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O (ENTRE)LUGAR DO PENSAMENTO INTELECTUAL DE MANOEL BOMFIM PARA A EDUCAÇÃO NO BRASIL

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O (ENTRE)LUGAR DO PENSAMENTO INTELECTUAL DE MANOEL BOMFIM PARA A EDUCAÇÃO NO BRASIL

Marcela Cockell1

Neste estudo, ainda inicial, tomamos as questões de pesquisa como um instrumento interpretativo para poder atravessar as relações existentes entre fontes históricas e literárias, textuais e discursivas2 e perceber suas trocas por meio de vestígios deixados por um intelectual, Manoel Bomfim3 (1868-1932). Intelectual engajado4, educador, político, escritor, são muitas as possibilidades apreendidas em suas obras e em sua atuação intelectual. Isto nos permite perceber os pontos de contato entre história, a literatura e a linguagem além do seu esperado seu já esperado caráter interdisciplinar, mas como uma relação que exprime reelaborar diferentes perguntas às fontes5, tendo como objetivo o deslocamento do olhar em relação às questões de pesquisa.

Se analisarmos etimologicamente o prefixo “des” presente em deslocar, descentrar, desconstruir, ele pode ser caracterizado pela coisa (ou ação) contrária àquela expressa pelo termo primitivo, ou seja, com significado de cessação de alguma coisa. No entanto, em alguns casos esse prefixo não modifica semanticamente a palavra e só lhe acrescenta um som, chamado de efeito reforçativo como em aliviar/desaliviar, neste caso não é cessado o alívio, mas é

1 Doutoranda em Educação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. E-mail: marcelacockell@hotmail.com 2 A importância da linguagem, aqui analisada sob a perspectiva linguística dos estudos do discurso, é fundamental

para compreensão dos processos e ações sociais no seu contexto histórico. Segundo Burke (1995, p.10), a linguagem pode ser reconhecida como uma instituição social, parte da cultura e vida cotidiana entre os seus membros e contextos, desse modo qualquer forma de comunicação, oral ou escrita, não é neutra e podem ser fontes ou objetos históricos.

3 Sergipano da cidade de Aracaju, Manoel José do Bomfim cursou medicina na Faculdade de Medicina na Bahia,

mas concluiu seus estudos no Rio de Janeiro em 1890. Atuou como médico até 1894 quando sua filha faleceu devido à febre tifoide e se desiludiu com a medicina. Este fato acabou por estimular sua atuação na educação. Foi diretor do Pedagogium (1896); professor de instrução moral e cívica na Escola Normal do Rio de Janeiro (1897); diretor da Instrução Pública do Distrito Federal e diretor interino da Escola Normal do Rio de Janeiro (1898); deputado federal pelo estado do Recife (entre 1907 e 1908) e membro da Liga Brasileira de Saúde Mental (1923).

4 Trabalhamos com a noção de intelectual e engajamento conforme Sirinelli (2003) e Sartre (1994): como uma

figura que intervém criticamente na esfera pública trazendo consigo o seu conteúdo intelectual em diferentes áreas, sua autonomia de opinião e sua visão da atualidade.

5Trabalhei com o autor Manoel Bomfim em minha pesquisa de mestrado que se concentrava no engajamento

intelectual deste autor/ator e suas redes de sociabilidade no período da Belle Époque (1898-1914) abordando como referências, especialmente, as obras A América Latina: males de origem (1905) e Através do Brasil (1910), em coautoria com Olavo Bilac, ver COCKELL, 2011.

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marcada a sua mudança de estado. Seja na contrariedade, seja no reforçativo, nos auxilia nestas questões as concepções de Foucault6 (1972) e Derrida7 (1971, 1973) de desconstrução como um exercício de se pensar o autor, a obra e o seu discurso. No caso específico de Manoel Bomfim, um autor marcado, pelo seu contradiscurso e também por sua ação intelectual ao pensar a educação como um projeto individual e a também coletiva, social e de ação mais ampla (Velho, 2006, p. 50). Apesar da intensa ação intelectual de Bomfim não podemos deixar de considera-lo estar num “entre-lugar” por conta de suas posições contracorrente, conforme o conceito de Santiago (2000): não no sentido de estar “no meio de” mas de estar em um espaço de deslocamento, onde a intencionalidade está em transgredir ao invés de repetir, por isso questiona a dubiedade da intelectualidade que se coloca num repertório de “imitação” de conceitos canonizados enquanto deveria operar deslocamentos e evidenciar as diferenças. O “entre-lugar” não é seguro, confortável ou linear, mas movediço, delicado e em espiral, que nos dá a insegurança necessária para não nos tornarmos prisioneiros de convicções em ilhas reais ou imaginárias apartadas. O entre-lugar seria os meandros entre a prisão da tradição e sua transgressão, a reverência ao passado não deve cimentar a crítica. Desse modo, podemos pensar na configuração do entre-lugar e do próprio autor, como sendo relevantes para escrita da história, definindo um discurso contracorrente colaborar para a reflexão do pensamento social e político brasileiro e seus reflexos na educação. O entre-lugar de Bomfim se tornou um diferencial justamente por ser um conceito indica uma posição de deslocamento, um processo constituído de desdobramentos não-linear. Analisaremos seus escritos como ideias conectadas que se configuram e reconfiguram de forma pulsante, atravessando várias forças que o movimentam e o retiram do lugar estático e marcam seu diferimento, criando matizes do seu pensamento e demonstra como opera o seu engajamento.

