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PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO

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PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO

Seção de Direito Privado – 34ª Câmara

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO 34a Câmara – Seção de Direito Privado

Julgamento sem segredo de justiça: 31 de agosto de 2009, v.u. Relator: Desembargador Irineu Pedrotti.

Apelação Cível nº 973.000-00/4 Comarca de São Paulo – Foro Central Apelantes: S. B. S. C. e M. N. O. Apeladas: As partes

AÇÃO DE COBRANÇA. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS MÉDICOS E HOSPITALARES. Restou incontroverso (nos autos) que os serviços médicos foram prestados. Não há prova da ocorrência de vício do consentimento, ou o indício de que a Requerida tivesse sido coagida a assinar o “Termo de Responsabilidade”. Ela (Apelante) não demonstrou irregularidade sobre os valores exigidos; remanesce íntegra a responsabilidade pela obrigação que assumiu.

RECONVENÇÃO. INFECÇÃO HOSPITALAR E ESCARAS. DANOS MATERIAIS. DEMONSTRAÇÃO. Está demonstrado (nos autos) que o paciente, após a cirurgia, teve infecção hospitalar e escaras. Os serviços de enfermagem que lhe foram prestados – higiene pessoal e curativo – foram suspensos, contribuindo para o aparecimento ou piora do quadro infeccioso e das crostas. A Reconvinda deverá ressarcir a Reconvinte de todas as despesas com o tratamento (da infecção hospitalar e escaras), por meio da apuração em liquidação por arbitramento.

RECONVENÇÃO. DANOS MORAIS. CARACTERIZAÇÃO. A indenização por dano moral é resultado lógico da responsabilização que persegue a Reconvinte, por se tratar de obrigação atinente à Reconvinda porque incorreu em culpa. Considerada a necessidade de satisfazer o mal ocasionado e dissuadir, para que igual fato não mais ocorra, tem-se que o valor da indenização por danos morais fixado pelo r. Juízo é suficiente para convencer a Reconvinda sobre a responsabilidade pela prática desses atos.

Voto nº 13.237. Visto,

S. B. S. C. (mantenedora do H. E M. S. C.– S.) ingressou com Ação de Cobrança contra M. N. O., caracteres e qualificação das partes nos autos sob a proposição afirmativa:

“... prestou atendimento médico-hospitalar ao paciente Luiz Gonzaga de Arruda Júnior ...” (folha 2).

“... a Ré assinou um termo de responsabilidade com a autora, onde expressamente assumiu a obrigação de pagar as despesas decorrentes do atendimento prestado ao paciente.

A internação do paciente deu-se no período de 13/10/98 a 12/12/98, data em que obteve alta ...”.

“... é credora da Ré pela quantia de R$ 195.908,46 ...” (folha 3).

Formalizada a angularidade a Requerida apresentou contestação e ofereceu reconvenção, que foram impugnadas (folhas 138/141, 143/145, 217/225 e 547/552).

O processo foi saneado e o r. Juízo deferiu a realização de prova pericial (folhas 562/563). Encartado o laudo pericial (folhas 570/573), houve manifestação do Requerente (folhas 581/582).

Em audiência, inviabilizada a conciliação, foram colhidos os depoimentos das testemunhas arroladas (folhas 600/604).

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Seção de Direito Privado – 34ª Câmara

“... julgo parcialmente procedente a ação de cobrança, para condenar a ré a pagar à autora a quantia de R$ 195.908,46, com atualização monetária a partir de 24 de dezembro de 1998 e juros de 0,5% ao mês a partir da citação, com dedução, também atualizada, de despesas exclusivamente ligadas ao tratamento de infecção. Julgo parcialmente procedente a reconvenção para condenar a autora a ressarcir a ré das despesas com o tratamento de Luiz Gonzaga de Arruda Júnior que foram exclusivamente motivadas por infecção e a abater 50% do montante da dívida da ré, após todas as deduções, atualizações e encargos moratórios, a título de reparação do dano moral.

Para cobrar seu crédito a autora deverá promover a liquidação desta sentença, permitindo assim a ré a apuração das despesas ligadas exclusivamente ao tratamento de infecção.

Cada parte arcará com metade das custas e despesas processuais, e com os honorários advocatícios de seus respectivos patronos, em face da sucumbência recíproca ...” (folha 634/635).

As partes recorreram.

S. B. S. C. (mantenedora do Hospital e Maternidade São Camilo) alega:

“... Não prospera a condenação da Apelante em indenização de danos materiais e morais à Apelada, haja vista que foram prestados, inquestionavelmente todos os serviços médicos hospitalares necessários ao pronto restabelecimento do paciente.

