Prefeitura Municipal de Indaiatuba do Estado de São Paulo
INDAIATUBA-SP
Assistente Social
Concurso Público de Provas nº 01/2018
MA100-2018
DADOS DA OBRA
Título da obra: Prefeitura Municipal de Indaiatuba do Estado de São Paulo
Cargo: Assistente Social
(Baseado no Concurso Público de Provas nº 01/2018)
• Conhecimentos Específicos da Função
• Legislação
Autores
Ana Maria
Gestão de Conteúdos
Emanuela Amaral de Souza
Diagramação/ Editoração Eletrônica
Elaine Cristina
Igor de Oliveira
Camila Lopes
Thais Regis
Produção Editoral
Suelen Domenica Pereira
Julia Antoneli
Capa
SUMÁRIO
Conhecimentos Específicos da Função
ACOSTA, A.R.; VITALE, M.A.F. (Orgs.) Família: redes, laços e políticas públicas. 3 ed. São Paulo: Ed. Cortez. 2007. ... 01
BAPTISTA, M V; BATTINI, O (Orgs.). A Prática Profissional do Assistente Social. volume I - 2ª ed. São Paulo: Veras, 2009. ... 02
BAPTISTA, M.V. Planejamento Social: Intencionalidade e Instrumentação. 2. ed. São Paulo: Veras Editora , 2002. ... 04
BRISOLA, E.M.A; SILVA, A.L. O Trabalho do Assistente Social no SUAS: Entre velhos dilemas e novos desafios. Taubaté-SP: Cabral editora, 2014. ...06
BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Sistema Único de Assistência Social. Política Nacional de Educação Permanente do SUAS. Brasília: Secretaria Nacional de Assistência Social, 2013. ...13
COUTO.B.R.; YASBEK, M.C.; SILVA,M.O.S.;RAICHELIS,R. O Sistema Único de Assistência Social no Brasil: uma realidade em movimento. São Paulo: Cortez, 2011. ...27
CFESS – Conselho Federal de Serviço Social (org.). O Estudo Social em Perícias, Laudos e Pareceres Técnicos. São Paulo: Cortez Editora, 2016. ...27
CFESS. Direitos Sociais e Competências Profissionais. Brasília, 2009 em pdf. ...30
Artigos: Estudos Socioeconômicos; Supervisão em Serviço Social; O significado sócio-histórico da profissão; O projeto ético político do Serviço Social; A dimensão investigativa no exercício profissional; Mobilização social e práticas educa-tivas. ...30
GUERRA, Yolanda; BACKX, Sheila; Santos, Cláudia M. (orgs.). A dimensão técnico operativa no Serviço Social: desafios contemporâneos. 3ed.São Paulo:Cortez, 2017. ...65
IAMAMOTO, Marilda Villela. O Serviço Social na Contemporaneidade: trabalho e formação profissional. São Paulo: Cor-tez Editora, 1999; ...74
SANTOS, S. Josiane. Questão Social – Particularidades no Brasil. São Paulo, Cortez, 2012(Coleção Biblioteca básica de serviço social; v 6). ...91
YAZBEK, Maria Carmelita. Classes Subalternas e Assistência Social. São Paulo, Cortez Editora, 2009 (7ª Ed.) ...93
Legislação
BRASIL, Constituição Federal de 1988 – Titulo II - Cap. I - Dos direitos e deveres individuais e coletivos; Cap. II – Dos Di-reitos Sociais; Titulo VIII – Cap. III – Da Educação, da cultura e do Desporto; Seção I - Da Educação; Seção II – Da cultura; Cap. VII – Da família, Da criança, Do adolescente, Do Jovem e Do Idoso); ...01Lei Federal 8.662 de 07/06/1993 -Código de Ética Profissional do Assistente Social. Edição atualizada 2011; ... 36
BRASIL, Lei 8.069 de 13/07/1990. Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Atualizado com a Lei 12.010; ...39
BRASIL, LEI Nº 8.742, DE 7 DE DEZEMBRO DE1993. Lei Orgânica da Assistência Social ...95
- LOAS BRASIL. LEI Nº 12.435, DE 6 DE JULHO DE 2011. Sistema Único de Assistência Social - SUAS BRASIL; ...103
LEI Nº 12.594, DE 18 DE JANEIRO DE 2012. Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo ...107
BRASIL, Plano Nacional de Promoção, Proteção e Defesa do Direito de Crianças e Adolescentes à Convivência Familiar e Comunitária, 2006; ...110
BRASIL, Lei 13.146 de 6 de julho de 2015. Estatuto da Pessoa com Deficiência; ...110
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS DA FUNÇÃO