Para isto consideramos os instrumentos oferecidos pela micro-análise, o método indiciário de Ginzburg (1987), nos ajuda a compreender outras articulações e outras perguntas ao nos depararmos com determinados indícios que nos levarão a outras interpretações sobre um objeto, que muitas vezes não está em evidência. Este movimento nos auxilia a trabalhar com um autor como Manoel Bomfim em outro modo de ver, com as lentes voltadas para o seu pensamento intelectual e o quanto a dialética da sua produção nos leva a refletir sobre o cenário

6 Foucault (1972) faz a leitura de Nietzsche, Freud e Marx deslocando (ou descontinuando) suas interpretações

para as relações do saber e do poder.

7 Derrida (1971,1973) propôs a desconstrução dos conceitos para além do significado (metafísica da presença)

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histórico refletido em seus escritos e sobre a intencionalidade do seu discurso, muitas vezes considerado contracorrente8. Ginzburg (1987) define o paradigma indiciário como um conjunto de princípios centrado no detalhe tendo os indícios como metodologia de análise e Revel (1998, p.15) e seu movimento de variação de lentes que denominou “jogos de escala”, ajuda no exercício de estarmos atentos aos atos falhos, as metáforas, as metonímias e aos deslocamentos da narrativa histórica de Bomfim.

Manoel Bomfim é um autor/ator que demostra interdisciplinaridade de seus estudos: educação, pedagogia, psicologia, literatura de formação, antropologia dentre outros. Seus escritos traçam essas possibilidades e podem nos auxiliar a mapear o seu pensamento intelectual, contudo é necessário que alguns sentidos estejam apurados: a visão, o olhar micro/macro sobre nosso objeto e a audição, escutar as vozes do texto. Dentro deste percurso podemos chegar à uma ilha de possibilidades:

Ver é uma experiência mágica, afirmam os pintores. Essa magia está na crença em sua atividade de ver o mundo e as coisas do mundo, que, nascendo fora do sujeito, faz-se também nele, pois a todo ato de ver o sujeito retorna a si com o mundo. O ato de ver se faz por uma sedução, fascinação que produz um desejo de descobrir, de observar, de perceber, de enveredar no que é observado. Reconhecer a mensagem escondida numa flor, numa folha de papel qualquer, é abrir-se para o fascínio de desvendar o que subjaz à pele das coisas, sua energia secreta desafiando o olhar para descobri no sempre visto a possibilidade do que é diferente. (CAMARA, 2013, p. 40) Para escutar as vozes do texto é preciso considera-lo polifônico9. Os livros serão objetos de estudo para entendermos sua ação e engajamento intelectual. O autor se dedicou avidamente à sua atuação como educador, no Pedagogium ou na Escola Normal do Rio de Janeiro se especializando na produção de manuais pedagógicos ou de literatura de formação: Através do

Brasil (1910), Lições de pedagogia (1915), Noções de psicologia (1916), Primeiras Saudades

(1920), Pensar e dizer (1923), por exemplo, e sua trilogia sobre o Brasil, que para Bomfim era

8 A ideia do contradiscurso de Bomfim pode ser resumida pelo seu conceito de “parasitismo social” trabalhado no

livro A América Latina: males de origem (1905). Em seu ponto de vista, a teoria do branqueamento e das etnias inferiores do povo brasileiro procurava justificar o imperialismo e a submissão das classes desprotegidas. Para o autor, a questão das raças estava mais ligada às relações sociais entre as classes dominantes (europeias) e dominadas (latinas) concebendo a sociedade dentro de um sistema de dependência que denominou parasitismo. A cura para esses “males”, segundo Bomfim, seria a educação. A obra se tornou polêmica por ir de encontro às teorias de determinismo racial vigentes e defendida por Sílvio Romero, crítico polêmico e famoso por sua ferocidade, que publicou um ano depois um livro em resposta à Manoel Bomfim: A América Latina: analyse do

livro de igual título do Dr. Bomfim (1906).

