• Nenhum resultado encontrado

A SINDROME DE DOWN NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM DOWN'S SYNDROME IN THE TEACHING AND LEARNING PROCESS

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "A SINDROME DE DOWN NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM DOWN'S SYNDROME IN THE TEACHING AND LEARNING PROCESS"

Copied!
12
0
0

Texto

(1)

A SINDROME DE DOWN NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM

DOWN'S SYNDROME IN THE TEACHING AND LEARNING PROCESS

Valcione Francisca Gonçalves Silva 1 Julielma de Souza Silva Nóbrega 2

1 Graduada em Pedagogia pela Universidade Norte do Paraná (UNOPAR) e em Matemática pela (UNISABER), especialista em Psicopedagogia Institucional Pela FACER, e Educação Infantil pela Faculdade do Planalto Central (FAPLAC), Graduando Letras Português pela Universidade Norte do Paraná (UNOPAR) professora de Educação Infantil na escola (Dona Lulu) pelo município de Rubiataba - Goiás, e Pedagoga pelo município de Ipiranga de Goiás – Goiás. Email: valcione-silva@hotmail.com

2 Graduada em Pedagogia em Regime Especial pela Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA) e em Letras- Língua Portuguesa pela Universidade Federal do Pará (UFPA), especialista em Psicopedagogia Educacional Pela Faculdade de Tecnologia Antônio Propicio Aguiar Franco (FAPAF), e Educação Infantil pela Faculdade do Planalto Central (FAPLAC), professora de Educação Infantil na escola (Dona Lulu) pelo município de Rubiataba – Goiás. Email: julielma_smb@hotmail.com

RESUMO: O objetivo deste trabalho é mostrar a importância da Educação

Especial dentro do contexto ensino e aprendizagem principalmente de crianças portadoras de Síndrome de Down e a influência do incentivo que desde cedo busca ampliar as informações das quais existem inúmeras definições e conceitos, procuramos manter uma linha de trabalho, orientado para obter uma prática educativa inclusiva, observando que a inclusão necessita urgentemente ser trabalhada com muito esforço para garantir aos alunos a liberdade na construção do conhecimento, fundamentado nas teorias de Mantoan (2003, 2004), Paulo Freire (1978), Freitas (2006) e Cartolano (1998), trabalhando a convivência escolar de forma significativa e prazerosa para que o aluno possa desenvolver fisicamente, emocionalmente, e cognitivamente possibilitando assim a elaboração do pensamento enfatizando o papel da família e a educação para as inquisições e ressaltar a importância da família no processo de estimulação e de construção da linguagem, motricidade, aprendizagem, interação e convivência escolar.

Palavras-chave: Estímulo. Educação. Família. Convivência Escolar. Envio:09/10/2020 Aceite: 28/10/2020

(2)

2 1. INTRODUÇÃO

A inclusão escolar vem sendo ao longo de um período tema de discussão entre renomados educadores e principalmente na maioria das escolas públicas brasileiras, esse impacto educativo tem causado no meio escolar e familiar muitas dúvidas e preconceitos, pois antigos valores, atitudes conservadoras da educação ainda ocultam o verdadeiro sentido dessa inovação.

Hoje pensando nas dificuldades que o processo educacional se encontra, vemos a necessidade de destacar a inclusão de pessoas com necessidades especiais no sistema de ensino regular, pois estudar nesta escola possibilita a ocorrência de interações de diferentes tipos entre crianças e adolescentes com e sem necessidades especiais.

Portanto esse estudo objetiva relacionar as teorias aplicadas e estudos realizados, perante os históricos de leis que norteiam a política da inclusão com as dificuldades encontradas no ambiente escolar, tendo como objetivo geral: destacar a importância da inclusão dentro do contexto de ensino e aprendizagem, diante disso os objetivos específicos deste artigo são: conhecer melhor o que é Síndrome de Down (S. D); entender a importância do estímulo e familiarizar com a política Inclusiva dentro das redes de ensino como ABSTRACT: The objective of this work is to show the importance of Special

Education within the context of teaching and learning mainly of children with Down Syndrome and the influence of the incentive that seeks to expand the information from which there are numerous definitions and concepts from an early age. work, oriented to obtain an inclusive educational practice, noting that inclusion urgently needs to be worked with a lot of effort to guarantee students freedom in the construction of knowledge, based on the theories of Mantoan (2003, 2004), Paulo Freire (1978), Freitas (2006) and Cartolano (1998), working the school life in a meaningful and pleasant way so that the student can develop physically, emotionally and cognitively, thus enabling the elaboration of thought, emphasizing the role of the family and education for the inquisitions and highlight importance of the family in the process of stimulation and language construction, motricity, learning, interaction and school coexistence.