Referido fato restou devidamente comprovado pelo laudo pericial ...”. “... em nenhum momento a Apelada desqualifica o atendimento médico-hospitalar prestado ao paciente no que se refere ao acidente vascular cerebral, restringindo-se apenas à infecção gerada com a internação prolongada, afirmando que houve erro no atendimento.

As condutas adotadas pela Apelante em relação ao paciente (...) sempre estiveram de acordo com a boa prática médica, não prosperando o abatimento de 50% do crédito da Apelante a título de indenização por danos morais à Ré, nem a indenização de danos materiais pleiteada, seja com despesas geradas no hospital Apelante ou mesmo após a alta médica ...” (folha 641).

Alternativamente requer “seja reduzida a quantia arbitrada na sentença a título de

danos morais” (folha 647).

M. N. O. sustenta:

“... O Código de Defesa do Consumidor (...) estabelece que todo e qualquer serviço ou produto fornecido, sem prévio orçamento e aprovação do consumidor não pode ser objeto de cobrança, por se tratar de amostra grátis ...”.

“... a ré não tinha poder de negociação, sua desvantagem na celebração do contrato ou na aceitação de qualquer condição era superior às suas próprias forças, de modo que também sob este prisma, o contrato é nulo em relação à consumidora e inexigível, inclusive o valor do cheque caução ...” (folha 651).

“... Esta é a situação clara de estado de perigo ...”.

“... não teve ela oportunidade de discutir e acolher os preços fixados aleatoriamente pela apelada ...” (folha 652).

As partes apresentaram contra-razões com defesa, cada qual, sobre a sua posição jurídica (folhas 655/662 e 663/666).

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Seção de Direito Privado – 34ª Câmara

Relatado o processo, decide-se.

O recurso passa a ser apreciado nos limites especificados pelas razões para satisfação do princípio tantum devolutum quantum appellatum, com reflexão sobre a diretriz sumular que não admite o reexame das provas em caso de recursos constitucionais1.

As partes firmaram um contrato de prestação de serviços médico-hospitalares, pelo qual a Requerida se obrigou a pagar todas as despesas médicas decorrentes de tratamento de saúde de LUIZ GONZAGA DE ARRUDA JÚNIOR naquelas dependências (do Requerente).

A prova pericial concluiu:

“... o paciente recebeu orientação de várias especialidades, incluindo, neurocirurgia, infectologia, bucomaxilofacial, cirurgia plástica e fisioterapia, no sentido de tratar as seqüelas decorrentes do quadro neurológico, posteriores a sua cirurgia e que evoluíram com infecção do tipo hospitalar (escara e broncopneumonia), recebeu também cuidados de enfermagem diários ...”.

“... O paciente apresentava quadro neurológico grave de hemorragia meníngea, decorrente de aneurisma cerebral, que foi prontamente diagnosticado através exames e corrigido cirurgicamente. Evoluiu com seqüela neurológica e portanto complicações de uma internação prolongada em hospital, incluindo quadro infeccioso que recebeu os devidos cuidados durante esse período de internação ...” (folha 571).

W. G. D., testemunha arrolada pela Requerida, disse que foi contratada pela Requerida para cuidar de L. G. de A. J. enquanto ele estava internado; o hospital fornecia a medicação, mas não a enfermagem; cuidou de L. G. de A. J. no hospital durante aproximadamente três meses.

R. R. encarregado de atendimento no H. S. C., não participou do atendimento de L. G. de A. J.. Esclareceu que um paciente com aneurisma só pode ser transferido para outro hospital se houver um parecer clínico favorável.

O. B. C. soube que L. G. de A. Júnior foi trabalhar e passou mal, com uma dor de cabeça muito forte; acredita que ele trabalhava longe do H. S. C.. Afirmou que M. N. O. morava perto do hospital; não sabe porque ele foi levado para lá. M. N. O. disse que L. G. de A. Júnior iria ser submetido a uma cirurgia e corria risco de morte e, dois dias depois, quando (a depoente) se encontrou novamente, M. N. O. perguntou-lhe sobre os termos em que se tinha dado a internação; disse que não tinha convênio com aquele hospital e que emitiu um “cheque-caução”.

Ouviu conversa de que L. G. de A. J. não tinha condições clínicas para ser transferido. No final de outubro L. G. de A. J. estava com infecção hospitalar generalizada e M. N. O. contratou uma pessoa para cuidar dele, da parte de higiene pessoal e curativo, porque os enfermeiros do hospital não tinham mais autorização para prestar esses serviços; em dezembro ele foi transferido para uma clínica de repouso; depois de duas semanas ele ficou melhor.

Restou incontroverso (nos autos) que os serviços médicos foram prestados. Não há prova da ocorrência de vício do consentimento, ou o indício de que a Requerida tivesse sido coagida a assinar o “CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS” (folhas 10/15).

