• Nenhum resultado encontrado

Narrativas Professorais e Homofobia: Estudo dos Livros de Ocorrência Escolar

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Narrativas Professorais e Homofobia: Estudo dos Livros de Ocorrência Escolar"

Copied!
10
0
0

Texto

(1)

Narrativas Professorais e Homofobia: Estudo dos Livros

de Ocorrência Escolar

Keith Daiani da Silva Braga (Universidade Estadual Paulista) keith_daiani@hotmail.com Arilda Inês Miranda Ribeiro (Universidade Estadual Paulista) arilda@fct.unesp.br

Resumo:

Nosso texto, proveniente de pesquisa de mestrado em Educação, procura discutir as possibilidades de compreensão da homofobia sob o ponto de vista dos educadores por meio de suas narrativas nos Livros de Ocorrência Escolar. Partimos da compreensão da escola como espaço para problematizar a homofobia, compreendida aqui como preconceito e discriminação direcionada aos sujeitos considerados homossexuais e/ou cujas performances ou expressão de gênero não condizem com o modelo de sexualidade hegemônico. O estudo se desenvolve nas escolas públicas estaduais do Ensino Fundamental II e Médio do município de Presidente Prudente-SP e conta com financiamento da FAPESP – Fundação de Amparo á Pesquisa do Estado de São Paulo.

Palavras chave: Homofobia, Livro de Ocorrência Escolar, Professores.

Narratives of Teachers and Homophobia: A Study of School Books of

Occurrence

Abstract

This article, from research Masters in Education, discusses the possibilities of understanding of homophobia from the point of view of educators through their narratives in the Books of Occurrence School. We start from the understanding of school as a space to discuss homophobia, understood here as prejudice and discrimination directed at subjects considered homosexual and / or whose performances or gender expression are not consistent with the hegemonic model of sexuality. The study is conducted in the public schools of the Middle and Elementary School II in the city of Presidente Prudente, SP, and is funded by FAPESP – Fundação de Amparo à Pesquisa do São Paulo.

(2)

1 Introdução

O presente artigo, proveniente de uma pesquisa de mestrado em andamento em Educação, financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), procura fazer alguns apontamentos a respeito da homofobia escolar e a perspectiva dos educadores. Discutimos a possibilidade de analisar as narrativas dos docentes contidas nos Livros de Ocorrência Escolar, cadernos nos quais são descritos pelos professores os comportamentos indisciplinares e violentos dos alunos. Selecionamos esse material como instrumento metodológico da pesquisa, por tratar-se de um documento oficial, e também em função do Livro de Ocorrência tratar-se de um espaço para as descrições dos comportamentos discentes considerados inadequados ou ditos “anormais”.

A abordagem metodológica adotada nos permite analisar, à luz da História Oral, os discursos dos educadores, bem como as propostas oferecidas pela escola frente às ocorrências que denunciam a violência homofóbica. A homofobia é uma forma de violência recorrente que vitima, principalmente, sujeitos considerados homossexuais e/ou cujas performances ou expressões de gênero não condizem com o modelo de sexualidade hegemônico. (CARRARA & RAMOS, 2005; BORGES; MEYER, 2008; JUNQUEIRA, 2009).

Os estabelecimentos educacionais figuram entre os principais pontos de marginalização e exclusão da população LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais e Travestis), principalmente quando consideramos que os temas sobre a homossexualidade ou homofobia geralmente não aparecem nos livros didáticos, nos currículos e tampouco nas discussões em sala de aula, ou que os docentes, geralmente se dirigem aos discentes como se nenhum deles apresentasse qualquer diferença de identidade e/ou orientação sexual dessa forma acabam banalizando comportamentos homofóbicos (JUNQUEIRA, 2009).

A homofobia na escola, geralmente suscita dificuldades no processo de ensino-aprendizagem, prejudica a interação entre estudantes, causa intimidação, insegurança, isolamento e contribui para a evasão escolar. Consequências que são tão devastadoras quanto à violência física, também recorrente nesse ambiente. Entretanto, acreditamos que a escola é um espaço apto para problematizar a homofobia, e onde são possíveis mudanças e propostas que visem ultrapassar os mecanismos de exclusão.

