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El rescate de un pensar indígena es importante porque abre la comprensión de esta América. (Rodolfo Kusch)

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Academic year: 2021

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El rescate de un pensar indígena es importante porque abre la comprensión de esta América. (Rodolfo Kusch)

REALIZAÇÃO

Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) – Brasil

Faculdade de Educação / Programa de Pós-Graduação em Educação Instituto de Letras / Programa de Pós-Graduação em Letras

Centro Cultural UFRGS Museu da UFRGS

Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) – Brasil Programa de Pós-Graduação em Educação Universidad Tres de Febrero (UNTREF) – Argentina

Programa Pensamento Americano

SEGUNDA CIRCULAR

APRESENTAÇÃO

O tema Territorialidades e Interculturalidades: movimentos seminais na América profunda, que dá título às VIII Jornadas O pensamento de Rodolfo Kusch, busca enlaçar as reflexões que traduzem um fazer acadêmico situado em um territorio dialógico, de ações interculturais produzidas no encontro com coletivos populares, indígenas e afrodescendentes.

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APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS/COMUNICAÇÕES ORAIS

Convidamos pesquisadores, estudantes e demais interessados em aprofundar reflexões sobre o pensamento de Rodolfo Kusch para apresentar suas pesquisas, relatos de experiências, ensaios e reflexões teórico-argumentativas, em formato de resumo expandido até 31 de julho de 2019 (instruções para envio na sequência do documento). A proposta deve estar adequada a um dos eixos temáticos listados abaixo.

EIXOS TEMÁTICOS

o Eixo Temático 1: Educação, interculturalidades e libertação

O encontro com o Outro no espaço educativo evidencia a existência de diferentes universos de compreensão, racionalidades e maneiras de pensar a América Profunda, revelando indícios da continuidade do passado americano no presente. Diversas vozes surgem, cada vez com maior força, para pensar esta América desde o que realmente somos, com implicações na educação e com a disposição de quebrar estereótipos e pré-conceitos já naturalizados nos fazeres educativos em nosso continente. Nesse contexto, este eixo convida a pensar a escola desde o olhar de Kusch, traçando modos que permitam vivenciar e reconhecer essas diversas formas de pensamento (co)existentes, abrindo horizontes para estabelecer diálogos interculturais em um plano de igualdade com o Outro.

o Eixo Temático 2: Povos indígenas: educação, cosmologias e línguas

Os povos indígenas apresentam grande riqueza de conhecimentos teóricos e práticos relacionados com suas cosmologias, modos de vida, línguas e pedagogias próprias. No entanto, enfrentam o desafio histórico e atual de lidar com questões interculturais e decoloniais em uma sociedade onde predomina a globalização neoliberal, com a imposição de padrões culturais, linguísticos e educacionais. Diante desse desafio, este eixo aborda reflexões que integram o pensamento de Rodolfo Kusch e de outros autores com conhecimentos e compreensões sobre epistemologias e concepções indígenas, incluindo cosmologias, sistemas organizacionais, línguas, tecnologias e processos educacionais próprios, de modo a contribuir para uma maior compreensão do pensamento ameríndio, suas trajetórias, lutas e concretizações.

o Eixo Temático 3: Filosofias do sul e processos de libertação

Descolonizar a filosofia significa não apenas escutar e acolher outras vozes e outras cosmovisões, mas problematizar a lógica hegemônica e a imposição de pensamentos dominantes. Recuperar para a filosofia o fundo comum da humana experiência mundana implica interrogar quem pode pensar e sobre o que pensar. Aqui, o que e o quem do pensamento são inseparáveis. Este eixo propõe um diálogo entre o pensamento de Rodolfo Kusch e o pensamento indígena, afrodescendente e popular que

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emerge dos sujeitos instituintes de ações sociais emancipatórias para promover o reencontro com uma filosofia adiada. Assim, acolhe propostas que permitam pensar como a filosofia – e o filosofar – que reconhece outros modos de existência e justifica outros modos de convivência pode fazer deste território de diferenças seu mapa de questionamentos e conceitos.

o Eixo Temático 4: Histórias, memórias e narrativas

A narrativa é forma que organiza a experiência humana no tempo e no espaço. Sua contribuição é inegável para o campo da história, assim como para a elaboração da memória coletiva ou individual. No caso da obra de Rodolfo Kusch, para além da escrita literária, a narrativa encontra lugar na escuta que realizou dos povos andinos e dos grupos populares sua imersão na América profunda. Através de antigas narrativas, o filósofo aprende sobre a marcha de deus no mundo e com elas chega à compreensão da história como conflito, mas também como equilíbrio de coisas opostas. Enquanto a pequena história da cidade se reduz à riqueza do pátio de objetos e ao desamparo no esforço de “ser alguém”, a história grande do americano se forja no saber milenar de ritos e mitos manifestos no simples “estar aqui” em comunidade, submetido à natureza e à ira divina.

