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ATA DA 9ª REUNIÃO DA COORDENADORIA DA JUSTIÇA ESTADUAL DA ASSOCIAÇÃO DOS MAGISTRADOS BRASILEIROS AMB, realizada às 14h30 horas do dia 29 de março de

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ATA DA 9ª REUNIÃO DA COORDENADORIA DA JUSTIÇA ESTADUAL DA ASSOCIAÇÃO DOS MAGISTRADOS BRASILEIROS – AMB, realizada às 14h30 horas do dia 29 de março de 2016, no Hotel Royal Tulip, em Brasília/DF conforme convocação anterior, presidida pelo Coordenador da Justiça Estadual, Gervásio Protásio dos Santos. Iniciada a reunião o Coordenador Gervásio dos Santos, cumprimentou a todos e deu boas-vindas aos presidentes recém empossados, e que já estavam presentes na reunião, Antônio Henrique de Almeida Santos (AMASE), Freddy Carvalho Pitta Lima (AMAB), Gilberto Schaffer (AJURIS), Jarbas Lacerda de Miranda (AMARR), Julianne Freire Marques (ASMETO), Maurício Torres Soares (AMAGIS), Pedro Henrique Tupinambá (AMATRA VIII), Renata Gil de Alcântara Vieira (AMAERJ) e Wilton Müller Salomão (ASMEGO), além de renovar a saudação aos presidentes Jayme de Oliveira Neto (APAMAGIS) e Frederico Mendes Júnior (AMAPAR), reeleitos em seus Estados. Após as apresentações, o Coordenador Gervásio dos Santos informou que em função da agenda legislativa no período da tarde, o assunto a ser tratado inicialmente será a mobilização legislativa, principal tema da semana, devido à possibilidade de votação do Projeto de Lei (PL) 3123/2015, da Câmara dos Deputados, que estabelece o teto remuneratório no serviço público (o requerimento de retirada de pauta, do PL 2132/15 foi aprovado no dia 21/03, em votação acompanhada de dirigentes da AMB e demais carreiras jurídicas, que na avaliação do Coordenador Gervásio, tiveram um trabalho fundamental na aprovação). Em seguida, o Coordenador Gervásio dos Santos passou a palavra ao Presidente da AMB, João Ricardo dos Santos Costa, que se ausentaria da reunião logo após, para presidir a reunião da Diretoria Executiva, que ocorreria na mesma tarde, mas que passaria as coordenadas no intuito de que se seguisse o trabalho no Poder Legislativo. O Presidente João Ricardo Costa cumprimentou a todos, ratificou as boas-vindas aos colegas que tomaram posse. Informou que falaria sobre a reunião que houve na semana anterior, com o Ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), onde discutiram temas como o Adicional sobre o Tempo de Serviço (ATS) e a mobilização no Poder Legislativo, para o qual mencionou que contaria com a ajuda do colega José Carlos Kulzer, Assessor da Presidência e Coordenador da Comissão Legislativa da AMB. Ressaltou que o tema seria levado novamente, no dia seguinte, à reunião do Conselho de Representantes da AMB. Lembrou que o dia seguinte seria bastante açodado para todos, pois haveria reuniões importantes no Congresso Nacional, incluindo a reunião que haveria com o Deputado Eduardo Cunha, Presidente da Câmara dos Deputados, que juntamente às lideranças deram audiência para o Colégio de Presidentes de Tribunais e Procuradores de Justiça e para as Associações Nacionais do Ministério Público e da Magistratura, que foram convidados a estar presente. Essa reunião tratará do Projeto de Lei (PL) 3123/2015. O Presidente João Ricardo Costa deixou registrada a significativa vitória conquistada na semana anterior, com a retirada do PL 3123/2015, da pauta do Congresso, que considerou uma das mais importantes conquistas recentes. Ressaltou que não se costuma comemorar quando se segura um retrocesso, mas quando se conquista algo, efetivamente, porém, diante do momento difícil atual, a magistratura não foi derrubada, e que quase nada foi perdido, ou nada, se comparado à quantidade de iniciativas para enfraquecer a classe. Comemorou que todas as entidades nacionais da magistratura como, Ministério Público, Defensorias, Ministério Público do Trabalho, Federal Estadual, Militar, as Justiças Estaduais do Trabalho e Militar, enfim, todas as carreiras, estão unidas na Frente Associativa da Magistratura e do Ministério Público da União (Frentas) pela primeira vez. Trata-se de um grupo que se reúne com alta força estratégica de atuação. Ressaltou que essas reuniões têm conseguido produzir um modelo de resistência muito grande contra o retrocesso, considerou que o momento é grave, valorizou a sinergia entre todos esses seguimentos e incluiu o Colégio de Presidentes dos Tribunais Federais, do

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Trabalho e Militar. Avaliou que essa unidade tem capacidade de potencializar a força política da magistratura no Congresso Nacional, principalmente para os Juízes Estaduais por serem os que tratam das questões com os Deputados Federais e Senadores de seus Estados, quer no âmbito da Justiça Eleitoral, quer no âmbito dos Tribunais de Justiça. Pontuou que o relacionamento com o Parlamento, na base, ocorre por meio da Justiça Estadual e considerou importante o contato permanente entre os magistrados e os parlamentares e a troca de informações. Avaliou que o segredo de uma estratégia bem-sucedida é a troca de informações. O Presidente João Ricardo Costa salientou que, centralizar em um organismo que está previamente articulado, no qual está incluída a Diretoria de Assuntos Legislativos da AMB e Assessoria legislativa da AMB que funciona sob coordenação do colega José Carlos Kulzer, assessor da presidência da AMB e do colega Leonardo Lúcio Freire Trigueiro, presidente da Associação dos Magistrados Piauienses (AMAPI) e membro da Comissão Legislativa da AMB, que, somados aos Presidentes de Associações como, por exemplo, o colega Desembargador Sebastião Coelho da Silva, presidente da Associação dos Magistrados do Distrito Federal (AMAGIS-DF), com presença diária, embora a presença diária da magistratura está em constante trabalho no Congresso Nacional. O Presidente João Ricardo Costa demonstrou a importância do encontro dos presidentes ou dos diretores das associações estaduais enviados para se encontrar com os membros da AMB, que tenham informações oriundas da própria AMB ou de outros órgãos, como por exemplo, o Ministério Público. Ressaltou que há casos onde o MP tem acesso à determinadas ações e outros casos a AMB é que esse acesso. Essa união de informações e centralização em um grupo como a Frentas, com a participação da AMB, evita que passos afoitos ou desestruturados possam acontecer, por melhores intenções que possam estar envolvidas. O Presidente João Ricardo Costa questionou se os colegas tinham conhecimento sobre o fato de a Associação dos Juízes Federais (AJUFE), estarem se reunindo com os presidentes dos tribunais no Congresso, reafirmou a importância da participação da AMB, bem como das demais entidades associativas nacionais, federais, trabalhistas, militares, eleitorais, na vitória sobre o PL 3123 e a consequente retirada do tema, inclusive do caráter de urgência, por estar trancando a pauta do Congresso. Comparou a situação vivenciada pela AMB, e parceiros, na vitória conseguida, a uma situação em guerra, quando os soldados não lutam para avançar além do fronte, mas sim para defender a partir de suas trincheiras, contra um inimigo que tenta avançar, ainda recomendou que se persistisse nessa luta sem desistir, e se mantivesse esse caminho de união e troca de informações, ordenados em um grupo de ações, para que não haja um enfraquecimento da classe, bem como, evitar passos descoordenados, mantendo assim o estímulo para não sair dessa trincheira. Lembrou que houve muitas conquistas pela AMB, e parceiras, nos últimos dois anos, que foi conseguida uma recomposição acima de qualquer outra, obtida uma automaticidade para 11 (onze) estados da Federação, além do auxílio moradia que, mesmo não estando dentro da política remuneratória da associação, foi solicitado (fato que inclusive interferiu negativamente na luta pelo Adicional por Tempo de Serviço, mas de certa forma gerou um reflexo positivo na remuneração dos juízes brasileiros). Reafirmou o compromisso de que não se pode deixar que os avanços se diluam ou que as ações retrocedam e que foram várias as conquistas que o movimento associativo obteve. O Presidente João Ricardo Costa reforçou a importância da reunião do Conselho de Representantes da AMB, que ocorreria no dia seguinte, onde são discutidas e definidas as deliberações com as quais a entidade se comprometeria, onde também discutiria o ATS, entre outras questões e que poderiam ser ouvida toda a magistratura nacional por meio de seus representantes. O Presidente João Ricardo Costa enalteceu a importância desse encontro que reúne os presidentes e representantes das associações, principalmente nesse momento de assembleísmo na

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internet, e um colegiado consegue enxergar melhor todas as variantes que envolvem um determinado problema, o que diminui bastante a possibilidade de se tomar um caminho errado. O Presidente João Ricardo Costa retomou o tema ATS e comunicou que já havia anteriormente uma pressão feita pela AMB, sobre essa questão, junto ao Ministro Ricardo Lewandowski, Presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) para que o ministro manifestasse um sinal em relação à retomada desse assunto e lembrou da articulação realizada pela AMB, em novembro de 2015, quando a AMB promoveu em encontro com o Presidente do Senado, Renan Calheiros, e o Presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), além de convidar as entidades nacionais Associação Juízes federais (AJUFE) e Associação Nacional dos Magistrados do Trabalho (ANAMATRA) para tratar do ATS. Na ocasião foi levada a proposta discutida na penúltima reunião do Conselho de Representantes, como forma de impulsionar o ATS, fazendo um substitutivo em que o Adicional absorvesse o Auxílio Moradia. O Presidente João Ricardo Costa informou em seguida que o Senador Renan Calheiros demonstrou boa receptividade em relação à proposta apresentada, se comprometeu a discutir com os líderes e a dar uma resposta sobre essas discussões, o que o fez de maneira inusitada, de acordo com o Presidente João Ricardo Costa, que relatou ter tido um encontro com Renan Calheiros em um elevador do Senado. O Presidente do Senado respondeu que houve uma objeção do Senador José Serra, que propôs que, em vez de se fazer a conversão se fizesse a substituição do ATS para o Auxílio Moradia e essa decisão só poderia vir por parte da AMB após nova reunião e deliberação do Conselho de Representantes, mas que uma proposta que valorize a carreira é relevante e merece ser analisada. Logo após iniciou-se a divulgação da Operação Lava-Jato e as atenções no Congresso Nacional se voltaram a esse tema, então houve a deliberação de que agora chegou esse momento de dar andamento na questão do ATS, para o qual foi criado um grupo específico para tratar desse tema com o Senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), no dia seguinte à reunião da Coordenadoria da Justiça Estadual, e na quarta-feira