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A literatura brasileira no campo internacional dos estudos lusófonos (- )

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Academic year: 2021

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A literatura brasileira no

campo internacional dos

estudos lusófonos (

-)

Roberto Samartim

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A literatura brasileira no campo internacional dos

estudos lusófonos (

-

)

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Roberto Samartim

Faculdade de Filologia, Universidade da Corunha, Galiza (Grupo Galabra - USC)

E-mail: roberto.samartin@udc.gal

Resumo

Este estudo visa analisar os repertórios literários que atualmente estão a ser transferidos do campo dos estudos literários brasileiros para o campo internacional dos estudos lusófonos, assim como levantar hipóteses sobre as ferramentas teórico-metodológicas com que estes materiais objeto de internacionalização estão a ser analisados.

Para o efeito foi utilizado um banco de dados composto pelos contributos sobre literatura brasileira, publicados em 2012 e 2015 pelos investigadores ligados a instituições localizadas dentro e fora do Brasil como resultado dos dois últimos congressos trienais, organizados pelaAssociação Internacional de Lusitanistas (AIL), respetivamente, em 2011 (Faro, Portugal) e 2014 (Mindelo, Cabo Verde). Sobre este corpus foram realizadas análises qualitativas, quantitativas e textuais, com recurso ao software Iramuteq, que parte de técnicas de análise estatística de dados textuais e métodos não-supervisionados, permitindo a exploração, a classificação e o agrupamento temático de conteúdos. Os resultados destas análises apontam para o maior peso relativo, nas instituições brasileiras, de análises interpretativas realizadas sobre o cânone fixo, e para a individuação de um objeto de estudo identificado com a própria projeção exterior do Brasil e a sua cultura.

Palavras-chave: literatura brasileira, internacionalização, humanidades digitais, lusitanística.

1 Este artigo resulta da comunicação oral “Análise da presença da literatura brasileira no campo académico

internacional”, apresentada no VI colóquio internacional sobre literatura brasileira contemporânea: o local, o nacional, o

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Abstract

This study aims to analyze the literary repertoires that are currently being transferred from the field of Brazilian literary studies to the international field of Lusophone studies, as well as hypotheses about the theoretical and methodological tools with which these internationalization object materials are being analyzed.

For this purpose we used a database collected the contributions of Brazilian literature, published in 2012 and 2015 by the researchers linked to institutions located in and outside of Brazil as a result of the last two triennial congress, organized by the International Association of Lusitanists (AIL) respectively, in 2011 (Faro, Portugal) and 2014 (Mindelo, Cape Verde). This corpus were conducted qualitative, quantitative and textual analysis, using the software Iramuteq that part techniques of statistical analysis of textual data and methods unsupervised, allowing exploration, classification and thematic grouping of content. The results of these analyze point to the greater relative weight in Brazilian institutions, interpretive analyzes on fixed canon, and the individuation of an identified object of study with own outdoor projection of Brazil and its culture.

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Introdução

O presente trabalho, ainda que preliminar e em desenvolvimento, visa contribuir empiricamente e responder a duas questões centrais: 1) que repertórios enquadráveis na literatura brasileira estão a ser transferidos na atualidade do campo dos estudos literários brasileiros para o campo internacional dos estudos lusófonos? e 2) com que focagem ou ferramentas teórico-metodológicas estão a ser analisados esses materiais transferidos?

Para nos aproximarmos destas questões devemos esclarecer que, com base no conceito de campo de Bourdieu (1991) e na sequência de desenvolvimentos como Campo das Letras (Bello Vázquez, 2007: 79-80) ou Campo dos Estudos Galegos (Martínez Tejero, 2012: 30), entendemos operativamente por Campo dos Estudos Literários Brasileiros (CELB) e por Campo Internacional dos Estudos Lusófonos (CIEL) os espaços sociais (aqui nomeadamente referenciados no âmbito académico) em que são produzidos, consumidos, valorizados e circulam um conjunto de materiais e regras repertoriais identificados pelos agentes e instituições que se movimentam nesses espaços como incluídos quer na literatura brasileira quer nos estudos linguísticos, literários e culturais em língua portuguesa, respetivamente. O carácter distribuído, alargado e dificilmente abrangível do universo destes materiais num trabalho destas características, por causa da natureza empírica das análises propostas, aconselha selecionar como corpus de estudo uma amostra representativa e significativa deles. Utilizaremos, assim, na nossa sondagem apenas os resultados de dois eventos científicos de âmbito internacional e centralidade indiscutida no CIEL. Referimo-nos aos dois últimos congressos trienais organizados pela Associação Internacional de Lusitanistas (AIL)2, celebrados em 2011 em Faro (Portugal) e em 2014 no Mindelo (Ilha de São Vicente, Cabo Verde). Consideramos que as análises efetuadas sobre os contributos procedentes do CELB (quer gerados no Brasil quer fora dele) nos resultados dos dois eventos permitem levantar hipóteses tanto sobre os assuntos e materiais literários que estão a ser objeto de pesquisa no campo académico brasileiro na actualidade, como também sobre o processo de internacionalização da literatura brasileira operado através do referido campo dos estudos lusófonos. Estas hipóteses poderão ser oportunamente confirmadas ou refutadas em abordagens posteriores sobre outros tipos de corpus.