o Eixo Temático 5: Corporeidade, espiritualidade e saúde

Este eixo contempla estudos, práticas e investigações que pensem a saúde na sua relação com a corporeidade e a espiritualidade. Acolhe discussões de perspectivas amplificadas da espiritualidade como modos de existência e de pensamento, como nas cosmologias ameríndias e afrodescendentes. Considera o xamanismo como práticas tradicionais de cura e de educação e suas derivações na contemporaneidade na formação profissional e nas práticas sociais.

o Eixo Temático 6: Colonialismo, colonialidade e pensamento decolonial

A história do continente americano é marcada pela modernidade/colonialidade eurocêntrica que sustentou e, em parte ainda sustenta, a ideia de um mundo civilizado se contrapondo à barbárie, de um tipo de desenvolvimento e progresso baseados em modelos exógenos indicados como único caminho para sair de um suposto atraso. São heranças coloniais que tentam explicar a dominação e a submissão que aflige a América indo-afro-latina por meio da ideia de “inferioridade natural”. Contudo, a América contém a força da Pachamama, que produz caminhos próprios inspirados em uma geocultura, em saberes e conhecimentos originários como fontes alimentadoras do pensamento e de posturas decoloniais, que também são heranças de lutas e re-existências, como sementes germinando no mais profundo solo americano.

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o Eixo Temático 7: Teatro, artes, literaturas e estéticas

Em sua obra, Rodolfo Kusch, criou categorias e metáforas para indagar a filosofia ocidental dominante. Para isso, mergulhou numa vivência investigativa sobre o pensamento americano situado e seminal, em que questiona diversas formas de realidades através de diferentes perspectivas, como: o monstruoso e amorfo estético, o vazio da arte americana, tragédias dicotômicas entre o vital e o social, a crítica a uma “gran arte” e a uma literatura do tenebroso. É nessa paisagem entrelaçada de arte e cultura que o pensamento de Kusch orbita e fagocita, abrindo caminhos para análises críticas de nossas mais profundas problemáticas e criações. Portanto, este eixo convida a debater sobre teatro, artes, literaturas e estéticas nos vieses de poéticas de(s)coloniais, bem como nos gestos de libertação.

o Eixo Temático 8: Políticas e estudos de América

Aprendemos com Rodolfo Kusch que a compreensão da realidade sul-americana encontra-se além das metodologias, dos critérios de objetividade e das relações de causa e efeito herdados do racionalismo eurocêntrico. Essa compreensão está profundamente relacionada ao solo americano, com toda a sua gravidade e potencial de germinação, sendo ela própria fruto que brota deste solo, onde noções como “seminalidade” e “fedor” mostram-se mais fecundas para a compreensão de nossos processos políticos e de outros aspectos de nossa realidade do que as categorias acadêmicas tradicionais. Nesse sentido, este eixo busca reunir estudos voltados para a compreensão de políticas, bem como de variados aspectos da realidade americana desde sua porção Sul, em diálogo com a obra de Kusch e de pensadores que abrem brechas para o reconhecimento de outras epistemologias, contemplando diferentes contextos e problemáticas na compreensão da realidade americana.

o Eixo Temático 9: Mulheres, sabedorias e lutas

O presente eixo tem como objetivo dialogar sobre as diferentes narrativas de mulheres negras, indígenas, da periferia de nossa América profunda; de que maneira suas histórias de vida e sabedorias produzem modos de re-existência nos coletivos a que pertencem. Re-existência é, nesse sentido, criação, capacidade que os coletivos encontram de reinventarem a si próprios e, ao mesmo tempo, inspirados pela ancestralidade, pelas narrativas e vivências de seus povos, poderem reconstruir mundo e formas de estar juntos.

o Eixo Temático 10: Territórios, territorialidades e modos de estar sendo

Territórios, territorialidades: termos que assumem múltiplos sentidos e significados ao evocar a terra, seja o solo/chão/terreno em que se pisa ou nos instalamos, seja uma terra mater sagrada onde se pode estar sendo e conjurar

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sonhos/horizontes. Território é domicílio, existência, re-existência, lugar de fala e de escuta, instalação e retomada. Territorialidade é fluidez e densidade, é transitoriedade, é ação e contemplação, é ordem e desordem, momento e movimento. Correspondem a diferentes arranjos, temporalidades, espacialidades: diferentes modos de estar sendo no mundo, no aqui e agora, num passado e num futuro presentificados. Modos de estar sendo na e junto com a Terra, de sentir/pensar/sentipensar nossa geocultura, de afirmar e reificar territórios e territorialidades múltiplas, únicas, outras.

o Eixo Temático 11: América profunda, democracias e movimentos sociais

O afã comercial, manipulativo e dominador dos colonizadores estrangeiros da América tem gerado a necessidade de nossos povos se reconectarem com sua ancestralidade para resistir a esse domínio. Nesse sentido, este eixo acolhe discussões pautadas no pensamento de Rodolfo Kusch visando (re)configurar compreensões das democracias e dos movimentos sociais na América. São bem-vindas reflexões quanto à negação do pensamento indígena e popular como (des)constituição do sujeito; às funções do mítico e do simbólico na seminalidade de movimentos sociais e democracias; à conjugação de dicotomias: medo original, temor à ira divina, medo de ser primitivo/inferior, fedor e pulcritude, ser alguém e mero estar, solução e salvação, fagocitação como processo de resistência, entre outros acertos fundantes de nossa cultura e pensamento.