seguinte haveria uma audiência com o Presidente do Senado Renan Calheiros com esse grupo formado e do qual a AMB é integrante, junto aos Presidentes de Tribunais, para prosseguir com essa discussão. O grupo deverá apresentar a proposta do substitutivo. O Presidente João Ricardo Costa recebeu o texto do substitutivo no dia anterior e informou que passaria aos colegas na reunião. Comunicou ainda que, o próximo passo será a discussão na Câmara dos Deputados, mas que a relação com os parlamentares da Casa está mais diluída com a magistratura, até mesmo pelo maior número de parlamentares, mas que a magistratura reúne condições de conversar com todos os deputados e está fazendo isso representada pelo colega Leonardo Trigueiro (AMAPI), com bastante capacidade e propriedade. O Presidente João Ricardo Costa ressaltou que essa é a bandeira que será levantada nesse semestre, que as próximas reuniões, mencionadas anteriormente, têm esse propósito de definição do relator e do texto, e que seja aprovado no Senado para que possa ser apresentado à Câmara antes do período de eleições municipais. O Presidente João Ricardo Costa agradeceu a atenção de todos, passou a palavra ao Coordenador Gervásio Santos e se colocou à disposição para as dúvidas dos colegas e ressaltou que os textos e as discussões que envolvem esse tema não fossem repassados para os colegas fora da Coordenadoria, no intuito de preservar a força da proposta, que ainda estão sendo discutidos no grupo criado para levar o tema ao Congresso Nacional, inicialmente ao Senado. O Coordenador Gervásio Santos então indagou se os colegas gostariam de se manifestar em relação ao ATS. Não houve questionamentos em relação à apresentação feita pelo Presidente da AMB. O Coordenador Gervásio Santos prosseguiu convidando a colega Renata Gil, recém-eleita para presidir a Associação dos Magistrados do Estado do Rio de Janeiro (AMAERJ), para que ocupasse um lugar à mesa, representando as mulheres eleitas. Em seguida

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retomou a pauta, com o tema PL 3123, e salientou o prejuízo que a magistratura, e eventualmente, todo o serviço público teria, se fosse aprovado o substitutivo do Deputado Ricardo Barros (PP-PR). O Coordenador Gervásio Santos informou que, diante desse quadro, os Presidentes das Associações Estaduais já estão em diálogo com os Deputados de seus estados, e que esse trabalho junto às bases é fundamental. Informou que há a indagação de qual é o texto a ser apresentado pela magistratura para que haja a oposição ao texto do Congresso ou do Deputado Ricardo Barros (PP-PR). Recordou uma pergunta feita recorrentemente pelos Deputados: Qual a alternativa que a magistratura tem com relação aos textos do Governo ou do Deputado Ricardo Barros (PP-PR)? O Coordenador Gervásio Santos lembrou que durante o ano passado, a AMB trabalhou intensamente para que fosse aprovado na Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público (CTASP) o relatório do substitutivo do Deputado Federal Lucas Vergílio (SD-GO), que se trata da retirada de verbas eventuais e de caráter indenizatório, embora preserve o teto salarial, no que diz respeito ao subsídio, o que foi conseguido. O Coordenador Gervásio Santos informou que, ao explanar essa proposta aos Deputados, a resposta foi a de que o parecer do Deputado Lucas Virgílio não teria chance de ser aprovado na Câmara. Diante desse quadro, surgiu a ideia da formatação de dois tetos, sendo que, no primeiro teto, ficaria o subsídio, que não poderia ultrapassar o subsídio dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, e no segundo teto, ficariam as verbas eventuais, como por exemplo, verbas eleitorais, direção de fórum, cumulação, entre outros, e mais os auxílios e diferenças que o magistrado faça jus a receber, até o montante de R$ 33.000,00 (trinta e três mil reais), de modo que, em um determinado mês, o magistrado possa receber, no máximo, o valor de R$ 66.000,00 (sessenta e seis mil reais), nesse caso, somando-se o valor do subsídio e o valor das verbas de caráter eventual e de caráter indenizatório. O Coordenador Gervásio Santos ressaltou que, essa ideia surgiu quando o deputado José Guimarães (PT-CE), ainda era o relator, mas que, com o pedido de impeachment e a entrada do novo ano, houve alteração do relator, e assumiu então o Deputado Ricardo Barros (PP-PR) e com isso, essa ideia perdeu força (lembrou que os dois textos das propostas estavam na pasta entregue aos colegas). O Coordenador Gervásio Santos relatou que, diante desse quadro, surgiu uma terceira ideia, na qual o teto que abrigaria as verbas de caráter eventual, e de caráter obrigatório, seria de 50% do teto salarial, o que daria um valor de R$ 16.500,00 (dezesseis mil e quinhentos reais) e comunicou que essa ideia foi obtida por meio da colega Renata Gil (AMAERJ), e se trata de uma emenda constitucional do Deputado Hugo Leal (PSB-RJ), que está sendo formatada, e não foi trabalhada pela Magistratura, mas que a colega teve acesso. O Coordenador Gervásio Santos informou que, na quinta-feira passada, os colegas José Carlos Kulzer, e Leonardo Trigueiro, participaram de uma reunião, onde o assunto foi abordado. Avaliou ainda que, o ideal seria a aprovação da proposta levada à CETASP, mas que o caminho leva à essa terceira alternativa, que, tem um componente que embora possa atender boa parte da magistratura, seria inviabilizada em alguns estados, nos quais há muitas diferenças a serem recebidas. A colega Renata Gil (AMAERJ) comunicou que conversou com o Deputado Hugo Leal (PSB/RJ), sobre o substitutivo, e avaliou junto ao deputado, a possibilidade de se trabalhar essa terceira ideia. O Deputado, de imediato, entrou em contato com um assessor, que sugeriu redigir um texto, onde a proposta se apresentaria como uma emenda aglutinativa, mas com a ressalva de que no texto, manter-se-ia a integralidade, ou seja, o mesmo teto, e não a metade conforme mencionada. Renata Gil (AMAERJ) informou ter conversado com muitas lideranças do Governo, e demonstrou ter sentido a força do trabalho da AMB, inclusive no corpo a corpo com os Deputados, o que considerou de fundamental importância. Renata Gil conversou também com o Governador Antony Garotinho (PR-RJ), para tomar conhecimento de qual seria a posição do Deputado