(3)

3 obrigatoriedade, proporcionando aos pais e alunos uma melhor convivência escolar.

O método utilizado é por meio de várias pesquisas bibliográficas procurando entender e interpretar a educação inclusiva como uma mudança fundamental, em especial a Síndrome de Down no processo de ensino e aprendizagem, pois todos os educandos precisam juntos ter oportunidades de preparar para uma vida em comunidade valorizando este aspecto, consequentemente estaremos melhorando o valor social para todas as pessoas. A partir do exposto, este artigo foi estruturado da seguinte maneira: Orientação para uma prática educativa inclusiva; Estimulo na Aprendizagem da Criança Síndrome de Down, e Convivência Escolar; buscando saber se realmente o estímulo é importante na vida de uma criança especial? O que representa para uma criança portadora de necessidades especial frequentar uma escola de ensino regular?

2. ORIENTAÇÃO PARA UMA PRÁTICA EDUCATIVA INCLUSIVA

Antigamente a deficiência era vista como uma doença que não tinha cura, mas na atualidade isso mudou hoje com a ajuda das tecnologias a ciência tem avançando e transformando a deficiência em algo que passou a ser curada ou até mesmo levada a normalidade. O tempo também contribuiu de forma significativa para que a educação pudesse propor que o indivíduo com necessidades especiais pudesse frequentar salas normais e através disto integra-los na sociedade.

Uma tarefa difícil é debater sobre as questões da Educação Especial Inclusiva atual no panorama brasileiro, porém necessária, observando as inúmeras vertentes que a temática vem assumindo-nos diferentes contextos em que o problema é tratado. Sabendo-se que a educação é de direitos humanos, e os indivíduos com deficiência devem fazer parte das escolas, buscando propor no tema noções básicas acerca desse conteúdo, pois a formação dos profissionais é sem dúvida uma tarefa essencial na melhoria desse processo de ensino e no enfrentamento das variáveis situações que implicam no educar.

(4)

4 Segundo Freitas (2006, p.93), “[...] o debate deste tema consiste na tentativa de discutir os entendimentos de uma inclusão que não seja feita em termos voluntários e semiclandestinos, mas, pelo contrário, que se assumam como política social e educativa”. Mas que aconteça de forma clara e consciente, discutida, estudada e entendida, por todos e principalmente pelo professor.

É necessário que a formação dos professores seja um processo contínuo e façam um trabalho transdisciplinar com apoio permanente, sendo fundamental, respeitar, considerar e valorizar os saberes de todos os profissionais da educação no processo da inclusão. Mas é necessário buscar informações verdadeiras e reflexivas e que ajudam esses profissionais da Educação a considerar o que é produtivo para desenvolver em sua prática.

Para Mantoan (2003, p. 19) não adianta aceitar o acesso escolar de todos se os pais são incapazes de aceita-los e os professores não saem do comodismo, esse motivo e a falta de políticas públicas tornam a inclusão um caminho a ser percorrer por muitos trilhos. A autora reafirma que a inclusão ainda não está pronta, ela precisa ser trabalhada com esforço e ser reestruturada recriando o modelo educativo, tendo como base o ensino para todos reorganizando pedagogicamente. É necessário garantir aos educandos tempo e liberdade, na construção de um ensino que não segrega e reprova, tendo continuamente a valorização dos professores para que sejam estimulados a ensinar sem excluir, respeitando cada um como ser único.

De acordo com Mantoan (2003, p. 37) “Superar o ensino tradicional de ensinar é um propósito que temos de efetivar com toda urgência, nas salas de aula. Essa superação refere-se ao que ensinamos e como ensinamos nossos alunos para que eles cresçam e se desenvolvam”, sendo seres éticos justos e revolucionários. Partindo destas escritas verificamos a necessidade de recriar a qualidade de ensino. Para Paulo Freire (1978) o professor não é apenas um professor palestrante, mas é aquele que partilha com seus alunos conhecimentos produzidos dentro da sala de aula.