NORMAS PARA ENVIO DE RESUMOS EXPANDIDOS E PUBLICAÇÃO EM ANAIS ELETRÔNICOS DO EVENTO

O texto deve conter os seguintes elementos, na ordem disposta:  Título centralizado e em negrito;

 Eixo temático ao qual a proposta está sendo submetida, centralizado;  Nome e sobrenome do autor (ou dos autores), em alinhamento à direita;

 Titulação e instituição ao qual o autor é vinculado, além de agência de fomento, se houver, em nota de rodapé;

 De 3 a 5 palavras-chaves;  Referências bibliográficas. Orientações gerais para formatação:

 Texto justificado;

 Fonte Times New Roman 12;  Espaçamento 1,5;

 Margens esquerda e superior 3cm; direita e inferior 2cm;  De 3 a 5 páginas, com referências bibliográficas;

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 Citações em formato ABNT (Disponível em: https://blog.fastformat.co/citacao-nas-normas-regras-da-abnt/);

 O arquivo em formato Word deve conter nome e sobrenome do autor no título, além do eixo temático. Exemplo: João Silva – Eixo 01.doc

CRONOGRAMA

Data limite para envio de resumo expandido Até 31 de julho de 2019

Envio das cartas de aceite dos trabalhos A partir de 09 de agosto de 2019 INSCRIÇÕES

Acesse e preencha o formulário de inscrição disponível

emhttps://forms.gle/2jYQuyBszhsVG8k56. Mais informações no site oficial

https://www.ufrgs.br/jornadaskusch2019/

PROGRAMAÇÃO ATUALIZADA 05 de novembro

Abertura da Exposição de Fotografias Os Guarani Mbyá. 18h. Local: Museu da UFRGS 05 e 06 de novembro

Curso: “Negros, Indígenas e Deuses”

Ministrantes: Eduardo Davi de Oliveira, Jose Alejandro Tasat e Mario Vilca Local: Faculdade de Educação - UFRGS

6 de novembro

Credenciamento: 14h

Mesa de Sabedoria I - Saberes Indígenas na Escola. 14h30

Abertura Oficial: 18h. Local: Auditório do Centro Cultural da UFRGS Falas oficiais dos representantes das instituições realizadoras

Apresentação do Coral Guarani da Tekoa Jataí’ty Ritual de abertura – 19h às 21h30

Conferência de abertura: Rodolfo Kusch e o Pensamento Indígena na América contemporânea

Malvina do Amaral Dorneles (UFRGS) - O pensamento de Rodolfo Kusch e Educação

Sonia Guajajara (Sonia Bone de Souza Silva Santos) - O pensamento e a luta indígena na América contemporânea.

07 de novembro: TERRITORIALIDADES

8h30 às 10h30 - Local: Auditório do Centro Cultural Mesa de Sabedoria II - Territórios e Territorialidades Intervalo

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11h às 12h30: Local: Centro Cultural Saídas de Campo (por adesão)

14h às 18h Palestras em Territórios negros, indígenas e urbanos 1. Aldeia Guarani

2. Comunidade Quilombola 3. Ocupações Urbanas

14h Exibição de produções audiovisuais (Para quem não for à saída de campo). Local: Sala 102 - Faculdade de Educação

19h Local: Faculdade de Educação, sala 102. Roda de conversa: para significar a saída de campo Lançamento de Livros

Apresentação artístico-cultural

08 de novembro: INTERCULTURALIDADES

8h30 às 10h30 - Local: Auditório do Centro Cultural Mesa de Sabedoria III - Perspectivismo intercultural Intervalo

11h às 12h30 - Local: Salas do Centro Cultural Miniconferências (simultâneas)

Tarde

14h às 17h30 horas - Local: Faculdade de educação Sessões de Comunicações – Eixos Temáticos

Intervalo

18h30 - Local: Auditório do Centro Cultural

Conferência de encerramento: O Popular como re-existência: Freire e Kusch Balduino Andreola - UFRGS, Brasil

Carlos Cullen - UNTREF/UBA, Argentina

21h: Encerramento e apresentação artístico-cultural Informações gerais:

jornadaskusch2019.ufrgs@gmail.com

Referências

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