ROMANCE HISTÓRICO
Afonso I
, também chamado deAfonso Henriques
, e apelidado de "o Conquistador", foi o primeiro Rei de Portugal de 1139 até 1185 25 DE JULHO DE 1109 06 DE DEZEMBRO DE 1185Lisboa foi conquistada por
D. Afonso Henriques
aos muçulmanos, com a ajuda de cavaleiros
estrangeiros, no dia 21 de outubro de 1147.
A cidade cedeu a um cerco que havia começado a
DUAS NARRATIVAS SIMULTÂNEAS
História de Mogueime e Ouroana
Sec. XII
História de Raimundo e Maria Sara
Sec. XX
• Conversa de um historiador, autor de um livro sobre o cerco de Lisboa com o revisor da mesma
• Conversa em tom filosófico onde aparece a arrogância do revisor, apesar de consciente de sua inferioridade social
• Apólogo de “Apeles e o sapateiro” – “Não suba o sapateiro acima da chinela”
• Reflexões do revisor sobre o livro do historiador enquanto o lê.
• Afirmação de que um erro registrado e repetido através dos séculos vira uma verdade.
• Exemplificação com a referência à afirmação de Aristóteles de que a mosca tem quatro patas e referência aos 04 tipos de erros ( erros da natureza humana; erros individuais; erros de linguagem e erros dos sistemas )
• Apresentação do Revisor: Raimundo Benvindo da Silva, um homem de cerca de 50 anos, solitário e que pinta o cabelo.
• Modificação “consciente” de uma afirmação do historiador sobre o cerco de Lisboa, acrescentando uma única palavra: “Os cruzados NÃO auxiliarão o rei Afonso Henriques na conquista de Lisboa”
• Entrega da obra revisada à editora e expectativa sobre as consequências do erro proposital.
• Raimundo caminha por Lisboa, imaginando como ela seria na época do cerco.
• Descoberta do erro. Raimundo é chamado à editora e recebe uma repreensão, mas não é demitido.
• O livro é publicado com uma “errata”.
• Encontro, na editora, com uma mulher que exercerá o cargo de “chefe dos revisores”. Conversa tensa entre Raimundo e sua nova chefe.
• Raimundo escreve uma carta pedindo desculpas ao autor do livro. (exigência da editora)
• Raimundo é chamado para uma reunião com a chefe dos revisores e fica sabendo seu nome: Maria Sara.
• Maria Sara lhe entrega um livro sem a errata corrigindo o erro e sugere que ele escreva sua versão sobre o cerco de Lisboa.
• Raimundo Recusa, entre ofendido e desconfiado.
• Reflexão sobre causa e efeito.
• Mudança de atitude: Raimundo destrói a tinta de cabelo.
• Raimundo decide escrever sua versão sobre o cerco de Lisboa.
• Reflexão sobre qual seria o motivo de os cruzados não ajudarem os portugueses.
• Descrição do discurso do Rei Afonso aos cruzados com referência à tomada de Santarém. O rei mostra arrogância e afirma que Jesus Cristo está ao seu lado e poderia conquistar Lisboa mesmo sem a ajuda dos cruzados.
• Conversa com Maria Sara quando vai entregar a revisão de um livro de poesia. Cobrança implícita de Maria Sara pela narrativa de Raimundo.
• Resposta irônica dos cruzados negando ajuda aos portugueses. Se o rei tem ajuda de Jesus Cristo não precisa das armas dos cruzados.
• Nova conversa com Maria sara na editora. Raimundo acaricia uma rosa branca que ela tem sobre a mesa. Ela oferece uma carona e o leva em casa, mas recusa o convite para entrar.
• Alegria dos mouros muçulmanos com a partida dos cruzados.
• Uma centena de cruzados decide ficar e ajudar os portugueses. Entre eles o cavaleiro Henrique e sua barregâ, Ouroana.
• Raimundo busca um personagem para sua história e encontra Mogueime.
• Numa pausa da escrita, sai e compra uma rosa branca.
• Os portugueses propõem aos mouros a entrega pacífica de Lisboa para salvar suas vidas.
• Recusa dos mouros. • Declaração de guerra.
• Raimundo vai à editora e descobre que Maria sara está doente. Pega o telefone dela mas não tem coragem de ligar.