Para reger uma classe inclusiva eficiente é necessário que os professores estejam sempre se inovando na busca de didáticas e habilidades compatíveis para sala, criando novas regras, fortalecendo assim o respeito entre alunos/

(5)

5 professores e alunos/alunos, levando em conta que o planejamento e sempre necessário para ajudar a criar ambientes de aprendizagem produtivos, seguros e de respeitos.

Atualmente os professores questiona não estarem preparados para trabalhar com inclusão, porém Mantoan (2004) afirma que os professores aprendem aquilo que colocam em prática nas salas de aulas. Eles aguardam um curso ou treinamento para lidar com essa diversidade para só então ensinar os alunos com deficiência ou dificuldades de aprendizagem e de indisciplina, uma maneira que lhes permitam aplicar as técnicas na sala de aula, isso é uma visão errada do que realmente significa a formação na inclusão escolar.

Diante das afirmações ensinar na visão inclusiva significa entender o papel do professor, da escola, da educação e das práticas pedagógicas que são utilizadas. A educação Inclusiva está inserida praticamente em todos os seguimentos principalmente nas disciplinas em cursos de formação de professores e profissionais de áreas afins. A cooperação, a autonomia intelectual e social, a aprendizagem ativa são condições que proporcionam o desenvolvimento integral para todos os professores dentro do processo de aprimoramento profissional, pois o professor é considerado para o aluno uma referência, na construção do conhecimento e na formação de valores do cidadão. Na visão de Mantoan (2003, p. 53) “O futuro da escola inclusiva depende de uma expansão rápida dos projetos verdadeiramente imbuídos do compromisso de transformar a escola, para se adequar aos novos tempos”. A autora acredita que para que essa escola esteja funcionando de acordo com o que se espera é necessário que os profissionais da educação estejam mais envolvidos e trabalhando em união para alcançar esse objetivo.

3. ESTÍMULOS NA APRENDIZAGEM DA CRIANÇA SÍNDROME DE DOWN

Toda criança necessita de estímulos para o desenvolvimento da aprendizagem, mas uma criança com S.D necessita ainda mais para desenvolver o processo que requer um constante empenho do profissional. Deve-se buscar na diversidade atitudes, trabalhando a motivação do aluno, na

(6)

6 aquisição do conhecimento a partir de uma interação entre sujeito e o objeto, estimulando o conhecimento no contato com o ambiente e o meio social. O objetivo de trabalhar com estímulos é conhecer as atitudes e a construção da inteligência mais detalhada de uma criança especial, com intuito de aprimorá-la. As crianças com S. D possuem um desenvolvimento cognitivo igual ao das crianças “normais”, mas, em contrapartida, um funcionamento deficitário; para que a evolução da criança com S. D aconteça de uma maneira mais eficaz, é importante ter uma estimulação permanente que provoque a construção das estruturas mentais, levando-a a conquista da resolução dos problemas.

Antigamente não havia investimento na área da Educação nem mesmo por parte dos profissionais por não acreditar que os alunos com necessidades especiais podiam ser alfabetizados, inclusive crianças com S. D. Hoje a realidade é outra essa situação mudou e é necessário acreditar nisso, pois toda criança mesmo apresentando um quadro de deficiência, todos os indivíduos podem avançar cognitivamente. Este avanço foi imprescindível, pois através dele foi possível incluir o investimento no cálculo, na alfabetização e pode estabelecer estratégias de ação que estimule a percepção, a autonomia, a motricidade, a interação e a comunicação, pois essas formarão estruturas necessárias para que a aprendizagem escolar possa revestir-se de significado para o aluno. Assim sendo, é indispensável assegurar ao indivíduo com S. D, o apoio ao desenvolvimento do funcionamento interativo que propiciem a aprendizagem e a estimulação da construção de seus conhecimentos e possibilidades.

É indispensável que a criança perceba que o professor entenda suas dificuldades e que pode contar com o auxílio e o apoio dele, além da compreensão, a aceitação desse profissional é um caminho para que o aluno se sinta acolhido, em meio aos seus limites e possibilidades.

Mantoan (2001, p. 55) afirma que:

A inteligência dos deficientes evolui na medida em que se atua pedagogicamente em duas frentes: a que se refere à solicitação do desenvolvimento das estruturas mentais e a que propicia uma melhoria de condições de funcionamento intelectual.

