• Nenhum resultado encontrado

Art A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos:

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Art A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos:"

Copied!
13
0
0

Texto

(1)

1. CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA

a) Previsão: CF, art. 145, III, CTN arts. 81 e 82 e Decreto – lei nº. 195/67.

Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos:

(...)

III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.

Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado.

b) Definição: É a modalidade de tributo que tem por hipótese de incidência uma atuação estatal (só pode ser obra pública) diretamente referida ao contribuinte1.

c) Fator Gerador: A valorização do imóvel do contribuinte em razão de obra pública. I - Necessidade da valorização conectada com a obra pública, da qual decorre; II – Necessidade de que esta valorização ocorra sobre bens imóveis.

d) Obra pública: é a edificação, a ampliação ou a reforma total de um bem imóvel pertencente ou incorporado ao patrimônio público2. O Decreto-lei nº. 195/67 (art. 2º) relaciona as obras públicas para fins de incidência da contribuição de melhoria na hipótese em que houve valorização do imóvel. Exemplos: instalação de redes elétricas, obras contra enchentes, rua de terra que foi asfaltada3 etc.

Art 2º Será devida a Contribuição de Melhoria, no caso de valorização de imóveis de propriedade privada, em virtude de qualquer das seguintes obras públicas:

I - abertura, alargamento, pavimentação, iluminação, arborização, esgotos pluviais e outros melhoramentos de praças e vias públicas;

II - construção e ampliação de parques, campos de desportos, pontes, túneis e viadutos;

III - construção ou ampliação de sistemas de trânsito rápido inclusive tôdas as obras e edificações necessárias ao funcionamento do sistema;

1 Apostila de Direito Tributário do Curso Damásio de Jesus. 2 Apostila de Direito Tributário do Curso Damásio de Jesus.

3 Recapeamento asfáltico, mera conservação, não pode ser objeto de contribuição de melhoria (STF, 2ª Turma,

(2)

IV - serviços e obras de abastecimento de água potável, esgotos, instalações de redes elétricas, telefônicas, transportes e comunicações em geral ou de suprimento de gás, funiculares, ascensores e instalações de comodidade pública;

V - proteção contra sêcas, inundações, erosão, ressacas, e de saneamento de drenagem em geral, diques, cais, desobstrução de barras, portos e canais, retificação e regularização de cursos d’água e irrigação;

VI - construção de estradas de ferro e construção, pavimentação e melhoramento de estradas de rodagem;

VII - construção de aeródromos e aeroportos e seus acessos;

VIII - aterros e realizações de embelezamento em geral, inclusive desapropriações em desenvolvimento de plano de aspecto paisagístico.

e) É preciso que a obra pública valorize o imóvel, pois caso contrário, não pode ser cobrada a contribuição em questão. Neste sentido, leciona Eduardo Sabbag: “Evidente que, em algumas hipóteses, a obra pública pode acarretar, não uma valorização, mas, sim, desvalorização dos imóveis adjacentes, cabendo ao lesionado provar o ocorrido. Nesse caso, não terá lugar a contribuição de melhoria, pelo contrário, competirá ao Estado oferecer ao interessado – o próprio prejudicado – uma indenização correspondente. Caso a indenização não seja oferecida, ou, se oferecida, seja injustamente pequena, caberá ao lesionado buscar a reparação por meio de ação judicial4”.

f) Sujeito passivo: proprietário do imóvel.

g) A base de cálculo é a quantia de valorização experimentada pelo imóvel.

BASE DE CÁLCULO = valor do imóvel (após a obra) – valor do imóvel (antes da obra).

h) Alíquota: “é um percentual desse quantum5. Só pode ser cobrada uma vez para cada obra

pública que valorize o imóvel”6.

i) Cada contribuinte não pode ser obrigado a pagar quantia superior à valorização do imóvel7. j) O total arrecadado não pode ser superior ao custo da obra (Hugo de Brito Machado, Hely Lopes Meirelles, Ricardo Cunha Chimenti e José Afonso da Silva). Roque Antonio Carazza e Kiyoshi Harada posicionam em sentido contrário (não há qualquer proibição de que o total arrecadado supere o custo total da obra), sob o fundamento de que a CF/88 não prevê o limite global

4 SABBAG, Eduardo. Manual de direito tributário. 5ª edição. São Paulo:Saraiva, 2013, p. 466. 5 Quantum de valorização que é a base de cálculo.