2 A AIL é, a dia de hoje, a principal Associação Internacional de Estudos Lusófonos (http://www.lusitanistasail.org).

Fundada em Poitiers em 1984, organizou desde essa altura congressos internacionais com periodicidade trienal em vários lugares do mundo em parceria com universidades onde funcionam estudos linguísticos, literários e culturais em língua portuguesa. Juntamente com estes congressos, e para além de outros colóquios com periodicidade e localização variável sobre temas ou espaços culturais específicos (o Renascimento, os PALOP, ...), é também responsável pelapublicação dos resultados dos seus encontros científicos e pelaedição da revista Veredas.

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Sobre o banco de dados proporcionado pela totalidade dos resultados destes dois congressos (Petrov et al, 2012; Bello Vázquez et al, 2015; Brito-Semedo et al, 2015; Samartim et al, 2015; e Torres Feijó et al, 2015 a/b), efetuámos análises de dois tipos. Primeiro, de natureza quantitativa/ qualitativa, que permitiu conhecer o volume e a tipologia da produção relativa à literatura/ cultura Brasileira transferida do CELB para o CIEL, assim como as caraterísticas de vários tipos dos agentes e instituições envolvidos nesse processo de internacionalização, através da análise de determinados atributos (como género, instituição ou país das pessoas produtoras). O segundo tipo de análises, de natureza textual, permitiu a aproximação dos repertórios promovidos desde o CELB no referido processo de internacionalização da literatura brasileira para o CIEL, até das metodologias utilizadas no estudo dos materiais transferidos.

Para este segundo tipo de análises utilizamos o programa informático Iramuteq (http://iramuteq.org/), testado com sucesso em trabalhos recentes do grupo Galabra (Fernández Rodríguez, 2016). Este software permite a exploração, a classificação e o agrupamento temático de conteúdos a partir de uma modalidade de classificação semântica que incorpora técnicas multivariantes, a técnica textométrica de classificação semântica (Fernández Rodríguez e Samartim, 2015).

1.

Explorações Prévias: Análises Quantitativas e Qualitativas

Os dados analisados foram extraídos do banco de dados composto por duas coleções de um total de 17 volumes, 11 dos quais editados pela AIL em 2012 sob o título genérico de “Avanços em...”, e outros 6 volumes publicados por esta associação internacional em 2015 como “Estudos da AIL em...”. Ambas coleções agruparam um total de 352 trabalhos (252 nos Avanços e 100 nos Estudos) localizados nas áreas de interesse indicadas pelaorganização dos dois congressos internacionais que estão na origem destas publicações3. Estes 17 volumes organizam os 352 contributos referidos agrupando-os em livros temáticos que atendem assuntos/ espaços (multi)nacionais concretos, dentro dos quais é possível estabelecer os 5 blocos temáticos básicos

3 “A Comissão Organizadora convida as/os investigadoras/es interessadas/os a remeter propostas de comunicações e

painéis que foquem qualquer questão relacionada com os seguintes âmbitos, desde que integrados na alargada área de investigação nos estudos lusófonos e apresentados em português: 1. Ciências Humanas e Sociais 2. Estudos na Cultura 3. Linguística 4. Literatura 5. Teatro, Cinema, Música e Artes Plásticas 6. Geografia, 7. História 8. Antropologia 9. Comunicação e Média 10. Ciências Políticas, 11. Direito, 12. Economia 13. Turismo 14. Sociologia” (http://www.lusitanistasail.org/congressos/82-11mindelo2014.html, 31/05/2016).

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indicados na Tabela 1: estudos sobre literatura e cultura portuguesa, brasileira, dos PALOP; estudos sobre comparatismo ou relacionamento e estudos linguísticos4.

TABELA 1

Distribuição temática do corpus

Áreas Temáticas Avanços 2012 Estudos 2015 Total

Portugal 118 19 137 Brasil 62 (24,6%) 19 (%) 81 (23%) PALOP 23 11 34 Comparatismo 17 31 48 Linguagem 32 20 52 Total 252 100 352

Fonte: Elaboração própria.

