização dessas fontes impulsionaria o surgimento de produtores independentes de energia, resultando na maximização do poder de barganha oriundo da possibilidade de comercialização do produto final, no caso, a energia, refletindo, desse modo, na minimização dos preços e na melhoria da qualidade do produto.

Existem várias rotas tecnológicas para obtenção da energia elétrica a partir da biomassa, que também são aplicadas em processos de co-geração – produção de dois ou mais energéticos a partir de um único processo para geração de energia -tradicionalmente utilizada por setores industriais (ANEEL, 2008).

A forma mais comum de aproveitamento da biomassa é através da queima direta. No entanto, os resíduos geralmente podem ter granulometrias que dificultem o manuseio e a combustão com esta técnica. Sendo assim, uma técnica que pode melhorar o desempenho da biomassa residual na geração de energia é o adensamento da matéria-prima, através da confecção de pellets e briquetes, por exemplo. O adensamento, além de facilitar o manuseio e o armazenamento, também aumenta a densidade energética do produto.

Outra opção é a pirólise ou carbonização – o mais antigo e simples dos processos de conversão de um combustível sólido em outro de melhor qualidade e conteúdo energético. O principal produto final é o carvão vegetal, mas a pirólise também dá origem ao alcatrão e ao ácido pirolenhoso. O carvão vegetal tem densidade energética duas vezes superior à do material de origem e queima em temperaturas muito mais elevadas (ANEEL, 2008). Existe ainda a opção da gaseificação, que produz um gás de baixo poder calorífico que pode ser usado em turbina de gás ou mesmo em motores de combustão interna.

Dessa forma, este trabalho objetivou estimar o potencial de produção de energia a partir de resíduos gerados nas principais culturas agrícolas na região Centro-oeste.

MATERIAL E MÉTODOS

Os dados sobre a produção agrícola dos estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal, ano base 2016, foram obtidos da base de dados agregados do IBGE. De acordo com a produção escolheu-se as culturas mais representativas a cana-de-açúcar, soja, milho, feijão e mandioca. A quantidade de resíduos produzidos para cada cultura foi estimada com base no fator residual encontrados na literatura existente (Tabela 1).

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Tabela 1: Culturas e a descrição dos respectivos resíduos, fator residual e poder calorífico inferior.

Cultura Resíduo Fator

residual Poder caloríficoInferior (PCI)6

Cana-de-açúcar Bagaço 30%1 3.641

Soja Casca 73%2 3.300

Milho Palha e Sabugo 57%3 3.570

Feijão Palha e vagem 53%4 3.700

Mandioca Cascas e crueiras 12% 5 3.306 1 Silva et al (2007) 2 Matos (2005) 3 Dias (2012) 4 ABIB (2011) 5 Adaptado de Araújo et al (2014) 6 IPEA (2012)

O cálculo para conversão energética para estimar o potencial dos resíduos foi adaptado de Moura et al. (2017) conforme a Equação 1 a seguir.

Potencial=(P x R) x PCI1000 Equação (1) Onde:

Potencial – potencial energético gerado a partir de resíduos no ano (KJ); P – produção total da cultura (toneladas);

%R – coeficiente técnico [toneladas de resíduos/tonelada de produção]; PCI – poder calorífico inferior (kJ/kg);

1000 – fator de conversão para GJ.

Calculou-se então a estimativa da produção de energia que poderia ser gerada pelos resíduos através da fórmula:

Energia=(1000 x R x PCI ) x 0 ,00116 Equação (2) Onde:

Energia – energia a ser produzida pelos resíduos (kWh); R – resíduos produzidos (t);

PCI – Poder calorífico inferior (Kcal/kg);

0,00116 – fator de conversão de kcal para kwh.

Considerando que o sistema trabalhe 24 horas durante todo o ano, por fim, foi realizada a conversão de energia em potência:

Potencia=Energia Tempo =

kWh

365 x 24=kW

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A Tabela 2 a seguir apresenta a produção agrícola das culturas mais representativas por estado do Centro-Oeste e o Distrito Federal, bem como o quantitativo de resíduos produzidos por cada uma.