Como consignado pelo r. Juízo a quo:

1 - STF. Súmula 279: "Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário". STJ. Súmula 7: "A pretensão de simples reexame de prova não enseja recurso especial".

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Seção de Direito Privado – 34ª Câmara

“... Não é de se exigir no caso dos autos prévia solicitação, muito menos prévio orçamento, para a cobrança dos serviços prestados pelo Hospital. Está evidenciado, inclusive pelo depoimento da testemunha Olinda (...) arrolada pela ré, que a cirurgia era procedimento exigível no quadro apresentado por Luiz e que a providência tinha de ser imediata, pois a vida do paciente corria risco. A gravidade do caso que autorizava cirurgia, foi atestada pelo perito médico (...) o depoimento da testemunha Olinda também esclarece que embora Luiz tenha passado mal depois de ter ido trabalhar não foi internado perto de seu local de trabalho e sim perto da residência da requerida, o que constitui indício de que a requerida optou por levar seu companheiro ao Hospital São Camilo numa situação que havia a possibilidade de ser acionado outro hospital, inclusive nosocômio público. Assim, não há prova de que o atendimento tenha sido realizado contra a vontade da requerida, aspecto que torna irrelevante para a exigibilidade do pagamento, eventual falta de condições financeiras da ré. Pelo contrário, na inicial da reconvenção a ré acabou por admitir que buscou atendimento junto à autora, com o que se evidenciou a voluntariedade na relação entre as partes com vistas ao atendimento de Luiz ...” (folha 633).

A Requerida não comprovou nenhuma irregularidade sobre os valores exigidos; remanesce íntegra a responsabilidade pela obrigação.

O ônus da prova incumbe à Requerida sobre a existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito da Requerente2.

"A comprovação de ter sofrido coação é ônus que compete ao coagido, nos precisos termos do artigo 333, inciso I, do Código de Processo Civil. Em decorrência disso, deveria ter sido demonstrado em juízo indene de dúvida, o fundado temor de dano iminente e considerável à sua pessoa, pois a coação não se presume." 3

“Prestação de Serviços. Cobrança de despesas médicas e hospitalares. Cabimento. Coação na assinatura do termo de responsabilidade. Ausência de prova. Sentença mantida. Recurso improvido.” 4

"Prestação de serviços. Despesas com tratamento médico-hospitalar prestado ao pai da ré, que veio a óbito ao final da internação. Hipótese em que a ré obrigou-se a pagar as despesas derivadas do tratamento. Inexistência de prova de constrangimento da ré a assinar o contrato, não sendo, ademais abusiva a avença pelo maior poder econômico de uma das partes. Impossibilidade do intérprete romper o que foi pactuado, em ofensa ao princípio da autonomia da vontade. Recurso improvido quanto ao tema." 5

DA RECONVENÇÃO

M. N. O. ingressou com Reconvenção contra S. B. S. C. para a reparação por danos materiais e morais porque:

“... Após a intervenção cirúrgica, o paciente não mereceu do Hospital os cuidados necessários, tanto que o mesmo foi acometido de grave infecção hospitalar ...”.

“... além de todas as despesas médicas e hospitalares do paciente nas dependências da autora, desde a data da infecção (...) bem como as despesas

2 - Código de Processo Civil, artigo 333, inciso I.

3 - TJSP - Ap. s/ Rev. nº 812.014.00/5 - 34ª Câm. - Rel. Des. Relator Emanuel de Oliveira - j. 5.10.2005. 4 - TJSP – Apelação com Revisão nº 926.502-00/1 – 34ª Câm. – Rel. Desembargador NESTOR DUARTE – j. 3.10.2007.

5 - Ext. 1ºTACivSP - Apelação nº 860.350-9 - Santo André - 5ª Câm. - Rel. Juiz ÁLVARO TORRES JÚNIOR – j. 8.11.2000.

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médicas desembolsadas pela requerida após ter tido alta daquele hospital, devem ser reparadas ...”.

“... A indenização moral (...) deverá levar em conta a capacidade econômica do Hospital, a fragilidade da vítima e principalmente a condição submissa dessa, que ficou a mercê da autora, sofrendo todo tipo de humilhação, pressão moral e psicológica ...” (folhas 144/145).

A Reconvinda sustenta na contestação:

“... O documento emitido pela Clínica Morada do Sol (...) juntado pela reconvinte é claro, apesar de pecar pela não indicação da data em que o paciente ali deu entrada, não possui nenhuma indicação que o paciente tenha sido admitido com um quadro de infecção hospitalar ...” (folha 222).

“... o paciente encontra-se internado em decorrência do aneurisma e não por qualquer outra razão ...” (folha 222).

O Perito Judicial concluiu que o paciente teve:

“... seqüelas decorrentes do quadro neurológico, posteriores a sua cirurgia e que evoluíram com infecção do tipo hospitalar (escara e broncopneumonia) ...”.