Os 62 capítulos referidos ao Brasil que figuram na Tabela 1 para os Avanços e os 19 textos dos Estudos estão localizados em três volumes temáticos no primeiro caso (Petrov et al, 2012d/e) e, no segundo caso, no único livro que a coleção de 2015 dedica ao país americano (Bello Vázquez et al, 2015). Contudo, a abordagem global das duas coleções permite ainda alargar este corpus brasileiro até atingir quase um terço da produção total (de 23% para 30,96%), uma vez incorporados os contributos sobre literatura e cultura do Brasil presentes noutros volumes de ambas as séries, nomeadamente nos referidos a comparatismo e relacionamento (Figura 1).

4 A produção sobre literatura e cultura da Galiza partilha volume com os PALOP nos Avanços (com 8 contributos) e foi

localizada nos Estudos, em base aos assuntos focados, nos dois volumes sobre “Teoria e Metodologia. Relacionamento nas Lusofonias”.

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FIGURA 1

Volume da produção

Fonte: Elaboração própria.

Assim, apesar da redução da produção total verificada entre 2012 e 2015, o peso relativo dos assuntos brasileiros aumenta ligeiramente neste período (de 30% que supõem os 76 contributos censados nos Avanços a 33% dos 100 trabalhos recolhidos nos Estudos), encurtando a distância que separa as achegas sobre o Brasil da atenção maioritária dedicada nestes congressos da AIL a assuntos portugueses. Este facto é devido ao aumento proporcional dos trabalhos sobre a África lusófona (o congresso de 2014 que está na origem dos Estudos foi celebrado em Cabo Verde) e também do aumento considerável dos trabalhos comparatistas ou metodológicos em 2015, entre os quais destacam os referidos ao Brasil (7 de 16 e 7 de 15 em cada um dos dois volumes dedicados em 2015 a este assunto ou, percentualmente, 43% e 46,6%).

FIGURA 2

Origem da produção

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Se analisarmos a população de 109 contributos referentes à literatura e cultura do Brasil em função de atributos como a origem institucional ou o género dos produtores e produtoras, podemos verificar que a origem da produção está mais distribuída em 2015 do que em 2012 (Figura 2), o custo do peso da produção com origem num campo académico brasileiro ainda claramente maioritário no CELB. Porém, deveremos levar também em conta que praticamente um terço da produção em 2015 está localizado fora do Brasil e que emerge nesse ano um núcleo na Itália, emergência que pode estar relacionada com as dinâmicas internas da AIL (a presidência e a secretaria geral desta Associação passam durante o congresso de 2014 da Galiza para a Itália) e que, de qualquer forma, acaba por discutir a segunda posição no global do período aos trabalhos de assunto brasileiro procedentes de Portugal.

Este carácter distribuído da produção permanece quando referido à participação institucional na nossa população (Figura 3). Fora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que com 14 contributos (11 em 2012 e 3 em 2015) é a instituição que mais trabalhos achega ao CIEL, há até 11 instituições brasileiras que só participaram uma vez, e o grupo de universidades que maior número de trabalhos produz está concentrado apenas em dois Estados brasileiros: São Paulo, com 21 contributos, e Minas Gerais, com 20 referências5. No 30% da produção responsabilidade de instituições sediadas fora do Brasil, só as quatro universidades portuguesas censadas por junto (com 5 e 2 registos) conseguem atingir metade da produção da UFMG, e o CELB localizado na Itália, por sua vez também conformado por quatro universidades, aproxima-se da participação portuguesa por causa do aumento já notado em 2015.

5 As instituições envolvidas são a Universidade de São Paulo (USP; com 5 e 6 registos) e a Universidade Estadual

Paulista (UNESP; com 8 e 2 referências), e a UFMG e a Universidade Estadual de Montes Claros (UNIMONTES; com 5 e 1 registo).

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FIGURA 3

Distribuição institucional

Fonte: Elaboração própria.

Se levarmos em conta ainda o género das pessoas responsáveis pela produção, deveremos concluir que a internacionalização da literatura brasileira neste período descansa claramente na produção feminina (Figura 4). O estudo de um maior número de atributos das pessoas envolvidas na internacionalização (idade, instituição de formação, ano de doutoramento ou outros dados curriculares) permitiria realizar um maior número e tipo de análises, com o qual seria possível a elaboração de um perfil dos agentes muito mais definido, ou até a realização de análises de trajetórias ou hábitus.