ACOSTA, A.R.; VITALE, M.A.F. (Orgs.) Família: redes, laços e políticas públicas. 3 ed. São Paulo: Ed. Cortez. 2007. ... 01 BAPTISTA, M V; BATTINI, O (Orgs.). A Prática Profissional do Assistente Social. volume I - 2ª ed. São Paulo: Veras, 2009. ... 02 BAPTISTA, M.V. Planejamento Social: Intencionalidade e Instrumentação. 2. ed. São Paulo: Veras Editora , 2002. ... 04 BRISOLA, E.M.A; SILVA, A.L. O Trabalho do Assistente Social no SUAS: Entre velhos dilemas e novos desafios. Taubaté-SP: Cabral editora, 2014. ...06 BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Sistema Único de Assistência Social. Política Nacional de Educação Permanente do SUAS. Brasília: Secretaria Nacional de Assistência Social, 2013. ...13 COUTO.B.R.; YASBEK, M.C.; SILVA,M.O.S.;RAICHELIS,R. O Sistema Único de Assistência Social no Brasil: uma realidade em movimento. São Paulo: Cortez, 2011. ...27 CFESS – Conselho Federal de Serviço Social (org.). O Estudo Social em Perícias, Laudos e Pareceres Técnicos. São Paulo: Cortez Editora, 2016. ...27 CFESS. Direitos Sociais e Competências Profissionais. Brasília, 2009 em pdf. ...30 Artigos: Estudos Socioeconômicos; Supervisão em Serviço Social; O significado sócio-histórico da profissão; O projeto ético político do Serviço Social; A dimensão investigativa no exercício profissional; Mobilização social e práticas educa-tivas. ...30 GUERRA, Yolanda; BACKX, Sheila; Santos, Cláudia M. (orgs.). A dimensão técnico operativa no Serviço Social: desafios contemporâneos. 3ed.São Paulo:Cortez, 2017. ...65 IAMAMOTO, Marilda Villela. O Serviço Social na Contemporaneidade: trabalho e formação profissional. São Paulo: Cor-tez Editora, 1999; ...74 SANTOS, S. Josiane. Questão Social – Particularidades no Brasil. São Paulo, Cortez, 2012(Coleção Biblioteca básica de serviço social; v 6). ...91 YAZBEK, Maria Carmelita. Classes Subalternas e Assistência Social. São Paulo, Cortez Editora, 2009 (7ª Ed.) ...93
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS DA FUNÇÃO
ACOSTA, A.R.; VITALE, M.A.F. (ORGS.) FAMÍLIA: REDES, LAÇOS E POLÍTICAS PÚBLICAS. 3 ED. SÃO PAULO: ED. CORTEZ.
2007.
A construção deste livro, portanto, somente foi possível a partir de parcerias com instituições preocupadas com a temática, a saber: Oficina Municipal da Fundação Konrad Adenauer, Universidade Cruzeiro do Sul, Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec), Fundação Prefeito Faria Lima, Centro de Estudos e Pesquisas de Administração Municipal (Cepam) e Unicef. Como resultado surgiu esse livro, que recolhe parte das reflexões realizadas e aponta questões diversas, dentre elas a tentativa da construção de uma metodologia de trabalho com famílias. Sendo assim, Família: redes, laços e políticas públicas está organizado segundo três eixos: 1) Vida em Família; 2) Trabalhando com Famílias; 3) Famílias e Políticas Públicas.
“Vida em Família”, a primeira parte do livro, é composta pelos conteúdos “Famílias enredadas”, “Família e afetividade: a configuração de uma práxis éticopolítica, perigos e oportunidades”, “Ser criança: um momento do ser humano”, “O jovem e o contexto familiar”, “Homens e cuidado: uma outra família?” E “Avós: velhas e novas figuras da família contemporânea”. Este item corresponde à incursão pelas transformações da vida familiar, contribuições indispensáveis para a discussão atual sobre as famílias da sociedade atual. A mudança dos laços familiares constitui o cerne dessa parte. Para melhor acompanhar essas mudanças, o caminho que as autoras delinearam foi considerar as dimensões de gênero e de geração. A família é o espaço de mudanças já perceptíveis no convívio e no confronto entre gênero e gerações.