6 Apostila de Direito Tributário do Curso Damásio de Jesus.

7 CHIMENTI, Ricardo Cunha. Direito tributário: com anotações sobre direito financeiro, direito orçamentário e

(3)

do custo da obra para a fixação do montante8. O STJ (REsp 200.283/SP e REsp 362.788/RS) manifestou no mesmo sentido da primeira posição.

k) Só pode ser cobrado após o término da obra, quando só então saberá da valorização do imóvel em função da obra.

l) Competência: União, Estados, Distrito Federal e Municípios que realizaram a obra pública. m) A dificuldade havida para a cobrança do referido tributo, está na limitação da zona de influência benéfica da obra pública. Isso vem sendo o motivo da maioria das municipalidades cobrarem a contribuição de melhoria somente em relação à execução de obras de pavimentação de vias e logradouros públicos, hipótese em que é fácil a delimitação da zona de influência benéfica9. n) Comparando com as taxas, ambos são vinculados a uma atuação estatal, mas a contribuição de melhoria pressupõe uma obra pública e não um serviço público (taxa), sendo que a contribuição ainda depende da valorização do bem imóvel em decorrência da obra10.

o) O Decreto – lei nº. 195/67 e o Código Tributário Nacional impõem a entidade pública o respeito a condições ou requisitos previstos em lei (tal como a publicação tempestiva dos editais, etc.), o que nem sempre tem sido verificado.

CTN

Art. 82. A lei relativa à contribuição de melhoria observará os seguintes requisitos mínimos: I - publicação prévia dos seguintes elementos:

a) memorial descritivo do projeto; b) orçamento do custo da obra;

c) determinação da parcela do custo da obra a ser financiada pela contribuição; d) delimitação da zona beneficiada;

e) determinação do fator de absorção do benefício da valorização para toda a zona ou para cada uma das áreas diferenciadas, nela contidas;

II - fixação de prazo não inferior a 30 (trinta) dias, para impugnação pelos interessados, de qualquer dos elementos referidos no inciso anterior;

8 HARADA, Kiyoshi. Direito tributário municipal. sistema tributário municipal. 3. ed. São Paulo: Atlas,

2007, p. 85.

9 HARADA, p. 85.

10 CARVALHO. Paulo de Barros. Curso de direito tributário. 14. ed. rev. e atual. São Paulo: Saraiva,

(4)

III - regulamentação do processo administrativo de instrução e julgamento da impugnação a que se refere o inciso anterior, sem prejuízo da sua apreciação judicial.

§ 1º A contribuição relativa a cada imóvel será determinada pelo rateio da parcela do custo da obra a que se refere a alínea c, do inciso I, pelos imóveis situados na zona beneficiada em função dos respectivos fatores individuais de valorização.

§ 2º Por ocasião do respectivo lançamento, cada contribuinte deverá ser notificado do montante da contribuição, da forma e dos prazos de seu pagamento e dos elementos que integram o respectivo cálculo.

DL nº. 195/67

Art 5º Para cobrança da Contribuição de Melhoria, a Administração competente deverá publicar o Edital, contendo, entre outros, os seguintes elementos:

I - Delimitação das áreas direta e indiretamente beneficiadas e a relação dos imóveis nelas compreendidos;

II - memorial descritivo do projeto;

III - orçamento total ou parcial do custo das obras;

IV - determinação da parcela do custo das obras a ser ressarcida pela contribuição, com o correspondente plano de rateio entre os imóveis beneficiados.

Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se, também, aos casos de cobrança da Contribuição de Melhoria por obras públicas em execução, constantes de projetos ainda não concluídos.

2. CONTRIBUIÇÕES (também denominadas contribuições paraestatais, sindicais ou de previdência)

a) Previsão legal: Art. 149 e 195 da CF e art. 217 do CTN.

b) São tributos destinados ao financiamento de gastos específicos.

c) O art. 149 prevê as contribuições sociais, as contribuições de intervenção no domínio econômico (extrafiscal) e as contribuições de interesse das categorias profissionais ou econômicas. d) As contribuições são tributos e podem assumir a feição de impostos ou de taxas11.