FIGURA 4

Distribuição da produção por género da produtor/a

Fonte: Elaboração própria.6

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Estas análises quantitativas/ qualitativas de alguns atributos da nossa população permitem conhecer o seu volume e distribuição, assim como estabelecer um pefil básico das pessoas que participam na internacionalização da literatura brasileira, mas ainda não foram respondidas as duas perguntas que constituem o objetivo deste trabalho: que repertórios são internacionalizados e com que focagens ou metodologias são eles estudados? Para acharmos estas respostas serão de utilidade técnicas de análise de conteúdo como as utilizadas na segunda parte deste trabalho.

2.

Abordagens de Conteúdos

Para conhecer os repertórios transferidos do CELB para o CIEL recorremos a um programa informático que aplica uma “Interface de R pour les Analyses Multidimensionnelles de Textes et de Questionnaires” (Iramuteq). Este software de origem francês permite realizar análises textuais (de conteúdo) e funciona agrupando elementos (palavra, multipalavra, entidades como topónimos ou antropónimos, ...) em base a parâmetros como a quantidade de palavras, a frequência na repetição, a relação entre elementos, o contexto em que aparecem, etc. O trabalho com este tipo de ferramentas exige um pré-processamento dos materiais que consiste, em primeiro lugar, na passagem da população selecionada para documentos de texto sem formato (.txt), operação feita no nosso caso com o programa PDFs Poppler, e pelaposterior limpeza dos materiais retirando toda aquela informação textual não pertinente e que pode interferir nas análises (textos repetidos ou redundantes como números de página, cabeçalhos, notas dos organizadores, listagens de comissões envolvidas no processo de avaliação dos materiais, etc.). No nosso caso, foram retiradas também as referências bibliográficas presentes no fim de cada texto porque achamos que elas são de especial interesse para um estudo específico sobre fontes e metodologia, mas que neste caso podem distorcer as nossas análises (as referência de autoria já aparecem citadas no corpo dos textos, por exemplo).

Uma vez realizada a passagem a txt e a limpeza dos textos, foi realizada ainda uma homogeneização linguística para o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa dos materiais inicialmente em português de Portugal, do Brasil e da Galiza. Esta operação foi realizada com o conversor ortográfico Lince e permite aumentar em quase 20% o número de segmentos classificados com o método utilizado (Alceste), o que aumenta consideravelmente o grau de fiabilidade das nossas análises, situando-as em mais de 80% de segmentos agrupados quando a convenção para este tipo de trabalhos entende como fiáveis e robustos agrupamentos superiores a 70%. O apuramento das análises de conteúdos também se consegue com a desambiguação (se ‘como’ funciona como conjunção ou como verbo, por exemplo) e com a identificação de entidades mais

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frequentes, esta última feita no nosso caso com o recurso ao software AntConc (http://www.laurenceanthony.net/software/antconc/), que permite incorporar à análise em formato multipalavra topónimos, antropónimos ou qualquer outro tipo de entidade ('Carlos Drummond'/ 'Carlos Drummond de Andrade' > ‘Carlos_Drumond’, por exemplo).

Esta parte procedimental conclui com a etiquetagem da população utilizada nas análises. Esta operação consiste na incorporação de metadados à nossa população e na sua segmentação em subpopulações. A etiquetagem permitirá identificar, então, o texto concreto em todo o momento, o que será imprescindível, por exemplo, para conhecermos quais são os textos que mais contribuem para identificar uma classe concreta (no nosso caso identificamos todas as unidades de texto como ‘txt_001’, ..., ‘txt_109’). Por outro lado, ao estabelecermos subpopulações, a etiquetagem com modalidades permitem análises específicas e contrastivas em função daqueles parâmetros de utilidade para atingirmos o nosso objeto de estudo; no nosso caso, diferenciamos a origem dos textos em função de se eles são de produção brasileira (‘brasil’) ou procedentes do exterior (‘exterior’), e dos anos de produção dos Avanços (‘2012’) e dos Estudos (‘2015’). Fixamos assim uma população para estudo composta por 109 unidades de texto, das quais 18 se correspondem com o 'exterior' e 91 com o 'brasil', e 76 com '2012' e 33 com '2015'.

Sobre esta população realizamos análises estatísticas básicas (por palavras, formas, frequências, classe gramatical), aplicando a Classificação Hierárquica Descendente (CHD) e uma análise de cluster tipo Alceste (que é a opção pré-determinada no programa)7. Com o fim de melhorar as visualizações e eliminar ruído, foram selecionadas como formas ativas para as análises apenas verbos e substantivos; outras classes gramaticais (preposições, adjetivos, conjunções) foram marcadas como secundárias e - ainda que também extraímos análises, gráficas e representações delas - serviram unicamente de contraste, confirmam em geral o dito para as análises principais e não serão utilizadas neste contributo.