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Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara. A resposta foi que o deputado ainda não havia agendado nenhuma reunião ou audiência com a magistratura, mas que abriu a agenda para receber em reunião um presidente de tribunal, fato que impulsionou a vinda de outros presidentes de tribunais para virem a Brasília. O Deputado Eduardo Cunha, presidente da Câmara dos Deputados, então decidiu se reunir com o Colégio de Líderes, antes de se reunir com os Presidentes de Tribunais, e que, se houver maioria na reunião com os líderes, irá colocar na pauta da Câmara. Renata Gil (AMAERJ) salientou que o texto encaminhado ao Coordenador Gervásio Santos não é ainda o ideal, mas que no momento é a melhor saída. O Coordenador Gervásio dos Santos passou a palavra ao Assessor da presidência da AMB, José Carlos Kulzer, que fez uma menção à semana anterior, quando o Deputado Ricardo Barros (PP-PR) foi nomeado relator do Projeto. O Assessor da presidência da AMB, José Carlos Kulzer informou que conseguiram na ocasião, uma reunião com o Deputado, na qual participaram alguns colegas magistrados da AMB e do Ministério Público, informou ainda, que o Deputado analisou o relatório do Deputado Lucas Vergílio apresentada e argumentou que, da forma que estava, aumentaria as despesas da União em mais de R$ 1.500.000.000,00 (um bilhão e meio de reais) e não interessava ao Governo. O Deputado salientou que todas as despesas, verbas e auxílios deveriam estar dentro de um teto. O Assessor da presidência da AMB, José Carlos Kulzer avaliou que não conseguiram demover o Deputado em alguns pontos, mas que conseguiram manter a gratificação por permanência na carreira, e o auxílio-alimentação, e que o Ministério Público tem mantido o foco no auxílio-moradia, enquanto a magistratura em geral tem outras condições a serem tratadas. Com isso, foi solicitada a retirada do regime de urgência e adiada a votação da proposta para que a magistratura e carreiras jurídicas possam analisar o texto com mais tempo. Além disso, avaliou que a proposta aventada pela colega Renata Gil (AMAERJ) chega bem próximo do que pode ser conseguido efetivamente. O colega Jayme Oliveira (APAMAGIS) relatou ter procurado as lideranças de seu Estado com as quais tem mais proximidade, e que foi recomendado pelo Deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), que se não se aprovasse o regime de urgência de votação da proposta e, com isso, voltar o processo para as comissões. Aguarda a definição de uma estratégia da AMB para reunirem um grupo de magistrados paulistas e se encontrarem com os parlamentares. Considerou ainda que os adicionais e verbas indenizatórias devem atingir os 100%, e não 50% conforme sugestão da colega Renata Gil (AMAERJ). O colega Leonardo Trigueiro (AMAPI) seguiu na linha do Assessor da Presidência José Carlos Kulzer e revelou que a ideia inicial seria a de o segundo teto, corresponder a 50% dos valores, mas que a questão redacional era confusa, e não demonstrava a ideia de maneira clara, sobretudo em relação ao auxílio moradia, se havia necessidade de comprovação ou não, entre outros. O Coordenador Gervásio Santos informou então que, o novo texto estava simples, e que houve uma mudança no Artigo 5º, do substitutivo do Deputado Ricardo Barros (PP-RR). O colega Leonardo Trigueiro (AMAPI) ressaltou que, a PEC 63 ressalva textualmente, o Adicional por Tempo de serviço (ATS) e que, se o ATS fosse incluído no teto, haveria uma influência negativa, e se alteraria o texto da PEC 63. Avaliou que, estrategicamente, as três bandeiras a serem defendidas são: a rejeição à proposta, a construção de uma alternativa com a redação de um texto claro e transparente, e a luta pela não urgência (adiamento) da proposta. O colega Giordane Dourado (ASMAC), ressaltou que o PL 3123/15 gerou um grande problema político e considerou que a solução no Congresso, teria que ser política, que se chegasse a uma composição de interesses, palatável para ser aprovada no Parlamento, e que mitigue as perdas da magistratura. Avaliou que, ao se referir em dois tetos, deverá ser deixada de lado qualquer argumentação jurídica, pois há um conflito com a Constituição, que não se refere a dois tetos, mas apenas um, e que nele não se inclui