(7)

7 Segundo a autora é fundamental a estimulação para a aprendizagem do aluno com necessidades especiais, contudo é preciso um acompanhamento familiar e a interação com o meio em que vive, beneficiando o ensino/aprendizagem para que o sucesso seja adquirido. Desta maneira a educação passa por fases progressivas e especificas que se realiza na escola, na família e no meio social, com a participação dos educadores e dos pais conforme o desenvolvimento geral da criança facilitando a aprendizagem.

Para Augusto (2003) quando nasce uma criança que possui S. D. se observar com atenção poderá perceber com muita facilidade, pois suas características são muito marcantes, pode notar através do seu desenvolvimento que é bem mais lento que a criança “normal”, as diversas fases e etapas do seu desenvolvimento, e mesmo que este caminhar seja bem mais vagaroso dependerá de muito estímulo, evoluirá patentemente em inteligência e habilidades até a idade adulta. A autora afirma que apesar do desenvolvimento lento ser comum em todas as crianças Down, existe diferenças marcantes, entre elas: seu jeito de ser, de brincar, de comunicar e também seu tempo de aprendizado, ficando o nosso encargo perceber a hora e a forma mais carinhosa de trabalhar a aprendizagem do aluno com S. D.

O desenvolvimento das estruturas cerebrais só irá responder através das atividades psicomotoras se tiver muito estímulo assim se torna eficaz a cada dia e mais complexas, pois esse atendimento tem o tempo certo para acontecer. É necessário que a estimulação seja feita a tempo de reverter problemas mais complexos antes que afetem o desenvolvimento da criança e se tornem irreversíveis. A estimulação é essencial para o desenvolvimento quando é feita no momento adequado, sempre que estimular o cérebro dentro de uma área específica automaticamente comprometerá toda área cerebral, por isso a importância da estimulação de uma criança portadora de S. D.

Uma estratégia para estimular a atenção da criança Down é trabalhar com jogos e músicas infantis, pois melhoram a concentração e impõem regras e limites proporcionando momentos prazerosos, os exercícios auxiliam no aprendizado escolar e também na independência da socialização. Poderão trabalhar os gestos e os movimentos aprendendo agir de maneira apropriada e madura melhorando também a fala, deixando o seu corpo no tempo e no espaço

(8)

8 numa sequência harmoniosa. A finalidade desses exercícios é fazer a criança se movimentar, sentindo sua postura e equilíbrio, trabalhando todos os membros do corpo globalmente. É muito importante que a família prossiga com os exercícios e a música em casa; é admirável que os pais compartilhem da estimulação dos filhos, este envolvimento favorecerá o aprendizado e a interação no ambiente escolar e familiar fazendo de momentos simples como ouvir músicas e brincar em momentos de alegria e descontração, proporcionando segurança e alegria as crianças S. D.

4. CONVIVÊNCIA ESCOLAR

É importante que a criança vá à escola para aprender e não para registrar presença ou ser colocada em classes especiais e atendimentos à parte. Não é simplesmente pelo fato de uma criança S. D, estar matriculada em uma sala de aula que vai garantir o estreitamento nas relações de amizade entre ela e seus colegas de turma. Percebe-se que as diferenças são eficazes na passagem da integração e, principalmente, da inclusão, operando mudanças de forma efetiva considerando as diferenças e as individualidades de cada um, no caminho importante da construção de um conhecimento capaz de transformar essa realidade.

Para construir essa realidade primeiramente a escola deve conhecer as dificuldade e habilidade dessas crianças com intuito de promover suas necessidades básicas para a aprendizagem e desenvolvimento, proporcionando ao educando a formação necessária que permitam suas potencialidades fluir como elemento de auto realização, ampliando assim a especialização das possibilidades psicomotoras da criança Down, permitindo que a mesma realize atividades didáticas simples que a estimulem a criar e formar conceitos percebendo a realidade e ordenar o mundo que o rodeia.

O trabalho a ser realizado com as crianças S.D através do jogo espontâneo, pode ser desenvolvido tanto com os colegas quanto com os materiais a ser utilizado. É importante que durante os trabalhos, sempre tenham profissionais capacitados que estimule o contato e a interação com o outro através das atividades pedagógicas desenvolvidas, transformando esses

(9)

9 momentos que muitas vezes são informais em atividades emocionais, cognitivas e físicas, que permitem a elaboração do pensamento de uma forma agradável e prazerosa.