Rev. TREE DIMENSIONAL, ProFloresta - Goiânia, v.4 n.8; p. 30 2019 Tabela 2: Produção agrícola e estimativa de resíduos gerados na região

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Centro-oeste em 2016.

GOIÁS MATO GROSSO

Produção (t) Resíduos (t) Produção (t) Resíduos (t) Cana de açúcar 71.061.922 21.318.577 19.209.764 5.762.929 Soja 10.239.473 7.474.815 26.277.303 19.182.431

Milho 5.804.842 3.308.759 15.339.785 8.743.677

Feijão 330.284 175.050 230.897 122.375

Mandioca 212.687 25.522 285.619 34.274

MATO GROSSO DO SUL DISTRITO FEDERAL Produção (t) Resíduos (t) Produção (t) Resíduos (t) Cana de açúcar 51.927.246 15.578.174 20.720 6.216

Soja 7.389.990 5.394.692 233.888 170.738

Milho 6.029.756 3.436.960 292.474 166.710

Feijão 16.446 8.716 1.120 593

Mandioca 739.241 88.708 18.040 2.164

Considerando as culturas apresentadas, o estado de Mato Grosso foi o que mais produziu resíduos agrícolas com quase de 34 milhões de toneladas em 2016, a maior parte proveniente do cultivo de soja. O Goiás foi o segundo devido a maior produção de cana-de-açúcar e ao todo produziu mais de 32 milhões de toneladas de resíduos.

É importante mencionar que o potencial energético determinado refere-se a energia térmica disponível no resíduo agrícola, portanto, antes de qualquer processo de conversão. Para tanto, é fundamental que o conhecimento sobre as características físicas e químicas de cada tipo de resíduo seja ponderado.

Dantas (2013) analisando resíduos da cultura do milho para produção de energia verificou uma superioridade do caule e da folha, na produção de biomassa e na fixação de carbono, produzindo juntos em torno de 70% da biomassa total. No entanto quando se analisa o potencial energético por unidade de volume a palha da espiga se destaca com mais que o dobro da densidade energética do caule e da folha. Isto ocorre em função de uma elevada densidade básica sólida da palha da espiga que chega ser o dobro da densidade do caule.

Um parâmetro importante a ser considerado no rendimento energético são as cinzas geradas durante a combustão. Altos teores de cinzas podem dificultar a limpeza do sistema, no caso de caldeiras, fornos e gaseificadores. Vieira (2012) encontrou valores satisfatórios de teor de cinzas de bagaço de cana (0,94%) e sabugo de milho (0,70%), no entanto, os resíduos de soja apresentaram valor um pouco acima do recomendável (3,29%). Já Demirbas (2004) concluiu que o teor de cinzas no bagaço é de 11,30%, essa variação pode ser explicada pelo fato de que o bagaço é um material muito heterogêneo contendo várias frações fibrosas de propriedades diferentes.

Em relação a mandioca, Silva et al. (2002) calculando os resíduos provenientes da fabricação da farinha de mandioca para o Estado do Pará (maior produtor do país), estimaram em cerca de 1255 MW/ano o potencial energético dessa biomassa.

Santos et al. (2007) avaliando resíduos produzidos pelo cultivo da mandioca, estimaram o custo de geração de energia elétrica utilizando o resíduo da parte aérea carbonizado e briquetado como combustível em um gaseificador de leito fixo, que exige que o material seja carbonização e briquetado para atender as exigências

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técnicas do equipamento. Segundo os autores, a carbonização em forno rabo quente demandaria um custo de R$ 2,47/m³, enquanto para briquetagem o custo seria de R$ 1,134/kg. Assim, do ponto de vista da capacidade de produção de biomassa de modo a dispor de energia elétrica durante 24 horas por dia o ano inteiro, no sistema mencionado, seria necessário uma área plantada de 1,4 ha de mandioca, o que é perfeitamente viável para uma família com 5 pessoas sendo 3 com idade igual ou superior a 15 anos.