11 CARVALHO, p. 44.

(5)

e) Competência para instituição é da União, salvo nos casos das contribuições sociais dos servidores dos Estados, Distrito Federal e Municípios, bem como a contribuição para custeio da iluminação pública (COSIP), que foi deferida a sua instituição aos municípios.

2.1 Contribuições sociais

a) Definição: “A contribuição social é espécie tributária vinculada à atuação indireta do Estado. Tem como fato gerador uma atuação indireta do Poder Público mediatamente referida ao sujeito passivo da obrigação tributária”12.

2.1.1 Espécies

2.1.1.1 As contribuições sociais gerais

A) A contribuição ao salário-educação (art. 212, § 5º, CF)

Art. 212. A União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito, e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios vinte e cinco por cento, no mínimo, da receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino.

§ 5º A educação básica pública terá como fonte adicional de financiamento a contribuição social do salário-educação, recolhida pelas empresas na forma da lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006)(Vide Decreto nº 6.003, de 2006)

a) “foi concebida para financiar, como adicional, o ensino fundamental público, como prestação subsidiária da empresa ao dever constitucional do Estado de manter o ensino primário gratuito de seus empregados e filhos destes”13.

B) As contribuições destinadas aos Serviços Sociais Autônomos (sistema “S” - art. 240, CF) a) Recursos destinados aos serviços sociais autônomos e de formação profissional – SENAI, SESI, SEST, SENAT, SEBRAE, SENAC etc (dedicam-se ao ensino fundamental profissionalizante e à prestação de serviços no âmbito social e econômico).

12 HARADA. Kiyoshi. Direito financeiro e tributário. 22ª edição. São Paulo: Atlas, 2013, p. 324. 13 SABBAG, p. 532.

(6)

2.1.1.2 As contribuições de seguridade social

a) Contribuições sociais destinadas à Seguridade Social “são aquelas destinadas a financiar a concretização dos direitos sociais previstos na Constituição Federal, ou seja, o direito à seguridade social (sistema que engloba a previdência social, a saúde pública e a assistência social), à habitação, à educação etc”14.

b) As contribuições para a seguridade social, prevista no art. 195 da Carta Magna, são financiadas por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:

I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre:

a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício (inclusive, avulsos e autônomos);

b) a receita ou o faturamento;

c) o lucro;

II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social de que trata o art. 201.

III - sobre a receita de concursos de prognósticos (loto, megasena etc.).

IV - do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar.

c) A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão da seguridade social, obedecido ao disposto no art. 154, I (não podem ter natureza cumulativa, nem fato gerador ou base de cálculo próprio de outras contribuições discriminados na Constituição Federal – STF, RE. 258.470).

d) As contribuições para a seguridade social serão cobradas 90 dias após a publicação da lei que instituiu ou modificou, não observando o princípio da anterioridade anual.

14 CHIMENTI, p. 46.

(7)

e) Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão contribuição, cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, do regime previdenciário de que trata o art. 40, cuja alíquota não será inferior à da contribuição dos servidores titulares de cargos efetivos da União (hoje no patamar de 11%), desde que mantenham sistema próprio de previdência aos seus funcionários.

f) Imunidade: - CF, art. 195 § 7º.

§ 7º - São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes de assistência social que atendam às exigências estabelecidas em lei.

- CF, art. 149, § 2º, I – imunidade de todas as contribuições sociais para as receitas decorrentes de exportação.

g) Quatro são as fontes de custeio da seguridade social: a) contribuições paga pelos empregadores e empresas; b) contribuições pagas pelos trabalhadores; c) contribuições incidentes sobre a receita de concursos de prognósticos e d) contribuições pagas pelo importador de bens ou serviços do exterior.

2.1.1.2.1 1ª fonte de custeio da seguridade social: o importador

Art. 195, IV, CF; art. 149, § 2º, II, da CF; e MP 164/2004 (convertida na Lei 10/865/04) - PIS/PASEP-IMPORTAÇÃO

- COFINS-IMPORTAÇÃO

2.1.1.2.2 2ª fonte de custeio: a receita de loterias

a) Incidentes sobre a receita de concursos de prognósticos, isto é, de qualquer concurso de sorteio de números ou outros símbolos, loterias e apostas, no âmbito federal, estadual, distrital ou municipal, promovidos por órgãos públicos ou por sociedades comerciais ou civis, ressalvados os “os jogos de azar”.

b) Art. 195, III, CF c/c art. 212 do Decreto 3.048/99.