As aprendizagens vão se construindo através das aquisições ao longo do tempo se estas forem realizadas com sucesso, mas para isso é fundamental que a capacidade de assimilação, reorganização e acomodação, estejam integras. A criança que possui S. D possui algumas dificuldades na aprendizagem que na grande maioria são dificuldades generalizadas e podem se manifestar em maior ou menor grau comprometendo todas as capacidades de linguagem, motricidade, integração social e autonomia.

Os portadores de S. D apresentam alterações auditivas e visuais, incapacidade de organizar atos cognitivos e condutas que podem afetar o desenvolvimento de estratégias espontâneas bem como, debilidades de associar e programar sequências em seu processo de aquisição de aprendizagem e este é um fato que deve ser considerado.

Entre outras deficiências que acarretam repercussão sobre o desenvolvimento neurológico da criança com síndrome de Down, podemos determinar dificuldades na tomada de decisões e iniciação de uma ação; na elaboração do pensamento abstrato; no cálculo; na seleção e eliminação de determinadas fontes informativas; no bloqueio das funções perceptivas (atenção e percepção); as funções motoras e alterações da emoção e do afeto. (SCHWARTZMAN, 1999, p. 247).

O direito adquirido ao longo da conquista dos direitos humanos para ter a educação especial prevista por lei foi uma luta incessante requerendo a prática de uma política de respeito às diferenças individuais e através desta Lei a criança portadora de necessidade especial tem a garantia do acesso à educação e a permanência na escola.

Cartolano (1998 p. 29 e 30) ressalta que:

Diante da aceleração das mudanças, das novas descobertas das ciências e das tecnologias modernas, é preciso que estejamos sempre de espírito aberto à pesquisa, à busca incessante de novas respostas que nos ajudem a repensar o velho e enfrentar o novo.

(10)

10 Infelizmente ainda existem escolas que não aceitam crianças Portadoras de Necessidades Especiais, por achar que o lugar certo para elas é numa instituição própria como exemplo a APAE, e tentam convencer os pais que esta é a melhor opção. Os pais por acreditar na direção da escola acabam encaminhando a criança a uma organização educacional assistencial o que reforça a exclusão do aluno, principalmente para uma criança S. D que vê seu colega ser tratado de maneira diferente. Para as autoras Ferreira e Guimarães (2003, p. 148) “não é mais aceitável deixar de pensar na participação real de todos, ou seja, a autêntica e corajosa inclusão daqueles que, erroneamente, figuram nas estatísticas como se já estivesse inserido educacional”.

É vergonhoso e lamentável mais o preconceito está presente em todos os lugares, principalmente na área da educação, e até mesmo pelos pais e isto tem acontecido de maneira frequente com os alunos Portadores de Necessidades Especiais. Mas esse preconceito pode chegar ao fim, pois, a Lei existe e tem que ser cumprida, o pai que tem filho Portador de S. D pode matricular seu filho em qualquer escola sem que haja nenhuma restrição, só resta saber se as escolas estão preparadas para receber esses alunos e se vão respeita-los.

Mantoan (2003 p.18) adverte que “todos nós professores, sabemos que é preciso excluir a exclusão em nossas escolas e fora delas e que os desafios são necessários a fim de que possamos avançar progredir, evoluir em nossos empreendimentos”. A partir do que a autora escreveu o ambiente escolar adequado para os pais matricular seus filhos S. D, tem que ser uma escola que recebam as crianças com alegria, sem discriminação, e transmita segurança e confiança aos pais. Que trabalhem o respeito à aprendizagem, e defendam um ambiente inclusivo onde esteja destinado a atender alunos que queiram crescer enquanto ser humano, individual e coletivamente, e suas ações contribuam na formação intelectual e cultural deles, valorizando a diversidade, solidariedade, ética e respeito ao próximo.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Através deste estudo chegamos à conclusão de que os portadores de necessidades especiais na fase inicial precisam de muito estimulo. Através do estimulo pode minimizar as ocorrências de déficits de linguagem na primeira

(11)

11 infância se tornando fundamental para que a criança tenha o desenvolvimento normal, e que poderão trazer sérias consequências futuras, pois na infância o cérebro humano é altamente flexível.