A prova testemunhal revela que o Reconvindo (Requerente) deixou de prestar serviços de higiene pessoal e curativo ao paciente LUIZ GONZAGA DE ARRUDA JÚNIOR, o que pode ter contribuído para a piora ou aparecimento da infecção hospitalar e das escaras; a Reconvinte (Requerida) foi obrigada a contratar uma pessoa para cuidar dele no hospital.

Todas as despesas decorrentes do tratamento do quadro infeccioso e das escaras que acometeram o paciente L. G. DE A. J. devem ser ressarcidas pela Reconvinda.

A apuração do valor respectivo deverá ser feita em liquidação por arbitramento na forma do artigo 475-C e seguintes do Código de Processo Civil.

Assevera o r. Juízo de Direito a quo:

“... A infecção hospitalar também acarretou dano moral à ré. Não bastasse ver seu companheiro sofrendo e correndo risco à sua saúde e mesmo à sua vida por motivo afinal de exclusiva responsabilidade do Hospital (infecção), a requerida teve de enfrentar a insensibilidade da autora, que não só se manteve inflexível na cobrança de seu crédito como reduziu o atendimento ao companheiro da requerida, conforme depoimento da testemunha Wilma (...) Saliente-se, neste ponto, que a infecção atingiu não só os pulmões como também as escaras surgidas no corpo do paciente, com o que houve contribuição da interrupção dos serviços de enfermagem para a infecção ...” (folha 634).

A suspensão parcial do atendimento hospitalar ao paciente provocou situação de desconforto e aflição. Entre a vida e a saúde (no caso) prevaleceu o interesse econômico com violação do direito à vida e ao princípio da dignidade da pessoa humana.

A Reconvinda (Requerente) impôs à Reconvinte (Requerida) constrangimentos e aborrecimentos suficientes que extrapolaram os atos normais e repercutiram-lhe na esfera moral.

A responsabilidade civil da Reconvinda pelo ato ilícito é inconteste e aponta para o dever de indenizar porque estão presentes os seus elementos caracterizadores.

A doutrina contemporânea sobre o dano moral é uníssona no sentido que ele não se demonstra nem se comprova, mas se afere como resultado da ação ou omissão

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culposa in re ipsa, traduzido na dor psicológica, no constrangimento, no sentimento de reprovação diante da lesão e da ofensa ao conceito social e à dignidade.

E, como reparar o dano moral à avaliação em dinheiro, ou, como equilibrar os valores? A lei concede ao juiz poderes para estabelecer valor estimativo pelo dano moral. Tudo dependerá das provas que forem produzidas.

Não foi fácil vencer o rigor da jurisprudência, de sorte que ela estava fundada no entendimento de que não seria admissível que os sofrimentos morais dessem lugar à reparação pecuniária, se deles não decorriam nenhum dano ao patrimônio. Atualmente não mais existem dúvidas.

O entendimento de Cunha Gonçalves encerra lucidus ordo. Diz ele que o homem - digam o que quiserem os materialistas - não é só matéria viva; é corpo e espírito. A personalidade física é, apenas, o instrumento da personalidade moral. O corpo é, por assim dizer, a máquina, o aparelho transmissor da atividade do ser, dotado de inteligência, vontade, sensibilidade, energia, aspirações, sentimentos.

A lei confere ao juiz poderes para estabelecer valor estimativo pelo dano moral de acordo com as provas produzidas, porque o patrimônio não pode ser considerado apenas em função das coisas concretas e dos bens materiais em si, mas do acervo de todos os direitos que o titular possa dele desfrutar.

A indenização por dano moral é resultado lógico da responsabilização que persegue a Reconvinte (Requerida), por se tratar de obrigação atinente à Reconvinda (Requerente) porque incorreu em culpa.

Considerada a necessidade de satisfazer o mal ocasionado e dissuadir, para que igual fato não mais ocorra, tem-se que o valor da indenização por danos morais fixado pelo r. Juízo é suficiente para convencer a Reconvinda sobre a responsabilidade pela prática desses atos.

"A indenização por dano moral deve ser fixada em termos razoáveis, não se

justificando que a reparação venha a constituir-se em enriquecimento indevido, devendo o arbitramento operar-se com moderação, proporcionalmente ao grau de culpa, ao porte empresarial das partes, às suas atividades comerciais e, ainda, ao valor do negócio. Há de orientar-se o juiz pelos critérios sugeridos pela doutrina e pela jurisprudência, com razoabilidade, valendo-se de sua experiência e do bom senso, atento à realidade da vida, notadamente à situação econômica atual e às peculiaridades de cada caso." 6

Em face ao exposto, nega-se provimento aos recursos. IRINEU PEDROTTI

Desembargador Relator.

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