Imunologia – 2ª parte
• Aplicações práticas (alguns exemplos)
– Técnicas laboratoriais para diagnóstico e
monitorização
• da doença alérgica
• da doença alérgica
• das imunodeficiências primárias:
– Técnicas que avaliam as proteínas antigénicas
(alergenos) na doença alérgica
Testes que avaliam os componentes
humoral e celular do SI
Imunologia – 2ª parte
– Avaliação da resposta humoral:
• Doseamento de imunoglobulinas
– IgE total e IgE específicas
– IgG e subclasses: IgG
1, IgG
2, IgG
3, IgG
4– IgA
– IgM
Interacção– IgM
– Avaliação da resposta celular:
• Subpopulações linfocitárias
• Proliferação linfocitária (TTL)
• Basotest
• CAST
Interacção antigénio-anticorpo Anticorpos monoclonais ImunofluorescênciaInteracção antigénio-anticorpo
Base dos métodos imunoquímicos para quantificação de Ag/Ac.
Baseia-se na lei de acção das massas – em que o Ag livre e o Ac livre interagem reversivelmente para formar complexo ag-ac.
Constante de equilíbrio ou afinidade - Ka Constante de equilíbrio ou afinidade - Ka
Ka=k1/k2= (Ag-Ac)/(Ag)(Ac)
Aumento das concentrações de antigénio adicionadas a uma quantidade fixa de anticorpo
Anticorpos monoclonais
•
Anticorpos produzidos apenas por um
clone de células
– Especificidade – Reprodutibilidade•
Identificação e doseamentos
•
Identificação e doseamentos
– Diagnóstico
• Humoral
• Fenotipagem celular / contagem
– Quantificação de proteínas em amostras
•
Terapêutica
– Anti-neoplásica
– Anti-inflamatória
– Outras
Imunofluorescência directa e indirecta
Extensivamente utilizada para
detecção de anticorpos e
antigénios
Anticorpos
proteínas estáveis, facilmente
marcadas com radioisótopos,
Avaliação da resposta humoral:
• 1º Immunoassay:
RIA – radioimmunoassay
Berson and Yalow
Prémio Nobel da Medicina, 1960
•
Immunometric assays
•
Immunometric assays
• enzime-coupled (detection) antibody
• solid-phase (capture) antibody
Minimiza as ligações não específicas
pelas lavagens consecutivas e
maximiza a especificidade pela
utilização dos anticorpos de captura e
detecção específicos para a
Teste
O que mede
Cut-off
IgE Total
Totalidade da IgE sérica
Varia com a idade
Avaliação da resposta humoral:
Testes Laboratoriais IgE
IgE Específica Rast
Totalidade da IgE específica a
um alergénio
>0,35KUa/l
Multi-Rast
IgE específica a cinco
alergénios do mesmo grupo
>0,35KUa/l
Phadiatop
IgE específica a alergénios de
IgE Total
Ac anti-IgE
marcado
IgE sérica
IgE Específica
Rast
Fase sólida com Ac anti-IgE
Multi-Rast
Phadiatop
Técnicas que avaliam as proteínas antigénicas
(alergenos) na doença alérgica
Amostras separadas em gel
↓
Transferência para membrana de nitrocelulose
↓
Incubação com anticorpo especifico Incubação com anticorpo especifico
↓
Conjugação com marcador radioactivo
para detecção do anticorpo
↓
Bandas com anticorpo são visíveis após
Rabo de Gato
Phleum Pratense
Extracção
Rabo de Gato
Phleum Pratense
Extracção
Phleum Pratense
Evolução no diagnóstico em alergologia
Tecnologia de DNA recombinante Caracteriza alergenos importantes
a nível molecular
Diagnóstico baseado nos extractos • Identifica a fonte alergénica
• Não revela as moléculas relevantes para expressão da doença
Clin Exp. Allergy 2003; 7-13
para expressão da doença
Os alergenos major das fontes alergénicas mais frequentes
foram identificadas e produzidas de forma recombinante
Ex. pólenes, ácaros, epitélios, fungos e venenos
•poly-(A) Allergy-eliciting biological material mRNA extraction •poly-(A) •poly-(A) •poly-(A) •poly-(A) •poly-(A)
cDNA synthesis, cloning and selection of cDNA clones encoding