(3)

2 Homofobia na Escola

A homofobia dentro da escola pode se materializar sob a forma de violência física ou não. Quando física, compromete a integridade do corpo, podendo resultar em homicídio. Na forma não física – não menos grave – gira em torno do não reconhecimento do outro como cidadão e se manifesta por meio de ofensas, humilhações e injúrias, ou seja: “comportamentos homofóbicos variam desde a violência física da agressão e do assassinato até a violência simbólica, em que alguém considera lícito afirmar que não gostaria de ter um colega ou um aluno homossexual” (BORGES & MEYER, p. 60, 2008).

Apesar de o termo homofobia fazer referência, quase sempre, a atitudes e percepções negativas em relação a sujeitos identificados como homossexuais pelos agressores, a homofobia compreende situações de violência contra outros sujeitos, que podem não se identificarem como homossexuais, mas que sua expressão de gênero (gostos, estilos, comportamentos etc.) não se alinha aos modelos hegemônicos (JUNQUEIRA, 2010).

A homofobia possui uma próxima ligação com normas de gênero. Ambas são articuladas em um sistema disciplinador que opera no sentido de punir qualquer corpo que intencione desviar dos parâmetros socialmente construídos, tanto no que se refere a qual gênero os desejos dos sujeitos deve ser direcionado quanto à identidade de quem expressa o desejo. Nessa perspectiva, a homofobia extrapola a ideia reduzida de aversão a sujeitos homossexuais. Ela refere-se a um conjunto de mecanismos de exclusão que funcionam no sentido de restringir formas de vivenciar a sexualidade não heterocentrada, com o objetivo de naturalizar a heterossexualidade como único modelo lógico, sustentado e regulado pelas normas de gênero (JUNQUEIRA, 2010).

Os mecanismos excludentes se expandem por meio dos discursos reiterados sobre a sexualidade humana, como prática de tornar natural um único modelo de identidade e relacionamento afetivo e sexual. Nesse sentido, Butler (1999) explica que as sociedades estabelecem normas que ajustam e materializam o sexo dos sujeitos de acordo com parâmetros que consideram corretos. No entanto, para que isso funcione, as normas precisam ser repetidas invariavelmente. E neste processo de sujeição, os corpos que não se adaptam totalmente às regras pré-estabelecidas, são colocados à margem social e se configuram como vítimas de diversos processos discriminatórios dentre os quais, a homofobia.

(4)

Isso se explica pelo fato de que, historicamente, a instituição escolar brasileira estruturou-se a partir de crenças e normas que inferiorizam e desqualificam aqueles que se distanciam do que é considerado normal e valorizado (LOURO 2007).

Expostos, alunos LGBT recebem tratamentos preconceituosos, violência física, verbal, ameaças, exposição a constrangimentos, entre outras formas de exclusão no ambiente escolar. (JUNQUEIRA, 2009). A homofobia dentro das escolas prejudica e compromete seriamente a trajetória escolar de crianças e adolescentes, estigmatiza os alunos, produz insegurança e provoca evasão escolar, opondo-se assim, ao direito de todos à educação (CAETANO, 2005).

Com o objetivo de contribui para o debate sobre sexualidade na escola, a pesquisa Juventudes e Sexualidades, averiguou entre outras variáveis, que os docentes apresentam uma espécie de conivência com os comportamentos homofóbicos, pois quando questionados a respeito de toda a problemática, consideraram tais práticas “brincadeiras” ou “coisas sem importância”.

Assim, a homofobia se institucionaliza no meio educacional. Os professores, ainda que queiram contribuir para sua superação, renunciam um trabalho de problematização quando esbarram em seus próprios preconceitos (SEFFNER, 2009).

No que diz respeito a tratar o tema da diversidade sexual em sala de aula, grande parte dos professores assumem o não conhecimento de como o fazer. Dessa forma, ao abordarem diversas expressões de preconceito e discriminação em relação à identidade sexual como algo natural e sem necessidade de intervenção, contribuem ativamente com a reprodução da homofobia (CASTRO; ABRAMOVAY & SILVA, 2004).

A partir das pesquisar citadas, sob o nosso ponto de vista, podemos afirmar que estudantes LGBT sofrem diversos tipos de discriminação e violência em suas trajetórias escolares. E que as concepções que os docentes possuem a respeito da homossexualidade estão implícitas em seu trabalho na sala de aula e podem comprometer a inclusão dos estudantes que não atendem a norma heterossexual.

Deste modo, acreditamos que para compreender a homofobia no espaço escolar, faz-se necessário analisar a perspectiva do professor frente à temática. Nossa proposta de análise centra-se nas narrativas dos professores nos Livros de Ocorrência Escolar.