9 Bakhtin criou o conceito de polifonia especificamente para designar o projeto estético de Dostoievski (1997),

onde a voz dos personagens e a voz do autor falavam em uma mesma altura e simultaneamente e continuou em

Estética da criação verbal (2010). Contudo, hoje os conceitos de polifonia e o dialogismo são estudados no âmbito

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uma sequência da obra escrita em 1905 (A América Latina: males de origem): O Brasil na

América (1929), O Brasil na história (1930) e O Brasil nação (1931). Por isso, pensar em como

analisar estes escritos como fontes históricas é extremamente relevante e importante ao pensarmos nas questões que envolvem o autor a sua atuação e pensamento intelectual, sobretudo, em relação à educação, que se dedicou intensamente.

Candido (2000, p. 17), se torna um referencial para operar com a literatura numa perspectiva histórica, como uma forma de analisar o fator social, atuando como um “fermento orgânico” que analisa o vínculo entre histórico e a obra, na sua contemporaneidade e deixando de lado o aspecto e o relato literário por si só. Desse modo, ainda segundo Candido (2000) o perigo deste movimento, e do trabalho com autores e seus textos, é não permitir que se tornem interiorizados aos nossos estudos e tomem maliciosamente nossas palavras. É necessário atribuir limites de autonomia e integridade do autor, do seu contexto e suas opiniões entendendo a relação de um autor em uma escrita que parte do individual para o coletivo. Escrevemos para uma plateia, falamos para um auditório, enfim, qualquer expressão de linguagem considera o “eu” e o “outro”, um intelectual não seria diferente, ao contrário, seria ainda mais experiente em apresentar um discurso que predomina seus valores sociais, ideologias e posições em um sistema de comunicação que pudesse impulsionar suas possibilidades de atuação: colunas em jornais, crônicas, obras literárias, por exemplo.

Certeau (1989, p. 269) corrobora esta questão considerando o livro é uma construção de significações, um texto traz consigo representações e efeitos com diferentes sentidos e interpretações que atuam de modos diferentes em cada leitor. Como mencionamos: escrevemos para o outro e num lugar outro em um espaço dialético específico e social e isso produz uma ação de alteridade (Bakhtin 1997, 2010; Benveniste, 2005). Por isso, o texto como uma fonte histórica, como de um intelectual como Manuel Bomfim, também pode considerar pontos relevantes da cena de um texto que podem ser identificados pela análise linguística, no caso do autor o significado do seu contradiscurso em sua atuação intelectual.

Consideramos nesta proposta o discurso como as vozes ideológicas que constroem as ideias do autor para àqueles a quem escreve (seus leitores) e é contemporâneo às ideias correntes em seu contexto histórico. Bakhtin (1997, 2010) fundamenta a polifonia e a dialogia como conceitos que marcam a composição do discurso. Segundo Bakhtin (1997, 2010), texto em seu conjunto, é composto por ideias e múltiplas vozes que constituem a sua totalidade, e por isso, é polifônico. O diálogo do autor para o seu leitor consiste no dialogismo e que tem várias

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concepções inseridas: filosofia de vida, fundamentações políticas e sociais e concepções de mundo. Bomfim articula em seus textos com as transformações sociais e políticas de seu tempo numa percepção individual e coletiva de seus pensamentos, que pelo seu caráter contracorrente, se tornou transgressora. Por isso, denominamos contradiscurso, na perspectiva do deslocamento, da desconstrução e pela perspectiva de um entre-lugar.

Vale ainda ressaltar a dialética das obras de Bomfim com os debates em torno da educação que atravessavam a Primeira República (1889-1930), A Belle Époque tropical (1898 -191410) e perpassam o recorte que consideramos balizador para refletirmos o seu pensamento intelectual: de 1905 a 1932. Durante este período, relevantes discussões acerca da educação como um projeto para o progresso estavam em ebulição, até desencadear no Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova (1932). Pelos seus livros, Bomfim também construiu um discurso científico que procurasse justificar o atraso brasileiro, pelas questões históricas (A América

Latina: males de origem (1905), O Brasil na América (1929), O Brasil na história (1930), O Brasil nação (1931), Cultura e educação do povo brasileiro, por exemplo); pelos manuais

pedagógicos (Lições de pedagogia (1915), Noções de psicologia (1916), Pensar e dizer (1923),