2.1.1.2.3 3a fonte de custeio: o trabalhador

a) O fator gerador é a remuneração paga ou creditada pelos serviços prestados pelo segurado, independentemente do título que lhe seja dado.

(8)

2.1.1.2.4 4ª fonte de custeio: o empregador e a empresa a) Art. 195, I, CF

b) Qualquer empresa, seja empregadora ou não, devem custear a seguridade social.

c) Tais contribuições incidem sobre: a) folha de pagamentos e rendimentos do trabalho, pagos ou creditados à pessoa física que lhe preste serviços; b) a receita ou faturamento; e c) o lucro.

d) São contribuições para a seguridade social, incidentes sobre o empregador ou empresa: d1) Contribuição Social Patronal sobre a Folha de Pagamento;

d2) Contribuição do PIS/PASEP;

d3) Contribuição sobre o Lucro Líquido (CSLL);

d4) Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (COFINS).

e) Contribuição Social Patronal sobre a Folha de Pagamento ou “contribuição social patronal”. e1) Art. 195, I, “a”, CF c/c art. 195, I, do Decreto 3.048/99.

e2) O fato gerador é a folha de salário e demais rendimentos pagos ou creditados, a qualquer título, a pessoa física.

f) Contribuição PIS/PASEP (Programa de Integração Social/Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público).

f1) Os recursos do PIS/PASEP iriam financiar o programa de seguro-desemprego e o abono salarial, sendo este consistente no pagamento de um salário mínimo anual aos empregados que recebem até dois salários mínimos de remuneração mensal, desde que seus empregadores contribuam para o PIS/PASEP.

g) Contribuição sobre o Lucro Líquido (CSLL)

h) Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (COFINS)

h1) A base de cálculo é o faturamento mensal ou receita bruta mensal, após a dedução das parcelas do faturamento.

i) Outras contribuições sociais

i1) São aquelas que podem ser instituídas no plano da competência residual da União. i2) Art. 195, § 4º e art. 154, I, ambos da CF.

(9)

j1) O FGTS, segundo entendimento do STF, não detém natureza tributária, mas, sim, natureza trabalhista e social, o que lhe retira a marca de contribuição fiscal ou parafiscal.

2.2 Contribuição no interesse das categorias profissionais (dos trabalhadores) ou econômicas (empregadores). A contribuição sindical e a contribuição confederativa

a) Fundamento no artigo 149 da CF. As contribuições profissionais ou corporativas se caracterizam pela destinação a uma entidade, que vai fiscalizar ou representar as categorias profissionais e econômicas. Ex.: sindicatos e os Conselhos Regionais (CRO, CRT, CREA etc.).

b) Competência exclusiva da União.

c) Contribuição-anuidade: prover de recursos os órgãos controladores e fiscalizadores de profissões (Conselhos Regionais de Fiscalização – CREA, CRM, CRC, CRA, entre outros)

d) Contribuição sindical (conhecido também por imposto sindical): Segundo Chimenti, “as contribuições profissionais são instituídas em favor de categorias profissionais (sindicatos dos empregados) ou econômicas (sindicatos dos empregadores). São as denominadas contribuições sindicais, que têm a função parafiscal e são exigíveis de todos os integrantes da categoria, sindicalizados ou não (já que as ações dos sindicatos beneficiam a todos)15”.

c) Os Tribunais Superiores decidiram que a OAB não é uma autarquia e não apresenta qualquer relação com órgão público e como tal diferencia-se das demais entidades que fiscalizam profissões. Portanto, as anuidades da OAB não têm natureza tributária.

d) A contribuição sindical, prevista no art. 149 da CF, tem caráter tributário. Já uma contribuição confederativa sindical prevista no inciso IV do art. 8º da CF, não tem natureza tributária.

e) Para os empregados, a importância paga a título de contribuição sindical corresponde à remuneração de 1 (um) dia de trabalho por ano.

f) O processo de cobrança sindical compete a Justiça do Trabalho desde a EC 45, salvo os servidores públicos estatutários, cuja competência é da justiça federal ou estadual.

g) A contribuição sindical é compulsória e atinge todos os integrantes de uma mesma categoria profissional, mesmo os não sindicalizados16.

h) Já a contribuição confederativa só pode ser exigida dos filiados dos sindicatos que integram a confederação (Súmula 666 do STF). Nos termos do art. 535 da CLT, as confederações organizar-se-ão com o mínimo de 3 (três) federações e terorganizar-se-ão sede na Capital da República.

