ESTRUTURA
ECONÔMICA E IDH
GG.11 pag.10
Estrutura econômica da população
Classificação da população pelo mercado de trabalho:
População economicamente ativa (PEA):
Todos os habitantes com idade superior a 15 anos (10 anos em países subdesenvolvidos); Empregados formais, exercendo atividades fora do domicílio;
Desempregados, mas procurando emprego há menos de um ano.
População economicamente inativa (PEI):
Dependentes;
Mulheres que trabalham em casa; Crianças, idosos, estudantes;
Diferenciação dos países pelo PEA
Países com PEA maior:
Países desenvolvidos;
População concluiu educação superior;
Mão de obra qualificada, especializada e
bem remunerada;
Casam-se tardiamente;
Optam por ter poucos filhos;
Famílias com padrão e expectativa de vida
elevados;
Acesso a serviços de saúde qualificada,
internet;
Fala pelo menos mais de um idioma;
Em contínuo aprendizado.
Países com PEA menor:
Número elevado de dependentes;
Apenas um membro exerce atividade
remunerada na família;
Abandono precoce da escola;
Mão de obra pouco qualificada e mal
remunerada;
Alimentam-se mal, subnutridos;
Nível de instrução baixo;
Taxa de natalidade elevada;
Taxa de mortalidade infantil elevada;
Expectativa média de vida reduzida;
Distribuição do PEA por sexo
Das décadas de 1930 a 1940, os homem exerciam atividades remuneradas;
Nos EUA, durante a Segunda Guerra Mundial por causa da escassez de mão de obra, as mulheres foram trabalhar em fábricas de armamentos,
aviões, carros de combate, munições e alimentos; No período Pós-guerra, as mulheres começam
disputar os postos de trabalho até então pertencentes apenas aos homens;
Nas últimas décadas aumentou a quantidade de mulheres que frequentam as universidades (mão de obra qualificada);
Os salários das mulheres deixou de ser remuneração complementar;
Em muitos países a mão de obra feminina substituiu a masculina;
Elas já ocupam cargos políticos, governam países, dirigem empresas. A maioria estende as horas de
trabalho no lar, onde se dedicam às numerosas tarefas domésticas;
Recebem salários menores e tem menos chances a chegar em cargos de chefia. Na Alemanha apenas 6% dos cargos de chefia em empresas são ocupados por elas.
Trabalho infantil
• Nas áreas mais pobres do mundo, é comum crianças trabalharem para contribuir com o orçamento doméstico, impedindo de frequentar uma escola;
• Na América Latina são mais 20 milhões de meninos e meninas que trabalham. A
Organização Internacional do Trabalho (OIT) estima que mais de 250 milhões de crianças entre 5 e 14 anos trabalham;
• O recordista é o Equador, onde as crianças trabalham principalmente nas lavouras de banana e nas olarias;
• Alguns argumentos dizem que o trabalho infantil pode ser considerado um “mal menor”, pois
trabalhando a criança estaria afastada da
criminalidade e da violência, no entanto este é um exemplo da perpetuação do perverso círculo vicioso:
Pobreza
Pouca
Escolaridade
Baixa
Renda
Setores de atividades
A urbanização (mais antiga) e a globalização (fenômeno recente)
criaram necessidades específicas, atendidas por prestadores de
serviços;
Divisão das atividades humanas em três categorias principais:
o Setor primário: Estão associadas à retirada da natureza ou ao aproveitamento de produtos em
estado bruto, sem transformação. Realizados em zonas rurais envolvendo o extrativismo arcaico ou
tradicional (mineral ou vegetal), a caça e a pesca, a agricultura e a pecuária.
o Setor secundário: Envolve a transformação de bens primários em produtos de consumo. Estão as
atividades industriais, a construção civil, o extrativismo mineral mecanizado e o beneficiamento de
minérios.
o Setor terciário: Ligadas ao comércio, ao mercado financeiro em geral (atendimento bancário) e à
prestação de serviços.
PEA – População Economicamente Ativa
Nos países mais ricos (como os EUA,
Japão e a Alemanha), têm optado por
comprarem esses materiais (como aço,
alumínio e determinados produtos
químicos) de países emergentes como o
Brasil e México.