Esta parte apresenta importantes subsídios para melhor entender os aspectos contemporâneos, possibilitando melhor desenho das políticas públicas. No primeiro conteúdo, “Famílias enredadas”, faz-se retrospectiva das mudanças na concepção e no padrão da família nas últimas décadas, especialmente com as mais recentes inovações tecnológicas em reprodução humana, mudanças essas que abalam o modelo idealizado existente, sendo importante considerar a própria concepção de família e os significados específicos que estas mudanças trazem sobre ela. Em “Família e afetividade: a configuração de uma práxis ético-política, perigos e oportunidades”, defendem-se a importância e também os perigos da adoção da família e da afetividade como estratégia de ação emancipadora que permite enfrentar e resistir à profunda desigualdade social modelada pelo neoliberalismo e o conjunto de valores individualistas. Constata-se que, apesar de diversas tentativas e previsões sobre seu desaparecimento, as quais não se concretizaram, a família continua sendo a mediação entre o indivíduo e a sociedade, assistindo-se
na atualidade ao enaltecimento dessa instituição. “Ser criança: um momento do ser humano” apresenta análise das mudanças na forma como as crianças são vistas pelos adultos ao longo da história e as consequências na formulação de modelos de desenvolvimento humano e práticas educacionais. Neste contexto, chama-se a atenção para a perda da responsabilidade dos adultos pelo mundo ao qual trouxeram as crianças e para os reflexos decorrentes na família e na escola. O conteúdo “O jovem e o contexto familiar” analisa o jovem e o contexto família, partindo do pressuposto de que é necessário situar o eixo do discurso em “famílias”, na sua pluralidade. Evidencia a necessidade de aprofundar a reflexão sobre o que é ser jovem, também num contexto de diversidade e complexidade, e sobre como se tem estabelecido os laços dos jovens com outros jovens, dos jovens com suas famílias e dos jovens com a sociedade.
Quais as redes que têm sido tecidas para seu atendimento e que políticas estão sendo operacionalizadas, ou não, em direção aos jovens e as suas famílias. Em “Homens e cuidado: uma outra família?”, incitam-se reflexões sobre a participação dos homens no contexto do ato de cuidar e demonstrar carinho, tendo como foco principal os processos de socialização para a masculinidade. Situando a estrutura familiar dentro de um contexto histórico e social, são avaliadas as diversas formas pelas quais as relações de gênero se processam e como a paternidade foi exercida em diferentes momentos históricos. Finalizando, o capítulo “Avós: velhas e nova figuras da família contemporânea” trata da importante figura dos avós, envolvidos como protagonistas nas cenas das relações familiares. Enfocando as relações intergeracionais e de gênero, indaga-se qual o papel por eles desempenhado nas famílias de hoje, dentro do contexto de mudanças dos laços familiares, a lhes demandar novos papeis e exigências.
O segundo eixo, “Trabalhando com Famílias”, é composto por “Metodologia de trabalho social com famílias”, “Reflexões sobre o trabalho social com famílias”, “Famílias beneficiadas pelo Programa de Renda Mínima em São José dos Campos - SP: aproximações avaliativas”, “Programa de Garantia de Renda Mínima e de Geração de Emprego e Renda de São José dos Campos-SP”, “Famílias: questões para o Programa de Saúde da Família (PSF)”, “Experiência do Programa de Saúde da Família de Nhandeara-SP”, “Experiência do Programa de Saúde da Família de Itapeva-SP: horta comunitária, uma experiência em andamento”, “Sistema de Informação de Gestão Social: monitoramento e avaliação de programas de complementação de renda”, “Programa Mais Igual de Complementação de Renda Familiar da prefeitura de Santo André - SP” e “Políticas públicas de atenção à família. Esses conteúdos focalizam as diversas metodologias do trabalho com famílias, e as que são apresentadas revelam elementos comuns que se opõem na implementação de programas voltados para as famílias de baixa renda.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS DA FUNÇÃO
No primeiro capítulo desta segunda parte, “Metodologia de trabalho social com famílias”, descreve-se o projeto Agente de Famílias, desenvolvido pelo Movimento de Organização Comunitário (MOC) e o Unicef, no Programa Estadual de Erradicação do Trabalho Infantil, na área sisaleira da Bahia. “Reflexões sobre o trabalho social com famílias” trata de indicações metodológicas para o trabalho com famílias pobres, a partir de pesquisas e trabalhos de intervenção realizados em diferentes realidades sociais. O terceiro escrito, “Famílias beneficiadas pelo Programa de Renda Mínima em São José dos Campos-SP: aproximações avaliativas”, apresenta algumas hipóteses avaliativas em relação à rede municipal de proteção social e a inserção da família junto a ela. Como ilustração, há o relato da equipe responsável pelo Programa de Garantia e Renda Mínima e de Geração de Emprego e Renda da Prefeitura de São José dos Campos. Em seguida, “Famílias: questões para o Programa de Saúde da Família (PSF)” enfoca a implantação do Programa de Saúde da Família no Sistema Único de Saúde (SUS), seus pontos positivos e as possibilidades de desenvolvimento de experiências inovadoras em diversos municípios. Enfatizam-se como ilustração, ao final dos escritos, as experiências dos municípios de Itapeva e Nhandeara, cidades, respectivamente, de médio e pequeno porte do Estado de São Paulo. Como ilustração é apresentada, ao final, a experiência da Prefeitura de Santo André na implantação do Programa Mais Igual de complementação de renda familiar.