7 O método Alceste é um logaritmo integrado no software que permite realizar o agrupamento. A CHD faz subgrupos

a partir de um grupo maior (daí descendente). Na análise CHD foram utilizadas duas variantes do método Alceste: as opções pré-determinadas do aplicativo (etiqueta 'alceste_1') e a duplicação do número de classes para aumentar a granularidade dos resultados (etiqueta 'alceste_2'). Ilustraremos a nossa exposição com os resultados de uma ou outra em função da qualidade da visualização.

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FIGURA 5

Dendograma de classificação do conteúdo

Fonte: Elaboração própria (método Alceste 1).

O dendograma da Figura 5 indica que as cinco classes resultantes da aplicação dos parâmetros indicados acima estabelecem três agrupamentos/ clusteres claramente definidos, dois deles relativamente próximos entre si (as classes 1-3, com quase metade dos elementos analisados, e as classes 4-5, que agrupam pouco menos de um terço dos materiais) e outro grupo mais característico e afastado em relação com os anteriores, composto por apenas uma classe e significando uma percentagem superior a um quinto sobre o total dos materiais analisados.

O cluster maioritário (classes 1-3) agrupa os trabalhos onde é possível detetar um maior relacionamento da literatura/ cultura com a sociedade e um peso metodológico maior; neste sentido, permite extrair informação sobre as focagens e as ferramentas de análise utilizadas nos trabalhos que a conformam. A classe 1, em concreto, pode ser caracterizada como aquela mais próxima aos estudos não exclusivamente literários mas àqueles que focalizam a cultura, ao estar identificada por palavras-chave que remetem para análises sociais ou sistémicas (tais como ‘campo’, ‘sistema’, ‘sociedade’, ‘cultura’, ‘identidade’, ‘produção’, ‘processo’, ‘comunidade’, ‘periferia’, ...). Ao lado desta classe 1, a classe 3 está mais próxima de abordagens que podem ser consideradas em maior medida exclusivas dos estudos literários, ao estarem focadas nos géneros (‘narrativa’, ‘romance’, ‘conto’, ...) ou em elementos próprios dos estudos na literatura (‘narrador’, ‘personagem’, ‘leitor”, ‘ficção’, ‘realismo’, ‘texto’, ...). Os textos que mais contribuem para a identificação das duas classes que conformam este grupo, (“Desaparição política e ditadura militar no Brasil: a literatura como ato de restituição”, do professor da Universidade de Bolonha Roberto Vecchi para a classe 1, e “Romance e política no Brasil”, do professor da UNESP Benedito Antunes para a

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classe 3) exemplificam perfeitamente, julgamos, essa importância das análises relacionais e permitem afirmar já que as abordagem com maior suporte metodológico são mais significativas nos contributos de 2015 do que nos de 2012 (ambos textos integram os Estudos).

Fronte a este grupo caracterizado polas análises relacionais e externas, no cluster formado polas classe 4-5 destacam as análises intern(inst)as da literatura e o carácter especulativo-interpretativo. As palavras chave de ambas as classes remetem para essas leituras internas do texto literário e para os argumentos/ assuntos dos textos objeto de estudo, detetando-se na classe 4 uma especialização nas relações pessoais/ familiares (‘pai’, ‘filho’, ‘família’, ‘mãe’, ‘irmão’, ‘tio’, ...) ligadas a focagens de género (‘marido’, ‘esposo’, ‘mulher’, ‘amante’, ‘noivo’, ‘casamento’, ‘amor’, ...). A localização dos textos mais representativos das duas classes (“A casa no imaginário feminino: ‘um espaço Feliz’” e “Leitura dum conto de Guimarães Rosa”, respetivamente para as classes 4 e 5) permitem afirmar, igualmente, que esta menor inovação teórico-metodológica provém do CELB sediado no Brasil e de trabalhos publicados no ano 2012.