• O Rei Afonso discute estratégias para atacar Lisboa. • Raimundo fica sabendo que Maria Sara tinha ligado
para a sua casa enquanto ele estava fora.
• Começa a batalha de Lisboa.
• Raimundo vence o medo e telefona a Maria Sara. Depois de um breve diálogo tenso, ambos se declaram apaixonados.
• Raimundo compra duas rosas brancas para si e manda duas para Maria Sara.
• Os portugueses travam as primeiras batalhas e estabelecem o cerco aos muros de Lisboa.
• Mogueime, em sua tenda, sente desejo por Ouroana. Raimundo, em sua casa, sente desejo por Maria Sara. • Conversas de Raimundo, por telefone, com Maria
Sara.
• Após melhorar, Maria sara vai à casa de Raimundo e demonstra muito interesse pelo romance que ele está escrevendo.
• Raimundo e Maria sara se beijam.
• Ataque direto às portas dos muros de Lisboa na hora da oração dos mouros.
• Frustração do ataque. Morte e enterro de trinta portugueses.
• Mogueime vai até o acampamento dos nobres para tentar ver e se aproximar de Ouroana.
• Maria Sara vai visitar Raimundo e os dois fazem amor pela primeira vez.
• O cavaleiro Henrique, dono de Ouroana, constrói uma torre de assalto para atacar Lisboa.
• Mogueime ajuda a construir a torre, feliz por estar próximo de Ouroana.
• Quando estão empurrando a torre para o muro, o terreno cede e a torre cai matando soldados e o cavaleiro Henrique.
• A fome começa a apertar os mouros cercados.
• Mogueime procura Ouroana e propõe que ela fique com ele, agora que está livre do cavaleiro Henrique. Ela aceita.
• Maria Sara vai a casa de Raimundo. Analogia: Raimundo nunca será autor assim como Mogueime nunca será Capitão. • Enquanto Maria Sara lê uma obra sobre os milagres de Santo
Antônio, Raimundo escreve sobre os milagres atribuídos ao cavaleiro Henrique.
• O rei Afonso tem dificuldades financeiras e atrasa o pagamento do soldo
aos soldados portugueses.
• Os soldados portugueses se rebelam e passam a exigir um pagamento
igual aos cruzados, com participação nos saques aos pertences dos mouros.
• Mogueime é um dos líderes dos soldados e conversa com o rei sem se
intimidar. O rei concede direito aos portugueses de participar do saque aos mouros.
• A fome provoca deserções e mortes entre os mouros. Assalto final e
vitória dos portugueses.
• Raimundo solta a caneta e vai para a cama, onde Maria Sara o espera.
NARRADOR
Narrador em terceira
pessoa, onisciente, que
transita livremente entre
Disse o revisor, Sim, o nome deste sinal é deleatur, usamo-lo quando precisamos suprimir e apagar, a própria palavra o está a dizer, e tanto vale para letras soltas como para palavras completas, Lembra-me uma cobra que se tivesse arrependido no momento de morder a cauda, Bem observado, senhor doutor, realmente, por muito agarrados que estejamos à vida, até uma serpente hesitaria diante da eternidade, Faça-me aí o desenho, mas devagar, É facílimo, basta apanhar-lhe o jeito
Disse o revisor:
- Sim, o nome deste sinal é deleatur, usamo-lo quando precisamos suprimir e apagar, a própria palavra o está a dizer, e tanto vale para letras soltas como para palavras completas.
- Lembra-me uma cobra que se tivesse arrependido no momento de morder a cauda.
- Bem observado, senhor doutor, realmente, por muito agarrados que estejamos à vida, até uma serpente hesitaria diante da eternidade.
- Faça-me aí o desenho, mas devagar. - É facílimo, basta apanhar-lhe o jeito...
PRIMEIRA HISTÓRIA: Sec. XX
RAIMUNDO BENVINDO DA SILVA e MARIA SARA (protagonistas) Costa
Sra. Maria (mulher-a-dias) Sara
personagens
SEGUNDA HISTÓRIA: Sec. XII MOGUEIME e OUROANA ( protagonistas)
D. Afonso Henriques D. Egas Moniz
Cavaleiro Henrique Almuadem