O LOEi é um caderno em que os atos considerados inadequados ou “anormais”, cometidos pelos alunos são descritos ou relatados pelos funcionários da escola, sobretudo, pelos professores. Um de seus principais objetivos é o de delatar aos pais atitudes

(5)

inconvenientes dos filhos, além de garantir que a escola fique isenta de acusações referentes à negligência ou irresponsabilidade diante dos problemas escolares (RATTO, 2002).

Nosso foco se encontra nos discursos fabricados pelos educadores, consentidos e assinados pela gestão escolar de forma a compreender, por meio da História Oralii, o posicionamento e as práticas dos docentes frente à transgressões de gênero, comportamentos sexuais não valorizados e conflitos de natureza homofóbica.

A análise documental como procedimento metodológico favorece estudos com abordagem qualitativa, uma vez que esse método pode complementar informações obtidas por outras técnicas e/ou ser eficaz na descoberta de aspectos novos de um mesmo problema. Os relatos sobre homofobia e narrativas de comportamentos não heterossexuais escritos pelos professores, encontrados nos livros, nos possibilitam uma análise a partir de outro ângulo a respeito de suas visões e posicionamentos diante do tema, uma vez que esses profissionais não se sentem intimidados pela presença da pesquisadora.

O estudo desenvolve-se em Presidente Prudente-SP e são analisados os LOE’s das Escolas Públicas Estaduais de Ensino Fundamental II e Médio. A pesquisa se encontra em fase inicial, sendo assim, apresentamos como resultados parciais alguns apontamentos incipientes sobre o papel do LOE enquanto Aparelho Disciplinador e Caderno de Denúncias, no diz respeito à sexualidade dos alunos.

3 Resultados Parciais

3.1 O Livro como Aparelho Disciplinador da Sexualidade

A escola tem como um de seus objetivos primordiais: disciplinar o comportamento dos estudantes no ambiente educacional, fazendo-os respeitar as regras sociais, que se baseiam no que a instituição julga ser o mais adequado. As normas podem representar o ideal de sujeitos – com as características socialmente valorizadas – a ser ambicionado pelos alunos, desapreciando assim outros modos de viver sua subjetividade. Nesse sentido o LOE se apresenta como um aparelho disciplinar, que objetiva a manutenção das normas sociais pré-estabelecidas pela instituição escolar, as quais, supostamente, garantiriam uma boa conduta por parte dos alunos.(RATUNIASK, 2011)

As normas sociais estabelecidas pela escola regulam o comportamento dos alunos e se materializam, muitas vezes, em forma de regras. Para que funcionem, são reiteradas

(6)

invariavelmente. Essas regras ditam a forma como o aluno deve se comportar e são lembradas por meio de simples advertências como: “não correr”, “não gritar”, “não bagunçar” entre outras. Além disso, por meio dessas regras são ditadas, também, quais atitudes são permitidas para meninos e para meninas, por meio de expressões como: “isso não é brincadeira de menino”, “uma menina se comportando desse jeito!”. Bem como, as formas válidas de lidar com o próprio corpo e com o corpo dos colegas. (RATUNIASK, 2011)

A partir disso, os estudantes que não se adéquam às regras do ambiente escolar, ou seja, os alunos transgressores são levados geralmente para a diretoria da escola para receber uma punição que é concretizada por meio da confissão, que segundo Foucault (1987, p. 57) se apresenta como:

(...) a única maneira para que a verdade exerça todo o seu poder, é que o criminoso tome sobre si o próprio o crime e ele mesmo assine o que foi sábia e obscuramente construído pela informação.

O educador, como citado anteriormente, é quem frequentemente escreve no LOE. Os registros neste caso visam descrever, com o maior nível de detalhe possível, os fatos ocorridos na perspectiva desses docentes. Sendo assim, a informação elaborada, é feita pelo docente, que geralmente encaminha o aluno para a confissão realizada na diretoria da escola.

Estudos na área de educação, que adotaram como procedimento metodológico a análise documental do LOE, mostraram em seus resultados que as ocorrências de violência e desrespeito presentes nos livros analisados foram escritas e encaminhadas predominantemente pelos professores (MARTINS et al, 2006; MOREIRA & SANTOS, 2004; RATTO 2002; 2004; 2007) .