Por último, na Figura 6 é possível verificar a proximidade entre os agrupamentos descritos acima e a forte interrelação existente entre as classes que conformam cada um deles; da mesma maneira, esta representação evidencia o afastamento em relação aos clusteres anteriores do agrupamento formado apenas pelaclasse 2. Este último grupo, por seu lado, está caracterizado pelaimportância concedida ao relacionamento inter e, sobretudo, intrasistémico (luso-brasileiro), nomeadamente através do comércio editorial e da principal figura do cânone fixo da literatura brasileira (Machado de Assis, nomeadamente); ainda que não unicamente deste modo, tal como demonstra que o segundo texto mais representativo deste grupo (“Amazônia: conquista e gestão do espaço português durante o período colonial”, de Antonio Cordeiro Feitosa) esteja virado também para o relacionamento luso-brasileiro, mais com foco no campo político. De qualquer maneira, a nossa afirmação está sustentado na frequência de topónimos (‘portugal’, ‘brasil’, ‘lisboa’, ‘são_paulo’, ‘rio_de_janeiro’, ‘porto’, mas também ‘china’, ‘espanha’, ...) e de palavras chave como ‘comércio’, ‘exportação’, ‘circulação’, ou ‘mercado’ coocorrendo ao lado de temos próprios do campo editorial (‘publicar’, ‘jornal’, ‘editor’, ‘revista’, ‘edição’, ‘biblioteca’, ‘livro’, ‘livraria’, ‘publicação’, ...). Igualmente, em relação com o peso atribuído ao cânone fixo entre os materiais objeto do relacionamento, apontaremos apenas que entre as palavras mais frequentes destaca Machado de Assis, a quem são dedicados dois dos três textos que mais contribuem para a identificação deste cluster (“Sendas de Machado de Assis no caminho dos livros” e “Um leitor de Machado de Assis. Notas sobre as cartas de Miguel de Novais”). Como veremos adiante, este interesse polo relacionamento e a internacionalização (centrado no eixo Portugal-Brasil) descansa

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principalmente em trabalhos procedentes do Brasil (os textos mais significativos procedem deste espaço) e mantém-se ao longo de todo o período de estudo.

FIGURA 6

Gráfica de classificação de conteúdo

Fonte: Elaboração própria (método Alceste 1).

Complementamos o dito acima mostrando a representação da abordagem resultante da Análise de Similaridade (baseada em Análise de Redes Sociais), método que permite visualizar a relação entre as formas ativas que mais contribuem para a formação das cinco classes geradas da população analisada, no nosso caso, através do método Alceste. Uma leitura no nível mais superficial, com foco nos termos mais destacados e identificadores de cada espaço delimitado na Figura 7, pode conduzir diretamente à relativa centralidade das leituras internistas apontadas para o grupo formado polas classes 4 e 5, mais conservadoras se as compararmos com os resultados das classes 1-3. Assim se derivaria da centralidade atingida por palavras como ‘obra’, em relação direta com ‘texto’, ‘livro’, ‘forma’, ‘vida’, .a indicarem que, no centro, as relações surgem entre o texto e as personagens e remetem para os argumentos e os elementos de sentido, estrutura, linguagem, etc da obra literária. Mas também é possível detetar, num segundo nível de análise, tanto os elementos identificadores das outras classes acima descritas, como outros agrupamentos menores de palavras remetendo para outros conteúdos presentes na população em foco, tais como a literatura em relação com o ensino (‘leitura’, ‘formação’, ‘aluno’, ‘professor’, ‘educação’, ‘escola’, ...) ou, até, em posições mais periféricas, o ‘brasil’ relacionado

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diretamente com a ‘estratégia’ de ‘país’ e a ‘comunidade’ conformada pela‘língua’ portuguesa.

FIGURA 7

Relações entre as formas mais significativas de cada agrupamento

Fonte: Elaboração própria (Análise de Similaridade).

Se levarmos em conta o espaço de produção dos materiais objeto da transferência do CELB para o CIEL (Brasil ou o exterior) poderemos ainda levantar mais argumentos para avançarmos no conhecimento das questões que motivam este trabalho. Na Figura 8 colada abaixo vemos, em primeiro lugar, como a distribuição da produção brasileira espelha a classificação de conteúdo vista para o conjunto da população em foco, com dois agrupamentos relativamente próximos no eixo vertical e um mais centrado e afastado destes (a atual classe 4), que recolhe as características apontadas acima para a descrição da classe 2. De facto, a única diferença resenhável da produção localizada no Brasil em relação com a totalidade da população analisada reside em que as classes 4-5 retiradas da população geral confluem na atual classe 1, o que faz com que as percentagens se vejam elevadas levemente na análise desta modalidade.

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FIGURA 8

Contraste Brasil-Exterior

Fonte: Elaboração própria (método Alceste1).

A produção localizada no exterior, por sua vez, está muito mais hipercaracterizada em relação com o conjunto da população e, portanto, também com a produção com base no Brasil. A simplificação estrutural em dois grupos e três classes afastadas tanto entre si como em relação com o centro do eixo cartesiano da gráfica reproduzida na Figura 8 estão a indicar claramente este facto. Ainda que com um peso percentual relativamente equilibrado entre as três classes extraídas da nossa análise, é o grupo formado polas classes 1-2 (e em concreto a classe 1) a que supõe mais peso na produção localizada fora do Brasil. As duas classes em que se distribui este agrupamento principal remetem diretamente para o estudo da história da literatura brasileira, com destaque na classe 2 para as análises que focam a relação entre a política e a ‘literatura’ (‘obra’, ‘romance’, ‘estória’, ‘escrita’, ‘metáfora’, ...), e com assuntos referenciados no ‘testemunho’ ‘crítico’ e na ‘restituição’ da ‘voz’ às ‘vítima(s)’ da ‘repressão’ e a ‘violência’ que marcaram a ‘vida’ e a ‘realidade’ no período do ‘golpe’ militar e a ‘ditadura’ (estes contributos procedem basicamente dos trabalhos gerados na Itália em 2015). Ainda dentro deste grupo, mas já na classe 1, o estudo da história da literatura centra-se na abordagem do cânone, com destaque para a ‘poesia’