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verbas indenizatórias. Salientou que a criação de dois tetos é uma inovação oriunda de uma construção política, visando a uma composição, e que, ao se tratar desse assunto, fica entendido que os Estados não terão mais autonomia para fixar por leis estaduais, verbas indenizatórias para a magistratura. O colega Leonardo Trigueiro (AMAPI) explicou que estariam elencadas na proposta, o que seria definido como verbas puramente indenizatórias, e as consequências que precisariam ser superadas. O colega Frederico Mendes Júnior (AMAPAR), comunicou que, no sábado anterior esteve com o Deputado Ricardo Barros (PP-PR), junto com outros magistrados, e levaram ao Deputado todos os itens em discussão. O Deputado ofereceu boa receptividade, mas não se mostrou favorável sobre nenhum dos temas como, por exemplo, tempo de férias e gratificação dos juízes eleitorais. O colega Antônio Henrique, (AMASE), apresentou como estratégia de ação, após conversar com os parlamentares de seu Estado, levar aos Deputados, os questionamentos sobre o que poderia e o que não poderia ser considerado inconstitucional e que se retire o suposto protagonismo da magistratura, para amenizar as relações institucionais. O colega Sebastião Coelho (AMAGIS/DF), ressaltou que não adianta procurar os inimigos da magistratura para o diálogo, principalmente os que se mostraram irredutíveis, e que há aliados importantes, inclusive líderes de grupos, que podem dar o apoio necessário. Em segundo lugar, propôs que se crie uma proposta concreta, em relação ao segundo teto, e que o segundo teto sendo 100%, não terá chance de aprovação, além de promover uma indisposição com o Congresso e com a sociedade. Avaliou que, as verbas que a magistratura conseguiu como direito adquirido, não entre em nenhum dos tetos. O colega ressaltou que o ideal seria manter o segundo teto em 50% e que não sejam incluídos no teto os direitos adquiridos. O colega Maurício Torres Soares (AMAGIS/MG), demonstrou preocupação em relação às verbas para os juízes eleitorais de 2ª instância, que acontece de forma diversa (conhecida com jeton, que é uma gratificação que se paga os servidores por reuniões extraordinárias e em órgãos de deliberação), pois os de 1ª instância já têm remuneração fixa. O colega Leonardo Trigueiro (AMAPI) ressaltou, como questão de ordem, no intuito de contribuir com o debate, que o caminho seria o de construir alternativas que passem pelo aval das associações, e que não se aprove no Legislativo, propostas sem o aval, o acompanhamento e o trabalho da classe. O colega Paulo Madeira (AMAAP), avaliou que estamos em um momento político delicado no Brasil, e que não se pode perder de vista esse timming. Apesar de todo o país estar passando por uma crise, aventou que a magistratura deve, de certo modo, demonstrar que há razoabilidade em ceder no que for possível, afirmando os direitos adquiridos, mas sem obstáculos em se negociar com o Parlamento. O colega Gilberto Schafer (AJURIS) demonstrou preocupação com qualquer proposta que não passe por uma discussão pela categoria, avaliou que a emenda proposta pela classe ainda é confusa, podendo passar a ideia de aumento de remuneração, e que o foco deve ser a luta pelo ATS. O Coordenador Gervásio Santos fez uma breve leitura do substitutivo do relator deputado Ricardo Barros (PP-PR), e foi entregue uma cópia aos colegas. Citou que o Deputado elencou tudo o que está dentro do teto, e excepcionou aquilo que é verba indenizatória e que não está sujeito ao teto, como por exemplo, valores recebidos de entidade privada complementar, adicional de auxílio funeral, valor de contribuição efetivamente pago pela pessoa jurídica, relativo a programa de previdência, abono de permanência, retribuições previstas, abono pecuniário de férias limitado a 10 (dez) dias por exercício, entre outros, O Coordenador Gervásio Santos explicou que, o Deputado quis dizer com essa listagem, o que é verba indenizatória, e que não entra no teto. O Coordenador Gervásio Santos explicou ainda que, a proposta com a qual a AMB poderá trabalhar, cria dois tetos, que são o teto A, de subsídios, e o teto B, que engloba tudo aquilo que não for subsídio. Em seguida, ressaltou que o trabalho mais urgente, é o de promover encontros e debates

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amplos, entre a magistratura com seus representantes estaduais no Congresso, sempre com um discurso único. O colega Horácio Melo (AMPB) levantou a possibilidade de se criar um mal-estar com a sociedade e com as demais carreiras, em relação a se criar um segundo teto, e que é fundamental que exista um único discurso para todas as associações e entidades nacionais de classe. O Coordenador Gervásio Santos explicou que a proposta abrange, além da magistratura, todas as carreiras do serviço público. O Assessor da Presidência da AMB José Carlos Kulzer informou que a Associação Nacional dos Magistrados do Trabalho (ANAMATRA), está em parceria com a AMB na elaboração dessas propostas, e que, na reunião da quinta-feira, houve uma união entre a AMB, a AJUFE e a ANAMATRA. A Vice-Presidente Cultural da AMB Maria de Fátima, questionou se, no caso de a magistratura não gostar da proposta da emenda, a AMB e demais entidades de classe iriam adiante da mesma forma. O Coordenador Gervásio Santos respondeu que haveria, nesse caso, duas opções, que seriam não compactuar com nenhuma ação e trabalhar apenas com a derrota do PL 3123/15, ou trabalhar a alternativa dos dois tetos, e que não há garantias de que seja aprovado. O colega Antônio Araújo (ACM), informou que participaram de reunião, na sexta-feira anterior, com Deputados Federais, Juízes e Desembargadores, em um encontro promovido pela presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará, onde houve a rejeição, na ocasião, em relação ao substitutivo, do Deputado Lucas Vergílio (SD-GO) e considerou ser inútil apresentar novamente a proposta. O Coordenador Gervásio Santos colocou em votação. 