A importação de bens semi-industrializados
transfere para os países emergentes o
ônus ambiental e energético dessa
produção.
A modernização da agricultura que
acompanhou a Revolução Industrial, reduziu
a absorção de mão de obra pelo setor
primário da economia;
O setor industrial tem reduzido sua
capacidade de contratação de trabalhadores,
pela sua modernização e automatização;
A modernização reduziu a demanda por mão
de obra e deslocou uma parceria importante
da classe operária para outros setores da
economia (principalmente o de serviços). A
força de trabalho foi liberada para o
comercio e a prestação de serviços.
Houve um deslocamento da população
economicamente ativa: inicialmente, a do
setor primário (agricultura) para o secundário
(indústria); a seguir, do setor secundário
PEA – População Economicamente Ativa
A hipertrofia tem dois efeitos: absorção de
mão de obra pelos governamentais,
provocando o agigantamento da maquina
burocrática estatal aumentando a parcela
dos que vivem do comercio ambulante
(camelôs) ou de “bicos”, isto é , sem vinculo
formal nem qualquer seguridade social,
como pensão, férias, aposentadoria, etc.
(subemprego);
Proliferam pequenas fabricas caseiras de
alimentos (como doces, bolos e
salgadinhos), marcenarias e oficinas,
lavanderias, coleta e reciclagem dos
resíduos urbanos (latas, vidros, papeis e
plásticos);
Ao analisar países pobres nota-se que a maior
parte dos trabalhadores ainda está concentrada
no campo, porem a atividade rural tem sofrido,
como a mecanização, que provocou dispensa de
mão de obra consequentemente grandes
contingentes populacionais se deslocaram para
os centros urbanos;
O modelo de industrialização, muito dependente
do capital estrangeiro, não permitiu que o setor
secundário oferecesse a quantidade de empregos
exigida pelo êxodo rural. Com isso, concentrou-se
a mão de obra no comércio e na prestação de
serviços;
O fenômeno de saturação pelo comercio e pela
prestação de serviços é conhecido como
hipertrofia do setor terciário. Reduz o rendimento
médio dos trabalhadores, contribuindo para a
macrocefalia urbana, ou seja, o crescimento
urbano rápido e desordenado;
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)
Expectativa de vida;
O nível de escolaridade da população (taxa de alfabetização de pessoas com 15 anos ou mais); Renda per capita, PIB dividido pelo numero de
habitantes, ajustados ao poder de compra do dólar em cada país.
Na década de 1980, a ONU avaliava o grau de desenvolvimento dos países levando em conta o saldo da balança comercial de crescimento
econômico, quantidade de aço produzida,
quantidade de energia consumida por habitante, renda per capita e outros. Percebeu-se que esses indicadores não quantificavam a qualidade de vida das pessoas. A renda per capita por exemplo, não revela seguramente a concentração de rendimentos da população;
Durante os anos 1970 e 1980, alguns países apresentaram elevadas taxas de crescimento do PIB, mas suas populações não se beneficiaram desse progresso econômico. Foi o caso do Brasil e dos países exportadores de petróleo, como o Irã, Iraque, Arábia Saudita, o Kuwait e o Catar;
A partir de 1975, a ONU passou a adotar como
critério Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) que são avaliados os seguintes parametros:
Dos 20 países de IDH baixo, 19 estão na Africa, e duas são as principais causas: A aids, que reduziu a expectativa de vida da população de diversos países africanos em menos de 40 anos.
Dos países com os 20 maiores valores de IDH, 13 deles estão na Europa. Outra constatação é a
discrepância existente entre a posição no ranking do IDH e no das economias (determinado pelo volume do PIB).
Até a edição de 2009, o IDH era calculado como a média simples dos três sub-índices. A partir de 2010 adotaram a média geométrica.
As medias englobam três aspectos essenciais do desenvolvimento humano: conhecimento (medido por indicadores de educação), saúde (medida pela
longevidade) e padrão de vida (medido pela renda).
O índice vai de 0 a 1 (quanto maior,
melhor é a qualidade de vida da
população) e é classificado em três faixas:
IDH baixo: de zero a 0,499. IDH médio: de 0,500 a 0,799. IDH alto: de 0,800 a 1,000.