O método dos testes: com aplicações à linguagem do ensino primário (1926) e pela literatura

de formação (Livro de Composição de 1899, Livro de Leitura (1901), Através do Brasil (1910), com Olavo Bilac, e Primeiras Saudades (1920)). Para o autor, o progresso de uma nação se dava pela educação, por isso seu contradiscurso se caracterizava pela crítica às teorias da miscigenação e pelo entre-lugar em relação à cultura da renovação urbana, trazida especialmente pela Belle Époque, como sinônimo de modernidade. Bomfim cobrava da República (1889-1930) que se instaurava na virada do século não apenas uma modernização urbana, mas uma modernização da educação e uma ação efetiva do Estado sobre ela:

Ora, bastará esta lucidez de compreensão social e política para afastar todos esses embustes com que a direção geral do mundo brasileiro pretende arremedar as formas arcaicas e anti-humanas, comuns nas grandes nações, prisioneiras de um passado de glória e de grandeza guerreira.

(...) Sejamos o que sincera e dignamente podemos ser, e não nos arreceiemos de contestações que nada significariam...Mas, pensemos com orgulho, no privilégio que a própria história nos confere, de representarmos um largo trato da Terra votada à paz, de podermos dar toda expansão à nossa tradição, sem deixarmos de ser uma nação de bondade. (BOMFIM, 2013, p. 461-462)11

10 Consideramos o recorte de Needel (1993) por focalizar intensamente a Capital Federal e as transformações

retratadas pelos intelectuais ou homens de letras contemporâneros a Manoel Bomfim.

11 ______. O Brasil na História: deturpação das tradições, degradação política. Rio de Janeiro: Francisco Alves,

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Para Bomfim, o ideário de um país moderno, urbanizado e industrializado exigia do Estado repensar a cidade e as condições de escolarização, para isto, articulou o seu pensamento nacionalista com uma intenção de refletir sobre o passado para buscar uma estratégia de renovar o presente, e consequentemente, o futuro: renovação ou revolução12 em prol da nação só seria possível se compreendêssemos a nossa história e nossa identidade nacional. Até o momento, observamos a questão da tradição em relação ao pensamento de Bomfim opera em relação aos usos da história em sua contemporaneidade como uma forma de valorizar o passado de uma nação, ao seu contradiscurso como uma articulação crítica sobre os problemas sociais e políticos, considerando a educação numa visão de futuro, um futuro ideal para a nação. Sua posição vai na contramão da neutralidade e imparcialidade.

Algumas Considerações preliminares

Pensar na narrativa de Bomfim, em suas obras, e no próprio autor pelo paradoxo da tradição, nos leva a pensar sobre a disponibilidade da história na narrativa, na coisa narrada e em seu autor, no “fazer história” e sua mudança de sentido ou apenas na transmissão dele. Walter Benjamin (1994b, p. 197) nos alerta nesta questão de entender a narrativa e o narrador, em seu texto O Narrador13 (1994b) e acaba coincidindo com a nossa proposta de observação, em variações, em diferentes tempos e distâncias:

Por mais familiar que seja seu nome, o narrador não está de fato presente entre nós, em sua atualidade viva. Ele algo de distante, e que se distancia ainda mais. Descrever um Leskov14 como narrador não significa trazê-lo mais perto de nós, e sim, pelo

contrário, aumentar a distância que nos separa dele. Visto de uma certa distância, os traços grandes e simples que caracterizam o narrador se destacam nele. Ou melhor, esses traços aparecem, como um rosto humano ou um corpo de animal aparece num rochedo, para um observador localizado numa distância apropriada e um ângulo favorável. Uma experiência quase cotidiana nos impõe a exigência dessa distância e desse ângulo de observação. (BENJAMIN, W. 1994b, p. 197)

Pensar em trabalhar em uma pesquisa interdisciplinar, na perspectiva do deslocamento do olhar, é não criar fronteiras tão definidas em relação às análises, em nosso caso, históricas, literárias e linguísticas, mas também não permitir um transbordamento de uma sobre a outra. O

12 BOMFIM, M. O Brasil Nação: realidade da soberania brasileira. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1931. 13 O Narrador: considerações sobre a obra de Nicolai Leskov, de Walter Benjamin de 1936.

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esforço está em perceber a dialética entre elas, o espaço em que conversam e não se invadem. Benjamim (1944c, p. 645) afirma que a história cintila em momentos de perigo, não nos apoderamos mas articulamos com o passado, com as fontes e históricas com os escritos de um autor e o seu discurso. Por isso, considerarmos que metaforicamente os rastros demonstram a substancialidade da presença e fragilidade de seu apagamento, observá-los é estar sobre a constante tensão entre a presença e a ausência, e talvez, este paralelo seja o mais denso que constitui a história e a uma tarefa mais árdua para aqueles que se propõem a estudá-la.

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