1 - Elaboração de um requerimento para retirada da pauta da Câmara dos deputados, do PL 3123/15. Aprovado por unanimidade. 2 - Opção 1: Posição da AMB totalmente contra a proposta apresentada pelo deputado Ricardo Barros (PP-PR). Opção 2: Criação do segundo teto em 100% do valor. O colega Leonardo Trigueiro (AMAPI) pediu questão de ordem, e avaliou que se deve considerar que, o texto poderá vir à tona, em sua integralidade, apesar de contrariar os interesses da classe, devido interesses de outras carreiras. O Coordenador Gervásio Santos ressaltou que há a necessidade de primeiro se definir a estratégia, para então poder haver um diálogo mais aprofundado com as demais carreiras, que têm seus interesses particulares, conforme foi exemplificado na ocasião por alguns colegas presentes. O assessor da presidência da AMB, José Carlos Kulzer, concordou com a declaração Coordenador Gervásio Santos e alertou para que não se criasse um desconforto no STF, caso a proposta seja encaminhada à entidade. O Coordenador Gervásio Santos explicou que, sendo aprovado o segundo teto, há como demonstrar, na prática, que haverá economia para o Governo Federal e que de forma alguma o teto poderá ser ultrapassado, no sentido de serem pagos valores a mais. O colega Leonardo Trigueiro (AMAPI) deixou registrado que, em qualquer tentativa, no que tange aos trabalhos relacionados a esse projeto, no âmbito do Poder Legislativo, não poderá haver prejuízo, no caso de futuro questionamento judicial dessa matéria. Aprovado por unanimidade, a redação e a apresentação da proposta dos dois tetos (opção 2), com 100% para cada teto. O coordenador Gervásio Santos definiu que o colega Leonardo Trigueiro (AMAPI) ficaria a cargo de redigir as propostas que seriam apresentadas em relação à criação dos dois tetos. Item 2 - Situação Financeira/Orçamentária: O Coordenador Gervásio dos Santos, relatou sobre o atraso, por parte do Poder Executivo, do duodécimo, em alguns Estados, como por exemplo, no Rio de Janeiro, onde houve três atrasos consecutivos, contornado posteriormente, o que significa dizer que poderá vir a acontecer em qualquer Estado da Federação. O Coordenador fez uma avaliação de que se trata de um quadro sério, que fere a Constituição Federal, em prejuízo à Justiça Estadual. O colega Frederico Mendes Júnior (AMAPAR) informou que no Paraná, por exemplo, o duodécimo, que é de R$ 173.000.000,00 (cento e setenta e três milhões de reais) por mês, foi pago R$ 70.000.000,00 (setenta milhões), o que equivale a

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aproximadamente 40% do valor, e que deixou a folha de funcionários sem condições de pagamento. O colega informou ainda que, pelo fato de o Tribunal de Justiça do Paraná não possuir um corpo próprio de procuradores, a AMAPAR disponibilizou para a Presidência do Tribunal, toda uma estrutura material, e se fizesse a legitimação, com ingresso de uma ação no STF, que deve ser feita pelo Tribunal. No caso, precisou ser contratado um advogado privado, e as despesas foram custeadas pela Entidade. Em resposta, o Governo informou, por meio de nota em seu site, que não passaria os valores solicitados, depositados em um fundo de aplicação, a não ser que o valor seja utilizado para pagamento da folha, o que seria ilegal. Foram impetrados dois mandados de segurança no STF, pela AMAPAR e pelo Sindicato dos Servidores do Paraná, que estão aguardando a votação para relator. O colega comunicou que a Associação de seu estado entraria, no dia seguinte, com uma ação, no Juízo de 1º Grau, em uma das Varas de Fazenda Pública, e informou que o acumulado do repasse do Governo estadual, para a magistratura, ultrapassa R$ 400.000,00 (quatrocentos milhões de reais). O Coordenador Gervásio Santos avaliou que deixar a situação ficar a cargo do Poder Executivo é extremamente arriscado, e que seria interessante, que a Coordenadoria tomasse uma decisão e a encaminhasse ao Conselho de Representantes da AMB, para que essa medida pudesse, eventualmente, evitar que em outros Estados, tal fato venha a ocorrer, por meio de uma medida judicial, em cumprimento à Constituição, e que essa medida deverá ser devidamente estudada e debatida entre os colegas, bem como com a Assessoria Jurídica da AMB, no intuito de verificar se há viabilidade de tal medida, diante dos exemplos já ocorridos e demonstrados efetivamente em alguns Estados. Aprovado o encaminhamento, por unanimidade. Item 3 – Conselho Nacional da Justiça Estadual: O Coordenador Gervásio Santos esclareceu que, na última reunião da Coordenadoria da Justiça Estadual, esse assunto foi pautado e foi elaborada uma proposta, pelo Colégio Permanente de Presidentes dos Tribunais de Justiça, na qual o Conselho Nacional da Justiça Estadual seria constituído pelos 27 (vinte e sete) presidentes dos Tribunais de Justiça, sem espaço para a participação do 1º Grau, ou das associações, o que foi rejeitado unanimemente pela AMB, na ocasião. Porém, informou que, de outubro até o momento, o tema voltou a ser recorrente, inclusive, apresentou uma matéria, publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, que traz o Ministro Ricardo Lewandowski, Presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), defendendo, em diversas oportunidades, a criação do Conselho. O Coordenador Gervásio Santos destacou que, naquele momento, o que foi rejeitada foi