15 CHIMENTI, p. 46.

(10)

2.3 Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico - CIDE

a) Previsão: CF, Art. 177, § 4º e Lei nº. 10.336/01

b) Competência exclusiva da União.

c) Tem função regulatória da economia ou do mercado de consumo (função extrafiscal).

d) Exemplos de CIDE: a) CIDE-COMBUSTÍVEIS e b) CIDE-ROYALTIES.

2.3.1 CIDE-Combustíveis (Lei nº. 10.336/01)

a) A CIDE-Combustíveis incide sobre a importação e a comercialização de petróleo, gás natural – e seus derivados -, e álcool etílico combustível.

b) A alíquota pode ser diferenciada por produto ou uso e reduzida/restabelecida (mas não aumentada) por ato do Poder Executivo, motivo pelo qual não se aplica o princípio da anterioridade (CF, art. 150, III)

c) Os recursos arrecadados serão destinados: a) ao pagamento de subsídios a preços ou transporte de álcool combustível, gás natural e seus derivados e derivados de petróleo; b) ao financiamento de projetos ambientais relacionados com a indústria do petróleo e do gás e c) ao financiamento de programas de infra-estrutura de transportes.

d) A destinação aos Estados e Municípios (CF, Art. 159, III e § 4º) : Respeitada a destinação prevista no art. 177, § 4º, II da Constituição Federal, o texto constitucional estabelece que 29% dos recursos da CIDE sobre derivados de petróleo sejam repassados aos Estados e Distrito Federal e que 25% do valor repassado a cada Estado serão destinados aos municípios (art. 93, ADCT).

f) As receitas decorrentes de exportação estão imunes a CIDE.

g) Seria utilizada, principalmente, para a recuperação da malha viária.

CF, Art. 149

§ 2º As contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico de que trata o caput deste artigo: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001)

(11)

I - não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001)

II - incidirão também sobre a importação de produtos estrangeiros ou serviços; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)

III - poderão ter alíquotas: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001)

a) ad valorem, tendo por base o faturamento, a receita bruta ou o valor da operação e, no caso de importação, o valor aduaneiro; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001)

b) específica, tendo por base a unidade de medida adotada. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001)

§ 3º A pessoa natural destinatária das operações de importação poderá ser equiparada a pessoa jurídica, na forma da lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001)

§ 4º A lei definirá as hipóteses em que as contribuições incidirão uma única vez. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001)

2.3.2 CIDE-Royalties (Lei nº. 10.168/00)

a) Finalidade: atender o Programa de Estímulo à Interação Universidade-Empresa para o Apoio à Inovação, com o fito de fomentar o desenvolvimento tecnológico brasileiro, mediante o incentivo da pesquisa.

Lei nº. 10.168/00 - Art. 2o Para fins de atendimento ao Programa de que trata o artigo anterior, fica instituída contribuição de intervenção no domínio econômico, devida pela pessoa jurídica detentora de licença de uso ou adquirente de conhecimentos tecnológicos, bem como aquela signatária de contratos que impliquem transferência de tecnologia, firmados com residentes ou domiciliados no exterior. (Vide Medida Provisória nº 510, de 2010)

§ 1o Consideram-se, para fins desta Lei, contratos de transferência de tecnologia os relativos à exploração de patentes ou de uso de marcas e os de fornecimento de tecnologia e prestação de assistência técnica.