individual allergenic proteins
Alergénios recombinantes - técnica
Standard Allergen ImmunoCAP Extraction, Immobilization on solid phase Recombinant Allergen ImmunoCAP
Production of recombinant allergens, Immobilization on solid phase
Standardization and research reagents
Allergograma (Phleum pratense)
A l l e r g o g r a m g 6 A 11 2 3 4 5 6 7 8 9 1 0 1 1 1 2 1 3 1 4 1 5 1 6 1 7 1 8 1 9 2 0 2 1 2 2 2 3 2 4 2 5 2 6 2 7 2 8 2 9 3 0 3 2 3 3 3 4 3 5 3 6 3 7 3 8 3 9 4 0 4 1 4 2 4 3 4 4 4 5 L a n e N a m e - > M a t c h N a m e 27 6 1 3 , 1 / 4 1 5 1 7 4 1 8 6 7 4 2 0 0 9 7 2 3 4 7 1 2 3 4 7 4 2 5 7 3 0 2 7 3 6 1 1 4 3 3 8 , ½ 1 5 1 7 3 , ½ 2 0 1 1 1 , ½ 2 3 3 6 5 , ½ 2 3 9 9 1 , ½ 2 6 5 8 9 , ½ 2 7 2 6 6 , ½ 2 7 7 0 3 , ½ 2 8 5 3 8 , ½ 2 0 2 2 8 , 1 / 3 2 3 3 6 4 , 1 / 3 2 5 5 8 5 , 1 / 3 2 7 0 6 4 , 1 / 3 2 8 5 4 3 , 1 / 3 2 3 3 6 6 ,l 1 /4 2 7 4 1 6 , 1 / 4 9 7 1 3 , 1 /5 1 1 5 6 8 , 1 /5 1 4 3 3 0 , 1 / 5 1 4 3 4 7 , 1 / 5 1 5 8 3 9 , 1 / 5 1 8 0 1 3 , 1 / 5 2 5 9 8 6 , 1 / 5 2 5 5 8 2 , 1 / 7 2 7 7 3 0 , 1 / 7 2 1 7 5 7 , 1 / 8 2 7 2 6 7 , 1 / 8 1 5 1 4 5 , 1 / 1 0 2 0 2 0 4 , 1 / 1 0 2 7 8 4 7 , 1 / 1 1 2 7 8 2 1 , 1 / 1 2 2 7 6 6 4 , 1 / 1 3 2 8 5 3 7 , 1 / 1 3 2 7 3 6 6 , 1 / 1 5 2 7 3 9 4 , 1 / 1 5 1 2 8 1 6 , 1 / 2 0 2 3 6 2 1 0 1 8 1 1 7 6 1 6 8 1 5 7 1 4 7 1 2 6 1 2 0 1 1 7 1 1 5 1 0 4 1 0 0 8 7 , 2 8 3 8 0 7 7 7 3 , 8Rabo de Gato
Phleum Pratense
7 3 , 8 7 2 6 8 , 6 6 3 , 1 5 6 , 4 5 4 , 1 5 3 4 5 4 3 3 9 3 8 , 1 3 5 , 7 3 3 , 6 3 2 2 9 2 7 , 3 2 5 , 4 2 3 2 2 , 4 2 1 , 3 1 8 , 8 1 7 1 6 , 3 1 5 1 4 1 2 , 8 1 2 1 0 c o u n t 1 2 6 9 1 1 1 1 5 5 1 4 9 7 5 1 2 3 3 8 3 4 3 1 2 4 5 3 9 5 6 1 0 1 1 7 6 5 6 6 1 3 1 4 5 7 1 5 6 4 4 7 5 7 6 % 2 7 1 3 2 0 2 4 2 4 1 1 1 1 3 1 2 0 1 6 1 1 2 7 7 7 1 8 7 9 7 2 7 9 1 1 7 2 0 1 1 1 3 2 2 2 4 1 6 1 3 1 1 1 3 1 3 2 9 3 1 1 1 1 6 3 3 1 3 9 9 1 6 1 1 1 6 1 3•Phl p1
•Phl p5
Phleum Pratense
Diagnóstico in vitro de alergia
Diagnóstico in vitro da alergia (Presente)
GAILL-2003
Diagnóstico in vitro de alergia
alergénios recombinantes
kU /lA kU /lA kU /lA kU /lA kU /lA kU /lA GAILL-2003Valenta,R. et all, Clinical Experimental Allergy, 1999, vol 29, 896-904
“MICROARRAY” de alergénos: técnica
• Cada placa apresenta 800 de spots para diferentes alergenos
• Até 12 soros diferentes podem ser testados simultaneamente, com 15µL de soro diluído • IgE é detectada com anti-IgE marcada com fluorocromo
Clin Exp. Allergy 2003; 7-13
• Microarray scanner
↓
• Microarray software analysis
↓
Perfil de reactividade do
doente atópico
Imunologia – 2ª parte
– Avaliação da resposta humoral:
• Doseamento de imunoglobulinas
Interacção antigénio-anticorpo
Anticorpos
– Avaliação da resposta celular:
• Subpopulações linfocitárias
• Proliferação linfocitária (TTL)
• Basotest
• CAST
Anticorpos monoclonais Imunofluorescência Citometria de fluxoAvaliação da resposta celular:
Leucócitos do sangue periférico
Avaliação da resposta celular:
Avaliação da resposta celular:
Avaliação da resposta celular:
Avaliação da resposta celular:
Avaliação da resposta celular:
Avaliação da resposta celular:
Subpopulações linfocitárias – citometria de fluxo
M1
Estudo da proliferação linfocitária:
Teste de transformação linfocitária (TTL)
•
Detecção de linfócitos sensibilizados a um antigénio, avaliando a
sua resposta proliferativa quando em presença desse antigénio
•
Aplicações:
•
Aplicações:
– Avaliação da resposta imunitária a um antigénio
• Estudo de imunodeficiências
– Mitogénios
– Candida albicans
– Avaliação de reacções de hipersensibilidade
• Fármacos
•
Técnica:
– Separação de células mononucleadas (gradiente de densidade - ficoll) – Distribuição por poços
– Estimulação com o antigénio em estudo (fármacos – várias concentrações) – Controlos positivo e negativo
Estudo da proliferação linfocitária:
Teste de transformação linfocitária (TTL)
– Controlos positivo e negativo – Cultura vários dias
– Adição de radionuclido (timidina tritiada) – Avaliação da resposta proliferativa –
incorporação do radionuclido (contador de cintilações)
– Cálculo do indice de estimulação – razão entre a resposta das culturas estimuladas e não estimuladas (controlo negativo)
TESTE DE ACTIVAÇÃO DE BASÓFILOS
marcador directo de
activação celular
Após exposiçãoCD 63 /
CD 203c
marcador indirecto
de libertação de histamina
Apresenta boa sensibilidade e especificidade
B
Dupla marcação Anti-IgE/CD203c Após exposição ao alergeno a expressão aumenta até 300%TESTE DE ACTIVAÇÃO DE BASÓFILOS
CITOMETRIA DE FLUXO
•
Apreciação de reacções IgE mediadas• Determinação da percentagem de
basófilos activados
• Estimulação “in vitro” com alergénios • Estimulação “in vitro” com alergénios
específicos
• Boa correlação com outros testes “in
vitro” e “in vivo”
• Sangue heparinizado, CN e CP,
incubação com o alergeno (diferentes concentrações), incubação com ac monoclonais, leitura no citómetro
TESTE DE ACTIVAÇÃO DE BASÓFILOS
•
Limitações
– Utilização de fármacos em forma injectável ou liofilizados solúveis em solução tampão
•
É sempre necessária a correlação com os dados clínicos para uma
interpretação correcta dos resultados e apreciação critica e
SPAIC-OUTUBRO /2003
interpretação correcta dos resultados e apreciação critica e
objectiva dos mesmos
•
Pode ser útil como diagnóstico complementar em doentes com
história de HS a fármacos
TESTE CELULAR DE ESTIMULAÇÃO
ANTIGÉNICA - CAST
•
São quantificados os sulfidoleucotrienos: LTC
4, LTD
4, LTE
4nos
leucócitos após contacto destes com o alergénio
•
A libertação destes mediadores pode ser devida a mecanismos
mediados ou não por IgE
• Disponível para – Antibióticos: – Antibióticos:
• Penicilina, Ampicilina /Amoxicilina • Cefalosporina, Cefuroxime
• Trimethoprim, Sulfametoxazol • Tetraciclina
• Ciprofloxacina
– Analgésicos:
• Aspirina, Diclofenac, Ibuprofeno, Indometacina • Paracetamol, Metamizol
– Anestésicos – Miorelaxantes
1. Antigen Stimulation
Whole-blood Dextran sedimentation Transfer leukocytes, centrifuge,
Cellular Antigen Stimulation Test
Cellular Antigen Stimulation Test
A A A sLT sLT sLT A A A Whole-blood EDTA Dextran sedimentation and 90 minutes incubation
Transfer leukocytes, centrifuge, remove/discard upper phase
+ stimulation buffer (IL-3)
Leukocyte suspension, +
antigen (40 min incubation) Supernatants can be harvested,
after centrifugation store at - 20 °C until ELISA test
A
A A
+ Antigen
2. ELISA-Procedure
2 h incubation, wash 3 times sLT sLT Enzym Enzym sLTCellular Antigen Stimulation Test
Cellular Antigen Stimulation Test
Supernatant + monoclonal antibody wash 3 times + substrate + stop-solution Reading at 405 nm sLT Enzym Color 30 min incubation, wash 3 times
Imunologia – 2ª parte
– Avaliação da resposta humoral:
• Doseamento de imunoglobulinas
– IgE total e IgE específicas
– Técnicas que avaliam as proteínas
Interacção antigénio-anticorpo
Anticorpos – Técnicas que avaliam as proteínas
antigénicas (alergenos) na doença alérgica
– Avaliação da resposta celular:
• Subpopulações linfocitárias • Proliferação linfocitária (TTL) • Basotest • CAST Anticorpos monoclonais Imunofluorescência Citometria de fluxo