a composição do Conselho Nacional da Justiça Estadual, e não a ideia de sua criação porque, o argumento que se coloca e que tem sido defendido, pelo Ministro Ricardo Lewandowski e pelos Presidentes dos Tribunais de Justiça dos Estados, é de que a Justiça Estadual, diferentemente da Justiça Federal e da Justiça do Trabalho, não possui um órgão, que trate especificamente das questões ligadas às realidades regionais. Citou como exemplo, a dificuldade encontrada no interior de alguns Estados, principalmente das regiões Norte e Nordeste, para implementar audiências de custódia, em função da precariedade do sistema de segurança e do próprio tamanho do Estado, que não tem condições sequer, de apresentar o preso. O Coordenador Gervásio Santos reforçou que o tem sido citado com frequência, inclusive pelo Presidente do Colégio Permanente de Presidentes de Tribunais, algumas matérias, e anunciou que o objetivo da AMB não é fechar a ideia do Conselho Nacional da Justiça Federal, mas sim, criar uma alternativa, que inclui saber sobre a viabilidade de criação desse Conselho, instituir uma comissão da AMB, composta por três presidentes de Associações Estaduais, e assim pensar sobre uma estrutura mínima para esse Conselho, que garantisse o espaço das associações de classe e da Justiça de 1º Grau. O Colega Wilton Müller (ASMEGO) se posicionou não muito favorável à criação do Conselho, e acredita que essa pauta se

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encerra em setembro do ano corrente, inteirou que a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) tem defendido a criação de “CNJ’s” estaduais, e que, se a Magistratura trabalhar nessa pauta, a OAB vai insistir na criação desses Conselhos Estaduais, o que acarretaria em desgaste para a classe, e fortaleceria ainda mais as Ordens locais. O colega afirmou ainda que, se ficar definido que a AMB participará dessa ação, deverá ser realizado um estudo e a construção de outra forma de apresentação da proposta. O Coordenador Gervásio Santos ressaltou que a AMB deveria apresentar uma resposta, sem fechar de vez as portas de negociação sobre esse tema, e sugeriu que os colegas pensassem em um modelo de proposta, que funcionaria como uma carta na manga e que, se a proposta de criação não for adiante, o modelo proposto seria encerrado, mas no caso da proposta de criação do Conselho vá adiante, o modelo já estaria redigido. O colega Jayme de Oliveira (APAMAGIS) fez uma ponderação sobre o fato de que, se a criação do Conselho for abandonada, a AMB proponha uma maneira para que as Associações Estaduais participem e maneira mais representativa, no CNJ. O colega Gilberto Schafer (AJURIS) ressaltou que, como ainda não há eleições diretas para a Presidência dos Tribunais, mas que a Comissão já poderia trabalhar com a perspectiva de democratização. O colega Sebastião Coelho (AMAGIS/DF) se mostrou favorável à proposta do colega Jayme Oliveira (APAMAGIS) O colega Leonardo Trigueiro (AMAPI) comunicou que, quando esse tema veio à tona, sondou com os colegas da Justiça do Trabalho, e da Justiça Federal, qual perspectiva havia, acerca dos Conselhos, e obteve impressões não muito boas, pois são vistos como órgãos retrógrados e reacionários, mas que compreende que existem as relações institucionais, sobretudo com o Colégio de Presidentes, e que deve haver um estudo sobre o assunto. O colega chamou atenção para o fato de que, na formatação dos Conselhos da Justiça Federal, e da Justiça do Trabalho, as associações somente têm direito a um assento, e não têm direito a voto. O Coordenador Gervásio Santos indagou se haviam entre os presentes, voluntários para elaboração desse estudo, onde se apresentaram os seguintes colegas: Gilberto Schafer (AJURIS), Leonardo Trigueiro (AMAPI) e Cleófas de Araújo Junior (AMARN). O grupo formado irá tratar as estratégias de ação. Aprovado. Item 4 - Assuntos Gerais – 4.1. PEC 127/2015 – Transfere competência para Justiça Federal das ações decorrentes de acidentes de trabalho envolvendo Sociedades de Economia Mista. O Coordenador Gervásio Santos informou que a PEC já havia sido aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), do Senado, está pronta para ir ao Plenário, e considerou que a PEC é um duro golpe contra a Justiça Estadual, avaliou que, mesmo com a sobrecarga de trabalho dos juízes estaduais, esse tipo de medida causa grandes transtornos para a sociedade, representa perda de poder para a Justiça Estadual, e é um tema que deve ser acoplado à agenda legislativa da Entidade, para quando forem tratadas as demais questões. O colega Leonardo Trigueiro (AMAPI) relatou que, quando a proposta foi votada na CCJ do Senado, a AMB estava presente com um grupo de dirigentes, o relator foi o Senador José Maranhão, e que a magistratura possui vários aliados na defesa contra essa proposta. 4.2. Resolução n° 59/2008 do CNJ - Disciplina e uniformiza as rotinas visando ao aperfeiçoamento do procedimento de interceptação de comunicações telefônicas e de sistemas de informática e telemática nos órgãos jurisdicionais do Poder Judiciário, a que se refere a Lei nº 9.296, de 24 de julho de 1996. O colega Sebastião Coelho (AMAGIS/DF), relatou que no Novo Código de Processo Civil (CPC), em que o novo Art. 1367 § 5º, fala das audiências públicas, que poderiam ser gravadas pelos tribunais. Mencionou o § 6º, que permite que a gravação, a que se refere o § 5º, também poderiam ser realizadas, diretamente, por qualquer uma das partes, independentemente de autorização judicial. O colega solicitou que os presentes fizessem uma reflexão sobre o assunto, e questionou se já haviam debatido o tema. O colega, Luiz Felipe Vieira (AMANSUL) informou que as audiências públicas em