§ 2o A partir de 1o de janeiro de 2002, a contribuição de que trata o caput deste artigo passa a ser devida também pelas pessoas jurídicas signatárias de contratos que tenham por objeto serviços técnicos e de assistência administrativa e semelhantes a serem prestados por residentes ou domiciliados no exterior, bem assim pelas pessoas jurídicas que pagarem, creditarem, entregarem, empregarem ou remeterem royalties, a qualquer título, a beneficiários residentes ou domiciliados no exterior.(Redação da pela Lei nº 10.332, de 19.12.2001)

(12)

2.4 OUTRAS CONTRIBUIÇÕES DE INTERVENÇÃO NO DOMÍNIO ECONÔMICO

a) Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante – AFRMM (Lei nº. 10.893/04);

b) Adicional de Tarifa Portuária – ATP (Lei nº. 7.700/88).

2.4.1 COSIP – Contribuição para o Custeio do Serviço de Iluminação Pública

a) Previsão: CF, art. 149-A (EC nº. 39)

Art. 149-A Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública, observado o disposto no art. 150, I e III.

Parágrafo único. É facultada a cobrança da contribuição a que se refere o caput, na fatura de consumo de energia elétrica.

h) Competência: Municípios e o Distrito Federal.

i) A COSIP é sucedânea da taxa de iluminação pública, declarada inconstitucional pelo STF, por afrontar ao art. 145, inciso II, da Carta Magna, e ao art. 77 do Código Tributário Nacional. O argumento é que a iluminação pública não é serviço público específico e divisível, mas sim serviço geral prestado a toda a coletividade, também chamado uti universi.

j) Alguns doutrinadores defendem a inconstitucionalidade da contribuição, sob o argumento de que a exação não se encaixa no conceito de contribuição, que segundo Harada, assenta-se a contribuição no princípio da maior despesa estatal, provocada pelo contribuinte e na particular vantagem a ele propiciada pelo Estado. (Cf. nosso Direito financeiro e tributário, Atlas, 10ª edição, 2002, p. 309). A contribuição envolve beneficiários específicos de atuação estatal, ao passo que no caso da COSIP, todos se beneficiam da iluminação pública, o que faz concluir que o custeio em testilha deveria ser objeto de impostos.

2.5 O SUPERSIMPLES

a) Sistema de pagamento unificado de vários tributos, em regra, mais benéfico do que a tributação convencional, em que a adesão é facultativa às MICROEMPRESAS E EMPRESAS DE PEQUENO PORTE.

(13)

b) Tributos que são recolhidos de forma unificada: IRPJ, IPI, ICMS, ISS, PIS/PASEP, COFINS, CSLL e Contribuição Patronal Previdenciária.

c) Não se aplica ao IPI-Importação, PIS-Importação e COFINS-Importação. Também não está incluído, o ICMS devido na importação de serviços, no desembaraço aduaneiro, nas operações sujeitos à substituição tributária. Por fim, não inclui no SUPERSIMPLES, o ISS devido nos serviços sujeitos à substituição tributária, nem nas importações de serviços.

d) Não foram alcançados: IOF, II, IE, IR, ITR, FGTS, CPMF e as Contribuições a cargo do Trabalhador.

Referências

Documentos relacionados

A floculação do milho é atualmente a vedete das manchetes brasileiras, onde alguns técnicos tentam copiar o modelo dos Estados Unidos na utilização do milho.De acordo com Owenns

Ministros Og Fernandes, Mauro Campbell Marques (Presidente), Eliana Calmon e Humberto Martins votaram com o Sr.. O STJ definiu o sujeito ativo do ISS incidente sobre

( ) Sim ( ) Não f) O Serviço de Assistência de Alta Complexidade em Cirurgia Cardiovascular conta com um responsável técnico em Implante de Marcapassos, médico Habilitado

Art. Os regimes próprios de previdência social dos servidores públicos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos militares dos Estados e do Distrito

Art. 81 CTN - A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída

Neste artigo, são apresentados os resultados de absorção de calor por placas de compósitos poliméricos baseados em polipropileno (PP) reciclado como matriz e

Artificiais – potencial ecológico medíocre Riscas verticais laranja 1 e cinzento-claras da mesma largura com limite azul largo 2. Artificiais – potencial ecológico razoável

Figura 37- Ângulo de Talude do setor 30° para Fator de Segurança Mínimo para ruptura em cunha ..... Figura 44 - Ângulo de Talude do setor 120° para Fator de Segurança Mínimo