Na terceira parte, “Famílias e Políticas Públicas”, estão incluídas as temáticas “Formulação de indicadores de acompanhamento e avaliação de programas socioassistenciais”, “O Índice de Desenvolvimento da Família (IDF)”, “Famílias e políticas públicas; Programa Bolsa-Escola Municipal de Belo Horizonte / MG: educação, família e dignidade” e “A economia da família”. Nesta, são discutidas as relações propriamente entre as famílias e as políticas públicas, a partir das abordagens da educação, economia e formulação de indicadores de acompanhamento dessas políticas.
O primeiro capítulo do terceiro eixo, “Formulação de indicadores de acompanhamento e avaliação de programas socioassistenciais”, discute a formulação de indicadores de acompanhamento e avaliação de programas/ políticas voltadas a famílias em situação de pobreza, ressaltando o desafio em se estabelecer indicadores quantitativos e criar formas de medir adequadamente os indicadores qualitativos. Em “O Índice de Desenvolvimento da Família (IDF)”, discorre-se sobre a construção de um indicador denominado Índice e Desenvolvimento da Família, que seja sintético nos moldes do IDH, mas que ao mesmo tempo sugere algumas limitações deste e de outros similares, podendo ser calculável para cada família e facilmente agregado para diferentes grupos demográficos. “Famílias e políticas públicas” reflete sobre algumas das dimensões entre a família e as políticas públicas, as quais revelam funções correlatas e imprescindíveis ao desenvolvimento e a proteção social dos indivíduos. Em um mundo marcado por profundas transformação, é ressaltada a exigência de
partilha de responsabilidades na proteção social entre Estado e Sociedade, descartando-se alternativas tão somente institucionalizadoras. Analisa, ainda, as relações existentes entre a família e a esfera pública, vista como indutora de relações horizontais, valor democrático sempre esperado da vida pública. Para ilustração do artigo, enfatizam-se as experiências do Programa Bolsa-Escola da Prefeitura do Município de Belo Horizonte, assim como suas metodologias de trabalho com as escolas e as famílias. Por fim, “A economia da família” discorre sobre a economia da família, analisando as relações familiares sob o prisma econômico e em face das mudanças ocorridas na estrutura familiar, pergunta: quais seriam seus impactos nas dinâmicas da reprodução social? A transformação da família pertence a um conjunto de mudanças mais amplas, que nos faz repensar o processo de rearticulação do nosso tecido social.
Desta forma, no quadro das relações famílias e políticas públicas que se inscreve no presente livro, a diversidade de contribuições, pontos de vista e de partida se entrecruzam e constituem um tecido, por vezes irregular ou heterogêneo, mas certamente indispensável para a aproximação desta relação que não pode ser percebida como desprovida de tensões.
O livro é se mostra bem estruturado, sua temática está atualizada, é desenvolvida de forma clara, explicativa e interessante. Tem formato adequado, que estimula o leitor, pois apresenta conteúdos e relatos de caso.
Resenha de:
HAMMERSCHMIDT, K. S. de A.; SANTOS, S. S. C. Referência
ACOSTA, A.R.; VITALE, M.A.F. (Orgs.) Família: redes, laços e políticas públicas. 3 ed. São Paulo: Ed. Cortez. 2007.