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(‘oswal_de_andrade’) e para o mundo do ‘índio’, presente tanto em ‘macunaíma’ de ‘gonçalves’ [Dias] como em ‘hans-staden’.

Ainda que a presença de Hans Staden permita apontar já para o relacionamento entre o Brasil e a Alemanha, a internacionalização e a divulgação no exterior do Brasil será o elemento identificador da classe 3. Este grupo está claramente virado para a internacionalização da ‘cultura’ (‘china’, ‘macau’, ‘espanha’, ‘lusofonia’, ...) e a centralidade atribuída à ‘cooperação’ em chave fundamentalmente económica (‘exportação’, ‘importação’, ‘economia’, ‘mercado’, ‘comércio’, ‘serviço’, ‘venda’, ‘crescimento’, ...), individualizando-se também um agente com forte impacte internacional como Paulo ‘Coelho’, cuja presença está ligada a uma ‘pesquisa’ sobre os impactos do ‘caminho’ de ‘Santiago’ e a ‘peregrinação’ a ‘Compostela’ na ‘comunidade’ local, com derivações para o setor do ‘turismo’, realizada na Galiza por agentes do Grupo Galabra (Villarino Pardo, 2005).

Conclusão

Em síntese, os métodos e procedimentos acompanhados nas nossas análises permitem-nos sugerir e refletir as seguintes conclusões gerais:

1. Os resultados dos dois últimos congressos internacionais da AIL fornecem informação significativa e representativa sobre o processo de internacionalização da literatura e a cultura brasileiras. Só novas abordagens com corpus procedentes de outros âmbitos permitirão valorizar com maior exatidão o grau de representatividade dos materiais utilizados neste trabalho e definir em que medida (e quais) características apontadas para este corpus são detetadas também noutros materiais ou estão em dependência das dinâmicas internas desta associação internacional.

2. Confirma-se a utilidade tanto da tipologia das análises realizadas como as ferramentas que as permitiram (Iramuteq) possibilitando levantar hipóteses e alargar o conhecimento sobre o objeto de estudo em foco. A abordagem de populações numerosas (no nosso caso 109 textos de aproximadamente 10 páginas cada um) apresenta uma maior dificuldade para uma abordagem com critérios objetivos e garantias de sucesso através dos métodos e suportes informáticos aqui explorados. Novas abordagens com estes métodos, juntamente com o apontado contraste com tipologias diferentes de corpus, poderão contribuir a um conhecimento mais alargado e depurado tanto do fenómeno em foco como da aplicabilidade das ferramentas.

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3. Após o nosso estudo, estamos em disposição de afirmar que os trabalhos sobre literatura, história e cultura brasileiras transferidos do CELB para o CIEL nos anos 2012 e 2015, quando menos aqueles divulgados por meio das publicações da AIL, significam um volume de produção sobre o conjunto dos materiais que circulam nesse campo internacional relativamente menor à posição ocupada no intersistema lusófono polo Brasil noutros aspectos (número de falantes, de instituições académicas, de valores económicos referidos à cultura, etc.). Neste sentido, do corpus abordado neste trabalho, por volta de 30% do total da produção mobilizada nos eventos científicos internacionais da AIL se corresponde com repertórios sobre o Brasil, o mesmo volume detatado para os Avanços, quando nesta mesma coleção as temáticas relativas a Portugal ocupam quase metade da produção (48%). Dos 109 contributos identificados na população analisada (sobre os 352 trabalhos publicados pelaAIL nesses anos) dois terços foram produzidos no campo académico brasileiro, com especial destaque para as investigações de professoras de universidades mineiras e paulistas; foi detetado, igualmente, um crescente polo de interesse fora do Brasil, nomeadamente na Itália em 2015. A partir desta realidade podemos colocar a hipótese de que, em primeiro lugar, a maior produção do Brasil não supõe necessariamente maior atenção a assuntos brasileiros e, também, que é a produção brasileira a que determina (quantitativamente e, como veremos abaixo, também no discurso e na focagem) o tipo de repertórios literários e culturais brasileiros transferidos para o CIEL.