É importante pontuar que, os professores diante de determinadas situações, como a de relatar um acontecimento violento, não possuem muito tempo ou respaldo institucional para refletir e se posicionar acerca do que irá descrever. Isso resulta muitas vezes, na construção e assimilação de uma versão, acrítica sobre a situação.

Entretanto, os relatos professorais não perdem sua validade por conta da falta de tempo ou reflexão sobre as situações que presenciaram. As narrativas, descrições e informações construídas pelos educadores produzem subjetividades ao adjetivar, categorizar e hierarquizar os alunos, de modo que, estabelecem e disseminam representações em toda a instituição escolar (FOUCAULT, 1988; BUTLER, 1999; RATUSNIAK 2011).

(7)

3.2 O Livro como Caderno de Denúncias

O LOE se apresenta também como um Caderno de Denúncias, em que os professores geralmente denunciam os conflitos, inclusive referente à sexualidade dos alunos. Tem-se como prática registrar o ocorrido e logo em seguida apresentar as possíveis soluções para o problema, que são geralmente apontadas pela gestão escolar.

As pesquisas citadas ao longo do texto afirmam que a homofobia é presente nas escolas e compromete a trajetória escolar de muitos estudantes LGBT. No entanto, percebemos que os registros encontrados nos LOE’s referentes à violência homofóbica representam um número escasso de denúncias, se comparados a outros tipos de registros como: violências de outra natureza, indisciplina, faltas e atrasos.

Nesse sentido, observa-se que há uma prática de tornar invisíveis os conflitos referentes à sexualidades não hegemônicas. O objetivo dessa prática pode ser, entre o outros, o de negar a existência de qualquer comportamento que não esteja estruturado na heterossexualidade, vista como única forma de viver a sexualidade.

A escola atualmente mantém-se como uma instância reguladora da sexualidade de seus alunos, onde só existe a heterossexualidade como comportamento legítimo, consequentemente, os educadores que compõem este ambiente difundem mecanismos homofóbicos (BORGES; MEYER, 2008).

Percebemos também que as ações tomadas frente às denúncias feitas pelos professores, no caso das raras ocorrências sobre a sexualidade dos alunos se resumem a medidas imediatas como: advertir e suspender. Por parte da gestão escolar, notamos uma tentativa de não problematizar os fatos, por intimidação dos pais, por crença religiosa ou por ausência de conhecimento e segurança sobre o assunto.

Inferimos assim, por meio dessa pesquisa, que a vigilância que alguns docentes exercem para dominar a sexualidade dos alunos e adequá-la nos padrões de normalidade corrobora a ideia de que o LOE é pouco utilizado como lugar onde as denúncias de violência e preconceito são apresentadas e problematizadas. O livro se apresenta, essencialmente como instrumento disciplinador dos alunos. Isso se evidencia nas raras propostas de compreensão e conscientização diante das transgressões, relatadas no documento, quando comparadas às inúmeras punições como: advertência, suspensão e transferência.

No entanto, conforme prevê a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN 9394/96) deve-se exercitar a cidadania no âmbito escolar e todos devem ser

(8)

incluídos em igualdade de condições para o acesso e permanência na escola. Sendo assim, é necessário problematizar as questões silenciadas nos Livros de Ocorrência Escolar, e refletir acerca de sua relação com o controle da sexualidade dos estudantes.

Nesse sentido, acreditamos que a escola se configura enquanto espaço hábil para a desconstrução de antigos padrões pautados na exclusão de alunos que não atendem ao padrão hegemônico de sexualidade. Ainda que tenha outras funções, objetivos e dificuldades estruturais, a instituição escolar tem o potencial para promover uma formação questionadora e política que fundamente o exercício da cidadania e que supere práticas e valores ligados à preconceitos, violência e desigualdades.(JUNQUEIRA, 2009)

4 Considerações Parciais

Podemos concluir, parcialmente, que a violência homofóbica encontra-se silenciada nos registros escolares. A não denuncia e as tentativas de não problematizar a violência sofrida por estudantes que não atendem ao padrão de comportamento estabelecido e apreciado socialmente, pode ter entre outros objetivos, a intenção de tornar inexistente o sujeito não normalizado, colocando à margem suas práticas e comportamentos não valorizados. Com isso, a instituição se isenta de propor qualquer trabalho, debate ou discussão como forma de resolver os conflitos escolares, já que estes se encontram aparentemente invisíveis.