BAPTISTA, M V; BATTINI, O (ORGS.). A PRÁTICA PROFISSIONAL DO ASSISTENTE
SOCIAL. VOLUME I - 2ª ED. SÃO PAULO: VERAS, 2009.
A obra traz uma contribuição teórico-metodológica e científica à efetivação e apreensão do significado social da prática profissional do assistente social na contemporaneidade. Tem como fio condutor das temáticas de seus artigos a centralidade da prática profissional do assistente social fundamentada na teoria social crítica, impulsionada pela reflexão radical, de conjunto e de totalidade, tendo como ponto de partida e de chegada a prática mediada pela teoria e pelo método, propulsora da construção de conhecimento no Serviço Social e nas Ciências Sociais.
LEGISLAÇÃO
BRASIL, Constituição Federal de 1988 – Titulo II - Cap. I - Dos direitos e deveres individuais e coletivos; Cap. II – Dos Di-reitos Sociais; Titulo VIII – Cap. III – Da Educação, da cultura e do Desporto; Seção I - Da Educação; Seção II – Da cultura;
Cap. VII – Da família, Da criança, Do adolescente, Do Jovem e Do Idoso); ...01
Lei Federal 8.662 de 07/06/1993 -Código de Ética Profissional do Assistente Social. Edição atualizada 2011; ... 36
BRASIL, Lei 8.069 de 13/07/1990. Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Atualizado com a Lei 12.010; ...39
BRASIL, LEI Nº 8.742, DE 7 DE DEZEMBRO DE1993. Lei Orgânica da Assistência Social ...95
- LOAS BRASIL. LEI Nº 12.435, DE 6 DE JULHO DE 2011. Sistema Único de Assistência Social - SUAS BRASIL; ...103
LEI Nº 12.594, DE 18 DE JANEIRO DE 2012. Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo ...107
BRASIL, Plano Nacional de Promoção, Proteção e Defesa do Direito de Crianças e Adolescentes à Convivência Familiar e Comunitária, 2006; ...110
BRASIL, Lei 13.146 de 6 de julho de 2015. Estatuto da Pessoa com Deficiência; ...110
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LEGISLAÇÃO
BRASIL, CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 – TITULO II - CAP. I - DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS; CAP. II – DOS DIREITOS SOCIAIS; TITULO VIII – CAP. III – DA EDUCAÇÃO, DA CULTURA E DO DESPORTO; SEÇÃO I - DA EDUCAÇÃO; SEÇÃO
II – DA CULTURA; CAP. VII – DA FAMÍLIA, DA CRIANÇA, DO ADOLESCENTE, DO JOVEM E
DO IDOSO);
Dos Direitos e Garantias Fundamentais
O título II da Constituição Federal é intitulado “Direitos e Garantias fundamentais”, gênero que abrange as seguin-tes espécies de direitos fundamentais: direitos individuais e coletivos (art. 5º, CF), direitos sociais (genericamente pre-vistos no art. 6º, CF), direitos da nacionalidade (artigos 12 e 13, CF) e direitos políticos (artigos 14 a 17, CF).
Em termos comparativos à clássica divisão tridimensional dos direitos humanos, os direitos individuais (maior parte do artigo 5º, CF), os direitos da nacionalidade e os direitos cos se encaixam na primeira dimensão (direitos civis e políti-cos); os direitos sociais se enquadram na segunda dimensão (direitos econômicos, sociais e culturais) e os direitos coletivos na terceira dimensão. Contudo, a enumeração de direitos hu-manos na Constituição vai além dos direitos que expressa-mente constam no título II do texto constitucional.
Os direitos fundamentais possuem as seguintes carac-terísticas principais:
a) Historicidade: os direitos fundamentais possuem antecedentes históricos relevantes e, através dos tempos, adquirem novas perspectivas. Nesta característica se en-quadra a noção de dimensões de direitos.
b) Universalidade: os direitos fundamentais perten-cem a todos, tanto que apesar da expressão restritiva do
caput do artigo 5º aos brasileiros e estrangeiros residentes
no país tem se entendido pela extensão destes direitos, na perspectiva de prevalência dos direitos humanos.
c) Inalienabilidade: os direitos fundamentais não possuem conteúdo econômico-patrimonial, logo, são intransferíveis, ine-gociáveis e indisponíveis, estando fora do comércio, o que evi-dencia uma limitação do princípio da autonomia privada.