As culturas do feijão e mandioca apresentaram baixos potenciais o que pode indicar uma possível inviabilidade econômica de uso energético desses resíduos para comercialização. Entretanto, para autoconsumo nas agroindústrias em sistemas de co-geração de energia pode ser viável.

A produção de cana-de-açúcar e soja geralmente é realizada por grandes complexos agroindustriais, com mais recursos para investir em estruturas de sistemas de co-geração de energia ou até mesmo de escoamento para alimentar pequenas centrais termelétricas. A Tabela 3 apresenta então a prospecção da transformação dos resíduos em energia.

Tabela 3. Potencial energético e estimativa de produção de energia gerada pelos resíduos

agrícolas. C E N T R O -O E S T

E Cultura energéticoPotencial

(GJ/ano)

Energia

(kWh/ano) (GWh/ano)Energia Potência(GW)

Cana-de-açúcar 649.348.478 180.546.839.307 180.546 20,610 Soja 444.479.612 123.584.472.498 123.584 14,108 Milho 233.629.845 64.959.157.401 64.959 7,415 Feijão 4.743.978 1.319.030.054 1.319 0,151 Mandioca 2.082.127 578.920.929 578 0,066 G O S Cana-de-açúcar 324.455.518 90.212.605.866 90.212 10,298 Soja 103.107.602 28.668.353.427 28.668 3,273 Milho 49.375.301 13.728.459.910 13.728 1,567 Feijão 2.707.331 752.754.696 752 0,086 Mandioca 352.697 98.064.853 98 0,011 M A T O G R O S S O Cana-de-açúcarSoja 264.602.45687.708.209 24.386.659.12473.570.877.086 24.38673.570 2,7848,399 Milho 130.478.401 36278614197 36.278 4,141 Feijão 1.892.658 526.240.451 526 0,060 Mandioca 473.639 131.692.042 131 0,015 M A T O G R O S S O D O S U L Cana-de-açúcar 237.090.147 65.921.270.425 65.921 7,525 Soja 74.414.391 20.690.405.174 20690 2,362 Milho 51.288.393 14.260.381.852 14.260 1,628 Feijão 134.808 37.482.299 37 0,004 Mandioca 1.225.876 340.846.223 340 0,039 D IS T R IT O F E D E R A L Cana-de-açúcar 94.604 26.303.893 26 0,003 Soja 2.355.163 654.836.811 654 0,075 Milho 2.487.749 691.701.442 691 0,079 Feijão 9.181 2.552.607 2 0,000 Mandioca 29.916 8.317.809 8 0,000

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Pela Tabela 3 percebe-se que os resíduos agrícolas representam um potencial de geração de energia elétrica da ordem de 42,3 GW. O aproveitamento energético disponível equivale a 3 usinas hidroelétricas de Itaipú (ITAIPU, 2018) e representa 66% da necessidade incremental de geração de energia prevista em um horizonte de 10 anos para o Brasil (EPE, 2017). Outra forma de comparação pode ser feita com o potencial eólico nacional, estimado em 143 GW (AMARANTE et al., 2001). Nesse caso, os resíduos agrícolas representam 29,5% desse potencial.

O Plano Decenal de Expansão de Energia para 2026 prevê que Capacidade Instalada de Geração Elétrica no Sistema Interligado Nacional deve concentrar 53,8% do incremental de geração nas fontes eólica, solar, biomassa e pequenas centrais hidroelétricas (EPE, 2017a). O volume de resíduos agrícolas produzido no Centro Oeste, sozinho, seria capaz de suprir toda essa demanda.