A pesquisa possibilitou concluir que a inclusão neste momento, é processo político e um movimento de libertação, e a maior parte dos movimentos de libertação, é realmente o oposto ao que parece para muitos “O problema”, pois as carências de adaptações das pessoas com deficiências são relativamente menores do que as carências daquelas pessoas consideradas sem deficiência. O mundo real é inadequado para todos nós, e são as adaptações mais acessíveis que torna a vida mais conveniente. O desafio da educação brasileira é de fazer com que o compromisso da política inclusiva venha valer atendendo a todos os alunos com deficiência nas escolas que possuem o ensino regular e assim construir uma Lei que possa ser flexiva, porém proposta dentro da legislação brasileira.

Então podemos afirmar que apostar na educação Inclusiva é defender que seremos capazes de contribuir para uma transformação social, que trate efetivamente a todos dentro dos princípios de igualdade, solidariedade e da convivência respeitosa entre cada um dos indivíduos. Assim acreditar na inclusão é viabilizar a possibilidade de se buscar alternativas de permanência dos alunos na escola, respeitando seus limites e ritmos de aprendizagem elevando sua autoestima. Percebemos o quanto é importante à estimulação, pois ela se dá pela grande necessidade da criança de vivenciar experiências que permitam seu desenvolvimento, respeitando suas deficiências e explorando suas habilidades.

Concluímos que para que uma criança possa atingir determinada fase do desenvolvimento, ela precisa ser estimulada, pois a estimulação dá condições para desenvolver suas capacidades desde o nascimento, isto se aplica a todas as crianças com ou sem atraso.

(12)

12 REFERENCIAS

CARTOLANO, M. T. P. Formação do educador no curso de Pedagogia. A Educação Especial. Caderno Cedes, Campinas, v. 19, nº 46, set. 1998.

FERREIRA, Maria Elisa Caputo; GUIMARÃES, Marly. Inclusão. Rio de Janeiro: DP &A, 2003, P.30-31.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. São Paulo, Paz e Terra, 1978, p-24. FREITAS, S. N. (Org.). Diferentes contextos de educação especial/ inclusão social/ PROPESP – Programa de Apoio à pesquisa em Educação Especial. Santa Maria: Pallotti, 2006. P. 125-167.

AUGUSTO, Maria Inês Couto. As possibilidades de Estimulação de Portadores da Síndrome de Down em Musicoterapia. 2003. Disponível em: http://www.fisioterapia.com/public/files/salvar_como.php?txt_path=artigo/4A375 d01.pdf com acesso em 20 de setembro de 2013.

MANTOAN, Maria Tereza Eglér. Caminhos Pedagógicos da Inclusão. São Paulo: Memon, 2001.

______. Inclusão Escolar. O que é? Por que? Como fazer? São Paulo: moderna, 2003.

Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Política Nacional de Educação Especial, 1994. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/politicaeducespecial.pdf. Acesso em 10/10/13.

Referências

Documentos relacionados

Figura 1 - Protocolo alerta triangular das ocorrências traumáticas de Urgências ou Emergências...5 Figura 2 - Fluxograma das solicitações telefônicas de urgência

O emprego de um estimador robusto em variável que apresente valores discrepantes produz resultados adequados à avaliação e medição da variabilidade espacial de atributos de uma

Proteção do corpo O equipamento de proteção pessoal para o corpo deve ser selecionado de acordo com a tarefa executada e os riscos envolvidos e antes da manipulação do produto

contexto de ambientes e-learning (AE´s) para servirem como meio do Processo de Ensino- Aprendizagem (PEA).. – Ensino-Aprendizagem auxiliado por

O objetivo do curso foi oportunizar aos participantes, um contato direto com as plantas nativas do Cerrado para identificação de espécies com potencial

Dois problemas foram apresentados para os estudantes resolver, de modo individual, e sem consulta a materiais, com o objetivo de levantar suas concepções prévias

(Os interessados em adquirir quaisquer animais inscritos nos páreos de Claiming, deverão comparecer à Sala da Comissão de Corridas, na Tribuna dos Profissionais, até 30 minutos antes

Este trabalho, ainda em andamento, propôs a avaliação do Programa Ciência Sem Fronteiras e seu processo de implementação na Universidade Federal do Ceará sob a perspectiva