d) Irrenunciabilidade: direitos fundamentais não podem ser renunciados pelo seu titular devido à fundamentalidade material destes direitos para a dignidade da pessoa humana.
e) Inviolabilidade: direitos fundamentais não podem dei-xar de ser observados por disposições infraconstitucionais ou por atos das autoridades públicas, sob pena de nulidades.
f) Indivisibilidade: os direitos fundamentais compõem um único conjunto de direitos porque não podem ser ana-lisados de maneira isolada, separada.
g) Imprescritibilidade: os direitos fundamentais não se perdem com o tempo, não prescrevem, uma vez que são sempre exercíveis e exercidos, não deixando de existir pela falta de uso (prescrição).
h) Relatividade: os direitos fundamentais não po-dem ser utilizados como um escudo para práticas ilícitas ou como argumento para afastamento ou diminuição da responsabilidade por atos ilícitos, assim estes direitos não são ilimitados e encontram seus limites nos demais direitos igualmente consagrados como humanos.
Vale destacar que a Constituição vai além da proteção dos direitos e estabelece garantias em prol da preservação destes, bem como remédios constitucionais a serem utili-zados caso estes direitos e garantias não sejam preserva-dos. Neste sentido, dividem-se em direitos e garantias as previsões do artigo 5º: os direitos são as disposições de-claratórias e as garantias são as disposições assecuratórias. O legislador muitas vezes reúne no mesmo dispositivo o direito e a garantia, como no caso do artigo 5º, IX: “é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença” – o direito é o de liberdade de expressão e a garantia é a vedação de censura ou exigência de licença. Em outros ca-sos, o legislador traz o direito num dispositivo e a garantia em outro: a liberdade de locomoção, direito, é colocada no artigo 5º, XV, ao passo que o dever de relaxamento da prisão ilegal de ofício pelo juiz, garantia, se encontra no artigo 5º, LXV1.
Em caso de ineficácia da garantia, implicando em vio-lação de direito, cabe a utilização dos remédios constitu-cionais.
Atenção para o fato de o constituinte chamar os remé-dios constitucionais de garantias, e todas as suas fórmulas de direitos e garantias propriamente ditas apenas de di-reitos.
Direitos e deveres individuais e coletivos
O capítulo I do título II é intitulado “direitos e deve-res individuais e coletivos”. Da própria nomenclatura do capítulo já se extrai que a proteção vai além dos direitos do indivíduo e também abrange direitos da coletividade. A maior parte dos direitos enumerados no artigo 5º do texto constitucional é de direitos individuais, mas são incluídos alguns direitos coletivos e mesmo remédios constitucio-nais próprios para a tutela destes direitos coletivos (ex.: mandado de segurança coletivo).
1) Brasileiros e estrangeiros
O caput do artigo 5º aparenta restringir a proteção conferida pelo dispositivo a algumas pessoas, notadamen-te, “aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País”. No entanto, tal restrição é apenas aparente e tem sido in-terpretada no sentido de que os direitos estarão protegi-dos com relação a todas as pessoas nos limites da sobera-nia do país.
Em razão disso, por exemplo, um estrangeiro pode in-gressar com habeas corpus ou mandado de segurança, ou então intentar ação reivindicatória com relação a imóvel seu localizado no Brasil (ainda que não resida no país). 1 FARIA, Cássio Juvenal. Notas pessoais tomadas em te-leconferência.
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LEGISLAÇÃO
Somente alguns direitos não são estendidos a todas as pessoas. A exemplo, o direito de intentar ação popular exi-ge a condição de cidadão, que só é possuída por nacionais titulares de direitos políticos.
2) Relação direitos-deveres
O capítulo em estudo é denominado “direitos e garan-tias deveres e coletivos”, remetendo à necessária relação direitos-deveres entre os titulares dos direitos fundamen-tais. Acima de tudo, o que se deve ter em vista é a premis-sa reconhecida nos direitos fundamentais de que não há direito que seja absoluto, correspondendo-se para cada direito um dever. Logo, o exercício de direitos fundamen-tais é limitado pelo igual direito de mesmo exercício por parte de outrem, não sendo nunca absolutos, mas sempre relativos.