4. Quanto à tipologia desses repertórios e aos modos com que são analisados e apresentados, verificamos que a internacionalização da literatura e a cultura brasileiras supõe já um assunto de interesse específico, aparecendo individualizado como tal e conformando um agrupamento próprio nos resultados das análises realizadas (com maior peso, aliás, no exterior do que no interior do Brasil). Neste trabalho, esta internacionalização compartilha espaço com o relacionamento luso-brasileiro no caso da produção gerada no interior do Brasil e não esquece outros espaços (como a China ou a Espanha) nos trabalhos procedentes do CELB no exterior, onde a vertente económico-comercial da transferência de materiais culturais para o CIEL tem um peso maior. Os materiais transferidos são maioritariamente literários, estão referenciados no cânone fixo da literatura brasileira (Machado de Assis – nomeadamente -, Guimarães Rosa, Drumond, ...) e só contemplam repertórios não canonizados pelaacademia brasileira nos trabalhos procedentes do exterior do Brasil (basicamente em 2015 o caso de Paulo Coelho, que está a ser estudado na Galiza em relação com o impacto deste agente nas práticas culturais ligadas ao Caminho de Santiago).

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5. Ao lado deste assunto, um volume importante de materiais (quase 30% dos resultados para as análises do conjunto da população) aborda os objetos colocando o foco no relacionamento, mas agora com especial atenção aos vínculos entre o campo literário e o político, parece utilizar também ferramentas de análise referenciadas nos estudos sistémicos e sociológicos, e compartilha grupo com outras abordagens de peso equivalente na população geral que assumem quadros interpretativos referenciados no aparelho próprio dos estudos literários e que podemos qualificar como em maior medida textocêntricas. Fora um suporte metodológico maior nos contributos de 2015 do que nos de 2012 e um maior peso no Brasil do último tipo de focagens anotadas (referidas acima como textocêntricas), podemos verificar esta mesma distribuição se considerarmos individualmente a produção gerada unicamente no CELB sediado no interior do Brasil, o que vem reforçar a nossa hipótese de que é a produção brasileira a que define, também no nível qualitativo, a natureza das abordagens e dos materiais transferidos para o CIEL; também porque isto não se verifica no caso dos materiais produzidos fora da geografia brasileira, onde os assuntos literários analisados giram em volta dum período especialmente convulso do ponto de vista político (a ditadura militar de 1964-1985, objeto de estudo na Itália em 2015) que parece apagar qualquer outro rasto teórico-metodológico explícito além duma genérica análise social da literatura.

Em súmula, verificámos que as leituras internistas e interpretativas ocupam uma posição relativamente central nas abordagens dos materiais objeto da transferência (por volta de 30% dos elementos resultado da análise agrupam-se assim). Este facto é em grande medida justificado pelo peso da produção brasileira (ausente do CELG no exterior). A conservação e manutenção deste tipo de leituras internistas e relativamente menos inovadoras no campo académico brasileiro, e o peso que elas têm nele, a par da atenção que este campo presta apenas ao cânone fixo da literatura brasileira, não parecem elementos menores para compreendermos o processo de internacionalização em curso. Julgamos, contudo, que os resultados das nossas análises deverão ser contrastados ainda em trabalhos posteriores com os índices de leitura e edição no Brasil e no exterior durante o período em foco, por exemplo, para confirmarmos ou descartarmos o eventual desacoplamento do campo académico brasileiro para que parecem apontar os resultados atuais.

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NOTA DA EDITORA/EDITOR’S NOTE

Este paper resulta de um convite ao autor, fruto da sua trajetória académica e investigativa de relevo. Todo o conteúdo nele expresso é da exclusiva responsabilidade do autor.

This paper results from an invitation to the author, due to his reputed academic and investigative record. All contents are the author’s sole responsibility.

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IS Working Papers 3.ª Série/3rd Series

Editora/Editor: Paula Guerra

Comissão Científica/Scientific Committee: João Queirós, Maria Manuela Mendes,

Sofia Cruz

Uma publicação seriada online do

Instituto de Sociologia da Universidade do Porto

Unidade de I&D 727 da Fundação para a Ciência e a Tecnologia

IS Working Papers are an online sequential publication of the

Institute of Sociology of the University of Porto

R&D Unit 727 of the Foundation for Science and Technology

Disponível em/Available on: http://isociologia.pt/publicacoes_workingpapers.aspx ISSN: 1647-9424

IS Working Paper N.º 33

Título/Title

“A literatura brasileira no campo internacional dos estudos lusófonos (2012-2015)” Autor/Author

Roberto Samartim

O autor, titular dos direitos desta obra, publica-a nos termos da licença Creative Commons “Atribuição – Uso Não Comercial – Partilha” nos Mesmos Termos 2.5 Portugal

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