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seu Estado, nos processos digitais, são filmadas, e que, quando um advogado solicita a gravação, consegue por meio de um pendrive, e que nunca houve nenhum problema nesse sentido. 4.3. Indenização por serviços prestados à Justiça Federal: O colega Jayme de Oliveira (APAMAGIS), relatou que, há algum tempo, em São Paulo, foi proposta uma ação de indenização por serviços prestados à Justiça Federal, em relação à competência delegada, na Justiça Federal, e solicitou a AMB que a entidade realize um estudo e talvez ingressar com uma ação. O Coordenador Gervásio Santos solicitou que o colega encaminhasse os textos da ação ao Departamento Jurídico da AMB, para que pudesse ser avaliada. O colega Sebastião Coelho (AMAGIS/DF) informou que houve um debate na AMAGIS/DF, com relação a um artigo introduzido, sobre responsabilização do juiz, e leu o artigo para os colegas: “Art. 17 § 1º. No caso de violação de sigilo de que trata o caput deste artigo, por integrantes do Poder Judiciário, ou membros de outras instituições, dentre as quais a polícia, o Ministério Público e a advocacia, o magistrado responsável pelo deferimento da medida requisitará a imediata apuração dos fatos pelas autoridades competentes, sob pena de responsabilização.”, destacou que, muitas vezes, o juiz que defere essa medida, não fica sabendo dos vazamentos das gravações ou algo parecido, e pode acabar sendo responsabilizado, sem nem tomar conhecimento, por um vazamento de uma medida cautelar que tenha sido proferida por ele, e solicitou que a Coordenadoria Estadual, colocasse em estudo, e também que fosse avaliado pela Assessoria Jurídica da AMB, para eventual questionamento, se for o caso. 4.4. Unificação das Eleições pelo CNJ: O colega Sebastião Coelho (AMAGIS/DF) manifestou não saber se o debate das Eleições Diretas para Presidentes de Tribunais prejudicaria o assunto, que se trata do fato de existirem hoje, em vários Tribunais, como por exemplo, o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, o Tribunal do Estado de Minas Gerais, o Tribunal do Rio de Janeiro, entre outros, um maior número de desembargadores, nominalmente, que podem concorrer às direções dos tribunais, do que os que não podem concorrer. Após sua manifestação a respeito do tema, explicou que existem hoje, Tribunais onde todos os desembargadores podem concorrer independentemente da sua antiguidade no órgão, e uma minoria de Tribunais de Justiça, especialmente quantitativamente, que não podem. O colega considerou que, pelo princípio consagrado, pelo egrégio do STF, a magistratura é nacional, e não se justificam, alguns desembargadores, de alguns Tribunais, poderem gozar desse direito, e outros Tribunais não. Sebastião Coelho (AMAGIS/DF) apresentou essas questões para apreciação dos colegas e da Coordenadoria da Justiça Estadual, e que, se entendessem pertinente, formular um Pedido de Providências, junto ao egrégio do CNJ, para que o Conselho decida, ou não, sobre essa matéria. O Coordenador Gervásio Santos reafirmou que a intenção do colega, era a de que a AMB solicitasse ao CNJ, a unificação desse tema, e que, como em vários tribunais, já há a possibilidade de que todos os membros possam disputar as eleições, e o resultado tem sido positivo naqueles tribunais que permitiram as eleições diretas, o ideal seria tratar do assunto de forma unificada e nacionalmente, e que votariam em decidir se a proposta seria encaminhada ao Conselho de Representantes da AMB. Aprovado. O colega Giordane Dourado (ASMAC) relatou que houve um debate do qual participou, na Secretaria de Prerrogativas da AMB, algumas horas antes, sobre essa Resolução, que já há um parecer formulado pelo advogado da Associação, Alberto Pavie, foi deliberado que a colega Hadja Rayanne, Vice-Presidente de Prerrogativas da AMB e Vice-Presidente da AMARN conversaria com o Presidente João Ricardo Costa, para que, em função do bom relacionamento que mantém com o Ministro Ricardo Lewandowski, Presidente do STF, apresentaria uma proposta, para que o ministro possa encaminhar, dentro do CNJ, uma revisão, dessa Resolução. O colega complementou que, em não logrando êxito nesse trabalho, e com a devida autorização do Conselho de Representantes, o pedido de revisão seria encaminhado ao

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STF. A colega Renata Gil (AMAERJ) relatou que, na própria discussão de motivos da alteração na Resolução, foi explicado que o pedido da OAB está sendo atendido, resultado de lobby interno da OAB no CNJ, com os conselheiros que são da Ordem, o que viola frontalmente, vários dispositivos do Código de Processo Penal e os princípios constitucionais. O colega Paulo Madeira (AMAAP), reforçou o tema de cumulação de Varas, informou que o regime será implementado, em seu Estado, e recomendou que se encaminhe proposta ao CNJ, para que se consiga a cumulatividade para todos os Tribunais do Brasil. O Coordenador Gervásio Santos informou que a deliberação da Coordenadoria da Justiça Estadual da AMB já foi cumprida, agradeceu a presença e a participação de todos e encerrou a reunião.

Juiz Gervásio Protásio dos Santos Júnior Coordenador da Justiça Estadual AMB

Referências

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