Explica Canotilho2 quanto aos direitos fundamentais:
“a ideia de deveres fundamentais é suscetível de ser en-tendida como o ‘outro lado’ dos direitos fundamentais. Como ao titular de um direito fundamental corresponde um dever por parte de um outro titular, poder-se-ia dizer que o particular está vinculado aos direitos fundamentais como destinatário de um dever fundamental. Neste senti-do, um direito fundamental, enquanto protegisenti-do, pressu-poria um dever correspondente”. Com efeito, a um direito fundamental conferido à pessoa corresponde o dever de respeito ao arcabouço de direitos conferidos às outras pessoas.
3) Direitos e garantias em espécie
Preconiza o artigo 5º da Constituição Federal em seu caput:
Artigo 5º, caput, CF. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasilei-ros e aos estrangeibrasilei-ros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes [...].
O caput do artigo 5º, que pode ser considerado um dos principais (senão o principal) artigos da Constituição Federal, consagra o princípio da igualdade e delimita as cinco esferas de direitos individuais e coletivos que mere-cem proteção, isto é, vida, liberdade, igualdade, segurança e propriedade. Os incisos deste artigos delimitam vários direitos e garantias que se enquadram em alguma destas esferas de proteção, podendo se falar em duas esferas es-pecíficas que ganham também destaque no texto consti-tucional, quais sejam, direitos de acesso à justiça e direitos constitucionais-penais.
- Direito à igualdade Abrangência
Observa-se, pelo teor do caput do artigo 5º, CF, que o constituinte afirmou por duas vezes o princípio da igualdade:
2 CANOTILHO, José Joaquim Gomes. Direito
constitu-cional e teoria da constituição. 2. ed. Coimbra: Almedina,
1998, p. 479.
Artigo 5º, caput, CF. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasilei-ros e aos estrangeibrasilei-ros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes [...].
Não obstante, reforça este princípio em seu primeiro inciso:
Artigo 5º, I, CF. Homens e mulheres são iguais em direi-tos e obrigações, nos termos desta Constituição.
Este inciso é especificamente voltado à necessidade de igualdade de gênero, afirmando que não deve haver nenhuma distinção sexo feminino e o masculino, de modo que o homem e a mulher possuem os mesmos direitos e obrigações.
Entretanto, o princípio da isonomia abrange muito mais do que a igualdade de gêneros, envolve uma pers-pectiva mais ampla.
O direito à igualdade é um dos direitos norteadores de interpretação de qualquer sistema jurídico. O primeiro enfoque que foi dado a este direito foi o de direito civil, enquadrando-o na primeira dimensão, no sentido de que a todas as pessoas deveriam ser garantidos os mesmos direi-tos e deveres. Trata-se de um aspecto relacionado à igual-dade enquanto liberigual-dade, tirando o homem do arbítrio dos demais por meio da equiparação. Basicamente, estaria se falando na igualdade perante a lei.
No entanto, com o passar dos tempos, se percebeu que não bastava igualar todos os homens em direitos e deveres para torná-los iguais, pois nem todos possuem as mesmas condições de exercer estes direitos e deveres. Logo, não é suficiente garantir um direito à igualdade formal, mas é preciso buscar progressivamente a igualdade material. No sentido de igualdade material que aparece o direito à igualdade num segundo momento, pretendendo-se do Es-tado, tanto no momento de legislar quanto no de aplicar e executar a lei, uma postura de promoção de políticas go-vernamentais voltadas a grupos vulneráveis.
Assim, o direito à igualdade possui dois sentidos notá-veis: o de igualdade perante a lei, referindo-se à aplicação uniforme da lei a todas as pessoas que vivem em socieda-de; e o de igualdade material, correspondendo à necessi-dade de discriminações positivas com relação a grupos vul-neráveis da sociedade, em contraponto à igualdade formal.
Ações afirmativas
Neste sentido, desponta a temática das ações afirmati-vas,que são políticas públicas ou programas privados cria-dos temporariamente e desenvolvicria-dos com a finalidade de reduzir as desigualdades decorrentes de discriminações ou de uma hipossuficiência econômica ou física, por meio da concessão de algum tipo de vantagem compensatória de tais condições.
Quem é contra as ações afirmativas argumenta que, em uma sociedade pluralista, a condição de membro de um grupo específico não pode ser usada como critério de inclusão ou exclusão de benefícios. Ademais, afirma-se que elas desprivilegiam o critério republicano do mérito (se-gundo o qual o indivíduo deve alcançar determinado cargo