O aproveitamento desses resíduos seria uma grande mudança no perfil atual de geração. Dados do Anuário Estatístico de Energia Elétrica 2017 revelam que em 2014, apenas 2,1% da geração de energia do Brasil era proveniente biomassa (EPE, 2017b). O Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 7 prevê que deve-se assegurar o acesso confiável, sustentável, moderno e a preço acessível à energia para todos. Uma das metas desse objetivo é até 2030, aumentar substancialmente a participação de energias renováveis na matriz energética global (ONU, 2018). Pode-se concluir que o Plano Decenal de Expansão de Energia para 2026 está alinhado com essa meta.

Um grande obstáculo para o aproveitamento do potencial de resíduos agrícolas na região Centro Oeste é a infraestrutura de transmissão de energia. Os centros de carga estão distantes dos locais de geração de resíduos e representativos investimentos se fazem necessários. Estima-se que a expansão do sistema de transmissão na região centro Oeste consumirá cerca de R$ 5,5 bilhões até 2024 (EPE, 2018). Tal custo será financiado pela tarifa de energia elétrica paga por todos os consumidores.

Contudo, para o aproveitamento do potencial energético no volume apontado por este estudo, o investimento necessário se aproxima dos R$ 60 bilhões. Essa estimativa é possível tomando por base o investimento feito em transmissão para escoamento da energia da usina hidro elétrica de Belo Monte (KPMG, 2017).

Numa relação direta, conclui-se que até 2024 apenas 9,1% do potencial energético oriundo de resíduos agrícolas na região Centro Oeste pode ser aproveitado tendo em vista a limitação de escoamento energético.

Não obstante, Remussi et al. (2015) afirmam em seu estudo sobre consumo de energia elétrica no meio rural que o mesmo apresentou viés de expansão, o que se deve aos avanços tecnológicos, modernização das atividades agrícolas e novas técnicas de produção, refletindo diretamente na maximização da demanda de energia elétrica. Os autores perceberam que, de certo modo, o futuro das atividades agrícolas é paralelo ao futuro do setor elétrico nacional, de tal forma que a substituição gradual das usinas hidrelétricas por fontes renováveis de energia representa uma forma eficiente e indispensável de desenvolvimento do meio rural.

CONCLUSÕES

O potencial de utilização dos resíduos agrícolas deve levar em consideração as características intrínsecas de cada tipo de material para diferentes aplicações e tecnologias de conversão energética. Além disso, é importante mencionar que os

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valores são apenas potenciais pois a viabilidade técnica de aproveitamento de cada biomassa residual também depende de fatores como facilidade de coleta e transporte, armazenamento, destinação para fins não energéticos como ração animal e grau de desenvolvimento tecnológico dos processos de conversão.

O reaproveitamento de resíduos agrícolas para produção de bioenergia, considerado como lixo para alguns produtores, é extremamente viável, gerando economia, diminuindo passivos ambientais e agregando valor à cadeia produtiva. Desse modo, a gestão adequada dos resíduos dos processos agrícolas geram benefícios financeiros, econômicos e sociais, não só para a empresa como para a sociedade.

A geração de energia elétrica através das Pequenas Centrais Termelétricas – PCTs depende de diversos fatores como volume produzido e logística de coleta e transporte entre a fonte produtora e a usina de processamento. No entanto, a capacidade de escoamento energético dos resíduos ainda é um fator limitante para o aproveitamento competitivo da biomassa oriunda de resíduos agrícolas na região Centro Oeste.

A região Centro-oeste como potência agrícola do país deve estar na vanguarda das novas tendências da agricultura moderna, que compreende que investimentos na economia verde e na gestão ambiental fazem parte do crescimento do agronegócio.

REFERÊNCIAS

ABIB - Associação Brasileira de Indústrias de Biomassa. Brasil Biomassa e Energia

Renovável. 2011. Disponível em

http://pt.calameo.com/read/000200968cc3a949579a0 Acesso em: 11/06/2018

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Tabela   1:  Culturas   e   a   descrição   dos   respectivos   resíduos,   fator residual e poder calorífico inferior.
Tabela 3.  Potencial energético e estimativa de produção de energia gerada pelos resíduos agrícolas.

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