Entretanto, a escola, vista por vários autores como um lugar de possíveis mudanças e superação das desigualdades, enfrenta o desafio de se adaptar às transformações da sociedade, tais como outras formas de relacionamento e identidade. Neste contexto, o docente, autoridade máxima da sala de aula, considerado referência para seus alunos pode se tornar um mediador na compreensão das práticas homofóbicas e seus desdobramentos nas instituições de ensino (JUNQUEIRA, 2009; SEFFNER, 2009; TAYLOR, 2011).

Compreendemos que para haver um trabalho de superação da homofobia é necessário que a escola não invisibilize práticas homofóbicas, não seja indiferente aos alunos que não atendem ao padrão heterossexual. É importante que as diferenças sejam discutidas dentro da escola, que haja um processo de problematização da produção dessas diferenças, para que se possa compreender porque alguns modelos de sexualidade são legítimos e outro não (LOURO 2001).

5 Referências

ANDRADE, E. R. et al. O perfil dos professores brasileiros: pesquisa nacional. Brasília: UNESCO/ Brasil; 2004.

(9)

ALBERTI, V. Manual de história oral. Rio de Janeiro: FGV, 2004.

BORGES, Z. N., et al. Percepção de professoras de ensino médio e fundamental sobre a homofobia na escola em Santa Maria (RS). Educar em Revista, Curitiba. v. n.39, p. 21-38, 2011.

BORGES, Z. N.; MEYER, D. E.. Limites e possibilidades de uma ação educativa na redução da vulnerabilidade à violência e à homofobia. Ensaio: avaliação e políticas públicas em educação, Rio de Janeiro, v. 16, n. 58, p.59-76, mar. 2008.

BORRILO, D. Homofobia. Barcelona: Bellaterra, 2001.

BRASIL. Lei no 8.069. Estatuto da Criança e do Adolescente. 1990.

BRASIL, Conselho Nacional de Combate à Discriminação. Brasil sem homofobia: programa de combate à violência e à discriminação contra GLBT e de promoção da cidadania homossexual. Brasília: Secretaria Especial dos Direitos Humanos, 2008.

BUTLER, J. Corpos que pesam: sobre os limites discursivos do ‘sexo’. In: LOURO, G. L. (Org). O corpo

educado: pedagogias da sexualidade. Belo Horizonte, Autêntica, 1999, p. 151-172.

CAETANO, M.. Gestos do silêncio: para esconder a diferença. 159 f. Dissertação (Mestrado em Educação). Niterói: Universidade Federal Fluminense, 2005.

CASTRO M.G; ABRAMOVAY M; SILVA L.B. Juventudes e sexualidade. Brasília: UNESCO/ Brasil; 2004. CARRARA, S; RAMOS, S.. Política, direitos, violência e homossexualidade. Pesquisa 9ª Parada do Orgulho GLBT. São Paulo 2005: Rio de janeiro: CEPESC, 2006.

FERREIRA, M. M; AMADO, J. (Org.). Usos & abusos da História Oral. 8ª ed. Rio de Janeiro: FGV, 2006. FOUCAULT, M. História da sexualidade: a vontade de saber. Rio de Janeiro: Graal, 1988. V.1.

FOUCAULT, M .Vigiar e punir: nascimento da prisão; tradução de Raquel Ramalhete. Petrópolis, Vozes, 1987. 288p.

JUNQUEIRA, R. D. Homofobia: limites e possibilidades de um conceito em meio a disputas. Revista Bagoas: Estudos Gays gêneros e sexualidades., v. 1, p. 1-22, 2007.

JUNQUEIRA, R .D. (org.). Diversidade sexual na educação: problematizações sobre a homofobia nas escolas. Brasília: Ministério da Educação/ Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade / UNESCO, 2009.JUNQUEIRA, R. D. Escola e Homofobia. Pátio: revista pedagógica, v. 13, n. 50, p. 28-31, mai/jul 2009. JUNQUEIRA, R. D. O reconhecimento da diversidade sexual e a problematização da homofobia no contexto escolar. In: RIBEIRO, P. R. C.; et al (org.). Corpo, gênero e sexualidade: discutindo práticas educativas. Rio Grande: FURG, 2007, p. 59-69.

LOURO, G. L. . Teoria queer - uma política pós-identitária para a educação. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, v. 9, n. 2, p. 541-553, 2001.

LOURO, G. L. Gênero, sexualidade e educação: uma perspectiva pós-estruturalista. 7. ed. Petrópolis: Vozes, 2004.

LOURO, G. L. Um corpo estranho: ensaios sobre sexualidade e teoria queer. Belo Horizonte: Autêntica, 2007. MARTINS, J. B. ; et al . Das infrações escolares: a abordagem da administração. In: Encontro de Psicologia; Encontro de Pós-Graduação, 19. Assis. Anais... Assis: Unesp, 2006. CdRom.

MISKOLCI, R . A Teoria Queer e a Questão das Diferenças. In: 16 CONGRESSO DE LEITURA DO BRASIL (COLE), 2007, Campinas. Anais... 2007. v. 1. p. 1-19.

MOREIRA, M. F. S. ; SANTOS, L. P. Indisciplina, gênero e sexualidade: práticas de punição e produção de identidades. Archivos Analíticos de Políticas Educativas / Education Policy Analysis Archives, v. 12, n. 69, p. 1-22, 2004.

PORTELLI, A. Tentando aprender um pouquinho. Algumas reflexões sobre ética na História Oral. Projeto

História, São Paulo, n. 15, 1997.

RATTO, A. L. S. . Cenários criminosos e pecaminosos nos livros de ocorrência de uma escola pública. Revista

(10)

RATTO, A. L. S. Livros de ocorrência: disciplina, normalização e subjetivação. 322 f. Tese (Doutorado em Educação), Porto Alegre, 2004.

RATTO, A. L. S. Disciplina, infantilização e resistência dos pais: a lógica disciplinar dos livros de ocorrência.

Educação e Sociedade, Campinas.v. 27, p. 1259-1281, 2006.

RATTO, A. L. S. Livros de ocorrência: (in)disciplina, normalização e subjetivação. São Paulo: Cortez, 2007. v. 1. 264 p.

TAYLOR, C. A Pesquisa de Clima Nacional sobre homofobia nas escolas canadenses. (Relatório de Pesquisa) Disponível em: http://climatesurvey.ca/report/ClimateSurvey-PhaseOneReport.pdf. Acesso em: 17 Jul 2011.

RATUSNIAK, C. O cotidiano como ocorrência: assinar o livro-negro e aprender comportamentos civilizados na escola. In: CONGRESSO NACIONAL DE PSICOLOGIA ESCOLAR E EDUCACIONAL, 2011, Maringá. X

Congresso Nacional de Psicologia Escolar e Educacional: caminhos trilhados, caminhos a percorrer, 2011.

i

A partir desse parágrafo, utilizaremos a sigla LOE para nos referirmos ao Livro de Ocorrência Escolar. ii

História Oral é um método de pesquisa que privilegia a coleta de relatos orais ou escritos por sujeitos que presenciaram determinados acontecimentos, como forma de compreender, aprofundar os conhecimentos sobre padrões culturais, estruturas sociais enquanto ativas no processo de construção dos sujeitos (PORTELLI, 1997; ALBERTI, 2005; FERREIRA & AMADO, 2006).

Referências

Documentos relacionados

Entende-se por nutrição todos os processos fisiológicos envolvidos com a utili- zação das substâncias alimentares pelo organismo, que possibilitam o animal a digerir e assimilar

No entanto, quando se eliminou o efeito da soja (TABELA 3), foi possível distinguir os efeitos da urease presentes no grão de soja sobre a conversão da uréia em amônia no bagaço

c) Respeitar a distância de, pelo menos, um metro relativamente a outros indivíduos. Os agentes das forças de segurança e os funcionários, agentes e

Hoje, beleza é sinônimo de produtos personalizados e serviços que enriquecem a experiência e o relacionamento do consumidor com as marcas, principalmente quando

Para Pierre Lévy, o professor, então, torna-se o ponto de referência para orientar seus alunos no processo individualizado de aquisição e produção de conhecimentos e,

Catiane Maria de Carvalho Dornelas Cauã carlos apolinario Silveira Celiane Nogueira Pereira Cesar Augusto Antero de Sales Charles Alberto de castro Cláudia Silva Reis de Moraes

Portanto, mesmo percebendo a presença da música em diferentes situações no ambiente de educação infantil, percebe-se que as atividades relacionadas ao fazer musical ainda são

ERBS, Alexandre. Determinação das propriedades físicas e mecânicas do gesso reciclado proveniente de chapas de gesso acartonado e gesso comum ao longo dos ciclos de